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Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 05 de July de 2005 17:03

Os factos:

[islamicsydney.com]

[www.salaam.co.uk]
[aei.org]

“Islamic culture and Muslim beliefs, unfortunately, are not sufficient to inoculate populations against the spread of HIV. The trajectory of the virus in predominantly Muslim regions of the sub–Sahara proves this point. In Nigeria, 6 to 10 percent of adults are infected, and between 10 to 18 percent of adults in Ethiopia are HIV–positive. Both are countries in which fully half of the people practice some form of Islam. Although the HIV epidemic in Muslim Africa should have sounded a wake–up call to other Islamic communities, few Islamic authorities north of the Sahara seem to have heard the alarm.
For all the diversity within the more than 1 billion–strong Muslim world--from Albania and Turkey in Europe, across Northern Africa and through the Persian Gulf, and to Malaysia and Indonesia in South Asia--a couple of common features have kept its efforts to combat the disease frozen in time. One is that there is no prescribed separation of faith and state in many Islamic countries today: The Koran is consulted not only as a religious text but also as a source of law, a guide to statecraft, and an arbiter of social behavior. Although such reliance on the Koran may help leaders envision an ideal human society (one with low rates of drug abuse, prostitution, and other types of crime), it also often keeps them from providing civic assistance to counter real social problems. Another common factor that contributes to a slow response to HIV/AIDS is the relative absence of firmly rooted or functional democratic systems in many Muslim countries. Citizens of these countries simply do not expect their governments to provide social services to mitigate the impact of HIV/AIDS. “ em [aei.org]

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 05 de July de 2005 18:01

[www.avert.org]
[www.avert.org]
[www.islam.org.br]
Apenas um estudo cientificamente validado refere existir uma prevalência menor de HIV entre
muçulmanos. "HIV and Islam: Is HIV Prevalence Lower Among Muslims?" foi publicado no Jornal Social Science & Medicine (2004;58(9):1751-1756).
Pode ser consultado em : [www.positivemuslims.org.za]
Conclusões_ The summary of
this evidence on sexual behaviour may be that the link
between Islam and sexual risk factors is ambiguous and
varies among populations.
Through the practice of circumcision, which may
reduce the risk of HIV acquisition, and reduced
consumption of alcohol (which might reduce risky
sexual behaviour though, note the discussion about
sexual behaviour above), adherence to Islamic tenets
seems to reduce the risk of HIV transmission. Consistent
with this, Auvert et al. (2001) found that factors
unrelated to sexual behaviour accounted for differences
in HIV prevalence among four sub-Saharan African
urban populations. Ritual cleaning practices (e.g.,
after intercourse) may also decrease the chances of
sexually acquiring HIV. Higher degrees of polygyny,
observed in two studies, and a possible sentiment against
condom use (noted in one study) may increase the risks
of HIV.

Sobre a questão da circuncisão masculina como factor protector:.
[www.islam-online.net]

[www.felixonline.co.uk]

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 05 de July de 2005 23:47

Caros amigos.

Não tenho tido oportunidade de acompanhar este tópico, com a devida atenção. Apenas tenho conseguido ler as mensagens um pouco na diagonal. Mas para que a discussão não se limite a duas pessoas, gostaria de dizer o seguinte, que me parece óbvio para todos.

1. A abstinência sexual reduz drasticamente, para não dizer totalmente, a possibilidade de transmissão do vírus HIV por via sexual. Todos sabemos que a transmissão por via sexual não é a única (aproveito para pedir a alguém que conheça estatísticas de meios de contágio, para os partilhar connosco), mas será certamente uma das principais.

2. A não partilha de objectos que tenham tido contacto com o sangue: seringas, escovas dos dentes, lâminas de barbear, etc...; juntamente com a não recepção de transfusões de sangue, reduz drasticamente a possibilidade de contágio pelo sangue.

3. A utilização do preservativo na relação sexual reduz bastante, mas não totalmente, o contágio do vírus HIV por via sexual. Deixo a cada um de vós a tarefa de quantificar o «bastante». Para mim, e até que haja cura para a SIDA, entre o bastante e o totalmente vai uma distância infinitamente grande.

