Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Página actual: 14 de 29
Re: RMA
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 01:19

para quem critica os outros por demagogia e ignorancia acabaste de dar um pessimo exemplo. Ora aboboras, do ponto de vista biologico o embrião ou pré-embrião é um ser vivo da especie humana, diferindo do ser humano adulto por estar num estado de desenvolvimento diferente. Há ainda uma diferença relevante no "pré-embrião" por não estar ainda estabelecida a unicidade do ser.

Posso ainda apontar-te algumas calinadas notaveis na tua argumentação.

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 01:32

Camilo

"Posso ainda apontar-te algumas calinadas notaveis na tua argumentação."

Venham elas. Pensei que se tinham ido todos embora.

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 01:51

Mas também me ocorreu pensar como seria um mundo em que o embrião fosse protegido como as pessoas são. Seria um mundo onde as relações sexuais seriam assunto de vida ou morte e por isso estritamente regulamentadas: só poderiam ser mantidas se houvesse a certeza de que não haveria concepção. Toda a procriação teria que ser assistida de modo a que só se gerasse um embrião que seria depois implantado de forma segura no útero. E dado que se estaria a lidar com a vida de pessoas humanas, as penas por infringir estas normas teriam que ser muito severas.



Isto parece-me disparatado, é impossivel de por em pratica e este tipo de raciocinios parecem-me muito infantis. As estradas não são construidas com almofadas nas bermas, nem todas têm separadores centrais. A morte é inevitavel, reduzem-se as suas causas, respeita-se a vida não provocando a morte intencionalmente mas não se tenta o impossivel que é reduzir a zero as causas naturais e fortuitas de morte.

Tambem apresentas taxas de mortalidade dos pré-embriões arranjadinhas a teu gosto (50%, o medico gentil martins indica uma taxa de mortalidade total, para embriões e pré-embriões da ordem dos 60 %).

O Alef refutou de forma suficiente a equiparação que fizeste entre as mortes provocadas intencionalmente numa RMA sem os devidos principios eticos (gerando mais embriões que aqueles que são utilizados) com as mortes ocorridas naturalmente. Se não compreendes isso é limitação tua.

sobre a criação de embriões excedentarios recomendo a leitura do parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida:

[www.cnecv.gov.pt]

pontos 18 a 22.

Há uma profunda incoerencia na tua argumentação. Dizes defender uma posição gradualista nos direitos dos seres humanos (sem que te apercebas dos perigos dessa posição que facilmente seria transposta para a sociedade dos seres humanos nascidos e comprometeria irremediavelmente o principio da igualdade entre todas as pessoas) mas apesar dessa suposta posição gradualista os pré-embriões são totalmente coisificados por ti no objectivo absoluto de conseguir maximizar a percentagem de sucesso de nascimentos. Se um pré-embrião não tem sequer o direito à vida nenhum direito lhe resta. A tua posição gradualista parte portanto do zero, zero direitos para o ser vivo pré-embrionário.



Editado 1 vezes. Última edição em 17/06/2006 01:52 por camilo.

Re: RMA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 01:57

Pontosvista

Pensei que estava claro o que tinha dito. Não está...tens toda a razão...
Para mim o apresentar alguém que escreve sobre um determinado assunto é porque estou de acordo com essa pessoa. Mas tens razão: o texto tem muitas frases e não quer dizer que esteja de acordo com todas...as que coloco a negrito são aquelas que considero mais pertinentes e com as quais me identifico totalmente. .. mas isso não quer dizer que não me identifique com outras...

Penso que fizeste algumas citações mas que, infelizmente, por não estarem completas não manifestam a realidade do que penso...

Fui ao teu blog e vi como falas do grande debate que está no paroquias...vejo que o foste acompanhando...mas nunca intervieste...nessa altura, pois não? Estou enganada? Qual a razão de, nessa altura, não teres dado o teu contributo? Era importante.

Pensava responder-te, ponto por ponto.
Apareceu no teu texto uma palavra que me chocou: "detractores". Fiquei admirada com a utilização dessa palavra...tem, para mim, um carácter tão pejorativo que, de certo, não era esse o significado que tu lhe deste, pensei ...deve utilizar-se com uma carga não tão negativa.

