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Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Hugo Castro (IP registado)
Data: 24 de September de 2003 22:17

taliban não respondeste a minha pergunta então vou eu responder.

Tu consideras o incesto imoral porque a moral vigente da sociedade em que vives considera imoral, e por isso há uma lei que proíbe o incesto.

Agora vejamos se pode ser considerado imoral os casamentos consanguíneos no começo da humanidade:

Primeiro Adão teve uma mulher que não vinha de outro povo ou de outra família, mas da sua mesma carne; ou seja uma mulher que era mais que irmã ou parente.

Se Adão podia ter uma mulher da sua mesma carne quer dizer que Deus considerava sã e moral esta relação matrimonial.

O que é a moral? A moral é simplesmente uma lei da sociedade humana ou para a sociedade humana. Ou seja é uma lei formulada pelos homens para a sociedade ou uma lei formulada por Deus para os homens . A imoralidade se verifica somente quando há a trangressão da lei porque o "pecado é a transgressão da lei ". Se não há lei não pode haver transgressão da lei.

Então o que ensina a Bíblia a este respeito? Nos ensina claramente que Deus deu a sua lei ou revelou a sua vontade em razão das condições dos homens. Aquilo que é proibido hoje não foi sempre proibido e nem aquilo que os homens devem fazer hoje deviam fazer ontem. Basta lembrar as palavras de Jesus: " Ouvistes que foi dito aos antigos : Não adulterarás.... porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher...". São palavras que nos falam de uma lei que se desenvolve, que se aperfeiçoa; Deus pede mais porque sabe que pode pedir mais. Ele tolerou, permitiu, considerou as circunstâncias e as condições do passado, mas com a transformação das coisas completa também a lei.

Todos lembramos a disputa sustentada por Jesus, acerca do divórcio. Os apositores do Mestre se fortaleciam de uma lei dada por um legislador enviado por Deus: "Porque é que Moisés permitiu o divórcio?" "Pela dureza dos vossos corações..." respondeu Jesus e com esta resposta fez claramente compreender que a lei dada por Moisés "fazia moral " um acto que os israelitas, naquela época, não eram capazes de não fazer.

Podemos porventura concluir que este método de Deus representa um comprometimento da verdade e que Deus muda segundo as exigências dos homens? Não, podemos somente dizer que Aquele que é o Legislador perfeito e a Justiça absoluta pede aos individuos e aos povos somente o que eles podem dar e fazer. Todos os individuos e todos os povos têm uma responsabilidade própria que existe em relação à luz, à lei e à força que possui diante de Deus.

Nós não somos examinados por Deus pela medida da lei dos antigos e os antigos não são examinados com base na lei que nós possuimos; cada um deve responder pessoalmente a Deus.

Portanto, Abraão, que casou com Sara, filha de seu Pai (Gen. 20:12); ou Naor que teve por mulher Milca, Filha de seu irmão (Gen. 11:29), podem ser considerados iguais a Caim que talvez tenha tomado para mulher uma sua sobrinha ou uma sua irmã. Os matrimónios consanguíneos condenados hoje pela lei moral, eram necessários, na época primitiva, pela particular condição da nascente humanidade que tinha como base um só casal de conjugues e portanto querer dar notas de puritanismo parece pelo menos ingénuo porque está também em oposição com todas as conclusões lógicas e históricas.

Caim podia contrair um matrimónio com mulhar consanguínea porque naquela época não existia revelação ou lei que fizesse daquele acto - necessário ao desenvolvimento da especie humana - reprovável ou imoral.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 24 de September de 2003 22:26

Os temas andam tão participados que só tenho pena estar esta semana com os minutos contados.

Porém quero dizer que a defesa do incesto não tem qualquer fundamento bíblico, nem nunca o poderá ter, pois é contrária às próprias leis da natureza;
mas mais grave ainda, desculpa lá Andreia, mas é dizer que tal resultou de um expresso mandamento de Deus.

Quanto ao "exército de anjos para matar", é a prova que só poderemos entender esse "exército" como uma alegoria.

Anjos que matam!!! Francamente.