Vejo que o título deste tópico é «É esta a Eduação Sexual que queremos???», mas não resisto a partilhar a minha opinião, sobre a questão do preservativo e da propagação do vírus HIV: Acho um erro estratégico craso fazer-se do preservativo a imagem de marca na luta contra a SIDA! Não é o preservativo que vai impedir a propagação do vírus HIV, por si. Apenas a mudança de comportamentos o fará.

Não tenho dados estatísticos sobre as razões que levam as pessoas que têm relações sexuais esporádicas, e com parceiros diferentes, a não usar preservativo. Pelo que tudo o que posso afirmar nesse aspecto, será baseado naquilo que me parece provável. Todavia, penso que na iminência de uma nova conquista, a emoção e o calor da situação poderão fazer esquecer algo que, por muitos, é visto como um obstáculo ao prazer e contacto total. Pelo que não é de desprezar que uma boa parte o não utilize, ou, pura e simplesmente se esqueça. Há ainda o aspecto financeiro, que nas camadas mais jovens poderá ter o seu impacto.

Não me digam que isto é ideologia. Não é. É um facto. Se a mulher não tiver relações sexuais, a probabilidade de engravidar é nula, tal e qual, se uma pessoa não tiver relações sexuais, a probabilidade de ser contagiada (ou contagiar) por esta via, é também nula.

Luis

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 06 de July de 2005 00:35

"se uma pessoa não tiver relações sexuais, a probabilidade de ser contagiada (ou contagiar) por esta via, é também nula. "


Caro Luís Gonzaga - DEsculpa mas a probabilidade não é NULA.

Só será nula se:

1 - essa pessoa não for filha de uma mãe seropositiva( facto muito frequente em certas zonas do globo), onde as taxas de prevalência são mais elevadas

2 - se nunca for submetida a uma transfusão de sangue ao longo do seu ciclo vital,


3 - se nunca for receptora de transplantes ao longo da sua vida


4 - se nunca for alvo de cuidados médicos sem assepsia ( Situação frequente em países com recursos escassos)


5 - e se nunca for consumidor de drogas injectáveis por via intravenosa em nenhum momento do seu ciclo vital


Depois de garantidos cumulativamente TODOS estes pressupostos, paraalém da ausência de contactos sexuais é que podes falar em probabilidade nula.

A Sida não é uma gravidez...

Saudações

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 06 de July de 2005 00:57

Cara Catolicapratica.

Reescrevo o que disse, agora com destaque: «[...] se uma pessoa não tiver relações sexuais, a probabilidade de ser contagiada (ou contagiar) por esta via, é também nula». Sei que existem outras formas de contágio como indicas na tua mensagem.

Reforço o convite para partilharem estatísticas sobre os meios de contágio, se as houver.

Luis

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 06 de July de 2005 03:48

AS taxas de contagio por via sexual são

unprotected receptive anal intercourse:
1 in 32 (3.2%) to 1 in 125 (0.8%)
unprotected receptive vaginal intercourse: 1 in 666 (0.15%) to 1 in 2000 (0.05%)
unprotected insertive vaginal intercourse:
1 in 1,100 (0.09%) to 1 in 3300 (0.03%)
unprotected insertive anal intercourse: no data; assumed to be as above.
oral sex or anal oral sex (rimming): virtually none (the reported cases are so few they are statistically insignificant)

o uso do preservativo diminuiu a transmissibilidade 5 a 20 vezes.

A circuncisão diminui o contagio (li algures que umas 5 vezes). Sofrer de outra doença sexual aumenta o risco. Raparigas mais novas têm taxas de contagio por relação maiores.

volume minimo de sangue necessário para trasmitir a infecção - sida - 0,1 ml hepatite - 0,00004 ml

risco de infecção após picada com agulha infectada - sida - 0.5 % - hepatite - 7 - 30 %

[www.aidsportugal.com]

No fim de 2003 em Portugal existiam 23374 casos notificados. Cerca de metade de toxicodependentes (não significa que alguns destes não tenham sido contagiados por via sexual mas desde o momento que alguem declara ter consumido drogas injectaveis fica nesta categoria, de qualquer modo é plausivel que a enorme maioria tenha sido realmente infectada por via endovenosa).

Por via sexual 44,4%, sendo 32,6 % heterossexuais (73 % do total deste grupo) e 11,8% homossexuais.

As restantes formas de transmissão conrespondem a 6,3% dos casos.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 06 de July de 2005 10:45

1 - Taxa de infecção, risco de infecção e probabilidades de contrair infecção num único acto sexual são Conceitos diferentes, com significados diferentes mas têm sido aqui utilizados nos fórum como tendo o mesmo significado.

