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Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 28 de September de 2005 16:18


Ah...já nos compreendemos! Ainda bem:)

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 28 de September de 2005 17:38

Mais uma vez chamo a atenção da ana para não dizer “no canadá” é assim , mas para ser mais precisa, na “escola x do Canadá” é assim…

Porque, mais uma vez, não é verdade que o modelo que a ana apontou ( segregação de turmas ) exista em todas as escolas do Canadá.

Tal como em Portugal, existem em algumas escolas ensino integrado para crianças que não tenham uma deficiência profunda:



Handicapped children may be placed in the regular classroom with or without supportive services. Supportive services can include the teacher aides and attendants mentioned above, but frequently consist of the advice and assistance of a teacher specialized in special education. The support can include special materials, apparatus, or assignments. “
[www.unb.ca]

Quanto a escolas com ensino especial para determinado tipo de crianças deficintes, também existem em Portugal, tal como no Canadá.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 28 de September de 2005 17:46


Canadian provinces have moved to conform to these constitutional requirements. Detailed provisions for special education have replaced exclusion clauses in provincial education statutes.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 30 de September de 2005 16:20

Tilleul Escreveu:
...

Uma criança deficiente em contacto com as crianças chamadas normais sentem-se acolhidas, não marginalizadas, incentivadas a ir mais além e a ter objectivos mais largos.

As chamadas crianças normais, em contacto com as crianças especiais desenvolvem a caridade, a inter ajuda, a aceitação do diferente com algo para a ajudar e não a recriminar ou esconder.

___________________________________

Concordo inteiramente. Mas considero que é possivel implementar o cheque ensino sem que isso seja posto em causa.

Não sei quais as escolas catolicas que recebem e integram deficientes dessa forma nem quais as que não o fazem. Só conheço uma escola catolica e há uns anos que não tenho grande contacto com ela, o instituto nun'alvares.

o instituto nun'alvares é um bom exemplo daquilo que eu acho recomendavel para o ensino. Tinha um acordo com o estado, não sei se ainda tem. Nesse acordo o instituto recebia as crianças e jovens da sua zona que instivessem interessados em frequenta-lo, não podia recusa-los e estes não pagavam mais do que nas escolas publicas. O estado por seu lado financiava o instituto, não sei como, imagino que desse um subsidio por aluno com base naquilo que é gasto nas escolas publicas.

Com esse subsidio o instituto tinha reconhecidamente um nivel de ensino melhor que as escolas vizinhas e era bastante procurado. Havia até familias que procuravam obter um atestado de residencia falso para que os filhos podessem frequentar o instituto nun'alvares. Creio, sem ter a certeza, que tambem recebia alunos deficientes. Tambem existiam alunos dessa area que se inscreviam nas escolas de famalicão e santo tirso.

Não sei se a situação ainda se mantem mas é um exemplo de como o ensino privado não é necessariamente descriminatorio, nem elitista e pode até ser muito melhor que o publico.

neste caso a escolha dos pais é mesmo assim limitado.
Creio que muita da oposição à escolha dos pais, ao cheque-ensino, vem de sectores que temem que o ensino ministrado pelas escolas catolicas cresça ou que a religião catolica tenha mais influencia no ensino.
As dificuldades apresentadas e outras que existem mas não foram mencionadas parecem-me perfeitamente ultrapassaveis com uma implementação desse cheque-ensino adequada.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 30 de September de 2005 18:32

"Creio que muita da oposição à escolha dos pais, ao cheque-ensino, vem de sectores que temem que o ensino ministrado pelas escolas catolicas cresça ou que a religião catolica tenha mais influencia no ensino"

EStás profundamente enganado...

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 30 de September de 2005 18:57

mesmo que esteja enganado nesse pormenor o resto do que disse não deixa de ser válido, as dificuldades que apresentou são perfeitamente superaveis. O caso do instituto nun'alvares é um exemplo pratico disso mesmo.



Editado 1 vezes. Última edição em 30/09/2005 18:59 por camilo.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 30 de September de 2005 18:59

Pois, pois...

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 01 de October de 2005 17:45

[jn.sapo.pt]

Quantas destas crianças estuddam em colégios privados católicos?

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 02 de October de 2005 00:29

se me disser quantas não estão eu poderei dizer quantas estão.
Mas se o cheque-ensino fosse levado avante todas poderiam estar. Bastaria para tal que o cheque-ensino dessas crianças fosse proporcional aos gastos que proporcionam no ensino publico e que os estabelecimentos que podessem receber o cheque-ensino fossem obrigados a aceitar essas crianças.

