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Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Cátia Iris (IP registado)
Data: 23 de May de 2003 20:51

espiritos impuros sao os dos homens condnados ao celibato
inferno e dia de jogo de football
ceu sou eu de bikini na praia so com homens a volta

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 24 de May de 2003 00:27

k afronta! devias ser lapidada! mas antes, gostaria de estar um bocadinho contigo nessa tal praia..
lol

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Cátia Iris (IP registado)
Data: 24 de May de 2003 00:35

tu barbudo, afinal es gay ou nao? taliban nao vai pra praia, mas pra jihad se kalhar keres um enkontro ekumenico com u ugo. os dois pro irak.
ka esta o inferno.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 24 de May de 2003 10:37

sim, confesso, eu cá gosto mesmo é do hugo... embora o alef..
jé lhes propus um encontro ecuménico, mas eles nada... por isso te propus a ida á praia. afinal, ehehehe, não sou esquisito.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 28 de May de 2003 17:24

As minhas questões sobre o diabo (mensagem de 12/05/03 22:21) continuam a aguardar resposta por parte dos que acreditam na sua existência.

Quanto ao inferno já a minha ideia é diferente. Ele existe por duas ordens de razões:

a) as "necessárias":
1º para o "diabo" ter uma casa senão lá tínhamos mais um sem-abrigo;
2º para meter medo a quem se porta mal;
3º para aqueles que precisam de ter medo de alguma coisa para entrarem e se manterem no caminho certo;
4º para aparecerem os seus sons nos sites dos fundamentalistas;
5º porque a Bíblia fala nele (16 vezes).

b) as que fazem sentido:
Deus respeita tanto a nossa liberdade que temos de aceitar como princípio a existência de uma alternativa para aqueles que até ao fim e no seu fim querem rejeitar Deus.
Para ser coerente com a liberdade da Fé com que nos dotou, Deus deverá igualmente admitir que alguém voluntariamente rejeite a comunhão com Deus e queira uma "existência" negando-O.
Esse estado de rejeição voluntária de Deus de uma forma completa e absoluta será o dito "inferno".

João (JMA)

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: opxe (IP registado)
Data: 04 de June de 2003 16:06

A alternativa para a aceitação de deus pode não ser o diaBO...
A rejeição voluntária de deus pode não ser um inferno...
Mas que simplismo....


Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 04 de June de 2003 19:51

caro opxe,

De facto parece-me simples.

Mas talvez queiras explicar a tua ideia. Certamente mais elaborada.

João (JMA)

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 04 de June de 2003 23:46

A rejeição/ negação consciente de deus/deuses pode ser tranquilizadora, lúcida e libertadora - o contrário portanto de qualquer inferno real ou imaginário, público pou privado. Aliás não deixa de ser curioso que quem acredita em deus ( ou em deuses) e no paraíso, tende a acreditar no diabo e nos infernos. Para esses crentes portanto, o diabo e o inferno são realidades ( embora apenas nas suas cabeças).Pra os que rejeitam essas crenças ou crendices, o diabo não existe, muito menos o inferno. Capice?
A alternativa para a aceitação de deus pode ser a ceitação da humanidade. Simplistamente falando, claro.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 05 de June de 2003 11:00

Prezado Taliban,

O que dizes sobre a rejeição / negação de Deus como experiência "tranquilizadora, lúcida e libertadora", pode fazer sentido.

Mas apenas para aqueles que têm de Deus uma imagem severa do Deus que julga e sobretudo castiga, que manda o pai matar o filho, que provoca um dilúvio para para matar a humanidade (e os dinossauros!!!), que tem um exército de anjos exterminadores que, entre outras coisas matam crianças, que manda pragas para o Egipto, que faz parar o Sol para uns matarem os outros, etc, etc.

Ou seja, essa lógica tem sentido para os fundamentalistas (onde naturalmente como bom taliban te incluis).