Interrompi o que te estava a escrever...quando te dava razão... e fui ver o significado no dicionário da Porto Editora. Aqui vai: detractor adj e s.m. que ou aquele que detrai, difamador, maldizente. Procurei, de seguida, o verbo detrair e apareceu: " diminuir ou abater o crédito de, dizer mal de, difamar, depreciar.
Afinal o que disseste é mesmo muito forte.

Acho que não me vou dar ao trabalho de te responder...
Respondo a pessoas que respeitam os outros..., que não lhes põem uma etiqueta com um nome feio.

Pensa como quiseres. Tens todo o direito. Eu também o tenho.

Apenas mais uma coisa: não mistures espermatozóides com embriões... não confundas alterar as leis da natureza com alterar um leito do rio.etc...
Tanta demagogia até assusta...o humano estava quietinho e não fazia nada...isso era alterar o curso normal... passivo...
Mas o humano deve respeitar a pessoa desde o seu início. Esse iníciop é quando o óvulo e espermatozóide se unem.
O que está por detrás da FIVET é uma visão utilitarista da vida...não é uma visão da razão.
Junta-se o utilitarismo e o coração e deixa-se de lado a razão... Abafa-se a consciência...
Embriões excedentários não são, para ti, problema?... O.K.
A minha visão do problema não é essa.
Continuo a defender a adopção de crianças.
Não reconheço que ter filhos é um direito do casal.
Se tem filhos deve educá-los, alimentá-los...e tudo o mais que uma pessoa tem direito.
Defendo a adopção das crianças. Conheço vários casais que o fizeram.
Por não terem o mesmo DNa já não merecem ser tratadas como se o tivessem?
É assim que pensas?

Re: RMA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 02:10

Pontos vista
Acabo de ver que afinal estiveste a dialogar com o Camilo enquanto eu estive a ver no dicionário e a fazer outras coisas...

Dorme bem e pensa melhor... fiquei com a impressão de que és professor...pelo teu blog...os professores precisam de dormir bem para acordarem prontos a trabalhar.

Mª José

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 03:00

Camilo

Citação:
Isto parece-me disparatado, é impossivel de por em pratica e este tipo de raciocinios parecem-me muito infantis.

A mim também me parece disparatado e impossível de pôr em prática um mundo assim. Acontece que é o resultado lógico da personalização do pré-embrião humano. Quanto à infantilidade, o que queres dizer com isso? Infantil é não tirar todas as consequências do que se afirma.

Citação:
A morte é inevitavel, reduzem-se as suas causas, respeita-se a vida não provocando a morte intencionalmente mas não se tenta o impossivel que é reduzir a zero as causas naturais e fortuitas de morte.

Estou de acordo e é isso que se faz nas técnicas actuais da RMA. Os embriões que se perdem perdem-se porque não há maneira razoável de os manter vivos.

Citação:
Tambem apresentas taxas de mortalidade dos pré-embriões arranjadinhas a teu gosto (50%, o medico gentil martins indica uma taxa de mortalidade total, para embriões e pré-embriões da ordem dos 60 %).

As taxas são especulativas, quer as minhas quer as do Dr. Gentil Martins. Antes de haver uma nidação não é possível saber o que está a suceder com o pré-embrião, nem mesmo num laboratório. O que é relevante para o argumento é que as perdas de embriões não são residuais.

Citação:
O Alef refutou de forma suficiente a equiparação que fizeste entre as mortes provocadas intencionalmente numa RMA sem os devidos principios eticos (gerando mais embriões que aqueles que são utilizados) com as mortes ocorridas naturalmente.

O Alef atribui-me um tipo de argumento que eu não usei:

Citação:
Na mensagem seguinte recalcas um argumento do(a) pontosvista, que me parece perigoso, a «aproximação» à natureza. O facto de na natureza haver uma enorme percentagem de mortes naturais não significa que possamos ser nós a seleccionar quem vive e quem morre. Isto não é simplesmente morrer, mas matar, mesmo quando se trate de um ratinho. E quando o «objecto» dessa acção for um embrião humano, creio que se levantam problemas éticos importantes. A menos que me mostrem que não (e ainda ninguém o fez). Seria bem mais fácil que não existisse tal problema, mas não vejo que não exista.

