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Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 29 de October de 2006 03:05

Caro Paulo:

Peço que me esclareças:

a) Quem são os «illuminati daqui» a que te referes?

b) Por que razão são «illuminati»?

c) Qual é a tal realidade do mundo a que te referes? [Que entendes tu por realidade?]

Alef

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Paulo (IP registado)
Data: 29 de October de 2006 15:29

Caro Alef

Muitos somos os Illumiati... não do Dan Brown, mas uma especie de iluminados, tão certos das nossas reflexões.
Um dos grande problemas deste forum, equipara-se a um forum sobre energia nuclear. Fala-se de isotopos etc,realidades quanticas. Mas o comum dos mortais o que quer é quando liga o interruptor haja luz.
Muitas das discussões são tão académicas, de gente tão sabia, que leu tanto e reflectiu tanto. Mas que ao nivel das pessoas comuns, cristãos descomprometidos, e até nao cristãos, ficam sem entender absolutamente nada.
Este tema do Inferno, é curioso, a maioria dos jovens que são crismados todos os anos, nao acreditam no diabo. Nem se trata dos estereotipos que criamos do diabo. Não acreditam no diabo ponto final.
Um grupo de Jovens (25) o ano passado, todos disseram que o inferno não existe, servia para meter medo as crianças. O Inferno é como o pai natal. etc.
Vamos para fora da Igreja, numa escola perto de mim foi dito que tal como os Muçulmanos tem o ramadão, os catolicos tem a quaresma.
Quem está no terreno no dia a dia, com pessoas simples, e não mestres de teologia, apercebe-se de outro tipo de questões tão diferentes das iluminadas aqui.
Andou-se para aqui a falar em zigotos, celulas indiferenciadas etc. Achas que dona Adozinda de Trancoso, que trabalha de sol a sol e mal sabe ler, sabe o que é um zigoto? Ou isso lhe vai importar alguma coisa?
Criticamos o Latim na Liturgia.
Este forum as vezes é Latim na liturgia da vida.
O povo não o entende.
Isso aplica-se a todos.
Em primeiro lugar a mim Alef.
Bom Domingo da Ressurreição.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 30 de October de 2006 15:02

Falas do livro " O anticristo" " poder oculto por trás da nova ordem mundial"-por Robin de Rutier? uma tal de 13 º linhagem satânica...representantes das principais familias iluminadas que se reunem para a festa da Besta...

D. :Estevão Bettencourt esclarece - fev2006 -nº524 - sobre essa frase:
"A 13º linhagem concebida com o mesmíssimo sêmem fornecido por Satanás...Eles são a semente de satanás"
-Notemos que Satanás sendo espírito incorpóreo, não pode conceber semente humana- A cópula do anjo mau com mulheres foi professada por judeus e cristãos da antiguidade, mas é tese que não resiste ao crivo da Lógica.
Fica portanto excluida a existência de um descendente de Satanás oculto na Inglaterra.

proclamamos Cristo-Rei - Jo12,31.

O anticristo
Significa duas coletividades, a saber: O PODER POLÍTICO, que em qualquer época seja contrário á Igreja, coisa que sempre existiu e existirá, e o PODER DAS FALSAS RELIGIÕES OU FILOSOFIAS que , também por todo a história, travam luta contra a Verdade trazida por Cristo.



Editado 1 vezes. Última edição em 30/10/2006 15:06 por Chris Luz BR.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 30 de October de 2006 15:17

A imagem do chifrudo não é uma associação ao deus romano Mitra ? um deus-touro.

Haviam "mithraeum" na Colina Vaticano, em Roma
construimos algumas igreja encima de antigos mithraeum, aonde se cultiavam o deus-touro Mitra, e com a necessidade de acabar com essa idolatria se associou Satanás a um ser chifrudo?

Concílio de Toledo, em 447, a Igreja publicou a primeira descrição oficial do diabo, a encarnação do mal: um ser imenso e escuro, com chifres na cabeça. Como Mithra."

Sabemos que Satanás não tem corpo ,pois como todos os anjos criados é puro espírito.



