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Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 31 de October de 2005 21:30

Aqui temos...cristãos na politica.




"Vivemos uma crise política e ideológica grave no país"


Brasília (DF), 28/10/2005 - 09:23


Esse foi o debate que aconteceu na manhã de quarta-feira (26) no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, na abertura dos trabalhos da Assembléia Popular: Mutirão por um novo Brasil. Os três expositores: Dom Demétrio Valentini, presidente da Cáritas Brasileira; a economista Sandra Quintela, da Rede Jubileu Sul/Brasil; e João Pedro Stédile, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), alertaram para a grave crise política, ideológica e econômica que vive o país e traçaram os desafios desta Assembléia para mudar esse quadro.

Dom Demétrio Valentini questionou "que democracia é essa que se preocupa em pagar a dívida externa e privatizar os serviços públicos, e esquece de políticas públicas para o povo". O bispo acredita que a Assembléia é um momento importante para compreender a realidade e fortalecer os movimentos sociais.

A economista Sandra Quintela espera que essa Assembléia seja um momento do povo avançar no processo político democrático. Ela defende "a autonomia dos movimentos populares em relação aos partidos políticos, para que o povo não se torne massa de manobra de interesses econômicos". No seu discurso ela relembrou das iniciativas populares que avançaram no processo democrático como os tribunais éticos, o plebiscito popular sobre dívida externa, no qual participaram mais de 6 milhões de pessoas; e a campanha contra o Acordo de Livre Comércio das Américas (Alca).

João Pedro Stédile aproveitou para traçar um histórico dos modelos econômicos adotados até hoje no país. "Da década de 90 até hoje quem governa e define os rumos do país é o capital estrangeiro", lembra. Ele listou quem tem poder e dirige o país: primeiro, o G7 (grupo dos países mais ricos do mundo), seguidos do presidente dos EUA, George Bush; o Fundo Monetário Internacional; o presidente do Banco Central e por último o presidente Lula.

O líder do MST não poupou duras críticas ao governo brasileiro. "Em três anos o governo cometeu graves erros: adotou uma política neoliberal, fez alianças com partidos conservadores e foi iludido pela imprensa burguesa", dispara. Para ele, a Assembléia terá como desafios ajudar a estimular e retomar as lutas sociais, formar novos quadros de militantes, elevar o nível de consciência política do povo, e, acima de tudo, construir um movimento social a partir dos jovens das grandes periferias do país.




Fonte: Font, CNBB





Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 01 de November de 2005 00:16

Concordo plenamente contigo Miguel.

Mas afinal o tal padre foi eleito ou não?

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 01 de November de 2005 00:29

qual padre, o de vieira do minho?
Foi eleito mas isso é secundario.

Deve ser a primeira vez que concordo com o Miguel. Em portugal acho que os padres não se devem meter na politica activa. Em questões como o aborto, a emigração, a luta contra a miseria, a ajuda ao 3º mundo devem sim emitir a doutrina cristã e tentar difundi-la.

No Brasil existe uma tão grande desigualdade social que pelo que tenho lido causa tanta miseria ao lado de alguma opolencia que me leva a não ser tão avesso à participação dos padres e cristãos lideres de movimentos na vida politica partidaria.

Mas a função principal do padre continua a ser anunciar o Evangelho, o padre não pode ser apenas um promotor social, nunca deve esquecer a dimensão espiritual (ou transcendental) da vida.
Não pode limitar-se a olhar para o mundo deve também apontar para o Céu.
Se assim não for estará a abrir as portas para a entrada de seitas com mensagens alienantes.



Editado 1 vezes. Última edição em 01/11/2005 00:36 por camilo.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 01 de November de 2005 01:05

Ehehehhe

O “laranjal” é o maior!

Secundário? Meu amigo olhe que se calhar não é!