Ao que respondi:

Citação:
Acontece que a natureza não é desculpa para não avaliarmos as consequências naturais dos nossos actos. Se eu sei que nas próximas chuvas é provável uma inundação que mata 5000 pessoas, posso fazer algo para o impedir e nada faço, digo que foi a natureza que matou 5000 pessoas? Se eu tenho relações sexuais em período fértil apenas com o motivo egoísta de ter um filho mesmo sabendo que é muito provável que o meu acto acabe apenas com um embrião morto, como justifico esta morte perfeitamente evitável de uma pessoa humana?

Deixei estas questões ao Alef e aguardo uma resposta.

Eu não disse que se a natureza mata podemos matar. O que digo é que as mortes naturais evitáveis são também uma responsabilidade moral nossa. E onde existem alternativas seguras, usar métodos com mortes de 20% ou 30% das pessoas envolvidas é criminoso. Se um pai deliberadamente deixa de vacinar os seus 10 filhos e três deles morrem por isso, esse pai comete ou não um crime quando deixa a natureza actuar?

Citação:
Se não compreendes isso é limitação tua.

Quem é que é limitado neste debate é algo que não podemos esclarecer aqui e por isso sugeria que deixássemos de fora este tipo de comentários.

Citação:
sobre a criação de embriões excedentarios recomendo a leitura do parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida: pontos 18 a 22.

Obrigado. Já tinha lido.

Citação:
Dizes defender uma posição gradualista nos direitos dos seres humanos (sem que te apercebas dos perigos dessa posição que facilmente seria transposta para a sociedade dos seres humanos nascidos e comprometeria irremediavelmente o principio da igualdade entre todas as pessoas) mas apesar dessa suposta posição gradualista os pré-embriões são totalmente coisificados por ti no objectivo absoluto de conseguir maximizar a percentagem de sucesso de nascimentos. Se um pré-embrião não tem sequer o direito à vida nenhum direito lhe resta. A tua posição gradualista parte portanto do zero, zero direitos para o ser vivo pré-embrionário.

O gradualismo não é na defesa dos direitos mas na própria natureza de pessoa humana, que confere esses direitos. Defendo que o embrião merece respeito e por isso penso que não se devem criar embriões para investigação nem devem poder ser vendidos como coisas. Mas, na fase de pré-embrião, não vejo o embrião como uma pessoa titular do direito pessoal à vida. Quanto aos perigos da posição gradualista para as pessoas nascidas, não concordo que sejam reais. Aliás, mesmo a defesa dos fetos é gradualista: já reparaste que o aborto não é equiparado ao homicídio ou ao infanticídio? O que é isto senão um gradualismo?

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 03:22

Maria José

Falas muito sobre mim e muito pouco sobre a defesa das tuas ideias.

Quanto aos "detractores", sugiro que leias com atenção a frase:

Citação:
Podes afirmar o que achas que é verdade, mas não faz sentido nenhum recusares explicar melhor os teus critérios e ainda por cima vires dizer aos outros que eles é que deviam ter percebido o que não explicas. Aliás isto tem acontecido com frequência com os detractores da RMA: ao fim de um pouco de discussão acabam-se-lhes os argumentos.

Nem sequer digo que tu és uma detractora da RMA. Mas, pegando na definição do dicionário, que dizes da RMA: bem, mal ou és neutra? Tens a RMA em grande apreço? Ou antes pelo contrário?

Citação:
Apenas mais uma coisa: não mistures espermatozóides com embriões... não confundas alterar as leis da natureza com alterar um leito do rio.etc...

Eu não misturo. Nem isto tem a ver com demagogia. Tu é que não dás qualquer critério para distinguir uma coisa da outra. E com isso tomas posições caso a caso, sem apresentares uma base comum.

