Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Arquivo - Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Página actual: 7 de 13
Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 19:22

1) é a sua opinião, eu reservo-me o direito de pensar o mesmo daquilo que escreve, juntado-lhe a minha opinião de que as contradições que julga ver são em grande parte resultado da senhora ler à pressa e em resultado disso compreender mal. Além disso repito que acho que este não é o meio nem o topico para escrever uma lei completa sobre o casamento e a parentalidade.

4) Não houve aumento da natalidade na suecia, a taxa de natalidade está em queda há mais de uma decada. Já tinha dito isto. O que confirma que a senhora lê apressadamente e assim corre o risco de comprender mal.
A suecia não é nenhum paraiso terreste. Veja lá que até têm taxas relativamente elevadas de suicidios e de violações.



Editado 1 vezes. Última edição em 16/02/2006 01:10 por camilo.

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 16 de February de 2006 23:42

Camilo

Parabéns por dizeres o que pensas. Não tens medo de responder às pessoas, que pensam que só elas sabem... , que interpretam para atingir um determinado objectivo. Pelo menos parece....
Será que alguns dos intervenientes estão directamente implicados neste assunto? Será que fazem parte de algum lobbie ligado aos homossexuais?
Às vezes, até parece. ..

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 16 de February de 2006 23:51

Miguel

Venho pedir-te desculpa de na 6ª F ou sáb (não me lembro das horas) ter recusado o teu abraço fraterno.

Desculpa.
Interpretei mal. Vejo, sinto o que queres dizer com esse modo de escrever.
Por favor mantém-no.
Viva a fraternidade!!!
Adeus (a Deus)

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 17 de February de 2006 00:42

Não tem mal, cara Maria José, por amor de Deus. Nem era preciso, a sério... Eu sei que é normal por vezes exaltarmo-nos. A mim também me acontece com muito mais frequência do que devia, admito-o. :-)
Já percebi que és uma pessoa que fala "com o coração na boca", mas isso não tem por que ser sempre ou especialmente mau... antes pelo contrário: a autenticidade é uma virtude.

De qualquer modo, uma pequena observação, e espero que não leves a mal: não foi bonita a insinuação da penúltima mensagem - é um estilo que insinua, sem dizer, e que não acrescenta muito, na minha opinião, a um diálogo que todos queremos franco, autêntico, justo, vivo, mas onde essas insinuações sabem um pouco a amargas...

Falo por mim, se a pertença a um lobbie ligado aos homossexuais significar, sem fazer parte de qualquer grupo ou de qualquer organização homossexual ou de apoio aos homossexuais, mas por mim apenas, defender o que me parece justo socialmente em relação a tal minoria e apresentar de forma clara e o mais leal possível os meus argumentos acerca dos homossexuais e do que respeito que a mim eles me merecem, então sim, a partir de hoje passo a pertencer a esse tal lobbie ligado aos homossexuais. E essa nova pertença não me parece diminuir-me em nada...

Renovo o meu abraço fraterno,

Miguel



Editado 1 vezes. Última edição em 17/02/2006 00:43 por rmcf.

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: (IP registado)
Data: 17 de February de 2006 09:53

Maria José Ribeiro,

Este interveniente está directamente implicado no assunto, mas nunca o escondeu.
De resto, isso do "lobby" gay é rebuscado. É óbvio que existe um "lobby" gay, perfeitamente identificado nas respectivas associações. Agora identificar quem defende determinadas posições com interesses obscuros e escondidos é pouco correcto... De resto, quanto às pessoas pensarem "que só elas sabem", isso não faz sentido. Uma discussão intelectual não é ou não deve ser entendida com clubite...

Diz-me, conheces algum/a homossexual, pessoalmente?

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 17 de February de 2006 12:29

Olha eu não estou nada ligada a nenhum grupo de pressão ou lobby.

Nem a nenhum grupelho político partidário.

Sou uma cidadã comum e tenho as minhas opiniões sobre o que é a Justiça.

E exprimo-as em liberddade.

