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Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 14 de July de 2005 09:39

encontrei na net (mas perdi o lugar)

Sexo e amor
A constituição sexual do homem está orientada para a paternidade. E a paternidade é fruto do amor. O acto sexual não é um simples meio para a procriação, mas tem de expressar corporalmente toda a ternura do amor que uma mulher necessita. Devia perguntar-se se, o ambiente e a imagem do homem e da mulher que oferecem os meios de comunicação, permite ao homem viver o seu próprio sexo como instrumento e expressão da delicadeza e ternura próprias de um amor total.
Porque o sexo do homem é o veículo para transmitir o seu amor à mulher com a qual unirá a sua vida, é com o seu corpo que terá de exprimir a plenitude da sua entrega enamorada. Ora, a imagem que muitos homens têm do sexo não é precisamente a do veículo para expressar o terno e profundo amor à mulher amada.
A influência do ambiente faz que, na experiência de muitos homens, a imagem do enamoramento e da ternura esteja dissociada da imagem corporal do seu sexo. E isso dá que pensar. Porque não se pode pedir outro corpo, quando se quiser amar com ternura e profundidade. Sexo e amor são, de per si, duas faces da mesma realidade. Quando a experiência comum é a de desagregação podemos garantir que se introduziu um factor de corrupção na imagem social da sexualidade.
O sexo do homem está feito para expressar a ternura do amor. Dito assim, choca. E esse choque faz-nos reflectir sobre o sentido pleno do sexo e sobre o modo pelo qual o homem há-de cuidar e viver o próprio corpo. Há-de ser um corpo que saiba amar, que sirva para expressar a entrega plena e total da própria pessoa, que saiba ser terno e forte ao mesmo tempo, que saiba expressar corporalmente os matizes profundos e delicados de uma alma enamorada. Mas isso será impossível se a imagem habitual do próprio sexo não é a de instrumento de amor. Uma alma enamorada tem algo de artista. E necessita de um corpo que seja instrumento bem afinado, para poder expressar toda a riqueza do seu amor.

Um erro frequente
Muitas vezes, a mulher engana-se quando aplica aos homens o seu próprio modo de viver a sexualidade. Os homens são mais directamente carnais. Sem serem particularmente brutos, podem experimentar o simples valor sexual do corpo duma mulher, totalmente à margem da sua afectividade ou do seu valor pessoal. O homem é assim. E é bom que a mulher o saiba. Do mesmo modo que é bom que o homem saiba que as mulheres não são como ele, para que não interprete que estão na mesma onda que ele.
Um homem pode surpreender-se com a recusa de uma mulher, quando ele pensava que ela estava já há tempo metida na sua própria dinâmica de excitação. Mas é que a mulher estava interpretando aquilo como carinho. E só mais tarde se dá conta de que aquilo não é o amor limpo que ela queria e, por isso, o recusa.
Há homens que sabem isto e, por isso, sabem que, para alcançar o que querem, têm de fingir que estão apaixonados. Enganar uma mulher, neste sentido, é relativamente fácil, porque ela está predisposta a interpretar como carinho as manifestações do homem. Interpreta, a priori, de boa fé, a atitude masculina. Se ela se expressasse dessa maneira sem um carinho profundo, sentir-se-ia como uma verdadeira prostituta. Por isso tende a pensar o mesmo do homem. E gosta de sentir-se amada. Não se dá conta de que o homem, ante a proximidade de um corpo de mulher, reage, naturalmente e sem maldade, experimentando a atracção sexual desse objecto que lhe desperta o apetite.
Para evitar tratar a mulher como objecto, o homem tem que exercer um trabalho de autodomínio que não lhe é fácil. Se a ânsia que a mulher experimenta por sentir-se amada não tem em conta esta realidade do modo de ser do homem, porá este em situações equívocas, nas quais o possível carinho pode ficar facilmente suplantado pelo apetite sexual.

