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Re: A cidadania
Escrito por: Paulo (IP registado)
Data: 01 de October de 2006 01:54

Santa Teresinha que hoje se celebra, disse que ia passar o seu Céu a fazer o bem. Que ponha agua nesta fervura.
Hehehehe. Este topico está mesmo a ser uma amostra do que é a falta de cidadania.
Rezo por vós

Re: A cidadania
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 01 de October de 2006 21:36

Pontosvista

Quero dizer-te de cidadã para cidadão que fiz o que achei dever fazer: clicar em "Reportar esta mensagem"--a tua. Os motivos que invoquei têm a ver com o facto das insinuações que fazes sobre os moderadores do fórum que me podem dar poderes..., considero-as graves, e da censura quando falas de mim.
Respondo-te por considerar que como cidadãos não utilizamos fingimento.

Mª José


Nota: não é a 1º, nem a 2ª vez que o faço...Faço no meu pleno direito de cidadã quando acho, em consciência, que o devo fazer. Faço-o aqui e noutros fóruns.
De certo também não abdicas desse direito...

Re: A cidadania
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 03 de October de 2006 00:47

Há algum tempo coloquei aqui uma questão:

Foi publicado o projecto de lei dos proponentes do referendo nesta página.

Este projecto introduz uma limitação muitíssimo grave que não estava prevista nas três perguntas nem decorre delas. Qual é?

Que pensa disto quem exerceu a sua cidadania apoiando o referido abaixo assinado?

pontosvista

Re: A cidadania
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 03 de October de 2006 15:36

Aonde encontro o texto do abaixo-assinado para poder comparar?

Re: A cidadania
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 03 de October de 2006 15:51

Citação:
Aonde encontro o texto do abaixo-assinado para poder comparar?

Aqui: [www.referendo-pma.org]

pontosvista

Re: A cidadania
Escrito por: Paulo (IP registado)
Data: 03 de October de 2006 16:52

As vezes este forum denota algo é muito triste: Os cristãos nao se entendem. Acusam-se maltratam-se.
Rezemos uns pelos outros.
Entendam que o que nos separa é maior do que o que nos une.
Santa Teresinha do Menino Jesus descobriu a sua Vocação: Na Igreja eu Serei o AMOR.
E nós?

Re: A cidadania
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 03 de October de 2006 18:03

A essência de um fórum é a troca de ideias. Que são diferentes sobre muitas matérias.

Não tem nada de negativo ou de triste. Pelo contrário.

Pode acontecer que no calor da discussão se escrevam alguns exageros ou mesmo alguns disparates.

Não é desejável, mas acontece.

Mas o mais importante é que se discutam os temas livremente. Da discussão nasce a luz.

João (JMA)

Re: A cidadania
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 03 de October de 2006 22:07

Olá Pontosvista

Citação:
Não. Vejamos um caso académico: uma criança na barriga da mãe não tem nenhum rim a funcionar. É possível um transplante. Sabe-se que há uma criança nascida com dois rins saudáveis e que é compatível. Se o direito à vida da criança por nascer suplantasse qualquer outro direito seria legítimo tirar um rim à criança que era dadora compatível, mesmo contra a vontade dos pais.

Não percebi bem essa história. Peço-te que sejas mais directo para que não hajam depois confusões. Não percebi ainda se apoias ou não o aborto em certas ocasiões. Ou se não apoias mesmo. Não percebi nada. Sorry.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: A cidadania
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 03 de October de 2006 22:36

Seven

A criança no útero da mãe tem o direito à vida. A criança nascida tem o direito à vida. Além do direito à vida temos também o direito à integridade física (por isso agredir ou mutilar outra pessoa é um crime). Por vezes há situações de conflito de direitos. Nesses casos há direitos que prevalecem sobre os outros. Se alguém me rouba um litro de leite não tenho o direito de o matar. O direito do ladrão à vida é mais importante do que o meu direito à propriedade.

Numa situação em que a criança A no ventre da mãe precisa de um transplante para se manter viva e a criança B, já nascida e saudável é o único dador compatível conhecido, põe-se um conflito de direitos. Qual deve prevalecer? O direito de A à vida deve ser considerado mais importante do que o direito de B à integridade física? Se sim, então B deve ser obrigada a ceder um rim para transplante. Se não, ninguém pode obrigar B a ceder um rim.

