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Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 01:08

Diogo:

Repara bem, miúdo - foste tu e apenas tu quem apontou o dedo á catarina.
E obviamente que ninguém obrigaria nunca a catarina a abortar.
Só mesmo mentes doentes ou mal formadas podem ter tal ideação.
Vocês deram a vossa opinião. Eu dei a minha.



Editado 1 vezes. Última edição em 13/12/2006 01:14 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Paulo (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 01:22

Citação....

A minha escolha é perfeitamente lúcida e amadurecida.


Ou, em alternativa, vocês defendem que a catarina deve ser violentamente forçada a suportar uma gravidez e um parto, mesmo contra a sua vontade, mesmo que seja apenas uma menina de 14 anos.

A conclusão é a catarina por sua vontade ter de"se ver livre" da vida que está dentro de si, que não lhe pertence, que não é sua. Porque tem 14 anos...
Não deixa de ser muito triste o espectaculo.
A minha decisão também é lucida e amadurecida. É a da Conferencia Episcopal Portuguesa, è dos Mandamentos de Deus. È um sim à vida e não à morte.



Editado 2 vezes. Última edição em 13/12/2006 01:29 por Paulo.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 01:26

A iliteracia é de facto uma coisa aflitiva.

Ou seja certos indivíduos acham que se deve forçar uma menina de 14 anos a suportar a gravidez e a parir, mesmo que ela não queira. È uma violação física e moral, mas pronto, é tudo a bem de deus.



Editado 4 vezes. Última edição em 13/12/2006 01:36 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 01:59

Cara catolicapraticante:

Falando em descambar (cfr. palavras tuas noutra mensagem), creio que estás a passar os níveis do razoável no tratamento dos teus interlocutores, recorrendo demasiado aos argumentos «ad hominem», ora tratando os teus interlocutores por ignorantes (essa «conclusão» deverias deixá-la para os demais), ora tentando menorizá-los com elementos que nada têm a ver com a discussão de ideias. Assim, em má hora tomaste a liberdade de depreciativamente chamar «miúdo» ao Diogo. Não é a primeira vez que tratas outros interlocutores com epítetos deste tipo e isso não me parece bem.

Em bom rigor, é bastante feio.

Alef

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 02:02

Citação:
catolicapraticante
certos indivíduos acham que se deve forçar uma menina de 14 anos a suportar a gravidez e a parir, mesmo que ela não queira. È uma violação física e moral, mas pronto, é tudo a bem de deus.

Talvez retornem tb com os cintos de castidade com cadeado, tudo para o bem das almas dos adolescentes.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Paulo (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 02:36

Se a catarina tivesse dentro do seu utero uma meia sua, certamente poderia dispor dessa coisa. Sua.
No utero de catarina está uma vida.
Será que as mães dispõem das vidas dos filhos?
Será que um feto é um objecto do qual uma pessoa pode dispor. Seja mulher, tenha 14 anos?
Uma rapariga tem idade para iniciar a sua vida sexual... não tem para assumir o resultado mais que logico, que é uma gravidez...
Não se fica gravido por azar, como se apanha gripe.
Tanta incongruencia...

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 03:09

Ok….
Reparem bem,

Há 50 ou 60 anos, para não falar na idade média, era comum verificarem-se casamentos entre jovens de 13, 14, e 15 anos….aos 16 já estava a ficar fora prazo… mas isso era normal e ainda hoje há quem não veja qualquer mal nisso, lembro-me de que há cerca de ano e meio passou na televisão o caso de um pai que tinha dado a filha em casamento a um homem, com posses, (o próprio conceito de pedofilia é recente, pois há algumas décadas isso não existia tal como o conhecemos hoje…mas também há que dizer, há 60 anos, não se era considerado jovem com 30 ou 35 anos)….
Pois é meus amigos, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades mas há algo que tem um processo de mudança mais lento…e pelos vistos, a fisiologia do ser humano é mais lenta do que as vontades do seu próprio sujeito…por outras palavras, se aos 14 anos se podem ter filhos, os mesmos sujeitos também podem casar e gerir um lar…o problema é que, efectivamente, nos tempos que correm, podem gerar, mas não sabem gerir, porque ninguém lhes ensinou a fazer isso, quantas dos nossos adolescentes de 14 anos conhecem o drama de pagar a luz, a água, o gás ou os impostos …voltando ao caso concreto… tenho certas dúvidas que os pais da,…vamos chamar-lhe Catarina, lhe tenham ensinado as artes de um acto sexual….reparem que não ouso chamar-lhe relação, porquanto esse termo acarreta não só em significância, mas também em simbologia …

