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Re: Serei cristão?
Escrito por: FranciscoG (IP registado)
Data: 02 de July de 2009 15:47

Citação:
Isabella
Francisco
Obrigada.



E o que é ser um verdadeiro Cristão?

Isso, Isabella, também tem uma resposta fácil:

o diálogo entre Jesus e o jovem rico (S. Marcos, 10, 17 - 21).

Mais uma vez, esta resposta serve todos os cristãos.

Só ainda não percebi, Isabella, o porquê dessas perguntas direccionadas para mim... O fórum é grande! Mas continuarei a responder.

Re: Serei cristão?
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 03 de July de 2009 15:41

Olá Firefox,

Como te referi, segui atentamente a tua conversa com o Francisco, e penso poder tecer algumas considerações:

Citação:
Firefox
Nesse caso discordo e vou explicar o porquê. Entendo que Jesus não teria mesmo que compreender na totalidade a profundidade do seu ato, e mais ainda, entendo (no meu caso) que essa compreensão diminuiria a grandiosidade do ato. Jesus era igual a nós em tudo, e nesse sentido não tinha que ter nenhuma liberdade ou compreensão sobrehumana. A fé cristã não é um mero assentimento a verdades sobrenaturais, nem ninguém tem que esperar um telegrama do céu para se por no caminho certo, poderia tentar enumerar algumas das características da fé cristã, como a confiança, mas o que quero destacar aqui é que a fé é também obediência. Parece-me que a fé é tanto maior se não exige garantias, e uma "demonstração" de que Jesus não entendia tudo, mas seguiu com plena confiança até o final, foi a sua oração no horto, qdo antevendo o que estava por vir pediu ao Pai que se possível afastasse aquele cálice. Sem obter resposta (!)- e quantas vezes nós a exigimos -, ele entendeu a resposta no silêncio doloroso e seguiu perseverante e fiel até o final.

Ao reflectir sobre a Paixão temos que ter sempre em conta o motivo desta. O homem pecou contra Deus, rompendo por diversas vezes a aliança que Ele quis estabelecer connosco. Como refere, e bem, o Francisco, com a tua concordância, não é possível ao homem compreender a totalidade da gravidade do seu acto. Se fomos criados para louvar a Deus, ao não o fazer negamos a único motivo da nossa existência.

Refere, ainda, o Francisco que o perdão implica a reparação. Se tirei 100 tenho que repor 100, para poder ser perdoado. Concordo integralmente com esta ideia. Estas duas ideias resultam, quanto a mim, nesta constatação: não é o homem capaz de ter noção do quanto ofendeu Deus, o que nos impede de proceder a uma reparação suficiente para conduzir ao perdão.

Temos ainda que na Paixão de Jesus, Deus estabelece com o homem a derradeira e inquebrável aliança, que perdurará até ao fim dos tempos.

Se meditarmos um pouco sobre estas dimensões da Paixão, percebemo-nos com facilidade que apenas ao próprio Deus as poderia realizar. Somente Ele tem noção da gravidade do acto e da reparação necessária, somente Ele é capaz de estabelecer uma Aliança inquebrável. Parece-me assim, que Jesus só poderia realizar a Vontade do Pai, tendo total e completa noção do que estava envolvido na Paixão, pois só assim poderia reparar na exacta medida da gravidade do acto de modo a nos granjear o perdão. Somente assim poderia estabelecer a derradeira aliança com Deus.

Parto da premissa que na incarnação se realizou a união hipostática da natureza humana e divina, pelo que Jesus viveu, também, a Paixão com toda a sua humanidade. O que ainda aumentaria a grandiosidade do seu acto: sofrer o que qualquer um de nós sofreria, com a sua natureza humana, e sofrer como só Deus poderia sofrer, com a consciência plena da gravidade dos nossos actos e de se ver condenado apesar de inocente.

Uma outra pista sobre o que nos pede Deus e a resposta que devemos dar, pode ser encontrada em Nossa Senhor. Ante o anjo, não disse um não egoísta ou desinteressado, não disse um sim ignorante, mas deu um sim informado, se puder usar a expressão.