Este exemplo surge como resposta a uma pergunta do Camilo:
Citação:
Há algum direito que possa suplantar o direito à vida do ser humano por nascer?

Se a resposta a esta pergunta fosse não, então a criança B deveria ser obrigada a ceder o seu rim: o direito de A à vida suplantaria o seu direito à integridade física.

Estas questões são delicadas e ligam-se ao aborto. Do meu ponto de vista quando uma mulher quer abortar existe um conflito de direitos entre o direito do embrião ou feto à vida e o direito da mãe à sua integridade física.

Não defendo o aborto livre, mesmo até às 10 semanas. Se o referendo perguntar se estou de acordo com o aborto livre até às 10 semanas o mais provável é que eu responda não. Contudo também não penso que a questão possa ser tratada criminalizando a mãe e deixando a um sistema judicial deficiente a consideração de eventuais atenuantes.

Não considero o aborto algo neutro, mas existe uma série de situações em que eu não poderia apontar o dedo acusador a quem o tivesse feito.

pontosvista

Re: A cidadania
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 03 de October de 2006 23:22

Citação:
Numa situação em que a criança A no ventre da mãe precisa de um transplante para se manter viva e a criança B, já nascida e saudável é o único dador compatível conhecido, põe-se um conflito de direitos. Qual deve prevalecer? O direito de A à vida deve ser considerado mais importante do que o direito de B à integridade física? Se sim, então B deve ser obrigada a ceder um rim para transplante. Se não, ninguém pode obrigar B a ceder um rim.

Eu não percebo o que é que isto tem a ver com um aborto. Um acto é feito no embrião/bebé, de propósito para o matar.

Eu também não acho que se deva julgar as pessoas assim sem mais nem menos. Deve-se averiguar muito bem o que aconteceu. Mas chamar à justiça os responsáveis pelo assassinato.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: A cidadania
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 04 de October de 2006 00:02

Citação:
Eu não percebo o que é que isto tem a ver com um aborto.

Quando uma mulher grávida quer abortar pelo efeito da gravidez no seu corpo existem dois direitos: o do ser que tem direito à vida e o da mãe que tem direito à sua integridade física. Até que ponto o direito à vida se sobrepõe ao direito à integridade física da mãe? Do meu ponto de vista este é o cerne das discussões sobre o aborto. Em garal há quem só queira ver um destes dois direitos, o que faz dos debates um diálogo de surdos.

pontosvista

Re: A cidadania
Escrito por: Paulo (IP registado)
Data: 04 de October de 2006 00:29

O que está em causa é a mae dispor da integridade fisica de um outro ser vivo. Que é diferente da mae, que não é uma coisa, e nao pertence a ninguem.
A actual lei é equilibrada. A sua mudança deixa de ser. Porque enquanto a primeira defende a mae de um bebe malformado ou fruto de violação - ambas violencias. A mudança da lei, leva que a integridade do outro ser vivo seja ignorado pela vontade de um dos progenitores.

Re: A cidadania
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 04 de October de 2006 00:45

Pois, a actual lei equilibra os direitos dos 2 seres (não muito bem porque o embrião não tem culpa de ser ou não originado por uma violação embora este seja um caso em que a saude mental da mãe possa realmente ser gravemente afectada e nem todas as malformaçõesjustifiquem um aborto).

A mudança da lei por essa razão teria de ser aplicada aos 9 meses da gravidez e não apenas até à 10ª semana.

Re: A cidadania
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 04 de October de 2006 00:49

Mas voltado ao tema deste topico.

Do alto do meu diletantismo creio que historicamente existiram 2 meios para os catolicos participarem na vida publica:

- Individualmente nos partidos e organizações existentes

ou

- Agrupando-se em partidos claramente identificados como cristãos ou catolicos.

Creio que existiram tempos em que a igreja preferiu a 2º opção, actualmente têm-se escolhido a 2ª. A acção dos catolicos no seu meio e no seio das organizações existentes.

Re: A cidadania
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 04 de October de 2006 00:52

A actual lei é equilibrada? Pois, para mim não é. Um bebé com uma deformação é um ser humano como todos os outros. Tal como um bebé fruto de violação. Não deixa de ser menos humano que os outros. E se os abortamos, estamos a matar. Quem somos nós para decidirmos que eles têm de morrer ou viver? Deus? Não me parece.

pontosvista, amanhã respondo à outra. Já é tarde. Vou dormir.