Editado 2 vezes. Última edição em 30/10/2006 15:33 por Chris Luz BR.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 09:44

Tenho tentado não alimentar polémicas que depois só me fazem sentir revoltado e ter atitudes pouco condizentes com a caridade cristã. Não me contenho e tenho que perguntar algumas coisas...

Paulo, tens razão que aqui se falam coisas que o comum dos mortais não decifra ou muito menos se interessa. Mas será que não deverá haver espaço para todos os gostos? Ou achas que só deveria discutir aquilo que a maioria percebe ou quer falar?

Depois ainda outra coisa em que é a existência do Inferno ajuda na catequese e na formação de cristãos empenhados, responsáveis e devotos?

S7v7n,

Quando mostras os argumentos de ateus, revelaste mais a sua má educação do que a sua falta de fé. O que achas que levaram estas pessoas a negar a existência de Deus e que papel têm a Igreja para contribuir para essa atitude/convicção?

Em comunhão

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Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 09:46

Já tinha postado este texto antes mas acho que nunca é demais lembrá-lo...

Citação:
Carta de Taizé
Um cristão deve acreditar no inferno?
Um cristão deve acreditar no inferno?
Houve um tempo em que a pregação cristã mencionava obrigatoriamente o inferno quando se dirigia a cristãos indiferentes ou refractários. Nos dias de hoje, pelo contrário, a própria noção de um tal castigo escandaliza, de tal forma parece contradizer a fé num Deus de amor. Será que Cristo poderia realmente consentir a perda definitiva de alguém por quem deu a vida até ao fim?

Toda a reflexão sobre o sentido desta doutrina difícil deve começar por uma constatação surpreendente: só com o Evangelho é que aparece o inferno propriamente dito! As Escrituras hebraicas, o nosso Antigo Testamento, fala da «mansão dos mortos», morada dos mortos situada sob a terra. Lugar sombrio, país do esquecimento de onde ninguém regressa (ver Salmo 88,9-13; Job 7,9), a «mansão dos mortos» (Sheol) é como que uma transcrição em termos espaciais da realidade da morte. Nesse sentido, é «o lugar onde se reúnem todos os mortais» (Job 30,23), embora o facto de que Deus não esteja aí indique uma certa afinidade com o pecado.

Se Deus é o Deus da vida, poderá contudo resignar-se a que a morte tenha a última palavra? Os crentes clamavam uma certeza louca: «Tu não me entregarás à morada dos mortos, nem deixarás o teu fiel conhecer a sepultura» (Salmo 16,10). A sua esperança contra toda a esperança levou alguns em Israel a esperar uma ressurreição no fim dos tempos. E essa espera da fé entrou na história através de Jesus Cristo, «o primogénito de entre os mortos» (Colossenses 1,18) e assim «o primogénito de muitos irmãos» (Romanos 8,29).

A fé em Cristo ressuscitado dá a certeza de que a morte não é o fim inelutável da humanidade. O amor de Deus é mais forte, como o mostra o ícone russo onde Cristo desce à «mansão dos mortos» para rebentar com as portas e libertar os cativos. Em consequência, «o local de perdição» muda radicalmente de carácter. Longe de ser o local de onde Deus parece estar ausente, manifesta a partir de então a realidade do pecado à luz de Cristo. Traduz em categorias espaciais «a segunda morte» (Apocalipse 20,6), quer dizer a recusa obstinada de acolher o amor que Deus oferece sempre e a todos. A noção de inferno revela assim duas facetas essenciais do amor incondicional de Deus: respeita plenamente a liberdade humana, mas continua apesar disso presente para cada um de nós, até numa eventual recusa. Exprime, de forma paradoxal, a boa nova de que a luz brilha por todo o lado, mesmo para aqueles que conservassem os olhos fechados por medo ou despeito.

Esta situação será definitiva? Vistos de dentro, os nossos infernos parece que nunca têm saída. Mas existirá realmente uma criatura que possa vencer através da sua recusa a paciência de Deus? Pobre de Deus, Jesus Cristo não se impõe. Mas «não desanimará, nem desfalecerá» enquanto a sua missão de levar a paz a todo o lado não se realize (ver Isaías 42,2-4), e a sua fraqueza é mais forte do que a força humana (ver 1 Coríntios 1,25).