«Como há-de ser isso?» Não rejeitou de imediato, não disse sim sem saber bem porquê nem a quê, mas perguntou a Deus sobre a Sua vontade para lhe poder dizer sim.

Por fim, agradecia que me esclarecesses um pormenor: «foi a sua oração no horto, qdo antevendo o que estava por vir pediu ao Pai que se possível afastasse aquele cálice. Sem obter resposta (!)- e quantas vezes nós a exigimos -, ele entendeu a resposta no silêncio doloroso»(sublinhado meu). Podes dizer que não teve resposta? Na oração do horto depreendo um diálogo intímo com Deus, estarei a entender mal?

Cumprimentos

Alpha

Re: Serei cristão?
Escrito por: Cristo Salva (IP registado)
Data: 04 de July de 2009 00:26

Citação:
FranciscoG
Uma nota final:
Excelente a piada da auto-estima!!! eheheheh

Haja, por fim, alguém com bom humor! :D

"Cristo salva! Eu creio" - Flor

Paz do Senhor para Todos!

Re: Serei cristão?
Escrito por: Anori (IP registado)
Data: 04 de July de 2009 12:06

Olá Francisco,

Citação:
Francisco
"...Deus é acto puro, simples e universalmente perfeito e nele não não há lugar à imperfeição."

Citação:
Francisco
Ora, não há dúvida que nós distinguimos acto de acção. As acções podem ser boas ou más. Mas em Deus não há mal. O mal existe por ausência de bem. O mal realiza-se porque livremente alguém opta por não fazer o bem. Os actos humanos podem ser bons ou maus mas, por exemplo, mas não há actos naturais bons ou maus porque não há liberdade na natureza. Nós é que, quando olhamos para um terramoto, por exemplo, dizemos que é um mal. Mas, de facto, a Natureza não é responsável por qualquer mal ou bem... A natureza tem regras de funcionamento e, queiramos quer não, nós temos que viver com elas e sobreviver a elas.

Na minha opinião a perfeição que referes, Deus, inclui o que consideramos os opostos! Bem e mal, são o equilibrio...frio-calor; doce-amargo; áspero-macio; alto-baixo...só existem, só fazem sentido na existência um do outro!
Como ias reconhecer a luz, sem a escuridão? Ela só faz sentido nas trevas! O dia sem a noite, a noite sem o dia...o alto, não pode ser na ausência do baixo, eu não posso ser na ausência daquilo que não sou!
Também nós somos natureza...

Citação:
Francisco
De facto, eu não conheço o bem porque conheço o mal. Eu não conheço o amor por conhecer o ódio. Que eu saiba, nunca odiei ninguém nem fui odiado por ninguém e amo muitas pessoas. Eu nunca odiei os meus pais e desde pequeno que fui crescendo e aprendendo a amá-los. Eu não consigo, sequer, ter uma noção do que seria odiar os meus Pais (falo por mim, obviamente).

Podes não ter experimentado os opostos, mas existem...e se não conseguisses identificar isso à tua volta, não tomarias consciência do que experimentas!
Não odeias porque não tens motivos, a vossa relação não permitiu isso, mas pais não significam rigorosamente, literalmente amor, carinho, bem estar, protecção, conforto...basta abrir os jornais e ver inúmeros casos de pais que maltratam, violam, matam os filhos...
Valorizas a Paz que reina no nosso país...porque vês e tens conhecimento da Guerra e violência em várias partes do mundo...pensa no conceito Paz, ausência de guerra muito bem, mas fazes este exercício mental porque conheces o conceito de guerra o que ele significa, sem isso não!

Citação:
Francisco
Posso, sim, dizer que faço o mal ou odeio alguém porque me afasto de Deus, pois o mal existe porque as pessoas escolhem não fazer o bem. Daí que existam atenuantes à pena por um mal feito se este não foi realizado com plena liberdade. Atenuantes à pena, obviamente, porque o mal deverá ser reparado na devida proporção. Se eu roubar 1000 euros, terei que restituir 1000 euros.