João (JMA)

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Andréia (IP registado)
Data: 24 de September de 2003 22:39

João,

Em que crê afinal? Tu não creres na Bíblia, mas também não creres nos dogmas da sua "religião". Não é acaso um "ateu" inrustido?

O que quis mostrar quando citei sobre os documentos da Igreja católica que concordam que Anjos existem, foi que vocês sempre acreditaram que eles existem, mas apesar de católicos, alguns de vocês não aceitam seus próprios dógmas e por isso estão desobedecendo o Seu Papa, portanto, deveriam ser excomungados.

Os Dogmas das Escrituras, essesses sim, são valorosos. Ela é minha regra de fé, não o que diz o homem e isso deveria ser para todos que se dizem cristãos. Realmente a maneira como você interpreta não é válida, pois não a interpreta coerentemente, visto que não crê nem mesmo no que disse Jesus, já que Cristo confirmou o Antigo Testamento, que já havia sido canonizado pelos judeus. Portanto, mais uma vez repito, não deveriam se chamar cristãos tais pessoas.

Até amanhã.

Re: O Inferno e o Diabo...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 24 de September de 2003 23:43

Abelardo,

Não sinto qualquer ansiedade em saber qual o documento da Igreja que fundamenta a real existência de Satanás/Lúcifer, apenas te queria relembrar que apenas o Magistério da Igreja poderá definir "Verdades de Fé". Além disso, voltaste a referir o inferno, mas o que se pretendia era a prova sobre "Satanás/Lúcifer", o que não é propriamente o mesmo.

Quanto ao facto de eu e os demais acreditarmos ou não nas provas que supostamente irás partilhar connosco, deixaria isso ao critério de cada um.

Luis

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 24 de September de 2003 23:51

Andreia,

Desculpa a minha insistência, mas para me facilitares a pesquisa, pedia-te que me dissesses quais os documentos do Concílio Vaticano II e os respectivos pontos em que tal é afirmado. Se possível, também os documentos dos outros concílios. Caso não tenhas o documento, pode ser o número do mesmo no Denzinger.

Quanto à "Constituição Dogmática sobre a Fé Católica", estarás a referir-te à Lumen Gentium?

Luis

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 24 de September de 2003 23:59

Hugo,

Obrigado pela tua mensagem (embora o tópico dos anjos fosse outro). Serviu para localizar o tema dos anjos no Catecismo da Igreja Católica.

Vou ler esses números do catecismo e expressarei a minha opinião no tópico sobre os anjos.

Apenas uma citação de S. Agostinho que vem no Catecismo: «Anjo é o nome do ofício, não de natureza. Desejas saber o nome da natureza? Espírito. Desejas saber o nome do ofício? Anjo. Pelo que é, é espírito; pelo que faz, é anjo» (anjo = mensageiro)

Luis

Re: O Inferno e o Diabo / Dogmas de Fé...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 25 de September de 2003 00:16

Abelardo,

Claro que te desculpamos os exageros :) Desta vez, conseguiste escrever cinco mensagens no fórum até me chamares de herege. Vejo que estás a progredir.

Luis

Re: O Inferno e o Diabo / Dogmas de Fé...
Escrito por: Abelardo (IP registado)
Data: 25 de September de 2003 06:11


Luís Gonzaga,

Vamos lá pôr os pontos nos "iis", por favor: Eu não te classifiquei de "herege", nem poderia jamais fazê-lo (a menos que fosse na brincadeira, e dentro do devido respeito, claro), por mais razões de queixa que tenha doutros sítios e tempos a teu respeito (assim como a respeito do próprio Alef...), o que mais ou menos já consegui desculpar e esquecer...
Eu apenas disse/aleguei, e o texto não me deixa mentir, que se houver - como há realmente! - um Dogma de Fé em relação à existência do Inferno e do Demónio, tu poderás ser considerado "herege" (relativamente) perante a Igreja (ou perante Deus), caso não acredites mesmo nessas importantíssimas e vitais Verdades de Fé, definidas (ou proclamadas) oficiosamente pelo Santo Padre (provavelmente num concílio), e como tal poderás ser, eventualmente, excomungado automaticamente, caso esteja implícita a cláusula de "latae sententiae", o que nem sempre acontece nos Dogmas católicos... Entendido?

