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Re: Crucifixos
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 00:53

Cara catolicapraticante:

Devias rever o modo como fazes afirmações taxativas sobre assuntos que manifestamente não conheces ou talvez faças por ignorar. O que disse -- que «aceitam-nas (as meninas) gratuitamente os colégios católicos que têm Contrato de Associação com o Estado» -- é totalmente certo. Quero acreditar que não escreveste o que escreveste em má fé, mas por mera ignorância. Mas nem tudo se justifica. Devias falar com conhecimento de causa, o que não é o caso. Falei de uma realidade que conheço bastante bem. Acho pouco correcto esse teu «desmentido», como se eu estivesse a inventar alguma raridade.

Proponho-te que faças por conhecer um pouco melhor os arredores da cidade em que vives e averigues como várias aldeias (e não só) são servidas gratuitamente (como se de uma escola pública se tratasse) pelo ensino particular com Contrato de Associação com o Estado. Os alunos de tais colégios privados com o dito Contrato de Associação com o Estado não pagam propinas! Quanto às actividades para-escolares ou extra-curriculares, elas serão sempre gratuitas se estiverem contempladas no Contrato de Associação e, quando não o são, muitas vezes os referidos colégios oferecem-nas gratuitamente ou quase (por exemplo: preços muito simbólicos para actividades de fim-de-semana), de acordo com as possibilidades dos mesmos colégios e dos alunos. Por exemplo, há muitas actividades de fim-de-semana nas quais os alunos mais necessitados economicamente participam gratuitamente. E alguns até recebem apoio económico. Conheço até um caso de um colégio onde está constituído um Grupo de Acção Social que funciona muito bem, que apoia até economicamente as famílias de alguns alunos e situações de extrema carência.

Todos os casos a que me refiro, sem citar nomes, são colégios católicos, mas é possível que isto aconteça com colégios com outro tipo de ideário e direcção pedagógica.

E atenção: ao contrário do que afirmas, os alunos não são escolhidos em função da conta bancária dos seus pais nem em função de cunhas. São colégios que acolhem os alunos de uma determinada área, como as escolas públicas. Alguns são alunos extremamente pobres -- económica, cultural e socialmente (algo quase surpreendente na área geográfica a que me refiro, mas uma realidade) -- aos quais este ensino particular presta um serviço de enorme qualidade em termos académicos e humanos. Talvez nem todos estes colégios apareçam em lugares cimeiros dos «rankings», mas é enorme o trabalho de promoção que se faz por essas crianças e adolescentes. E muitas histórias de inegável sucesso, algumas bem comoventes. Mas claro que isso não interessa a uma certa ideologia laico-sacralizadora do Estado.

Mais uma vez ficou claro que faltaste à verdade. Se a «tradição» se mantiver, mais uma vez ficarás «na tua», não dando «o braço a torcer», não admitindo o erro. Contudo, que fique claro que reincides demasiadas vezes em afirmar taxativamente aquilo que é manifestamente contrário à verdade. Que pode ser erro ou mentira. Ambos merecem uma reparação.

Alef

Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 01:16

Alef:
"aceitam-nas (as meninas) gratuitamente os colégios católicos que têm Contrato de Associação com o Estado» -- é totalmente certo."

E eu acrescentei, porque conheço profundamente a realidade sobre a qual discursas que não é totalmente verdade.

1) A gratuitidade não cobre todos os graus de ensino - por exemplo, não há gratuitidade do 1º ao 4º ano do Ensino Básico e do 10 ª ao 12º.

Ora um dos requissitos d eentrada é os alunos terem frequentado esses colégios até ao quarto ano ( e, nos que t~em pré-orimária, três anos antes disso. Ou seja, antes de ingressar "gratuitamente" exige-se que paguem propinas caríssimas durante sete anos. Não me aprece nada gratuito.

Por outro lado, as ATLs e atctivides extra-curriculares, não são gratuitas. Mesmo nada.

2) Mesmo nos anos em que o ensino é gratuito ( totalmente financiado pelo Estado) e, como tal, deveria ser um ensino inclusivo em que as condições de acesso se limitassem à zona de residência, não é isso que se passa. Há outros critérios, que são os que determinam a entrada nos Colégios católicos em qualquer parte do país. e ESSES CRITÉRIOS SÃO a conta bancária dos pais, os seu estatuto social, e a suA influÊncia, o nome da família ( á boa maneira napolitana) e o número e o tipo de cunhas que têm anexados aos boletins de inscrição. Há até um processo de seriação das cunhas...
Mais nada.