Esse tipo de dificuldades é facilmente superavel. Se essas crianças originam uma despesa no ensino publico 2 ou 3 vezes maior que uma criança sem deficiencias então receberiam um cheque-ensino de identica quantia. Assim poderiam frequentar um ensino privado, que até poderia ser obrigado a aceitar essas crianças se quisesse ter o direito a tambem receber os cheques-ensinos das outras.

Como vê nada dessas objecções constitui uma dificuldade relevante.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 02 de October de 2005 00:42

aliás o cheque-ensino libertaria as escolas catolicas da "logica de mercado".

Se bem me lembro um aluno no ensino secundario cerca de 6000 euros por ano. Quantos colegios vivem com propinas inferiores a isto prestando um melhor ensino que o estado?

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de October de 2005 03:29

"aliás o cheque-ensino libertaria as escolas catolicas da "logica de mercado".

Quando muito, facilitaria o seu financiamento numa lógica de ultraliberalismo e de primado do mercado versus solidariedade social...

É isso que Pretendem.
Mais financiamento do EStado para financiar o ensino privado.
Quanto ao número de crianças com síndrome de down integradas no ensino normal em colégios católicos, aponto um número - ZERO.

è a cultura da vida.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de October de 2005 03:45

Mas posso estar enganada. Continuo á espera que algum forista indique um ùnico colégio privado católico em POrtugal que admita crianças com deficiências no ensino integrado...

Um ùnico....


Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 02 de October de 2005 23:43

No ensino publico um aluno desses quanto custa por ano? Se um aluno normal do secundario custa 6000 euros penso que é bem provavel que esse aluno custo o dobro ou o triplo.
Será que um colegio catolico pode dar-se ao luxo de fazer os outros alunos pagarem uma propina ainda maior para que aquele aluno possa frequentar o colegio.
Depois existe o problema da escala. Quantos alunos desses existem. Certamente fica muito caro distribui-los pelas varias escolas, será certamente mais razoavel concentra-los nalgumas escolas aonde posssam ter acompanhamento especializado ao mesmo tempo que convivem com as crianças normais. Ter apenas um ou dois alunos numa escola traz um custo exorbitante para essa escola.

Sem apoio estatal, por exemplo um cheque-ensino proporcional aos custos provocados, uma colegio particular vê-se completamente impossibilitado de acolher crianças dessa nessa condições. Não me que os outros pais achassem razoavel para alem de já estarem a pagar impostos para sustentar o sistema de ensino publico de que não usufruem ainda pagarem um suplemento de proprina para que esse aluno podesse frequentar esse colegio. Porque no ensino privado alguem tem de pagar, se não for o utilizador terão de ser outras pessoas. No entanto de o estado subsidiasse as escolas privadas com o mesmo montante que gasta com esses alunos na escola publica, ou talvez até ainda menos, certamente não faltariam escolas que os aceitassem.
Olhe, mande um mail para o instituto nun'alvares já que assunto tanto lhe interessa. Creio que lá podem muito bem ter alunos desses, ou ter tido se entretanto o contrato com o estado tiver caducado.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 03 de October de 2005 09:25

"Será que um colegio catolico pode dar-se ao luxo de fazer os outros alunos pagarem uma propina ainda maior para que aquele aluno possa frequentar o colegio"


Que brincalhão....




Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 03 de October de 2005 09:51

se não tinha nada para dizer para além de uma alfinetada para que o disse?

quanto ao financiamento do estado de uma entidade privada isso parece-me absolutamente secundario perante o beneficio dos pais e dos alunos que isso poderia originar. Afinal de contas se as despesas do estado seriam as mesmas o estado em nada sairia prejudicado. Os pais e alunos teriam mais responsabilidade e liberdade de opções.

Existiam entidades privadas que beneficiariam, pois existiriam. E daí? Qual o problema disso? O estado não é prejudicado, o ensino em principio teria melhor qualidade, os direitos dos pais e dos alunos seriam mais respeitados, que interessa se uma entidade privada conseguia ganha dinheiro por proporcionar um ensino melhor que o estado? Provavelmente ganha-lo-ia porque conseguiria gerir melhor a sua escola que o estado gere as suas.


Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 04 de October de 2005 13:43

Despenalizar crimes, Nunca!
Despenalizar o crime Nunca|

Para além dos valores que pessoal e profissionalmente assumo.