De facto livrarmo-nos de tal Deus é uma experiência libertadora. Quase tanto como do diabo.

Considero tal visão um disparate completo, sem qualquer sustentação bíblica (apesar dos exemplos que dei) e contrária aos ensinamentos de Cristo.

Na medida em que é contrária aos ensinamentos de Cristo, não considero aqueles que a defendem sequer como cristãos mas sim como uns pagãos que usam a Bíblia (parte dela, aliás) para fins esotéricos.

Mas de facto é libertador livrarmo-nos "desse" Deus. Razão pela qual muitos proclamaram e se sentiram aliviados com a "morte de Deus".

A troca da divindade pela humanidade foi experimentada em termos políticos até ao seu extremo o século passado. Com os resultados conhecidos...

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Cátia Iris (IP registado)
Data: 05 de June de 2003 16:29

i se nao acreditas no inferno praonde mandas os pagaos?

i so nao akreditas nu diabu pra nao konfessares kelé "ó-mãe"...

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 06 de June de 2003 20:05

Cátia

Não tenciono "mandar" ninguém para o inferno.

De facto às vezes dá-me essa vontade, mas a caridade cristã sobrepõe-se...

Os "pagãos" também são filhos de Deus, mesmo que o rejeitem.

Quanto ao diabo, já expliquei que o considero uma metáfora, não um ser.

A hipótese que tu apresentas do diabo ser um homem, pode ser interessante.

Eu só conhecia as teorias de um deus mau e de um anjo caído.

Para homem será já velhito... reformou-se ou continua a trabalhar?

João (JMA)

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Mário Abel (IP registado)
Data: 07 de June de 2003 14:29

Boa tarde.

O meu comentário aos cultos satânicos.


Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Mário Abel (IP registado)
Data: 07 de June de 2003 14:56

Até recentemente tudo o que era relacionado com o diabo recebia reprovação unânime das pessoas. Neste nosso mundo ocidental, era obvio que ninguém no seu bom juízo podia sentir interesse e ilusão pelo demonio, dado que por atenção às Escrituras, não devia haver outro sentimento com respeito a esse ser, que não fosse o ódio.
O tempo pssou e foi-se difundindo juntamente com o ateísmo e a negação a toda a religiosidade, uma espécie de contracorrente oposta ao Cristianismo que pouco a pouco foi tirando do segredo os cultos satãnicos e os foi pondo no mesmo nível das doutrinas tradicionais, como se de uma tradição religiosa mais se tratasse. Desta maneira o "satânico" foi invadindo rapidamente sectores relevantes como os da música, das artes visuais e dos meios de comunicação.
Para mim, católico, resulta difícil entender que alguém possa pôr a sua vida nas mãos do diabo. Mais, unir-se ao diabo é compsrtir o fracasso completo e a frustação de todas as capacidades postas por Deus no homem.
Os motivos de toda esta adesão, sobretudo de católicos, e especialmente jovens dever-se-á à falta de evangelização profunda, assim como de uma catequese séria e suficiente, o que foi permitindo que uma crecente massa de cristãos, repito, jovens, tenham acabado por abandonar com ligeireza a fé católica, que na realidade nunca conheceram verdadeiramente, e se tivessem decidido por abraçar alguma das múltiplas formas de culto satânico que os meios oferecem ostensivamente hoje em dia.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 09 de June de 2003 20:48

Os cultos satânicos não são novidades do sec. XX ou XXI.

A sua divulgação mais acentuada é que sim.

De facto é apenas mais um dos "falsos deuses" da sociedade contemporânea.

E se a posição da hierarquia católica fosse mais clara quanto ao assunto, talvez contribuísse para que esse fenómeno tivesse menos impacto.

Como já algures neste fórum foi referido, em França desde que foi constituída uma comissão de cientistas e sacerdotes para examinar as "possessões diabólicas" não houve mais nenhum exorcismo. Houve foi acompanhamento médico, psicológico, etc.