Quero acreditar que não escreveste o que escreveste em má fé, mas por mera ignorância.

Também eu falo de uma realidade que conheço bastante bem.

Re: Crucifixos
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 01:19

Uma nota adicional à mensagem anterior:

Do que o camilo disse há a ter em conta algo que, pela leitura que fez a catolicapraticante, poderá não ter ficado totalmente claro.

Primeiro: os colégios que têm Contrato de Associação com o Estado não cobram propinas pelos serviços para os quais o Estado dá dinheiro. Mais uma vez a catolicapraticante «tresleu».

Segundo: nem o aluno do ensino público nem o aluno do ensino particular e cooperativo com Contrato de Associação com o Estado pagam propinas. Mas o Estado gasta menos dinheiro por aluno do ensino com Contrato de Associação que com o aluno do ensino público. Ou seja, se esse aluno fosse para uma escola pública, ficaria masi caro ao Estado. Com menos dinheiro, os colégios privados fazem o mesmo ou mais que as escolas públicas (creio que é também isto que o camilo quer dizer; o Estado gasta mais com cada aluno no ensino público que muitos pais dos meninos ricos dos colégios estritamente privados). Repito: em ambos os casos o aluno não paga propinas. Por isso, é também vantajoso para o Estado o Contrato de Associação. De resto, temos nos Contratos de Associação com o Estado um bom exemplo prático do princípio de subsidiariedade.

Alef

Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 01:25

"Mas o Estado gasta menos dinheiro por aluno do ensino com Contrato de Associação que com o aluno do ensino público"..

"creio que é também isto que o camilo quer dizer; o Estado gasta mais com cada aluno no ensino público que muitos pais dos meninos ricos dos colégios estritamente privados"

Como??


Haja seriedade nas discussões. Um mínimo.

Re: Crucifixos
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 02:08

Segundo esta pagina, creio que da Porto Editora:

[www.educare.pt]

Por níveis de ensino, Portugal despendeu com o 1.º e 2.º ciclos 4025 euros, enquanto no 3.º ciclo do Básico e no Ensino Secundário foram gastos por ano e por estudante 5655 euros. No Superior, o investimento do Estado português em cada estudante diminuiu para uma média de 3590 euros.


Ou seja o estado gasta com cada aluno do 3º ciclo e do secundário 5655 euros por ano. Pergunto-me quantos colegios privados, estejam eles ligados à igreja ou não, levam propinas deste valor. E no entanto muitos deles são claramente melhores que a média do ensino publico.





Editado 3 vezes. Última edição em 02/12/2005 02:10 por camilo.

Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 03:30

Um pequeno exemplo.
Este ano o estado português está a financiar aulas de inglês (gratuitas) aos alunos do 1º Ciclo ensino básico. Os alunos têm duas horas semanais de 45minutos de Inglês em horário extra-escolar. Gratuito para os alunos.
O estado gasta 100 Euros por ano por aluno.
Digam-se um único colégio privado deste país onde a actividade extracurricular de inglês de duas horas por semana custe 100 euros.

[www.apagina.pt]

Segundo o link do Camilo e relativamente ao relatório da OCDE citado:

4 900 por aluno - É o montante (em euros) que o Estado português gasta anualmente por cada aluno que frequenta a escola entre o ensino básico e o superior.

O total da despesa coloca-nos na 17.ª posição entre os países analisados.
A média dos outros estados é de 5981 euros. No topo da lista estão a Suíça e os Estados Unidos , com mais de 8900 euros.
Com um investimento inferior ao nosso estão a Espanha ou a Irlanda.


O custo do ensino por aluno - desde o Básico até ao Ensino Superior - ronda os 4900 euros anuais .
Nos gastos com o primeiro e segundo ciclos do ensino básico, Portugal despendeu 4025 euros por aluno; enquanto no terceiro ciclo do básico e no secundário foram gastos por ano e por estudante 5.655 euros.


A maior aparte dos colégios privados católicos não tem os precários acessíveis on line.

No entanto , é possível fazer algumas comparações.

