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Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 16:49

Maria João, de facto eu não me lembrei de ser diferente. Pelo contrário, sempre me senti diferente (em muitos sentidos, que não passam necessariamente pela sexualidade) e sempre fiz por ser normal. O ser homossexual, assim, foi durante muito tempo algo que procurei "fazer desaparecer", reprimir.

Creio que a grande questão para a maior parte das pessoas será se a homossexualidade é algo meramente físico. Se sim, podia reduzir-se a um grotesco impulso sexual desviante.

Mas não é. Há mesmo sentimentos envolvidos. Chora-se por amor, rejubila-se por amor, como os outros.

Claro que conheço homossexuais promíscuos como tudo, sempre à procura de mais uma satisfação. Tal como conheço heterossexuais assim. O sexo é uma força muito poderosa. Mas quando duas pessoas do mesmo sexo se amam, daquele amor que se vê brilhar nos olhos quando olham uma para a outra, ninguém negue que é um sentimento muito forte. Que vai bem para além do desejo.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 21:13

Mulher criada por homossexual pede a governos proteger matrimônio entre homem e mulher - 16/10/2006 - 08:24

Uma mulher canadense que foi criada em um lar homossexual se dedica agora a assistir a outras pessoas que atravessam pela mesma situação e a pedir aos governos do mundo que protejam o matrimônio entre homem e mulher. Conforme informa ForumLibertas.org, Dawn Stefanowicz vive em Ontario, Canadá, com seu marido de toda a vida e seus dois filhos, aos que educou em casa. Atualmente prepara sua autobiografia e desenvolve um ministério especial no website (em inglês) : Brinda ajuda a outras pessoas que como ela cresceram a cargo de um pai homossexual e foram expostos a este estilo de vida.

Stefanowicz explica no site "como em sua infância esteve exposta a trocas de casais gays, praias nudistas e a falta de afirmação em sua feminilidade, como lhe feriu o estilo de vida no qual cresceu, e oferece ajuda, conselho e informação para outras pessoas que cresceram feridas em um ambiente de ‘família’ gay, um estilo de ‘família’ que ela não deseja para ninguém e que acredita que as leis não deveriam apoiar".

Seu testemunho

Em seu relato, Stefanowicz explica que devido a uma doença grave de sua mãe deveu ficar aos cuidados de seu pai homossexual quando ainda era uma menina. "Estive exposta a um alto risco de doenças de transmissão sexual devido ao abuso sexual, aos comportamentos de alto risco de meu pai e a vários casais", relata.

"Inclusive quando meu pai estava no que pareciam relações monógamas, continuava fazendo ‘cruising’ procurando sexo anônimo. Cheguei a me preocupar profundamente, a amar e entender com compaixão o meu pai. Compartilhava comigo o que lamentava da vida. Desgraçadamente, sendo criança alguns adultos abusaram sexual e fisicamente dele. Devido a isto, viveu com depressão, problemas de controle, acessos de raiva, tendências suicidas e compulsão sexual. Tentava satisfazer sua necessidade pelo afeto de seu pai, por sua afirmação e atenção, com relações promíscuas e transitórias. Os (ex) parceiros de meu pai, com os que tratei e cheguei a apreciar com sentimentos profundos, viram suas vidas drasticamente cortadas pela AIDS e o suicídio. Tristemente, meu pai morreu de AIDS em 1991", recorda.

Segundo Stefanowicz as "experiências pessoais, profissionais e sociais com meu pai não me ensinaram o respeito pela moralidade, a autoridade, o matrimônio ou o amor paterno. Sentia-me temerosamente sossegada porque meu pai não me permitia falar dele, seus colegas de quarto, seu estilo de vida e seus encontros nessa subcultura. Enquanto vivi em casa, tive que viver segundo suas regras".

"Sim, amava meu pai. Mas me sentia abandonada e desprezada porque meu pai me deixava freqüentemente para estar vários dias com seus companheiros. Seus parceiros realmente não se interessavam por mim. Fui danificada pelo mau trato doméstico homossexual, as tentativas sexuais com menores e a perda de parceiros sexuais como se as pessoas fossem só coisas para usar. Procurei consolo, procurei o amor de meu pai em diversos namorados a partir dos 12 anos", sustenta.