Há uma escolha do mal sobre o bem, porque o homem não vê no outro Deus...Jesus não disse: O que fizeres ao pequenino fazes a mim? O nosso ego, a nossa individualidade, esta ilusão separa-nos, ilude-nos na responsabilidade que temos uns com os outros, com a natureza com tudo o que nos rodeia, se visse-mos Deus nas florestas, talvez hoje não houvesse os problema e desequilíbrios que há, se visse-mos Deus nos mares, na terra...respeitássemos de uma forma mais harmoniosa e não apenas temendo e recorrendo ao constante pecado-confissão, pecado-confissão!!!
Não será o corpo de Deus, que Jesus pretendeu mostrar...Namaste!


Namaste!

Re: Serei cristão?
Escrito por: Isabella (IP registado)
Data: 04 de July de 2009 13:56

Francisco

Não posso concordar com tudo o que escreveu: há filhos nas igrejas dando a comunhão e não falam com os pais e outros familiares, eis porém a critica muita vez acerca dos que andam nas igrejas!
A culpa aqui também será dos padres que aceitam essas pessoas para servir a igreja.

Re: Serei cristão?
Escrito por: Isabella (IP registado)
Data: 05 de July de 2009 22:48

Cada dia que passa me sinto menos cristã.

Re: Serei cristão?
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 06 de July de 2009 01:44

Citação:
Isabella
Cada dia que passa me sinto menos cristã.

Olá Isabella,

Ser cristão é um compromisso que nos envolve completamente, então não há como desligá-lo da vida. Acredito que já sabe disso tudo, mas não fique chateada comigo por te lembrar o óbvio, é que todos nós precisamos de vez em qdo de sermos lembrados dessas coisas. É natural que cada um de nós passe por momentos de crise, altos e baixos, mas nada disso é motivo para nos assustar, apenas nos mostra que estamos vivos, recorda-nos nossas fraquezas e em quem está nossa força.

Não sei como anda a sua vida de oração, se tem orado mais ou orado menos, mas sugiro que procure com mais empenho a ajuda na oração. Não consigo imaginar nada melhor para ti nesse momento do que intensificar o seu relacionamento com o Cristo. Ele será seu refúgio seguro e nele encontrará "solo" em que se apoiar, a verdadeira consolação está no Senhor.

Se te encontras no deserto, e na aridez te faltam forças para buscar a oração, invoca o nome do Senhor e pede a Ele que te fortaleça a vontade de orar. A oração é o oxigênio da vida cristã e sem ela tudo fica mais difícil. É um ótimo exercício recordar as graças recebidas e listar as razões que tem para agradecer a Deus, faz isso e, sem se dar conta, qdo perceber já estará em oração. Há várias formas de agir bem nesses momentos difíceis: por exemplo, busca uma boa leitura, encontra um pequeno raio de luz que te anime e fortaleça-te um pouco antes de abrir novas frentes de combate. Sta Teresinha escreveu que nos momentos de maior provação sempre recorria a alguma devoção pq isso a ajudava a se lembrar que caminhava junto com uma multidão de santos e isso a animava. Eu uma vez passei por uma crise em que nem via gosto na leitura da Bíblia e nesse tempo dela só aceitava a leitura dos quatro evangelhos. Todos passamos por crises, então não perca a esperança. A crise não é de todo mal, serve para diferenciar o essencial do assessório e pode ser ocasião para crescimento espiritual. Continua firme.

Na certeza de dias melhores ^^

Deus te abençoe.

Re: Serei cristão?
Escrito por: Desconhecido (IP registado)
Data: 06 de July de 2009 02:33

Isabella, não é por haver numa dada crença religiosa quem seja um mau exemplo, que a crença religiosa em questão passe a ser errada, desprovida de qualquer fundo de verdade.

