Cara catolicapraticante:

Esse recurso ao dito «vernáculo» não tem qualquer consistência argumentativa. Podes sentir-te incomodada com a notícia, achá-la muito boa, etc., e podes ter a mesma opinião quanto às reacções dos outros interlocutores. Mas não deves usar continuamente do «desdém» e do alegado vernáculo. Isso não é argumentar, é desconversar. Tens muitos e bons recursos para dizer o que pensas sem cair neste tipo de discurso.

Alef

Tem toda, porque é uma tradução inteligível do pensamento que está por trás da afirmação do PV e da ideologia subjacente, expressa igualmente por outros foristas.
Parece-me que a frase dele se insere no conceito de desconversa que roça a irrealidade. Ou a violência.

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 27/05/2007 11:23 por catolicapraticante.

Alef:

Esta disposição legislativa tão criticada destina-se a prevenir o aborto.

O que se passa em termos de enquadramento legal, nomeadamente na área da legislação de trabalho, é que uma mulher grávida deve ter a mesma protecção e as mesmas prestações, por parte da entidade empregadora, qualquer que seja o desfecho da gravidez , quer essa gravidez termine num parto ou num abortamento ( espontâneo ou não).

SE pelo facto da mulher abortar o empregador retirar disso vantagens económica ( em termos de prestações sociais ou de produtividade, por exemplo, menos dias de licença pagas, ), isso poderá dar azo a pressões sobre as trabalhadoras para que abortem .
Depois, há questões médicas e psicológicas relativas ás mulheres e que permitem defender que as mulheres podem não estar imediatamente aptas a trabalhar após um aborto, mas claro que a dor das mulheres isso não sensibiliza minimamente certos indivíduos, pelo que a recuperação de um aborto, espontâneo ou provocado, não passamde umas fériazinhas de indigentes.

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 27/05/2007 11:36 por catolicapraticante.

CP

É um bocado complicado conversar com uma pessoa como tu.

pontosvista

oBRIGADA.
Como és um gentleman, aceito a observação como um elogio.
Mas se fizeres um esforço, verás que consegues conversar.

No entanto, a tua afirmação generalista e violenta não me era dirigida em particular.

Limitaste-te a proferir uma atoarda - não tinhas quelquer intenção de dialogar com ninguém, nem comigo em particular - pelo que o lamento está descontextualizado.

católica praticante



Editado 2 vezes. Última edição em 27/05/2007 12:13 por catolicapraticante.

Errado, completamente errado. Não explicaste nada sobre o trecho que o Alef colocou. O que se vê é que o governo está a dar mais e mais regalias para quem quer abortar. Tristeza de pessoas.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

CP

Não era para agradeceres. Era para pedir que revisses os modos.

pontosvista

Está certo. Então retiro o gentleman.E mantenho tudo o que escrevi.

católica praticante

Conheço quem tenha engravidado para evitar um processo disciplinar no trabalho por desvio de dinheiros. Não me surpreenderia nada que o aborto pudesse ser um modo de ter umas férias extra.

A CP vive num mundo em que todas as mulheres são ideais. A realidade é em geral um pouco mais complicda.

Não deixa de ser surpreendente esta moda: a mulher que aborta sem ter que apresentar motivos tem mais protecção do que quem tem filhos. A política é nitidamente contra a natalidade.

pontosvista

"[

Citação:

PV
quote]Conheço quem tenha engravidado para evitar um processo disciplinar no trabalho por desvio de dinheiros"

"Por isso é que tem de existir legislação laboral que impeça que as entidades empregadoras pressionem mulhers grávidas para abortar."

Essa legislação existia e foi substituída por outra.

Um mês de licença é muito menos do que quatro. Continua a ser vantajoso para a entidade patronal levar a mulher ao aborto.

pontosvista

Fico pasma com certos comentários...

Será que nalgumas cabeças o facto de ser ser mulher é sinónimo de se ser uma oportunista em potência?

Realmente já estou como a CP, isto só pode ser porque não se tem útero ou nunca se o usou... engravidar e abortar deve ser assim uma coisa bem agradável, como uma ida a um spa... haja paciência!

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Citação:

"A CP vive num mundo em que todas as mulheres são ideais"

Eis um argumento tipicamente machista. Eu, doce e ingénua criatura ( ou oligofrénica e tótó, consoante a interpretação) desconheço as ínvias perversões das minhas irmãs evas e construí um mundo ideal feminino onde as mulheres não abortam para terem férias.

Mas o mundo é bem mais complicado, e a realidade bem mais complexa do que a minha limitada capacidade de percepção.

Fora do mundo ideal que criei, as mulheres são umas harpias sem razão, preparadinhas para usar a prerrogativa do aborto a seu bel prazer.. Sim, porque o aborto deve dar prazer, para assim tão facilmente ser associado ao gozo de férias...

"

Citação:

Não me surpreenderia nada que o aborto pudesse ser um modo de ter umas férias extra. "

Em suma, PV - quanto mais escreves, mas desocultas a realidade - a minha interpretação vernácula está bastante próxima do teu pensamento mais profundo.