Alguns exemplos de Preços de Colégios Privados Católicos:

[www.cscm-lx.pt]

Do ensino básico ao secundário os preços oscilam de 3290 Euros a 3990 Euros, , no mínimo por ano ( excluindo as refeições, transportes e todas as actividades ezxtracurriculares , ao contrário da escola pública)

A mesma coisa para este colégio: [www.dominics-int.org]

Só No 12º ano - cada aluno paga 16,060 euros por ano, excluindo refeições, transportes, actividades extracurriculares..
Agora imagienem que em vez de um único filho, como bons católicos que são têm no mínimo cinco. Toca a fazer contas.....

Por isso o camilo e o alef devem estar a brincar quando dizem que o ensino privado é mais barato que o público.
Ou será uma caricatura?

Re: Crucifixos
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 03:42

Cara catolicapraticante:

Tu foste categórica na exclusão daquilo que eu afirmei antes, quando eu disse que as meninas (e meninos) serão aceites gratuitamente pelos colégios que tiverem Contrato de Associação com o Estado. Em vez de simplesmente invocares a possibilidade de excepções (por questões de critérios, etc.), preferiste dizer que eu estava errado. Assim, sem mais. E, como sempre, misturando alhos com bugalhos.

Impressiona a falta de lisura na tua forma de argumentar neste e noutros casos (já sei que me vais devolver esta frase, porque «tens que» o fazer, mas devias meditar sobre isto que te digo com verdade!). Aparentemente tudo fazes por misturar regra com excepção, contrário por contraditório, oposto por negação, não tens pejo em tomar a parte pelo todo, caindo constantemente em generalizações injustas e falsas.

Se notares bem, até há bem pouco tempo (o assunto veio no interior de outro tópico) sempre conotaste os colégios católicos como os colégios onde se pagam propinas só acessíveis a meninos de papás ricos. Ora, nem em todos os colégios católicos se pagam propinas. [E quando eu estudava numa escola pública os alunos não subsidiados pagavam propinas. «Simbólicas», mas propinas.] E nos colégios com Contrato de Associação nunca se cobra propina por um serviço que o Estado subvenciona. Ora, tu até pretendeste fazer passar a ideia de que os colégios cobram duplamente, ao Estado e ao aluno, pelo mesmo serviço!

Dizes que conheces profundamente a realidade, mas nunca referiste antes os colégios com Contrato de Associação, muitos deles católicos e em regime «aberto», isto é, externamente em tudo iguais às escolas públicas: gratuitos, mistos, sem internato. Não foi uma omissão grave? Simplesmente para que a (des)caracterização que fizeste há algum tempo das escolas católicas ficasse mais ao teu gosto?

Se conheces profundamente a realidade – o que é difícil de conjugar com certas afirmações tuas –,

a) Por que razão omitiste até agora qualquer referência aos Contratos de Associação com o Estado e proferiste afirmações generalizadoras e tão graves contra todos os colégios católicos?

b) Por que razão disseste que as escolas católicas escolhem os alunos de acordo com a conta bancária dos pais, quando isso é falso? Como se conjuga essa acusação com o facto de tantos e tantos alunos pobres – concretamente do teu distrito – tenham acesso inteiramente gratuito ao ensino particular católico?

c) Com que fundamento rotulas todos os colégios católicos com a «história» das cunhas e de processos de seriação de cunhas, quando os critérios de vários colégios são públicos, tratados transparentemente, por exemplo, com o recurso a pontuação quanto aos critérios, sendo que isso ainda há pouco foi referido pelos jornais? Eu creio que existem cunhas nalguns casos, mas não em todos, como a tua generalização faz crer. E a escola pública, nomeadamente na tua cidade, está isenta desta chaga tão portuguesa, a cunha? «Olha que não, olha que não…»! E sobre isto também há histórias muito pouco edificantes. Se há artificialismo nalguns «rankings» das escolas privadas, esse artificialismo também existe na escola pública, pela selecção que se faz dos alunos. Infelizmente. Seria mais prudente evitar esses radicalismos de idealizar a escola pública em detrimento da diabolização da escola católica.

E vamos ao resto da mensagem (eu costumo ler a mensagem inteira e respondo-lhe, não me cingindo a isolar extractos para a «fuga em frente»).