O ponto a que quero chegar é este:

1º - a Catarina não deveria ter relações sexuais, pois a mudança de vontades deve ser consentânea com a mudança de comportamentos. Caso esta paridade não se verifique então estamos perante uma anomalia da sociedade…o que é o caso!

(muitas anomalias há….)

2º - muito provavelmente, a Catarina tem uma família … que, apesar de poder sustentar a filha e o fruto do seu ventre, está mais preocupada com a vergonha familiar….

(volto a perguntar, a que se deve essa “vergonha” ou será outra coisa qualquer??)

3º - mais do que o caso da Catarina, que pertence a uma família dita “bem” e, disfuncional, preocupa-me os muitos casos entendidos como sociais que não têm outra opção se não dar à luz, não porque queiram, desesperadamente ter um filho, mas porque não sabem como fazer um aborto,…mas o mais grave de tudo, é que a questão do aborto só se coloca porque essas mães, não têm condições físicas, humanas e económicas para trazer ao mundo mais uma criança…. Mas apesar de tudo continuam a fazê-lo… e sustentam os seus muitos filhos como podem e sabem….agora pergunto-vos qual é o papel do Estado em todo este processo?....legalizar o aborto?! E o resto? E o apoio familiar, e o apoio social, e o apoio financeiro às famílias numerosas? E o papel do Estado nas politicas de natalidade? E o envelhecimento da população?...e o planeamento sustentável de um país?

4º já aqui deixei, há cerca de um ano, um testemunho pessoal que resultou na vida da minha afilhada. A mãe, sustenta o agregado familiar (total de 3 pessoas, mãe e dois filhos) com muito sacrifício pessoal, mas ainda assim, reconhece que o melhor da sua vida são os beijos e abraços da sua filha de quase três anos…um fruto do seu ventre que não descolou….e que hoje, pula, dança e canta…cantigas de Natal e do Menino Jesus…como qualquer outra criança da sua idade faz ou pelo menos deveria fazer.


A quando do referendo do aborto, em …se a memória não me falha em 1996 ou 97…o então presidente da JS, (cujo nome não me lembro) numa conferencia em que participou, na universidade Lusíada, juntamente, com a dr.ª Maria José Nogueira Pinto dizia o jovem… “nenhum de nós é a favor do aborto, …mas é um mal necessário” e garantiu que o PS iria providenciar, independentemente dos resultados para houvesse mais planeamento familiar, mais gabinetes de apoio às mulheres e às suas famílias, que os SAP’s iriam estar preparados para apoiar os casos sociais…., agora pergunto-vos eu, onde está tudo isso? Porque, se tudo isso existisse, certamente, hoje não estaríamos aqui a falar sobre este assunto…principalmente, porque em matéria de principio “somos todos contra o aborto”.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 08:18

Olhem

a CP não necessita de advogado de defesa e só vou tocar no assunto porque, eu própria, poderia já ter chamado o Diogo de miúdo sem maldade nenhuma.

Sempre me referi aos alunos da minha direcção de turma como "meus miudos", e nunca utilizei o termo "miúdo" como forma de menosprezar alguém. Tanto é assim que amanhã vou levar os ditos miúdos deste ano a uma sessão sobre DST e planeamento familiar organizada na escola. E olhem que eles já são crescidinhos,estão no 12º e muitos poderão votar já em Fevereiro.
Também sempre me referi ao meu filho como "miúdo", tal como os meus colegas se referem aos seus - "Então tá tudo bem lá em casa? Os teus miúdos tão rijos e recomendam-se?"
Tenho, pois, o termo "miúdo" como forma carinhosa de tratamento. Até à data nunca me constou que se tratasse de um regionalismo, hipótese que levanto agora.