Outra "novidade" do sec. XX foi Herbert Haag, num volumoso trabalho, explicar todas as referências bíblicas ao diabo como figuras de estilo, ficando claro que nenhuma podia "provar" qualquer existência do mesmo.

Se ficasse claro para todos que falar do diabo ou do "mostrengo que está no fim do mar" da Mensagem era falar de figuras de estilo, sem dúvida que o diabo teria menos seguidores.

Endeusar figuras de estilo é de facto cómico.

Mas alguns preferem deixar continuar as coisas como estão, independentemente dos custos. Conservadorismos...

João (JMA)

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Miguel (IP registado)
Data: 11 de June de 2003 16:15

cátia, queres combinar ir a praia? falar do inferno + do diabo + doutras coisas? boraí?

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 12 de June de 2003 19:28

pO, eu pedi primeiro...

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: miguel (IP registado)
Data: 12 de June de 2003 22:41

taliban vai mas é ler o corão. praia não é para barbudos. pode-te fazer mal por causa das horas das orações. e amanhã é dia santo para ti.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: miguel (IP registado)
Data: 12 de June de 2003 22:55

Macumba Intelectual

Por Pedro Sette Câmara

"Se a maior vitória do Diabo é fazer com que as pessoas pensem que ele não existe, então no século XX ele venceu", nos diz o escritor francês Denis de Rougemont. Desacreditar de sua existência significa nada menos do que dar-lhe total liberdade para agir, de modo que o crédito de suas ações seja atribuído a outro que, agindo ou não no nome do capeta, consciente disso ou não, levará a culpa. Desacreditar da existência do Diabo é a mesma coisa que olhar para uma doença e achar que ela é apenas o conjunto exterior de seus sintomas, sem qualquer relação com uma causa mais profunda - daí vemos, em outro plano, que também não é à toa que no nosso mundo moderno existe tanta preocupação com as aparências.

O Diabo é o primeiro que se preocupa: se aparecesse como Diabo mesmo, e todos pudessem vê-lo como o Mal, ele não faria muito sucesso. É o caso da possessão demoníaca. Ninguém deseja para si ou para outro algo desse gênero, por ver o estado evidentemente deplorável do possesso. É má propaganda do Diabo. Ele prefere se apresentar na forma de idéias aparentemente belas e justas, na forma de coisas supostamente boas mas pelas quais se paga o mais alto dos preços, porque se paga, em última instância, com a própria alma. Uma vez escravizada por desejos fúteis ou insensatos, a alma põe o intelecto para trabalhar em justificativas para estes desejos, e é no descaminho intelectual destas justificativas que se perde para sempre, negando a objetividade das coisas ou, em muitos casos, as coisas mesmas.

É neste ponto que se encontra o nosso mundo. Motivada por desejos já antigos, como as idéias calvinistas ou os "ideais" da Revolução Francesa, toda uma cultura há séculos luta para que as palavras dêem uma aparência de bondade ao que não passa de estupidez. Então (veja a Heresia de duas semanas atrás), num processo de inculpação projetiva, inventa a idéia de "discurso legitimador" e lhe atribui uma dimensão totalizante, dizendo que toda a cultura de todas as épocas fez o mesmo que ela: ter tais e tais motivações e depois inventar um discurso que as justificasse. Agora, após séculos de ciências humanas seculares, já é tarde demais para lembrar quem lhes disse ao ouvido esse segredo que os satanistas têm escutado...