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 17 de February de 2006 12:57

E até ver, pelo menos neste Forum, ainda ninguém apresentou um argumento consistente que justifique a proibição do casamento de homossexuais.


Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 17 de February de 2006 21:58

Caros Foristas :

Queria partilhar com vocês extractos de uma entrevista de Nuno Serras Pereira ao Jornal in-dependente.
Penso que tem interesse a leitura porque alguns foristas ( sobretudo o Camilo) defenderam algumas posições quase coincidentes com as da referida entrevista:

- Isso significa que o Estado não deve proteger um casal heterossexual que não pode ter filhos?


[ - b]Isso não é uma família, é um casamento. A família só existe a partir do momento em que há filhos.[/b]


- Um homem e uma mulher casados não são, só por si, uma família?



- Não. Têm a família da parte do marido e da mulher, mas não constituíram família.

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 17 de February de 2006 22:10

No entanto, na mesma entrevista, o refrido Nuno serras Pereira avança comn alguams ideias bastante revolucionárias e progressistas:

a) Aceita que os casais de homossexuais possam adoptar /educar crianças intitucionalizadas:

" - É melhor para uma criança viver numa instituição até à idade adulta do que com dois pais ou duas mães que lhe dão amor e carinho?

- Depende da instituição. Se for uma instituição como a Casa Pia era aqui há uns anos é capaz de ser bem pior.

Ou seja se a instituição não reunir condições adequadas , é melhor para uma criança ser educada por um casal homossexual que lhe dê amor e carinho. A definição disto é ... uma Família.


b)" - Então a mulher que toma a pílula do dia seguinte deve ir parar à cadeia?

- Isso é complicado do ponto de vista penal, porque nunca se pode ter a certeza de que houve um aborto

Ora cá está uma importante afirmação. SE nunca s epode ter certeza é porque a pílula do dia seguinte ( contracepção de emergência) não é abortiva.

SE fosse uma pílula abortiva, não haveria dúvidas na mente esclarecida do NSP.

E, ao dizer que não pode haver criminalização do uso da contracepção de emergência, NSP admite publicamente que não há fundamento para isso.

Vinda de quem vem, esta constatação merece ser realçada.

Nuno SErras Pereira afirmou que a pílula do dia seguinte não é abortiva.



Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 17 de February de 2006 22:50



Vou-te responder: Conhecia dois colegas meus de trabalho. Digo conhecia pois que, ambos, já faleceram.
Conheço algumas pessoas de quem se afirma que são homossexuais, mas não tenho a certeza se o são ou não. De um deles disseram-me o nome do parceiro, mas não sei se é verdade.

Um beijo e adeus.

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 18 de February de 2006 01:48

Parece-me pertinente a leitura da entrevista com o P. Nuno Serras Pereira (recebi-a em segunda mão, pelo que não sei se esta versão é a integral).

Alef


A Homossexualidade é uma Doença

Entrevista de O Independente ao P. Nuno Serras Pereira


In O Independente – 10. 02. 2006

Entrevista ao P. Nuno Serras Pereira, conduzida por José Eduardo Fialho Gouveia



O Independente - Teresa e Helena, duas mulheres, iniciaram na semana pas­sada uma batalha judicial para conseguir casar. O casamen­to entre pessoas do mesmo sexo deve ser permitido?

P. Nuno Serras Pereira (PNSP) - Não é possível haver casamento entre pessoas do mes­mo sexo. O matrimónio exige capacidade reprodutiva.


Ind. - Porquê?

PNSP - Pode não haver capacidade reprodutiva por motivos de infertilidade. Mas quando o marido e a mulher se jun­tam através dos seus órgãos reprodutivos formam um só organismo. Por isso se fala de comunhão e de unidade.


Ind. - O casamento não deve, acima de tudo, ser uma questão de amor?

PNSP - Resta saber o que é o amor. Quando duas pessoas do mesmo sexo têm contactos genitais estão a instrumen­talizar os seus corpos como se fossem sub-humanos. Na unidade dos actos de tipo reprodutivo forma-se um só organismo.


