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Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 18:48

Camilo:

"
Citação:
Estas aproximações à natureza são bastante caricatas
. "
Eu também acho. Só não compreendo é porque é que as usas permanentemente.
Quando falas quando falas na natural mortalidade dos pré-embriões, perante a qual nada há afazer, estás a fazer uma aproximação á Natureza.
Estás a usar um argumento de um conceito que embora resultante da cultura aponta para a noção de "natural". Essa destruição, como é natural, deve-se aceitar passivamente.

Mas se consideras que um embrião é uma pessoa, posição estritamente ideológica que já aqui defendeste várias vezes, como podes ter essa passividade perante a destruição de seres humanos, ainda que por causas "naturais’’?? Não seria um imperativo ético tudo fazer para tornar essas mortes evitáveis?

A morte natural de préembriões pode se reduzida drasticamente através de pesquisa na área da medicina reprodutiva , e sobretudo através da melhoria de técnicas de reprodução medicamente assistida.

SE areprodução natural é tão dramaticamente destrutiva de seres humanos , não podemos deixar nas mãos a natureza os mecanismos da reprodução humana.

Além disso a utilização da pílula anovulatória reduz quase a 100% a possibilidade de haver pré-embriões destruídos naturalmente.

Então a pílula deveria ser obrigatória como a única forma de contracepção. ( isto porque nos “métodos naturais”, a destruição normal de embriões é probabilisticamente muito maior) E todos os outros métodos contraceptivos, sobretudo os “naturais” deveriam ser imediatamente criminalizados.

Voltando à questão da inevitabilidade de da mortalidade "natural... O tal argumento de aproximação à natureza que tanto tens utilizado.

Achas que a mortalidade infantil natural é inevitável? Nada se deve fazer, para baixara “natural”" taxa de mortalidade infantil?? Achas que a mortalidade natural dos idosos, mesmo de 100 anos, é inevitável?? Nada se deve fazer para baixar a mortalidade e aumentar esperança média de vida?? Afinal, o que é natural é que, em média , morramos todos entre os trinta eos quarenta anos.

Então em que ficamos? Deve-se aceitar só porque é natural?

SE os pré embriões são seres humanos, como é possível que aceites com tanta indiferença e passividade a sua destruição em massa? Não estás a demonstrar um claro desprezo pela vida??

Ou a vida dos pré- embriões ó tem um valor acima de tudo se forem produzidos em laboratório , mas os que resyultarem dos processo naturais são absolutamente descartáveis??

Dois pesos e duas medidas? Um duplo padrão de avaliação moral?

Citação:
Para mim é completamente diferente uma morte devido a motivos naturais não dificilmente evitáveis e uma morte intencionalmente provocada
.”
SEM dúvida. Claro que essa questão não se coloca para as técnicas de PMA. Porque aí, o que se faz é uma vida intencionalmente provocada

Ana : A situação que colocas é preciasemnte igual ao deum mulher que engravida e o seu companheiro não aceita a gravidez.
.”
, porque não quer ser forçado a ser pai contra a sua vontade. É a mesmíssima coisa.

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 18:51

Camilo

Citação:
Até se podia dizer que se exterminassemos toda a população da terra o numero total de mortes nos proximos 200 anos diminuia. Estas aproximações à natureza são bastante caricatas.

Quem quer evitar mortes impedindo a procriação é o Camilo, não eu.

Citação:
Para mim é completamente diferente uma morte devido a motivos naturais não dificilmente evitaveis e uma morte intencionalmente provocada.

As mortes de pré-embriões na RMA não são provocadas. Acontece é que os pré-embriões morrem naturalmente se não se implantarem num útero.

Citação:
De resto continua a má vontade, nos dados que indicou é referido que aqueles valores são para mulheres até aos 41 anos, não até aos 38 anos.

A taxa média de sucesso para mulheres até aos 41 anos junta as taxas mais baixas de mulheres depois dos 38 anos e as taxas mais altas das mulheres mais jovens. Se considerar apenas mulheres entre 38 e 41 anos obterá taxas de sucesso mais baixas do que se considerar mulheres de qualquer idade inferior a 41 anos.

Citação:
E usou um exemplo que já de si favorecia a sua posição, uma mulher com mais de 35 anos. Se usasse um exemplo com uma mulher de 30 anos (as mulheres com menos possibilidades economicas tentam engravidar mais cedo) teria resultados diferentes.

