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Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Anori (IP registado)
Data: 21 de May de 2009 22:20

ahahhahahahahahahahahhahahah são os factos

Não se tenham é assim em tanta conta, pois sem resultados não há negócio! As técnicas só tem resultado quando se conhecem, praticam e respeitam, não é o vosso caso. Felizes de vós que nunca tiveram necessidade de procurar terapias alternativas.

( e isto não tem nada a ver com o tópico)

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 22 de May de 2009 09:34

esta conversa só vai levar a um lado: ao insulto. Por uma simples razão, ninguém de bom senso pode pedir aos cristãos que respeitem as ideias idiotas dos espiritas. E como não pode ser idiota? Sabiam que um espirita pensa que quando se arrota, é uma manifestação espirita, uma qualquer acção benigna no perispirito, ou o que raio é. Genial. Ainda não tenho informações de quando a libertação de gases ocorre pela outra cavidade.
Mas suponho que seja libertação de algum espirito maligno. Alguma coisa por aí.

A sério.
Se fosse eu aos moderadores encerrava estes tópicos disparatados.
Pois embora eu ache que ao longo deste tempo tenha tido uma acção cordata neste fórum e julgo que todos são testemunhas disso, há uma coisa que me tira fora do sério que é charlatanice e a mentira, ou o espiritismo.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 22 de May de 2009 10:33

Eu pensava que se arrotava depois de ter engolido ar ou comido/bebido qualquer coisa...afinal havia outra....andamos todos enganados. Maldita ciência...

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Desconhecido (IP registado)
Data: 22 de May de 2009 19:24

Alpha...e demais, eu respondo-vos no outro "ARGUMENTOS CONTRA O ESPIRITISMO" tópico pois já disse que não o fazia mais aqui por não ser o lugar.

cumps a todos

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 22 de May de 2009 22:44

Citação:
Lena
obrigada, mas penso que qualquer pessoa de bom senso seria capaz de escrever o mesmo.

Acho interessante - um pouco desgostoso, confesso - que reconheças a bondade do Cristianismo, mas depois negues a sua essência que é existência de um Deus que é Pai e Todo-Poderoso.

Lembra-me uma pessoa que conheço, que não acredita em Deus nem na Igreja, mas reconhece toda a bondade do Cristianismo e a importância da Igreja. E, para dor de cabeça dessa pessoa (vagueia entre o ateísmo e o agnosticismo), reconheço nela a acção de Deus e vejo-a como um instrumento do Senhor.

Estas realidade desconcertam-me!

Cumprimentos

Alpha

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 22 de May de 2009 22:47

Citação:
vitor*
Sabiam que um espirita pensa que quando se arrota, é uma manifestação espirita, uma qualquer acção benigna no perispirito, ou o que raio é.

Vou passar a olhar para a Mecânica de Fluídos com outros olhos! Penso que vai passar a ter um toque de... misticismo!

Cumprimentos

Alpha

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 22 de May de 2009 22:58

Citação:
Anori
ahahhahahahahahahahahhahahah são os factos
Não se tenham é assim em tanta conta, pois sem resultados não há negócio! As técnicas só tem resultado quando se conhecem, praticam e respeitam, não é o vosso caso. Felizes de vós que nunca tiveram necessidade de procurar terapias alternativas.

( e isto não tem nada a ver com o tópico)

Claro que tem, tem tudo a ver com tópico. Não queres é ver isso.

O tema prende-se com a abordagem que a Igreja tem quanto ao divórcio e depois acabou por se encaminhar para a o busílis dos re-casamentos. Este tema deve ser abordar à luz da teologia católica, de acordo com os ensinamentos de Nosso Senhor, se perder de vista a caridade.

Ao abordar este tema à luz de outras ideias (os tais «achismos» - usando a tua terminologia - espíritas), abre-se uma nova perspectiva do assunto. Já não se trata apenas de analisar o que diz e pensa a Igreja sobre o assunto, mas também se saber o que preconizam estas correntes para o divórcio e re-casamentos.

Como não existe, no caso do espiritismo, uma ideia central que sistematize todas as correntes espíritas, devemos abordar pelo padrão, pela normal. A maioria das respostas que o espiritismo tem para a questão do divórcio consiste em mezinhas e bruxarias e actos afins com um de dois intuitos: reaver a pessoa amada, prejudicar a pessoa que deixou de se amar.

Esta é a pertinência de chamar ao tópico e ao tema as abordagens espíritas.