O domínio dos sentidos
Num momento, como o actual, em que é tão grande a carga erótica das modas, meios de comunicação, etc., muitos perguntam-se como manter uma atitude correcta quanto à estética da sexualidade. Convém aqui recordar que ver não é o mesmo que olhar. É inevitável ver muitas coisas que não se deve. O que se pode evitar é olhá-las, reparar nos pormenores, o adoptar essa atitude que contempla os aspectos do objecto apetitoso que o outro apresenta.
Para educar a vista, requer-se um contínuo domínio dos olhos, que rejeite tudo aquilo que vá contra as leis do pudor antes mencionadas. Necessitamos ter uns olhos e uma imaginação treinados a considerar as pessoas como tais não como objectos. Quem se deixa levar pelo atractivo sexual imediato do corpo, cai inevitavelmente numa consideração animal do outro e provoca o disparo do próprio instinto. Quando uma pessoa tem o hábito de deixar-se arrastar pelos olhos, não pode evitar que o seu cérebro tenha uma carga excessiva de erotismo.
O que dizemos dos olhos, pode-se aplicar ao ouvido, ao tacto, etc. Quando algo provoca um disparo da excitação, é necessário evitá-lo, porque se não, cair-se-á inevitavelmente sob o domínio descontrolado do instinto animal. Aqui há que distinguir entre sentir e consentir. Para educar a sensibilidade, a vontade terá que lutar com uma dinâmica que nem sempre domina. Como sucede com o cavalo que ainda não está domado, por vezes o domínio pode realizar-se só distanciando a vontade do que se sente, rejeitando essa resposta fisiológica que não dominamos. Pouco a pouco, este exercício fará com que o nosso corpo esteja cada vez mais educado. Necessitamos educar a nossa própria sexualidade, aprender a viver o nosso próprio corpo e o corpo dos outros como parte duma personalidade espiritual, como expressão duma alma que é capaz de amar e merece ser respeitada.

A expressão corporal do amor
Se o corpo é a expressão da alma, o amor expressa-se também através do corpo. As expressões corporais de carinho têm sentido quando há um verdadeiro amor entre as pessoas. Não basta a atracção física ou o simples enamoramento afectivo, deve haver pelo menos um começo de amor conjugal. Então é verdade que essas carícias são expressão de amor.
Se não, do que são expressão é da fome de prazer ou de afecto. E o outro não vive como uma pessoa a quem me entrego, mas como um objecto que satisfaz o meu apetite sexual, do mesmo modo que um caramelo satisfaz o gosto. Quando se usa outra pessoa desta maneira, não a amamos, nem sequer a respeitamos, porque se utiliza a sua intimidade.
A utilização sexual rebaixa irremediavelmente a pessoa, precisamente porque não pode deixar de afectar a sua mais profunda intimidade. Uma vez que o sexo é expressão da nossa capacidade de amar, toda a utilização sexual chega ao mais íntimo e implica a totalidade da pessoa espiritual. O próprio facto de usá-la como objecto já é uma falta de respeito para com a sua pessoa, do mesmo modo que se se usasse o seu corpo para proteger-me dos disparos que outro me pudesse fazer. Isso vai contra a sua dignidade. A experiência indica depois quando algo é expressão de carinho ou simples fome de prazer. Se é simples fome de prazer, é mau, porque estou usando, não amando.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 14 de July de 2005 10:49

Pais à nora no ensino da sexualidade precisam de ajuda
2005/06/29 | 23:16 || Miguel Marujo e Sara Marques
PDiário: Bispos defendem primazia da família na educação para a sexualidade. Mas, na prática, os pais nem sempre sabem como o fazer. Há quem defenda que aulas deviam partir do que alunos querem saber e não de programa pré-estabelecido
[www.portugaldiario.iol.pt]

Os pais andam à nora e não sabem como ajudar os seus filhos na educação da sexualidade, mas isto não significa que o Estado deva impor estes conteúdos nas escolas sem diálogo. Os bispos católicos defenderam, numa nota divulgada segunda-feira, que «a família é a primeira comunidade responsável pela educação das crianças, dos adolescentes e dos jovens». O debate também divide católicos.

«Os bispos têm razão, mas não têm toda», argumenta Maria da Conceição Moita, ex-professora da Escola Superior de Educação de Lisboa.

«A família é a primeira responsável pela educação para a sexualidade, mas na prática isso nem sempre acontece», defende a docente que fala na sua condição de católica. «Os pais não sabem ou não abordam essas questões e, se abordam, fazem-no de forma ligeira, eventualmente preconceituosa e não suficientemente informativa», sublinha.

