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Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 08 de August de 2006 19:36

Ainda existe preceito dominical ?

O maravilhoso mundo moderno trouxe uma liberação geral. Se isso proporcionou uma chance para maior responsabilidade, também abriu as comportas, por onde se escoaram muitos dos valores religiosos, que levaram séculos para se consolidar.

Mas ao mesmo tempo trouxe, a reboque, novos preceitos: á noite não devemos sair à rua, (por causa dos assaltantes); a nossa alimentação deve ser extremamente controlada, (para manter a forma)...

Com isso caiu o mandamento da Igreja, de participar de missa dominical? Se o entendermos apenas como uma obrigação legal, então sim. Mas se o entendermos como baliza de orientação, motivação para nossa espiritualidade, e reforço para nossas inconstâncias, então a resposta é negativa. Não caiu. Ainda vale, portanto, o antigo preceito de participar da Eucaristia, no dia do Senhor?

Parece que existe uma amnésia bastante generalizada, em certos meios cristãos, sobre essa regra de ouro. O que ensinam as Escrituras é esquecido. “Não deixemos as nossas assembléias, como alguns costumam fazer. Procuremos animar-nos sempre mais” (Hb 10, 25).

Em que pese a recomendação bíblica, muitos praticam esportes, realizam passeios, promovem festas familiares, visitam amigos (todas ocupações muito boas), mas esquecem a oração. Sempre foi possível fazer ambas as coisas. “No dia do Senhor, o Espírito tomou conta de mim” (Ap 1, 10).

O domingo, o dia de Jesus e da Eucaristia, é um momento denso de significados. Nele a comunidade se reúne para celebrar a ressurreição de Jesus. A oração comunitária serve de força motivadora para os trabalhos de toda a semana.

É como se estivéssemos começando uma nova criação. Para os cristãos, nos seus 20 séculos de existência, a celebração dominical tornou-se o primeiro de todos os dias, e a primeira de todas as festas. Por isso, nele nos abstemos de trabalhos que venham a dificultar ou a suprimir a oração.

A missa não deve ser olhada como um preceito, mas como uma graça, que nos insere dentro da comunidade de irmãos. Nossa presença na Eucaristia dominical enche a semana de sentido. Plenifica o coração de felicidade, por podermos prestar a Deus um culto exterior e público.

Tal celebração traz benefícios de paz para toda a humanidade. Então, o preceito continua em vigor. Mas devemos considerá-lo como provindo do coração de uma mãe carinhosa, que é a Igreja.

Re: Fé
Escrito por: SomosIgreja (IP registado)
Data: 09 de August de 2006 00:35

Ana, Parabéns pela tua estupenda reflexão.
Como já li aqui noutro tema, também acho que os chamados "cristãos não praticantes" geram alguns problemas. Abandonaram a comunidade e a ideia que transportam da Igreja é aquela com que partiram. Não cresceram com a comunidade. Por isso, normalmente regateiam quando se lhes apresentam modificações. "antigamente não era assim"; "antigamente não era preciso nada disto"; "só nos tiram a fé", etc, etc. Muitas vezes vêem a Igreja como "supermercado " de sacramentos onde só vão para baptizar, casar e exéquias. Mostram, no geral, pouca receptividade à evangelização (quanto menos tempo, melhor...) e por consequência, fogem a qualquer compromisso.
Hoje está na moda o "eu cá tenho a minha fé", "os que lá vão ainda são piores do que eu", "para me relacionar com Deus não preciso de intermediários" e outras que tal. Num tempo marcado por forte individualismo e egocentrismo, o que interessa é que satisfaçam os desejos, interesses de cada um. A comunidade, o sentido de pertença a uma família que no Espírito se une a Cristo e louva o Pai.. não interessa...
Se a fé passa inevitalvelmente por uma adesão pessoal a Cristo, essa adesão exprime-se, realiza-se, potencia-se na comunidade. Basta ler o Evangelho, por exemplo, a propósito das aparições do Ressuscitado. E na comunidade reunida que cada um faz a sua experiência do Ressuscitado.
Com todo o respeito pelas pessoas, há coisas que tenho imensa dificuldade em perceber. Uma delas é isso de "cristãos não praticantes"!
Que diríamos de um médico que não atendesse um doente por se dizer "médico não praticante"? Ou de uns bombeiros que deixassem arder a nossa casa porque se diziam "bombeiros não praticantes"!
Abraço

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 10 de August de 2006 19:19

Eu sou o Pão que desceu do Céu.