Stefanowicz lembra que "desde tenra idade, expôs a conversas sexualmente explícitas, estilos de vida hedonistas, subculturas GLBT e estações de férias gay. O sexo me parecia gratuito quando era menina. Expôs a manifestações de sexualidade de todo tipo incluindo sexo em casas de banho, travestismo, sodomia, pornografia, nudismo gay, lesbianismo, bisexualidade, voyeurismo e exibicionismo. Aludia-se ao sadomasoquismo e se mostravam alguns aspectos. As drogas e o álcool freqüentemente contribuíam para baixar as inibições nas relações de meu pai".

"Meu pai apreciava o vestir unissex, os aspectos de gênero-neutro, e a trocar de roupa quando eu tinha 8 anos. Eu não via o valor das diferenças biologicamente complementares entre homem e mulher. Nem pensava sobre o matrimônio. Fiz votos de nunca ter filhos, porque não cresci em um ambiente de larr seguro, sacrificial, centrado nas crianças", assinala.

As conseqüências

"Mais de duas décadas de exposição direta a estas experiências estressantes causaram insegurança, depressão, pensamentos suicidas, medo, ansiedade, baixa auto-estima, insônia e confusão sexual. Minha consciência e minha inocência foram seriamente danificadas. Fui testemunha de que todos os outros membros da família também sofriam", sustenta Stefanowicz.

Ela assegura que só depois de ter tomado as decisões mais importantes de sua vida, começou a dar-se conta de como a tinha afetado crescer nesse ambiente.

"Minha cura implicou olhar de frente a realidade, aceitar as conseqüências a longo prazo e oferecer perdão. Podem imaginar ser forçados a aceitar relações instáveis e práticas sexuais diversas desde curta idade e como afetou a meu desenvolvimento?. Infelizmente, até que meu pai, seus parceiros sexuais e minha mãe morreram, não pude falar publicamente de minhas experiências", explica.

"Ao final, as crianças serão as vítimas reais e os perdedores do matrimônio legal do mesmo sexo. Que esperança posso oferecer a crianças inocentes sem voz? Governos e juizes devem defender o matrimônio entre homem e mulher e excluir todos os outros, pelo bem de nossas crianças", conclui.




[www.catolicanet.com]

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 21:51

...

Por amor de Deus...

Não sei que chame a essa "notícia": propaganda, má fé, pura nojice. E ofensivo, muito ofensivo.

Rita, devias ter vergonha de fazer copy paste disso...

Estou mesmo indignado. Uma coisa é ter uma opinião, outra é trazer para aqui algo que apenas pode ser qualificado como homofobia pura e dura. A senhora de que fala a notícia pode ter sofrido muito com o pai, mas isso é porque o pai era promíscuo, sem estrutura moral, depressivo e com problemas graves. Agora dizer que o problema era o pai ser homossexual é fazer a associação "homossexual = promíscuo bêbado drogado depressivo etc". E Rita, ao copiares esta notícia, estás a fazer a mesma associação... E pela parte que me toca, não gosto nada. E é uma atitude muito pouco católica da tua parte. Pode ser por desleixo, mas estás tanto a querer colar-te a uma atitude beata de acordo com a linha oficial da Igreja, que acabas por insultar e enxovalhar outros, numa atitude anti-cristã.

...

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 22:19

Aliá há milhões de testemunhos de outras vítimas de pais abusadores...mas heterosexuais.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 01:01

Um disparate: como se uma andorinha fizesse a Primavera...

Abraço fraterno,

Miguel

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 01:05


Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 04:18



Se achas que é assim tão má, diz aos moderadores que a tirem...

Como é que a CatolicaNet a colocou???

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 04:33

Rita

A notícia mostra que uma criança criada num ambiente louco fica traumatizada. O facto de o pai dela ser homossexual é irrelevante. Podia perfeitamente ser heterossexual e acontecer o mesmo. Logo, proíbe-se também o casamento heterossexual?

Esta notícia é irrelevante para o tema em discussão. Colocá-la aqui mostra ou falta de argumentos ou alguma confusão sobre argumentação lógica.

pontosvista

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 08:11

Como é que a CatolicaNet a colocou não sei. Suponho que por falta de escrúpulos.