Todavia, se disse, mesmo inconscientemente, algo que te melindrou ou magoou, peço sinceramente desculpa por isso.

Uma coisa é certa: Nós aqui somos livres (parece-me a mim...) de responder ou não aos demais interevenientes, de seleccionarmos o participante, de escolhermos o tema, assim como de gerirmos as nossas conversas ou discussões, como muito bem entendermos, como tu próprio fazes também, apesar de seres o moderador principal e mais responsável (creio eu), mas todos nós também moderamos, mais ou menos recíproca, legítima e responsavelmente... Ou não é assim?

Oportunamente (repito) - acho que a Andreia já o fez em parte - dar-te-ei os respectivos elementos/documentos comprovativos, assim como aos demais participantes e leitores, se entretanto ninguém se dignar fazê-lo por mim... Podes pedir/solicitar, mas nunca exigir, amigo.

Solícita e respeitosamente,

J. Abelardo

Re: O Inferno e o Diabo / Dogmas de Fé...
Escrito por: Abelardo (IP registado)
Data: 25 de September de 2003 07:05


Taliban,

Não pretendi de todo molestar-te, ao ponto de ficares aparentemente amofinado comigo e de me injuriares um pouco; mas se o fiz, sem querer, por isso mesmo peço desculpa.

Tentei apenas improvisar a teu respeito umas expressões ligeiramente irónicas, algo críticas (mas não ofensivas, considero eu), em conformidade com o texto satírico anterior que tu próprio me dirigiste (brindaste), sem qualquer ofensa da minha parte...

E devido a tais gracejos, principalmente a respeito do já tão martelado e deturpado "pseudo-incesto" - que para mim, para a Bíblia, para a Igreja, e certamente para Deus, não constitui realmente (naquele contexto específico) relação sexual ilícita, e muito menos uma parafilia mais ou menos imoral ou aberrante, como muito bem explicou a prezada Andreia e, sobretudo, o caro Hugo (obrigado, amigos!)...
Devido a isso, dizia, até faltei ao devido repeito aos nossos queridos primeiros pais (Adão e Eva), que espero me perdoem, assim como talvez mais alguém que tenha por acaso interpretado mal essa inocente piada ...

Cordialmente,

Abelardo

P.S. - Até pensei que não passavas dum simples "taliban de papel" (fantoche), mas pelos vistos és mesmo "muçulmano radical", ou estou equivocado?...

Re: O Inferno e o Diabo / Dogmas de Fé...
Escrito por: Abelardo (IP registado)
Data: 25 de September de 2003 18:01


Caros Forunautas,


Após reflectir melhor - por especial deferência para com aqueles que realmente necessitam de ser devida e urgentemente informados acerca dos Dogmas sobre a real existência do Inferno e dos Demónios -, decidi adiantar já a publicação dos respectivos Documentos Conciliares, a saber:

+++ Concílio de LATRÃO IV
Data: 11 a 30 de Novembro de 1215
Papa: Inocêncio III (1198-1216)

++ "DOGMA" SOBRE A REAL EXISTÊNCIA DE SATANÁS E TODOS OS DEMÓNIOS:

O Magistério da Igreja, repetidas vezes, propôs a Existência Diabólica como irrefutável Verdade de Fé.
Com efeito, o IV Concílio Lateranense (de Latrão), no ano de 1215, DECLAROU:

«O Demónio e os demais diabos foram (originalmente) criados por Deus como espíritos bons (anjos) em sua própria natureza, mas eles por si sós (de livre arbítrio) fizeram-se maus (revoltando-se contra Deus)» (DS 800).

++ "DOGMA" SOBRE A REAL EXISTÊNCIA DO INFERNO (tal como o N. S. Senhor Jesus tantas vezes ensinou e declarou):

«Definimos que, segundo a Lei comum de Deus, as Almas dos que morrem em "pecado mortal actual" (que não apenas em pecado original), imediatamente depois da morte (do corpo) DESCEM AO INFERNO» (Bento XII, Denz 531).