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 10:42

Camilo:

Começo por dizer que me parece extremamente incorrecta a tua forma de te dirigires ao CA e só revela as tuas dificuldades argumentativas.
As observações e reflexões do CA são tudo menos infantis. Em boa verdade ainda não vi ninguém aqui no Fórum capaz de rebater com solidez os sueus argumentos.

Posto isto, vou apenas comentar duas afirmações tuas:

"
Citação:
não se tenta o impossível que é reduzir a zero as causas naturais e fortuitas de morte
."
Errado. O que é história da MEDICINA E DA Ciência ao serviço da saúde senão esta busca utópica de reduzir as causas naturais da morte, ou seja as causas da mortalidade ?


Vou dar-te um exemplo simples e concreto – as mortes por varíola que ceifaram milhões e milhões de pessoas ao longo da história humana forma reduzidas a zero. Porque se tentou o impossível.


Mas a tua afirmação circunscreve-se a outra questão - consideras que as tentativas de reduzir ao zero a mortalidade natural não se deve aplicar aos pré embriões.
Ora se subscreves esta ideia é porque tu mesmo consideras que essa mortalidade natural de 60% é normal e aceitável e nada deve ser feito para a evitar.

Ao fazeres este raciocínio básico, tu próprio estabeleces uma radical diferenciação entre o estatuto ontológico que atribuis aos pré-embriões e aos seres humanos.SE existisse uma mortalidade infantil de 60% considerarias esse índice de mortalidade aceitável?

2 – Faço notar que ninguém aqui defendeu " uma posição gradualista nos direitos dos seres humanos". De forma alguma. Assim como ninguém aqui defendeu " zero direitos para o ser vivo pré-embrionário".


O gradualismo não é na defesa dos direitos humanos mas na ideia de génese da natureza de pessoa humana, que radica e fundamenta esses direitos.

Um préembrião não é um ser humano, não é uma Pessoa.

Re: RMA
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 11:43

CP, devo dizer que desde o inicio considero incorrecta a forma de te dirigires a mim. O CA já se dirigiu a mim de forma identica à que me dirigi a ele, por isso se ele não gosta que o diga, que te arvores em advogada de defesa... perdes-te a oportunidade quando ele se dirigiu a mim de igual modo.

Quanto à tua argumentação acho-a superficial. Já existiram epocas da humanidade em que a mortalidade infantil andava perto disso? Era aceitavel? Era a que a realidade permiti-a.

Se ninguem defendeu uma posição gradualista na defesa dos direitos dos seres humanos então isso implica que os embriões eos fetos não são seres humanos, leia o post do CA para ver que ele defende uma posição gradualista para os fetos.

Quanto à sua dogmatica afirmação de que o pré-embrião não é um ser humano devo dizer-lhe que colide com os ensinamentos da biologia. Do ponto de vista estritamente biologico é um ser vivo da especie humana. Está num estadio de desenvolvimento diferente, a unicidade do ser fica estabelecida mais tarde. A definição do que é ser humano tem uma certa margem de manobra para a reflexão filosofica, de qualquer forma é abusivo fazer afirmações sobre o tema com dogmatismo taxativo.

CA, é infantil querer algo impossivel como resultado logico seja do qe for. É infantil confundir a utopia com a realidade. Os fanatismos começam com essa confusão entre utopia e realidade.

Ou se preferires é demagogia. Os navios correm o risco de afundar, as casas de desabar com um terramoto, os hospitais não tem todos os equipamentos uteis a salvar vidas, quase ninguem tem um desfibrilador em casa.

O alef vai às bases do teu argumento. Mas como disse antes não compreendes-te isso.

Se eu tenho relações sexuais em período fértil apenas com o motivo egoísta de ter um filho mesmo sabendo que é muito provável que o meu acto acabe apenas com um embrião morto, como justifico esta morte perfeitamente evitável de uma pessoa humana?

