Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Arquivo - Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Página actual: 17 de 20
Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de July de 2005 02:24

Neste momento os Centros de Saúde trabalham em articulação com as escolas em programas e projectos de Educação para a Saúde que inclui aspectos da saúde sexual e reprodutiva ( na formação de alunos, pais e professores) estruturados e organizados segundo critérios estritamente técnicos e científicos.


Da discussão que se tem realizado sobre a questão da educação sexual na escola parece que há algumas pessoas que nem sequer têm uma noção da realidade - do tarabalho realizado pelos Centros de saúde em articulação com as escolas.


Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de July de 2005 02:49

Já tinha aqui linkado o estudo é pna não o ter lido antes - mas repare bem nas conclusões:


"The summary of this evidence on sexual behaviour may be that the link between Islam and sexual risk factors is ambiguous and
varies among populations.
Through the practice of circumcision, which may reduce the risk of HIV acquisition, and reduced consumption of alcohol (which might reduce risky sexual behaviour though, note the discussion about sexual behaviour above), adherence to Islamic tenets seems to reduce the risk of HIV transmission. Consistent with this, Auvert et al. (2001) found that factors unrelated to sexual behaviour accounted for differences in HIV prevalence among four sub-Saharan African urban populations. Ritual cleaning practices (e.g.,
after intercourse) may also decrease the chances of sexually acquiring HIV. Higher degrees of polygyny, observed in two studies, and a possible sentiment against
condom use (noted in one study) may increase the risks of HIV. "

As análises de tipo causal em saúde são sempre mais complexas do que leituras básicaslineares. Ou seja, o modelo unicausal em temáticas de saúde humana não tem eficácia para explicar a realidade .

Há vários estudos que indicam que a circuncisão masculina ( típica das religiões judaica e islãmica) pode ser um factor protector de DSTs sobretudo em regiões do globo onde as condições básicas de higiene sexual saõ precárias. Há vários estudos que apontam isso.

Outro factor apontado por algumas agências internacionais é a tendência dos países islãmicos substimarem o número real de populção infectada, por motivos religisoso e descriminação.

Quanto á distribuição em Portugal - segue as tendências esperadas de maiores taxas de infecção nos grandes centros urbanos , basicamente na região da grande Lisboa.

Nada tem a ver com a religião católica. Que eu saiba, Lisboa não é maioritariamente protestante ou budista .... E O Brasil, por exempo é tão ou mais católico que Portugal e apresenta taxas muito mais elevadas...



SE queriser fazer leituras religiosas da taxas de infecção da sida terá de concluir que a ausência de religião é um factor protector DECISIVO , pois os países que não aceitam confissões religiosas, como a China e a Coreia, apresentam as taxas de infecção mais baixas do mundo...





Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 08 de July de 2005 03:22

isso não está nas conclusões mas na discussão.
As conclusões referem que "The hypothesis that islamic affiliation is negative associated with HIV seropositivity is generally supported."


veja os resultados do referendo do aborto, as taxas de divorcio e natalidade fora do casamento e compare com as taxas de sida.

Lisboa tem uma mentalidade pouco catolica. A % de catolicos praticantes tambem é baixa.

O brasil tem taxas de catolicos praticantes inferiores a portugal, 20 % de protestantes, um nº significativo de ubandistas e outras religiões de origem africana, bastantes espiritas.

Mas a cultura é muito diferente. Não é isso que explica as diferenças entre o brasil e portugal. Concordo que uma só influencia não é uma panaceia universal capaz de explicar tudo. Mas quando se consegue isolar razoavelmente essa influencia podemos ver o seu efeito.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de July de 2005 16:44

Não deixa de ter piada essa análise da mentalidade católica ( 0 que quer que isso seja já mudou de paradigma- até aqui bastaria a pertença a uma religião, agora é preciso uam "mentalidade religiosa))

São assim as falsas crenças... E os precoenceitos também.

.... Um facto indesmentível é que nas região de Portugal onde se concetram mais católicos ( a grande maioria dapopulação católica do país) é precisamente onde se verificam maiores taxas de Sida...

Mas s equiser mater essa crença privada, deve defender mesmo que o melhor para reduzir quase até zero as taxas de SIda em Portugal, em vez de fazer campanhas de prevenção, é toda a gente converter-se ao budismo ou pura e simplesmente proibir em absoluto os cultos religiosos... Resultou na China, na Coreia, e no japão...