Jesus fala do inferno?
Longe de oferecer descrições literais e objectivas de realidades espirituais, as palavras de Jesus têm por finalidade fazer-nos entrar na verdade sobre Deus e sobre nós próprios. Jesus só fala e age para transmitir a boa nova do que Deus está a realizar no mundo, e para convidar as pessoas a participarem dizendo um sim que comprometa todo o seu ser a segui-lo. De certa forma, todas as declarações de Jesus são só um desenvolvimento das suas primeiras palavras no Evangelho de Marcos: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho» (Marcos 1,15).

Ao mesmo tempo, Jesus adapta esta mensagem à condição dos seus ouvintes. Não fala a mesma linguagem para todos. Para se fazer compreender, utiliza as categorias e as expressões familiares aos seus interlocutores. Como São Paulo depois dele, procura fazer-se «tudo para todos, para salvar alguns a qualquer o custo» (1 Coríntios 9,22).

Assim, quando é confrontado com homens que se recusam a levá-lo a sério, nomeadamente as elites da nação que acham que já sabem tudo sobre Deus e os seus desígnios, Jesus utiliza fórmulas duras a exemplo dos profetas, para tentar abalar a sua arrogância ilusória. Chega a ameaçar os mestres da religião, que se crêem irrepreensíveis, mas que, na realidade, ocultam o caminho de Deus, com «a Geena do fogo» (Mateus 23,33; ver 5,22). A «Geena», ou o Vale de Inon, era um local perto de Jerusalém onde se queimavam os lixos. Antigamente tinha sido o local de um culto ao deus Moloch que comportava sacrifícios humanos.

Se Jesus fala assim, é porque quer tentar tudo a fim de penetrar a coiraça endurecida de algum grupo. Mas nunca brinca com a má consciência. Pelo contrário, quando se encontra perante pessoas que julgam estar longe de Deus – uma mulher adúltera (João 8), um rico comprometido (Lucas 19) – só tem palavras de acolhimento e de compreensão. Uma das queixas contra ele é que é «um amigo dos pecadores» (Mateus 11,19).

É o pior dos contra-sensos, então, apoiar-se sobre as palavras severas de Jesus a fim de meter medo e utilizar esse medo para chegar aos seus próprios fins, mesmo que sejam espirituais. Quem age dessa forma apresenta uma caricatura de Deus que afasta da verdadeira fé, e é afinal em relação a essas pessoas que Jesus tem palavras particularmente intransigentes (ver Mateus 18,6). O facto de Jesus por vezes invocar a possibilidade de o homem se perder explica-se na realidade pela sua sede ardente de comunicar a água viva do Espírito a cada ser humano, pela sua certeza de que a verdadeira felicidade se encontra unicamente numa comunhão de amor com o seu Pai.

Em comunhão

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Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 10:36

Tilleul,

Citação:
Quando mostras os argumentos de ateus, revelaste mais a sua má educação do que a sua falta de fé. O que achas que levaram estas pessoas a negar a existência de Deus e que papel têm a Igreja para contribuir para essa atitude/convicção?
Não concordo nada com isso. Eu mostrei a sua falta de fé que é complementada com a má educação. Não sabes bem do que falo. Já tenho tido alguns diálogos com eles. Sei bem do que estou a falar no que toca a renegar Deus. Há um até que me disse uma vez que Deus não pode existir porque existem as doenças/vulcões etc, que matam pessoas. Ora se Deus fosse mesmo bom, não iria querer que nós morressemos. Por isso, este Deus cristão que se fala é falso. Argumentos assim. Eu queria-te ver a iniciar um discurso sobre Deus nesse sítio. Ali só existe espaço para dizer mal de Igreja Católica e de Deus em geral.