O dirigente da associação Juntos Pela Vida, Pedro Líbano Monteiro, defende que o papel da escola será o de «sensibilizar» os pais para a necessidade de «educar sexualmente» os seus filhos. Mas impõe condições: os encarregados de educação «devem conhecer previamente o programa e quem o vai leccionar». «A primazia deve ser dada aos pais», cabendo à escola «colaborar no processo». Além disso, defende que os encarregados de educação «devem conhecer previamente o programa e quem o vai leccionar».

O documento dos bispos aponta idênticas preocupações: «A escola é subsidiária da família e [neste campo] compete à família decidir as orientações educativas básicas que deseja para os seus filhos, decorrentes dos seus valores, crenças e quadro cultural.» Maria da Conceição Moita prefere outra abordagem: «No campo da informação deve partir-se daquilo que os miúdos querem saber e não de um programa pré-estabelecido.» Mesmo que, na escola, os alunos reproduzam preconceitos e estereótipos: «Eles têm de habituar-se que há outros que pensam de outra maneira e não devem ter como resposta verdades absolutas» da boca dos professores.

Uma disciplina como esta «exige um perfil de professor para a educação sexual, atento, aberto, que não seja dogmático e que responda exactamente ao que o aluno pergunta: nem mais nem menos», defende com a sua experiência na formação de professores. «A educação da sexualidade ao implicar relações interpessoais implica uma educação para a ética», completa.

Já o dirigente da Juntos Pela Vida é categórico: «O modelo que está a ser implementado é inaceitável». O actual método de abordar a educação sexual «banaliza a sexualidade e incentiva a promiscuidade», critica. Para Líbano Monteiro, as questões «científicas» já são ministradas nas aulas de Ciências. Os restantes temas devem ser opcionais, cabendo aos pais «decidir se os filhos frequentam ou não as aulas». Este dirigente espera que o Conselho Nacional de Educação estipule «o conteúdo obrigatório» da disciplina, que «nunca poderá ser contrário ao que os pais ensinam em casa».

Albino Almeida, presidente da Confederação das Associações de Pais (Confap) afirma que «os pais têm que confiar na escola pública sobre esta questão». A família «deve envolver-se nas actividades, nomeadamente através das associações de pais, mas não compete aos pais seleccionar os professores, nem tão pouco escolher os currículos». Para Almeida, «é absolutamente impensável negligenciar o que os bispos chamam de práticas minoritárias, nomeadamente o sexo entre adolescentes. São questões muito importantes.»

«A educação sexual não poderá ser só informação sobre órgãos sexuais, de luta contra a sida e a gravidez precoce», defende Maria da Conceição Moita. Por isso, «a escola tem de ter toda a prudência», para que as crianças, adolescentes e jovens «vivam a sexualidade de forma responsável, informada e humana». Mas, alerta, «é necessário um consenso para que não haja esta briga estúpida». Afinal, diz, «ninguém quer perverter ninguém - está-se a querer ajudar».

Nota pessoal.
Seguramente podem prever que não posso subscrever o que defende Albino Almeida, nem o entendo.
Se agora surgem maus resultados nos exames do 9º ano e estes são atribuídos aos modelos de ensino e não aos professores ou aos alunos, no mesmo plano se poderá chegar quando for feita esta avaliação aos resultados do ensino da Educação sexual, mas com uma agravante, os resultados das falhas neste campo de ensino podem vir a traduzir-se por mais abortos, mais mães prematuras e solteiras e mais infelicidade no amor e vida em casal. Mesmo que com hipoteticamente menos doenças físicas em contra corrente com mais consultas de psicologia e de psiquiatria e cada vez mais cedo.

E estes serão ou seriam péssimos resultados nos exames de avaliação da educação sexual. Por isso afirmo, não é esta a educação sexual que queremos.

Já concordo e assumo o que diz o dirigente da Juntos Pela Vida, Pedro Líbano Monteiro, de modo categórico: «O modelo que está a ser implementado é inaceitável». O actual método de abordar a educação sexual «banaliza a sexualidade e incentiva a promiscuidade», critica. ... "cabendo aos pais «decidir se os filhos frequentam ou não as aulas».
Tal como este dirigente espero que o Conselho Nacional de Educação estipule «o conteúdo obrigatório» da disciplina, que «nunca poderá ser contrário ao que os pais ensinam em casa».