O que na minha opinião parece ser uma boa solução, é questionares por ti mesma, a procurar aquela que é o verdadeiro cristianismo (o que para ti parece mais verdadeiro). Certamente a tua fé sairá reforçada quando distinguires o essencial do desnecessário, tal como o firefox afirmou.

cumps

Re: Serei cristão?
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 06 de July de 2009 02:58

Olá Alpha,

Citação:
Alpha
Refere, ainda, o Francisco que o perdão implica a reparação. Se tirei 100 tenho que repor 100, para poder ser perdoado. Concordo integralmente com esta ideia. Estas duas ideias resultam, quanto a mim, nesta constatação: não é o homem capaz de ter noção do quanto ofendeu Deus, o que nos impede de proceder a uma reparação suficiente para conduzir ao perdão.

Concordo contigo que não temos condições para compreender o alcance do pecado, nem como isso ofende a Deus. Isso é ponto pacífico. Sobre a afirmação de que o perdão implica a reparação, não sei se entendi corretamente o que quis me dizer. Decerto não concordo com essa matemática de que se tirei 100 serei cobrado para repor 100, parece-me que isso não é exatamente perdão. Assim, desconfio que estamos falando de coisas diferentes ou então nossas idéias não estão em acordo nesse particular. A "matemática" de Deus ainda me soa um tanto diferente (vide a parábola dos talentos ou aquela outra dos operários da vinha).

Citação:
Alpha
Se meditarmos um pouco sobre estas dimensões da Paixão, percebemo-nos com facilidade que apenas ao próprio Deus as poderia realizar. Somente Ele tem noção da gravidade do acto e da reparação necessária, somente Ele é capaz de estabelecer uma Aliança inquebrável. Parece-me assim, que Jesus só poderia realizar a Vontade do Pai, tendo total e completa noção do que estava envolvido na Paixão, pois só assim poderia reparar na exacta medida da gravidade do acto de modo a nos granjear o perdão. Somente assim poderia estabelecer a derradeira aliança com Deus.

Se entendi corretamente, vc está descrevendo uma teologia sacrificial que apresenta a morte de Jesus como sendo uma "necessidade" para "reparar" uma "ofensa" a Deus que foi cometida pelos homens, e que somente depois desse "pagamento" de "sangue" é que seria permitido a Deus perdoar os homens, através do recurso do sofrimento e do sangue de Jesus.

Duas perguntas: (1) Deus estava devendo a quem? Quem cobra o resgate? (2) Deus exigindo a morte de um inocente não estaria fazendo um mal maior do que aquele que iria corrigir? Será que não há nada melhor do que a reedição do infeliz dito de que "o fim justifica os meios"?

Citação:
Alpha
Parto da premissa que na incarnação se realizou a união hipostática da natureza humana e divina, pelo que Jesus viveu, também, a Paixão com toda a sua humanidade. O que ainda aumentaria a grandiosidade do seu acto: sofrer o que qualquer um de nós sofreria, com a sua natureza humana, e sofrer como só Deus poderia sofrer, com a consciência plena da gravidade dos nossos actos e de se ver condenado apesar de inocente.

Não entendo que Jesus nos salve através do seu sofrimento, ele nos salva através do seu amor. O sofrimento foi contingente, não necessário. Coloque-se a hipótese: se Jesus viesse e fosse recebido como Messias por todos, ele precisaria morrer assim mesmo? Não creio. Todavia, para permanecer fiel ao seu amor e a sua missão, numa sociedade injusta trilhou um caminho que o levou até a morte na cruz. É nessa perspectiva que posso afirmar contigo que ele nos salvou através da sua morte na cruz, mas naquele contexto que descrevi antes. Assim, se isso não te escandalizar posso afirmar agora que a cruz foi como que "um acidente de trabalho".

Citação:
Alpha
Uma outra pista sobre o que nos pede Deus e a resposta que devemos dar, pode ser encontrada em Nossa Senhor. Ante o anjo, não disse um não egoísta ou desinteressado, não disse um sim ignorante, mas deu um sim informado, se puder usar a expressão.
«Como há-de ser isso?» Não rejeitou de imediato, não disse sim sem saber bem porquê nem a quê, mas perguntou a Deus sobre a Sua vontade para lhe poder dizer sim.

