EDUCAÇÃO SEXUAL”
A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DE PAIS, VEM TORNAR PÚBLICO O SEGUINTE:

Congratular-se com o teor da reunião hoje havida no Ministério da Educação com a Senhora Ministra da Educação e com o Senhor Secretário de Estado da Educação e pela qual ficou a saber que:

• Para além do já divulgado pedido de parecer ao CNE, onde a CONFAP tem assento na pessoa do seu Presidente;

• Foi criada uma equipa liderada pelo Prof. Dr. Daniel Sampaio e que inclui os Drs. Margarida Gaspar de Matos e Miguel Oliveira e Silva, para num curto espaço de tempo apresentar resultados da avaliação e acompanhamento da concretização da Educação Sexual como área de saber Universal e Obrigatória no Sistema de Ensino Português;

• Esta comissão proporá e monitorizará o que vier a ser definido como currículo para a Educação Sexual, integrado, em todos os níveis de ensino, na Área de Educação para a Saúde. A universalidade e obrigatoriedade desta área de saber justifica-se para a CONFAP por permitir a todos, durante o Processo Educativo, o conhecimento cientifico e, bem assim, a opção consciente por estilos de vida saudáveis para todos os jovens no respeito pelos princípios definidos pelos Conselhos Executivos da CONFAP e Movimento Associativo de Pais em 2000, 2001, 2002 e 2003;

• A CONFAP disponibilizou-se para acompanhar permanentemente, em articulação com as suas Federações Regionais e Concelhias, o trabalho desta Comissão;

• Como decorre do essencial das posições que nos chegaram de todas as Regionais, quer por escrito quer verbalmente, estão assim garantidas:

- a avaliação nos termos referidos pelas Estruturas da CONFAP e, bem assim, como pelos Pais que nos fizeram chegar essa preocupação;

- envolvimento parental na preparação de um programa de Educação Sexual, através da audição e colaboração da CONFAP e suas Estruturas.


Na verdade:

• Pelo debate existente nas Federações e pelo levantamento do Ministério da Educação foi possível apurar que em nenhuma Escola foi seguida a orientação que o Prof. João Araújo encontrou como possível numa parte da bibliografia anexa às Orientações Curriculares de 2000;

• Aliás, os manuais espanhóis, referidos apenas como referências bibliográficas, reportam-se a uma experiência contextualizada que ocorreu nas Ilhas Canárias não existindo exemplares disponíveis em Portugal;

• Os outros manuais referidos nas Orientações Curriculares devem ser avaliados pela Comissão ora criada, privilegiando-se os manuais produzidos por técnicos portugueses de reconhecida unânime e reconhecida craveira e, sendo editados, possam estar disponíveis também nos Centros de Saúde para divulgação aos Pais pelos Médicos de Família, nomeadamente nas consultas de Planeamento e Desenvolvimento Familiar retomando o espírito das Escolas Promotoras de Saúde.

Assim, em conclusão:

• A CONFAP congratula-se com a renovação do protocolo entre o Ministério da Educação e as instituições que se dedicam à divulgação e formação nesta matéria;

• A CONFAP pede tranquilidade a todos os Pais e Encarregados de Educação que integram o Movimento Associativo de Pais e todos aqueles outros Pais, Mães e Encarregados de Educação que se nos dirigiram e, reitera a sua confiança nos Professores e nas Escolas que introduziram, nos últimos anos lectivos, a Educação Sexual com as Instituições que assinaram o protocolo com o Ministério da Educação e, em especial, com a APF que mantém com estruturas desta Confederação protocolos especializados e contextualizados, que estimulamos na seu prosseguimento.

Lisboa, 03 de Junho de 2005

O Conselho Executivo da CONFAP

Alguem aqui anda a mentir. Ou então, a filha da deputada Zita Seabra anda numa escola publica de Lisboa, capital da China ou de Cuba.
Depois dos ordenados e reformas do ministro das finanças, agora, já o Ministro das Obras Publicas tambem sofre do mesmo mal de acomulações de pensões com ordenados, das nomeaçoes para a Galp, com que mais nos irão brindar estes alegres ministros?
Aproveitando a transversalidade dos topicos, meu caro Luis Gonzaga - como é óbvio que concordo com a taxa de 42% no IRS. Está-se ja a ver quem é que a vai pagar hehehe.

CP: obrigado pela tua simpatia pessoal que demonstraste anteriormente e à qual só agora respondo e agradeço.