Aliás na prática não é de certeza para os paroquianos e menos ainda será para os eleitores que não vão à igreja…mais ainda para os que não vão à igreja e que não votaram o Padre.

imagine que o padre é militante do partido. Julgo que não há norma nenhuma que o impeça de efectuar militância num determinado partido.

Se o novo presidente de junta de Salamonde, padre Albino Carneiro, fizer um bom trabalho, pode candidatar-se à concelhia lá do sitio, pode candidatar-se à distrital e nas próximas legislativas, que na prática serão daqui a 3 anos e meio, pode ir em lugar elegível para a AR

Acha que é secundário e impossível????

Eehehe!!!! nós em Portugal devemos bater o record do Guiness em candidatos às autarquias com mais processos em tribunal. Se excluirmos os que perderam, acredito que mesmo assim consigamos o record de mais autarcas eleitos com processos a decorrer …para não falar nos fenómenos limiano e Tino de rãs, ainda temos o Alberto João fulião de Carnaval,que ganha eleições há 30 anos, um fadista que diz ser de linhagem real e que tb quer ser rei e um ex-presidente da republica de 82 anos que mais parece quer criar um novo sistema politico estilo “monarca deposto, mas republicano”

Não tenho nada contra as pessoas mencionadas, mas o nosso país parece ter saído de um fenómeno qualquer que se deu ali para os lados do entroncamento.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 01 de November de 2005 01:13

É mais fácil ver um padre na AR, do que a Fátima Felgueiras ser presa ou ver o Alberto João perder as eleições

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 01 de November de 2005 13:58

Gostei, Tony. Não deixas de ter razão...
( e o contrário também é verdade- " É mais fácil ver um padre na AR, do que a Fátima Felgueiras ganhar eleições ou ver o Alberto João preso...")



Ainda há muito pouco tempo a IURD tentou infiltrar-se num partido político residual, financiando-lhe campanhas, para ver se conseguia um lugar a ao sol no parlamento...

E assim teriamos um pastor ou mesmo um apóstolo no hemiciclo...

A associação política /religião é perigosa para a Democracia. Penso até que na actualidade é o maior risco para os sistemas democráticos.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 03 de December de 2005 01:32

Olá a todos.

Peço a vossa atenção para esta mensagem.


Trata-se de um caso de solidariedade para com uma estudante da Bielo-Rússia, que após ter saído, legalmente, do seu país para se candidatar à Federação Europeia de Estudantes (ESIB) foi interrogada pela policia secreta (KGB) e expulsa não só da sua universidade, mas também da residência universitária onde residia. O texto que se segue contem um link para página da petição, que apela para: a permanência da aluna na sua instituição de ensino; para que a aluna continue a usufruir dos serviços do dormitório; e para que todos os estudantes da Bielo-Rússia possam participar livremente no movimento estudantil nacional e internacional.

A Bielo-Rússia é um país onde de vez em quando desaparecem misteriosamente, dirigentes associativos e onde o ensino superior é gratuito, mas depois de licenciados os sujeitos têm de trabalhar gratuitamente para o Estado durante dois anos. o problema é que está na esfera geográfica da Europa e peca, tal como todos os países da ex-URSS, pela total ausência de democraticidade.

Actualmente, na página da ESIB já estão depoimentos do próprio reitor da sua universidade em causa, justificando o acto. A declaração de apoio à aluna do Ministro Educação da Suécia e duas cartas do Presidente da Associação das Universidades Europeias também em manifesta solidariedade estudantil. [www.esib.org]

Infelizmente, são poucos os portugueses que assinaram até agora esta petição, parece que já se esqueceram de que em Portugal, antes do 25 de Abril vivemos coisas semelhantes. A memória colectiva parece estar pelas ruas da amargura.



Citação:
“Na Assembleia Geral nº 49 da ESIB decorreram eleições para a Comissão Executiva da ESIB.
Uma das representantes estudantis eleitas foi a Taciana Khoma da Bielorussia.

A Bielorussia vive ainda sobre o controlo do Ditador Alexander Lukashenko.