Para além disso, acredito pouco na censura, e acho essa "notícia" um exemplo excelente de homofobia, que deve ser mostrado enquanto tal.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 08:15

Camilo, a tua mensagem foi colocada agora por coincidência, ou estás a procurar reforçar a tese que homossexual = promíscuo/drogado/etc.?

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 08:50

E já que estamos com estudos, vejamos um efeito negativo da homofobia, que força as pessoas a entrar em guetos, ainda que psicológicos:

Uma amostra de 4.193 residentes masculinos da Cidade de Nova Iorque resultante de uma pesquisa telefónica efectuada em 2003 revelou uma elevada proporção de homens que se auto-intitulavam heterossexuais e não obstante tinham também relações sexuais com homens. Segundo os investigadores, este estudo funciona como uma chamada de atenção para que os médicos não façam assumpções sobre o comportamento sexual dos seus pacientes, nem confiem em identidades descritas pelos próprios, mas em vez disso se foquem em dados comportamentais.

A pesquisa anual do Departamento de Saúde e Higiene Mental da Cidade de Nova Iorque (SHM) revelou que a maioria dos homens que se auto-intitulavam heterossexuais que têm sexo com homens (HSH) não usavam preservativos, e 70% eram casados. A maioria dos HSH auto-intitulados heterossexuais pertenciam a minorias étnicas e raciais ou eram estrangeiros.

Nós descobrimos que aqueles que se identificam como heterossexuais mas têm sexo com outros homens tinham também menor probabilidade de usar preservativo” do que os homens que se identificaram como homossexuais, disse Preeti Pathela, uma cientista investigadora do SHM.

Entre os inquiridos heterossexuais, 9.4% tiveram sexo com um homem no ano anterior. Muitos relataram ter apenas um parceiro sexual masculino, mas a pesquisa não inquiriu se a relação era de longa duração. A pesquisa também não perguntou se os homens revelaram o seu comportamento sexual às respectivas parceiras femininas.

Os investigadores disseram que o forte estigma associado à homossexualidade em comunidades minoritárias, assim como modos culturalmente diferentes de definir “heterossexual”, podem ser razões pelas quais mais HSH auto-intitulados heterossexuais constituíam minorias. Além disso, HSM Afro-Americanos podem recear ser apontados como a principal fonte de disseminação de HIV nas suas comunidades, declarou Dorena Kearney, directora executiva do COLOURS, um grupo de prevenção de HIV sedeado em Filadélfia dirigido a homens Afro-Americanos.

O etsudo revelou que apenas 22% dos homens que se encontravam neste “limbo” usavam preservativo, comparativamente a 55% de homens gay. “Pode parecer simples usar apenas preservativo, mas se os homens estão a ter relações sexuais de modo um sub-reptício, podem não querer transportar preservativos com eles por os seus parceiros os poderem descobrir”, disse Thomas Coates, psicólogo da Universidade de Califórnia-Los Angeles especializado em comportamento sexual. “Está provavelmente acima [9.4%], uma vez que é difícil fazer com que as pessoas admitam este tipo de comportamento.”

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 08:52

No exemplo dado pela Rita, também se nota que o pai da senhora não queria que o seu "estilo de vida" fosse conhecido pelos outros. Ou seja, escondia, por vergonha ou por medo, o que fazia.

Pergunto-me se o mesmo se passaria se a sociedade lhe oferecesse como alternativa e modelo uma vida em casal homossexual, com estabilidade amorosa. Se calhar sim... se calhar não. Nunca saberemos.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 10:02

A notícia é mais do que mau gosto. Está-se a falar de uma situação que não tem nada a haver com o facto de se tratar de um casal homossexual ou heterossexual. São situações graves que tanto acontecem num caso como noutro.


Haja bom-senso!

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 11:25

zé, seria bom colocares a origem das noticias.

Claro que não foi coincidencia. Claro que ser homossexual não é sinonimo de nada, assim como ser heterossexual, homem ou mulher, de determinada raça ou etnia.