A Liturgia da Palavra deste 19º Domingo Comum - B, vem ainda outra
vez, na continuação dos dois Domingos anteriores, insistir no Mistério da
Eucaristia, apresentando Jesus como o Pão da Vida.

Pela Fé o homem sente Deus a seu lado, no trabalho, na família, em
toda a sua vida, porque «sem Mim nada podeis fazer» !

Mas a presença do Senhor torna-se mais visível na celebração da
Eucaristia e na proclamação da Sua Palavra.

A Fé, não isentando o cristão das dificuldades do dia-a-dia,
transmite-lhe esperança na vitória do bem sobre o mal, do amor sobre o ódio, da
vida sobre a morte.

Esta confiança, radicada na fé, há-de levar o homem a uma maior
fidelidade à vontade de Deus.

A 1ª Leitura do 1º Livro dos Reis, diz-nos que uma sensação de
abandono gera no espírito de Elias um estado de abatimento e mesmo de desespero.

Morrer no deserto onde o povo andou errante, onde Moisés suportou
a revolta do mesmo povo e onde Agar ficou sepultada, será simultaneamente
libertação e glória.

- "Elias, desejou então morrer e disse «Agora, Senhor, já basta !
Tirai-me a vida que eu não sou melhor que meus pais».(...). Levanta-te e come,
que a caminhada é muito grande". (1ª Leitura).

Mas Deus que dá a vida e fortalece a esperança, tem a seu respeito
um plano diferente.

Envia-lhe um anjo com o sustento corporal e espiritual.

Ali mesmo alimentara também o povo com o maná.

E, deste modo, Elias pôde levar a bom termo a missão que o Senhor
lhe confiara.

A história do profeta Elias, é a história de todos nós.

Temos que nos alimentar frequentemente porque temos uma grande
missão a cumprir e para sentirmos como o Senhor é bom, como proclama o Salmo
Responsorial :

- "Saboreai e vede como o Senhor é bom".

Na 2ª Leitura S. Paulo lembra aos Efésios, e hoje também a todos
nós, que o Senhor nos amou ao ponto de Se oferecer como vítima, agradável a Deus
e necessária à nossa salvação :

- "E entregou-Se a Si mesmo por nós, oferecendo-Se como vítima
agradável a Deus". (2ª Leitura).

É que a fé não é apenas um acto da inteligência, mas também um
acto da vontade humana que, com o alimento da Eucaristia, nos deve conduzir à
prática do bem, evitando tudo o que nos pode afastar de Deus.

O Evangelho é de S. João, e diz-nos que Cristo convida os seus
ouvintes a acreditarem na Sua Palavra, a acreditarem n'Ele, que é a Vida.

Um pão que alimenta, que não nos deixa morrer mas nos leva à vida
eterna :

- «Eu sou o Pão que desceu do Céu»(...). Quem acredita possui a
vida eterna. Eu sou o Pão da vida. No deserto, os vossos pais comeram o maná e
morreram. Mas o Pão que desce do Céu é tal que, se alguém comer dele, não
morrerá". (Evangelho).

É natural o espanto gerado entre a multidão.

Se somente Deus tem palavras de vida eterna, como pode o filho de
Maria e José dizer que Ele próprio é o pão da vida ?

As palavras de Jesus são um apelo à fé e são também o anúncio da
Eucaristia - Sacramento em que Ele nos dá como Pão da vida o Seu próprio Corpo.