Ontem (dia 24) a Taciana foi Interrogada pelo KGB da Bielorussia e hoje mesmo foi expulsa da Universidade Estatal de Economia (www.bseu.by) onde era uma aluna com excelentes notas.

A Taciana foi também expulsa da residência universitária onde habitava.

O FAIRe tomou já a iniciativa de enviar faxes de reprovação para as autoridades competentes e está neste momento a sensibilizar as instituições e autoridades portuguesas para o acontecimento e a solicitar que seja suspenso qualquer projecto de cooperação que eventualmente exista com a universidade referida.”

Convido todos os interessados a assinar a petição online existente em:

[www.stlweb.no]

Obrigada pela vossa colaboração

* FAIRe: Forúm Académico de Informação e Representação Externa. Dedica-se ao processo de Bolonha e da Internacionalização do Ensino Superior. O FAIRe é membro da ESIB.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 05 de December de 2005 22:26

Não resisti a partilhar convosco um texto que me chegou por e-mail. Concordo com aquilo que li e partilho da mesma opinião do autor do texto. Os nossos problemas como país são simultaneamente muito fáceis e difíceis de resolver: fáceis porque basta cada um de nós querer e mudar, difícil porque ainda ninguém descobriu como pode fazer isso acontecer.

Continuo a acreditar que os problemas do nosso país não são culpa dos políticos, mas sim de quem os elege: de todos nós.

Fazem falta cristãos na política. Não é só na política que estes fazem falta, mas faz ainda mais falta acabar de uma vez pode todas com esta cultura de mediocridade, do "coitadinho", olharmo-nos de uma vez por todas no espelho e perguntarmo-nos a nós mesmo: "Queremos continuar assim?". Eu acho que somos capaz de ser muito melhor do que somos hoje.

Fica aqui o texto...

Luís

Citação:
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.

Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.

Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...

Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.

E você, o que pensa?.... MEDITE!

EDUARDO PRADO COELHO

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 17 de December de 2005 17:33

Segue um artigo de opinião que escrevi para um jornal local.



25 de Novembro – As mulheres que ainda lutam por um Estado de Direito Democrático?


No dia 25 de Novembro podemos comemorar várias coisas, por um lado o golpe militar inserido no processo contra-revolucionário e por outro comemora-se também o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Vejamos como toda esta informação se interliga e actualiza e de como a memória colectiva portuguesa é demasiado curta.

25 de Novembro de 1975

Para a compreensão do golpe e do que dele resultou é necessário dizer que, na sua preparação, participaram forças muito diversas, que apesar das divergências, pois cada qual pretendia que o resultado correspondesse aos seus próprios objectivos, as partes tinham em comum um objectivo anticomunista. As análises históricas divergem, mas os factos concretos são indesmentíveis: a substituição de alguns comandantes militares e a dissolução da Base-Escola de Pára-quedistas de Tancos pelo Conselho da Revolução tornou-se num rastilho que fez desencadear o golpe. Os Pára-quedistas ocuparam as bases aéreas de Tancos, OTA e Monte Real, as tropas do Ralis tomaram posições estratégicas nas vias de comunicação. O PR decretou o estado de sítio, o Regimento de Comandos da Amadora neutralizou as unidades de esquerda radical e Otelo e Carlos Fabião demitiram-se. A partir daí os partidos políticos, enquanto representantes da vontade popular, passaram a ter um papel mais dinâmico e determinante na nossa sociedade.
As mulheres do 25 de Novembro
Mas a importância do dia 25 de Novembro não se fica pelo nosso país. A 17 de Dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas designou este dia como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, assinalando o assassinato das três irmãs Mirabal, activistas políticas na República Dominicana, mortas sob as ordens de Rafael Trujillo (1930-1961). É importante referir que os activistas dos direitos das mulheres assinalam este dia como um dia contra a violência desde 1981.
Coincidências à parte, no passado dia 24 de Novembro, Taciana Khoma, foi detida e interrogada pela polícia secreta da Bielo-Rússia, daí resultando, no dia 25 de Novembro, a sua expulsão da Universidade Estatal de Economia e da residência universitária. Foi-lhe vedado o acesso aos meios de comunicação correntes e à consulta do seu processo de expulsão, tudo isto porque Taciana Khoma, dias antes havia saído do seu país, com visto cedido pelo Estado, para se candidatar a membro da Comissão Executiva da ESIB (the National Unions of Students in Europe). A Bielo-Rússia vive desde 1994 sobre a égide de Alexander Lukashenko e tal como outros países da ex-URSS encontra-se na esfera geográfica da Europa. Não obstante, continuam a demonstrar falta de democraticidade nas suas estruturas. Na petição on-line, de solidariedade à Tatsiana, (http://www.esib.org) entre os quase dez mil assinantes, contam-se poucos portugueses, apesar dos esforços que têm sido feitos, utilizando os modernos canais de comunicação.