Mas neste caso, da adopção de crianças é preciso atender que a incidencia de alguns problemas é muito mais elevada. E como é um meio muito clandestino os problemas dificilmente são detectados.
Esta clandestinidade pode ser causa e consequencia de diversos problemas. Embora isto possa ser usado como argumento a favor do casamento de homossexuais é também um pesado argumento contra a adopção de crianças pelos mesmos.

Já agora é sabido que New York tem uma taxa muito elevada de homossexuais. Nos USA quanto maior a cidade, maior a taxa de homossexuais. Também é sabido que os bissexuais são os que têm as taxas de comportamentos de risco, e em particular de promiscuidade, mais elevadas.
O que pode também ser relacionado com o inexplorado tema de homossexualidade culposa e não culposa. Há algumas pessoas que têm comportamentos homossexuais (e pedofilos e não só) na sequencia de um aprofundamento de um comportamento sexual desregrado e cada vez mais promiscuo. Não se pode comparar a culpabilidade destes predadores sexuais com a involuntaria tendencia homossexual dos que se sentem exclusivamente homossexuais. Sendo que também há muitissimos bissexuais que o são por simples inclinação natural sem que essa ambigua inclinação tenha surgido por nenhuma razão culposa.

Um dos estudos serve para te precaver. Se entre os casais heterossexuais há muitas pessoas, sobretudo mulheres, infectadas por conjugues que julgam fieis é muito imprudente um homossexual confiar na fidelidade do seu parceiro. A infidelidade entre os homossexuais atinge niveis elevadissimos. Como as relações anais são sempre de risco elevado...



Editado 1 vezes. Última edição em 17/10/2006 11:33 por camilo.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 11:44

Esqueci-me da fonte, que é também a aidsportugal.com.

Camilo, se não é coincidência acho o que tu fizeste foi pouco ético. Aproveitaste a boleia de uma "notícia" que identificava homossexuais com promíscuos e bêbados e drogados, etc., e colocaste dados estatísticos para reforçar essa mesma identificação, sem antes repudiares a notícia. Fazendo uma comparação a um caso algo mais extremo, depois de uma reunião do KKK, não irias certamente divulgar dados que afirmassem que a população negra comete mais crimes, em percentagem, que a branca, pois não?

Ou achas que "notícias" como a que a Rita aqui colocou são válidas e aceitáveis, apesar da sua desonestidade intelectual? O que fizeste foi associar-te implicitamente a essas mesmas técnicas desleais que usaram os autores da "notícia".

Mas se é para entrarmos pela batalha das estatísticas e pela caracterização sociológica de grupos, então devo dizer que me parece lógico que a maioria dos casais homossexuais que se propõem à adopção tenham comportamentos que não estão sujeitos à lógica de "meio clandestino". Portanto, fazer uma avaliação em termos da sexualidade dos casais, metendo-os em grandes grupos "heteros"/"gays" é injusto, porque os casais que se propõem à adopção deverão ter características distintas do grupo em que estão inseridos.

Logo, as sondagens e estudos estatísticos devem incidir sobre esses mesmos casais que se propõem à adopção, e sobre os que já adoptaram.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 12:01

Tirado daqui:

O número de casais gay nos Países Baixos aumentou agudamente em anos recentes. Havia 53.000 gay e uns casais lésbicos, nos Países Baixos no começo de 2005, de acordo com as estatísticas dos Países Baixos .
Há 10 anos havia menos de 39.000 casais homossexuais. Quase um quarto dos casais gay ou lésbicos é casado ou em parceria registada. Destes, 12 por cento são casados e 10 por cento estão em uma parceria registada. O CBS (estatísticas holandesas) menciona 29.000 casais masculinos e 24.000 casais femininos. Apesar do aumento significativo no número de casais gay ou lésbicos, o grupo é igual a 1 por cento, do número total de casais que co-habitam nos Países Baixos. Aproximadamente 9 por cento das casas gay ou lésbicos nos Países Baixos incluem uma ou mais crianças. Os pares lésbicos são mais prováveis de ter uma criança; 18 por cento de lésbicas co-habitam e têm uma criança, comparada com o apenas 1 por cento de casais gay masculinos. Os pares gay e lésbicos parecem ter uma preferência para cidades grandes.Um quarto destes casais vive em uma das quatro cidades grandes nos Países Baixos (Amsterdão, Haia, Utrecht e Rotterdam).E 13 por cento de todos os casais gay e lésbicos vive em Amsterdão.