2 – Existem vários estudos, com valores diferentes, sobre as probabilidades estatísticas de se contrair infecção num único acto sexual. (Presumo que os valores apontados pelo Camilo se refiram a um estudo destes, mas , como não indica o autor do estudo, a publicação, a data ou a metodologia utilizada, não que não podemos ajuizar da sua validade.)

3 – "The key risk factor for HIV infection is contact with someone who is infected with the virus. However, whether or not transmission will occur is uncertain. The number of acts of sexual intercourse and the chance of the virus being transmitted on each act dictates the risk within the partnership and the potential effect of condom use, STD treatment or antiretrovirals. Many studies have tried to measure a risk per sex act, and others a risk per sex partnership. Studies of the relationship between the two are less common. Early studies of partnerships failed to find a correlation between the number of sex acts and transmission within the partnership [3,4], demonstrating that a binomial model with constant per sex act transmission probability cannot describe the data. However, further studies and models of transmission from men to women found that infection seemed to occur in only a fraction of partnerships and to take few sex acts in those where it occurred [5,6]. A range of explanations are consistent with this finding: high transmission risk within a fraction of partnerships, i.e. extreme heterogeneity; a reducing transmission risk within partnerships, either as a product of acquired immunity, or a result of reducing blood and seminal viral load in the index partner; measurement errors." Garnett, Geoff P.; Røttingen, John-Arne, 2001

[www.aidsonline.com]

[www.aidsonline.com]-

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 07 de July de 2005 01:46

Esta area não é a minha especialidade, se me puder explicar a diferença entre Taxa de infecção, risco de infecção e probabilidades de contrair infecção num único acto sexual agradecia.

Os valores que indiquei foram no artigo:

[www.aidsportugal.com]

e no site:

[www.crha-health.ab.ca]

que me parece ser o departamento de saude de Calgary, região do Canadá. Não tenho a pretenção de saber mais que os responsaveis pelo departamento de saude do canada. Obviamente são apenas valores de referencia.

Agora o islão e a sida em africa, algo que tem pouco a ver com o tema mas a conversa derivou par aí.

O islão também é minoritario na africa subsaariana. Na africa Subsaariana há zonas e paises de maioria catolica, islamica, protestante e de religiões tradicionais. Por isso o islão pode manifestar a sua influencia numa zona e aí a sida estar menos difundida e o catolicismo noutra zona. Num calculo rapido a africa subsaariana tem ~15 % de catolicos, ~29 % de outros cristãos, ~31% de muçulmanos e 17 % de outras religiões, sobretudo tradicionais. A sida nesta zona do mundo atinge maiores valores de incidencia nas zonas predominantemente protestantes ou de cristianismo africano e de religião tradicional.

As taxas de infectados na africa subsaariana pode ser vistas no site (dados de 2003):

[www.avert.org]

parece-me que basicamente são os valores medios indicados pelo site:

[www.who.int]

Este valores têm uma boa dose de incerteza. Por exemplo para angola:

[www.who.int]

a estimativa dá 3,9 % mas o intervalo apontado é:
angola - 3,9 (1,6 - 9,4)

Do mesmo modo existe alguma incerteza na % de muçulmanos em cada país. Neste caso guiei-me por vários site:

www.adherents.com
www.infoplease.com

um ficheiro do instituto nacional de estatisticas filandes.

e este:

[www.answers.com]

fazendo um grafico com esses dados o resultado foi:

[www.imagehosting.us]

é obvio que a cultura islamica contraria fortemente a expansão da sida. Se os muçulmanos presentes numa sociedade em que a religião islamica é uma pequena minoria têm uma menor ou maior taxa de infectados é outra questão.

Quanto à promiscuidade no islamismo. A poligamia em africa está longe de ser exclusivamente islamica. Além disso é diferente existirem varios parceiros sexuais que são bastante fixos ao longo de varias decadas que existirem o mesmo numero de parceiros por troca sucessiva. No caso islamico alguns homens têm varias mulheres. As mulheres têm relações com poucos homens. Mas mesmo aí o numero de homens com mais que um mulher é minoritario.

E realmente não vi isto em nenhum artigo, simplesmente olho para os dados e tiro as minhas conclusões.