Voltando ao tópico, como é que achas ser possível separar a educação sexual na perspectiva saúde da perspectiva moral?
Continuo a bater no ceguinho. Desculpa lá... ( veio-me à memória aquela anedota antiga, do novo padre numa paróquia do norte, e que, quando andava a passear com o intuito de conhecer as suas novas ovelhas, viu uma menina de 8 anos, que levava pela arreata uma vaca. - Onde vais, minha filha? - Vou levar a vaca ao boi! - Oh! Que horror! Então não poderia ser o teu pai a fazer isso? - Não! Tem que ser mesmo o boi...)
O que era natural para nós (a maior parte dos "cotas"), como saber por onde as galinhas punham os ovos, saber que as vacas não davam logo o leite com código de barras, o que é que os coelhos passavam a vida a fazer quando não tinham cenouras para roer, não é natural para as novas gerações. Ter mais ou diferente informação sobre sexo, não os torna mais maturos do que nós eramos na mesma idade. O que me preocupa sobremaneira, é quem é que vai "trabalhar" essa informação naquelas cabecinhas! Não achas que vai haver quem promova atitudes chocantes, quanto mais não seja para provar que estamos a progredir em relação aos moralistas?

Abraço fraterno

Nota de rodapé
A senhora Zita SEabra nunca, em momento algum, referiu que a sua filha, aluna do 9º ano (portanto há imenso tempo) utilizou os manuais espanhóis referidos pelo expresso.

Nem ela,nem nenhum aluno em POrtugal.

Logo,SE alguém mentiu...

O problema dos Jovens, não é falta de informação, porque a tem e as vezes a mais.
O problema é a qualidade da informação. Como é transmitida, em que moldes, com que fim.
O VM está pleno de razão, como qualquer pai estaria preocupado com quem vai trabalhar essa informação. È que aqueles que estão desejosos de manipular a informação e (de)formar as crianças portuguesas, associados a grandes grupos económicos internacionais da industria farmaceutica, não dão grandes garantias de respeito por aquilo que os pais pensam. Numa mentalidade "marxista" o povo ignorante tem de ser ensinado por quem sabe, e por isso, as classes mais evoluidas devem doutrinar as mais ignorantes. Qualquer pai que não concorde com as ideias pseudo-cientificas da APF, deverá ver-lhe retirado o poder parental, e entregue a criança ao estado, que através de metodos positivos e cientificos educará convenientemente a criança.
Porque será que me estou lembrando de Orwell??????

Caro VM

Os professores que vão leccionar os conteúdos de ES TERÃO OBRIGATORIAMENTE DE TER UMA FORMAÇÃO ESPECÍFICA.

Os Professores licenciados na disciplina da saúde, por exemplo.

Quanto á tua questão:

"achas ser possível separar a educação sexual na perspectiva saúde da perspectiva moral? "

a minha resposta é SIM,não só é possível como é exigível.

Formação dada pela APF.......
Terá credibilidade?Quem são os formadores, quais os livros? Só as ciencias naturais aqui contam? Ciencias humanas deitadas fora?
Andam a brincar com os filhos da Nação, e ainda apaludem.
O fraco rei fez fraca a forte gente......

Deve ser mesmo dada na disciplina da saúde...

Catolicapraticante:
Imagina um/uma professora, com FORMAÇÃO ESPECÍFICA nesta área, e apoiante política e filosófica do BE.
Como é que essa pessoa vai explicar nas aulas, que se deve ter cuidados quando se tem relações sexuais (até aqui tudo bem...), mas que, se por acaso houver um azar, a menina tem várias soluções à escolha...
Sinceramente, achas que o prof vai defender as idéias que eu presumo tu defendas como "praticante" que te afirmas, ou vai simplificar as coisas, desresponsabilizando as consequências com a solução médico-sanitária?
Como separar aqui a "saúde" da "moral"?

Esperemos para ver a solução escolhida, mas que estou preocupado, estou. Nós, católicos, não podemos deixar de fazer pressão junto do poder político para defender aquilo em que procuramos assentar a nossa prática moral, aquilo em que acreditamos ser a postura de vida mais correcta, face à nossa Fé.
Sem nos arrogarmos "impecáveis", mas sempre com veemência.

Bolas... para quem participa no fórum, mais para aprender com quem sabe do que botar faladura, acho que me ando a esticar...

Abraço Fraterno

Um professor deve apenas informar objectivamente.

Que eu saiba, a filiação política, qualquer seja. não é um óbice ao exercício da docência.

Vivemos em Democracia....

A competência científica técnica e pedagógica é que são os critérios.

"se por acaso houver um azar, a menina tem várias soluções à escolha"....

Um azar??

Só a menina ??

Mas,concordo contigo,VM.