Ind. - É impossível que haja amor entre dois homens ou entre duas mulheres?

PNSP - Pode haver entre um pai e um filho, entre uma mãe e uma filha, entre amigos e entre amigas.


Ind. - E amor em termos sexuais?

PNSP - Penso que não é possível. A homos­sexualidade é uma doença. A Associação Norte-Americana de Psiquiatria, em 1973, pela mão de Robert Spitzer, fez retirar a homos­sexualidade da lista de enfermida­des. Todavia, alguns anos depois, repensou a sua posição e verificou que uma terapia adequada era capaz de corrigir a incli­nação sexual dos homossexuais.


Ind. - Julgo que nenhum médico - a menos que seja extremamen­te conservador ou influenciado pela mentalidade católica - considera a homossexualidade uma doença. É do conheci­mento público que essa visão está ultrapassada...

PNSP - Não está. Nos Estados Unidos há muitos médicos - que nada têm a ver com a Igreja Católica e que são de diversas facções políticas - a afirmá-lo. Defendem que é uma doença de origem psicológica, um sintoma de uma neurose relacionada com um complexo de infe­rioridade. Resolvida a neurose, a atracção por pessoas do mesmo sexo desaparece. A prática de relações homos­sexuais reforça essa enfermidade, enquanto a abstinên­cia tende a favorecer a cura.


Ind. - Quando pensamos numa doença imaginamos algo prejudicial. A homossexualidade é nefasta em quê?

PNSP - Em termos psicológicos, há uma fixação narcisista. Não se procura o outro enquanto outro; cada um procura-se a si mesmo no outro. Os homossexuais não são capazes de atingir a verdadeira união e comunhão. Por outro lado, a nível físico sabemos - através de estu­dos realizados nos Estados Unidos - que a esperança média de vida dos homossexuais activos é de 45 anos, sem contar com aqueles que morrem de sida. E apenas dois por cento chegam aos 70. A taxa de incidência de doenças sexualmente transmissíveis é também muito mais alta e os níveis de criminalida­de entre a população homossexual, em termos per­centuais, são superiores. Finalmente, os dados mos­tram igualmente que a pedofilia é mais frequente entre os homossexuais.


Ind. - Tem noção de que um sexólogo apelidaria essas declarações de ridículas?

PNSP - Depende do sexólogo. Se fosse sério poderia compro­var o que eu digo.


Ind. - Todos os sexólogos que não partilham da sua opinião não são sérios?

PNSP - Podem estar mal informados ou partilhar de uma ide­ologia que os faz olhar apenas para uma parcela da rea­lidade e excluir determinados factores.


Ind. - Não admite que possa ser a sua ideologia que o leva a dis­torcer a realidade?

PNSP - Estou a falar de factos.


Ind. - Rejeita, portanto, que seja possível haver amor homossexual...

PNSP - Nem sequer há homossexuais. Há pessoas que padecem de inclinações homossexuais. Algo que lhes provoca grande sofrimento.


Ind. - Os homossexuais não dizem que sofrem por ser homossexuais...

PNSP - Não é isso que a minha experiência me ensina.


Ind. - Devem lutar contra a sua inclinação sexual e viver toda uma vida em negação?

PNSP - O problema está em agir de acordo com essa inclinação sexual. É preciso levá-los a descobrir a verdadeira iden­tidade. Há muitos testemunhos de homossexuais recu­perados.


Ind. - Se a homossexualidade é uma doença, qual é a causa?

PNSP - Os especialistas explicam que é uma psicose.


Ind. - Os especialistas não dizem que a homossexualidade é uma doença...

PNSP - Alguns não o dizem. Quando Robert Spitzer - que era presença assídua na imprensa e na televisão - verificou que estava enganado e recuou na sua posição a comu­nicação social cortou-lhe o pio.


Ind. - A comunicação social norte-americana está então domina­da por um poderosíssima "lobby gay"?

PNSP - O " lobby gay" tem grande influência na comunicação social. E infiltrou-se também na política e na Igreja.


Ind. - Considera-se homofóbico?