No entanto estou certo de que não se pode fazer como a Avestruz, esconder a cabeça na terra e esperar ter sorte. Há pais que neste assunto pecam por total omissão de responsabilidade e são como que totalmente analfabetos na preparação dos seus filhos para a realidade, por vezes dura, da vida do dia a dia a que os mesmos têm direito. Nesse caso deverá ser a Escola a motivar os pais e a promover a sua participação dos mesmos na educação dos filhos, até para não deseducarem quem convive com eles.

Joaquim


Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 17 de July de 2005 08:54

"Os pais andam à nora e não sabem como ajudar os seus filhos na educação da sexual"

Daí a necessidade urgente de fazer formação nas escolas. Também para pais.




Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 17 de July de 2005 09:49

"O sexo do homem está feito para expressar a ternura do amor. Dito assim, choca"

A quem??


Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 17 de July de 2005 18:42

Já agora -
O Henrique galvão parte do pressuposto que "biologica" e "naturalmente" os homens são predadores sexuais ( tendem a olhar amulher como se ela fosse um objecto sexual, e a pobres das mulheres, ingénuas e coitadinhas tendem a ser "vítimas deste engano"
e são "natural e biologicamente incapazes de consiertara os homens um objecto sexual...

Para quem acredita nestes mitos, um conselho - já que tem estes falsos conceitos, provavelmente porque que não lida muito com jovens mulheres , pelo menos veja com atenção os valores subjacentes aos spots publicitários, as revistas femininas e os chats de mulheres na net, as "conversas de mulheres"... Leia alguns livros sobre o assunto ...
Olhe e veja o sexo e a cidade, que embora velhinho é já um clássico da relidade das jovens mulheres urbanas cultas, cosmopolitas e livres.


EStamos no século XXI, embora algumas pessoas não se tenham apercebido....

Por isso :

"Enganar um homem, neste sentido, é relativamente fácil, porque ele está predisposto a interpretar como carinho as manifestações da mulher.
Interpreta, a priori, de boa fé, a atitude feminina . Se ele se expressasse dessa maneira sem um carinho profundo, sentir-se-ia como um verdadeiro prostituto. Por isso tende a pensar o mesmo da mulher.

. E gosta de sentir-se amado. Não se dá conta de que a mulher, , ante a proximidade de um corpo de homeme , reage, naturalmente e sem maldade, experimentando a atracção sexual desse objecto que lhe desperta o apetite. "



Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 18 de July de 2005 02:52

Concordo com essa da Educação Sexual. Desde que mantenham a APF de fora, por ser tendenciosa e fundamentalista.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 18 de July de 2005 23:05

Começo a ver a luz ao fundo do túnel: afinal, o principal problema não eram os programas, mas APF. Já é um avanço.

Luis

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 19 de July de 2005 00:23

Caro Luis
Pelo que tenho visto, a questão está nos programas da APF.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 25 de July de 2005 17:56

Afinal , parece que certas metodologias utilizadas em algumas formações sobre a temática de Educação Sexual e tão dramaticamente criticadas por alguns sectores ultraconservdores, também são utilizadas largamente por esses mesmos sectores em actividades deformação religiosa...
Coincidências:


" , 15 e 16 de Julho, estive num encontro para educadores, realizado na PUC/SP. Tratava-se de evento promovido pelo movimento católico Comunhão e Libertação ( fundado pelo padre Giussani ) para falar de educação religiosa.
Porém, assistindo as palestras, ouvi Chopin, Mozart, vi análise de quadros de Van Gogh, depois outras análises de redacções de alunos falando sobre seus desejos e anseios. A partir deles as professoras (integrantes do movimento do padre Giussani) acabavam por extrair significados que permitiam se aproximar e dialogar com os alunos. O encontro portanto era para firmar posição em torno da pedagogia do padre giussani, ela que dá identidade ao grupo, as dinâmicas culturaistiradas dos livros de Giussani. De catecismo, doutrina da igreja nada se falou. Quando muito ouvi falar de Cristo " beleza encarnada". Beleza encarnada - onde se quer chegar exatamente? Em meio as atrações culturais nas palestras vi uma palestrante fazendo caretas adolescentes ao dizer como soa rançoso o salve rainha (degredados filhos de eva ), enquanto outra palestrante, que também se dizia católica, e igualmente do movimento, no dia seguinte afirmava que se notasse num aluno seu uma franca devoção à oxossi então daria-lhe a maior força a ele nessa procura ( tal qual a que daria a outro que professasse Cristo, disse ela). Lastimando e me enervando profundamente com aquilo que se tornou a educação religiosa nas escolas, sinceramente passei a me perguntar se a obra do Monsenhor Giussani - ora teologicamente complexa, ora exaltadora dos sentidos - não dá margem a estas confusões. Desconfiado tomei o livro " Educar é um Risco ", onde o padre pedagogicamente ensina o " educar para a crítica ": levar o jovem a questionar a tudo que seus pais lhe ensinaram como certo, ensinando o jovem a submeter cada ensinamento àquilo que diz o seu coração - se certo ou errado.