Cumprimentos

Alpha

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Anori (IP registado)
Data: 23 de May de 2009 12:41

Alpha,

Citação:
Alpha
Claro que tem, tem tudo a ver com tópico. Não queres é ver isso.

Referia-me ao meu comentário, posso?!

É triste a ligeireza, e a superficialidade com que falam de coisas que abominam, e a partir daí não fazem sequer um esforço por deixar preconceitos, morais para tentar entender realmente as filosofias. É menos séria que uma brincadeira de crianças.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Isabella (IP registado)
Data: 23 de May de 2009 17:06

Eu não quero mais casar. Nunca mais!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 23 de May de 2009 18:38

Citação:
Isabella
Eu não quero mais casar. Nunca mais!

Sim, e então? O que é que isso tem a ver com o divórcio na Igreja Católica?

João (JMA)

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 21 de April de 2010 18:37

Embora não primem pela qualidade, aqui ficam três artigos do «DN» de hoje, que dão que pensar, sobretudo a primeira «manchete»: «60% dos divorciados realizaram casamento pela Igreja».

Entre outros problemas -- teológicos, pastorais, etc. --, há um problema que se vai acentuando e que não deveria ser tratado de ânimo leve: isto supõe um tremendo «divórcio» de muitas pessoas em relação à Igreja. Habitualmente, as pessoas «recasadas» diminuem drasticamente ou suspendem a sua actividade religiosa e disso serão herdeiros os filhos da nova relação, que também existem.

Tudo isto é muito sério. Infelizmente, parece não haver respostas satisfatórias teológicas e pastorais para isto. Fica-se com a impressão de que as pessoas «se vão» e (quase) ninguém se preocupa por elas...

Alef




60% dos divorciados realizaram casamento pela Igreja


por CÉU NEVES

Os divórcios já são mais de metade dos casamentos. Três em cada cinco são de católicos que ficam limitados na prática religiosa

Isabel é uma católica convicta, praticante e com serviço à comunidade. No coro que assiste à missa, como catequista, nos encontros de casais (equipas de Nossa Senhora), a aconselhar os futuros casais (Centros de Preparação para o Matrimónio ) ou nas actividades dos escuteiros. Até ao dia em que pôs o seu casamento em causa e desfez os laços que a hierarquia religiosa considera serem indissolúveis. Foi obrigada a deixar algumas práticas religiosas, como o comungar. Sentiu-se injustiçada!

A injustiça é sentida por muitos casais católicos que se divorciam todos os anos. Em 2008, constituíram 60,5 % do total de divorciados, 26 110, um número que já é mais de metade dos casamentos anuais, 43 228.

O direito ao divórcio foi uma das primeiras bandeiras dos católicos a seguir ao 25 de Abril de 1974 e que lutavam contra a Concordata, de 1940, que os impossibilitava de se divorciarem. Voltaram a poder fazê-lo um ano depois da Revolução, mas a hierarquia religiosa impede-os de recasar e de participarem activamente na eucaristia, nomeadamente na comunhão e no apadrinhamento de uma criança.

Isabel Lopes, 52 anos, dois filhos adultos, casou pela Igreja Católica aos 23 com o primeiro namorado que teve, união que durou até aos 43, quando o casal já nada tinha de harmonia. Poderia manter as aparências... mas achou que tinha o direito a ser feliz. "Claro que me senti muito dividida, senti que estava a cortar com uma série de princípios que eu defendia, mas vivia numa situação insustentável", justifica.

Divorciou-se e voltou a constituir família. E a Isabel catequista e mentora deixou de ser um exemplo para a Igreja. "Vivo em concubinato, é assim que a Igreja me classifica. É uma revolta!", diz.

Isabel procurou apoio junto do casal responsável pela equipa de Nossa Senhora a que pertencia, que a acompanhou, embora tenha começado por a dissuadir. "Excepcionais, sempre me apoiaram desde o início." Foi o seu porto de abrigo, já que a família a rejeitou.

"Continuei a pertencer ao grupo da Igreja, mas o que acontece é que nós próprios nos vamos afastando, deixamos de nos sentir integrados." Não pode participar em pleno nas celebrações religiosas e não comunga por saber que é uma prática que lhe é proibida. "É contra a minha consciência. Embora os párocos, que me conhecem desde a adolescência, tivessem dito que não me recusariam a comunhão... mas também me disseram que isso não era bem-visto pela comunidade. Havia pessoas que me viravam a cara", lembra.

