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Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 10 de February de 2006 17:40

Bruno

A tua filha ainda está para nascer e já estás a ser um pai de verdade! Gosto de gente assim:)

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de February de 2006 13:23

Obviamente que o Bruno tem toda a legitimidade de exprimir os seus valores sobre as condutas sexuais que considera correctas.

No entanto, parece-me que a capacidade de escolher passa sempre por ter os dados todos isto é, uma informação correcta .

Uma mentira muitas vezes repetida não se transforma em verdade.
UM exemplo:

"O vírus da SIDA, por exemplo, é menor em tamanho do que os espermatozóides, pelo que se estes últimos por vezes conseguem "furar a barreira" imagine-se os primeiros."

Isto é falso.


Também é uma aberração afirmar que a sua filha nunca vai aprender a masturbar-se na escola , através de aulas de educação sexual.
Fique tranquilo. Nenhuma crinça o faz. Não foi assim que o Bruno o fez, concerteza.
A sua filha , se for normal e saudável irá masturbar-se com toda a naturalidade, da mesma forma que vai aprender a andar. È uma questão biológica.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 11 de February de 2006 13:54

CP

Eu gostava de ter um bom grupo de senhoras agora ao meu redor e perguntar-lhes quantas delas se masturbam? Ou até jovens femininas.
Para as pessoas muito activas, tantos homens, como senhoras há tratamento, devem é contactar um sexologista.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de February de 2006 14:21

Não posso responder-te sobre as tuas amigas. Provavelmente elas ( e tu mesma), se lhes fizessem directamente essa pergunta , num grupo alragado, responderiam imediatamente que que não.

Mas o facto de ser esta a resposta, isso não significa que seja verdadeira.

De certeza absoluta que as tuas amigas se masturbam ou que já o fizeram ao longo do seu ciclo vital. Isto se forem mulheres normais e saudáveis. Claro que se forem frígidas ou anorgásticas ou tiverem alguma outra disfunção sexual é provável que tal não aconteça. Mas aí sim, é que faria sentido procurarem ajuda de um sexologista ou terapeuta sexual.

Tanto as mulheres como os homens se masturbam, (e esse comportamento inicia-se na infância e torna-se mais consciente a partir da adolescência). Não precisam de aulas para isso.

È possível que as mulheres neguem com mais frequência esses comportamentos, basicamente devido a questões culturais.

Mas os vários estudos credíveis que existem sobre Sexualidade Feminina indicam que esse é um comportamento normal e comum em mulheres saudáveis.

A este propósito um post interessante em [eupadre.blogspot.com]

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 11 de February de 2006 14:49

CP

Se a mulher tem de recorrer à masturbação, afinal que marido elas têm? Ou ela precisa de uma consulta do sexologista ou ele??? Eu sei que muitos casais têm problemas até no sexo. Há sempre um mais activo do que o outro. Geralmente é a mulher que é menos activa, mas não conheço isso ser doença, mas normal o homem ser mais activo.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Ovelha Tresmalhada (IP registado)
Data: 12 de February de 2006 23:08

Bruno,

Bem-vindo!

Podes-me tratar à vontade por tu. Nem estou a ver que outro tratamento poderia ser dado a uma ovelha, ainda por cima tresmalhada...

Concordo - e penso que todos concordamos - que a educação sexual, pelo menos de um ponto de vista cristão, nada tem a ver com a simplista, incongruente e, até, contraproducente distribuição de preservativos aos adolescentes e jovens das nossas escolas.

[Já agora, e se a memória não me falha dos meus tempos de latim, o provérbio é "ridendo castigat mores"; ia para escrever aqui a bem conhecida tradução humorística deste ditado, mas, ainda que ela seja absolutamente inofensiva se tomarmos a palavra "castigat" no seu sentido verdadeiro, a actual polémica gerada pelos cartoons dinamarqueses não o aconselha].

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Bruno PMS (IP registado)
Data: 13 de February de 2006 13:34

Obrigado pelas boas-vindas e pelos comentários, apesar de não concordar com todos!