Embora tenha lido varios artigos que referiam que a sida em africa se difundia principalmente nas zonas de religião tradicional e protestante.

Quanto ao efeito da probreza podemos observar a africa do sul. O pais mais rico da africa subsaariana tem a 5ª maior taxa de infectados, 21,5%! Talvez a riqueza esteja mal distribuida, talvez as influencias culturais contrabalancem as economicas~, não sei.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de July de 2005 07:56

Caro camilo:

Leia com cuiddao os sites stes que lhe indiquei sobre a questão do islão e da sida, aprticularmente em países africanos islãmicos

[islamicsydney.com]

[www.salaam.co.uk]
[aei.org]
. Lá encontrará a informação que pretende .

Recomendo também a leitura de um estdudo abrangente sobre o assunto que linkei anteriormente.

Verá que a sua crença não se baseia em dados concretos, por mais gráficos que faça.

Tal como a sua crença de que os países maioritariamente católicos têm menos prevalência de SIDA relativamente aos protestantes ou que a incidêncioa de Sida está mais relacionada com sistemas religiosos do que com desenvolvimento socioeconómico.

Consulte as estatísticas do Brasil ou qualquer país da América Latina (Países maioritariamente católicos mas pobres)e compare-as co a Noruega ou Finlãndia ou Inglaterra( Países protestantes com um nível de desenvolvimento elevado).


E depois refleicta sobre se as causas das assimetrias globais se devem apenas ao factor religioso...

Há que ter uma visãõ mais global desta questão.

saudações


Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de July de 2005 07:59


Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de July de 2005 09:05

Por exemplo, o Senegal, país africano maioritariamente islâmico é um país com baixas taxas de sida (comparativamente com outros países islãmicos africanos,claro. Mas vale a pena comparar com países europeus protestantes…). Isto porque

"The country's religious leaders tolerate an open discussion about sex education and do not discourage programs, which make condoms available to young people. Prostitution is carefully controlled. The prostitutes are required to have regular medical check-ups and are thoroughly educated on the risk from HIV/AIDS. It is a country where people are tolerant and accepting. It is not a taboo for the Muslim Senegalese to talk about condoms and safe sexual relationships in the marriage boundaries. Condoms are even discussed in schools during classes about "Family Economy".
Já a Nigéria : onde 60% da população é Muçulmana é um país seriamente afectado

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 07 de July de 2005 11:51

O tempo é um bem precioso. Como não quer ter a bondade de me explicar a minha duvida sobre a diferença entre Taxa de infecção, risco de infecção e probabilidades de contrair infecção num único acto sexual a ficarei com ela até que encontre um especialista no assunto. Para já até prova em contrario considero que os dados do departamento de saude de Calgary e do site aidsportugal aonde colaboram varios especialistas estão certos.

Sobre o site:

[www.salaam.co.uk]

donde tira essa citação.

Em primeiro lugar começa com um dado grosseiramente errado. Começam logo por afirmar que o islamismo representa 65% da população africana. Isto é um delirio. Todos as fontes crediveis apontam certa de 40%. Ver por exemplo [www.adherents.com] . Na africa subsahariana a 5 de muçulmanos anda por volta dos 31% já indicados.

Depois de um erro tão grosseiro (e doutros dados que veremos à frentetambem não são rigorosos) a credibilidade da informação fica seriamente afectada mas analisemo-la, mesmo assim.

O caso do Senegal. Em primeiro lugar as taxas de sida do senegal não são diferentes das dos seus paises vizinhos. Que são:

Guiné - 3,2 (islão 85 %)
Guiné-bissau 2,8 (islão 30%)
Mali - 1,9 (islão 90 %)
Gambia - 1,2 (islão 90%)
mauritania - 0,6 (o menor valor da africa subsaariana) (islão ~100%)

logo os bons resultados do senegal não são nenhuma proeza particularmente notavel naquela zona. A média de infectados na africa subsahariana é de 7,5%. Depois deste dado atribuir o sucesso de um pais à particularidade da sua politica para este caso é muito simplista e pode até ser demagogico. Comparar com paises que distam muitos milhares de kilometros é certamente demagogico e manipulador.