Quanto ao tópico, já todos sabem que concordo com a CP neste assunto.
Ninguém quer empurrar ninguém para o aborto. Já o contrário parece evidente.
Tenho como acto de tortura, altamente desumano, obrigar alguém a levar uma gravidez não desejada até ao fim, seja por lei, seja por pressão social,comunitária ou familiar.

Vou-vos relatar um pequeno episódio que aconteceu comigo durante a minha gravidez. Quando chegaram as análises, a médica ficou furiosa porque eu não era imune à rubéola. Virou-se para mim e disse, em tom bastante ríspido:
- Sabe que terá de abortar,caso contacte com o vírus?
Embora esteja a defender aqui o SIM, não gostei da atitude da médica. Afinal a decisão deveria ser sempre minha. Ela não pode obrigar ninguém a abortar.

O mesmo se passa noutras condições previstas na Lei actual - em caso da vida da mãe estar em risco, ou no caso de violação.
Se aquela mãe quiser ter o filho, que tenha. Agora, o que não há direito é pressiona-la para ter ou para abortar. Cabe à familia ajudar na decisão (diferente de decidir), cabe ao estado apoiar o resultado da decisão.

Quer agrade ou não, em todos estes casos, previstos na Lei actual,o aborto conduz necessáriamente à morte de um ser.
A mim não me choca, já que a Vida não é apenas biologia.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.



Editado 1 vezes. Última edição em 13/12/2006 08:19 por Lena.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 09:20

O aborto é pior que um acto de tortura, é a morte de um ser humano. Do ponto de vista biologico o embrião é um ser humano. Até ao 14º dia podem existir algumas duvidas (pode vir a dar origem a mais de um ser, etc, etc) depois nã há duvidas, aquele ser é o mesmo ser que teremos em todas as suas fases de desenvolvimento. Não se deve dar o direito de matar em face das capacidades do ser humano, seja este um embrião ou esteja noutra fase do seu desenvolvimento. O local aonde está é uma circunstancia, a sua dependencia não deve afectar o seu direito basico à vida, esse direito só pode ser colocado em questão pelo direito à vida da mãe (ou no minimo em caso de risco grave de saude desta)


Tanto quanto eu saiba o risco da rubéola não é assim tão elevado.

Tony, pedofilia é antes da puberdade. Pelos dados de que disponho embora o casamento antes dos 14 fosse bem visto na idade media não era muito comum, até porque a puberdade costumava dar-se mais tarde por causa das carencias alimentares. Quando se dava com essas idades era normalmente com um homem significativamente mais velho que geria a casa ou então era a mãe de um deles que geria a casa e educava os primeiros filhos. Segundo li quando as mulheres começaram a casar mais tarde as crianças começaram a ser educadas por mulheres mais novas. Até aos 16 anos o epitélio vaginal não está devidamente formado e as jovens deviam evitar relações sexuais. Mas basicamente o que disseste está correcto, são apenas pequenas nuances que achei deverem ser esclarecidas. Essas jovens precisam é que se lhes seja facultado apoio social digno desse nome, não que lhes seja apontada a porta do aborto. Muitas delas engravidam devido a problemas familiares-afectivos e o bebé é uma forma de elas preencherem essas carencias.
Muitas vezes existe pressão familiar e social para que estasjovens abortem quando elas estariam muito receptivas a ter o bebé se fossem apoiadas.
O que se deve fazer é criar apoios sociais, não dar o direito de matar.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 09:34

Sobre os riscos de contágio e possiveis repercussões da rubéola no embrião:

[www.labmed.pt]

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 09:45

Quando disse que o risco da rubeola não era muito elevado não queria dizer que não pode ter consequencias graves mas sim que a probabilidade de ocorrerem essas consequencias, a mais frequente das quais é a cegueira, não é elevada.
Se a memoria não me trai a probabilidade de provocar cegueira, o risco mais frequente, é da ordem dos 20%.