Isso me pareceu um ensinamento contrário à doutrina católica, já que a verdade não está dentro de cada um. Pior: ongs criadas por sexólogos, que ensinam hoje em escolas católicas a técnica do empoderamento - questionar tudo o que seus pais ensinaram - a pretexto de que o jovem tenha opinião própria , e não se deixe influenciar, armaram uma cilada para os pais e famílias visto que quanto mais cedo se tirar o jovem da esfera de responsabilidade constitucional dos pais, quanto à sua educação, mais os colocam próximo à permissividade e a uma vida sexual prematura.

Espanta-me portanto que a mesma técnica - que é prima do clareamento de idéias, de Carl Rogers: " o jovem deve ser estimulado a expressar todos seus anseios e desejos " - seja de certa maneira praticada num grupo como o de Comunhão e Libertação.
do a expressar todos seus anseios e desejos " - seja de certa maneira praticada num grupo como o de Comunhão e Libertação. "

[www.montfort.org.br]

Em suma - estas coincidências argumentativas entre ultra-fundamentalistas que pretendem representar a "verdadeira doutrina " são muito interessantes

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 25 de July de 2005 18:36

Todos temos anti-corpos.
Eu pela APF.
Outros pelo CL.
Contudo, já dizia São Galileu - Eppur si mouve.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 25 de July de 2005 21:14

Muove

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 25 de July de 2005 21:45

Do Blogue - terras da alegria um texto interessante :

"Olhares sobre a Igreja – A sexualidade

(...) Pode-se dizer, que o discurso da Igreja sobre a sexualidade, é visto a maior parte das vezes completamente arredado do que é a realidade das pessoas e das suas vidas.

Dizendo que a Igreja tem um discurso rígido e fechado.

Falar da sexualidade humana, tal como falar da vida, é sempre um enigma.

A Teologia dá as suas respostas para ambas, mas respostas, que não são, nunca, certezas.

No caso da sexualidade, a Igreja entende-a, e é esse também o meu entendimento, como tendo todo o seu sentido numa relação de amor. Mas mesmo este sentido, é questionado, e legitimamente, por quem vê nela outros sentidos.
Porque à pergunta: “o que é a sexualidade”? Temos muitas e variadas respostas. (,,,)

Completo esta reflexão com um texto de Leonardo Boff, onde ele fala de várias perspectivas da sexualidade, vistas pela Igreja. Insere também, um estudo curioso de uma teóloga, onde podemos ver que nos dois mil anos de história da Igreja, já várias correntes de pensamento tiveram lugar. Daí podemos depreender, que nesta como noutras coisas, o nosso saber nunca está completo. Disto tudo, quero sublinhar, que a sexualidade humana fazendo parte do plano criador de Deus só pode ser vista com o olhar positivo, com que olhamos para toda a Criação.

“É comum dizer-se que a Igreja Católica possui fobia sexual e que trata temas da moral familiar e da sexualidade com excessivo rigor.

Há certa razão nisso, pois a palavra “prazer” suscita nela preocupações e, em se tratando então de “prazer sexual”, suspeitas.

Ela na verdade, educou mais para a renúncia do que para a alegre celebração da vida.

Entretanto, nem sempre foi assim.

Dentro da mesma Igreja, há tradições e doutrinas que vêem no prazer e na sexualidade uma manifestação da criação boa de Deus, uma centelha do Divino e uma participação no ser mesmo de Deus.

Esta linha se liga antes à tradição bíblica que vê com naturalidade e até com entusiasmo o amor entre um homem e uma mulher, com toda a sua carga erótica, como plasticamente o descreve o Cântico dos Cânticos, com seios, lábios, vulvas e beijos.

Mas esta linha não vingou na cristandade.

Ao contrário, predominou a negativa por causa da influência poderosa que o génio de Santo Agostinho (354-430) exerceu sobre toda a Igreja Romana.