Os paises de africa subsahariana com menores taxas de infecção são:

Guinea 130,000 3.2 (islam 85 %)
Ghana 320,000 3.1 (islam 17%)
Djibouti 8,400 2.9 (islam 97%)
Guiné-bissau 2,8 (islão 30%)
Eritrea 55,000 2.7 (islam 60%)
Benin 62,000 1.9 (islam 20%)
Mali 120,000 1.9 (islam 90 %)
Madagascar 130,000 1.7 (islam 7%) é uma ilha
Gambia 6,300 1.2 (islam 90 %)
Niger 64,000 1.2 (islam 80 %)
Senegal 4,000 0.8 (Islam 94%)
Mauritania 8,900 0.6 (Islam 100%)

média da africa subsahariana - 7,5 %

nenhum dos 27 países acima destes tem uma % de muçulmanos acima dos 55% (nem a Nigéria que é erradamente indicada no site como tendo 60% quanto todas as fontes indicam 45 a 50%). Estes são os 11 paises com menor taxa e entre eles estão TODOS os 8 paises com maiores % de muçulmanos naquela região do mundo.

No entanto ainda sobre o senageal acredito que aí as prostitutas sejam realmente vigiadas, é tradição islamica nãosó vigia-las como reprimi-las fortemente.

Os outros casos apresentados no site.
A nigeria. A taxa de muçulmanos indicada está errada. A Nigeria tem uma taxa de infectados de ~5.4 % e 45 a 50 % de muçulmanos. a média na africa subsahariana é de 7,5 % de infectados e 31 % de islamicos. Na nigeria os muçulmanos predominam fortemente no norte, no sul predominam as religiões tradicionais e cristãos de varios ramos. Nada nos diz qual é a taxa de infectados no sul e no norte. Sendo assim poucas conclusões se podem tirar.
No entanto o site comete aqui mais um erro. Fazem afirmações genericas para este gigante africano (de longe o pais mais populoso de africa). Ora a nigeria tem grandes diferenças regionais.

O mesmo se pode dizer para a etiopia, tem zonas quase exclusivamente cristãs coptas e zonas quase exclusivamente islamicas. Os valores de infectados indicados no site diferem bastante dos indicados no site [www.who.int]

Uganda. O nº de islamicos está exagerado. [www.adherents.com]. 10 a 15% é uma estimativa mais correcta que 15 a 25%. os valores indicados para o uso do preservativo estão muito inflacionados embora aqui não tenham link disponivel. Pode ser que se refiram ao uso alguma vez na vida. O caso do uganda é o mais estudado a nivel africano porque foi o unico pais de africa que conseguiu um consideravel sucesso no combate à sida atraves do programa ABC:

A - Abstain from sex until marriage
B - Be faithful to your partner
C - or use Condoms if abstinence and fidelity are not practiced

Aqui não se limitaram a fazer campanhas de promoção do preservativo que por vezes, como as campanhas da abraço, mais parecem campanhas de promoção da promiscuidade.

A gambia, é um curioso pais que consiste uma faixa de 10 kilometros de lado em redor de um rio e com cerca de 200 kilometros de comprimento (estou a citar de memoria, os valroes podem não estar inteiramente correctos) e dentro do senegal. Logo a sida na gambia depende da sida no senegal.

Zanzibar é uma zona de grande maioria islamica que pertence à tanzania que é um pais aonde o islão apesar de significativo tem uma presença minoritaria. Não conheço dados individualizados para essa zona, apenas para a tanzania como um todo.





Creio que o site tem um objectivo. Os muçulmanos depositam muita confiança nos "sinais da historia". Maomé não fazia milagres. Mas os muçulmanos vêm o dedo divino nos episodios historicos que favoreceram maomé e o islamismo. Também podem vê-lo agora ao ver que os paises e regiões não islamicas têm taxas de sida muito mais elevadas. Isso pode levar a que sejam imprudentes. O site parece ter como objectivo fazer notar que apesar de os muçulmanos serem menos afectados que o resto da africa subsahariana tambem não podem ser imprudentes pois a sida tambem pode os atinge.

Quanto à comparação entre o Brasil (um dos paises com maiores indices de promiscuidade do mundo) e a europa protestante. Eu não pretendi afirmar que a religião é o unico factor. A cultura, a instrução importa muito. Alem disso o protestantismo, o catolicismo tem caracteristicas culturais diferentes nas varias regiões do mundo. O brasil tambem tem muitos protestantes. Cerca de 20 % se bem me lembro.