A memória colectiva portuguesa é demasiado curta

A minha reflexão recai sobre a memória colectiva dos portugueses, será que já nos esquecemos de que se não tivesse existido um golpe a 25 de Novembro de 1975, não poderíamos comemorar o 25 de Abril, pois viveríamos uma ditadura comunista? Já nos esquecemos de que os nossos jovens fugiam da polícia política e dos horrores da guerra? Da falta de sensibilidade internacional para com a ditadura do Estado Novo? De como a questão as Colónias Ultramarinas foi centralizada pela comunidade internacional em detrimento das questões humanitárias? Que em vez da Biélo-Russia e da Tatsiana poderíamos estar a falar de Portugal e de uma Maria? Quantas Tatsianas há no mundo, alguém sabe? Por quanto tempo vão os países da ex-União Soviética fingir que vivem em democracia? Por quanto tempo vamos nós fingir que não há violações à democracia dentro da Europa?

AG
Cidadã

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: huguenote (IP registado)
Data: 18 de December de 2005 23:55

Precisam-se de pessoas transparentes!Realistas!Ponderados e sem medo de arriscar! Sendo ou não cristãos, tem que ser competentes!E sinceros!:-) Não nos podemos esquecer que tiveram cristãos no poder...Houve muita diferença?!Reparem na partilha do Luis Gozanga!Todos somos limitados e não somos prefeitos...E não é fácil governar...

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 02 de January de 2006 21:04

"Tudo pode ser mudado pela oração". Por isso, as mensagens insistem:"dobrai vossos joelhos em oração."



(vejam o exemplo escolhido na Itália):



Roma, 31 dez (Radio Vaticano) - Orações incessantes pelos políticos. É o que está acontecendo nos oitocentos mosteiros femininos espalhados por toda a Itália, onde as monjas, de uns tempos para cá, decidiram rezar pelos políticos do país.



Reza-se, em média, de oito a dez horas por dia. Cada mês é dedicado a um político: de direita, de esquerda, famosos e menos famosos, cada parlamentar tem um mês inteiro, durante o qual se reza por ele (ou por ela).



VALE A PENA DIVULGAR?





Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 02 de January de 2006 21:09

Mais do que divulgar, vale a pena seguir o exemplo em praticamente todos os países do mundo :-)

Luís

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Ovelha Tresmalhada (IP registado)
Data: 03 de January de 2006 17:37

Em Julho de 2004, num blog que já desapareceu, (Lamentos de um Pessimista) li e copiei este texto, cujo teor é semelhante ao texto de Eduardo Prado Coelho, mas num tom muito mais ácido e pessimista.

Passo a citar:

"Há quem se encante com Portugal - a mim desencantam-me os portugueses.

O português, o genuíno português que eu conheço, só tem um modelo - o "chico-esperto" - e uma única preocupação - não ser otário.