Para além dos valores que pela moral e pelo ideal de vida Cristã que procuro praticar.Para além daquilo em que acredito e que defino como sendo SÓ DEUS O SENHOR DA VIDA E DA MORTE.
Só escrevo o que se segue, perante uma realidade e a consciência de viver numa sociedade sem os valores da Civilização Cristã, que nos caracteriza como seres com história e orgulho na Dignidade Humana.
Compreendo o drama da gravidez não desejada mas o aborto e por outras palavras a Interrupção Voluntária da Gravidez são Crime e não aceito despenalizar o que é crime.Poderei encontrar atenuantes para as penas mas nunca para aceitar a despenalização e descriminalização da IVG/ABORTO.

O aborto só aparece na necessidade de parar uma gravidez não desejada se dela sabemos que vai nascer um filho, um ser vivo único, por ser diferente dos irmãos – mesmo dos mesmos pais - e irrepetível. Nenhuma outra relação do mesmo pare o repetiria.
O aborto só aparece se um “casal” tiver uma aventura extraconjugal ou não e houver um "descuido" O aborto poderá “ser livre”se até se poder ir a Espanha ou a Londres e fazer “a coisa” com toda a limpeza.

Por favor, chega de hipocrisias! A hipocrisia não é de quem está contra o aborto. Queremos é que ele não se faça e pedir também para que se não atirem pedras a quem é obrigada (não o faz por gosto ou então seria masoquista) a fazê-lo…!Todos conhecemos a realidade. Mas mesmo as esposas dos Grunhos (independente e até mesmo com respeito aos valores morais delas) porque não usar de um meio de controlo da natalidade proposto pelo médico obstetra ou ginecologista ou mesmo os clínicos gerais da valência da saúde materna que existem na maioria dos Centros de Saúde?Não entro em conta com aspectos éticos ou morais, dadas as hipóteses em análise e a entrar com outras seriam as minhas propostas e considerações pessoais.

Contudo, sem entrar nos princípios e valores pessoais e morais de cada casal/família, e em particular de cada mulher, tomar uma pílula anovulatória, usar um DIU com vigilância (Atenção que também pode ser um meio de abortar), usar o preservativo - até por causa das doenças de transmissão sexual - tudo poderá estar ao alcance de qualquer mulher. É de inteira e exclusiva responsabilidade de que quem tiver “os acidentes” ou as tais aventuras, (extra conjugal, prematrimonial ou outra), ou na pior das hipóteses for causador dos dramas de violência sexual, mesmo em meio conjugal, que assumam a responsabilidade pessoal do acto que realizaram, fizeram ou praticaram, e se assumam conscientes das consequências de terem feito o que livre opcional e conscientemente fizeram.
Excluo aqui a realidade das violações para as quais a Lei tem resposta.A hipocrisia não está do lado de quem defende a vida e é contra o aborto Hipocrisia é atribuir aqui culpas aos outros – os que não levaram o casal para a cama, os que não os despiram e os que não aconselharam a praticar ou “fazer” o acto sexual e a dele tirarem e gozarem o prazer e satisfação sem prevenção, quer puramente aventureiro quer sem preverem ter de assumir a responsabilidade dos naturais acidentes e das suas naturais consequências.

Que se não atirem pedras aos que desesperados recorrem a esta solução, não estou de acordo pois ela envolve tirar a vida a quem foi gerado por vivos e só vais ser drama se viver e pelo parto vier a fazer parte da vida dos vivos.

Que se exija a responsabilidade de quem faz as leis isso sim, pois que não cumprem o dever político e social de procurarem apresentar as soluções sociais, culturais, económicas e outras para porem termo a estas situações.

Pobres, sempre os teremos e não despenalizamos o roubo.
Criminosos sempre os teremos e não os descriminalizamos.

Estou 100% de acordo, é para que se chamem a assumirem as suas responsabilidades em primeiro lugar os intervenientes dos actos sexuais para as situações da gravidez acidental e indesejada (logo a concepção de um ser que ao nascer é tão humano como os seus progenitores).

Também os que não realizam o dever de promover o ensino da educação da sexualidade humana, do planeamento familiar e da saúde materno infantil, que deveriam orientar e apoiar estas pessoas para não voltarem a reviver situações semelhantes.

