Acho que as pessoas partem do pressuposto erradíssimo de que o dia do casamento é o culminar de algo muito bonito e tal...quando, na verdade, é o princípio de tudo, pois é algo que se constrói e que se alimenta dia após dia.
Há discussões e atritos, claro. Isso acontece porque homem e mulher são diferentes e imperfeitos. Os tempos difíceis - que fazem parte de TODOS os casamentos -, quando há amor, servem para reflexão e crescimento, e não para traição.
É o que eu acho. Sou casada há já 6 anos, e ainda nos tratamos por "amor", "fofo/a", mandamo-nos sms e mails a dizer "amo-te"...
Podem parecer coisas pirosas, mas é destes pequenos pormenores que se alimenta o interesse pelo outro.
Acho eu...

Eu nunca senti necessidade de procurar outra pessoa, porque sou "mimada" pelo marido. E eu mimo-o a ele também.


Anna e Sara

Não é NADA piroso, bem pelo contrário. É enternecedor! E concordo, é nas pequenas coisas que se alimenta o interesse pelo outro. Muito bem dito.

Vocês são uns amores!:) tudo a correr bem.
Quando chegarem aos 50 anos, falem comigo:) ou lembram-se das conversas que aqui foram ditas.

Falo com muita senhora da minha idade, outras mais velhas! Vocês nem sabem o que eu oiço! Um dia um senhor estava para partir de férias para Portugal. A mulher tinha-o traído. Sabem o que ele me disse com mágoa e tristeza. Adorava que quando fosse no ar o avião caísse!

Ana, para tudo correr bem depende do marido e da mulher. Não faltam aí casais que nunca se traíram um ao outro. Afinal, para quê tanto cuidado em manter as meninas e os meninos virgens até ao casamento se depois é para se trairem uns aos outros. O estado de pureza é só na infância e adolescência? Ou é para a vida inteira?

Ó Ana...
Não podemos pensar assim: e se ele me trai, um dia? O futuro a Deus pertence, mais nada!
É claro que iremos envelhecer, mas o casamento é algo que vai além disso!
E tem de ser construído TODOS os dias, para que mantenha a sua frescura.
Sabes o que me parece? Acho que, quando chegam os filhos, o casal dedica-se mais a ser pai e mãe e esquece-se um pouco que também é marido e mulher.
Quando os filhos crescem e vão à vidinha deles, fica o casal novamente a dois.
E é aí que se descobre que a relação não terá sido alimentada devidamente. Haverá um fosso enorme entre os dois que, por caírem nesse erro tão comum - o de serem pais e acabarem por se negar enquanto casal - , acabam por se tornar, mais tarde, dois perfeitos desconhecidos.
É claro que ninguém quer estar casado com um desconhecido. E é tb claro que isso é meio caminho andado para uma traição.

É a maneira como vejo as coisas.

Anna

Ontem no meu local de trabalho apareceu uma senhora que desabafou comigo algo da vida dela. Tem 4 filhos e o marido foi pedir dinheiro aos bancos e usou a Visa para andar no jogo. Está a pagar mais de $20.000.00 dólares ao Banco. Tem 37 anos e não podem comprar uma casa, devido ao mau crédito do marido.
Se fossem algumas de vocês o que lhe diziam? Deixa-o, vai para divórcio, seria?

Eu tentaria chamá-lo à razão.
Faria de tudo para que ele deixasse o vício do jogo.
Se ele dava mostras de se estar borrifando para mim e para os filhos, fazia-lhe o ultimato: "Ou o jogo, ou nós".
Era ele a decidir, qual a sua prioridade.
Ponto final.


Anna e Sara

tem o vicio do jogo?
ela que faça a separação de bens de modo a que ele não dê cabo de todos os bens da familia.
Não é preciso divorciar-se para isso, pelo menos em Portugal.

Obviamente, qualquer pessoa tem o dever de proteger os filhos, e a si mesma.

Ana, podes dar um milhão de exemplos negativos. Não nos podemos guiar pelo que é mau, mas sim pelo que é bom. Existem casos terríveis, mas mesmo que fossem (sejam?) a maioria, isso não dá a ninguém o direito de desistir de construir um casamento com amor.