PNSP - De modo algum. Não tenho horror ao meu sexo. O homofóbico é aquele incapaz de lidar com pessoas do mesmo sexo. Não é o meu caso. Não concordo é que se destrua a instituição casamento, que é a célula-base da sociedade. É no casamento que são gerados os filhos. Por isso o Estado protege e promove a família.


Ind. - Isso significa que o Estado não deve proteger um casal hete­rossexual que não pode ter filhos?

PNSP - Isso não é uma família, é um casamento. A família só existe a partir do momento em que há filhos.


Ind. - Um homem e uma mulher casados não são, só por si, uma família?

PNSP - Não. Têm a família da parte do marido e da mulher, mas não constituíram família.


Ind. - Se fosse criada uma instituição paralela ao casamento, com outro nome, continuaria a ser contrário à união entre duas pessoas do mesmo sexo?

PNSP - A lei pode tolerar a homossexualidade - digo tolerar porque ela em si não é um bem, não é um comporta­mento positivo - se isso evitar males maiores. Daí a criar um estatuto jurídico para relações meramente privadas não vejo qualquer sentido.


Ind. - Deixe-me apresentar-lhe então a seguinte situação. Duas mulheres vivem juntas durante 30 anos. Por que razão, em caso de morte de uma delas, não pode a outra ter os mesmos direitos de uma viúva heterossexual?

PNSP - Os direitos implicam deveres correspondentes. Igualdade não é tratar da mesma forma circunstâncias diferentes.


Ind. - Rejeita que um homossexual possa ter os mesmos direitos de um heterossexual?

PNSP - Todos devem ter direitos iguais a nível da Constituição. Mas um homem e uma mulher que se casam é uma rea­lidade diferente de dois homens ou de duas mulheres que se juntam. Tratá-los da mesma forma é uma injustiça.


Ind. - São realidades diferentes porquê?

PNSP - Porque um homossexual não é capaz de constituir família.


Ind. - Há muitos casais heterossexuais que também não...

PNSP - Mas isso não depende das suas atitudes comportamentais. Alguém que é estéril não tem culpa da sua esterilidade, mas é capaz de praticar os actos do tipo reprodutivo.


Ind. - E um homossexual tem culpa de ser homossexual?

PNSP - Pode não ter. Mas pode ter culpa se reforçar a sua homossexualidade praticando actos homossexuais.


Ind. - É lógico que não concorda com a adopção por casais homos­sexuais...

PNSP - Não há casais homossexuais. Nunca lhes chamaria casais. Por outro lado, em termos de formação, é bom que as crianças tenham o pai como referência mascu­lina e a mãe como referência feminina.


Ind. - E as crianças que crescem só com um pai ou só com uma mãe?

PNSP - Isso apenas acontece devido a uma qualquer infelicidade. Não é a situação ideal.


Ind. - É melhor para uma criança viver numa instituição até à idade adulta do que com dois pais ou duas mães que lhe dão amor e carinho?

PNSP - Depende da instituição. Se for uma instituição como a Casa Pia era aqui há uns anos é capaz de ser bem pior. Se for uma instituição equilibrada é muito melhor do que crescer com dois pseudo-pais ou com duas pseu­do-mães.


Ind. - Há cerca de três meses, foi condenado por difamação devi­do a um texto que escreveu, intitulado "Os Abortófilos". Entre outras coisas, apelidou a Associação para o Planeamento dá Família (APF) de "organização 'serial killer"' e defendeu que esta promove o homicídio. Volta a afirmar o mesmo, ou admi­te que talvez tenha ido demasiado longe?

PNSP - Confirmo o que escrevi. É tudo verdadeiro e correcto. Um "serial killer" é alguém que matou várias pessoas. Essa organização pertence à International Planned Parenthood Federation, que promove o aborto no mun­do inteiro. Só nos Estados Unidos matou milhões de pes­soas ainda não nascidas.


Ind. - Uma mulher que faça um aborto deve ser presa?