Hoje, a instrutora e sócia da Escola de Condução Paço d'Arcos vai à missa e continua a fazer parte do coro da paróquia, mas desligou-se da restante prática religiosa. "Volvidos oito anos, passada a minha experiência e tendo visto outras separações de filhos de pessoas que frequentam a igreja, sinto que existe uma aceitação na paróquia que na altura não senti", refere. Mas não acredita numa abertura por parte da hierarquia religiosa em relação aos católicos divorciados. E, muito menos, que isso aconteça no pontificado deste Papa.

Bento XVI defende que a Igreja deve manter "com firmeza" o princípio da indissolubilidade do casamento e critica quem tende a abençoar essas uniões, que considera "ilegítimas". A posição, que manifestou num encontro com bispos em Lourdes, França, em Setembro de 2008, foi interpretada como sendo um puxão de orelhas aos padres que promovem iniciativas a abençoar tais casais.

DN», 21 de Abril de 2010]




"A Igreja é muito mais do que comungar..."



Casaram-se pela Igreja Católica. Separaram-se, voltaram a casar- -se... desta vez, obrigatoriamente pelo civil. Tiveram filhos, ou não. Constituem as novas famílias: os meus, os teus e os nossos filhos. E que consideram que a prática re-ligiosa não pode ser afectada pelo fim do matrimónio. Constituem as equipas de Santa Isabel, criadas em 2001 e formadas por católicos recasados que dizem não querer mudar de Igreja, nem a Igreja. Mas sonham em comungar um dia. "O caminho faz-se caminhando!"

José Olímpio, 45 anos, advogado, e Mariana Cruz, 47, bancária, são o casal mentor de uma das equipas de Santa Isabel, cinco casais que se reúnem uma vez por mês na casa de cada um (vai rodando) e que têm como assistente o padre Robson Cruz.

"Fui pároco nos arredores de Lisboa e voltei a encontrar uma colega do tempo de estudante que se apaixonara por uma pessoa que tinha um casamento católico anterior", conta o padre Robson. Foi o início das equipas e que surgiram para dar resposta às famílias que, "partilhando a mesma fé e dogmas", não encontravam eco nem nenhum grupo católico para os seus problemas. Há as equipas de Nossa Senhora e que são constituídas por pessoas casadas pela Igreja. Há movimentos com uma forma de funcionamento idêntica no Brasil e em Itália.

Em Portugal existem cinco equipas que se encontram para debater o Evangelho, as questões da actualidade e, também, a construção da própria família. "A realidade social do divórcio existe e não deve ser esquecida. E é nesse sentido que nos encontramos, mas não estou preocupado em mudar a Igreja. E a Igreja vai muito além das limitações impostas pelo recasamento. A Igreja é mais que comungar"", sublinha José Olímpio.

"Há um conjunto de regras e de leis, não podemos pôr em causa essas regras só porque nos dá jeito. Não somos um movimento reivindicativo. Só queremos fazer a nossa caminhada e não deixar de ser quem somos. Estas coisas têm o seu tempo e, no futuro, podemos chegar à conclusão de que algumas podem ser alteradas", explica Carlos Albuquerque, 45 anos, biólogo, um dos membros da equipa.

E Mariana Cruz acrescenta: "Comunguei quando o meu filho mais velho fez a primeira comunhão, não o pude fazer na primeira comunhão do meu filho mais novo [fruto do segundo casamento] e tive de me preparar. Custou-me, mas não me sinto revoltada". O que não quer dizer que não idealize poder vir a comungar numa cerimónia religiosa. Sem restrições e de plena consciência.

DN», 21 de Abril de 2010].




3 perguntas a...

"É uma grande injustiça da Igreja Católica"


por MARIA JOÃO SANDE LEMOS


Faz sentido que os católicos divorciados estejam limitados na prática religiosa?

Não. Deviam ser aceites de pleno direito, mas são considerados como elementos fora da Igreja. O problema para a hierarquia religiosa são os recasados, as pessoas que, estando legitimamente casados pelo civil, não podem comungar e são considerados como tendo uma vida de pecado.

O que é que acontece em outras religiões?

Os anglicanos, os ortodoxos, os protestantes... aceitam que as pessoas voltem a casar. É uma grande injustiça o que acontece na Igreja Católica. Como é que uma pessoa que volta a casar e que tem a sua família não pode comungar, o que é essencial é que a pessoa esteja no caminho da verdade. Proibições como essa fazem com que as pessoas acabem por abandonar a Igreja.

Acredita em mudanças no pontificado de Bento XVI?