Afirmei que dentro da especificidade da cultura da africa subsahariana se nota claramente que o islamismo e o catolicismo contrariam a expansão da sida. O resultado do progrma ABC tambem indica que em africa a promoção da abstinencia e da fidelidade tem bons resultados.

espero que tenha sido esclarecedor

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 07 de July de 2005 11:55

há uma gralha acima:

os paises com menores traxas de infectados são:

Guinea 3.2 (islam 85 %)
Ghana 3.1 (islam 17%)
Djibouti 2.9 (islam 97%)
Guiné-bissau 2,8 (islão 30%)
Eritrea 2.7 (islam 60%)
Benin 1.9 (islam 20%)
Mali 1.9 (islam 90 %)
Madagascar 1.7 (islam 7%) é uma ilha
Gambia 1.2 (islam 90 %)
Niger 1.2 (islam 80 %)
Senegal 0.8 (Islam 94%)
Mauritania 0.6 (Islam 100%)

acima aparece o numero de infectados em cada um desses paises o que pode provocar confusão.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 07 de July de 2005 12:06

[www.felixonline.co.uk]

E este site, indicado por si, defende uma opinião identica à minha, inclusive com os mesmos argumentos.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de July de 2005 17:49

Caro camilo: Vejo que abandonou a "tese católica" e se limita á “tese islâmica”.....

O QUE NO DIA DE HOJE É PARTICULARMENTE TRISTE.

Vejamos do que estamos a falar quando falamos de estatísticas mundiais.

Uma taxa de infecção de 2.7 pode parecer baixa num país africano. Mas é uma taxa elevadíssima comparada com países desenvolvidos. Sobretdudo quando a população infectada é maioritariamente população activa e não tem acesso a cuidados medicos, internamentos ou medicamentos retrovirais...

Os dados que o Camilo apresentou coincidem com os dados da OMS e da Unaids, embora com variações pontuais, sendo que estas taxas de infecção se referem à população entre os 15 os 49 anos. (Noutros grupos etários ou em grupos de risco ou em zonas urbanas versus zonas rurais os números não são estes)

Estes dados não podem ser lidos em bruto, mas contextualizados e cruzados com outros indicadores de Saúde. [africa.sapo.pt]

A própria Unaids adverte que há países em que os dados estatísticos sobre taxas de infecção de SIDA são pouco fidedignos , podendo estar subestimados ou inflacionados por motivos políticos ou ideológicos ( onde se incluem os religiosos) ou erros por falta de recursos técnicos.

Se a religião fosse de facto o factor determinante para explicar as baixas taxas de Sida em alguns pontos do globo, não há dúvida que as religiões orientais ficavam a ganhar.

Estatisticamente, poder-se-ia demonstrar uma relação directa entre os países que não valorizam a religião e a menor incidência de SIDA…

Os países do mundo que apresentam menos taxas de infecção são – a China, o Hong-Kong, a Coreia do norte e do sul, a Mongólia , com taxas de infecção inferiores a 0.1 Imbatíveis!

[www.unaids.org]

Voltemos a àfrica - uma das zonas do globo em os níveis de incidência e prevalência são mais elevados em todo o mundo, e onde existem muitos países de maioria muçulmana / ou que albergam milhões de Muçulmanos.
.
Também a evolução do números conhecidos da pandemia afecta cada vez mais exponencialmente todas as regiões de àfrica, sendo que há países que não há dados estatísticos disponíveis ou que são pouco precisos.
.
Sobre a situação na àfrica sub sariana:

[www.who.int]

Islamic culture and Muslim beliefs, unfortunately, are not sufficient to inoculate populations against the spread of HIV. The trajectory of the virus in predominantly Muslim regions of the sub–Sahara proves this point. In Nigeria, 6 to 10 percent of adults are infected, and between 10 to 18 percent of adults in Ethiopia are HIV–positive. Both are countries in which fully half of the people practice some form of Islam. Although the HIV epidemic in Muslim Africa should have sounded a wake–up call to other Islamic communities, few Islamic authorities north of the Sahara seem to have heard the alarm.
For all the diversity within the more than 1 billion–strong Muslim world--from Albania and Turkey in Europe, across Northern Africa and through the Persian Gulf, and to Malaysia and Indonesia in South Asia--a couple of common features have kept its efforts to combat the disease frozen in time. One is that there is no prescribed separation of faith and state in many Islamic countries today: The Koran is consulted not only as a religious text but also as a source of law, a guide to statecraft, and an arbiter of social behavior. Although such reliance on the Koran may help leaders envision an ideal human society (one with low rates of drug abuse, prostitution, and other types of crime), it also often keeps them from providing civic assistance to counter real social problems. Another common factor that contributes to a slow response to HIV/AIDS is the relative absence of firmly rooted or functional democratic systems in many Muslim countries. Citizens of these countries simply do not expect their governments to provide social services to mitigate the impact of HIV/AIDS. “ em [aei.org]



Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 07 de July de 2005 17:51

Caros amigos.