Essa hipotetica morte não é evitavel. Este raciocinio deturpado é falta de reflexão ou demagogia?
Isto é a aproximação à natureza que não compreendes-te mas está na base da tua elucubração.
É completamente diferente uma morte provocada por causas naturais e uma provocada intencionalmente. Não se devem confundir os condicionantes da natureza que fazem com que um pré-embrião ou um idoso centenário tenha probabilidades de morte elevadas com uma morte provocada.
Até nem está em questão o facto das tecnicas de RMA provocarem taxas de morbilidade dos pré-embriões significativamente superiores às verificadas na natureza mas sim o facto de se correr o risco de criar pré-embriões excedentarios que serão necessaria e intencionalmente destruidos.

Aqui está o ponto principal de discordia. Neste ponto eu estou de acordo com o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Tu não porque instrumentalizas, ou seja coisificas, completamente o pré-embrião humano para aumentar um pouco ou muito (já que me criticaste anteriormente por estes termos relativos peço-te que quantifiques este ponto) o $uce$$o das tecnicas de RMA.

E quando negas ao pré-embrião o direito à vida estás a coisifica-lo, a negar-lhe o mais basico direito.

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 12:14

Camilo:
Mais uma vez, faço-te notar que não utilizas uma argumentação correcta e curial a que estás especialmente obrigado, pois és um dos moderadores do Fórum.

Se me conseguires apresentar um argumento científico irrefutável, do ponto de vista estritamente da Biologia, de que os pré embriões são Pessoas e Seres humanos, ficarei grata.

Basta um único.

Do que tenho lido teu, parece-me que baralhas completamente conceitos e nenhuma das tuas argumentações ( muito menos as da Maria José) fundamenta tal juízo.

Recomendo-te a leitura do meu post para a Ana onde falo dessa definição de conceitos e da diferença entre células da espécie humana e Ser Humano ou Pessoa.

Continuo a afirmar, por analogia, que uma semente de uma macieira não é uma macieira. Até me demonstrarem o contrário.

Mas , se assim mo demonstrarem, terei de ser coerente com os meus valores e defender que tutela jurídica de um pré embrião antes da fase implantatória terá de ser igual ao de uma Pessoa ( em sentido ontológico e jurídico) .

E que a moldura penal para a destruição de pré-embriões, intencional ou não, propositada ou negligente, assim como para a passividade de não impedir essa destruição terá de ser a de pena efectiva de prisão até 25 anos.

( Anoto aqui que nem os mais radicais defensores da hominização dos pré-embriões defendem este inevitável corolário jurídico. Ou seja, afirmam que os embriões são pessoas, mas depois não exigem penas de prisão até 25 anos para quem destruir um pré-embrião)

Ora, levando a coerência á radicalidade do absurdo, se a taxa de “mortalidade” pré-embrionária ronda os 60% , todas as mulheres férteis em idade de procriar que têm relações sexuais sem usarem terapêutica anovulatória devem ser suspeitas de homicídio.

E, indo ainda mais longe, a única forma d reduzir este “genocídio natural” é a proibição taxativa da procriação natural e a imposição de que toda a procriação humana passe a ser realizada em laboratório, para se reduzir ao ménimo estas taxas de mortalidade de “seres humanos”, como é imperativo, do ponto de vista ético.

Absurdo?
Concerteza.

São a consequências lógicas de se considerar que o pré-embrião é um ser humano.

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 12:24

Por outro lado : Eu não neguei o “direito á vida” do pr-éembrião nem ” em nenhum momento das minhas intervenções defendi a “coisificação “dos pré-embriões humanos. Muito pelo contrário.
Aconselho-te que releias com vuidado o que tenho escrito sobre e tema sob pena de acíres na demagogia barata.

E Acho extraordinário que cites o CNEV.

É que eu concordo com a posição do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida relativamente ás técnicas de PMA

Tu é que não estás de acordo com o CNEV.

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 12:29

Camilo

Citação:
"Se eu tenho relações sexuais em período fértil apenas com o motivo egoísta de ter um filho mesmo sabendo que é muito provável que o meu acto acabe apenas com um embrião morto, como justifico esta morte perfeitamente evitável de uma pessoa humana?"
Essa hipotetica morte não é evitavel. Este raciocinio deturpado é falta de reflexão ou demagogia?