Há mulheres de todos os níves económicos e de todas as idades com problemas de fertilidade e que precisam de FIV. Todas elas seriam afectadas (necessidade de muito mais tratamentos e atraso na idade de terem filhos) se se limitasse a criação de embriões como pretendiam os proponentes do referendo. O caso que escolhi nem sequer é raro e ilustra o que já tinha dito: a limitação irá impedir casais de terem filhos e para outros irá adiar muito essa possibilidade.

Acredito que o Camilo não goste de conhecer as consequências do que propõe, mas elas existem e são muito sérias.

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 19:09

pois não os matamos... pois, pois. É essa e mãe que pergunta à criança:

- Foste tu que puxaste o rabo ao gato?

- Não mãe, eu só o segurei, o gato é que puxou.

eu quero evitar mortes intencionais. E para mim esta situação é a de uma morte intencional.

CP, dizer que o embrião é uma pessoa não me parece uma posição ideologica. Já o caso do pré-embrião, que é o caso em questão, reconheço que os dados cientificos não são suficientes e a questão envolve aspectos filosoficos.
No entanto valorizo o suficiente a vida do pré-embrião para não a submetimar completamente ao desejo do casal a ter um filho.

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 20:06

"E para mim esta situação é a de uma morte intencional. "

Para ti. É uma ideia fixa que tens. Até podes inventar mais ..

Mas não corresponde á realidade.
É uma mentira absurda.

Re: RMA
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 20:57

não a sabia dona absoluta da verdade.

Re: RMA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 23:54

Muito importante

Sobre o tema em debate há notícias da Agência Ecclesia de 7/7/06. Se bem se lembram O presidente da A. R. Jaime Gama a propósico da petição do referendo propõs que fosse apresentado, pelos promotores, um projecto-lei.
Aqui vai a notícia de hoje:

Projecto-lei sobre a PMA apresentada pelos promotores da campanha pró-referendo
A Comissão Executiva da campanha nacional de recolha de assinaturas tendo em vista a realização de um referendo sobre Procriação Artificial (PMA) vai apresentar, na próxima segunda-feira, o projecto-lei a entregar ao Presidente da Assembleia da República, correspondente ao despacho do mesmo que o estabelece como condição de admissão da iniciativa. A apresentação tem lugar em Lisboa, no Palácio da Independência, no Rossio, durante um Encontro-almoço dos Mandatários da Petição Popular de Referendo da Procriação Medicamente Assistida.
O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, sugeriu ao Movimento Pró-referendo que apresentasse um projecto-lei sobre essa matéria que poderá depois ser sujeito a consulta popular. Só esse documento poderá ser depois sujeito a um referendo.
No despacho do presidente da AR, Jaime Gama diz ter levado em conta da Comissão de Saúde e da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, contrários à admissão da petição.
O comité Pró-referendo é de carácter laico e visa propor que, no país, exista um debate público sobre estas matérias. Mais informações em www.referendo-pma.org "
Aguardamos o projecto-lei

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de July de 2006 02:49

LEI PMA - CAVACO NÃO QUIS FISCALIZAR A CONSTITUCIONALIDADE

O Presidente da República não enviou para o Tribunal Constitucional a Lei da Procriação Medicamente Assistida.

Ao rejeitar a fiscalização pelos juízes do Tribunal Constitucional, o Presidente da República deverá, até à próxima terça-feira, decidir se promulga ou veta a lei.

O prazo legal dá ao Chefe do Estado oito dias para enviar para o Tribunal Constitucional um diploma que receba. Para a Lei da Procriação Medicamente Assistida, que chegou a Belém a 22 de Junho, o prazo já expirou. Até terça-feira, Cavaco Silva terá de decidir se promulga o diploma, tal como lhe foi pedido pelo PS, ou se veta a regulamentação da procriação medicamente assistida - objectivo dos que se têm batido pela realização de um referendo.

O pedido de análise constitucional tinha sido feito pela Ilga, organização de defesa dos direitos dos homossexuais, que considera que a lei, ao aceitar apenas o recurso à procriação medicamente assistida por parte de casais heterossexuais, discrimina os homossexuais.Também o CDS considera que a lei está ferida de "inconstitucionalidade formal", por o Parlamento não ter discutido a petição que pedia um referendo.
O líder do CDS/PP não chegou a fazer um apelo ao PR para o envio para o Tribunal Constitucional, mas reconheceu que essa análise "deveria ser feita". O PS, pela voz de Maria de Belém, afirmou confiar na promulgação por parte do Presidente: "Confio que o Senhor Presidente da República saberá interpretar e avaliar com o seu juízo a defesa dos interesses dos portugueses que há 20 anos esperam por esta lei. Quando nada é proibido, tudo é permitido."