Acerca do que escreveu a catolicapraticante gostaria de deixar algumas considerações.

1 - A CP escreveu:
Citação:
Obviamente que o Bruno tem toda a legitimidade de exprimir os seus valores sobre as condutas sexuais que considera correctas.

Eu procuro seguir aquilo que a Igreja Católica ensina, e sempre ensinou, e não aquilo que eu considero ou deixo de considerar. Nem sempre é fácil, nem sempre consigo, mas pelo menos tento.

2 -
Citação:
No entanto, parece-me que a capacidade de escolher passa sempre por ter os dados todos isto é, uma informação correcta .
Uma mentira muitas vezes repetida não se transforma em verdade.
UM exemplo:

"O vírus da SIDA, por exemplo, é menor em tamanho do que os espermatozóides, pelo que se estes últimos por vezes conseguem "furar a barreira" imagine-se os primeiros."

Isto é falso.

Talvez a pessoa que me ensinou isso estivesse enganada. Por que não? Toda a gente erra. No entanto o argumento que a CP me dá não chega para eu mudar de ideias. Não basta dizer "Isto é falso." para que seja de facto. Peço que, por caridade, me mostre porquê. Em que se baseia para afirmar que a minha afirmação é falsa? Uma resposta "seca" não é argumento.

3 -
Citação:
Também é uma aberração afirmar que a sua filha nunca vai aprender a masturbar-se na escola , através de aulas de educação sexual.
Fique tranquilo. Nenhuma crinça o faz.

Talvez me tenha expressado mal. A minha preocupação não é em que ensinem a minha filha a masturbar-se, não o acto em si ou a maneira de fazê-lo. A minha preocupação prende-se mais com o incentivo a tal prática, como se isso não tivesse mal nenhum.

Citação:
Não foi assim que o Bruno o fez, concerteza.
A sua filha , se for normal e saudável irá masturbar-se com toda a naturalidade, da mesma forma que vai aprender a andar. È uma questão biológica.

Não sei porque parte do princípio que toda a gente se masturba. Nem todos têm os mesmos vícios; nem todos cometem os mesmos pecados.
Nem acho que a masturbação seja natural. O acto sexual é, a meu ver, e deve ser, uma expressão física do amor; amor esse que começa por ser espiritual e afectivo, e que depois se manifesta naturalmente no físico. Daí que só faz sentido quando se trata de duas pessoas que se amam. Não se trata apenas de obter um prazer egoísta desprovido de qualquer valor. Isso sim, é uma aberração.

Creio que havia muito mais a dizer, mas o tempo não abunda (nem a inspiração :-) pelo que fico por aqui. Aguardo os vossos comentários.

Cumprimentos

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: (IP registado)
Data: 13 de February de 2006 14:59

Bruno, quando dizes "O acto sexual é, a meu ver, e deve ser, uma expressão física do amor", suspeito que não seja propriamente a tua opinião. Aliás, dado que segues "aquilo que a Igreja Católica ensina, e sempre ensinou, e não aquilo que" consideras ou deixas de considerar, penso que não tens opinião própria sobre estes assuntos. Ou estou enganado?

Repara, eu já pensei como tu. Do meu ponto de vista, a virtude estava em seguir as regras, tal como elas são. E, se elas existem, é porque são boas.

Porém, hoje acho essa atitude algo cobarde e tíbia. Para amar os outros é preciso largar amarras. É muito conveniente, por duro que seja, seguir as regras todas, mas isso é também o que faziam os fariseus que Jesus tanto criticava. Seguiam a letra da lei, mas não o espírito. É bem mais difícil quando as regras são o Amor e a luz da consciência, guiada pela oração e pelo Espírito Santo.

É óbvio que se fazemos parte da Igreja há uma série de assuntos em que temos de acreditar. Mas esse acreditar faz-se com Fé e com razão, não com fechar os olhos e dizer que sim. Por seu lado, a razão não é um repetir do que os outros dizem, mas sim verdadeiramente pensar e aprofundar.