Não cabe aqui identificar a base material e sócio-cultural que permitiu esta incorporação. Mas importa reconhecer o carácter fortemente negativo da sua visão, embora tenha sido, como jovem, muito activo sexualmente, a ponto de ter tido um filho, Deodato.

Em seus solilóquios diz:”Quanto a mim, penso que as relações sexuais devem ser radicalmente evitadas. Estimo que nada avilta mais o espírito de um homem do que as carícias sensuais de uma mulher e as relações corporais que fazem parte do matrimónio”.

Pode a Igreja assumir sobre o amor humano tal doutrina? Mas não devemos absolutizar a posição rigorista da Igreja oficial.

Ao lado dela sempre se fez presente também a outra positiva e corajosa.

Com efeito, uma ideologia, por mais incisiva que seja, como a de Santo Agostinho, não tem força suficiente para recalcar o prazer sexual, já que este se enraíza no mistério da criação de Deus.

Ele, aqui e acolá, queira a Igreja ou não, sempre se faz valer.


Para ilustrar a tradição positiva da sexualidade cabe citar aqui uma manifestação que perdurou na Igreja por mais de mil anos, conhecida pelo nome de “risus paschalis”, “riso pascal”.

Ela significa a presença do prazer sexual no espaço do sagrado, na celebração da maior festa cristã, a da Páscoa.

Trata-se do seguinte facto, estudado com grande erudição por uma teóloga italiana Maria Caterina Jacobelli (Il risus paschalis e il fondamento teologico del piacere sessuale, Brescia 2004): para ressaltar a explosão de alegria da Páscoa em contraposição à tristeza da Quaresma, o sacerdote na missa da manhã de Páscoa devia suscitar o riso do povo.

E fazia-o por todos os meios, mas sobretudo recorrendo ao imaginário sexual.

Contava piadas picantes, usava expressões eróticas e encenava gestos obscenos, dramatizando relações sexuais. E o povo ria que ria.

Esse costume é encontrado já em 852 em Reims, na França, e se estendeu por todo o Norte da Europa, Itália e Espanha, até 1911 na Alemanha. O celebrante assumia a cultura dos fiéis na sua forma popular, plebéia e obscena.

Para expressar a vida nova inaugurada pela Ressurreição, dizia esta tradição, nada melhor que apelar para a fonte de onde nasce a vida humana: a sexualidade com o prazer que a acompanha.
Podemos discutir o método impertinente, mas ele revela na Igreja uma outra postura, positiva e alegre, face à sexualidade.”

Maria da Conceição [JARDDIM DE LUZ]

Re: É esta a Eduaçăo Sexual que queremos???
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 18 de August de 2005 14:39


CP


Os Judeus são assim com a sexualidade? Têm 7 mulheres? lol

Visitei Belmonte onde foi inaugurado a 17 de Abril um Museu Judaico. E os habitantes daquela Vila, são quase todos Judeus. Tu também?

Esta vila tem um Castelo, bem aproveitado melhor do que o de Guimarães. Algo bonito para visitar no Interior de Portugal. Segui os passos desta vez da CP.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 31 de August de 2005 17:00

Para a Ana .


"Este ano celebra-se o 60º aniversário da libertação dos campos de concentração nazis, nos quais milhões de judeus --homens, mulheres e crianças-- foram levados à morte nas câmaras de gás e incinerados nos fornos crematórios.

Faço minhas as palavras escritas por meu venerado Predecessor por ocasião do 60º aniversário da libertação de Auschwitz digo também: «Inclino-me ante todos os que experimentaram aquela manifestação do «mysterium iniquitatis».

Os acontecimentos terríveis de então hão de «despertar incessantemente as consciências, extinguir os conflitos e exortar à paz» (Mensagem pela libertação de Auschwitz, 15 de janeiro de 2005). Temos que recordar, por sua vez, de Deus e de seu sábio projecto para o mundo por Ele criado: Ele, adverte o Livro da Sabedoria, é «amante da vida» (11,26).

Cumpre-se também este ano o 40º aniversário da promulgação da Declaração Nostra aetate, do Concílio Ecuménico Vaticano II, que abriu novas perspectivas nas relações judaico-cristãs em um clima de diálogo e solidariedade.

Esta Declaração, no capítulo quarto, recorda nossas raízes comuns e o rico património espiritual que compartilham judeus e cristãos.