PS rejeita recurso

O PS rejeitou ontem um recurso apresentado pelo PCP à decisão do presidente da Assembleia (AR), Jaime Gama, de "convidar" os autores da petição que pede um referendo à PMA a juntarem um projecto de lei à iniciativa. Uma decisão contestada pelos comunistas, que defendem que o pedido de referendo não pode ser admitido a discussão, dado que a lei não permite uma iniciativa deste género, quando esteja concluído o processo legislativo sobre a matéria a que se reporta o pedido de consulta popular.
Numa reunião que se prolongou por duas horas, foi evidente a preocupação do PS em defender que a decisão de Jaime Gama não tem um carácter definitivo - "O Presidente da AR está a procurar reunir os elementos necessários para formar uma decisão", defendeu o socialista Vitalino Canas. De tal forma a maioria insistiu na ideia que acabou por impor a sua inclusão nas conclusões do relatório final, uma alínea que contou com o voto contra de toda a oposição. Já com as alterações introduzidas pelos socialistas, o parecer que defendia a rejeição do recurso foi então aprovado, com os votos do PS, PSD e CDS. Foi o término de um verdadeiro imbróglio formal em torno da decisão de Gama, durante o qual o PS deixou também antever que, caso os peticionários venham a apresentar um projecto de lei, os socialistas não aceitarão que a iniciativa repita as 76 mil assinaturas já recolhidas."

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de July de 2006 02:50

Fonte - JN

Re: RMA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 11 de July de 2006 00:06

Penso que interessa a todos.

Em T.S.F.
Aqui vai todo o texto:

"REPRODUÇÃO
Defensores de referendo entregam projecto-lei
Os defensores do referendo sobre a reprodução medicamente assistida entregaram esta segunda-feira à tarde, no parlamento, um projecto-lei sobre a matéria que diverge da lei aprovada recentemente em questões como os embriões excedentários e tratamentos com recurso a dadores..

( 21:34 / 10 de Julho 06 )

Este projecto-lei surge após uma recomendação do presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, os defensores de um referendo sobre PMA deixaram hoje o documento no Parlamento, ressalvando que não foi este o objecto da petição que reuniu 80 mil assinaturas, mas sim a realização de um referendo sobre a matéria.

O projecto de lei hoje apresentado diverge do que já foi aprovado no Parlamento - e aguarda posição do Presidente da República - em sete pontos.

O documento dos defensores do referendo não admite a criação de embriões humanos excedentários nem o uso de embriões humanos para manipulação ou experimentação.

No diploma aprovado pela Assembleia da República em Maio passado, é referido que os embriões resultantes dos tratamentos de infertilidade que não sejam transferidos
«devem ser criopreservados, comprometendo-se os
beneficiários a utilizá-los em novo processo de
transferência embrionária no prazo máximo de três anos».

Após este prazo, os embriões podem ser «doados a outro casal, cuja indicação médica de infertilidade o aconselhe» ou utilizados em investigação.

Os defensores do referendo estão contra a reprodução heteróloga - recurso a bancos de esperma ou ovócitos de um terceiro elemento alheio ao casal -, enquanto a iniciativa parlamentar autoriza esta técnica.

De fora da proposta dos defensores do referendo fica o Diagnóstico Genético Pré-Implantatório (DGPI), uma técnica que permite identificar anomalias em embriões, antes da sua transferência para o útero e que é autorizada no diploma parlamentar.

O projecto-de-lei hoje entregue não admite a clonagem humana e cria o instituto da adopção embrionária, estabelecendo ainda, «de acordo com o quadro penal
português aplicável aos crimes contra a integridade física,
um regime sancionatório adequado às violações previstas no
diploma».

Esta proposta está em sintonia com a aprovada no Parlamento na sua questão mais polémica: o acesso."

Vamos ver o que acontece...como respira a A.R. (democratia ou ditadura)...

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 11 de July de 2006 12:22

Citação:
Cavaco Silva promulga lei sobre PMA e envia mensagem à AR
O Presidente da República, Cavaco Silva, promulgou hoje a lei sobre Procriação Medicamente Assistida e enviou uma mensagem à Assembleia da República para explicar a sua decisão, anunciou a Presidência.

Na mensagem enviada à Assembleia da República, Cavaco Silva afirma que não encontrou «especiais razões de mérito» para vetar e pedir uma reapreciação do diploma, mas chama a atenção para duas questões: a necessidade de regulação complementar da lei e para as condições de independência da composição do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida.

O Presidente adverte para «a necessidade de regulação complementar no domínio da protecção efectiva da vida humana embrionária - um imperativo tanto mais relevante quanto se dá o caso de o objecto do diploma transcender o âmbito restrito da procriação medicamente assistida».