Pelos vistos as religiões cristãs (católica e protestante) são um factor de maior risco para contrair Sida.... Mudamos de religião ????

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de July de 2005 16:53

Ou proibimos os cultos religiosos?

È o mais eficaz - As estatísticas da China, e da Coreia são as mais baixas do mundo, assim como do Japão….

Em suma – As convicções ideológicas e crenças pessoais do Camilo sobre a SIDA ( vejam como mistura resultados referendários, já agora porque não os eleitorais? com taxa de divórcios com a taxa de sida, quando não existe nenhuma relação de causalidade entre estes factores) SÃO UM BOM EXEMPLO DE COMO NÃO DEVEM SER CONSTRUIDOS PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO SEXUAL.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 08 de July de 2005 20:45

As famílias, a escola, os serviços de saúde, os meios de comunicação, de formação e de informação devem contribuir para apresentar aos jovens modos de vida para os ideais, para as metas e para os objectivos humanos e humanizantes que passem por uma sexualidade livre, opcional, consciente, responsável, e sobretudo segura e saudável, para todos e sem qualquer ser sem excepção.

A relação Família/Escola passa por fazer o apelo à compreensão da necessidade de se estar atento a que é absolutamente necessário educar, a tempo e horas, a componente sexual da construção da identidade pessoal dos vossos filhos e dos alunos, em idades e em assuntos que constituem campos de dúvidas. Tem de se considerar que as vivências da sexualidade humana são um processo puramente espontâneo e natural, mas em que se terá de valorizar sem timidez nem insegurança o amor e a vida.
Todos devem ter participação activa na Educação da Sexualidade. A começar pelos mais interessados, os adolescentes e os jovens e também as famílias, o meio, os grupos, a escola, os serviços de saúde, etc. Ninguém deve fugir a esta responsabilidade, nem muito menos delegá-la para os ombros de outros.
A família e a escola deverão com a "Educação Sexual", levar-vos a descobrir como viver a energia libidinal (5) com a afectividade a responsabilidade e com a sua dimensão sexual, absolutamente necessária à sexualidade, mas enriquecida com valores como o altruísmo, a solidariedade, a castidade e o auto controlo e auto domínio dos instintos. Assim, ela será humanizante e personalizante.

Falar sobre da Sexualidade apresenta-se como uma proposta de vos preparar para a vida pessoal, social, comunitária e particularmente familiar, que se alimenta em valores de vida, de civismo, de amor e de consciência, de dignidade e de respeito humano. Devemos falar sobre sexualidade com verdade e clareza, simplicidade e dignidade e em toda e qualquer oportunidade.
Deve-se falar sobre a virgindade, a castidade, a abstinência da vida sexual, a educação dos sentimentos, dos valores e de principios. Educar para a vida sexual com verdade sobre o planeamento familiar não abortivo e o potencialmente ou realmente abortivo como as pilulas do dia seguinte, mas também o planeamento familiar por metodos naturais e fisiológicos, com responsabiliade e aceitação da abstinencial sexual orientada e aceite por nobres objectivos, etc. etc.
Os pais e os professores, com a educação sexual, ou melhor, para a sexualidade, procuram que em casa e/ou nas escolas, se semeiem e colham os frutos da planta da educação que se ajuda a crescer e se acompanha no desenvolvimento. Isto é importante na vossa vida e na vossa saúde.

Joaquim Galvão

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 08 de July de 2005 20:59

Estamos no mesmo sentir e pensar.
Não ficar só pelo sexual mas pelo afectivo e personalizado, tudo com vista a uma vida de amor, prazer e satisfação com responsabilidade mutua e reciproca e visando a meta final a dignidade dos actos e manifestações do amor e da vida no como não a conceber e no como a respeitar quando inicida na constituição do ovo (unidade dos gâmetas sexuais)
e a paternidade responsável como ideal do planeamento familiar.

Nada que possa sentir confiança quando vejo os projectos de educação de alguns dos centros de saúde e sobretudo quando coordenados pelos ideais da APF.

Obridado pela sua análise.