Francamente, é uma das situações mais fáceis de resolver do que as questões do fim do celibato ou da sexualidade, mas não acredito nisso.

DN», 21 de Abril de 2010]



Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 21 de April de 2010 19:22

A questão é muito complexa, sobretudo tendo em atenção o imperativo do Senhor.

Mas, por outro lado, é certo que o que dá forma ao sacramento é o amor dos esposos, amor esse que se confia a Cristo, mediante a celebração canónica.

Sem o amor, o sacramento perde eficácia.
E agora?

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 21 de April de 2010 21:51

Olá Rui e Alef

Não me levem a mal, mas por vezes fico com os cabelos em pé com o que aqui leio! Lol e peço-vos sinceramente que não me levem a mal. Mas é que realmente, é com cada uma...

Se o sacramento perde eficácia quando acaba o amor, então acabe-se já com essa instituição absurda do matrimónio católico! Rsrs

Uma vez que o amor escasseia nos nossos dias, e que poucos já sabem amar, acabe-se já com o matrimónio! Ou faça-se dele um casamento civil, no qual hoje caso com um, amanhã como já amo outro – o amor ao primeiro acabou – divorcio-me e caso com outro, e depois de amanhã ainda casarei uma terceira vez porque o amor ao segundo voltou a morrer.

Mas, enquanto há amor, haja sacramento, porque se há amor o sacramento é válido, não importando que raio de pseudo-amor é esse e se amanhã existirá ou não.

É que isso não tem lógica nenhuma!

Já li muitas teses liberais e modernistas e nunca uma me pareceu tão escandalosa quanto esta. Porque as outras, embora profundamente erradas e discordantes do magistério, ainda têm alguma lógica no campo das opiniões. Mas esta não tem ponta por onde se lhe pegue!

Se o amor morrer ao segundo, case-se com o terceiro e assim por diante...

Creio compreender o que o Rui disse, mas discordo total e absolutamente da conclusão a que chega! A premissa de que parte está correctíssima, o amor é a matéria do sacramento; a ilação que daí tira é que é perigosíssima e errada!

O sacramento do matrimónio é indissolúvel, os laços santos da instituição divina que é o matrimónio são sagrados e indestrutíveis, independentemente dos esposos saberem amar cristãmente ou não.

Como o conceito de amor, sobretudo o de amor cristão, foi muito distorcido, muito deturpado nos últimos tempos, surgem estas concepções mais ou menos escandalosas do matrimónio. Daí a necessidade cada vez mais urgente de uma correcta preparação dos noivos para o sacramento do matrimónio e para os afectos, para o saber amar de verdade, de modo pleno e incondicional, como agrada a Deus e, para sempre, claro.

Antigamente, muitas pessoas casavam por conveniência ou por imposição dos pais. Embora isto seja em si repugnante e eu não esteja a defender esta abjecção, vamos dizer que todos os matrimónios católicos até ao século XIX – século em que se descobriu o amor romântico – eram todos nulos ou inválidos? Absurdo sem tamanho!

Quando duas pessoas livres, com uma vontade esclarecida, responsáveis pelos seus actos vão à Santa Igreja para receber o sacramento do matrimónio, Deus abençoa aquela união, dá a Sua bênção àquele casal e une para sempre o que jamais o homem pode separar. Independentemente aqui do conceito de amor que tenham, se sabem amar como agrada a Deus ou não, se receberam ou não preparação – que convém que recebam. Ou seja, não é o amor ou a falta dele que une o casal de modo indissolúvel, é o sacramento que confere a graça!

Agora, é de importância vital que os noivos recebam uma correcta preparação, não só num cpm mas, sobretudo, desde a infância, no seio familiar, com uma educação cristã para o matrimónio.

***

O caso dos divorciados recasados é outro que me causa uma certa confusão.

Se uma pessoa é católica – católica-católica, entenda-se – e se, por motivo justo de força maior, teve de se divorciar, por que motivo não permanece sozinha, como manda a Igreja? Porque isso implica sacrifício e ninguém está disposto a fazer sacrifícios. Porque isso acarreta uma atitude heróica, e ninguém sabe o que é o heroísmo. Porque isso leva à santidade – o aceitar cada um as dificuldades que Deus lhe pôs no caminho -, e ninguém luta com verdade e radicalmente pela sua santificação.

Então traem a Deus, traem o compromisso que assumiram diante de Deus e vivem uma vida de pecado. E isto tudo porquê? Porque não amam a Deus acima de tudo e todos. Porque outros ‘amores’ se sobrepõem ao amor de Deus. Logo, não são verdadeiros católicos.