"Nós, católicos, não podemos deixar de fazer pressão junto do poder político para defender aquilo em que procuramos assentar a nossa prática moral, aquilo em que acreditamos ser a postura de vida mais correcta, face à nossa Fé. "

É isso que tenho feito. ( eue ecentenas de milhar de pais católicos)

Cumprimentos

CP:
Acerca da menina e "só da menina?". É isso mesmo! 99.99% dos casos é só da menina. Porque ela fica sózinha a resolver o azar!
Li o episódio que escreveste no tópico «Crime do aborto vs defesa do nasciturno» acerca da mulher que auto-provocou um aborto com uma agulha de crochet, e pareceu-me que o fez durante um período de horrível solidão e angustia. Peço desculpa de cruzar os tópicos, mas onde estava a família dela? Os amigos? O apoio médico-psicológico? Porque não te insurges ali contra a ausência dos "competentes científicos" de quem falas aqui? Onde está a tua indignação? Desculpa o tom um pouquito acusatório destas minhas perguntas. Mas, considerando que esta mulher é uma vitima (e é sem sombra de dúvida), onde estão os culpados? Do violador, óbvio. De quem não lhe deu suporte social, psíquico e médico. De quem acha que a melhor solução, seria um aborto dentro do período de tempo legal? Por amor de Deus! Porque não criar condições, dar ao bébé a hipótese de viver e à mãe a possibilidade de o criar com dignidade?

Abraço fraterno

1) Acerca da menina e "só da menina?". É isso mesmo! 99.99% dos casos é só da menina.

Também aqui houve uma evolução...

Esta mentalidade machista pode ser modeificada através de uma correcta educação sexual...

2) A gravidez como "um azar".... Triste conceito!


Uma adequada Educação Sexua e o acesso ao Planeamento Familiar permite que a gravidez não seja uma desgraça, um azar, mas uma escolha autónoma e uma fonte de felicidade....

E uma escolha não apenas da responsabilidade da mulher (visão redutora), mas do casal...

3)Sem entrar em pormenores, que não posso, a mulher em causa teve apoio médico-psicológico.
Só não teve foi o apoio que queria para abortar em segurança,dentro do quadro legal existente, numa fase muito inicial da gravidez.

Pra reflexão dos foristas:

Alguns Objectivos Pedagógicos a desenvolver relacionados com a Educação Sexual na

Escola:

"2º Ciclo

- Conhece-se a si próprio, Desenvolve a auto-estima.

- Vive a sexualidade como algo que faz parte do ser pessoa.

- Reconhece os seus direitos,Cumpre os seus deveres.

- Valoriza a igual dignidade do homem e da mulher.

3º CICLO

- Reconhece a importância dos sentimentos e da afectividade vivendo a dimensão sexual.

- Aprofunda o conhecimento das características da adolescência aceitando as mudanças fisiológicas próprias da idade.

- Reconhece a autonomia, a opção livre e a informação adequada como aspectos essenciais para assumir atitudes e comportamentos responsáveis no relacionamento sexual.

- Vive a sua liberdade aprendendo a escolher o melhor.


A família

2º CICLO

- Identifica e caracteriza os diferentes tipos de família.

- Reconhece os valores presentes na família.

3º CICLO

- Identifica a família como lugar de comunicação e de desenvolvimento afectivo.

- Valoriza a família como espaço de.. (encontro e de realização)

- Reflecte sobre a identidade dos grupos no contexto social do respeito pelas diferenças e pelos direitos de cada um.

- Reconhece e promove a vivência dos Direitos Humanos.

- Reflecte criticamente sobre os papéis sexuais estereotipados."

CP:
Para além de não responderes às questões que eu pus, parece-me que tentaste alterar o sentido das mesmas.
Não manipules o conceito "azar". Disse-o no sentido metafórico, de quem, toma como primeira solução para uma gravidez não planeada o aborto.
Porque é que és tão amarga nas tuas intervenções?
Um abraço fraterno para ti, irmã em Cristo.

VM:
Penso que respondi com clareza ás tuas questões.

Para mim, se um professor tiver formação e competência técnica,científica e pedagógica adequada, estará apto a leccionar os conteúdos de Educação Sexual.

Ninguém deve ser limitado no exercício da sua profissão por questões de filiação política...

Talvez possoas esclarecer melhor o conceito de "azar"...

Quanto à amargura....

Hum.... há um outro forista que diz que o meu problema é precisamente o contrário,o excessivo optimismo... e felicidade....

;0))

CP

Não pode ser uma professora como tu:) senão os jovens estragavam-se com essa liberdade total que lhes queres dar.....ehehehehe
Os professores para a disciplina de Educação Sexual têm de ser selectivos. De preferência um professor católico, se os alunos forem católicos, claro.

Os jovens que se guardem até encontrarem a pessoa certa e a altura certa.

Eu subscrevo os objectivos GERAIS que a catolicapraticante propõe para um eventual programa de educação sexual... na íntegra... reconheço a demasiada generalidade de alguns... mas parece-me um bom ponto de partida...

Abraço fraterno

Miguel