PNSP - O objectivo não é prender mulheres. A lei tem uma função dissuasora. Deve ser avaliado cada caso para aquilatar da culpabilidade. Muitas vezes os juízes che­gam à conclusão de que não há razão para punir com pena de prisão.


Ind. - Se, tal como diz, fazer um aborto é matar uma criança, uma mulher que o faça deve ser presa?

PNSP - Um Estado democrático tem a obrigação de defender e de tutelar a dignidade de todos, independentemente da fase da sua existência. Um ser humano na fase da con­cepção tem tanto valor como três meses ou nove meses depois. Um Estado que não defenda a dignidade de todos é um Estado totalitário e tirano. Pode usar os mecanismos formais da democracia, mas está a colaborar activamente na matança de inocentes.


Ind. - Uma mulher que faça um aborto deve ser presa?

PNSP - Depende das circunstâncias.


Ind. - Em que circunstâncias deve ser presa?

PNSP - Compete ao juiz analisar.


Ind. - Também defende que o aborto é pior do que a pedofilia. É mais grave interromper uma gravidez antes dos três meses do que abusar e violar uma criança com pouco tempo de vida?

PNSP - Os dois crimes são abomináveis.


Ind. - Mas escreveu que um era mais grave do que o outro.

PNSP - Sim. Matar uma criança é mais grave do que abusar dela.


Ind. - É mais grave interromper uma gravidez antes dos três meses do que abusar e violar uma criança com poucos meses ou poucos anos de vida?

PNSP - É sempre mais grave matar um ser humano inocente do que abusar dele.


Ind. - Nesta semana, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, informou que as escolas secundárias vão poder fornecer preservativos aos alunos, desde que com o con­sentimento dos pais. Como comenta?

PNSP - Promover a utilização do preservativo é de uma enorme irresponsabilidade. Os únicos exemplos de sucesso no combate à sida reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde são o Uganda e as Filipinas. Em ambos os paí­ses promoveu-se primeiro a abstinência, depois a fide­lidade e só em último caso o preservativo. A partir do momento em que, nas Filipinas, se abandonou esta estratégia e se apostou na promoção do preservativo o número de pessoas infectadas aumentou. Em boas con­dições, o preservativo tem uma taxa de eficácia entre os 85 e os 90 por cento. É como jogar à roleta-russa. Eu não apanho um avião daqui para Paris se me disserem que só chegam lá 80 por cento dos aviões. Por outro lado, essa taxa de eficácia é calculada ao longo de um ano. À medi­da que o tempo passa, que se vai repetindo a roleta, a pro­babilidade desce para valores muito inferiores, na ordem dos 15 por cento ao fim de dez anos. É errado falar de sexo seguro. Por outro lado, o Estado não tem o direito de interferir na sexualidade das crianças nem de educá­-las a esse nível. Esse é um direito inalienável dos pais.


Ind. - Estamos a falar de consentimento dos pais...

PNSP - Mas vai haver aulas de Educação Sexual obrigatórias e gabinetes de atendimento cuja mentalidade é dominada pela APF. Nós sabemos o que vão fazer às crianças.


Ind. - O quê?

PNSP - Vão pervertê-las.


Ind. - Como?

PNSP - Qualquer relação sexual que não seja dirigida à pro­criação é uma perversão.


Ind. - Homens e mulheres devem abster-se de ter relações sexuais caso não queiram ter um filho?

PNSP - A relação entre um homem e uma mulher é uma relação de unidade e de amor. Se uma pessoa se dá a outra na totalidade do seu ser admite que está a ofere­cer a capacidade de ser pai ou a capacidade de ser mãe. Pode surgir um filho ou não, mas nada se faz para manipular e falsificar essa linguagem do amor.


Ind. - Qual é o problema de ter relações sexuais, tomando as devi­das precauções, para que não haja uma gravidez indesejada?

PNSP - Se tomar precauções significa recorrer aos períodos inférteis da mulher, não há qualquer problema.


Ind. - Que é um método falível, ou não?

PNSP - Não. A Organização Mundial de Saúde atribui-lhe 99,8 por cento de eficácia.