Por que motivo hão-de comungar senão foram capazes de fazer sacrifícios por Deus? Por que motivo hão-de comer o corpo de Cristo se não estão em comunhão de vida com o que Lhe agrada? Por que razão a Igreja tem de ceder, ceder e ceder e os pecadores públicos não cedem um milímetro em favor da Igreja e de Deus?

Por que é que a Igreja é injusta por aplicar os ensinamentos de Cristo? Eles é que deviam ser considerados injustos porque preferem a sua vida de pecado à comunhão com a Igreja!

Agora se uma pessoa não era católica antes, se se converteu já depois do segundo casamento, se o amor verdadeiro encontrou-o agora e não da primeira vez, a situação é bem complicada. Juro que sinto muito a dor dessas pessoas, mas não acho nada justo que seja alterada a sua situação.

Primeiro, a conversão é algo muito sincero, radical; é uma entrega total a Deus, incondicional, sem reservas. Será verdadeira uma conversão de alguém que não quer mudar de vida para ser coerente com a sua conversão? Devo eu levar a sério alguém que prefere o pecado a Deus e diz que O ama? São só interrogações...

Ah, porque há filhos, há crianças, é muito difícil mudar de vida assim de repente. Nem toda a gente tem a mesma força de vontade, por muito sincera que seja a conversão, dirão alguns.

Então, para esse caso, tem que existir – como de facto já existe - algum acompanhamento pastoral destas pessoas. Reuniões de leitura e partilha da palavra de Deus, encontros de espiritualidade no quotidiano, grupos para rezar o rosário, por exemplo, são algumas das alternativas. Estas pessoas não podem comungar – não têm uma vida autenticamente cristã para isso – nem podem dar escândalo aos outros fiéis, participando em actividades de relevo na Igreja. Mas não podem ser colocadas de lado, têm que ser estimuladas à conversão sincera e verdadeira, com mudança de vida e de atitudes. Para isso, têm que ter acompanhamento espiritual – a falta que fazem os directores espirituais -, acompanhamento esse que deve ser paciente e com base em passos pequenos mas concretos no que concerne ao progresso espiritual dessas pessoas. Até que um dia atinjam a maturidade espiritual e assumam as consequências que daí advém.

Não creio que, com o que disse, esteja a propor a discriminação destas pessoas – que por vezes vivem situações extremamente dolorosas -, mas também elas têm que entender que, se vivem uma vida irregular e fora da graça de Deus, não podem ter acesso a determinados cargos na Igreja nem a comungar o corpo de Cristo. Mas podem – e devem! – ser acompanhadas de outro modo, olhadas com misericórdia e bondade e não ser abandonadas. Eu sempre estimulo essas pessoas a permanecerem na Igreja, a não abandonarem a santa Missa dominical e a compreenderem que, se escolheram uma determinada forma de viver, então têm que aceitar as consequências da sua escolha. Explico-lhes que a vida não é feita só de comodidades e facilidades e que, para não aceitarem fazer um sacrifício mais pequenino, aceitaram fazer esse tão grande de se verem privados do alimento espiritual por excelência. Incentivo-as também a fazer fervorosas comunhões espirituais, porque só Deus conhece as intenções, só Ele julga os corações e só Ele conhece as aspirações e dificuldades de cada um. As que eu conheço, aceitam bem o que lhes digo.

E pronto, é isso!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 21 de April de 2010 22:43

Caro Rui:

Essa interpretação de que acabando o amor, «foi-se» a «matéria do sacramento» é seguida por algumas pessoas, e conheço-a sobretudo dos meios das Igrejas Orientais (tenha-se presente que a Igreja Ortodoxa trata a questão da indissolubilidade do matrimónio de uma forma mais «elástica»), mas esta argumentação que expões não me convence muito. A menos que me expliquem melhor. ;-)

E isto pelo seguinte: nem a matéria nem a forma do sacramento são o sacramento propriamente dito, porque este é acção de Cristo que, evidentemente, se realizou «sobre» uma matéria.

Peguemos no caso da matéria e pensemos em outros sacramentos: a eficácia do baptismo não termina com a evaporação ou o limpar da água do corpo do baptizando, nem será necessário ser crismado novamente quando o óleo deixar de estar materialmente presente na fronte do crismado.

Portanto, se é verdade que a matéria é necessária para a realização do sacramento, também há que dizer que a eficácia não lhe vem da matéria, mas do facto de cada sacramento ser uma acção de Cristo; é de Cristo que lhe vem a eficácia.