Anda nas estradas aos zigzagues, não pára nas passadeiras, apita furiosamente às bestas que o antecedem, gesticula, injuria, ameaça e salta, lesto, para a porrada, estaciona no passeio nas barbas do polícia cumprimentando-o “vou só ali num minutinho...”. Abomina, aliás, os polícias porque são caçadores de multas e não de criminosos.

Confia cegamente na sorte: mede as coisas a olho, faz "cálculos" de cabeça, verifica se há corrente com os dedos, certifica-se de que as varandas não caiem ou que as vigas não vão abaixo dando pulinhos sobre elas, monta aindaimes por intuição, mete calços toscos em pilares de pontes, não usa nem cinto, nem luvas, nem capacete, nem óculos, nem máscara porque só estorvam, só estuda na véspera dos exames, dá pancadinhas em tampos de madeira rezando o oráculo do esconjuro - e com isso dorme descansado.

Não educa nem corrige os filhos porque eles não gostam e o seu maior terror é traumatizá-los – embora não saiba, nem suspeite sequer o que é, precisamente, um trauma.

Sente vergonha dos pais e dos avós porque os acha velhos, feios, gordos, caretas, ignorantes e mal vestidos.

Ridiculariza as religiões porque é evoluído e não quer que o tomem por tolo - mas é devoto fervoroso de astrólogos e quiromantes, de cartas, de signos e de búzios, e de misteriosas energias e vibrações astrais. Mais recentemente aderiu, desconfiado, às bruxas do computador e marca de vez em quando umas consultas no Professor Fofana.

Se se diz católico, logo faz questão de esclarecer que não é praticante, não vão julgar que é fanático ou que acredita nessas tretas da padralhada pedófila.

Nunca leu um livro na vida, mas devora novelas, concursos e resmas e resmas de revistas (que diz só ler nos consultórios), morrendo de inveja do jet set, cobiçando-lhe as casas, os carros, as roupas, as mulheres, deliciando-se nas escandaleiras. Ultimamente começou a comprar Paulo Coelho e já encomendou no quiosque da estação o próximo livro do Harry Poter - que nunca lerá, tal como não leu o Código Da Vinci que fez questão de comprar para se armar em culto.

Houve tempos em que, se as coisas corriam mal, submetia-se, resignado, ao destino. Recentemente descobriu que, por detrás de todos os males, há sempre, afinal, um culpado: o governo, os tribunais, as repartições, as câmaras, os jornalistas, os árbitros, os treinadores, os jogadores, os professores, os patrões, os colegas, as mulheres, os homens, os imigrantes, os pretos, as filhas, as sogras, as amantes, a internet, os condutores, os peões, o sol, a chuva, o vento, Deus o Diabo e sei lá que mais. A própria morte deixou de ser coisa natural: há sempre uma ambulância que se atrasa, ou um malandro de um médico que se engana, mesmo quando um português conduz a bisavó de 95 anos, em coma, ao hospital.

Ludibria desalmadamente o fisco ( a faturinha do almoço, o talão da gasolina, a receita da farmácia, o valor da escritura, o desdobramento da viagenzinha a Bruxelas, a recuperação do IVA, a contabilidade falsificada, o recibo a pedido, o off shore da Madeira).

Gaba-se da facadinha no matrimónio, das "gajas" que já comeu e das que comerá, mas mata a mulher e o amante quando se vê traído.

Procura incessantemente a “relação estável”, a “pessoa ideal”, a “felicidade” - e saltita de caso em caso, de cama em cama, de chat em chat, de angústia em angústia, de depressão em depressão, de calmante em calmante, de advogado em advogado, de tribunal em tribunal, lutando por filhos que “aquela parva, aquela preversa” não conseguiu ou não quis impedir que atrapalhassem a sua vida.

Gasta 21 preciosos anos da sua vida a preparar-se para a profissão que um dia exercerá – mas não perde um dia sequer a preparar-se para o casamento, coisa incomensuravelmente mais difícil de gerir do que uma empresa e cuja falência destrói vidas, ao invés da daquela, que, em regra, destrói apenas património.