Mas como já li isto há muito tempo pode não estar correcto.

De qualquer modo não me parece correcto matar um embrião humano porque ele tem 20% de probabilidades de vir a ficar cego e uma percentagem ainda inferior de sofrer de outros problemas.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 09:52

Caro Alef:
Chamei miúdo ao Diogo num tom carinhoso e não depreciativo - é uma questão de hábito, visto que tenh filhos da idade do Diogo.O Diogo é um querido e com bom coração.
Não sejas tão precipitado nas tuas avaliações.
Quanto aos argumentos ad hominem, enfim, confesso que reagi a um, pelo que me penitencio. Não voltará a suceder.Já agora espero que uses os mesmo critérios para todos os foristas e não tenhas dualidades nos padrões morais de moderação.



Editado 1 vezes. Última edição em 13/12/2006 09:57 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 09:56

Há vacina contra a rubéola e hoje as meninas podem todas imunizar-se.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 10:06

Peço perdão pelo tamanho do post, mas dada a sua relevância, considerei que apenas colocar um link seria insuficiente.

Carta de Direitos Sexuais e Reprodutivos

Esta carta de Direitos Sexuais e Reprodutivos da International Planned Parenthood Federation (IPPF) tem como objectivo fundamental a promoção dos direitos e liberdades sexuais e reprodutivas em todos os sistemas políticos, económicos e culturais.

1. O Direito à Vida

Nenhuma mulher deve ter a vida em risco por razões de gravidez.
Nenhuma pessoa deve ter a vida em risco por falta de acesso aos serviços de saúde e/ou informação, aconselhamento ou serviços relacionados com a saúde sexual e reprodutiva.

2. O Direito à Liberdade e Segurança da Pessoa

Todas as pessoas têm o direito de poder desfrutar e controlar a sua vida sexual e reprodutiva, no respeito pelos direitos dos outros.
Todas as pessoas têm o direito de não estarem sujeitas a assédio sexual.
Todas as pessoas têm o direito de estar livres do medo, vergonha, culpa, falsas crenças ou mitos e outros factores psicológicos que inibam ou prejudiquem o seu relacionamento sexual ou resposta sexual.

3. O Direito à Igualdade e o Direito a Estar Livre de Todas as Formas de Discriminação

Ninguém deve ser discriminado, no âmbito da sua vida sexual e reprodutiva, no acesso aos cuidados e/ou serviços.
Todas as pessoas têm direito à igualdade no acesso à educação e informação de forma a preservar a sua saúde e bem-estar, incluído o acesso à informação, aconselhamento e serviços relativos à sua saúde e direitos sexuais e reprodutivos.
Nenhuma pessoa deve ser discriminada no seu acesso à informação, cuidados de saúde, ou serviços relacionados com as suas necessidades de saúde e direitos sexuais e reprodutivos ao longo da sua vida, por razões de idade, orientação sexual, deficiência física ou mental.

4. O Direito à Privacidade

Todos os serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo a informação e o aconselhamento, deverão ser prestados com privacidade e garantia de que as informações pessoais permanecerão confidenciais.
Todas as mulheres têm o direito de efectuar escolhas autónomas em matéria de reprodução, incluindo as opções relacionadas com o aborto seguro.
Todas as pessoas têm o direito de exprimir a sua orientação sexual a fim de poder desfrutar de uma vida sexual segura e satisfatória, respeitando contudo o bem estar e os direitos dos outros, sem receio de perseguição, perda da liberdade ou interferência de ordem social.
Todos os serviços de cuidados em saúde sexual e reprodutiva incluindo os serviços de informação e aconselhamento devem estar disponíveis para todas as pessoas e casais em particular os mais jovens, numa base de respeito aos seus direitos de privacidade e confidencialidade.