Por isso, tenho muitas dúvidas em relação a essa interpretação «osciloscópica».

Voltando um pouco acima, a propósito dos exemplos dos sacramentos do Baptismo e do Crisma, valeria aqui objectar que o matrimónio, ao contrário do Baptismo e do Crisma, não imprime carácter? Não vejo que seja possível tratar isto neste plano, porque o sacramento do Matrimónio consagra um amor que tem necessariamente a disposição de ser «para sempre» (até á morte de um dos cônjuges) e é sacramento da aliança irrevogável de Deus com a Igreja. Por outro lado, claro, estão os textos bíblicos, que dificilmente dão espaço para interpretações muito «liberais». Pelo menos, tanto quanto me é dado ver e é assim que a Igreja tem visto.

E, contudo, é triste ver a situação de tantos cristãos que de alguma forma «hipotecaram» a sua vida cristã por uma segunda união, tantas vezes em situações onde humanamente nada se pode fazer. Há quem pense que o mais fácil é pedir o reconhecimento de nulidade do primeiro casamento, mas isso é menos fácil do que possa parecer: o casamento pode ter sido realmente válido ou pode também acontecer que apesar dos indícios que apontem para um acto nulo não existam elementos suficientes para levar o processo por diante (falta de testemunhas, negação da outra parte em comparecer, etc.). Um caso particularmente triste é o de pessoas que, depois de décadas longe da Igreja, regressam de uma forma intensa, mas não podem verdadeiramente recomeçar a sua vida cristã, porque depois de um casamento falhado na juventude, na Igreja, se divorciaram e voltaram a casar. É triste ver «conversões (semi-)falhadas». E aqui entra um problema, a que já aludi antes: não há quase ninguém na Igreja que se interesse por estas pessoas.

A meu ver, este problema dos «recasados» é dos mais espinhosos para a Igreja, muito mais sério que o problema do celibato obrigatório. É espinhoso, porque não é muito fácil responder à acusação de que aqui se cai sob a alçada daquela frase de Cristo aos fariseus, quando diz que estes impõem fardos pesados nos quais nem sequer tocam com o dedo. É espinhoso ainda, porque com os materiais que temos não parece que seja fácil dar uma alternativa sólida do ponto de vista teológico e pastoral (as «mangas largas» são enganadoras). E é desconsolador ver que há muito pouca oferta real de acompanhamento destas pessoas. Resumir a questão à «fórmula» de que «os recasados não podem comungar» é pouco, pouquíssimo. É preciso mostrar que há muito que se pode fazer na Igreja mesmo não comungando. A este propósito, vale a pena reler um extracto da «Sacramentum Caritatis», extracto citado neste mesmo tópico pela Vera (deixo os sublinhados da Vera):

Citação:
Bento XVI, «Sacramentum Caritatis»
...
"Eucaristia e indissolubilidade do Matrimónio
...
29. Se a Eucaristia exprime a irreversibilidade do amor de Deus em Cristo pela sua Igreja, compreende-se por que motivo a mesma implique, relativamente ao sacramento do Matrimónio, aquela indissolubilidade a que todo o amor verdadeiro não pode deixar de anelar.(91) Por isso, é mais que justificada a atenção pastoral que o Sínodo reservou às dolorosas situações em que se encontram não poucos fiéis que, depois de ter celebrado o sacramento do Matrimónio, se divorciaram e contraíram novas núpcias. Trata-se dum problema pastoral espinhoso e complexo, uma verdadeira praga do ambiente social contemporâneo que vai progressivamente corroendo os próprios ambientes católicos. Os pastores, por amor da verdade, são obrigados a discernir bem as diferentes situações, para ajudar espiritualmente e de modo adequado os fiéis implicados.(92) O Sínodo dos Bispos confirmou a prática da Igreja, fundada na Sagrada Escritura (Mc 10, 2-12), de não admitir aos sacramentos os divorciados re-casados, porque o seu estado e condição de vida contradizem objectivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja que é significada e realizada na Eucaristia. Todavia os divorciados re-casados, não obstante a sua situação, continuam a pertencer à Igreja, que os acompanha com especial solicitude na esperança de que cultivem, quanto possível, um estilo cristão de vida, através da participação na Santa Missa ainda que sem receber a comunhão, da escuta da palavra de Deus, da adoração eucarística, da oração, da cooperação na vida comunitária, do diálogo franco com um sacerdote ou um mestre de vida espiritual, da dedicação ao serviço da caridade, das obras de penitência, do empenho na educação dos filhos."