Acontece, Camilo, que não são só os bens monetários que ficam em causa, quando uma pessoa tem o vício do jogo (ou da droga, ou do alcoól): por norma, há um desapego e uma negligência emocional para com a família (o não estar presente, por exemplo) que, ao longo do tempo destroem um lar!
Por isso, digo, "ou o jogo, ou a família"

A decisão seria dele. E irreversível!
Andar com paninhos quentes e a arranjar desculpas é destrutivo para todos (incluíndo o viciado). Há que fazê-lo crescer e pôr-lhe a responsabilidade nas mãos de saber o que quer. Isso é amor!
Se, apesar de tudo, ele escolher o vício, que escolha. Não poderá, quanto a mim, continuar a destruir uma família. As pessoas só se apercebem da m**** que andam a fazer quando chegam ao fundo do poço.
Continuar casada com alguém QUE NÃO ME ESCOLHE, é suicida...

Anna

Anam

Como sabes tanto? Já passaste por isso?

Camilo
Há outro caso que ouvi contar, este não conheço. Uma senhora que tem aqui um restaurante, o marido também consumiu muito dinheiro no jogo. Essa fez como tu disseste. O restaurante está em nome dela, o marido é um empregado....lol.. Ah... mas esses vivem juntos mas estão divorciados. Como pode isto ser? Há coisas que não entendo!!!

Camilo

Estes não têm nada.

o vicio do jogo é uma droga forte. Pode consumir tudo.
Não tem nada e com o vicio dele nunca virão a ter.

Camilo

A senhora trabalha em 2 trabalhos para ver se conseguem algo para comprar uma casa.
Grandes fortunas que se encontram em grandes amores!

Eu penso que se as pessoas têm algum vicio, neste caso o jogo, a família tem mais que o ajudar. Por isso é que são uma família, por muito que o mundo lhes tenha "caído em cima", acho que se devem ajudar. Pelo menos conheço um caso do género, que o pai e a mãe, gastaram o que tinham e o que não tinham no jogo. Sabem o que a família fez? e está a fazer? os filhos ajudaram, todos trabalham, e assim pagam as dívidas que os pais têm, por causa do jogo e da boa vida que levavam, todos. Porque os pais para além de gastarem no jogo, faziam grandes vidas com os filhos. os filhos ainda eram novos, alguns não se apercebiam, mas hoje em dia todos ajudam. É uma bela família.

Margarida

Não é preciso passar pelas coisas para saber o que é lógico.
Eu, sou franca, não seria capaz de minar o meu auto-respeito confiando numa pessoa que me tratasse como "lixo". Punha-lhe todas as cartas na mesa, a ver se ele se emendava. Se ele escolhesse o vício ou a traição...que me desculpe, mas eu também escolheria outro caminho.
Posso parecer egoísta, mas o amor não é uma coisa exacta. É uma arte em que se equilibra o nosso eu, o outro e Deus.

Anna

Pensas que vais ter sempre um caminho directo? Vão vir as curvas!

Margarida Barros

Obrigada pelo que nos contastes.

Vemos os assuntos centrados em nós próprios, e temos uma visão deformada do que deve, realmente, ser uma família.

Ainda bem que existem famílias que se comportam como tal.

A família está para ajudar-se, não para cada um procurar o seu próprio interesse.

Parabéns a esses filhos.

Ana, mas nenhuma curva justifica a infidelidade! E o teu discurso quase que a justifica.

Eu não sei como reagiria se me fossem infiel. Mas nunca entraria numa relação com alguém em que eu não tivesse a certeza de que se eu fizer aquilo que devo fazer, a pessoa me será fiel.

Não há desculpas para a infidelidade.

Ana, novamente: não entendo como valorizas tanto a virgindade antes do casamento e desculpabilizas tanto a infidelidade.

Zé

Bom e mau aparece em todos os casais. Mais cedo ou mais tarde todos sofrem, podes crer!
Não há casal com 50 anos, que não tenha histórias para contar. Ou são histórias de maridos, esposas ou filhos. Não há uma família perfeita!
Todos gostariam de ter uma família perfeita, mas não há! Há sempre uma ovelha ranhosa.