Sinceramente, não creio. Entendo que Maria não podia antever o que aconteceria e respondeu "sim" com base apenas na fé que confia. O mesmo para Abraão, qdo foi atrás de uma terra prometida. No fundo, todos os exemplos de fé são exemplos de uma enorme confiança no Senhor. Os santos não exigiram "garantias", não tinham toda a informação com eles, eles "apenas" confiaram.

Citação:
Alpha
Por fim, agradecia que me esclarecesses um pormenor: «foi a sua oração no horto, qdo antevendo o que estava por vir pediu ao Pai que se possível afastasse aquele cálice. Sem obter resposta (!)- e quantas vezes nós a exigimos -, ele entendeu a resposta no silêncio doloroso»(sublinhado meu). Podes dizer que não teve resposta? Na oração do horto depreendo um diálogo intímo com Deus, estarei a entender mal?

Entendo que não houve ali algum "diálogo íntimo" diferente daqueles que ocorrem entre Deus e os seus santos. Qdo ele grita para Deus da cruz, "por que me abandonaste?", entendo que não estava fazendo teatro, nem somente recitando versículos do AT para somar ao drama algum efeito especial. Jesus estava passando realmente, com toda crueza e crueldade possíveis, da maior provação de todas. A mesma provação pela qual passam todos os homens justos que são torturados, sofrem a injustiça e a morte sem que por isso desçam do céu anjos com espadas para evitar que o mal aconteça. É essa profunda e completa humanidade de Jesus que revela toda a grandeza da sua divindade, e é por isso que encontro nele o exemplo ideal para todo homem. Não porque ele era todo poderoso, um avatar andando camuflado na Terra, mas porque ele era profundamente humano, e ser humano não foi para ele obstáculo. Eu poderia me refugiar na minha fraqueza para não conseguir seguir um Deus, mas não encontro nenhuma desculpa para não seguir aquele homem, fraco, mas nem por isso menos divino. Aliás, corrigindo, forte e corajoso, Jesus foi muito forte e corajoso, não pq não tinha fraqueza e não tinha medo, mas pq venceu a fraqueza e o medo :) É assim que Jesus é 100% humano e 100% divino para mim.

Espero ter sido claro, com a graça de Deus.

Paz e Bem.



Editado 1 vezes. Última edição em 06/07/2009 03:01 por firefox.

Re: Serei cristão?
Escrito por: Cristo Salva (IP registado)
Data: 06 de July de 2009 13:50

Citação:
Isabella
Cada dia que passa me sinto menos cristã.

Cada dia se sente menos cristã ou cada vez se sente menos "religiosa"? Pergunto isto porque na mensagem anterior fez uma crítica a uma certa religião. É muito normal que se sinta assim, é sinal que se está a desiludir com alguns homens e as suas acções erradas.

Recebeu aqui algumas mensagens de "apoio" mas nenhum falou do essencial: Jesus!
É Ele a resposta para tudo, Ele é a Alegria para a tristeza e desânimo. Todos aqueles que conheceram verdadeiramente a Jesus, sentiram-se "cheios de alegria" e nunca mais recuaram.

Cristo disse "Venham a mim todos os que estão cansados e oprimidos e eu vos aliviarei". Conselhos como procurar raios de luz, boas leituras, etc, poderão dar um certo consolo temporário mas não são de forma alguma Ajuda real. Aliás, se estas pessoas conhecessem mesmo o Amor de Deus não tratariam os seus "inimigos" da forma como fazem. Daí, que comece a ver por si mesmo quais os grupo de pessoas onde encontra mais amor, mais alegria, mais paz e harmonia entre os irmãos.


Não admira que se sinta confusa pois como podemos ver por aqui, os vários católicos têm opiniões diversas uns dos outros sobre assuntos muito importantes, e então claro que alguém que gosta de estar instruído se vai sentir confuso, desnorteado. Uns duvidam da existência do Diabo, outros afirmam que em certo momento Deus despojou-Se de poder para o Seu Filho (como se Jesus não fosse Deus); depois negam que a Morte de Jesus foi absolutamente necessária para a salvação dos homens (!) e chamam de seguidores de Satanás aqueles que demonstram práticas erradas e incitam à leitura da Bíblia! Dizem que somos nós quem não percebem nada da Bíblia, mas eles que a percebem, seguem práticas que estão explicitamente condenadas pela Palavra! - tudo isto pode ler nos vários tópicos do forum.
Estas pessoas que detestam a Luz, detestam todos aqueles que mostram essa mesma Luz. Por isso se exaltam tanto quando nós aqui escrevemos. Porque sentem-se atacados, e desesperados :) E que fazem os amigos contra isto? Nada. São cúmplices.
Tal como são cúmplices do mal essas pessoas que criticou na sua mensagem.