Ind. - E qual é o drama de utilizar o preservativo ou a pílula?

PNSP - Falsifica-se a relação. Deixa de haver uma entrega total.


Ind. - Há cerca de um ano, publicou um anúncio no "Público" explicando que se recusava a dar a comunhão a quem utili­zasse métodos contraceptivos. Qual é o sentido disto?

PNSP - Não disse que me recusava. Disse que em virtude do que está no Código de Direito Canónico estou impe­dido de dar a sagrada comunhão a quem não respeite os Mandamentos, a quem promove a morte de seres humanos inocentes, seja através de pílulas abortivas, de métodos cirúrgicos...


Ind. - ... Fala, inclusive, da reprodução medicamente assistida...

PNSP - Sim. Por cada criança que nasce dez foram mortas pelo caminho. Actualmente, em Portugal, temos congelados 40 mil seres humanos na sua fase embrionária.


Ind. - Um embrião que não vinga é uma criança que morre?

PNSP - É. Todos nascemos a partir de embriões. A informação genética está lá toda.


Ind. - Quem tenta ter filhos através da reprodução medicamente assistida ou quem utiliza métodos contraceptivos não pode comungar?

PNSP - Refiro-me a métodos que podem ter um efeito abor­tivo, como o dispositivo intra-uterino ou a pílula do dia seguinte. Um católico que não respeita o mandamen­to "Não matarás" não pode ir à comunhão.


Ind. - A mulher que usa o dispositivo intra-uterino é uma homicida?

PNSP - Um homicida é aquele que mata voluntariamente um ser humano inocente. Se quem usa esses métodos [dis­positivo intra-uterino, pílula do dia seguinte] tem consciência - normalmente isso não acontece porque as pessoas são enganadas - de que a sua utilização pode matar um ser vivo na sua fase embrionária está a cometer um homicídio.


Ind. - Então a mulher que toma a pílula do dia seguinte deve ir parar à cadeia?

PNSP - Isso é complicado do ponto de vista penal, porque nun­ca se pode ter a certeza de que houve um aborto. Mas há algo que me parece claro: o Estado ultrapassa as suas com­petências ao permitir a venda da pílula do dia seguinte e ao financiá-la através do Serviço Nacional de Saúde.


Ind. - Quando publicou esse anúncio, muitos sacerdotes conde­naram a sua posição e afirmaram que tinha feito uma inter­pretação abusiva do Código de Direito Canónico. Como comenta?

PNSP - Temos de compreender a ignorância dos outros.


Ind. - Concordaria com o fim do celibato para os padres?

PNSP - Não.


Ind. - Porquê?

PNSP - O celibato é uma riqueza enorme. Jesus Cristo casou com a Humanidade e participar deste celibato de Jesus Cristo, deste servir a Deus com o coração uno e indi­visível, é muito enriquecedor.


Ind. - Amar alguém e concretizar esse amor interfere em quê na relação com Deus?

PNSP - Não interfere.


Ind. - Então por que razão os padres têm de estar obrigados ao celibato?

PNSP - Hipoteticamente, é possível um Papa revogar essa dis­ciplina. Ela pode ser mudada, não é um dogma. Mas tem razões teológicas de fundo e está alicerçada na tradição da Igreja desde o início.


Ind. - É fácil contrariar o desejo sexual?

PNSP - Deus dá-nos essa capacidade.


Ind. - Como só entrou para o seminário aos 25 anos, suponho que já te­nha feito amor com alguém. Nunca sente desejo de voltar atrás?

PNSP - O combate pela castidade é um combate até ao fim da vida. Mas a satisfação interior que resulta de não ceder à tentação compensa qualquer outra coisa. Servir a Igreja representa uma alegria.

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 18 de February de 2006 03:52

Eu até acho esse padre um Grande Homem, um Grande Padre. Nem todos os padres procedem como esse, esse sabe controlar-se para ser casto!

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 18 de February de 2006 05:21

Gosto desta parte do texto, vejam...



Ind. - É fácil contrariar o desejo sexual?