Joaquim Galvâo

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 08 de July de 2005 21:05

Peço desculpa ao amigo do Forum "CAMILO" por não ter indicado que a minha ultima nota uma resposta às suas observaçõe sobre o que escrevi anteriormente e tentei agora tornar mais claro na mensagem de hoje

Por hoje bom fim de semana a todos
Joaquim Galvão

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de July de 2005 21:50

"Devemos falar sobre sexualidade com verdade e clareza, simplicidade e dignidade e em toda e qualquer oportunidade. "


PERMITAM-ME QUE REALCE AS PALAVRAS VERDADE E CLAREZA.

( O oposto a ideologia ou propaganda doutrinária)

Já agora , não concordo com a noção de instinto aplicada aos contextos da sexualidade humana.
Instinto implica determinismo biológico. Por definição o "instinto" é o oposto da autodeterminação e da liberdade, ( nomeadamente LIberdade sexual).

Quantoa os projectos realizados pelos Centros de Saúde em articulação com a rede nacional de escolas promotoras de saúde, é um tarbalho extremamente válido e estruturado em princípios técnicos e científicos.

Naturalmente que quem advoga abordagens propagandísticas ou panfletaárias dso progarams de educação para a saúde ( que inclui algusn aspectos da saúde sexxual e reproduticva) naturalemnte pode não concordar com esta abordagem.

Ma so que é pedido aos técnicos de saúde que realizam estas formações (Médicos, Enfermeiros, Psicólogos, Psiquiatras, técnicos de serviço social), peritos em sexualidade e terapia sexual) é rigor técnico e científico nas suas intervenções de educação para a saúde.

A propaganda política e religiosa não constam deste programas ( com pena de alguns opinion makers) , em estrita obediência aos princípios éticos e deontológicos que todos os profissionais de saúde competentes têm de respeitar.


Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de July de 2005 21:53

E concordo em absoluto com o amigo Joaquim Galvão quando afirma que a educação sexual deve contribuir para :

"uma sexualidade livre, opcional, consciente, responsável, e sobretudo segura e saudável, para todos e sem qualquer ser sem excepção. "


Assim é.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 09 de July de 2005 01:05

Vou exemplificar o que penso do "rigor" cientifico da APF.

Meses atrás foi publicado um estudo que "concluiu" que 1 em cada 3 adolescentes já tinha tomado a pilula do dia seguinte. Foi titulo de primeira pagina em vários jornais e abriu os noticiarios da televisão.

A APF concordou com o estudo e aproveitou para defender o uso da pilula do dia seguinte.

noticiado em 02-03-2005:

[www.publico.clix.pt]

Estudo: uma em cada seis adolescentes faz sexo desprotegido
02.03.2005 - 18h18

Uma em cada seis adolescentes tem uma vida sexual activa sem utilizar qualquer contraceptivo, revela um estudo sobre as práticas anticoncepcionais das portuguesas, que apurou ainda uma maior utilização da pílula do dia seguinte.


E no dia seguinte:
[www.publico.clix.pt]

Uma em cada três adolescentes já tomou a pílula do dia seguinte
03.03.2005 - 07h58 Alexandra Campos

As jovens portuguesas continuam a correr muitos riscos nas relações sexuais. Um dos maiores estudos sobre as práticas contraceptivas já realizados em Portugal revela que uma em cada seis raparigas entre os 15 e os 19 anos não utiliza qualquer método anticoncepcional.


Na mesma noticia a reacção da APF:

Quem não se mostra surpreendido com os resultados do estudo agora divulgado é Duarte Vilar, da Associação para o Planeamento da Família (APF), para quem a elevada utilização da pílula do dia seguinte por parte das jovens não é preocupante por si só. O que é preocupante, no seu entender, é que um terço das jovens já tenham passado por situações de risco desnecessárias, o que as levou a, "de uma forma correcta", evitar uma gravidez não desejada.

"Não há aqui tragédia nenhuma", observa, notando que a APF continua a "não alinhar na ideia de que o uso de contracepção de emergência é um mau indicador de saúde". A APF, recorde-se, é uma das organizações que têm lutado pela despenalização do aborto em Portugal.


e o mesmo no DN:

[dn.sapo.pt]

No entanto passado uns dias vi esta noticia no publico (de que não guardei o link):

"O PÚBLICO soube mais tarde que as jovens entre os 15 e os 19 anos representavam 11,5 por cento do total das entrevistadas - ou seja, 141. Assim, são cerca de 70 as adolescentes que assumiram já ter tido relações sexuais, enquanto apenas um terço (46) afirmou ter uma vida sexualmente activa na altura do inquérito. Apenas um terço destas disse já ter usado a pílula do dia seguinte, o que reduz este universo a cerca de 15 jovens."