Quanto aos Grunhos ou machões acabaremos com eles quando logo que se dê educação para o respeito e a responsabilidade, e já agora e também a cada mulher que assuma a sua genitalidade e sexualidade não para o prazer fácil mas para a plena satisfação realizadora da sua felicidade psíquica e física com a consciência de viver nestes actos a consciência e a responsabilidade da possibilidade de neles se envolver a natural hipóteses – mesmo com controlo da natalidade de haver lugar a uma maternidade/paternidade do ser que gerarem.

Joaquim José Lopes Galvão

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 05 de October de 2005 01:05

Ninguem obriga uma mulher a ficar com o seu filho. Pode da-lo para adopção. Não faltam candidatos a adoptar um recem-nascido.

Mas mesmo que faltassem a morte nunca é solução para nada, o aborto é um crime que me repugna fortemente. Penso que a sua legalização contribuirá para aumentar o seu numero e por isso é algo a que os cristãos devem opor-se firmemente.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 05 de October de 2005 01:19

Ainda não entendi uma coisa nesta questão toda. Uma mulher assassina e pelo facto de ser mulher não pode ser julgada, não pode ser presa. Mas que democracia é esta?
Contrariamente ao que foi dito, os Bispos Portugueses publicaram uma meditação sobre a vida:
[www.agencia.ecclesia.pt]

Lá pode ser lido entre varias coisas:

"Tal como outras manifestações de violência e de desrespeito pela vida do próximo, o drama do aborto coexiste com a dignidade da vida, sobretudo com a grandeza do dom de a poder comunicar. O que é relativamente novo, mas realmente um retrocesso, é a tentativa de o “normalizar”, tirando-lhe a gravidade ética de que se reveste, porventura considerá-lo um direito da mulher-mãe."

"
* Será possível descriminalizar o aborto?
A resposta a esta questão depende daquele ponto crucial, se sim ou não consideramos o nascituro um ser humano desde o início. Se a nossa posição é essa, não vemos como se poderá tirar ao aborto a classificação de “crime”. A violência mortal sobre um ser humano constitui a natureza do principal acto criminoso. Na sequência da Tradição, confirmada pelo Concílio Vaticano II, o Magistério da Igreja continua a considerar o aborto um “crime abominável”. Na Evangelium Vitae, João Paulo II afirma: “Dentre todos os crimes que o homem pode realizar contra a vida, o aborto provocado apresenta características que o tornam particularmente grave e abjurável”(5) .
Como em todos os crimes, circunstâncias psico-sociais podem tornar "inimputável" ou com responsabilidade atenuada, quem praticou um aborto ou para ele contribuiu. Mas isso não retira ao acto em si mesmo a sua natureza criminosa, que não decorre apenas da subjectividade de quem o pratica, mas da gravidade da acção em si mesma.

* Será possível despenalizar o aborto?
Isso corresponde a perguntar se é possível, do ponto de vista legal, definir um crime sem lhe atribuir uma pena. Não nos compete pronunciar-nos sobre essa questão de natureza jurídica. Parece-nos, no entanto, que o caminho não é "despenalizar", mas considerar, em sede de julgamento, eventuais circunstâncias atenuantes, até porque o grau de responsabilidade não é o mesmo, quer entre as mulheres que abortam, quer entre aqueles que as condicionam e contribuem para o aborto.
Seja qual for a resposta dada a esta questão, ela não poderá fundamentar qualquer forma de legalização do aborto que constitua um direito da mulher."

Espero que fique aqui bem claro QUALQUER CATOLICO ALEM DE SER CONTRA O REFERENDO A VOTAR - SÓ PODE VOTAR NÂO!!!!




Editado 1 vezes. Última edição em 05/10/2005 01:24 por Moises.

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 05 de October de 2005 19:35

Maus exemplos...

Alef

Citação:
Padre Horácio demite-se se o PSD vencer freguesia de Lordelo, em Vila Real


População está indignada com posição assumida pelo padre da freguesia, que manifesta assim o seu protesto pelos atrasos nas obras da paróquia

A população de Lordelo, freguesia suburbana do concelho de Vila Real, está indignada com o pároco local, Horácio Botelho Pereira, que aproveitou as duas homilias deste fim-de-semana para ler um comunicado em que ameaça demitir-se ou suspender a sua actividade nesta paróquia no caso de ser "a mesma equipa" a vencer a junta de freguesia local, ou seja, a lista liderada por Arlindo Campeão, do PSD.

Em causa está a alegada demora da autarquia em concretizar promessas antigas com a paróquia, nomeadamente construir uma floreira junto à residência paroquial, compor o muro de acesso a esta residência e ao infantário local, bem como passar para o nome da Comissão Fabriqueira de Lordelo um terreno para construção de uma igreja.