Embora aceites que também existe gratuitidade nas escolas católicas (alguma mudança houve na tua consideração da «realidade»!), objectas que não há gratuidade em todos os graus de ensino. Certo, porque os Contratos de Associação se referem também a graus de ensino e não se trata de um mero «cheque global ao colégio tal». E veja-se o seguinte exemplo: há pelo menos um caso de um colégio privado com propinas bastante altas que tem um Contrato de Associação para o Ensino Nocturno. Evidentemente, o dinheiro que o Estado concede destina-se apenas ao Ensino Nocturno, que nesse colégio é gratuito, e não para os outros graus de ensino. Ora, a inclusão dos graus de ensino no Contrato de Associação depende do Estado e é tratado de forma individual, caso a caso. No caso do 1º ao 4º ano do Ensino Básico, como há Contrato de Associação apenas quando não houver uma Escola Primária «normal» nas redondezas suficiente para todos os alunos, se tal existir (o que é frequente), tais graus de ensino ficam excluídos do Contrato de Associação. Por isso, a maioria dos Contratos de Associação dão-se a partir do 5º ano (falo dos casos que conheço). Dizes depois que um dos critérios de entrada no grau de ensino em que entra o Contrato de Associação é o terem frequentado os anos anteriores e é verdade que esse critério tem existido em alguns casos, porque existia já antes dos ditos Contratos, mas tende a desaparecer essa cláusula, precisamente porque há a obrigação perante o Estado de alargar o leque de entradas (estou ao corrente dessa situação, em mudança, num caso concreto). Por outro lado, esse problema não se coloca sempre, até porque há colégios que não ministram ensino primário. Quanto às ATLs e actividades extracurriculares, se os Estado não as subvenciona e os colégios não tiverem «margem de manobra» para que elas sejam gratuitas, não há volta a dar senão serem pagas. O Contrato de Associação não entra aí e falamos daquilo que é abrangido pelo Contrato de Associação. De resto, normalmente aquilo que está excluído nos Contratos de Associação, e que os colégios católicos disponibilizam, são serviços de que as escolas públicas não dispõem. Mas neste campo das actividades extracurriculares sei também do enorme esforço de muitos colégios no sentido de proporcionar muitas actividades extracurriculares gratuitamente (ou quase), com a colaboração dedicada de muitas pessoas, chegando a envolver, por exemplo, os antigos alunos, gratuitamente. E disso também falei na minha mensagem, mas ignoraste essa parte. Porque preferes sempre denegrir e essa parte da minha mensagem tinha outra coloração.

Enfim, acho curioso que agora reveles conhecer dados que antes te seriam suficientes para teres evitado proferir tantas meias-verdades ou falsidades sobre as escolas católicas, tal era a colagem a certa «sloganite» de má memória. Mas também «conheces» sempre a realidade pelo lado supostamente corrupto das coisas. Das tuas mensagens vem sempre ao de cima sobretudo o negativo que tu vês, do que quer que seja. Parece que tu preferes ver sempre a «tua realidade» e, neste caso, sempre anatematizar as escolas católicas. Ou haverá também algo positivo nas escolas católicas?

Da minha parte, fui aluno no ensino público e conheço por dentro (profissionalmente) o ensino privado e com Contrato de Associação com o Estado. Nem o primeiro é tão belo como o cantas, nem o segundo é tão negro como o pintas. Acredito no princípio de subsidiariedade e não idolatro o Estado. Poderia testemunhar muito do bom que se faz nas escolas católicas, mesmo reconhecendo que nem todas têm igual excelência. Mas isso acontece em todo o lado. O que me parece profundamente errada é essa visão tão «à Bush» em dividir o mundo (da educação) entre os bons (o ensino público) e os maus (o ensino católico). Também sei que nestas avaliações entram idiossincrasias particulares… Mas, convenhamos…

Alef

Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 04:02


Alef:
Recomendo-te que leias os meus textos com alguma tranquilidade e semvisões dogmáticas.

"Dizes que conheces profundamente a realidade, mas nunca referiste antes os colégios com Contrato de Associação, muitos deles católicos e em regime «aberto», isto é, externamente em tudo iguais às escolas públicas: gratuitos, mistos, sem internato. Não foi uma omissão "

Não se trata de uma qualquer omissão. Referi-me muito concretamente a esses colégios.

1) Os Colégios com Contrato de Associação ( e são vários) que conheço não são iguais ás escolas públicas com as quais concorrem. E nãos são iguais porque, embora financiadaos pelo mesmo Estado, não têm as mesma scondições de acesso da escola pública nem o mesmo regime aberto.