Citação:
O que achas que levaram estas pessoas a negar a existência de Deus e que papel têm a Igreja para contribuir para essa atitude/convicção?
O que eu vejo é que essas pessoas renegam Deus a todo o custo. Parece que os estás a desculpar das suas convicções. Como se eles não soubessem ver as coisas. Muita gente odeia a Igreja por causa das suas normas, da sua maneira de ser, pela sua doutrina. Outros odeiam não só a Igreja mas toda a espécie de religião. Outros vivem na dúvida e tentam compreender o que sentem. Há para todos os gostos. A culpa da falta de fé não pode ser aplicada à Igreja. Os seus membros erram como todos os seres humanos erram. Mas quanto a isso só temos de aprender quando se descobre um erro e não o fazer mais. Eu não vivo a pensar nos erros que a Igreja instituição faz. Eu vivo a minha fé pela sua doutrina que me é apresentada. E aceito-a.

Agora sobre o inferno.

É simples. Tu preferes acreditar nos textos de Taizé. É contigo. Eu acredito na minha Igreja Católica. Mas então se não existe Inferno porque é que eu não posso levar uma vida de devassidão, de degredo e de tudo que possa ser mau para mim e para os outros. Eu vou salvar-me na mesma. Posso começar a partir de hoje a não ir mais à missa e a não me confessar mais. Acaba-se com a religião por completo. Quando morrer, vou para o céu na mesma. Porque como é dito nesse texto aí, Deus não me ia deixar ficar sem me levar para o céu.
Eu sou católico, e acredito na Igreja Católica. Tu, fazes o que quiseres. E acreditas em quem quiseres.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho



Editado 1 vezes. Última edição em 31/10/2006 10:46 por s7v7n.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 11:44

"Mas então se não existe Inferno porque é que eu não posso levar uma vida de devassidão, de degredo e de tudo que possa ser mau para mim e para os outros. Eu vou salvar-me na mesma".

Não percebi bem: significa então que o Inferno é uma necessidade? Isto é, tem de haver Inferno e Diabo para que eu tenha medo e, por essa razão, não peque? É o Inferno, nesse sentido, algo necessário no plano divino para "conter" os pecadores? Dificilmente se encontrará doutrina menos católica...
Onde cabe o Inferno, no plano divino? Esta é a questão, caro Paulo... se pensares, verás que estás mais próximo da Igreja do que mostras, apesar das declarações.

Só mais um pormenor: dificilmente encontrarás um texto sobre o Inferno mais próximo do ACTUAL pensamento da Igreja do que aquele que o Tilleul postou...


Abraço fraterno,

Miguel

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 12:08

rmcf,

Citação:
Não percebi bem: significa então que o Inferno é uma necessidade? Isto é, tem de haver Inferno e Diabo para que eu tenha medo e, por essa razão, não peque? É o Inferno, nesse sentido, algo necessário no plano divino para "conter" os pecadores? Dificilmente se encontrará doutrina menos católica...
Já estava à dessa. Mas tudo bem. Eu não vivo no medo do inferno. Não estou na Igreja por medo do inferno. Não digo que gosto de Deus por medo ao inferno. Mas o inferno é uma realidade. E é comprovado pela igreja. Quem rejeita Deus, e morre rejeitando Deus, vai para o inferno. Isto choca-vos e não querem acreditar. Paciência. Deus não obriga ninguém a estar com Ele. Deus não age contra a nossa vontade. Deus chama-nos. Somos livres de ir ou de não ir. O înferno é algo que existe e que espalha o mal. Deus, a Igreja alerta-nos disso. Pede-nos atenção. Não pede para vivermos no medo. Porque quem tem Deus no coração não tem de viver a pensar no inferno. Porque é que existem os pecados graves? Porque é que nos confessamos? Não é para nos redimir do nosso mal para com Deus?

De qualquer maneira não chegaste a respoder à questão. Rodeaste-a por outro caminho. Por isso deixo-a na mesma.

Se não existe inferno porque é que eu tenho de me portar bem? Se eu fizer o mal, vou para o paraíso à mesma. Por isso, se não existe nada que me possa afastar do plano da salvação porque esse já é garantido, posso levar a vida que quero.