A mim assusta-me que alguém diga "a minha opinião é esta, porque a Igreja o diz. E, mesmo que eu não concorde, eu é que estou enganado". Esse ponto de vista ajudou a perpetuar muitos pecados por parte dos membros da nossa Igreja. A falta de sentido crítico é muito perigosa. Na Igreja há liberdade. Senão, veja-se o caso do Vaticano II. Cada bispo tinha a sua opinião. Porém, eram todos membros da mesma Igreja.

Penso que abdicar do direito a pensar em nome da Fé é muito grave.

Quanto aos preservativos, acho que faz sentido que sejam entregues. O mundo é como é. Mas deve-se explicar aos meninos e meninas o contexto das relações. E que não é a mesma coisa fazer sexo ou fazer amor. Sem moralismos, cada um tem os seus valores. E que os preservativos devem ser usados para determinadas situações, enquanto noutras não há necessidade. Ou seja, deve-se dar a escolha e a liberdade. Sem estimular demasiado a imaginação, que não há necessidade (pior a emenda que o soneto), mas respondendo às perguntas concretas, e fazendo entender aos miúdos as consequências das suas acções.

Quanto à masturbação, não sei se a posição actual da Igreja é válida ou se é preconceituosa. Mas, como dizia Santo Agostinho, “Unidade no essencial,
liberdade na dúvida e caridade em tudo”.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 13 de February de 2006 16:20

Quando se fala de sexo na Igreja é muito complicado. Fala-se em regras, mas quem é que não usa métodos contraceptivos? OK. Deve haver alguém, mas a maioria dos cristãos utiliza-os. Afinal, é melhor usar um preservativo ou praticar o aborto?

Aliás, alguém sabe onde se foi buscar a ideia de que não se deve utilizar métodos contraceptivos? As ideias sobre o aborto estão na Bíblia, mas a dos contraceptivos?
NUnca percebi onde é que a Igreja - e não só a católica - se baseia para defender apenas o método natural que é mais falível do que dizem. Alguém sabe?


Quanto à masturbação, também não gosto desta opção tão individualista. Deus não é contra o prazer sexual, mas desde que haja amor entre duas pessoas.

Outra questão que me faz muita confusão é em relação à virgindade até ao casamento. Tudo bem, é verdade, que está escrito na Bíblia que assim deve ser, mas por que razão só se fala da virgindade das mulheres? Se o pecado é fazer sexo antes do casamento, então por que nunca se aborda esta questão de um ponto vista masculino?


Mj

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de February de 2006 18:47

Caro Bruno:
Algumas reflexões.

“"
Citação:
O vírus da SIDA, por exemplo, é menor em tamanho do que os espermatozóides, pelo que se estes últimos por vezes conseguem "furar a barreira" imagine-se os primeiros
."
Inúmeros ( centenas e centenas) de estudos laboratoriais demonstram que o Virus do HIV não consegue atravessar a barreira de látex se o preservativo estiver intacto.

Claro que há riscos associados a uma eventual ruptura ou a a uma má técnica no uso do preservativo. Mas mesmo assim o preservativo oferece uma eficácia muitíssimo elevada na protecção das DSTs e é mesmo o único método com eficácia na prevenção da Sida.
POde ler em:
[www.aids.gov.br]
[www.bibliomed.com.br]
[www.aidsportugal.com]
[www.unaids.org]
[www.unaids.org]


2)
Citação:
“A minha preocupação prende-se mais com o incentivo a tal prática, como se isso não tivesse mal nenhum
.”
Tal prática ( a masturbação) não é de forma nenhuma incentivada por uma informação serena e rigorosa.

Ninguém incentiva os adolescentes a masturbarem-se compulsivamente, em aulas de educação sexual, embora pareça ser esse o “papão” de alguma pessoas com falta de (in)formação.

Para essas pessoas, o simples facto de se falar na palavra masturbação é um “incentivo”, tal como o simples facto de os adolescentes terem contacto com preservativos significa que irão a correr ter relações sexuais. Terá sido isso o que aconteceu com os seus preocupados pais?
Ou será que têm a ilusão de que , se nunca se falar as meninos do que é masturbação, eles nunca irão fazê-lo???