Ao longo deste tópico, nas mensagens antigas, foram aparecendo alguns casos concretos. Chamo ainda a atenção para um tópico antigo (de 2002), interessante, sobre este tema, partindo de um caso real: «Carta Aberta à Igreja Católica», tópico curto onde escrevi bastante, tocando muitos temas que o interlocutor mencionava. Aí remeto também para outro documento importante, uma Carta da Congregação Para a Doutrina da Fé: «A Respeito da Recepção da Comunhão Eucarística por Fiéis Divorciados Novamente Casados». Creio que todos estes casos, variados, nos devem fazer pensar.

Alef

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 21 de April de 2010 22:51

Eu não me vou lançar aqui na discussão do tema, tanto que sou casado e não tenho intenção de me divorciar, obviamente.

Antes de mais, eu não sou nem liberal nem modernista; sou católico, e em Igreja não há partidos: sou de Cristo.

Era bom, era otimo que o amor conjugal nunca morresse. É esse, aliás, o ideal.
Mas acontece que, por vezes, e por variadas razões, morre mesmo!

Quais é que são os laços do matrimónio? sem duvida, todos os compromissos que procedem do amor conjugal, cristãmente assumido constituem esses laços.
Eu não estou aqui a questionar se está certa ou errada a praxe da Igreja em relação aos divorciados recasados. Estou a lançar um pensamento, ou será que é proibido pensar?

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 21 de April de 2010 23:00

Grande é este mistério (sacramentum). Eu digo-o em relação a Cristo e à Igreja. diz S. Paulo.

A "matéria", é o gesto da união dos esposos, em contexto matrimonial, penso eu de que!

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 22 de April de 2010 19:06

Há uma música portuguesa de um jovem ateu de que gosto bastante. Nessa música, ele questiona Deus, interroga Deus com um conjunto muito diversificado de perguntas. A letra é bem interessante e não é que nenhum de nós não tenha já feito interrogações semelhantes. Por isso mesmo digo que, por vezes, penso que alguns ateus estão mais próximos de Deus que certos católicos que não são coerentes com a sua fé. Porque o ateu procura respostas e não descansa até as encontrar. E, geralmente, quando as encontra, é muito coerente com o que decide seguir, ao contrário dos católicos. A determinada altura da música ele diz: “No livro que escreveste, cada um só lê o que lhe convém”. Que grande verdade esta!

Tiram-se passagens bíblicas do contexto, usa-se descaradamente e com a maior desfaçatez a Escritura para legitimar o que é contrário ao magistério, enfim.

Caro Rui,
Antes de mais gostaria de esclarecer que em nenhum momento tive a intenção de lhe chamar herege ou liberal. Apenas disse que a sua tese é herética, o seu argumento é liberal. Não passei para considerações sobre o interlocutor. De resto não tenho nenhum direito a fazê-lo. Mas o que defende é sim contrário ao que a Igreja ensina. Portanto, se dei a impressão de chamar-lhe algo indevidamente, peço humildemente desculpas. É difícil não se passar das ideias às pessoas, mas não era essa a minha intenção em relação a si, pelo menos.

Não me vou alongar muito neste tópico, até porque não disponho de tempo nenhum para isso e já começo a arrepender-me de escrever tanto aqui. O que penso da tese do fim do amor, logo fim do sacramento, já o disse na mensagem anterior. Ninguém me soube até agora explicar:
O que é o amor;
O que significa amar;
Como se ama de verdade;
Quantas vezes se pode amar na vida, logo quantas vezes pode o sacramento perder a eficácia;
Se não há amor não há sacramento?;
Os casamentos feitos sem amor não foram válidos?;
Se o sacramento perde a eficácia da primeira vez, por que motivo não perderá da segunda ou da terceira, se morrer o pseudo-amor?;
Andamos a brincar com os santos sacramentos?.

Não sabia que os ortodoxos defendiam essa estupidez, confesso a minha ignorância no assunto. Pensava que isso fosse tese liberal e progressista. O que sei é que, agora, a minha consideração pelos ortodoxos diminuiu drasticamente, desceram mil pontos na minha consideração. Sempre os vi como cismáticos, mas com dificuldade os via como hereges. Agora já vejo!