Não tenho tido oportunidade de acompanhar este tópico, com a devida atenção. Apenas tenho conseguido ler as mensagens um pouco na diagonal, como alguém escrevia já aqui...

Como formador e educador nesta área surpreende-me que os pais das crianças, adolescentes e jovens de hoje estejam sem posição activa neste assunto. A educação da Sexualidade mais que a educação sexual é uma obrigação da Família e particularmente importante o papel dos pais.
A ESCOLA PODE APOIAR mas os mais não devem demitir-se de agirem empenhadamente nesta assunto.
Estou a prever a publicação de um livro para breve sobre este tema mas deixem que antecipe o que sobre este tema admito ser importante:
Aos adolescentes e aos jovens deveremos dar pela educação da sexualidade a possibilidade de cada um por si decidir, e também com quem ama, as condições necessárias à sua vida afectiva consciente, saudável e segura e a como iniciar a vida sexual activa, em que sobretudo se tenha em conta a função reprodutora a ela intimamente ligada, para que se tenha como valor que quando se der a possibilidade de haver uma concepção se lhe siga o natural nascimento de um novo ser e este seja desejado e responsavelmente assumido

Há que iniciar, atempadamente as conversas sobre a sexualidade com diálogos sobre a vida e os modos de relacionamento interpessoal para vos acompanhar como adolescentes e jovens nas vossas dúvidas e preocupações, sejam elas pessoais (de cada um sobre si), ou sejam de como viver as relações amorosas com outro/a. Importa preparar-vos, para que as vivências afectivas e físicas dos vossos amores e paixões, nas suas experiências e nos seus relacionamentos, quando surgirem, sejam bem sucedidas e gratificantes.

Penso que neste projecto de Dialogo com os adolescentes e não só devo procurar definir como ideais dois que considero essenciais atingir na relação família, escola e adolescentes:
Primeiro ideal – ajudar-vos na busca de uma formação personalizada dirigida por forma a dar sentido a uma educação da sexualidade humana que seja interpelativa e questionadora de comportamentos para o prazer, a que os seres sexuados têm direito, das formas ou modos de vivências da sexualidade e que ajude a desenvolver o sentido da responsabilidade
Segundo ideal, a intenção de, pela educação e formação humana cívica e para a saúde, vos proporcionar, a todos os níveis etários, condições para a consolidação harmoniosa e equilibrada das vivências da sexualidade, no bem estar físico, psíquico e social, sem doença ou enfermidade.
Para tudo isto ser possível e para se contribuir para que vocês tenham uma boa Educação Sexual importa, como já se vos disse, que ela tenha por metas e procure:
- que as linhas de conduta da sexualidade estejam apoiadas pela Saúde Reprodutiva;
- ter como objectivo e por ideal apresentar conteúdos que fundamental e principalmente vos orientem para o que há e é a verdade do sexo e da sexualidade;
- ser dirigida para a sexualidade verdadeira (porque humana e humanizadora) e não seja vista só numa caracterização genérica vulgar hoje em dia, a que se chama "liberdade sexual";
- ter a capacidade de vos ajudar a decidir qual o significado saudável a dar à vida sexual humana e a assumirem, comportamentos e as vivências saudáveis e seguros em liberdade.

Ao meu amigo João Luis obrigado por este debate no forum embora só vá particular esporadicamente.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de July de 2005 17:55


Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de July de 2005 17:58

Caro Joaquim Galvão:

Concordo integralmente com tudo o que escreveu.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 08 de July de 2005 02:16

Joaquim José Galvao, gostei do seu post embora esteja escrito em termo genericos, numa linguagem algo vaga na qual é preciso discernir os subentendidos. Vejamos se os compreendi bem:

Como formador e educador nesta área surpreende-me que os pais das crianças, adolescentes e jovens de hoje estejam sem posição activa neste assunto. A educação da Sexualidade mais que a educação sexual é uma obrigação da Família e particularmente importante o papel dos pais.
A ESCOLA PODE APOIAR mas os mais não devem demitir-se de agirem empenhadamente neste assunto.