Por outro lado, alerta para «a composição e condições de funcionamento do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida».

Quanto a este órgão, é necessário «garantir a independência, multidisciplinaridade e pluralismo dos seus membros, a transparência dos seus procedimentos», afirma Cavaco Silva na mensagem ao Parlamento, divulgado pelo site da Presidência da República.

A lei sobre a Procriação Medicamente Assistida foi aprovada em Maio pelo PS, PCP, Bloco de Esquerda e oito deputados do PSD. Votaram contra o CDS e a restante bancada do PSD.

Diário Digital / Lusa

11-07-2006 11:37:00

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 11 de July de 2006 23:20

Pontosvista
Obrigada por teres colocado a notícia da aprovação pelo P.P.
Ouvi-a na TSf às 12H30m

A todos
Agora li uma outa da agência Ecclesia de 11/7/06 que me chegou (estou inscrita)

Aqui vai e hoje não dá para fazer comentários, estou cansada. além disso é apenas uma informação.

Aqui vai:


--------------------------------------------------------------------------------

> Conferência Episcopal vai publicar instrução pastoral sobre a PMA
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) vai publicar uma instrução pastoral sobre a temática da Procriação Medicamente Assistida (PMA), dirigida aos fiéis, procurando indicar que comportamentos devem assumir os cristãos perante esta situação. A informação foi avançada à Agência ECCLESIA por D. Carlos Azevedo, secretário da CEP.
Hoje, o Presidente Cavaco Silva promulgou a lei sobre PMA, aprovada em Maio pelo PS, PCP, Bloco de Esquerda e oito deputados do PSD. A nova lei destina-se a casais heterossexuais, maiores de 18 anos, e contempla técnicas como a doação de espermatozóides, ovócitos e embriões de dadores anónimos, abrindo também as portas à investigação com embriões excedentários (resultantes de tratamentos de infertilidade).
A lei proíbe a maternidade de substituição e a clonagem com fins reprodutivos, mas não deixa de fora o chamado diagnóstico pré-implantatório, ou seja, a selecção dos embriões mais viáveis, com a eliminação dos restantes.
Em Janeiro deste ano, o Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) tinha publicado uma nota sobre a procriação medicamente assistida, na qual apontava uma série de "limites" à Lei que regulará essa prática no nosso país. "Este método deve atender ao direito da criança que irá nascer, como fim em si mesma e não resultado de um direito paterno ou materno sem limites", apontava a CEP.
O documento dos Bispos, dirigido aos governantes, mostrava-se contrário à criação de embriões humanos excedentários e não admitia o uso de embriões humanos para manipulação ou experimentação. A reprodução heteróloga, o diagnóstico pré-implantatório com fins eugénicos ou selectivos e a clonagem humana são outros pontos de divergência.
A CEP lembrava que o embrião é "uma vida humana dotada de dignidade", pelo que os Bispos consideram que as técnicas usadas devem evitar a existência de embriões excedentários, "mesmo destinados a uma segunda gravidez do casal".
"De nenhum modo estes embriões sejam utilizados para a investigação, enquanto vivos", referia o documento.
Algumas das outras ideias defendidas pelos Bispos, como a proibição das chamadas "barrigas de aluguer" e da utilização destas técnicas por casais homossexuais, estão abrangidas por esta nova lei"

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 16 de July de 2006 21:16

Foi publicado o projecto de lei dos proponentes do referendo nesta página.

Este projecto introduz uma limitação muitíssimo grave que não estava prevista nas três perguntas nem decorre delas. Qual é?

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 19 de July de 2006 22:55

Esperava alguma reacção ao desafio do post anterior.

A limitação introduzida nesta proposta de projecto de lei era referida nas notícias dadas no primeiro semestre de 2004 sobre o que estaria em discussão no CNECV. O parecer do CNECV acabou por não incluir essa limitação. Muito menos estava nas três perguntas.

Uma das vantagens desta proposta é que, se houvesse um referendo, esta limitação seria um poderoso argumento para votar contra este projecto de lei. Será que os defensores do não às três perguntas do referendo acham que o projecto agora apresentado está muito bem como está?

E os proponentes do projecto de lei? Será que sabiam o que estavam a fazer?

Se não sabiam e são eles que apresentam o projecto, que credibilidade têm?
E se sabiam, que pensar de quem usa o mandato das três perguntas para introduzir algo muito grave (eu pessoalmente considero desumana a limitação), que não tem nada a ver nem com a letra nem com o espírito das perguntas?