Ah, e esse texto não reflete nada a posição da Igreja Católica. (Basicamente fala porque se deve renegar o inferno.) Ou já teriam posto algo do género para nos contradizer. A Igreja acredita no inferno. Basta irem consultar o catecismo. Penso que já o postei aqui. É uma questão de se irem informar. De qualquer maneira esse texto fala em cristãos apenas. Cristãos podem ser muitas pessoas como protestantes/católicos. Mas acreditam em outras coisas. E eu como já disse, eu acredito na minha igreja. Vocês acreditam no que quiserem.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 14:07

Peço desculpa,

tu é que não respondeste! Onde entra o Inferno no plano divino?

Disseste:

Citação:
Se não existe inferno porque é que eu tenho de me portar bem? Se eu fizer o mal, vou para o paraíso à mesma. Por isso, se não existe nada que me possa afastar do plano da salvação porque esse já é garantido, posso levar a vida que quero.

Alguns pontos:

1. Eu não tenho de me portar bem porque existe Inferno. Essa é uma concepção pagã e intoleravelmente maniqueísta rejeitada por todos os Padres da Igreja. A 'bondade' nasce da relação com Deus e da presença, muitas vezes não perceptível por mim, de Deus na minha vida.

2. Se eu fizer mal, não vou para o Paraíso, porque eu mesmo o recuso. E a recusa do Paraíso é a recusa consciente da presença de Deus.

3. O perdão absoluto e completo de Deus é a mais maravilhosa novidade do Cristianismo, católico e não católico. A percepção de que em Deus só há Amor é a grande novidade do anúncio de Cristo. O perdão é incondicional.

4. Isso não significa que eu me possa portar mal, porque assim como assim vou para o Paraíso. Isso é já a negação consciente da presença de Deus. E essa é uma negação que parte de mim, e não d'Ele.

5. A possibilidade do meu Arrependimento sincero, do reinício da minha procura de Deus, em qualquer ponto da minha Vida, mesmo post mortem, é uma realidade que a Igreja defende. O que importa é a sinceridade desse voltar para Deus.

6. Em última instância, todos se podem salvar, porque em todos há a possibilidade do regresso Sincero e de todo o Coração a uma relação com Deus. Não é ele que o vai impedir. Seremos sempre nós. Se não formos para o Paraíso, é porque recusamos Deus.

7. O Cristianismo não é Legalista, como o próprio Evangelho afirma.

8. Eu também sou Católico e com responsabilidades na Igreja. Eu, como tantos outros Católicos e até membros da hierarquia, eu, que formo a Igreja, não acredito na visão medieval, popular e ingénua de um qualquer satanás ou de um Inferno.

Abraço fraterno,


Miguel

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 14:42

Miguel,

eu acho que ainda não percebeste. Quando eu dei aqueles exemplos, os mesmos não refletem a minha maneira de pensar. Mas sei quem pense assim. Como eu já o disse, eu não vivo com medo do inferno. Mas sei que ele existe. Isso é confirmado pela minha Igreja. E pela tua também ao que me parece. Porque é a mesma.

E vou saltar para o ponto 6 porque é o que mais reflete o assunto que quero falar.

Citação:
6. Em última instância, todos se podem salvar, porque em todos há a possibilidade do regresso Sincero e de todo o Coração a uma relação com Deus. Não é ele que o vai impedir. Seremos sempre nós. Se não formos para o Paraíso, é porque recusamos Deus

É isso que tu pensas então? Porque disseste se não formos para o paraíso? Então se não existe inferno vamos de certeza para o paraíso. Tenhamos feito ou não a vontade Deus. É isso que vocês estão a dizer. Qualquer um que faça coisas más, e veja que vai ter com Deus à mesma que nada o impedirá, nunca se irá esforçar para reflectir a sua vida e pensar que esse tal caminho que tem na sua vida, não o leva ao encontro com Deus. Dá uma total liberdade à pessoa para fazer o que queira sem que possa recear alguma coisa.

E por favor, não estou a falar de mim. Mas há muitas pessoas que pensam assim. Não tenho dúvidas. E pode-se pensar também assim: E qual é o problema em pensar assim? Que mal é que me pode acontecer? Vou para o inferno? O inferno não existe.

Vamos a ver se é desta que nos entendemos.

Citação:
eu, que formo a Igreja, não acredito na visão medieval, popular e ingénua de um qualquer satanás ou de um Inferno.
Não acreditas no inferno e no satanás que a tua igreja te diz que existe é assim? Achas que ela está errada?