++ A Igreja DEFINIU também que o Inferno é ETERNO (tal como o Céu):

«Cremos firmemente que todos os Homens, tanto os réprobos como os predestinados, hão-de ressuscitar (no Juízo Final) com os próprios corpos que agora têm, para receberem: como CONDENADOS, segundo as suas obras más, a PENA ETERNA, juntamente com os demónios; e como PREDESTINADOS, segundo as suas boas obras, a GLÓRIA ETERNA, com Jesus Cristo (e todos os Anjos e Bem-aventurados)» (IV Concílio de Latrão, Denz 429).

*** *** ***

A Existência dos Demónios e do Inferno constitui, portanto, Dogmas de Fé da nossa Doutrina Católica, claramente definidos no Catecismo, e em perfeita conformidade com as Sagradas Escrituras.
Em consequência disso, é HEREGE quem nega, ou desacredita, a existência dos Demónios e do Inferno.

Como sendo assim, porque será que há tantos leigos católicos, e até mesmo - pasme-se! - bastantes sacerdotes e teólogos cristãos, tão infamemente enganados pelo Diabo, capazes de negarem escandalosamente a existência do Demónio e do Inferno?!

O próprio Papa João Paulo II, em recente homilia sobre as Tentações do Demónio a Jesus (após os 40 dias de jejum no deserto), CRITICOU DURAMENTE OS PREGADORES E TEÓLOGOS CATÓLICOS que deixam de alertar sistemática e cobardemente contra os terríveis malefícios diabólicos, e CRITICOU MAIS SEVERAMENTE AINDA TODOS AQUELES QUE CHEGAM A NEGAR A PRÓPRIA EXISTÊNCIA DE SATANÁS E DO INFERNO!!


DEUS SUPER OMNIA !


Solícita e respeitosamente,

José Abelardo

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: RAT. zINGER (IP registado)
Data: 25 de September de 2003 19:01

Do Século XII e do Século V, eis as fontes do Abelardo... A idade média está aqui tão bem representada... Só não bate certo é com a stuas afirmações heréticas de que Deus Instigou o INCESTO! por muito menos, no tempo do Concílio de Latrão que tanto invocas serias queimado na fogueira...
Nos tempos modernos, limitam-se a expulsar-te dos vários foruns em que entras, tal as heresias que babejas... E, perante esta "excomunhão" da internet, escreves as maiores obscenidades e usas ícones do Hitler...

Safa! Pra um católico, és bem representativo.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Andréia (IP registado)
Data: 25 de September de 2003 19:55

Agora vemos claramente como muitos têm sido enganados pelo diabo, e suas vãs filosofias de seus filhos, que retorcem as Sagradas Escrituras, ensinando uma doutrina deturpada e incoerente com os ensinamentos de Cristo.
Sabe por que isso acontece? Simplesmente porque o homem dá margem a isso. Ele busca incessantemente entrar pelo caminho largo. Ele tenta enganar a si próprio quando deturpa as Escrituas pra satisfazer seus pontos de vista. Assim entra pelo caminho largo, sem se sentir culpado, pois se cobre de uma religiosidade criada por ele mesmo, como se essa religiosidade fosse salvá-lo do fim eterno.

Assim, cada vez mais e mais pessoas se afastam da verdadeira doutrina de Cristo, de mente tranquila, afinal, frequenta a Igreja, dá sua rezadinha, mas não percebe que está totalmente distante de Deus. Os sinais e maravilhas que Cristo disse que seguiriam aos que crerem não os seguem, pois eles não crêem em Cristo, nem seguem a Cristo.
O tempo passa, as chances de retornar para o caminho estreito também passam, mas as preocupações estão voltadas para o "eu" não para Cristo.

"Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados; porque, se não crerdes que eu sou (EU SOU O QUE SOU - IAVEH), morrereis em vossos pecados" Jo 8:24

"Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, EU SOU" Jo 8:58

"Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, DESOBEDECE ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" Jo 3:36

Até mais

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Taliban: (IP registado)
Data: 25 de September de 2003 20:30

Caríssima Andreia:
Vê-se mesmo que não tens meias para lavar, a cozinha para limpar, marido para tomar conta, escadas para esfregar.
Não está de acordo com a tua religião perderes tempo a copiar os escritos do Hugo e a andares na Internet, em vez de te recatares na tua condição ínfima de mulher... Tu não devaias estar aqui a falar sobre a Bíblia - não foi S.Paulo que proibiu as mulheres de pregar?