- Dados a reter:

- As mulheres adoptam mais que os homens;
- O número de casais do mesmo sexo tem aumentado (o que era de esperar, com a normalização da homossexualidade), mas continua a ser um número pequeno (não parece que vá destruir a sociedade);
- poucos são os casais que adoptam...


Tirado daqui:

O número de casamentos entre pessoas do mesmo século estabilizou desde a entrada em vigor da
legislação que permitiu o casamento homossexual na Holanda, há cinco anos.
O Instituto Nacional de Estatística holandês (CBS) revelou, na segunda-feira, que 1 166 casais de gays e
lésbicas casaram em 2005, comparado com 1 210 casais no ano anterior. O professor de demografia Jan
Latten, do CBS, prevê que sejam celebrados cerca de 1 200 casamentos gays e lésbicos em 2006, uma vez
que a taxa de casamentos está a evoluir ao mesmo nível do ano passado.
Cerca de 2 414 casais de gays e lésbicas contraíram casamento em 2001, quando a Holanda se tornou o
primeiro país do mundo a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No ano seguinte
verificou-se igualmente uma corrida às Conservatórias do Registo Civil, altura em que cerca de 1 838
casais de pessoas do mesmo sexo deram o nó.
«Verificou-se um certo frenesim em 2001. Muitas pessoas que já viviam juntas há 30 ou 40 anos casaram»,
afirmou ele. Os números alcançaram os seus máximos em 2002.
«Depois disso, os números diminuíram. Todos perguntaram como é que isto foi possível porque a abertura do
casamento parecia ter sido tão popular. Parece que este máximo corresponde ao efeito de “partida”. Os
números de 2004 e 2005 foram praticamente iguais», disse Latten.
Latten considera que a tendência para o casamento estabilizou nas comunidades gay e lésbica e que o
número anual de casamentos seja semelhante ao actual.
As pessoas homossexuais casam menos que os heteressexuais sobretudo porque as pessoas
homossexuais tendem a ter menos crianças do que os heterossexuais. «As crianças ainda são,
frequentemente, a razão para que as pessoas se casem», disse Latten.
Os números relativos aos divórcios compilados pelo CBS não diferem entre os casais heterossexuais e os
casais homossexuais. O CBS disse que é de notar, no entanto, que as lésbicas casadas que se divorciam
tendem a fazê-lo mais cedo do que os homens homossexuais casados.
O número total de casamentos – heterossexuais e homossexuais – caiu de forma sensível nos últimos
cinco anos. Em 2001, 82 901 casais contraíram casamento, contra 73 861 no ano passado.


Dado a reter:

- taxa de divórcio nos casais homossexuais semelhante à dos casais heterossexuais

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 12:10

No Brasil

"Há o questionamento de que a ausência de uma referência de um pai e uma mãe, ou seja, indivíduos de sexos diferentes, tornaria confusa a identidade sexual da criança, correndo o risco do menor vir a tornar-se homossexual."


Entendemos tratar-se de um raciocínio totalmente ilógico. Se isto procedesse, a Lei do Divórcio, jamais poderia ter sido sancionada, uma vez que com a separação dos pais, a criança ao passar a viver exclusivamente com um dos genitores, sem a referência do sexo oposto no seu dia-a-dia, também teria enorme possibilidade de vir a tornar-se homossexual, o que não nos parece ser o caso.



Além do mais, quantas famílias heterossexuais, ditas como “normais”, têm filhos que desde pequenos dão indícios de uma homossexualidade latente e têm dentro de seus lares a figura tanto do homem como da mulher muito bem definidas.




"Grandes são as possibilidades da criança ser alvo de repúdio na escola ou vítima de escárnio por parte dos colegas e vizinhos, o que poderia acarretar graves perturbações de ordem psíquica."