Através da revista Veja (edição de 03/02), uma espécie de encarnação editorial do nariz empinado iluminista, os jornalistas Bruno Paes e Fernando Luna resolveram nos dar uma pequena caricatura da mentalidade moderna na matéria intitulada "Satã entre nós", a respeito do novo ritual de exorcismo do Vaticano. Não conheço nem o velho nem o novo rito, que não li, e portanto vou comentar apenas o tratamento que a matéria dá ao assunto, pulando as citações que a revista faz do rito, especialmente porque não me sinto à vontade para acreditar na veracidade do que é publicado nesta revista. Começa então a matéria:

"Bons tempos aqueles em que o Mal podia ser facilmente identificado. Na Idade Média, o Diabo tinha formas tão espetaculares quanto aterrorizantes. (...) No documento sobre as práticas exorcistas divulgado pelo Vaticano na última terça feira, com o nome latino De Exorcismis et Supplicationibus Quibusdam (De Todos os Gêneros de Exorcismos e Súplicas), o anjo decaído de Deus adquire dimensões bem mais humanas e, por isso, mais ameaçadoras."

Em primeiro lugar, o texto pressupõe que o Mal antes era fácil de identificar e hoje não é mais. Por quê? Por causa de suas "formas tão espetaculares quanto aterrorizantes". Está colocada aí uma perspectiva puramente estética do Diabo, em que ele será tão mais visível quanto for mais feio, e mais perigoso quanto for mais próximo, com "dimensões mais humanas". Está certo. Ninguém vai querer conversa com o Diabo nu e cru, mas só nas versões palatáveis. Mas há também implícita a idéia de que na Idade Média havia uma simploriedade que somente entenderia o Diabo através destas formas, o que é falso. Há ainda implícita a idéia de que o Diabo é uma invenção da Igreja, que daria a ele a forma que desejasse, sendo a responsável pela sua manutenção. Isto também é falso, pois a existência do Diabo independe da Igreja ou de qualquer um: isto é um fato, quer se aceite ou não.

Mas o verdadeiro sentido das linhas citadas se desvela pouco depois. Os autores do artigo, após ter citado supostas palavras de um cardeal, respondem a elas com o seguinte:

"O pecado está em tudo aquilo que o mundo pós-iluminista acreditou ser bom para a humanidade. Está na democracia, que é o poder da maioria. Está na dúvida que fez a ciência avançar. A Igreja Católica segue sendo a velha senhora de sempre."

Se o cardeal disse isso mesmo, então está certíssimo. O mundo iluminista já é o mundo do Diabo, o mundo da arrogância de gente inferior como Voltaire e Rousseau, que acreditava que a simples expressão de seu estado psicológico valia mais do que séculos de civilização cristã. Mas analisemos com cuidado cada afirmação.

O que significa dizer que a democracia é o "poder da maioria"? Nada. Primeiramente, quem tem poder é o governante, e não o povo, que está aí para obedecer. Se a maioria escolhe quem vai mandar nela, isto não quer dizer que quem vai mandar nela seja a pessoa mais indicada para fazê-lo. Não é materialmente possível que a maior parte de um povo possa fazer um julgamento acurado de cada candidato, como quem não sabe o que é governar e também não está interessado no assunto simplesmente não está apto para escolher um governante. É no mínimo totalitário obrigar alguém a ter uma opinião sobre um assunto que não lhe interessa absolutamente. Assim, é fácil observar que por trás da afirmação "a democracia é o poder da maioria" existe a seguinte proposta: você não está interessado no estado de coisas, mas foi obrigado a votar em alguém para resolver este estado de coisas e em última instância o culpado é você que o elegeu. Eis aqui o expediente diabólico descrito no início, que consiste em atribuir a a aquilo que b fez, mas no caso a é você mesmo. Há uma crise econômica, e a culpa é sua, mesmo que você nem tenha se interessado pelo assunto.