Formidavel! As afirmações que se fazem com uma amostra tão reduzida mas além disso há mais fenomenos estranhos nesta divulgação.

Para começar o apregoar geral de que 15 adolescentes em 141 dão 1/3 das adolescentes. Na minha terra 15/141 dá menos de 1/9, quase 1/10.

Mas além disso temos outro pormenor:

O estudo baseou-se em entrevistas directas a 3858 mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos. Mas, para os resultados preliminares apresentados, apenas foram levadas em conta as respostas de "uma amostra representativa do todo nacional" constituída por 1400 mulheres, explicou Daniel Pereira da Silva

E faço minhas as duvidas do professor da Faculdade de Medicina do Porto Henrique Barros (lido no publico):

O epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina do Porto Henrique Barros observou que as conclusões do estudo devem ser olhados com cautela. E preferiu colocar, primeiro, uma série de perguntas sobre o estudo: qual é a validade do questionário, como foi feita a amostragem, qual a proporção de recusas, qual a técnica de inquirição e ainda qual a relação entre os conhecimentos e as atitudes das mulheres inquiridas.

Com que criterio se usaram apenas 1400 respostas de um total de 3858 entrevistas, ou seja apenas pouco mais de 1/3 do total das entrevistas?

É que em entrevistas sobre este tema é muito facil obter resultados enviesados, normalmente pessoas mais recatadas, menos propensas a terem actividade sexual precoce são mais relutantes em responderem tambem a este tipo de entrevistas.

Portanto 15 entrevistas num total de 3858 deram como notavel resultado que grande parte da comunicação social propalou que 1/3 das adolescentes já tomaram a pilula do dia seguinte.

Mas porque toda esta manipulação?

O professor Miguel Oliveira e Silva considera "uma coincidência estranha" que os resultados do estudo sobre as práticas contraceptivas das mulheres tenham sido divulgados à imprensa no dia em que o Infarmed enviou a proposta de indeferimento do pedido de comparticipação do adesivo transdérmico apresentado pelo laboratório que o fabrica - o Janssen-Cilag. Este laboratório foi justamente o patrocinador do trabalho agora apresentado.

Foi com esta fraude, não posso dar-lhe outro nome, que a APF alinhou.
Se a APF quer ter credibilidade não pode alinhar com vigarices destas.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de July de 2005 09:37

Objectivamente o que me parece existir, depois de ler seu exaltado relato de colagen de textos, é apenas uma má peça jornalística, com uma má interpretação JORNALISTICA dos resultados de um trabalho científico.

Dizer que esse trabalho é "uma fraude", "uma vigarice" e que "a APF alinhou com esta fraude "já me parece uma interpretação sua bastante distorcida, abusiva e de má fé.

Parece que andou à procura de um pretexto para criticar a APF. Ora este é um pretexto ridículo. A APF não fez o estudo, não o divulgou ou patrocinou.
Apenas existiu um comentário pessoal do presidente da APF sobre esse estudo, a pedido de um jornalista.
Os comentários do Dr Duarte Vilar sobre essse seriam os que outros técnicos teriam, se um jornalista os confrontasse estes resultados, sem ter tido oportunidade de ler o trabalho em primeira mão.

È que há OUTROS estudos à escala nacional que apontam para elevados comportamentos de risco dos adolescentes e jovens portugueses, que indicam que uam percentagem significativa tem contactos sexuais sem preservativo e sem utilizarem qualquer método contraceptivo. Comportamentos de alto risco. ( Não admira que Portugal tenha uma taxa elevada de Gravidezes na adolescência .

Afinal, segundo o estudo, parece que poucas adolescentes portuguesas utilizam contracepção de emergência... Poderia ser um indicador positivo em termos de saúde sexual dos adolescentes.

Mas, se compararmos estes dados com dados relativos aos comportamentos de risco dos adolescentes e jovens em Portugal, das duas uma, ou as taxas de natalidade estão erradas ou os abortos em Portugal são de facto bastante elevados, ...