5. O Direito à Liberdade de pensamento

Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento e de expressão relativa à sua vida sexual e reprodutiva.
Todas as pessoas têm o direito a protecção contra quaisquer restrições por motivos de pensamento, consciência e religião, no seu acesso à educação e informação relativas à sua saúde sexual e reprodutiva.
Os profissionais de saúde têm o direito de invocar objecção de consciência na prestação de serviços de contracepção e aborto e o dever de encaminhar os utentes para outros profissionais de saúde dispostos a prestar o serviço solicitado de imediato. Este direito não é contemplado em casos de emergência, quando esteja em risco a vida de uma pessoa.
Todas as pessoas têm o direito de estar livres de interpretações restritas de textos religiosos, crenças, filosofias ou costumes, como forma de delimitar a liberdade de pensamento em matérias de cuidados de saúde sexual e reprodutiva e outros.

6. O Direito à Informação e Educação

Todas as pessoas têm o direito de receber uma educação e informação suficientes de forma a assegurar que quaisquer decisões que tomem, relacionadas com a sua vida sexual e reprodutiva, sejam exercidas com o seu consentimento pleno, livre e informado.
Todas as pessoas têm o direito de receber informações completas quanto às vantagens, eficácia e riscos associados a todos os métodos de regulação da fertilidade e de prevenção.

7. O Direito de Escolher Casar ou Não e de Constituir e Planear Família

Todas as pessoas têm o direito de acesso aos cuidados de saúde reprodutiva, incluindo casos de infertilidade, ou quando a fertilidade esteja comprometida devido a doenças transmitidas sexualmente.

8. O Direito de Decidir Ter ou Não Filhos e Quando os Ter

Todas as pessoas têm o direito ao acesso à gama mais ampla possível de métodos seguros, eficazes e aceitáveis de contracepção.
Todas as pessoas têm o direito à liberdade de escolher e utilizar um método de protecção contra a gravidez não desejada, que seja seguro e aceitável para elas.

9. O Direito aos Cuidados e à Protecção da Saúde

Todas as pessoas têm o direito a usufruir de cuidados de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o direito de:
- informação sobre os benefícios e riscos dos métodos contraceptivos
- acesso à maior variedade possível de serviços
- opção para decidir utilizar ou não os serviços e para escolher o método contraceptivo a usar
- segurança relativa aos métodos e serviços ao seu dispor
- privacidade na informação e serviços prestados
- confidencialidade relativa a informações pessoais
- dignidade no acesso e na prestação dos cuidados em saúde sexual e reprodutiva
- confiança e comodidade relativa à qualidade dos serviços oferecidos
- continuidade que garanta a disponibilidade futura dos serviços
- opinião sobre o serviço oferecido

10. O Direito aos Benefícios do Progresso Científico

Todas as pessoas utentes dos serviços de saúde sexual e reprodutiva têm o direito ao acesso a todas as novas tecnologias reprodutivas seguras e reconhecidas.

11. O Direito à Liberdade de Reunião e Participação Política

Todas as pessoas têm o direito de influenciar os governos para que a saúde e os direitos em matéria de sexualidade e reprodução sejam uma prioridade dos mesmos.

12. O Direito a Não Ser Submetido Nem a Tortura Nem a Tratamento Desumano ou Degradante

Todas as crianças têm o direito a protecção contra todas as formas de exploração e, especialmente da exploração sexual, da prostituição infantil e todas as formas de abuso, violência e assédio sexuais.
Todas as pessoas têm o direito à protecção contra a violação, a agressão, o abuso e o assédio sexuais.


Este documento constitui uma versão reduzida e adaptada para língua portuguesa da Carta de Direitos Sexuais e Reprodutivos aprovada no Conselho Central e na Assembleia Geral da IPPF (International Planned Parenthood Federation) em 1995. Esta versão foi aprovada pela APF Associação para o Planeamento da Família (criada em 1967 e federada na IPPF) e pelo Grupo de Trabalho Direitos Sexuais e Reprodutivos das ONGs do Conselho Consultivo para a Igualdade e Direitos das Mulheres.