PNSP - Deus dá-nos essa capacidade.


Ind. - Como só entrou para o seminário aos 25 anos, suponho que já te­nha feito amor com alguém. Nunca sente desejo de voltar atrás?

PNSP - O combate pela castidade é um combate até ao fim da vida. Mas a satisfação interior que resulta de não ceder à tentação compensa qualquer outra coisa. Servir a Igreja representa uma alegria.

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: (IP registado)
Data: 18 de February de 2006 10:43

Sinceramente, não gostei nem do entrevistador nem do entrevistado. Pareceu-me que o primeiro tentava ridicularizar o segundo, que foi estoicamente dando as suas opiniões como se fosse detentor de toda a verdade. Se o relativismo é mau, fundamentalismo também o é. Sinceramente, receio que esse Padre possa ser uma pessoa algo recalcada e duvido que tenha condições para verdadeiramente exercer as suas funções com amor e caridade. Mas, claro, em todos os casos, será uma pessoa válida, mas a quem se tem de dar um desconto. Tenho medo é que possa fazer mais mal que bem, ao aterrorizar consciências.

Ana, se ser casto fizesse de alguém um grande homem, provavelmente Bin Laden também o seria... :P
Ser cristão, e então ser padre, é algo que vai muito além da forma como se vive a virtude da santa pureza.



Editado 1 vezes. Última edição em 18/02/2006 10:44 por Zé.

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 18 de February de 2006 16:11

Mas repara Zé - os fundamentalISTAS facilmente entram em contradições absurdas...
E a entrevista é extraordinária, neste aspecto.


MAS VOLTO A SUBLINHAR:

a) NSP não considera a pílula do dia seguinte um médodo abortivo.

Repare-se que o indivíduo não tem dúvidas em considerar o DIU como um médtdo abortivo, por considearar que assim deve ser classificado devido ao seu efeito anti-implantatório... ( Embora esta posição sobre o tema e os moldes em que o faz seja discutível...)

Em suma - até um radical fundamentalista como o NSP tem esta posição relativamente á contracepção de emergência - não pode afirmar que é um método abortivo.

No meio detanto disparate, teve uma afirmação correcta.

b) NSP revela alguma abertura á adopção de crianças institucionalizadas por casais homossexuais.

c) NSP considera que o que define um família não são os laços de conjugalidade ( duas pessoas casadas não são uma família) mas exclusivamente os laços de parentalidade ( Só há família quando há filhos)

Nesta perspectiva, terá de aceitar integralmente como Família todas as famílias monoparentais- e todos os casais con filhos mas que não estão casados...Parece-me bastante ´pós-moderno!!!

Efeitos práticos desta concepção de Família:

*Um mãe ( ou um pai) solteira(o) e os seu filho é uma família.
*Um casal em união de facto com filhos é uma família.
*Um casal divorciado com filhos é uma família.

Em compensação, "Um casal unido pelo casamento, mas sem filhos não é uma família"


Em suma, estes pseudo "DEFENSORES DA FAMÍLIA" e dos seus valores anadam acompletamente confusos..

EStes "defensores da família" anadam mesmo confusos...



Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 18 de February de 2006 22:18

Catolica Praticante ( C P)

Desde que vi alguém cujo nickname era este surgiu-me uma dúvida. Se quiseres esclarece-me. Aqui vai: tu és "uma" CP ou és "a"CP .
Ficarei mais tranquila se te consideras apenas "uma"... .

Sabes, não estou a usar da ironia, estou exactamente a dizer-te o que pensava antes de te encontrar no fórum. Quando alguém se auto-intitulava católica-praticante ou falava dos seus amigos católicos-praticantes eu achava que estava na presença de um(a) fundamentalista.

Outra questão:
Não achas que és demasiado severa com NSP?
Os direitos que tu defendes, para todos, para ele não são válidos?
Ele não tem direito à liberdade de expressão?
Ele está excluído das pessoas humanas?

Ou, com a técnica do "bota-abaixo" queres dar cabo dele, custe o que custar.