Lamento desiludir-te e destruir as tuas divagações oníricas.
Eu não conheço mulheres ideais. Conheço Mulheres. E olha que conheço uns bons milhares delas. Quem idealiza as mulheres és tu.
E da pior forma.

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 27/05/2007 12:54 por catolicapraticante.

Lena e CP

Devo concluir que do vosso conhecimento das mulheres, nenhuma mulher seria capaz de engravidar e abortar levianamente, apenas para aproveitar a licença de aborto?

Se ambas me podem dar essa garantia fico um pouco mais descansado.

pontosvista

A licença de maternidade é de facto mais prolongada do que a licença concedida por aborto. Ou seja, ao contrário do que o PV ( e outros) escreveram, a mulher que aborta tem menos protecção do que se vier a parir.
A ideia de Licença de maternidade se prolongar por mais três meses, tem a ver não apenas com a necessária recuperação fisiológica e psicológica da mulher mas com o apoio ao recém nascido. Situação que não necessita de ser comtemplada caso haja aborto.

Em caso de aborto, a mulher tem direito a licença com a duração mínima de 14 dias e máxima de 30 dias. Parece-me adequado.

Quanto mais reduzidas forem as prestações dadas pela entidade empregadora em caso de aborto, maior a possibilidade de haver pressão da entidade empregadora para abortar, pois disso retira óbvias vantagens económicas.

católica praticante



Editado 2 vezes. Última edição em 27/05/2007 13:09 por catolicapraticante.

"Devo concluir que do vosso conhecimento das mulheres, nenhuma mulher seria capaz de engravidar e abortar levianamente, apenas para aproveitar a licença de aborto? "

Quem faz uma pergunta destas obviamente nunca esteve grávido.

PV - quanto mais escreves, mas desocultas a realidade - a minha interpretação vernácula está bastante próxima do teu pensamento mais profundo

Como vês, Alef, por vezes a tradução é necessária para a desocultação de sentidos..

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 27/05/2007 13:14 por catolicapraticante.

CP

Não dizes nada. Que nunca estive grávido é algo que já poderias ter descoberto, mesmo sem eu dizer nada pois consta do meu perfil no Blogger. Mas no essencial não respondes à pergunta. Falas apenas de mim. O que não deixa de ser curioso. Parece que mais do que discutir o assunto pretendes apenas desqualificar-me.

Importas-te de dar uma resposta à pergunta?

Quanto às licenças, tanto quanto sei elas não são pagas pelas entidades empregadoras mas sim pela segurança social. O que significa que do ponto de vista do empregador o que conta é a ausência e não a percentagem da contribuição. Esta significa que o estado acha mais importante apoiar quem aborta do que quem apoia um filho que no futuro até poderá ser um contribuinte líquido.

pontosvista

É mesmo incrivel como há certas pessoas que só vêem bem no aborto, e ainda concordam com os incentivos injustos para que se aborte. E quem quer deixar os seus filhos nascer, recebe muito menos. Ai estes socialistas...quem não os conhecer que os compre!

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

PV:

UM perfil de blogger nada significa. Podias ter um útero. Nunca se base...embora a pergunta seja tão infantil que exclui obviamente as mulheres que já estiveram grávidas.
Mas se isso reduz a tua ansiedade atávica, a resposta é - Nenhuma.
Aproveita e pergunta a mais mulheres.De preferência que tenham usado o útero.


"

Citação:

PV
Esta significa que o estado acha mais importante apoiar quem aborta do que quem apoia um filho que no futuro até poderá ser um contribuinte líquido."

1 - Tu próprio reconheces que a Licença de Maternidade é muitíssimo mais prolongda do que a dispensa concedida em caso de abortamento. ( 120 dias versus 14 a 30 dias)

Não vejo por isso que o Estado considere mais importante apoiar quem aborta neste caos concreto, muito pelo contrário.

2 - Já via que a tua precocupação é essencialmente$$$$$$$ economicista.

Devo por isso deduzir que só aceitas uma mais ampla protecção do estado em matéria de direitos socias , como as férias, apenas para os cidadãos "produtores" de futuros contribuintes líquidos?

católica praticante

Citação:

pontosvista
Lena e CP
Devo concluir que do vosso conhecimento das mulheres, nenhuma mulher seria capaz de engravidar e abortar levianamente, apenas para aproveitar a licença de aborto?

Se ambas me podem dar essa garantia fico um pouco mais descansado.

Olha pontosvista
malucos e malucas há em todo o lado. Não te posso garantir que uma doida não opte por isso, mas mesmo assim não vejo que tal possibilidade seja razão para generalizações, que é o que vejo aqui fazer.

Aliás se tais possibilidades de mau uso fossem razão para não aprovação de uma lei, o ideal seria não haver nenhuma, pois basta haver uma regra para se criarem situações de exploração em proveito próprio.

Agora, por favor, cair em generalizações especulativas só porque uma situação não nos agrada é que não.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.