Mas mesmo esses 21 anos de pouco ou nada lhe servem na profissão: é incompetente, inexperiente, imaturo, não tem bom senso, não tem perfil e dificilmente será bem sucedido no maior investimento da sua vida.

É mestre no "esquema", na habilidade, no suborno, e só compra o que não pode sacar de outro modo. Bem se lhe pode chamar rei da pirataria: música, software, filmes, livros, set-boxes, e tantas outras coisas que não me vêm agora à mente...

Abomina o trabalho, o planeamento, a organização, a pontualidade, o rigor e a disciplina – e censura “os que mandam nisto” asseverando que “não sabem o que andam a fazer”.

É inculto, é grosseiro, é tacanho de vistas, é mal-criado, é "massa bruta" - e isso parece aumentar na razão inversa dos cursos que tem (mestrados e pós-graduações incluídos).

Ninguém se delicia tanto na ostentação como o português: roupas, jeeps, cartões, expos, estádios de futebol, duplexes, 2 garagens, écrans de plasma (quem me dera ter um!), viajens a Cuba e à R. Dominicana.

Compra, a prestações de 5 ou 10 anos, colchões a 800 contos e aspiradores a 400 contos, convicto de que essas maravilhas da tecnologia o livrarão para sempre de todas as dores, de todas as doenças, de todos os males e da própria morte.

É traiçoeiro e invejoso, soberbo e ambicioso. Quando o nomeiam para algum cargo, chefe de turma ou ministro, delegado sindical ou administrador, capataz de obras ou bispo, cogita com os seus botões "finalmente renderam-se aos meus méritos e deram -me o prémio que merecia há muito”. Nunca viram a pose de um ministro no sublime momento da posse? e como obliquamente se inclina, como avantaja o peito e projecta a barriga, como franze o sobrolho, semicerra as pálpebras e lança, à distância, o olhar, um simples locutor da TV quando entra num restaurante, quando percorre as prateleiras da FNAC ou quando finge escolher uma gravata? Nunca viram um encarregado a dar ordens, um contínuo recém-licenciado a falar com os ex-colegas, um juiz a mandar calar um advogado ou uma testemunha, um médico a repreender uma enfermeira, um veterano a aplicar uma praxe?.

Vive encaixotado em torres de betão, não conhece, não visita e não fala com os 150 vizinhos que tem e, sobretudo, nunca põe os pés em reuniões de condóminos, - mas é o primeiro a reclamar, a exigir, a protestar, a fazer abaixo-assinados quando a campainha não toca, a porta não abre ou o elevador não funciona.

O português, o português que eu conheço, é ateu, agnóstico, laico, republicano, maçon, anarca, comunista, trotskista (ainda há?), do CDS, do PSD, do PS, do PCP, do BLE, do MRPP - mas mete o filho, o único filho que tem (os seus potenciais irmãos, concepturos ou nascituros, valem muito menos que o 2º ou o 3º carro, a casa da praia ou do campo, as férias na Tailândia) nas Doroteias, no Ramalhão, no Pio XII, na Católica, porque aí, ao menos aí, dão-lhe um educação esmerada e, sobretudo, aí não há pretos.

É este o português que eu conheço!

Mas eu sou Pessimista, e, pior ainda, um Pessimista português, que não conhece muitos portugueses. Não se inquietem, pois, os optimistas, que eu provavelmente estou enganado."


Mais do que cristãos na Política, do que precisamos é de cristãos a sério que, com o seu exemplo, regenerem todo o tecido social



Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 03 de January de 2006 20:41

Ora, aqui temos um texto também tipicamente português! ;-)

Dizer mal de tudo é, afinal, uma das «artes» mais cultivadas no nosso País. Parece que adoptámos a lamúria e a maledicência como «credo», fazendo até negócio disso...