A masturbação em si mesma não tem mal menhum nem faz mal nenhum. – é um processo fisiológico normal pela qual passam todos os seres humanos saudáveis no seu processo de desenvolvimento., Não provoca doenças, queda de cabelo ou tuberculose ( LOL (como antigamente se dizia...), não conduz a gravidezes indesejadas e não provoca DSTs....

Sim, todas as saudáveis pessoas se masturbam. Não s etrata de nenhum vício nem de nenhuma conduta anormal.
SE não o fazem actualmente, ou já já o fizeram em algum momento das suas vidas ou irão fazê-lo muitas vezes ao longo do seu ciclo vital.


Porquê falar de pecado?? È esta a linguagem de devemos utilizar para ajudar os adolescentes a construír os seus valores?

Talvez seja mais pedagógico levá-los a compreender o porquê dos seus comportamentos, mais do que a sentirem-se permanentemente culpados...

A masturbação pode ser sintoma de imaturidade emocional, de solidão, de abstinência prolongada. Ou pode simplesmente ser a expressão de uma necessidade de prazer, ou simplesmente a aprendizagem e a descoberta do seu próprio corpo. Pode ser também um sinal de egoísmo, dificuldade em comunicar ou incapacidade m eestabelecer uam relação de amor /intimidade com um outro.

Pode ser tudo isto e nada disto.

Donde, as generalizações catastróficas duma expressão da sexualidade humana são graves....


Ninguém pode com seriedade afirmar , á luz a doutrina da Igreja e dos ensinamentos de eJesus, que a masturbação, é SEMPRE, em todas as circunstãncias, um vício ou umpecado,sobretudo quando estamos a caracterizar o comportamento de crianças, adolescentes ou jovens...

Em suma, pessoas que estão ainda a construir-se como Pessoas ..

Muito mais haveria a dizer.. mas.. Respirar é um vicio? Comer é um pecado? Beber exige sempre penitência?

Porque tratam necessidades humanas básicas , como o comer, dormir, respirar ou experimentar o prazer sexual como se fossem pecados e vícios?

Não será redutor?

Não haverá necessidade de contextualizar o que os adolescentes vivem, numa perspectiva positiva e amorosa da Sexualide Humana, em vez de apontar apenas o caminha da culpa e da castração e da auto mutilação? ?

Não será que estes aflitos pais projectam nos adolescentes os seus próprios fantasmas e dificuldades sexuais?



Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Bruno PMS (IP registado)
Data: 14 de February de 2006 15:25



Antes de mais obrigado pelo teu comentário. De facto deu-me oportunidade de reflectir melhor naquilo que escrevi e tentar explicar o que queria dizer.

Não costumo escrever em fóruns, nem nunca fui muito dado às letras. Isso aliado ao facto de escrever um pouco à pressa - o tempo não abunda - creio que fez com que me tivesse explicado mal. Peço que compreendas.
Tentarei então explicar o meu ponto de vista.

De facto, não se trata de seguir aquilo que a Igreja diz, sem qualquer tipo de reflexão, ou pondo de lado a razão. Talvez me tenha precipitado no que escrevi.
Eu não vejo as "regras" como um fim mas como uma base. Explico: não é porque alguém segue as "regras" da Igreja que automaticamente obtém a salvação. No entanto penso que essas "regras" nos podem ajudar no nosso caminho de santificação. Vejo-as como uma espécie de guias, cujo objectivo é fazer-nos aproximar de Deus.

Dito isto, não foi irreflectidamente ou repetindo algo que aprendi que disse que "O acto sexual é, a meu ver, e deve ser, uma expressão física do amor". Estou convencido que é assim.
Não se trata de abdicar do direito de pensar em nome da Fé. Se assim fosse nem faria sentido sequer visitar o fórum, que deve ser um espaço de discussão e reflexão.
Simplesmente não as "regras" como amarras, nem como algo conveniente que nos leva directamente a Deus.
Creio que os dois extremos são errados: seguir cegamente as "regras", como se isso fosse suficiente para a salvação, ou não ligar patavina às mesmas, em nome da "liberdade".