Fiquem bem!
Na paz de Deus!

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: A cidadania
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 04 de October de 2006 00:59

s7v7n, há casos de malformações que diminuem gravemente a probabidade de sobrevivencia do bebé, nesses casos há que ponderar o risco da gravidez da mãe, o risco do aborto provocado e o direito à vida desse ser humano. Fora esses casos concordo contigo.

Re: A cidadania
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 04 de October de 2006 01:11

EStá certo, visto que não correm o risco de ficarem grávidos.
Mesmo que sejam brutalmente violados.
Claro que o pré-embrião vale mais que a mulher, é natural.
Num país onde morrem todos os meses seis mulheres assassinadas pelos zelosos maridos
[sem que nenhuma voz da Igreja se levante, claro que a defesa da vida tem os seus limites.

Aliás, que interessa para alguns , a vida de uma mulher comparada com um conjunto de células indiferenciadas??
Nada.



Editado 2 vezes. Última edição em 04/10/2006 01:17 por catolicapraticante.

Re: A cidadania
Escrito por: Paulo (IP registado)
Data: 04 de October de 2006 01:20

A mudança da actual lei, nao surje porque a mulher corre perigo de vida, porque tal ja está contemplado. A mudança surje para que a mulher possa livremente decidir sobre a vida de outro ser, so porque não lhe da geito ter um filho agora. As celulas indiferenciadas certamente darão ou outra mulher como ela, ou um rapaz. Não darão certamente um burro ou um crocodilo. Logo a indiferenciação não é tao evidente assim.
Sendo o topico sobre a cidadania, poderei exercer a minha participando no proximo referendo votando NÃO! Poderei inclusivé fazer campanha pelo Não, porque não se trata de nenhuma vitimização da mulher, mas apenas permitir que algo que não pertença de ninguem possa nascer livremente.

Re: A cidadania
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 04 de October de 2006 01:26

EStás enganado. A mudança da actual lei apenas incide numa questão

- concordas que uma mulher que interrompa a gravidez até ás dez semanas seja condenada a uma pena de prisão até três anos?

Sim ou Não?


Mais nada.

Re: A cidadania
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 04 de October de 2006 01:27

algumas pequenas correcções:

1 - não morrem 6 mulheres por dia em portugal. De memoria sei que o numero total de assassinatos em Portugal ainda há poucos anos andava por volta dos 400. Sendo a grande maioria das vitimas (uns 75 %, se a memoria não me trai) homens.
O Jornal de noticias de ontem dizia que eram assassinadas 5 mulheres por mês pelos companheiros. 5 Por mês, não 6 por dia.
E não são mortas pelos maridos mas sim pelos companheiros, maridos ou não. É sabido que as taxas de violência e homicidio são maiores entre casais que não estão legalmente casados.

2 - Ao falar de aborto não estamos a falar de pré-embrião.

3 - Pessoalmente não dou mais valor à vida do pré-embrião ou do embrião que da mulher. No caso do pré-embrião compreendo que a lei dê mais valor à vida da mulher.

4 - O embrião (não estamos a falar do pré-embrião) não é um conjunto de celulas indiferenciadas.

Não sei se é a igreja que não fala ou se são os meios de comunicação social que não lhe dão ouvidos. Pelo menos por aqui a igreja e catolicos empenhados criaram algumas casas para mulheres em risco (essas que fogem dos companheiros). Por vezes a acção é preferivel às meras palavras.

E uma pequena nota.


Gostava que alguem opinasse sobre a questão implicita no meu post anterior:
Mas voltado ao tema deste topico.

existiram 2 meios para os catolicos participarem na vida publica:

- Individualmente nos partidos e organizações existentes

ou

- Agrupando-se em partidos claramente identificados como cristãos ou catolicos.

Creio que existiram tempos em que a igreja preferiu a 2º opção, actualmente têm-se escolhido a 2ª. A acção dos catolicos no seu meio e no seio das organizações existentes.


Desculpem a repetição



Editado 1 vezes. Última edição em 04/10/2006 01:35 por camilo.

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