2) Em algumas dessas instituições , a gratuitidade é apenas do 5º ao 9ºano.
Mas os alunos para serem admitidos no 5ºano, por exemplo , têm de ter obrigatoriamente frequentado a instituição desde a préprimária.
Exige-se pois um pagamento prévio se sete anos de propinas caríssmas. Já nem, falo sdas jóias de inscrição, dos donativos aos colégios etc, etc e s despeas com actividaes extracurriculares, dos preços da alimentação e transportes ( que na escola pública são gratuitos para os alunos, no leitinho escolar que as escolas públicas fornecem á hora do lanche , do acesso ás bibliotecas e zonas de estudo, que na escolas pública são gratuitos e em certos colégios é a pagar, no preço dos uniformes, etc, etec, etc...)

3) Repito, que as condições d eacesso são determinas basicamente, não pela zona de residência pelo estatuto económico e social dos alunos e por cunhas. E refiro-me muito especificamente a colégios com Contratos de Associação, isto é financiados pelo estado portuguÊs para ensinarem todo o tipo de alunos.

Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 04:04

Correcção ortográfica.

"as condições de acesso são determinadas, basicamente, não pela zona de residência mas pelo estatuto económico e social dos alunos e por cunhas. E refiro-me muito especificamente a colégios com Contratos de Associação, isto é financiados pelo Estado portuguÊs para ensinarem todo o tipo de alunos. O que é no mínimo, um escãndalo."

Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 04:09

"Com que fundamento rotulas todos os colégios católicos com a «história» das cunhas e de processos de seriação de cunhas, quando os critérios de vários colégios são públicos, tratados transparentemente"...

POis. E mais não digo.

( Já agora, sabias que há um ranking de cunhas? lol)

Re: Crucifixos
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 11:55

CP, quando refere o custo médio por aluno de todo o ensino estatal está a incluir o ensino superior que tem o custo médio por aluno mais baixo. Mesmo assim apesar desse erro o custo médio por aluno é de 4900 euros.

No 1º caso que referiu:

[www.cscm-lx.pt]

O custo das propinas que referiu é de 3290 a 3990, ou seja bastante mais baixo que o das escolas estatais. A maior parte das escolas estatais que conheço não tem praticamente nenhumas actividades extra-curriculares de relevo.

E repare se há cunhas para tentar entrar nesses colegios é porque os pais acreditam que eles têm um nivel de ensino melhor que o das escoals publicas alternativas. Isto apesar de no caso de colegios com contratos com o estado o custo ser o mesmo para os pais.

Cp, nesses colegios não costuma haver uniformes. Os meus primos frequentaram um, não pagavam mais por isso que por frequentar a escola publica, tinham acesso a laboratorios muito melhores, os professores faltavam menos, a biblioteca era muito mais muito melhor que o normal da escola publica.

nas aulas de informatica existia um computador por aluno, coisa que em muitas escolas publicas não existe.

Em resumo um ensino muito melhor que para os pais custou o mesmo que se tivessem andado na escola publica. Claro que existiam e existem muitos mais candidatos a andar no colegio que nas outras escolas publicas da area. E andam lá alunos de todos os extratos sociais, desde os que têm mais posses aos que vivem na miseria.

Re: Crucifixos
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 12:30

Cara catolicapraticante:

Escandaloso é o teu recurso sistemático à falsidade e a generalizações injustas. Fazes acusações falsas e pretendes inverter as coisas, fazendo recair o ónus da prova sobre o acusado, numa campanha pura e simples de denegrir e distorcer a realidade.

O mero debitar de frases contrárias ao que escrevi quando descrevo factos reais que conheço por dentro não transforma a realidade das coisas, por muito que te custe. As tuas alíneas 2) e 3) seriam aceitáveis se te referisses a algum caso concreto menos exemplar. Mas, como sempre, fazes generalizações. E, como tal, falsas. É falso o que dizes. Há colégios que nem sequer têm ensino antes do 5º ano, logo é redondamente falso o que afirmas na alínea 2). Há colégios onde os critérios de admissão são conhecidos, publicados e pontuados por uma comissão, podendo as pessoas conferir o sistema de pontos, e muitos colégios católicos com Contrato de Associação servem todos os alunos da área geográfica específica, logo é redondamente falso a tua alínea 3).