Depois, o texto fala da "dúvida que fez a ciência avançar". Como o conhecimento poderia avançar baseado na dúvida, e não na certeza, é algo inexplicável. A dúvida consiste exatamente numa indecisão entre duas coisas, sendo o sujeito pensante ignorante da veracidade de ambas. A dúvida pode no máximo aumentar o leque de possibilidades imaginativas, e isso não é ciência, é literatura. A ciência (segundo a Teoria dos Quatro Discursos de Olavo de Carvalho), o conhecimento nasce justamente das operações mentais feitas sobre estas possibilidades, reduzindo-as a probabilidades, depois a verossimilhanças e enfim a verdades. A dúvida preexiste à ciência e, aliás, não é condição sine qua non dela. A ciência tradicional medieval consistia unicamente na aplicação de certos princípios primeiros, metafísicos, nos vários campos relativos, e por isso concebia a si mesma como arte, isto é, arte da boa aplicação destes princípios. Destes princípios, por sua vez, pode-se duvidar a fim de obter uma prova dialética de sua validade. Tal é o método utilizado por São Tomás de Aquino em sua Suma Teológica, obra monumental que permanece sem paralelos há setecentos anos. A dúvida moderna só fez produzir loucuras, como aliás é fato notório em certas partes do meio acadêmico, vide o affair Sokal, e mais ainda fora dele, como observam os editores deste jornal, o filósofo Olavo de Carvalho e todas as pessoas normais que ainda aceitam a inabalável objetividade do mundo.

Ora, quem quer que cultive o totalitarismo e a dúvida como grandes valores só pode mesmo estar sendo inspirado pelo Diabo. Não que ele próprio tenha alguma reverência por tais "ideais", mas a essência de seu trabalho não é nada mais do que inutilizar progressivamente a inteligência do gênero humano até que as pessoas não saibam mais o que dizem, e as palavras tenham antes o poder de evocar sensações do que o de nomear conceitos. Se alguém duvida que isto aconteça de fato, basta observar quantas pessoas atribuem a seu bem-estar físico e às suas emoções o nome de "vida espiritual". Aliás, o bem-estar pode facilmente ser garantido pela subserviência ao estado totalitário e as emoções mais agitadas não faltarão a quem tiver poucas certezas.

Assim, percebe-se como o Diabo foi capaz de substituir a paz sólida da vida espiritual verdadeira com uma segurança temperada com a conformidade a uma ideologia. Se a primeira só pode ser dada pela verdade, pela aceitação do Amor de Deus que se dá a conhecer na objetividade das coisas, a segunda se baseia em pressupostos malucos que podem no máximo dar a ilusão de uma verossimilhança sustentada pela vida estatal e social. Entre aceitar os fatos – incluindo a existência do Diabo – e não aceitá-los, há o risco de se inventar historinhas para explicá-los.

É o caso dos autores da referida matéria perguntarem a si mesmos qual é verdadeiramente a época em que "a ciência ainda não havia desbancado a superstição como a melhor maneira de explicar os fatos", que eles dizem ser o século XVIII. Pensemos na mentalidade do passado, de maneira genérica, e na de hoje. Eles aceitavam a existência do Diabo. A Revolução Francesa foi o primeiro grande movimento do Ocidente a negá-la, e também o primeiro movimento que causou um morticínio em massa: um milhão de cabeças rolaram em um ano, ao contrário dos vinte mil que a Inquisição matou em três séculos. Podemos dizer que o primeiro aspecto moderno e também o mais relevante da Revolução Francesa é a barbárie. Eis aqui a primeira evidência de que assim que se nega a existência do Diabo, ele começa a agir.

É isto que estes senhores querem colocar no lugar da crença no Diabo? A morte de milhões de pessoas, realizada em nome de ideais de porcaria? É muito mais supersticioso – no sentido diabólico, inclusive – atribuir a construções mentais o poder de moldar a realidade do que aceitar a realidade mesma, e o pecado da modernidade não é nenhum outro além do seu desejo de sobrepor seus desejos à ordem natural das coisas. Não espanta, então, que suas palavras signifiquem nada ao mesmo tempo que causam uma "boa" impressão, como também fazem os livros de auto-ajuda, a programação neurolingüística, e o "esoterismo" telefônico a R$ 4,95 o minuto. Ambos se baseiam na promessa de um mundo melhor e na premissa maquiavélica de que "os fins justificam os meios". Em vez de combater o mal com a verdade, preferem combatê-lo com o poder da maioria e da dúvida, contribuindo ainda mais para a piora do estado de coisas. E o Diabo ri.