Também dizem que não adoram a santos, apenas os honram ou veneram quando o catecismo da igreja católica afirma em CIC 2113:

A idolatria não diz respeito apenas aos falsos cultos do paganismo. Continua a ser uma tentação constante para a fé. Ela consiste em divinizar o que não é Deus. Há idolatria desde o momento em que o homem honra e reverencia uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou de demónios (por exemplo, o satanismo), do poder, do prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do dinheiro, etc., «Vós não podereis servir a Deus e ao dinheiro», diz Jesus (Mt 6, 24). Muitos mártires foram mortos por não adorarem «a Besta» (42), recusando-se mesmo a simularem-lhe o culto. A idolatria recusa o senhorio único de Deus; é, pois, incompatível com a comunhão divina

Onde há contradição, há erro, logo desilusão.
Experimente a minha sugestão:

* comece por orar a Cristo com todo o seu coração, alma e forças. Desabafe tudo o que sente, conte a Jesus tudo o que a revolta, Ele escuta-a verdadeiramente. Nisto pode confiar! Ele não a deixará NUNCA. Não deixe que a inércia espiritual ou o desânimo a façam deixar de orar ao Senhor. A oração é deveras importante.

Eu tenho uma amiga que passou muito com as suas crises espirituais e quase enveredou pelo Islão. Ela contou-nos que rezou com todo o fervor ao Senhor algo assim "Jesus, sendo eu livre, com toda a liberdade Te peço para me tirares toda a minha liberdade para me afastar de Ti. Não quero afastar-me, guarda-me". E Deus ouviu-a.

* leia a Bíblia, e se permite uma sugestão, comece a ler o Evangelho segundo São João e as cartas de São João.

* Procure alguém credível, de boa reputação cristã (e não alguém que apenas dá mera opinião pessoal), que a ajude a conhecer melhor o amor infinito de Deus e como Cristo a ama. Há várias igrejas cujos pastores a atenderiam com muito, muito agrado. A maioria está perfeitamente disponível para falar consigo. Mesmo que não queira mudar de igreja, por vezes falar com algum "outsider" ajuda a perceber certas coisas que oprimem a alma.

Quanto à sua pergunta "como se definem os cristãos dos não cristãos?" a resposta é simples: São aqueles que acreditam e que seguem a mensagem de Cristo. Todos os que põem a Palavra de Jesus à frente de tudo, esses são os Seus seguidores.

Se tiver mais alguma questão, pergunte. Se quiser alguma ajuda mais concreta ou precisar de simplesmente conversar, pode sempre contactar-me :)

"Cristo salva! Eu creio" - Flor

Paz do Senhor para Todos!

Re: Serei cristão?
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 06 de July de 2009 20:35

Essa última msg da "Flor" é um exemplo do respeito que podemos esperar. Para ela, atacar a igreja católica está sempre em primeiro plano. Aproveito para perguntar, as regras do fórum ainda valem?

Re: Serei cristão?
Escrito por: Anori (IP registado)
Data: 06 de July de 2009 20:49

Ora cá está, as Jornadas da mentira continuam! Para quem pensava que teriam terminado continuam em grande estilo.

Re: Serei cristão?
Escrito por: Isabella (IP registado)
Data: 07 de July de 2009 04:40

Me parece que Deus não ouve a todos da mesma maneira. Porquê?