Vai, vai ter com o Huguinho. E boas noites.

Re:
Escrito por: ardo (IP registado)
Data: 25 de September de 2003 20:41


Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Andréia (IP registado)
Data: 25 de September de 2003 21:30

Caro Taliban,

Não vais me deixar com raiva de você, pois sei que você também é amado de Deus e eu estou aqui para falar-lhe que Ele te ama, mesmo sendo como tu és... é claro que para ter a vida que Ele pode dar, precisas repensar seus conceitos. Tá certo que deixou que cauterizassem sua mente, mas tudo pode ser mudado se abrires seu coração para a Verdade.

Um dos maiores mandamentos de Deus é: "amar ao próximo como a ti mesmo". Você não demonstra amor pelas mulheres, aliás muitos de sua religião, não digo todos, pois sempre existem justos no meio dos injustos e não vou generalizar. Sei que no fundo sabes que existem muitas mulheres mais inteligentes do que muitos homens. Que cuidam de suas casas e de suas profissões fora de casa, acabam se tornando mães e pais ao mesmo tempo, diante de situações inusitadas que acabam tendo que passar. Quando não são reprimidas como as mulheres de seu povo, elas mostram sua capacidade. Talvez seja isso que os deixam com medo. Medo de que elas se mostrem melhores do que vocês....

Sobre a Bíblia, mais uma vez interpreta a Bíblia erradamente. Paulo não mandou que todas as mulheres se calassem. Mas naquela Igreja especificamente. Certamente passava por alguns problemas e por isso falou aquelas coisas, mas vemos Paulo agradecendo Maria por ajudá-lo na Obra do Senhor, vemos falando de profetizas que estavam fazendo a Obra do Senhor sem nenhuma discriminação (At 21:9).

Deus derrama os seus dons espirituais para capacitação dos chamados feitos tanto a homens, quanto para mulheres e a Sua Palavra mostra isso em várias referências. Tanto no Antigo Testamento, onde vemos a firmeza de Débora, juíza que julgava a Israel como no Novo Testamento. Vejamos uma delas:

"e sobre os meus servos e sobre as MINHAS SERVAS derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão" At 2:1818.

Deus não faz acepção de pessoas e nem manda que ninguém faça, pelo contrário. Paulo diz que o homem deve amar sua Esposa como Cristo amou a Igreja. Também diz que o corpo da esposa pertence ao esposo e vice-versa, ou seja, ninguém é melhor do que ninguém, mas são complementos um do outro:

"A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher." Co 7:4

Vamos, seja gentil. Ame sem discriminação e estará cumprindo um dos maiores mandamentos do Deus Verdadeiro.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Taliban: (IP registado)
Data: 25 de September de 2003 21:57

Então afinal você não é da mesma seita do Huguinho........qi pena, né?

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 26 de September de 2003 23:06

Caros amigos:

Antes de mais, as minhas sinceras desculpas, porque devo correspondência a várias pessoas deste fórum. Espero vir a regularizar a situação proximamente, talvez dentro de um mês. Entretanto tenho feito vida de grande nomadismo, pelo que se torna quase impossível seguir o normal desenvolvimento das discussões...

Em segundo lugar, confesso que a chegada do Abelardo, sobejamente conhecido na Internet por José Avlis, motivou-me a deixar uma mensagem. De resto, já recebi generosos piropos do mesmo Abelardo, que resolveu desenterrar o machado de outras guerras... Enfim, há coisas que nunca mudam. Acontece que não basta assanhar guerras com epítetos de heresia e excomunhão. A teologia, coisa que o Abelardo deveria saber o que é, pode parecer estranha, mas não se move pela força da moca, mas sim pela interpretação racional da revelação, de que a Bíblia é paradigma, à luz da Tradição e do magistério da Igreja. Ora, nestes elementos há algo que é preciso não esquecer: sempre que a Bíblia fala do inferno usa uma linguagem apocalíptica, que não pode ser lida literalmente. Mais: apesar do tom solene com que o Abelardo anunciou os tais documentos inequívocos da dogmaticidade da existência do Demónio, eles acabam por "saber a pouco", já que nenhum desses documentos afirma dogmaticamente a existência do demónio, como se ele fosse um deus ao contrário, o tal mafarrico dos chifres e tridente...