Não o achas coerente?
Achas que ele é superficial?
Achas que ele deveria ser excluído da comunidade humana?
Achas que com ele é lógico que tu utilizes a violência (neste caso) verbal?

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 19 de February de 2006 09:19

Chamar contracepção à pilula do dia seguinte é uma mentira. O querer defender uma determinada posição, neste caso a legalidade e licitude do recurso a essa pilula, não justifica o recurso a uma mentira. A pilula do dia seguinte não impede a concepção mas sim a implantação logo é uma refinada mentira chamar-lhe metodo contraceptivo.

A generalização que a CP faz, depois da entrevista de uma pessoa criticar, generalizando, todos aqueles que defendem que o casamento tradicional deve ser especialmente protegido, também é um raciocinio que além de me parecer profundamente injusto, parece-me demagogico.

O que não me parece coerente é que um catolico recorra à mentira e à demagogia para defender os seus pontos de vista. Afinal de contas Jesus disse que o demonio era o pai da mentira.

Sobre este tema já disse o que tinha a dizer para o estado a que este debate chegou. Basicamente, quem tem mais dificudades que justificam um maior apoio são os casais heterossexuais e contrariamente à maneira de pensar tipicamente portuguesa eu penso que esse apoio se deve dar à priori e não apenas à posteriori. São essas familias que vivem com maiores dificuldades economicas e com mais canseiras.

Teria mais coisas a dizer mas o debate não se orienta para aí mas sim por caminhos laterais pouco relevantes para o tema em si.

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: huguenote (IP registado)
Data: 19 de February de 2006 15:09

Deixo uma questão?!O que é para cada um uma família?!Que caracteristicas devem ter?

Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de February de 2006 17:07

Maria José:


1) Acho que o NSP tem toda a liberdade de expressão. Mesmo quando se exprime através da caricaturas. Porque o seu conceito de amor conjugal é uma caricatura.

Mandaria o bom senso que tivesse algum pudor em entrar em certas manifestações demagógicas DESTE TIPO ( JÁ É RECORRENTE NO ASSUNTO) , sobretudo quando sobre ele impende um crime de difamação - mas isso é problema dele.


2) Não utilizei nenhuma violência para com o NSP. Mas tenho todo o direito de afirmar publicamente a minha opinião como Católica, sobre as suas caricaturas. Devo dizer que algumas até me indignam. Outras provocam-me uma genuína compaixão até porque é alguém que conheci pessoalmente.

3) Posto isto, acho que o NSP entra em incoerências várias. Enunciei algumas.

4) Por exemplo, realtivamente ao conceito de família, claramente que o NSP afirma que o que define uma família não são os laços de conjugalidade mas de parentalidade. Foi o que defendeu.
Ora quando se faz uma afirmação ideológica deste tipo, tem de aceitar-se com coerência, todas as implicações deste copnceito. Foi isso que realcei. Não fiz nenhuma generalização, mas expliquei as consequências práticas ( e jurídicas) da concepção do NSP sobre o que é uma família.

5) Camilo:

A contracepção de emergência não é aborto. A pílula do dia seguinte não é a mesma ciosa que a pílula abortiva.
Nem mesmo o NSP, com a sua visão fundamentalista , ousou afirmar que a pílula do dia seguinte causa aborto.

Quem utiliza essa linguagem está ser demagógico ..."O que não me parece coerente é que um catolico recorra à mentira e à demagogia para defender os seus pontos de vista. Afinal de contas Jesus disse que o demonio era o pai da mentira"... Concordo.


Re: Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 20 de February de 2006 17:50

Não sei se fala assim por ignorancia ou por má-fé mas a pilula do dia seguinte não impede a concepção. Dar-lhe-ei o beneficio da duvida.

A pilula do dia seguinte difulta a nidificação do ovulo fecundado, logo não é um metodo contraceptivo.

Usar o termo contracepção de emergencia para algo que não impede a concepção é uma refinada mentira e como já disse o pai da mentira é o demonio. Por isso peço-lhe que não insista nessa mentira.

Página actual: 7 de 13


Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.