Cara Cristina:
Sei que o teu pedido de ajuda
não é sincero. Nem se quer se insere no desafio que te coloquei de seres honesta e de argumentares inteligentemente.
Pelos vistos não és capaz de o fazer.
Mas mesmo assim vou responder-te, porque há uma hipótese remota
de teres de facto uma perturbação psiquiátrica que te impeça de seres monogãmica.
Calmamente, analisando a tua situação a dois níveis - jurídico e psiquiátrico.
Começarei pela
dimensão jurídica, porque o que aqui se tem discutido
é o casamento civil e apenas isso.
1 -
Citação:Cristina
"Sou heterossexual. Sou casada. Sou uma heterossexual com tendências poligâmicas profundas- (...) eu não escolhi a minha condição e a génese psíquica da minha tendência está por explicar.(...)
Desejaria todos os dias unir-me casualmente a (pelo menos) outros dois homens adultos. Naturalmente, com o consentimento deles e do meu marido (com quem já falei sobre o assunto e que me aceita como sou).
Desejaria todos os dias unir-me casualmente a (pelo menos) outros dois homens adultos. Naturalmente, com o consentimento deles e do meu marido (com quem já falei sobre o assunto e que me aceita como sou). "
Ao analisar o teu caso, do ponto d evisata estritamente jurídico, parece-me evidente que o que tu queres não é propriamente casar com três ou quatro maridos ao mesmo tempo - ( coisa que não é possível face ao Código civil Português), mas, como és uma mocinha divertida , pretendes copular intensamente com quem te aparecer á frente, se possível todos os dias.
Se é pretendes cópula casual", como tu dizes , dela não deriva nenhum "impulso poliãndrico", até porque esse termo não existe.
Pelo que escreves, tu não pretendes estabelecer uma relação conjugal ou uma comunhão de vida com dez, vinte ou trinta homens ao mesmo tempo - queres apenas poder
copular "casualmente" com quem te apetecer, mesmo estando casada civilmente.
O único problema é que, quando contraiste o casamento,
assinaste um contrato civilque te impunha uma obrigação específica -
o dever de fidelidade.
Face a esse contrato tens como obrigação só teres sexo com o teu marido ( e reciprocamente).
Os cônjuges têm obrigação de guardar mutuamente fidelidade conjugal. A violação e desta obrigação, traduzida na manutenção de relações sexuais consumadas entre um dos cônjuges e terceira pessoa, pode servir de fundamento á dissolução do vínculo matrimonial - Divórcio.
Ou seja, não fores fiel, violas ( culposamente ou não)
um dos deveres conjugais essenciais para a manutenção do vínculo conjugal.
Mas, para que ocorra um divórcio, é necessário que a parte lesada - o teu marido queira dissolver o vínculo conjugal.
Ou seja, se o teu marido não se importar de,
mansamente, aceitar a situação, o divórcio pode não ocorrer.
Ou seja, não existe problema nenhum, mantem-se o vínculo conjugal, mesmo com a violação ostensiva dos deveres conjugais por parte de um dos comjuges.
"
Citação:Cristina
Naturalmente, com o consentimento deles e do meu marido (com quem já falei sobre o assunto e que me aceita como sou)."
SE assim é, podes copular livremente todos os dias com quem te apetecer, desde que o teu marido se sinta satisfeito com isso e ter uma relação de casamento civil monogãmico.
Não é preciso alterara o Código Civil Português nem admitir a poliandria.
2 - Passemos agora á
dimensão psiquiátrica.
O Comportamento que descreves - a
compulsão obsessiva por sexo e por vários parceiros sexuais ao mesmo tempo pode ser uma
disfunção sexual.
Não se trata de
nenhum juízo moral mas da avaliação de um
comportamento disfuncional que, pelos vistos, te provoca sofrimento emocional e desajuste psicológico intensos.
Citação:Cristina
"Também para mim esta condição é uma provação."
Nesse caso aconselho-te
uma ajuda psiquiátrica especializada e eventualmente terapia de casal.
Por último, não vejo o que é que o teu problema particular tem a ver com a possibilidade de
aceitação do casamento civil entre homossexuais.
E a resposta é - não tem mesmo nada a ver.
católica praticante
Editado 4 vezes. Última edição em 15/05/2007 19:35 por catolicapraticante.