A menos que... A menos que as mesmas coisas sejam ditas por estrangeiros, sobretudo se esses estrangeiros forem espanhóis... Então reunimos a tribo contra o gentio incréu que ousou tocar o nosso orgulho lusitano... E aparece o «patrioteirismo» no seu «melhor»...

Terão razão aqueles estrangeiros que dizem que os portugueses são o povo mais deprimido do mundo? Ou será que todo o nosso nacional-derrotismo não passa de um «artifício» retórico?

Curiosamente, temos assistido nas últimas semanas a certas intervenções políticas (e não me refiro apenas à pré-campanha para as eleições presidenciais) que insistem na «esperança»... Contudo, o discurso pessimista continua a render muito mais, politicamente falando. Nos últimos anos parece que os «pântanos» mobiliza(ra)m mais que os «oásis»...

Ligando estas questões ao tema geral da participação política dos cristãos (e agora refiro-me à política «qua tale», onde se inclui a política partidária), levanta-se o enorme problema da relação entre discurso político e verdade. Quantas e quantas vezes o partidariamente correcto não viola o mais elementar sentido de verdade que a própria consciência aponta?... Não deixa de ser preocupante a forma como se demonizam os adversários políticos, numa mera lógica binária e reducionista... Grandes fígados terão certos políticos cristãos...

Alef

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 03 de January de 2006 23:43

Depressivos? Não. Eu acho que somos ciclotímicos ou maniaco- depressivos. Ora somos os poires do mundo e autoflagelamo-nos sem piedae ( o texto é um curioso exemplo disto) ora somos os maiores, numa fase de exacerbada euforia ... Esperem pelo mundial de 2006 e verão a euforia dos hinos e das bandeiras.
Equilíbrio, precisa-se.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 04 de January de 2006 02:14

Pelo que já li, estou a ver que os bons portugueses foram os que emigraram. Aqui os Canadianos e outras raças dizem que os portugueses, são trabalhadores, honestos, muito católicos e respeitadores :) lol

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 24 de January de 2006 19:31

Ana,

acho lamentável não teres votado.

Para sermos consequentes com o título deste tópico, não poderemos deixar de intervir na sociedade.

Aliás para sermos cristãos também não o podemos deixar de fazer.

Não votar é a demissão de um nosso dever.

Mas também podes achar que votar é a arma do povo.

Nesse caso não votes para não ficares desarmada... :o))

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 24 de January de 2006 20:52

JMA

Lindo:)sou portuguesa de coração, mas no votar já não sou. Não estou inscrita no consulado e não tenho o passaporte português em dia, uso o passaporte canadiano. Eu bem telefonei ao consulado, mas...
Presumo que foi quando o Cavaco Silva foi Primeiro Ministro que os juros do nosso dinheiro estiveram a 27 e 28% espero pela mesma volta:) lol

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 24 de January de 2006 22:26

Ana,

Se isso viesse a acontecer (juros a 27% e 28%) a maioria das famílias iriam ter que abandonar as suas casas pois os juros dos empréstimos seriam superiores a 30%. Seria uma verdadeira catástrofe nacional. Felizmente (pois estamos na União Europeia) isso é muito pouco provável que aconteça.

Luís Gonzaga

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 04:09

Luis

Não sei a como as pessoas aí pagaram os juros em 1985, 1986 e 1987, mas nós tivemo-los creio que até chegou a mais de 28%. Muitas famílias regressaram a Portugal, pensavam que com os juros viviam aí. Depois mais tarde voltaram a regressar ao Canadá:)
Nós com os juros de $20.000 compramos aí um apartamento. Depois construí aqui uma vivenda trouxe ainda $26.000, bom negócio, não foi? Agora gostava que isto acontecesse só mais uma vez:)
Ontem aqui também houve eleições: agora temos um presidente novo <<Good Looking Guy:)>>

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Este tópico foi encerrado

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