Re: Serei cristão?
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 07 de July de 2009 08:38

Olá Flor,

Um pormenore quanto ao que escreves: primeiro, é triste quando baseias a tua fé no «anti»

Cumprimentos

Alpha

Re: Serei cristão?
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 07 de July de 2009 08:51

Citação:
Isabella
Me parece que Deus não ouve a todos da mesma maneira. Porquê?

Nem todos falam da mesma maneira...

Isabella, as lamentações constroem alguma coisa de útil?

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Serei cristão?
Escrito por: Desconhecido (IP registado)
Data: 07 de July de 2009 16:27

Citação:
Isabella
Me parece que Deus não ouve a todos da mesma maneira. Porquê?

Talvez porque o que tu pedes não seja o melhor para ti.
Ouve a tua intuição

cumps

Re: Serei cristão?
Escrito por: FranciscoG (IP registado)
Data: 07 de July de 2009 18:06

Citação:
Isabella
Francisco
Não posso concordar com tudo o que escreveu: há filhos nas igrejas dando a comunhão e não falam com os pais e outros familiares, eis porém a critica muita vez acerca dos que andam nas igrejas!
A culpa aqui também será dos padres que aceitam essas pessoas para servir a igreja.

Boa tarde, Isabella,

há funcionários corruptos, há médicos maus, há trabalhadores preguiçosos, há muita gente que não se comporta como deveria.

A Igreja é um corpo com muitas pessoas - boas e menos boas.

Apenas faço pequenas notas ao que escreve:
1- essa afirmação é algo de pessoal e que a faz sofrer? Parece-me que já não é a primeira vez que leio essa frase aqui no fórum. Se assim é, apenas lhe posso dizer que esse seu sofrimento merece o meu carinho. É pena que haja pessoas que não sabem viver a sua fé da forma mais correcta;
2- os Sacerdotes aceitam, muitas vezes, aqueles que se lhes apresentam na frente. É fácil de falar mal dos que estão activos nas paróquias, a começar pelos sacerdotes, mas muitas vezes nos esquecemos de que quando fomos convidados para participar nas várias actividades - ser leitores, ser acólitos, ser ministros extraordinários da comunhão, visitar enfermos, fazer parte de uma qualquer pastoral - muitas vezes dissemos não ou simplesmente nunca nos chegámos à frente para sermos chamados;
3- a Igreja não se pode medir por um conjunto de generalizações típicas e lugares comuns. Não tenho dúvidas de que a grande maioria dos Sacerdotes são excelentes pessoas e de que a grande maioria dos católicos vivem bem a sua fé. Se há falhas, atribuo-as muitas vezes mais a mim do que aos outros;
4- temos tendência para ver o mal, mas raramente queremos dar os parabéns pelo bem que é feito. Quando assisto a alguma coisa menos bonita, normalmente rezo por essas pessoas e por mim, para que Deus me torne melhor.

É um lugar comum, principalmente entre os que se convertem às "Testemunhas de Jeová", dizer que antes nunca liam a Bíblia... Eu pregunto-lhes sempre porque é que não o faziam. Dão sempre respostas esquivas e por vezes tão absurdas como a de que era em latim... Mas a verdade é que muitas vezes não liam a Bíblia porque se estavam a marimbar para a religião e para o que o "padreco" dizia, se riam dos "papa-hóstias", gozavam com a cara dos leitores e cantores e quando eram convidados para alguma coisa não queriam andar debaixo das "saias do padre"... Não deixaram que a Igreja preenchesse a sua sede de infinito e foram procurar preenchê-la noutros sítios. Porque é que ali já não falam dos "padrecos e dos papa-hóstias"? Porque o Demónio já cumpriu neles a sua função.

Pergunto:
Porque é que nós somos os bons e as beatas são más, com uma fé estúpida, rezam o terço durante a missa, não percebem nada do que diz a bíblia, etc?
Porque é que nós somos inteligentes e podemos criticar a Igreja e os outros são todos uns palermas, carneirinhos que seguem o "padreco" e o Papa sem pensar?
Porque é que o Papa, os Bispos, os Sacerdotes e os Leigos que defendem a Doutrina são todos uns estúpidos, anormais e ignorantes ao passo que nós temos um espírito crítico sagaz, somos muito mais inteligentes do que eles e do que tantos teólogos que fazem doutoramentos e procuram defender a fé?
Porque é que são sempre os maus que estão à volta do padre? Não sei... eu acho é que muitas vezes nós pensamos que somos melhores do que eles mas, na verdade, são eles os que têm coragem de dar a cara todos os domingos (pelo menos) durante a Missa enquanto muitos de nós preferimos ficar no último banco para que os colegas de trabalho ou os vizinhos não descubram que também nós vamos à igreja.