Pode ter havido falta de rigor científico na interpretação jornalística de resultados de um trabalho de investigação.... Mas também certas associações e "personalidades "ditos pró-vida utilizam abusivamente conceitos erróneos e pregam bizarrias ou mesmo fraudes científicas.

Como chamar bebés a um blastocisto, dizer que a masturbação não é normal, afirmar que a pílula antoconcepcional é um método abortivo, afirmar que os métodos pseudo-naturais são mais eficazes que a pílula ou que os jovens não devem utilizar preservativo nas relações sexuais, porque não é eficaz na protecção de DST ...

Sim, há vários métdodos de planeamento familiar e mas apenas alguns métodos contraceptivos ( os menos eficazes) são abençoados por certas religiões.

E não hesito a uma tirada do Gato Fedorento:

"Pois há. Mas ao pé do método das temperaturas, fazer figas durante o acto sexual é um método científico"

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de July de 2005 10:45

Os programas de Educação Sexual abstinence -only são uma fraude:

"A recent review examined abstinence-only programs and none was found effective. Despite the years of evaluation on abstinence-only education, no reliable evidence exists to prove that it actually delays or reduces the frequency of the initiation of sex. Research shows that abstinence-only strategies may in fact refrain contraceptive use among sexually active teenagers, thus increasing their risk of unintended pregnancy and sexually transmitted diseases. A report from the 2002 Human Rights Watch indicated that some abstinence-only education programs even falsely claimed that condoms do not work and are inefficient in preventing the transmission of HIV. It appears that the new quarter billion dollar federal program for abstinence-only education extends the teachings on potentially harmful religious and political health recent review found only 6 published studies in peer-reviewed literature that examined abstinence-only programs and none was found effective. Despite the years of evaluation on abstinence-only education, no reliable evidence exists to prove that it actually delays or reduces the frequency of the initiation of sex. Research shows that abstinence-only strategies may in fact refrain contraceptive use among sexually active teenagers, thus increasing their risk of unintended pregnancy and sexually transmitted diseases.

A report from the 2002 Human Rights Watch indicated that some abstinence-only education programs even falsely claimed that condoms do not work and are inefficient in preventing the transmission of HIV. "

"In 2004, Rep. Henry Waxman (D— CA), released a report about the state of abstinence-only sexuality education. The report found that the curricula used by more than two-thirds of government-funded abstinence-only programs contain misleading or inaccurate information about abortion, contraception, genetics, and sexually transmitted infections:

The abstinence-only program Me, My World, My Future states, "Tubal and cervical pregnancies are increased following abortions." According to obstetric textbooks, previous abortions are not correlated with ectopic pregnancies (Cunningham, et al., 2001).

Choosing the Best, The Big Talk Book states,
"[R]esearch confirms that 14 percent of the women who use condoms scrupulously for birth control become pregnant within a year." In fact, when used correctly and consistently, only two percent of couples who rely on the latex condom as their primary form of contraception will experience an unintended pregnancy (Hatcher, et al., 2004).

Why kNOw states,
"Twenty-four chromosomes from the mother and 24 from the father join to create [a fetus]." Human cells are actually comprised of 46 chromosomes; 23 from each parent (Cunningham, et al., 2001).

WAIT Training incorrectly states that HIV can be transmitted through tears and sweat. According to the U.S. Centers for Disease Control and Prevention (CDC), HIV is only transmissible through blood, semen, and vaginal secretions.

The Waxman Report also found that many abstinence-only curricula even go so far as to blur the line between religion and science, and treat gender stereotypes as scientific fact (Committee on Government Reform, 2004).

Abstinence-only sexuality education doesn't work. There is little evidence that teens who participate in abstinence-only programs abstain from intercourse longer than others.

It is known, however that when they do become sexually active, teens who received abstinence-only education often fail to use condoms or other contraceptives

. In fact, 88 percent of students who pledged virginity in middle school and high school still engage in premarital sex.

The students who break this pledge are less likely to use contraception at first intercourse, and they have similar rates of sexually transmitted infections as non-pledgers (Walters, 2005; Bearman and Brueckner, 2001).

Meanwhile, students in comprehensive sexuality education classes do not engage in sexual activity more often or earlier, but do use contraception and practice safer sex more consistently when they become sexually active (AGI, 2003a; Jemmott, et al., 1998; Kirby, 1999; Kirby, 2000; NARAL, 1998).




Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de July de 2005 11:29

Algusn grupos pretendem que em PORTUGAL se sigam nas escoals os modelos de educação sexual norte americanos, fortem,nte doutrinários, para quem a educação sexual consiste apenas na ttransissão dos seguintes valores:


Abstinence-only or programs teach that:


• abstinence is the only option for unmarried people

• sex outside of marriage is mentally and physically harmful

• abstinence is the only way to prevent pregnancy and sexually transmitted diseases (STDs)

Recipients of federal abstinence-only program money must agree not to provide any information that is inconsistent with the abstinence-until-marriage message. Therefore recipients often:

• provide no information about condoms or other contraceptives except to mention their failure rates

• ignore topics including HIV and AIDS, lesbian, gay, bisexual, and transgender (LGBT) people, and abortion
Abstinence-only programs create a hostile environment for LGBT youth:
• Many curricula only mention LGBT people and same-sex sexual activity in reference to promiscuity or disease.
• Abstinence-only programs ignore the fact that same-sex couples exist and as of yet can’t legally marry.
• The lives, experiences, and sexuality of LGBT people are erased by abstinence unless married messages.



Abstinence-only programs create a hostile environment for youth from “non-traditional” families:
• Students with LGBT, unmarried, or divorced parents are led to believe that their families don’t count and are responsible for society’s problems.

• Students are taught that having a child out-of-wedlock is harmful to the child, the parents, and society.




Abstinence is an important part of any educational program about sex, but young people also need information about other choices.

Abstinence-only programs are not effective:
• There are no credible studies indicating that abstinence-only programs keep young people from becoming sexually active.


Real sex education programs:
• teach that abstinence is the most effective method of preventing pregnancy and STDs, including HIV
• discuss pregnancy and disease prevention
• discuss condom use and other contraceptives
• discuss a wide range of topics including LGBT people, parenting, sexual abuse, and family diversity
• empower young people to make healthier choices about sex



Studies have shown that comprehensive sex education:
• is more effective than abstinence-only education
• tends to delay sexual intercourse
• increases condom and other contraceptive
• use for teens that become sexually active6

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 10 de July de 2005 00:47

trabalho é uma fraude, fortemente distorcida, motivada por razões economicas. Antes fosse uma raridade neste campo mas não é. Este tipo de distorções são mais frequentes do que as pessoas imaginam. O mais grave do problema não estve na interpretação jornalistica mas no enviesamento da propria investigação. Estes enviesamentos são muito frequentes. Um classico foi aquele que em 1982 concluiu que os 75 % dos homossexuais tinham 500 parceiros sexuais diferentes ao longo da vida. Os 25 % restantes tinham mais de 1000.

Mas se o presidente da APF fosse isento ou pelo menos inteligente e conhecedor dos estudos que vão sendo feitos sabia como eu sabia, mesmo sendo um amador cujo interesse por estes temas não é o maior, que estudos anteriores indicavam niveis de uso da pilula do dia seguinte entre as adolescentes relativamanete baixos, que a idade mediana para as adolescentes iniciarem a sua vida sexual supera os 17 anos, logo o minimo de bom senso e inteligencia leva-lo-ia a duvidar dos resultados. Como eu duvidei logo que vi as conclusões. Se o Duarte Vilar, profissional do ramo, não viu aquilo que eu vi claramente então não alinhou na fraude, é apenas pouco inteligente. Mas não acredito nisso, acredito sim que ele percebia bem que os dados estavam errados mas aproveitou para fazer demagogia.

A CP disse também:

Um facto indesmentível é que nas região de Portugal onde se concetram mais católicos ( a grande maioria dapopulação católica do país) é precisamente onde se verificam maiores taxas de Sida...

É completamente falso.

[www.drogas.pt]

Página 35. O que interessa mais é o mapa da esquerda. Porque obviamente que numa região com pouca juventude os nºs da sida tendem a ser mais baixos, logo para ver a incidencia dentro dos grupos etarios amis atingidos devemos olhar para o mapa da esquerda.

Nota-se a influencia dos grandes meios urbanos, Lisboa e Porto. Mas Setubal que é um cidade da dimensão de Braga tem taxas de SIDA muito mais elevadas. Faro, como eu tinha previsto, tem taxas elevadas e não me parece um distrito mais urbano que aveiro. Genericamente o norte do pais, mais religioso que o sul, com mais catolicos praticantes, tem taxas de sida significativamente mais baixas.