Vamos então aos factos:
Contrariamente ao que o Abelardo propõe, o texto do IV Concílio de Latrão não pretende afirmar dogmaticamente a existência “real” do Demónio, mas sim afirmar a bondade absoluta de Deus. Note-se que o se afirma é que, em modo de exemplo, mesmo os demónios, que nós reputamos como maus, foram criados originalmente bons. Significa isto que a Igreja não aceita que Deus tenha criado o mal. Esta era, afinal, a problemática a que o Concílio respondia, visto a questão da existência ou não do demónio não ser um problema daquele tempo.

Espero que o Abelardo não esteja já de setas afiadas: com isto não estou a negar a existência do Demónio, mas sim a criticar a sua argumentação, que usa de textos quase laterais à grande questão. O IV Concílio de Latrão não é suficiente para dizer que a igreja definiu dogmaticamente a existência do Demónio. Mas, acima de tudo, os pressupostos de uma certa literatura “filodemónica” estão povoados de uma falsa imagem de Deus, como se o Demónio fosse uma espécie de Deus-ao-contrário, com características omniscientes (afinal, parece que o Demónio sabe aquilo em que estamos a pensar e interfere nas nossas decisões, não passando nós de uns desgraçadinhos no meio das lutas de um anjinho luminoso e um diabrete parecido com o cruzamento entre um morcego fedorento e um macaco afogado, com artimanhas de palhaço de circo)... Mas não se dão conta do ridículo de tais visões supersticiosas, contrárias à Bíblia e ao senso comum?

Quanto aos outros textos, eles definem a existência do inferno, e este é um elemento mais sério: a possibilidade do inferno é a prova de que Deus nos leva a sério, que é bom mas não é “bonzinho”, isto é, não nos salva contra a nossa vontade. Existe a possibilidade real de O rejeitarmos e a rejeição de Deus (leia-se também: rejeição do Amor) é que é o Inferno. Mas ao afirmar isto nunca a Igreja afirmou dogmaticamente que alguém esteja no inferno. E não me venham argumentar com as visões de Fátima, que essas nada provam dogmaticamente acerca do Inferno, mas aqui entramos noutro assunto.

Quanto ao que o Abelardo dizia sobre as excomunhões, sugiro-lhe que não fale do que não sabe. Nunca ninguém foi excomungado por não acreditar na existência do inferno ou do Demónio. Vários santos recusaram acreditar em verdades que mais tarde foram declaradas solenemente como dogmas, bem mais claros que a existência do Demónio. Um exemplo? A Imaculada Conceição! Não seria de os excomungar post-mortem? Ter-se-ão “convertido” no céu? Ó Abelardo, que figuras tristes estas das ameaças de excomunhões para reforçar a lei da moca!...

A grande questão que está por detrás desta longa discussão, em que não tenho intervindo muito, é o papel da Bíblia e o modo de a ler. A Andréia e o Hugo são protestantes, mas têm em comum com o Abelardo o facto de pretenderem ler a Bíblia sempre literalmente, não fazendo caso dos diferentes níveis de discurso, dos géneros literários e figuras de estilo. Nisto o Abelardo/Avlis põe-se fora daquilo que um importante documento do Vaticano enuncia sobre a interpretação da Bíblia: a única leitura rejeitada pela Igreja é a fundamentalista/literalista, precisamente aquela que o Abelardo invoca.

Até daqui a algum tempo!

Alef

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Hugo Castro (IP registado)
Data: 27 de September de 2003 01:58


Então vou tomar a liberdade e dar um elemento/documento da igreja católica que creio válido onde se reconhece a existência real de um anjo caído chamado diabo ou Satanás.