Nem falta de reflexão nem demagogia. Neste momento esta morte é tão evitável como a da RMA: basta que abdiquemos de ter filhos. É isso que se pede aos casais que precisam da RMA. Quem quer colocar esse fardp nos outros deveria assumi-lo para si e para os seus também. Se não o assumem, isto prova que o argumento da morte dos embriões na RMA não serve só por si.

Mas há mais: É provável que num futuro próximo se desenvolvam técnicas que garantam a nidação com uma muito elevada taxa de sucesso. A partir daí, se o pré-embrião é pessoa humana a defender como pessoa adulta, será imoral usar os métodos tradicionais de procriação por colocarem desnecessariamente em risco a vida dos pré-embriões, sendo que é praticamente certo que durante alguns meses de relações desprotegidas há morte de pré-embriões.

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 12:57

Camilo

Nesta discussão tem-se gasto muito tempo a discutir pessoas ou a qualificar argumentos dos outros sem o justificar. Qual o interesse de chamar "infantil" a um argumento? Ou estar constantemente a escrever coisas como: "Mas como disse antes não compreendes-te isso."? Ou: "Este raciocinio deturpado é falta de reflexão ou demagogia?" Para quê fazer insinuações como "$uce$$o" que não se desenvolvem claramente?

Não percebo bem o que queres dizer com "O CA já se dirigiu a mim de forma identica à que me dirigi a ele". Referes-te ao facto de ter dito que a tua ignorância começava a provocar ruído? Disse isso porque não me passou pela cabeça que as incorrecções factuais muito graves que atribuías à RMA em geral ("Agora intencionalmente tentar criar 10 pré-embriões humanos quando só se tenciona usar 4 ou 5 é perverso.") fossem uma mentira deliberada.

Não faz qualquer sentido debater um assunto tomando como base afirmações falsas acerca da realidade que queremos discutir. Quando muito invocamos as nossas fontes e podemos discutir a credibilidade dessas fontes, o que até nos enriquecerá.

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 14:24

Olá católica Praticante e pontod vista
Vocêsão a mesma pessoa, não são?

Se for verdade a tua ética anda pelas ruas da amargura...
A C.P. já foi o Tozé Monteiro. Agora é pontosvista?

Que piada!!!

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 16:19

Citação:
Olá católica Praticante e pontod vista
Vocêsão a mesma pessoa, não são?

Não, Maria José. Não somos a mesma pessoa.

Mas vamos continuar a falar sobre pessoas e não sobre as ideias?

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 17:38

Maria José, posso-te assegurar de que são pessoas distintas.

Re: RMA
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 18:38

Mas os Bebés agora vão nascer a Espanha?
E depois ficam espanhois ou portugueses? lolol

Re: RMA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 22:00

A todos

Óptimo. Ainda bem que não são a mesma pessoa.
Estava a ficar muito desiludida com isso...achava jogo sujo...

Mas ó pontosvista como é que tu conheces tão bem o fórum e só te inscreveste tão recentemente?
Se quiseres responde... e outra pergunta: és a pontovista ou o?

Dirás isso nãp interesa para o debate... eu, pessoalmente, gosto de saber se estou a falar com um homem ou com uma mulher. Tenho direito a gostar, mesmo que tu discordes. Tudo bem. Não tenho direito a saber...

Uma pergunta algo provocatória: o que escreves é escrito por ti ou pela C.P.?
Já sei que não a mesma pessoa mas...podem fazer como fazem os políticos... pedem a outros que façam o discurso.... Fazem depois pequenas emendas...

Mas estamos a debater RMa. É isso que interessa.Não te vou responder pois que te dás ao "luxo" de designar certas pessoas como "detractores da RMA".

Eu não utilizo a tu linguagem mas se tal acontecesse designaria certas pessoas, que tu bem identificarás como "detractores da dignidade humana".

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 22:27

Maria José

Citação:
Mas ó pontosvista como é que tu conheces tão bem o fórum e só te inscreveste tão recentemente?
Se quiseres responde...