Tanto os judeus como os cristãos reconhecem em Abraão a seu pai comum na fé (Cf. Ga 3,7; Rm 4, 11s), e fazem referência aos ensinamentos de Moisés e dos profetas. A espiritualidade dos judeus, como os cristãos, se alimenta dos Salmos. Com o apóstolo Paulo, os cristãos estão convencidos que «os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis» (Rm 11, 29; cf, 9,6; 11, 1s). Tendo em conta a raiz hebraica do cristianismo (cf. Rm 11, 16.24), meu venerado Predecessor, confirmando um juízo dos Bispos alemães, disse: «Quem encontra a Jesus encontra ao judaísmo» (Insegnamenti, vol. III/2, 1980, p. 1272). "


discurso do papa bento 16 em colónia

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 31 de August de 2005 18:16

CP

Obrigada, pelo correio enviado :)

Sabes, que nasci e cresci perto da tua terra? Mas desconhecia o património de Belmonte. Nas minhas férias e já por e-mail falei de Belmonte a pessoas minhas amigas! Como vês divulgo a tua terra!
O meu filho que é professor e gosta de visitar museus, castelos e a riqueza da arquitectura de Portugal, visitou por duas vezes Belmonte, não ficou satisfeito só com uma visita! Acha graça como faziam o pão em Portugal e também adorou ver como colocavam os paralelos nas estradas, viu isto no Bom Jesus em Braga. Coisas de jovens nascidos no Canadá:) Para nós nada disso é novo:)
Quero-vos dizer que Portugal é rico em arquictetura, portugal é lindo! Muitos saem para passar férias em outros países sem conhecerem Portugal.

Tenho um filho lindo, por dentro e por fora...mas quando viu preservativos à venda nas ruas de Portugal, fez-me sinal e disse, lá não há disto! lol. Como já disse, aqui vendem-se nas farmácias. Presumo, que os governos estão abandalhar Portugal.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 31 de August de 2005 20:15

Hum… estranho muito essa falta de informação básica sobre o que se passa no Canadá... ( tem pai que é cego...)

Até parece que no Canadá os preservativos só se vendem nas farmácias…

Aqui fica a informação…

[www.phac-aspc.gc.ca]

As máquinas de venda de preservativos no Canadá ( assim como na maior parte dos países europeus, Portugal, Espanha, Alemanha, França, inglaterra)são bastante vulgares em espaços públicos , restaurantes, bares, discotecas e ESCOLAS.



[www.ncbi.nlm.nih.gov]


[www.qualitycondomsvending.com]

[www.egale.ca]

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 31 de August de 2005 20:31

CP

Visita o Canadá e diz-me onde vês preservativos à venda. Vem dizer-me a mim e aos que cá estão. Em bares, não sei, nem frequento, nem gosto dos cheiros. Em Escolas não há, nem em ruas publicas...
Com muita honra em ser filha de quem sou filha...lol :)

Consulta o site e pergunta: www.epsb.ca


Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 31 de August de 2005 20:42

CP

Dei-te o site das escolas publicas de uma Província no Canadá, contacta todas as escolas e responde-me, se nessas escolas se vendem preservativos.! Já nem te dei o site das escolas católicas, também te posso dar...aí tens todas as escolas publicas desde a pré ao 12. Ano de uma cidade apenas...

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 31 de August de 2005 20:44

O que te faz pensar que nunca fui ao canadá???? E que não conheço bem o que lá se passa????

O pior cego é o que não quer ver...

Pois, não vais a bares nem a cafés... e a supermercados não vais?? Ou a restaurantes? E os teus filhos não vão a bares ou discotecas ou até a bibliotecas públicas?


No canadá, até nas escolas secundárias há preservativos de graça...
Portanto não venhas com tangas.

Re: É esta a Eduação Sexual que queremos???
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 01 de September de 2005 03:12

CP


Já perguntaste às escolas que te mandei, se vendiam ou davam preservativos nas escolas secundárias? As pessoas que lá trabalham são suficiente educadas para te responderem. Todas elas têm e-mail, secretárias, gestores, vice gestores, algumas com enfermeiras e psicólogos. Vá pergunta. Tens e-mail, número de telefone e fax.
Queres o site de alguma universidade, para fazeres as mesmas perguntas? Também te arranjo sites. lolololololololol

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