Nota, por favor, algo que é absolutamente certo e que se contrapõe ao que dizes:

a) na tua zona há ensino particular católico que não tem sequer ensino antes do 5º ano;

b) na tua zona há ensino particular católico onde se inscrevem prioritariamente todos os alunos da área, até ao número de alunos que a DRE do lugar determina;

c) na selecção de tais alunos não entra em conta de modo nenhum o factor económico; muitos desses alunos procedem de agregados familiares muito pobres, chegando esses a receber apoio sócio-económico por parte do mesmo ensino particular católico.

Estes dados são suficientes para deitar por terra as tuas acusações generalistas, injustas e falsas.

Diz-me apenas isto, sem rodeios: NEGAS O QUE AFIRMO NAS ALÍNEAS a), b) e c) DESTE «POST»?

Se o negas, terei sempre isso em conta no diálogo futuro contigo, porque fica confirmada a índole das tuas afirmações; se não o negas, é preciso que o digas claramente e que sejas consequente, fazendo uma reparação pública das falsas declarações que proferiste.

E não deixarei passar em branco esta questão, que me parece de suma gravidade. Também num fórum há o dever ético de não faltar à verdade e de manter um diálogo leal.

Alef

Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 12:35

Maria Albertina (chamemos-lhe assim, embora com esse nome tivesse poucas hipóteses de entrar num colégio católico de elite, desses que de vez em quando aparecem nos jornais) estava obstinadamente decidia a colocar o seu rebento num Colégio Privado Católico. Não por uma especial devoção á causa, mas por causa de um conjunto de razões. A segurança, os horários, a vida profissional preenchida, a garantia de boas notas e, convenhamos, um toque de snobismo. Um conjunto de coisas que levam os pais a procurar o que consideram o melhor para os seus filhos.
Maria Albertina colheu informações, fez contactos vários, visitou instalações e precários e optou pelo colégio católico de boa reputação que até tinha um contrato de associação. Excelente. A sua criancinha ia poder frequentar de graça um colégio de elites. È certo que ao lado da casa de Maria Albertina até havia uma escola pública de boa qualidade, mas a Albertina queria o seu rebento no Colégio alfa e era assim, pronto.
Iniciou então o procedimento habitual. Foi a o colégio, preencheu boletins de matrícula, e inscrição para o ano tal.
Foi-lhe imediatamente dito que não tinha qualquer hipótese. As turmas para esse não lectivo já estavam completamente preenchidas apesar das matrículas terem começado naquele dia. Perplexa, Maria Albertina quis saber porquê. Resposta óbvia - porque os pedidos são muitos, há uma lista de espera, têm prioridade o meninos matriculados em anos anteriores sem contrato de associação (isto é apagar bem) e os irmãos desses meninos, ) etc, etc.,, etc., Em suma – uma impossibilidade completa.
Maria Albertina, que não era completamente tótó e até tinha o seu círculo social, chamemos-lhe assim, graças ao seu estatuto profissional, moveu as suas influências. Fez uns telefonemas, uns mails, umas conversas pessoais em sítios chave e conseguiu algumas cunhas de peso – pedidos para que o seu rebento entrasse no Colégio. E aí, embora a impossibilidade da criança ser admitida tivesse de repente desaparecido por artes mágicas, diziam-lhe que havia alguma possibilidade, mas que seria preciso aguardar, que seria necessário ponderar, etc, etc etec… Depois de semanas de evasivas , reticências várias e nins, Maria Albertina começou a stressar

E aí decidiu accionar ao plano B. Afinal, exigiu ela saber, quem está este ano no top do ranking das cunhas? Quem é a pessoa a quem um pedido de alguém ingressar no colégio é absolutamente irrecusável?

Maria Albertina conseguiu um nome. E não só conseguiu o nome como descobriu que essa pessoa era acessível no seu círculo social e estava disposta gentilmente a dar-lhe a ajuda tão preciosa.
Dois dias depois recebeu um telefonema da direcção do Colégio. Era um imenso prazer receber a criancinha tão prendada e com tão boas relações na instituição. Estavam até honrados…

Escusado será dizer que a menina da Maria Albertina não se chama Vanessa.

Re: Crucifixos
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 12:55

Cara catolicapraticante:

Poderás ter um futuro promissor na ficção (só falta melhorar o estilo literário), mas eu prefiro que respondas sem rodeios à questão que te coloquei.