Disseste:
Citação:
A mim assusta-me que alguém diga "a minha opinião é esta, porque a Igreja o diz. E, mesmo que eu não concorde, eu é que estou enganado". Esse ponto de vista ajudou a perpetuar muitos pecados por parte dos membros da nossa Igreja. A falta de sentido crítico é muito perigosa. Na Igreja há liberdade. Senão, veja-se o caso do Vaticano II. Cada bispo tinha a sua opinião. Porém, eram todos membros da mesma Igreja.

Com certeza que há muita coisa que eu não compreendo, mas, em última instância, prefiro confiar na Santa Igreja Católica Apostólica Romana e nos seus ensinamentos do que na minha opinião pessoal, que vale bem pouco.
Isto não quer dizer que não se devam discutir os temas. Precisamente discutindo-os é que se pode aprender e "evoluir" (não gosto muito de usar esta palavra neste contexto, mas acho que dá para perceber).

Quanto ao Vaticano II, não sou tão optimista quanto aos seus frutos. Creio que teve aspectos positivos e outros negativos, quanto mais não seja pelo facto de ter gerado alguma "divisão" dentro da Igreja. Acho que este é um tema que também tem muito que se lhe diga, que espero poder ver desenvolvido noutros tópicos mais adequados.

Quanto aos preservativos, sim, o mundo é como é, e deve-se explicar aos meninos e meninas o contexto das relações. Mas creio que isso não implica distribuir preservativos de qualquer maneira. A liberdade de escolha só faz sentido se houver responsabilidade, e isso, infelizmente, é coisa que não me parece que se dê a devida importância. Muito por culpa de muitos pais, a meu ver, mas também do sistema educativo.

Quanto à masturbação, na minha opinião, a posição da Igreja é válida.

Este comentário está a ficar muito longo (e eu que não gosto de comentários muito longos:-)
Espero desta vez ter-me explicado melhor.

Cumprimentos



«sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste»

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: (IP registado)
Data: 14 de February de 2006 15:36

Explicaste-te muito bem mesmo, Bruno, obrigado!

Peço eu agora desculpa de não me alongar muito no meu comentário. Apenas gostaria de dizer que acho que tens razão, não nos podemos apegar apenas às regras nem devemos ignorá-las. Um abraço!

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Bruno PMS (IP registado)
Data: 14 de February de 2006 15:49

Maria João,

Creio que a pergunta "Afinal, é melhor usar um preservativo ou praticar o aborto?" não deve ser usada como motivo para se usar contraceptivos. Senão, outra pergunta se pode colocar: E se os contraceptivos falharem, vai-se praticar aborto?". Afinal, quem usa contraceptivos já está à partida a querer evitar uma gravidez.

Nem toda a gente usa contraceptivos. Eu e a minha mulher, por exemplo, não usamos. Temos alguns casais amigos que também não usam. Usamos sim um método natural de planeamento familiar, conhecido por método sintotérmico, que é, tanto quanto sei, o único aprovado pela Igreja.
Daí que devo discordar quando afirmas (posso tratar assim?) que os métodos naturais são falíveis.
Existem alguns métodos considerados naturais que, de facto, são altamente falíveis. Desaconselho-os vivamente. Mas não são todos iguais. O método sintotérmico, por exemplo, para um casal que o segue responsavelmente e "informadamente", é ínfalível. Repito, é infalível. Existem estudos científicos sobre este método que demonstram a sua eficácia. Por isso, mais uma vez repito, os métodos naturais não são todos iguais. Há que escolher com responsabilidade e conhecimento.

Já agora, quanto à questão da virgindade antes do casamento, creio que se aplica tanto a homens como mulheres. Creio que não faz sentido que assim não seja. Pelo menos sempre estive convencido que se aplica a ambos...

Cumprimentos



«sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste»

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de February de 2006 16:39

Bruno

Gostei de te ler...