Portanto, para ser bem clara e directa, com a Igreja que defende algo radicalmente diferente disso, a mim não me convence: nem muito, nem pouco, nem nada. Além de ser doutrina herética, não tem qualquer consistência. Ainda ninguém soube explicar com exactidão o que é o amor e quantas vezes se pode amar, para que saibamos todos quantas vezes havia o sacramento que ser repetido. Não tem lógica nenhuma!

Quanto à frase dos fariseus:
Se essa acusação a que alegadamente não temos resposta nos for dirigida por uma pessoa nessas circunstâncias particularmente difíceis, devemos desconsiderar e tentar ajudar a pessoa em questão a integrar-se ou a reintegrar-se. Agora se for dirigida por outra pessoa qualquer, podemos sempre responder também com a Bíblia, nomeadamente:
Evangelho segundo S. Mateus 16,24-28.

Jesus disse, então, aos discípulos: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que poderá dar o homem em troca da sua vida? Porque o Filho do Homem há-de vir na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme o seu procedimento.

Tome cada um a sua cruz, porque a cruz é o caminho de Cristo. Devemos procurar a felicidade neste mundo, quando puder ser. Quando por razões tristes não puder, deve aceitar cada um a sua cruz. A santidade não se constrói com mares de rosas.

Depois, essa frase aplica-se mesmo a fariseus! Não às autoridades eclesiásticas nem aos católicos que se esforçam pela sua própria santificação. A sensação com que se fica ao ler-se isso é que, quem impõe as leis, age de modo contrário ao que manda fazer aos outros, o que não ocorre neste caso, logo essa tal acusação que nos poderiam fazer – conheço muita gente e nunca ninguém me fez tal objecção – carece de legitimidade.

Concordo que não tem havido acompanhamento pastoral real para estas pessoas, mas não sei o que é acompanhamento teológico. Não faço a mínima ideia do que seja acompanhar teologicamente esta situação. Pastoralmente podia fazer-se muito e não se faz; mas acompanhamento teológico realmente não sei do que se trata.

Para finalizar...
(“...desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem o seu pai e a sua mãe e unir-se-á à sua mulher. E serão os dois uma só carne e, assim, já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, não o separe o homem. E em casa tornaram os discípulos a interrogá-lo acerca disso mesmo. E ele disse-lhes: Qualquer que repudiar a sua mulher e casar com outra adultera contra ela. E, se a mulher deixar o seu marido e casar com outro, adultera. (Marcos 10:1-12)

Qualquer que deixa a sua mulher e casa com outra adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido adultera também. (Lucas 16:18)

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: sol (IP registado)
Data: 23 de April de 2010 02:55

Citação:
Miriam

Não sabia que os ortodoxos defendiam essa estupidez, confesso a minha ignorância no assunto. Pensava que isso fosse tese liberal e progressista. O que sei é que, agora, a minha consideração pelos ortodoxos diminuiu drasticamente, desceram mil pontos na minha consideração. Sempre os vi como cismáticos, mas com dificuldade os via como hereges. Agora já vejo!

ui que somos tão brandos a julgar os outros!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 23 de April de 2010 11:21

Olá Sol,
Não julguei ninguém. Não sei se tens conhecimento, mas quem julga cismáticos aos ortodoxos é a Santa Igreja Romana. O que eu disse foi que, além de cismáticos, talvez possam ser também hereges. Há quem replique que não, porque o cisma foi antes da proclamação de certos dogmas, logo isto implicaria em que não são hereges, já que aceitam como verdades de fé todas as propostas pela Igreja até ao cisma. Então, seriam apenas cismáticos, não hereges.

Mas, com esta concepção equivocadíssima do matrimónio – que é assunto seríssimo – fiquei com dúvidas se não serão também hereges. Em todo o caso, não o afirmei peremptoriamente, apenas fiz o que vocês todos aqui fazem: dei uma opinião!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: isat (IP registado)
Data: 23 de April de 2010 11:35

Alef,

obrigada pela partilha dos artigos...
Fala-se muito mas infelizmente nao se fala na dor e no sofrimento das pessoas que se veem envolvidas nestas situaçoes... fui eu que criei este topico, nao sei se se lembram da minha historia... continuo a viver no pecado, pois o meu namorado é divorciado... Quando vou à missa, no momento da comunhao, as lagrimas caiem me pela cara abaixo... as pessoas olham para mim sem entender... todas dizem para comungar... mas nao sinto aopio da Igreja em si. E sim, tenho me afastado da Igreja, agora ja nao me considero catolica praticante, catolica sim, sempre, a minha fé em Deus continua inabalavel...

Saudaçoes!

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