Este é outro argumento também insubsistente, haja vista esta preocupação não ter sido impedimento para a promulgação da Lei do Divórcio, pois neste sentido filhos de pais divorciados também poderiam ser repudiados socialmente. Trata-se de uma questão de discriminação. A Constituição Federal veda qualquer tipo de discriminação, não sendo aceitas, nem permitidas tais atitudes no nosso meio social. Da mesma forma que filhos de negros, de índios e de pais divorciados, os filhos de pais homossexuais estão sujeitos aos dissabores do preconceito, cabendo a nossa própria sociedade repudiar tal atitude, revendo os seus conceitos, na busca de uma sociedade mais justa, digna e igualitária.

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 12:24

Tirado daqui

"Na Califórnia, desde meados de 1970, vem sendo estudadas a prole de famílias não-convencionais, filhos de hippies e de quem vive em comunidade ou em casamentos abertos, bem como crianças criadas por mães lésbicas ou pais gays. Concluíram os pesquisadores que filhos com pais do mesmo sexo demonstram o mesmo nível de ajustamento encontrado entre crianças que convivem com pais dos dois sexos. Nada há de incomum quanto ao desenvolvimento do papel sexual dessas crianças. As meninas são tão femininas quanto as outras e os meninos tão masculinos quanto os demais. Também não foi detectada qualquer tendência importante no sentido de que filhos de pais homossexuais venham a se tornar homossexuais. Estudos que datam de 1976 constataram que as mães lésbicas são tão aptas nos papéis maternos quanto as heterossexuais. Com a devida estimulação, por meio de brinquedos típicos de cada sexo, procuram fazer com que os filhos convivam com figuras masculinas com as quais possam se identificar. Não há mostras de que as mães prefiram que os filhos se tornem homossexuais, não havendo sido encontradas evidências de investidas incestuosas para com os filhos. Igualmente não foram detectadas diferenças na identidade de gênero, no comportamento do papel sexual ou na orientação sexual da prole. Todas as crianças pesquisadas relataram que estavam satisfeitas por serem do sexo que eram, e nenhuma preferia ser do sexo oposto. O estudo conclui: A criação em lares formados por lésbicas não leva, por si só, a um desenvolvimento psicossocial atípico ou constitui um fator de risco psiquiátrico." [sic] (Maria Berenice Dias)