Diz então o catecismo (tirado do site do vaticano)

II La caída de los ángeles

391 Tras la elección desobediente de nuestros primeros padres se halla una voz seductora, opuesta a Dios (cf. Gn 3,1-5) que, por envidia, los hace caer en la muerte (cf. Sb 2,24). La Escritura y la Tradición de la Iglesia ven en este ser un ángel caído, llamado Satán o diablo (cf. Jn 8,44; Ap 12,9). La Iglesia enseña que primero fue un ángel bueno, creado por Dios. "Diabolus enim et alii daemones a Deo quidem natura creati sunt boni, sed ipsi per se facti sunt mali" ("El diablo y los otros demonios fueron creados por Dios con una naturaleza buena, pero ellos se hicieron a sí mismos malos") (Cc. de Letrán IV, año 1215: DS 800).

392 La Escritura habla de un pecado de estos ángeles (2 P 2,4). Esta "caída" consiste en la elección libre de estos espíritus creados que rechazaron radical e irrevocablemente a Dios y su Reino. Encontramos un reflejo de esta rebelión en las palabras del tentador a nuestros primeros padres: "Seréis como dioses" (Gn 3,5). El diablo es "pecador desde el principio" (1 Jn 3,8), "padre de la mentira" (Jn 8,44).


394 La Escritura atestigua la influencia nefasta de aquel a quien Jesús llama "homicida desde el principio" (Jn 8,44) y que incluso intentó apartarlo de la misión recibida del Padre (cf. Mt 4,1-11). "El Hijo de Dios se manifestó para deshacer las obras del diablo" (1 Jn 3,8). La más grave en consecuencias de estas obras ha sido la seducción mentirosa que ha inducido al hombre a desobedecer a Dios.

395 Sin embargo, el poder de Satán no es infinito. No es más que una criatura, poderosa por el hecho de ser espíritu puro, pero siempre criatura: no puede impedir la edificación del Reino de Dios. Aunque Satán actúe en el mundo por odio contra Dios y su Reino en Jesucristo, y aunque su acción cause graves daños -de naturaleza espiritual e indirectamente incluso de naturaleza física-en cada hombre y en la sociedad, esta acción es permitida por la divina providencia que con fuerza y dulzura dirige la historia del hombre y del mundo. El que Dios permita la actividad diabólica es un gran misterio, pero "nosotros sabemos que en todas las cosas interviene Dios para bien de los que le aman" (Rm 8,28).

Em que estilo literário está escrito o catecismo?


Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Hugo Castro (IP registado)
Data: 27 de September de 2003 03:00



EIS algumas citações do novo testamento:


Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; (Mat 25:41) ´(é Jesus quem fala)


Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes permanecer firmes contra as ciladas do Diabo; (Ef 6:11)

Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo; (Heb 2:14)

Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós. (Tiago 4:7)

Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar; (1 Ped 5:8)

quem comete pecado é do Diabo; porque o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo. (1 João 3:8)

Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: O Senhor te repreenda (Judas 1:3)

E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. (2 Cor.11:14)

Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno?
(actos 5:3)

Podia fazer muitas e muitas e muitas mais citações onde se faz referência a satanás ou diabo como um ser.


Como é possivel dizer que a Bíblia não ensina a existência real de um ser chamado diabo? Andam a brincar com a Palavra de Deus? Se não acreditam na existência do diabo, digam abertamente NÃO ACREDITAMOS NO DIABO agora não venham dizer é que a bíblia não diz que ele existe, porque é do estilo litarario ou porque é da linguagem ou porque estava sol ou estava chuva. Não distorçam verdades tão claramente escritas recorrendo arbitrariamente ao jargão: é uma metáfora. Meus caros a bíblia não foi escrita para intelectuais dizerem que o que está escrito afinal não está escrito, ela foi escrita para o povo humilde, a Palavra de Deus não engana as pessoas, a bíblia É UM LIVRO QUE DEIXA CLARO QUANDO USA LINGUAGEM SIMBÓLICA E DEIXA CLARO QUANDO USA LINGUAGEM LITERAL,
alguém aqui é cego ou não sabe ler? Peçam luz a Deus e ele dará entendimento para entenderam a escritura. EM Deus sim ou melhor no espírito de Deus está a interpretação correcta das escrituras não na sabedoria do homem, pedi a Deus entendimento se realmente tiverem interessados na verdade e então também se fará luz para voces, porque até aqui estão cegos, o diabo vos cegou o entendimento e prova disso é que já nem nele acreditam.

Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. (Mt 11.25)

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 27 de September de 2003 08:54

Vou colocar aqui um texto do Pe Oscar Quevedo com o qual concordo sobre esta matéria:

"Para os católicos, a interpretação autêntica (isto é, autorizada) da Bíblia pertence à Tradição.

Ora, a Tradição para ser infalível (dogma) segundo os católicos, tem que ser clara, universal, entre todos os católicos (Igreja), constante e ininterrupta desde as origens do Cristianismo.

Por sua vez, como porta-vozes e intérpretes autênticos dessa Tradição, estão os Concílios e o Magistério da Hierarquia Eclesiástica. Mas nem tudo quanto afirmam os Concílios ou os pronunciamentos da Hierarquia da Igreja é infalível. Para que um Concílio seja infalível deve ser ecumênico (da Igreja Universal com o Papa); deve pretender definir com toda sua autoridade recebida de Cristo e diretamente aquela proposição. O mesmo se dá com a suprema autoridade eclesiástica da Igreja, o papa ("ex-cátedra").

Isto suposto, o que eu sempre afirmei e afirmo é que não existe definição papal ex-cátedra ou de algum Concílio Ecumênico claramente pretendida e direta, a respeito da existência dos demônios (com respeito a possessões, intervenções, etc, certamente não há nenhum dogma).

No texto do Concílio Lateranense IV, não há certeza nenhuma de que se pretenda dar alguma definição sobre a existência dos demônios. No texto Conciliar ("Os diabos foram criados por Deus bons por natureza; eles, porém, fizeram-se maus pelo pecado") é realmente muito mais provável que se pretendesse condenar a teoria de que Deus fosse responsável pela criação de seres maus por natureza, como alguns pretendiam acerca dos demônios: tudo o que Deus criou é bom; se alguém se torna mau é tão somente pelo uso indevido de sua liberdade.

Afirmar que com esse texto clara e diretamente se pretenda definir a existência do demônio, é no mínimo, discutível. "

Ao contrário do Alef, eu continuo expressamente a negar a existência do demónio, até que apareça uma exposição que me convença de uma melhor opinião.

Note-se que não nego a existência do Mal:
nego em primeiro lugar a existência do "mafarrico chifrudo", "descendente" das imagens dos deuses pagãos;
nego em segundo lugar a existência de um ser que corporize o mal.

Escreve Ratzinger (RATZINGER, J., "Abschied vom Teufel?" em Dogma und Verkündigung. München, Erich Wewwel, 1973, p. 225-234, esp. 234. ) ao responder à obra de Herbert Haag:

"O pensamento moderno dispõe, parece-me, de uma categoria que pode ajudar-nos a compreender de novo mais precisamente o poder dos demônios, cuja existência, é verdade, é independente desta categoria. Os demônios são um poder do ‘Entre’ ao qual o homem não cessa de ser confrontado sem que ele a possa fixar como uma coisa. É precisamente o que Paulo tem em mente quando ele fala dos ‘dominadores deste mundo das trevas’; quando diz que, contra eles — estes espíritos do mal que estão nos ares —, nosso combate não é dirigido contra a carne e o sangue (Ef 6,12). Ele é dirigido contra este ‘Entre’ firmemente estabelecido, que, ao mesmo tempo, encadeia os homens uns aos outros e os separa uns dos outros; este ‘Entre’ que os violenta, jogando diante deles o jogo da liberdade. Tem-se aí um traço específico do demoníaco: sua ausência de rosto, seu anonimato. Quando se pergunta se o diabo é uma pessoa, dever-se-ia responder com mais propriedade que ele é a não-pessoa (ou o antipessoal: Die Un-person, com o UN privativo de desintegração), a ruína do ser pessoal, e é por isso que é característico de sua natureza apresentar-se sem rosto; sua força própria é não deixar reconhecer. Fica firme em todo caso que este ‘Entre’ é uma potência real, melhor: um conjunto de potências e não simplesmente uma adição de eus humanos".

Nem o Ratzinger, sendo um brilhante teólogo, conseguiu defender a imagem tradicional do diabo...

Se eu fosse a ti, Abelardo, excomungava-o!

João (JMA)

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