Sem nunca referir o nome de qualquer partido político e sublinhando não querer influenciar o sentido de voto dos cidadãos, Horácio Pereira anunciou qual vai ser o seu comportamento perante os resultados eleitorais do próximo domingo na junta de freguesia local: se for a "mesma equipa", ou seja, o PSD, a vencer as eleições, suspende funções e só voltará quando os problemas desta autarquia com a paróquia estiverem resolvidos; se "forem outros", ou seja, o PS, "só" continuará se houver um "compromisso por escrito" para a resolução dos mesmos problemas.

"As pessoas entenderam as palavras do padre como uma chantagem e não gostaram", dispara uma moradora, que não se quis identificar. "O padre Horácio misturou fé com política e as pessoas ficaram muito revoltadas", acrescentou José Carvalho, da lista do PSD à assembleia de freguesia. "Sou padre, sou apartidário e a questão não é com nenhum partido político - é apenas um problema de Igreja", contrapõe Horácio Pereira, pároco de Lordelo há dois anos e meio. Reafirmando o seu desalento perante o incumprimento das promessas, o padre justifica a diferenciação de comportamentos após os resultados eleitorais: "Uns já lá estão, podem comprometer-se hoje; os outros só podem tomar uma posição depois".

Celeste Pereira
«Público», 2005-10-05

Re: Cristãos na Politica precisam-se
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 06 de October de 2005 08:48

Bento XVI contra exclusão da Religião da vida pública
2005-10-04 23:47:42

A XI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos iniciou-se ontem no Vaticano, com uma missa presidida por Bento XVI. Os mais de 250 Bispos de todo o mundo, em representação de 118 países, viram o Papa mostrar a sua preocupação pela exclusão do fenómeno religioso da vida pública.

Na homilia da Capela Papal que marcou o início deste grande evento eclesial, Bento XVI condenou a vontade dos homens de "possuir o mundo e a sua própria vida" afastando Deus, que consideram como "um obstáculo".
"A tolerância, que admite Deus como uma opinião individual, mas que o exclui do domínio público, da realidade do mundo e da nossa vida, não é tolerância, mas hipocrisia", afirmou.
O Papa condenou “a violência, o derramamento de sangue e a opressão, que fazem gemer as pessoas sob o julgo da injustiça”.
“Quando o homem se torna único dono do mundo e proprietário de si mesmo, não pode haver justiça.
Então só pode dominar o arbítrio do poder e dos interesses”, alertou.
Citando uma passagem do Livro do Apocalipse, o Papa disse que "a ameaça do juízo [de que falam as leituras da missa] diz respeito também a nós, a Igreja na Europa, à Europa e ao Ocidente em geral... também a nós pode ser retirada a luz".

Bento XVI apresentou ainda uma reflexão sobre o “mistério da Eucaristia, na qual o Senhor nos dá o pão da vida e o vinho de seu amor e nos convida à festa do amor eterno”.
“...Cada vez que comemos deste pão e cada vez que bebemos deste cálice, anunciamos a morte do Senhor até que venha” apontou, Bento XVI sublinhou assim a importância da Eucaristia, que classificou como “uma «lente» com a qual se pode examinar continuamente o rosto e o caminho da Igreja”.
“A doutrina católica sobre a Eucaristia, definida com Autoridade pelo Concílio de Trento, pede ser recebida, vivida e transmitida à comunidade eclesial de maneira sempre nova e adequada aos tempos”, lembrou.
O Papa relevou a coincidência do encerramento da assembleia sinodal com o Dia Mundial das Missões, a 23 de Outubro, sublinhando que “a Eucaristia, de facto, é o centro propulsor de toda a acção evangelizadora da Igreja”.
“As comunidades cristãs sem a celebração eucarística, na qual alimentam com a dupla mesa da Palavra e do Corpo de Cristo, perderiam a sua autêntica natureza: só na medida em que são «eucarísticas» podem transmitir Cristo aos homens, e não só ideias ou valores por mais nobres e importantes que sejam”, defendeu

A Europa é o continente com maior representação no sínodo, com 95 prelados, seguida da América com 59, a África com 50, a Ásia com 44 e a Oceânia com oito. A Conferência Episcopal Portuguesa está representada com dois delegados: D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra, e D. António Marto, Bispo de Viseu.

Fonte Ecclesia




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