Não percebo porque é que dizes que conheço tão bem o fórum. Como dizes, inscrevi-me recentemente. Quando me disseste:

Citação:
Penso que já expliquei o suficiente para saberes a razão pela qual não aceito a FIVET.

fui ler as tuas intervenções neste tópico.

Citação:
e outra pergunta: és a pontovista ou o?

Sou "o".

Citação:
Dirás isso nãp interesa para o debate... eu, pessoalmente, gosto de saber se estou a falar com um homem ou com uma mulher. Tenho direito a gostar, mesmo que tu discordes. Tudo bem. Não tenho direito a saber...

Desde que passei a assinar com o link para o meu blog podias ter visto isso no meu perfil do Blogger.

Citação:
Uma pergunta algo provocatória: o que escreves é escrito por ti ou pela C.P.?
Já sei que não a mesma pessoa mas...podem fazer como fazem os políticos... pedem a outros que façam o discurso.... Fazem depois pequenas emendas...

Tudo o que escrevo é exclusivamente escrito por mim.

Citação:
Mas estamos a debater RMa. É isso que interessa.Não te vou responder pois que te dás ao "luxo" de designar certas pessoas como "detractores da RMA".

Depois desta conversa toda, quando chegas ao que é realmente importante é que resolves parar? Se o problema é eu ter referido detractores da RMA, não tenhas dúvidas que existem e são muitos. Se não te incluis no grupo basta dizê-lo. Eu não disse que o eras.

Citação:
Eu não utilizo a tu linguagem mas se tal acontecesse designaria certas pessoas, que tu bem identificarás como "detractores da dignidade humana".

Se o fizesses referindo-te a mim pedir-te-ia em primeiro lugar que explicasses porquê e de seguida tentaria explicar-te porque é que acho que essa classificação não era adequada. Se o fizesses relativamente a outra pessoa presente, certamente essa pessoa diria o que entendesse. Se o fizesses em relação a uma figura pública poderíamos discutir em que te baseavas para tal afirmação e poderíamos analisar os discursos e atitudes públicos dessa pessoa.

Globalmente, é a falar (ou a escrever) que a gente se entende. Queres contribuir para o debate "que interessa"?

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 23:19

Pontosvista

Obrigada pelos, poucos, esclarecimentos que fizeste.

Vou seguir o teu exemplo. Também esclarecerei pouca coisa , tal como tu...

!-Eu não sabia que era detractora da RMA. Mas fiquei a saber que, segundo o teu ponto de vista, eu sou.Fiz uma introspecção e concluí isso. Sou mesmo e a sério!!1 Com fervor, como diz a Católica Praticante. Não sabia que defendia uma "cartilha com fervor" mas já que dizem que o faço...tudo bem...

2-Sou uma defensora da dignidade da pessoa humana. Luto por isso.
Aqui e em todo o lado.

3-[Não digo o que não penso...não faço jogos duplos...não tenho pessoas conhecidas, que eu saiba, no fórum.

4- Sou contra a contra a FIVET

5- Defendo, com ardor, a adopção de crianças por famílias estruturadas (leia-se não defendo a adopção por casais homossexuais)

6- Tenho contribuído para o debate ao propor artigos relacionados com o tema em apreço.

Poucas respostas? OK. Tal como tu.

Escrevi isto e sabes qual a minha sensação: estou a ser alvo, por parte de ti, de um interrogatório à moda da inquisição. Ou então estilo pidesco...obrigas-me a responder...estou com sorte, estou longe e, por isso, não sofri torturas para dizer o que penso.

De futuro não me vou sujeitar a interrogatórios do tal estilo.
Viva a liberdade!!!
Aqui fui condicionada por ti. Não exercitei a minha liberdade. Fui na onda...mas não volta a acontecer, prometo-te...assim já sabes e não te chateias se eu não me apetecer responder-te.

Página actual: 14 de 29


Desculpe, apenas utilizadores registados podem escrever mensagens neste fórum.
Por favor, introduza a sua identificação no Fórum aqui.
Se ainda não se registou, visite a página de Registo.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.