Quanto aos copy/pastes digo-lhe neste campo não há escolhas não ideologizadas, são sempre ideologizadas. Apenas varia a ideologia.

Se eu tirasse um texto de um site catolico diria que está eivado de tendencias ideologicas. Como tirou o 2º texto de um site que pela pagina principal tem como grande objectivo a legalizaçãodo casamento homossexual é ciencia!

[www.lambdalegal.org]

[www.lambdalegal.org]

Sobre os dados do 1º texto existem dezenas de estudos com valores algo diversos. Não conheço bem os seus resultados. Sei que no Uganda promover a abstinencia e a fidelidade resultou muito bem na prevenção
da sida e os jovens mudaram realmente os seus comportamentos. Confesso que os programas americanos não conheço bem. No entanto devo dizer-lhe que o texto não prima pelo rigor. Há nele incorrecções erros graves. É um texto que escolhe cuidadosamente os estudos favoraveis entre as centenas que existem. É demagogico e ideologizado. Por exemplo escolher apenas um artigo entre centenas para referir a taxa de eficacia do preservativo é manipulador e demagogico. Obviamente que escolhem o mais favoravel.

O relativismo moral não é o caminho da felicidade, não é uma ciencia mas sim uma ideologia muito falivel.

e repito eu nunca disse que o preservativo não era eficaz na prevenção das DST. Apenas indiquei qual era o grau de protecção que ele conferia para o caso da SIDA. Quantifiquei. Coisa que parece causar-lhe graves dificuldades de compreensão.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 11 de July de 2005 00:19

Meus caros

Esta a diferença entre a educação da sexualidade e a educação sexual.
A educação da sexualidade é a educação dos valores e das opções, da responsabilidade e da liberdade. A educação de opções e de decisões, não só de remediar e/ou de resolver os problemas em que consciente ou inconscientemente alguém se envolva.
A educação sexual será para muita gente, e se me permitirem, apagar fogos, ou ter soluções previstas para os comportamentos de risco que nem se pensa em questionar se se devem ter, ou se se podem conscientemente e responsavelmente optar por ter ou não ter, por decisão pessoal e livre.
Um programa de educação sexual responde ao dar soluções, tecnicas, cientificas e se possível seguras, para o sexo não contribuir para as doenças, nem para a gravidez acidental ou indesejada e, se tudo falhar.... soluções como a pilula do dia seguinte e até a IVG/ABORTO. Nem sempre contempla a educação da consciencia psíquica e lucida do humano e as suas ordens de valores, ou a educação para em liberdade fazer opções e tomar decisões mais afectivas que genitalizadas no relacionamento da pessoa corpo e alma com outra pessoa tambem de corpo e alma.
Um programa de educação da sexualidade vem e vai mais longe.
Educar a sexualidade é ensinar a pensar nos afectos e nos desejos, nas suas contingências.
Educar a sexualidade é preparar para a capacidade de, educada a personalidade da pessoa, ela poder fazer opções e, se e quando o quizer e possa, se decidir por comportamentos relacionados com essas opções, mas também na consciencialização de, nas decisões tomadas, não por impulso ou por mera resposta a reacções de instinto, as possa tomar com maturidade e liberdade e, nesses casos, saiba e possa ter alternativas responsáveis, saudáveis e seguras.
Mas... falar em educação sexual para muitos, tem como importante que a educação sexual seja para o sexo pelo sexo e... bombeiros para apagar fogos

Se exagero... é do sono

Joaquim Galvão

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de July de 2005 10:08

Penso que o José Galvão está aqui a introduzir uma abordagem muito válida, que aliás é partilhada por todos técnicos de saúde que fazem Educação Para a saúde na área da Sexualidade:

"A educação da sexualidade é a educação dos valores e das opções, da responsabilidade e da liberdade."
Claro que sim.
Essa é a Key -word - liberdade e autonomia.


Alguns chamam-lhe "relativismo moral" porque na sua concepção do mundo dos valores e dos afectos, querm impor aos outros aos seus modelos e ideologias.

A ponto de distorcerem a realidade. E de considerarem uma "perversidade perigosa" a Educação para os valores e a responsabilidade.




Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de July de 2005 10:11

Já agora , sobre a incidência de casos de sida em Portugal, o Camilo ignora informação básica.