Aconselho aos jovens que frequentam a igreja, que procurem namoradas com a mesma formação.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de February de 2006 20:43

Educação: Os conselhos do Movimento de Pais



Os pais querem ter uma palavra a dizer
O direito de escolha sobre a educação dos filhos cabe aos pais. É o recado que o Movimento de Pais (MOVE) acaba de dar aos Ministério da Educação.

É uma posição contra as orientações do Governo presentes no protocolo assinado há cerca de uma semana.

Este movimento cívico, que foi ganhando a confiança dos pais desde que foi criado à pouco menos de um ano para defender os valores da familia, quer que os pais pressionem o poder político.

Em causa está a distribuição gratuita de preservativos nas escolas, como explica Ana Líbano Monteiro, presidente do MOVE.

Outra questão sensível para este movimento de pais tem a ver com a criação de gabinetes de apoio aos jovens no ensino secundário: "quando nós vemos quem é que deve estar nesses gabinetes, não lhes reconheço autoridade para aconselhar os meus filhos em questões sobre a sua vida sexual. Se estes gabinetes tivessem um objectivo de estabelecer uma maior comunicação sobre pais e filhos, então, já poderíamos ter outra opinião".

Críticas do MOVE que deixa alguns conselhos aos pais, a começar por um maior envolvimento neste processo que diz respeito à educação dos seus filhos: "não deixar que nada seja feito sem a sua concordância, porque nós não estamos a falar de conhecimentos meramente científicos. Estamos a falar em ideologias".

Recados aos pais para que analisem o modelo de educação que desejam para os seu filhos e o confrontem com aquele que está neste momento a ser proposto pelo Governo na área da educação sexual.




Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Ovelha Tresmalhada (IP registado)
Data: 14 de February de 2006 23:11

Bruno,

Concordo, no essencial, com o que dizes. Mas acerca do tema específico da doutrina da Igreja sobre o uso de contraceptivos, respondo-te no tópico moral católica esquizofrénica?, para não desviar a conversa do presente tópico, que tem a ver com a educação sexual dos adolescentes.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 14 de February de 2006 23:19

Parece-me completamente contrapruducente distribuir preservativos pelos jovens das escolas C+S e secundarias e dizer-lhe que eles têm uma grande eficacia.

é precisamente entre eles que são menos eficazes. Cheguei a ver um estudo em que a eficacia entre varios grupos da sociedade americana era analisada e entre os jovens negros e latinos as falhas do preservativo chegavam a superar os 40 % ano.

actualmente pressão social dentro dos grupos de jovens vai no sentido de se iniciarem sexualmente e não no sentido da abstinencia.

Os adolescentes sentem-se frequentemente inexpugnaveis, julgam que as coisas só acontecem aos outros, passar-lhe uma mensagem de uma absoluta segurança quando esta está longe de ser realmente boa, principalmente entre os adolescentes, é totalmente imprudente. Além disso há doenças para as quais o preservativo não é uma boa protecção.

Já passar uma mensagem ABC (Abstain, Be faithful, Condomise"), abstinencia, fidelidade e preservativo em ultimo caso parece-me aceitavel. Não só aceitavel como promotor de uma sexualidade psicologicamente mais saudavel, porque não fica marcada por vivencias em que o egoismo domine, pois a procura de prazer é facilmente dominada pelo egoismo, mas sim vivida como expressão de amor.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Ovelha Tresmalhada (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 00:03

Concordo com o Camilo

Para além de tudo, se a preocupação do Ministério da Educação é, essencialmente, prevenir a SIDA e a gravidez na adolescência, então a distribuição de preservativos nas escolas parece fazer lembrar a divisa do bombeiro pirómano: "podem atear fogo à vontade que eu sou exímio e eficaz em apagá-lo!".

Mesmo no estrito plano da prevenção da gravidez adolescente e da SIDA, e sem considerar o problema mais amplo da educação sexual, a tónica deveria ser posta em coisas como amor, responsabilidade, compromisso, casamento, fidelidade.