Volto a dizer, se a questão concreta que coloca se passa consigo, tem a minha simpatia. E o meu conselho é que procure uma nova paróquia onde possa passar a assistir ao culto longe daqueles que lhe fazem dano à fé.

Cumprimentos,

Francisco

Re: Serei cristão?
Escrito por: Cristo Salva (IP registado)
Data: 07 de July de 2009 18:38

Citação:
Lena
Citação:
Isabella
Me parece que Deus não ouve a todos da mesma maneira. Porquê?

Nem todos falam da mesma maneira...

Plenamente de acordo. Há quem indique a Deus tudo o que quer, de forma muito específica como se Deus precisasse de instruções. Não estou a dizer que seja o caso da Isabella, claro. Mas há que confiar em Jesus. Saber no nosso coração que Ele responde SEMPRE.
Conversar com Jesus, dizer-Lhe o que sentimos com Respeito claro, mas sem receios nem timidez! Afinal de contas Ele ama-nos, e nunca iria criticar o que Lhe dizemos com sinceridade! Mas também devemos sempre dizer "que seja feita a Tua vontade!". Foi assim que Jesus disse, que Maria disse, e que todos os santos de Deus disseram e pensaram.

Nem sempre o que pedimos é o melhor para nós. Jesus disse para rezarmos sem cessar, pois à medida que rezamos com Fé, o Espírito leva-nos a perceber, ao longo do tempo, que talvez seja melhor pedir antes outra coisa... Por exemplo em vez de estarmos a pedir com insistência "Cura-me disto depressa e milagrosamente!", penso que podemos antes pedir "Faz-me encontrar um bom médico, que seja sábio, amigo e honesto". Enfim, foi só um exemplo...

Se orar com o teu o seu coração, Isabella, e CONFIAR, será ouvida sim. Procure alguém com quem conversar, alguém que a ajude a curar as feridas que possa ter.

Experimente fazer o que lhe disse na mensagem anterior.
Realmente não vale a pena lamentar-se. Não é por isso que resolve o problema, até pode agravar porque leva-a a sentir pena de si própria, e isso é destrutivo.

"Cristo salva! Eu creio" - Flor

Paz do Senhor para Todos!

Re: Serei cristão?
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 07 de July de 2009 19:35

Francisco, boa msg.

Citação:
Volto a dizer, se a questão concreta que coloca se passa consigo, tem a minha simpatia. E o meu conselho é que procure uma nova paróquia onde possa passar a assistir ao culto longe daqueles que lhe fazem dano à fé.

Só nesse ponto, um porém, não sei se seria conveniente generalizar o conselho. Se uma pessoa usa óculos com lentes azuis vai sempre enxergar tudo azulado, e então não adiantaria mudar a paisagem.

Lembrei-me de Kierkegaard que dizia que um dos maiores problemas da sociedade "hoje" é que todos "sabem demais". Criticar está na moda e todos adoram criticar "tudo", somente é uma pena que nesse "tudo" nunca incluam a si mesmos.

Paz e Bem.

Re: Serei cristão?
Escrito por: FranciscoG (IP registado)
Data: 08 de July de 2009 00:11

Citação:
firefox
Lembrei-me de Kierkegaard que dizia que um dos maiores problemas da sociedade "hoje" é que todos "sabem demais". Criticar está na moda e todos adoram criticar "tudo", somente é uma pena que nesse "tudo" nunca incluam a si mesmos.

Firefox,

obrigado pela citação de Kierkegaard... o ser humano não muda mesmo, por mais que os anos passem!!!

Cumprimentos,

Francisco

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