As maiores taxas de incidência situaram-se claramente em regiões do país com maior número de católicos( quer em termos numéricos quer percentuais), nomeadamente na região da grande Lisboa e Vale do Tejo, zona do país onde há mais população católica em Portugal.

O Relatório apontado pelo Camilo, na sua azáfama de fazer copy paste de estudos que selectivamente suportem as suas crenças privadas, negando a existência de mil outros, fez com que linkasse aqui dados que se referem exclusivamente aos casos notificados de SIDA relacionados com a Toxicodependência.

Não sei o que tem este relatório a ver com a relação entre Sida e catolicismo.

Terá a ver com a ver com a catolicidade dos toxicodependentes???

. Li o relatório todo e não encontrei nenhuma indicação de que os toxicodependentes católicos ( que, em Portugal são uma larga maioria) estivessem mais protegidos do HIV que os toxicodependentes budistas , por exemplo….

Relativamente aos casos de SIDA em Portugal, como elemento comum a todos os estadios, verifica-se que omaior número de casos notificados (“casos acumulados”) corresponde a infecçãoem indivíduos referindo consumo de drogas por via endovenosa ou“toxicodependentes”, constituindo 49,3% ( 11 526 / 23 374) de todas asnotificações.

Mesmo assim menos de metade do total de casos.

O número de casos associado à infecção por transmissão sexual heterossexual representa o segundo grupo com 32,6% dos registos e a transmissão sexual (homossexual masculina) apresenta apenas 11,8% dos casos;

As restantes formas de transmissão correspondem a 6,3% do total. Os casos
notificados de infecção VIH /SIDA, que referem como forma provável de infecção a
transmissão sexual (heterossexual), apresentam uma tendência evolutiva crescente importante. No 2º semestre de 2003, a categoria de transmissão “heterossexual” regista 47,0% dos casos notificados (PA,CRS e SIDA)


Repito:

Um facto indesmentível é que nas região de Portugal onde se concentram mais católicos ( a grande maioria da população católica do país) é precisamente onde se verificam maiores taxas de Sida...

Quanto à distribuição de casos e mortes de Sida segundo a residência, estão em primeiro lugar Lisboa, Porto e Setúbal, logo seguidos de Faro e Braga.

[www.aidsportugal.com]

Ora segundo e Censo 2001, são estas precisamente as regiões do país onde se concentram os católicos portugueses.

Censos de 2001
População residente com 15 ou mais anos, segundo a resposta à pergunta sobre religião:

Na Região Lisboa e Vale do Tejo, ( onde se concentra a maioria dos casos de Sida em Portugal) dos 2 952 670 Inquiridos, 76.38% são católicos.
Na Região norte, que inclui o grande Porto ( segundo lugar nacional no número de casos) esta relação ainda é mais óbvia: dos 3 042 345 inquiridos , mais de 90% declararam-se católicos…


Em suma – se o Camilo quer demonstrar a tese de que quanto mais católicos, menos Sida, os números demonstram precisamente o contrário!!!


Aliás esta discussão é bastante sem sentido e só demonstra ignorância.

De facto a SIDA é uma questão bastante complexa do que não se pode restringir a uma mera explicação etiológica de tipo confessional.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de July de 2005 10:23

O GRANDE ALIADO DA DISSEMINAÇÃO DA SIDA E DE OUTRAS PATOLOGIAS SÃO PRECISAMENTE A iGNORÃNCIA, AS FALSAS CRENÇAS E PRECONCEITOS DESTE TIPO,relativamente aos modos de transmissão, por exemplo.

O camilo tem a crença privada de que os católicos estão protegidos CONTRA A SIDA; outrso tÊm a crença de que a Sida é uma doença dos homossexuais ; outros acreditam que o preservativo não protege contra a sida, em algumas regiÕES de áfrica existe a crença de que praticar sexo com uma virgem cura a SIDA....


Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de July de 2005 10:28

"Real sex education programs:
• teach that abstinence is the most effective method of preventing pregnancy and STDs, including HIV
• discuss pregnancy and disease prevention
• discuss condom use and other contraceptives
• discuss a wide range of topics including LGBT people, parenting, sexual abuse, and family diversity
• empower young people to make healthier choices about sex "


Página actual: 17 de 20


Este tópico foi encerrado

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.