E AGORA JÁ ACREDITAM NO DIABO?

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 17 de June de 2003 14:00

Não acredito no diabo, mas acredito que o disparate existe. Está bem patente nesse texto.

Vejamos estas "pérolas":

"o pecado[...] está na democracia"

"o pecado [...] está na dúvida que faz a ciência avançar"

"o mundo iluminista já é o mundo do diabo"

Quanto ao diabo, nada adianta nem atrasa.

Dá as duas primeiras expressões como ditas por um cardeal - convenientemente não identificado- e a terceira como decorrente directamente do raciocínio do mesmo.

Quanto ao "cardeal" temos várias opções:
a) é alguém com apelido "cardeal";
b) é "cardeal" nomeado pelo "pio XIII";
c) é "cardeal" de uma auto-denominada "igreja-qualquer-coisa"
d) é verdadeiramente cardeal e está senil.

"o pecado está em tudo aquilo que o mundo pós-iluminista acreditou ser bom para a humanidade"
Ora, vejamos três exemplos fundamentais do que era considerado bom pelo iluminismo:
Liberdade, Igualdade, Fraternidade

Liberdade é assim um pecado. Cristo veio à terra para nos libertar. Logo Cristo é pecador. Logo Cristo não é Cristo, porque Cristo não pode ser pecador. Nem o Filho de Deus pode ser pecador.

Igualdade é também pecado. Logo Cristo ao pregar a igualdade, pecou. Logo...

Fraternidade é pecado. "Amai-vos uns aos outros...". Outro pecado de Cristo. Logo...

Logo quem disse aquela frase é imbecil. Quem diz imbecilidades é imbecil. Ou senil e então não é responsável pelos seus actos.

Quanto à "gente inferior como Voltaire e Rousseau" estão mais próximos da mensagem cristã que aqueles que negam a divindade de Cristo, como o exemplo do "cardeal".

Quanto ao voto ser um "expediente diabólico", é simplesmente idiota e não merece mais comentários.

João (JMA)

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 17 de June de 2003 18:07

Querido miguelinho, meu irmão na fé:

Eu sabia, que havia mais talibans aqui no site. ehehehehhe

"Se o cardeal disse isso mesmo, então está certíssimo. O mundo iluminista já é o mundo do Diabo, o mundo da arrogância de gente inferior como Voltaire e Rousseau, que acreditava que a simples expressão de seu estado psicológico valia mais do que séculos de civilização cristã.."

Aconselho-te portanto a emigrar rapidamente para países como o Congo, a arábia saudita, o Afeganistão ou o Iraque de saddam , onde essa coisa diabólica da democracia, da justiça e da igualdade, dos direitos humanos e da dignidade das pessoas, herança cultural de "gente inferior" como Voltaire e Rousseau, não contam para nada. Aconselho-te também a não utilizares a tecnologia, muito menos a informática a Internet ou medicamentos, vacinas e alimentos pasteurizados, porque todas essas modernices resultam "do que mundo pós-iluminista acreditou ser bom para a humanidade". Alias, se " o pecado da modernidade não é nenhum outro além do seu desejo de sobrepor seus desejos à ordem natural das coisas", devemos acabar já com os cuidados médicos, as viagens de automóvel e de avião, a exploração espacial, a investigação genética, porque tudo o que nos permite ter uma vida mais longa feliz e saudável vai contra a ordem natural das coisas. Como sabes a esperança de vida na idade media era de pouco mais de uma vintena de aninhos. Podes seguir essa ordem natural e deixar-te morrer de fome. Alias, a exploração agrícola não faz parte da ordem natural das coisas. Em boa verdade devíamos todos andar nus, em bando e ser recolectores.
. ehehehehehheeh
Imbecis e senis, eis o que nao falta na vossa Igreja. Vejo que te inseres no grupo.

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