"Num pioneiro trabalho divulgado em publicação norte-americana ainda inédita entre nós (Emerging Issues In Child Psychiatry And The Law - edited by Diane H. Schetky, M.D., and Elissa P. Benedek, M.D. - Brunner/Mazel, Publishers - New York - 1985), e que tem por título Lesbian Mothers/Gay Fathers (Mães Lésbicas/Pais Gays), suas autoras (Donna J. Hutchens and Martha J. Kir patrick) salientam que ‘um procedimento de guarda ou visitação que é baseado na orientação sexual dos pais cria um trauma emocional intenso, assim como problemas legais significativos. O sistema que decide, se é ou não concedido aos pais o direito de guarda ou visitação com as crianças é um sistema que geralmente reflete a homofobia da sociedade (grifei). Freqüentemente, juízes decidem como os interesses das crianças podem melhor ser servidos, a partir de estereótipos comuns na sociedade a respeito de lésbicas e gays. Há, portanto, um sério risco de que o pai ou mãe não será avaliado imparcial e objetivamente nos termos do desempenho do seu papel paterno ou materno, e o que servirá para os melhores interesses da criança’. Mais: ‘Quando um dos pais homossexual descobre que o outro pai tem tido relacionamento íntimo com o mesmo sexo, ele ou ela podem freqüentemente tentar limitar o desempenho do papel parental da mãe lésbica ou do pai gay’. Baseadas em pesquisas, sustentam as autoras que ‘todas as evidências que nós temos disponíveis até agora indicam que orientação sexual por si mesma não prediz status psicológico, mecanismos para enfrentar dificuldades, estilo de vida ou grau de estabilidade. A preponderância dos dados fez com que a Associação Americana de Pisiquiatria removesse a homossexualidade do ‘Manual Estatístico e Diagnóstico de Doenças Mentais’ em 1973. Os investigadores listados acima concordam que ‘indivíduos homossexuais são tão prováveis quanto os heterossexuais de adquirir os níveis de maturidade emocional e estabilidade necessários para vidas satisfatórias e responsáveis’. Abalando as visões socialmente estereotipadas acerca dos papéis desempenhados por pais/mães homossexuais, ressalta o trabalho que ‘a descoberta desses estudos mostra que mães lésbicas são muito diferentes do estereótipo de mulheres masculinizadas que odeiam os homens, sendo, ao contrário, muito semelhantes a suas correspondentes heterossexuais. As mães lésbicas estudadas tinham casado na mesma média de idade e pelas mesmas razões (isto é, amavam seus maridos e desejavam o casamento) que as heterossexuais. Tinham tido filhos porque os desejavam e na mesma média de idade como as heterossexuais. Mesmo a duração dos casamentos, que produziram as crianças estudadas, foi o mesmo em ambos os grupos heterossexuais e homossexuais, em várias pesquisas. [...] Sua identidade e modelos de amizade envolviam seu papel como mãe e esta identidade era a característica saliente em suas vidas. Para as mães lésbicas, tanto quanto para as mães heterossexuais, as preocupações mais importantes eram com os cuidados da criança, da casa, segurança financeira e cuidados médicos. [...] As mães lésbicas em estudo eram mais preocupadas do que as mães heterossexuais que suas crianças tenham uma figura masculina adequada em suas vidas. [...] Muitos estudos avaliaram as mães [...] e descobriram que há similaridade entre as mães lésbicas e heterossexuais em escala de feminilidade. esta idéia também sugere que mães lésbicas, não menos que as mães heterossexuais, são socialmente bem sucedidas em interesses e capacidades femininas e maternais. [...] Em resumo, nenhum estudo confirmou qualquer diferença no estilo de vida ou modelo dos pais entre mães lésbicas e mães heterossexuais’. Prosseguindo, e abordando agora a situação da criança posta sob os cuidados de pais/mães homossexuais, salientam as autoridades que ‘o receio dos tribunais que as crianças possam ser sexualmente molestadas, confundidas na identidade sexual ou na escolha do objeto, ou sofram estigmatizações, surgiu de suposições sem uma base de dados concreta. [...] Pelas medidas obtidas, nenhuma evidência é encontrada de dificuldade no desenvolvimento, perturbações de gênero sexual, ou desenvolvimento de homossexualidade na infância dessas crianças’." [sic] (trechos da sentença de 1º instância do TJRS - MM Juiz de Direito Substituto Luiz Felipe Brasil Santos, processo nº 012890981497 - que concedeu a guarda de criança à mãe homossexual in A sexualidade vista pelos tribunais de Rodrigo da Cunha Pereira)

Conforme notícia veiculada na internet pelo site [br.news.yahoo.com], no dia 16 de dezembro de 2002, "‘a APA [Associação Psiquiátrica Americana] apóia as iniciativas que permitem que casais do mesmo sexo adotem crianças e defende todos os direitos, benefícios e responsabilidades advindos da adoção’, declarou o grupo. Anteriormente, a associação já havia divulgado declaração em defesa do reconhecimento legal pelo Estado das uniões homossexuais. Segundo a APA, que representa 38 mil profissionais da área de saúde mental dos Estados Unidos, ‘pesquisas dos últimos 30 anos demonstram de forma consistente que crianças criadas por pais gays ou por casais de lésbicas não exibem diferenças nos campos emocional, cognitivo, social e sexual em relação a filhos criados por heterossexuais.’ Os estudos também demonstraram que a atenção dada aos filhos e o comprometimento dos pais com a sua criação - e não a orientação sexual - são fatores decisivos para que a criança se torne um adulto estável e saudável [...] Entre os grupos importantes que representam profissionais da área de saúde nos EUA que já haviam declarado apoio aos direitos dos homossexuais à adoção estão a Academia Americana de Pediatria, a Associação Americana de Psiquiatras de Crianças e Adolescentes e a Associação Americana de Médicos Familiares."

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 13:34



Podes comentar o caso na CatolicaNet.



[www.catolicanet.com]

Re: Casamentos homosexuais
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 13:46

Nunca pensei que houvesse tanto Gay e tanta Lésbica no Mundo, pensava que o Mundo fosse mais completo!

É bom andar por aqui...

Página actual: 24 de 87


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