Fonte: [www.medicospelaescolha.pt]

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 10:16

Os medicos pela escolha são uma minoria que querem mudar o codigo deontologico que proibe a pratica do aborto.
A IPPF tem a maior rede mundial privadas de clinicas de abortos.

[facaseluz.blogspot.com]

A IPPF gerou receitas de 108 milhões de dollars, resultantes dos abortos realizados durante o ano fiscal.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 10:40

Só é estranho que a referência ao aborto venha no ponto referente à privacidade...

E finalmente, eu quero ver, se o SIM ganhar como se vai lidar com este ponto:

"Os profissionais de saúde têm o direito de invocar objecção de consciência na prestação de serviços de contracepção e aborto e o dever de encaminhar os utentes para outros profissionais de saúde dispostos a prestar o serviço solicitado de imediato. Este direito não é contemplado em casos de emergência, quando esteja em risco a vida de uma pessoa."

Será que a Catarina conseguirá encontrar um médico que a ajude a abortar?

Em comunhão

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 10:49

Se for dentro dos prazos legais e dentro dos requisitos definidos por lei, não tenho dúvidas que sim.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 10:49

Olha camilo

há coisas que me indignam profundamente, e o que acabas de fazer é uma.
Segui o link que postaste e os vários links das páginas apresentadas.
A única coisa que vejo são números com citação de uma fonte inválida (onde está o relatório de contas da IPPF?):
[www.plannedparenthood.org]
[www.plannedparenthood.org].

Sem qualquer fonte que permita comprovar as acusações feitas, só as posso considerar calúnias, tentativas para desmerecer aquilo que não agrada.
Apresenta-me uma fonte válida, neutra no assunto

Mas mesmo que se comprove, o objectivo "vil" de defender a IVG como uma fantástica fonte de lucro por parte da IPPF, isso em nada diminui os principios que estão na Carta, com os quais concordo totalmente.

Outra, se os Médicos pela Escolha são uma minoria é coisa que não sei, nem me interessa. O movimento está aí e não envolve apenas médicos. Se há coisa que aprendi em democracia é que as mudanças nascem todas através de grupos minoritários cuja mensagem acaba por fazer sentido na maioria, e aí a sociedade muda, atrevo-me mesmo a dizer, evolui.

Se não te agrada algum ponto da Carta, di-lo e fundamenta-o. Dizer que vem de um grupo minoritário e acusar uma organização com base em blogs é completamente irrelevante. Isso tem um nome, é desinformação.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 10:58

Cara lena:

Esse è um tipo de comportamento habitual - quando não se consegue discordar de um conteúdo de um texto ou documento, desqualifica-se o seu autor, se possível recorrendo á calúnia.
Ou então lançando a suspeição.
Mesmo que infundada, a suspeição ou o boato ficam a "germinar" acabam por contaminar a credibilidade do que é exposto.

È uma técnica pouco correcta, mas que vai ser utilizada exaustivamente nas próximas semanas.



Editado 2 vezes. Última edição em 13/12/2006 10:59 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 11:05

Se bem me lembro o movimento medicos pela escolha, infeliz escolha e demagogica escolha de designaçao porque não envolve apenas medicos, tinha o fabuloso numero de 60 aderentes. É possivel que agora tenha mais mas 60 aderentes, nem todos medicos, não é propriamente uma adesão em massa. Em tempos disseram-me que só o hospital de são joão no porto tinha quase mil medicos. Se a isto juntarmos os enfermeiros...
Se não são apenas medicos é incorrecto chamarem-se "médicos pela escolha"

O 2º link está actualmente indisponivel, devia ser aí que estavam os dados relevantes. Já li aqueles dados noutros sites, já os li no proprio site da IPPF. Podes crer que estão certos.
Quanto aos principios da carta quando tiver mais tempo analisarei o texto com calma para poder avaliar devidamente.

Página actual: 38 de 68


Este tópico foi encerrado

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