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho



Editado 1 vezes. Última edição em 31/10/2006 14:42 por s7v7n.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 15:10

Assumindo que há quem recuse Deus então vai para onde?

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 15:13

S7v7n,

"Por isso, este Deus cristão que se fala é falso. Argumentos assim. Eu queria-te ver a iniciar um discurso sobre Deus nesse sítio. Ali só existe espaço para dizer mal de Igreja Católica e de Deus em geral."

Olha por acaso tento na medida das minhas possibilidade de tempo tentar criar algum diálogo num conhecido site ateísta.

"Deus não pode existir porque existem as doenças/vulcões etc, que matam pessoas."

Peço desculpa mas isto é mais natural e honesta forma de questionar a existência de Deus. Isto revela mais ânsia de um bem maior do que propriamente falta de valores cristãos. Se algumas vez tiveste alguma crise de Fé, tiveste a morte de um familiar, se questionas o sentido do Holocausto e das bárbaries perpetuadas por regimes de todas as cores, feitios e ideologias, será que não é normal perguntar "Onde estás?" ou "Senhor porque me abandonaste?"

Dizes que

"A culpa da falta de fé não pode ser aplicada à Igreja.Os seus membros erram como todos os seres humanos erram. Mas quanto a isso só temos de aprender quando se descobre um erro e não o fazer mais. Eu não vivo a pensar nos erros que a Igreja instituição faz. Eu vivo a minha fé pela sua doutrina que me é apresentada. E aceito-a."

Desculpa mas isto para muitas pessoas não chega... Não podes aplicar a mesma medida a todos só porque para ti é suficiente...

É pena que a tua devoção seja por medo do Inferno e não por Amor a Cristo.

Em comunhão

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 15:14

A Igreja actualmente não acredita na versão medieval do Inferno e dos seus 'seres'.

E por que razão o Inferno há-de ser um lugar?

Abraço fraterno,

Miguel

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 15:28

Não respondeste.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 16:28

Deixei implícito caro Camilo: não, não acho que o Inferno seja um lugar. Será mais o Estado em que as pessoas se encontram sem Deus, onde o amargor, o ódio e a infelicidade interiores imperam. Mas, não é um lugar...

Para onde vão as pessoas que não vão para o Paraíso? Francamente não sei, e a própria Igreja utiliza a liguagem figurada das Escrituras, para mostrar essa incapacidade de definir exactamente o que acontece. Sei que as espera o horror da vida volutariamente sem Deus. Onde? Se calhar nenhures... esse será talvezl o Inferno, o nenhures de uma vida post mortem. Mas, não há doutrina clara sobre isto.

Já agora, acreditar na existência do Demónio não é dogma de fé.

Abraço fraterno,

Miguel



Editado 1 vezes. Última edição em 31/10/2006 16:40 por rmcf.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 16:29

O inferno pode ser um estágio de conhecimento.

Penso que o mal é querer ver o Inferno como um castigo ou o Paraíso como recompensa, o que última instância pode induzir em erro.

Se o apelo de Deus ecoa através dos tempos, e se mesmo na morte esse apelo ressoa, e se Cristo venceu a morte, não é ilógico afirmar que muitas das pessoas que não reconhecem Deus na Igreja ou no mundo, possam salvar-se post mortem.

É inconcebível para mim, Cristo ser o pastor que deixa as 99 ovelhas e ir procurar a 1 que se perdeu, e ao mesmo tempo afirmar que existe um lugar onde essa ausência é permanente e definitiva.

Não sei se me faço entender...

Em comunhão



Editado 1 vezes. Última edição em 31/10/2006 16:30 por Tilleul.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 16:41

Totalmente de acordo :-)

Abraço fraterno,

Miguel

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 17:25

Não é isso uma nova formulação da reencarnação? Essa teoria, sem a menor base biblica, é muito proxima das fantasias dos espiritas.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 17:39

Onde falha a base bíblica?

Creio que a base bíblica é bem mais forte do que aquela para justificar o purgatório, o limbo ou Concepção de Maria.

Em comunhão

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