Alef

Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 13:21

AleF. :
Não gosto do teu tom de inquisidor -mor, embora ultimamente se tenha tornado o teu estili habitual . Ah, E não é caricatura.

E embora não gostando do tom inquisitorial ( e taé com um toque de ameaça, o qu não deixa de ter a sua piada) vou responder-te como costumo - com clareza e honestidade.

Mas Para responder com total clareza ás tuas questões deverias especificar o que queres dizer com "a tua zona".
Zona residencial? Zona escolar?
Cidade? Concelho? Distrito?
É que o leque e o número de escolas privadas é variável consoante a definição de
zona e a minha resposta poderá variar em relação a isso - por uma razão muito simples - porque não os conheço a todos.

a) È possível que haja alguns colégios católicos que só admitem alunos a partir do 5º ano, isto é, que não leccionam o primeiro ciclo do ensino Básico.
Mas essa não é a norma , mas a excepção. Praticamente todos os colégios católicos privados em portugal ( e na minha zona também ) leccionam todos os ciclos do ensino básico e secundário.

b) SE houver ( não conheço, pois não sei o que entendes por zona) não é a regra.
Ou seja, há colégios privados ( não apenas católicos) a competirem claramente com escolas do ensino público.
Quando o que a lei prevê é que tenham uma verdente subsidiária - ou seja preencherem deficits de capacidade do ensino público.
E mais, há colégios privados que mantêm Contratos de Associação de necessidade /legalidade muito duvidosas, porque existem escolas públicas num raio de menos de 5 Km ( acho que é isso que a lei determina) , e, em alguns casos concretos, ESCOLAS PÚBLICAS COM DÉFICIT DE ALUNOS!

c) Não conheço nehnum caso de alunos a frequentarem Colégios privado católicos com propinas elevadíssimas e que sejam provenientes de famílias pobres ou que até tenham um subsídio do colégio Privado católico.
Ora, como dizia alguém "não posso á partida negar o que não conheço"...
Mas se conheçes algumas situações excepcionais desas deves ser tu a referi-las , como é evidente.
Ah... e , mais uma vez, não me parece que seja regra, mas a excepção.


Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 13:29

Já agora : O meu texto da maria Albertina não é ficção. ( a não ser nos nomes ) - É uma situação absolutamente verídica.

Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 13:31

E quanto á tua capacidade de avaliação de estilos literários ou de crítico literário ... muito haveria a dizer...

Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 13:46

Camilo:

"A maior parte das escolas estatais que conheço não tem praticamente nenhumas [actividades extra-curriculares de relevo. "

POis,é falta de contacto com a realidade...

DE relevo quer dizer o quê Clube de ténis? Aulas de violoncelo? Hipismo? Golfe?

As escolas que conheço têm actividades extracurriculares muito interessantes.
Informática, natação, Inglês, Expessão dramática, actividades desportivas, jornalismo, etc..
Ah , mas se calhar não são relevantes...

Ah e esqueceu-se de falar nas propinas de mais de dez mil euros por ano... , num colégio privado católico.
O dobro do que o estado português gasta por aluno no ensino Público.
Amnésia selectiva?

"os pais acreditam que eles têm um nivel de ensino melhor que o das escoals publicas alternativas."

Nem sempre. Ás vezes é por uma questão de comodidade. De imcompatibilidade de horários, por exemplo.

No entanto concordo consigo numa coisa- é tudo uma questão de crença. E sobretudo de dinheiro.

Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 13:53

Sú uma corcção numérica:
é mntira que:


"CP, quando refere o custo médio por aluno de todo o ensino estatal está a incluir o ensino superior que tem o custo médio por aluno mais baixo. Mesmo assim apesar desse erro o custo médio por aluno é de 4900 euros. "


O custo médio de um aluno , excluindo o Ensino Superior é de 4900 Euros/por aluno/por ano. É isso que consta do relatório referido pelo camilo.

Re: Crucifixos
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de December de 2005 14:01

Por último para o alef:
Parce que é proibido no Forum o uso de maiúsculas. ( Significa gritar, o que realmente é impróprio e pouco educado....)

Por isso mesmo, mais uma vez estranho que seja um presunível moderador a ter esse tipo de comportamentos....
Ou não será de estranhar?


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