Se o papel da escola é de apoio então a escola não deve ir contra o sentir dos pais. Concordo. O sistema educativo, mesmo as escolas do estado, deve dar hipoteses de escolha aos pais. Se passarmos para além dos aspectos estritamente biologicos existem sempre diferentes opções ideologias, filosoficas, eticas, religiosas, etc e como limitar o ensino da sexualidade ao ensino biologico é demasiado redutor a escola deve escutar os pais e, dentro de parametros estabelecidos, dar-lhe capacidade de escolha do programa que eles querem que os filhos tenham. Mesmo limitando-nos ao ensino biologico é possivel dar mais relevo a determinado assunto ou a outro e assim inserir um grão de ideologia no sistema. O papel principal deve ser dos pais.



Aos adolescentes e aos jovens deveremos dar pela educação da sexualidade a possibilidade de cada um por si decidir, e também com quem ama, as condições necessárias à sua vida afectiva consciente, saudável e segura e a como iniciar a vida sexual activa, em que sobretudo se tenha em conta a função reprodutora a ela intimamente ligada, para que se tenha como valor que quando se der a possibilidade de haver uma concepção se lhe siga o natural nascimento de um novo ser e este seja desejado e responsavelmente assumido

subtil modo de dizer que o sexo deve ser com amor, sem pressões, com responsabilidade, tendo sempre em conta que pode surgir um novo ser humano, e não se deve abortar antes acolher desejado e assumido. Parece-me que isto é o recomendado nas reflexões com adolescentes. Não dizer-lhe que que deve ser do modo A ou B mas antes fazer uma reflexão atraves de um dialogo ou debate em que são fornecidos os meios e os dados que permitam aos jovens concluir por si qual deve ser o ideal que os deve nortear. Se inferi bem concordo absolutamente.

Há que iniciar, atempadamente as conversas sobre a sexualidade ...

antes que eles recebam informação deformada de outras fontes, tais como revistas femininas ou masculinas e programas televisivos. A sociedade está profundamente erotizada e erotizada com uma sexualidade deformada. Ou seja tem de começar antes da puberdade.



Primeiro ideal – ...educação da sexualidade humana... interpelativa e questionadora de comportamentos para o prazer, a que os seres sexuados têm direito, das formas ou modos de vivências da sexualidade e que ajude a desenvolver o sentido da responsabilidade

sexo com responsabilidade


Segundo ideal... consolidação harmoniosa e equilibrada das
vivências da sexualidade, no bem estar físico, psíquico e social, sem doença....
que as linhas de conduta da sexualidade estejam apoiadas pela Saúde Reprodutiva
- ... conteúdos que orientem para o que há e é a verdade do sexo e da
sexualidade;
- ser dirigida para a sexualidade verdadeira (porque humana e humanizadora) e não seja vista só numa caracterização genérica vulgar hoje em dia, a que se chama "liberdade sexual";
- ... significado saudável a dar à vida sexual humana e a assumirem, comportamentos e as vivências saudáveis e seguros em liberdade.


qualidade tecnica da informação veiculada, prevenção das DST mas sem sancionar comportamentos promiscuos, a integração da sexualidade num projecto de vida, ou seja com amor, sem pressões, etc. Valorizando a maternidade/paternidade.

Pergunto-me também qual seria o papel dos centros de saude. Neste assunto acabam por ter um papel importante.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 08 de July de 2005 02:23

CP,

[www.positivemuslims.org.za]

interessante. Diz quase o mesmo que eu disse, até o grafico é igual.

Todo este debate surgiu porque eu afirmei que a promoção de comportamentos mais responsaveis, menos promiscuos, ligando mais o sexo à afectividade, é eficaz na prevenção da SIDA. Como se pode ver pela influencia em africa das religiões que mais censuram a promiscuidade.

Podia dar o exemplo portugues. Não conheço os dados mas creio indicarão que a sida em portugal está mais implantada no sul que no norte. Apostaria que no algarve e em lisboa. Influencias culturais nas quais a religião catolica tem um peso significativo.

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Este tópico foi encerrado

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