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 15 de August de 2006 21:35

Numa entrevista a jornais alemães disse o Papa a propósito do aborto:
Citação:

É curioso notar que Bento XVI não se refere à concepção como o momento do início da pessoa humana.

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 29 de August de 2006 22:31

A possibilidade de extrair uma célula de um embrião sem inviabilizar o embrião deu origem a uma interessante reacção do Vaticano

Destaco:
Citação:
O monsenhor Elio Sgreccia, que preside à Academia Pontifícia para a Vida, disse numa entrevista à Rádio Vaticano que o método para obter células estaminais desenvolvido por cientistas da Advanced Cell, em Alameda, Califórnia, continua a representar uma forma de reprodução "in-vitro". "E isso, de um ponto de vista que não é só católico, mas de um ponto de vista das razões bioéticas, é um factor negativo", declarou Sgreccia.

Há uma "embirração" com a fertilização in vitro que muitas vezes é disfarçada com a defesa da "vida". Mas neste caso as motivações são posta em claro.

Citação:
Contudo, notou Sgreccia, o novo método não tem em conta que mesmo aquela única célula removida pode teoricamente evoluir para um ser humano totalmente desenvolvido.

Mas então quantos seres humanos havia no conjunto de células original? Um por cada célula? Querer ver um ser humano em cada célula que poderia eventualmente dar origem a um ser humano conduz a estes paradoxos.

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 30 de August de 2006 11:05

Acho esta questão muito complicada.

Não assinei o referendo precisamente por causa disso.

As perguntas, como se pode ver na Lei, acabam por não fazer sentido. O pensamento católico coincide com a lei a nível da questão do número de embriões e da maternidade de substituição. Quanto à pergunta da família, acho que não faz sentido nenhum. Só a questão da "relação estável"... Então haveria poucos casais a terem filhos!


Quanto às últimas notícias, não sei bem o que pensar. Preciso de conhecer melhor as coisas.


Só acho é que se deveria dar mais atenção aos referendos. Quer-se fazer referendos por tudo e por nada. Neste caso a questão é muito importante e delicada, mas a maioria das pessoas não percebe nada do assunto. Aliás, eu vi como as pessoas assinavam a petição do referendo. Em muitos dos casos, via-se que não percebiam nada daquilo, mas como era algo divulgado pela Igreja, toca a assinar.


MJ

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 30 de August de 2006 11:31

Se, como afirmou o papa :

"a pessoa humana tem início no seio materno"

é porque antes da implantação no útero não há pessoas humanas, como é o caso de pré embriões obtidos "fora do seio materno", através de técnicas de RMA.

Claramente que Bento XVI não se refere à concepção como o momento do início da pessoa humana.

Aliás este papa tem escrito numerosos textos contrA OA ABORTO, MAS NEM UM ÚNICO OU UMA ÚNICA REFERÊNCIA CONTRA A CONTRACEPÇÃO OU AS TÉCNICAS DE RMA.

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 30 de August de 2006 11:38

Citação:
"Aliás, eu vi como as pessoas assinavam a petição do referendo. Em muitos dos casos, via-se que não percebiam nada daquilo, mas como era algo divulgado pela Igreja, toca a assinar
"

Mais grave ainda, havia pessoas que assinavam enganadas....

Re: RMA
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 25 de September de 2006 15:14

Vejam aqui:[www.catolicanet.com]

Re: RMA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 26 de September de 2006 12:00

Vem a propósito
Notícias da Agência Ecclesia de 25/9/06

Aqui vai:

"> Referendo sobre a PMA ainda em discussão
A Comissão Parlamentar da Saúde convocou uma audição com o Comité Pró-Referendo da Procriação Artificial (PMA). A iniciativa terá lugar amanhã, 26 de Setembro, às 16h00, no Palácio de S. Bento.
Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o Comité Coordenador da campanha nacional de recolha de assinaturas tendo em vista a realização de um referendo sobre a PMA assinala que "esta audição antecede a formal admissão da nossa Petição, seguindo-se-lhe a elaboração de Relatório por um dos deputados, membros daquela Comissão, e o agendamento da discussão em plenário".
Após este passo, os partidos com representação parlamentar terão de decidir qual o sentido de votação de uma proposta de referendo que recolheu até agora a assinatura de 82 mil cidadãos portugueses.
Integrarão a delegação deste Comité as seguintes pessoas: António Gentil Martins, médico cirurgião; Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida; José Pedro Ramos Ascensão, membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida; Sofia Guedes, artista plástica; Catarina Almeida, estudante universitária; Sofia Maleitas, doméstica; e ainda (aguarda-se confirmação) António Bagão Félix.
Para mais informações sobre a Petição consultar www.referendo-pma.org"

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