O problema é que, para a cultura dominante, essas são palavras quase abomináveis, que repugnam a quem parece confundir laicismo com total ausência de padrões morais ou de modelos de excelência e de elevação no comportamento humano. E, no entanto, aqueles modelos são absolutamente mais eficazes do que 1 milhão de preservativos no combate à SIDA. Só por isso já valia a pena que os poderes públicos apostassem neles como o melhor meio prevenção - e nem era preciso invocar "perniciosos" princípios morais, éticos ou religiosos; bastaria a razão técnica da maior eficácia.

Mas, obviamente, não estou a defender o casamento e a fidelidade por meras razões profilácticas; valem muitíssimo mais do que isso...

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 00:33

1)Bem, o que seria mesmo de pirómano seria andar a ensinar aos jovens que o


"Método sintotérmico é infalível para prevenir a gravidez".

Isto sim é que seria incentivar agravidez na adolescência

Porque trata-se de outra falsidade. Mais uma. SÓ QUE ESTA É MUITO GRAVE.

O facto do Bruno usar um método contraceptivo comportamental á pouco tempo não prova asua infalibilidade, que tremendo disparate.

2) Quanto á questão da Prevenção da Sida, é triste observar que existe tão pouca informação e tanta demagogia. EStou a repetir-me mas lá vai: a a informação dada aos jovens e adolescentes em aulas de Educação SExual são as indicações precisas da OMS e da UNAIDS sobre o tema.

A Prevenção ( A PROFILAXIA) engloba três vertentes - Abstinencia; Fidelidade ( reduzir ao máximo o núMero de parceiro sexuais e ser fiel e usar preservativos adequados de uma forma correcta.

Ou que se inentiva é que os jovens reduzam ao máximo os comportamentos de risco, desenvolvam o sentido de responsabilidade e a capacidade de fazer as escolhas adequadas em matéria de conduta sexual. Chama-se aisto educar para os valores e para os afectos. Neste contexto, e porque os jovens têm actividade sexual ( sempre tiveram e continuam a ter) , a acessibilidade aos preservativos e uma informação adequada sobre a sua correcta utilização deve ser incentivada, sob pena de irresponsabilidade.

3) Ah... e O CASAMENTO NÃO PROTEGE DA sIDA - ao contrário do que pensa a ovelha.

Mas o preservativo, esse protege.

De facto a maior parte dos milhões de infectados são casados que não usaram preservativos nos contacto sexuais.Sobretudo as mulheres. Milhões delas foram infectadas pelos maridos.

4) Jà agora, Ovelha o laicismo pewlo menos em matérias de escolaridade obrigatória é absolutamente compatível com elevados de padrões de modelos de excelência e de elevação no comportamento humano. E, acrescneto eu, condição essencial para o conheciemnto.
Completamente.
Já o fundamentalismo religioso ou uma visão "religiosa" do comportamento sexual e da educação sexual não tem dado bons resultados. Basta pensar nos castrati e na mutilação genital feminina.

Ou no desastre dos programas religiosos abstinence only e nas suas dramática simplicações pra a saúde das populações alvo.




Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 00:44

Nota pessoal - Hoje passei parte da tarde com um casal amigo. Pertencem a um determinado movimento da Igreja ... que nem vale a pena citar. Digamos que são bastante ortodoxos em questões doutrinárias.

Toda a sua vida de casal, inclusive a sua vida sexual e os métodos contraceptivos são fiscalizados pelas orientações do...movimento , E dos seus controladores, ops , quero dizer, directores espirituais. Claro que são um caal "aberto á vida", ou seja, só usam métodos ditos naturais naturais.

Resultado da eficácia dos mesmos - cinco filhos em cinco anos. Grande eficácia de facto... Neste momento ela está com uma depressão gra e dificuldaes económicas sérias ao ter de enfrentar um quinta gravidez não planeada. O filho mais novo tem um ano...

A psiquiatra o movimento ( sim, porque nesses movimentos até têm psiqiuatras) já a orientou e disse - parece que têm mesmo de se fechar á vida, por uma questão de saúde. Ou seja, pelas contas deles vão ter de deixar de ter relações sexuais, porque ela tem ciclos muito instáveis e é uma meulher muito fértil...Ah.. e tem trinta e seis anos...

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