A Eucaristia é o coração da Igreja.

S. Leão Magno tinha dito a respeito da Comunhão :

- "A nossa participação no Corpo e no Sangue de Cristo tende
unicamente a tornarmo-nos aquilo que nós comemos".

Ora vejamos o que é que Jesus disse sobre este ponto :

- "Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai,
assim também o que Me come, viverá por Mim".(Jo.6,57).

Esta expressão "assim como", refere-se a duas coisas : a origem e
a finalidade.

Assim, quem come o Corpo e o Sangue de Cristo, vive "por causa
dele" e para se "transformar nele", isto é, para a sua glória, para o seu amor e
para o seu Reino.

Assim como Jesus vive por causa de e para o Pai, também nós,
participando no mistério do seu Corpo e Sangue, vivemos por causa de e para
Jesus.

Os Santos Padres da Igreja também tomaram como exemplo o alimento
físico, para explicarem este mistério, dizendo que é a mais forte forma de vida
que assimila a fraqueza e não vice-versa.

O mundo dos vegetais assimila minerais, e os animais assimilam
vegetais, e o espiritual assimila o material.

Para os que O recebem, Jesus diz :

- "Tu não Me podes mudar para a tua substância, mas em vez disso,
tu deves transformar-te em Mim".

O alimento não é uma substância viva e, portanto, não pode dar a
vida; ele é apenas uma fonte de vida que alimenta e mantém a vida que nós temos.

Mas, ao contrário, o Pão da Vida, é um Pão Vivo, e aqueles que o
recebem, vivem por ele.

Assim, enquanto a comida alimenta o corpo - peixe, pão e todos os
outros alimentos - é assimilado pelo corpo e forma o sangue humano, acontece o
contrário com o Pão da Vida, que dá a vida àqueles que o recebem, assimila-os e
transforma-os em si mesmo.

Nós somos levados por Cristo a viver a vida que está nele; ele diz
de si mesmo que é "o Pão da Vida", precisamente para nos fazer compreender que
não nos alimenta como o faz um ordinário alimento, mas que, assim como ele
possui a vida, ele dá-nos essa vida e acrescenta :

- "Aquele que Me come, vive por Mim".

Para dizer que Jesus "nos assimila na comunhão significa que, de
facto, Ele nos torna semelhantes a Ele nos nossos sentimentos, nos nossos
desejos e na nossa maneira de pensar; numa palavra, Ele cria em nós a mesma
mentalidade de Jesus Cristo, como disse S. Paulo :

- "Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo
Jesus". (Fil.2,5).

Jesus faz isso porque Ele é o "coração" do Corpo Místico.

De facto, qual é a função do coração no corpo humano ?

O sangue empobrecido dos seus elementos vitais e contendo resíduos
de toxinas no organismo, volta ao coração.

Nos pulmões o sangue é reoxigenado e, assim regenerado e
enriquecido de elementos nutritivos, é reenviado pelo coração a todo o
organismo.

Num nível espiritual, o mesmo acontece no coração da Igreja, que
é Cristo.

Assim corre em cada Missa o sangue empobrecido de todo o mundo; e
assim, pela Comunhão, ficam regeneradas as almas das suas infidelidades, como se
recebessem um novo sangue purificado, ao que Santo Inácio de Antioquia chamou a
"medicina da imortalidade".

É o que S. João nos quer dizer na sua Primeira Carta :

- "Mas, se andarmos na luz, como Ele está na luz, estamos em
comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, purifica-nos
de todo o pecado".(1 Jo.1,7).

Nunca poderemos imaginar a dimensão de toda a verdade e de toda a
realidade de que a Eucaristia é o Coração da Igreja.

Vivendo de harmonia com esta maravilhosa realidade, estaremos a
dar a nossa melhor resposta à Presença Real de Cristo total na Eucaristia e a
preparar-nos para termos parte na História da Salvação.

.................................................................

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1396. - A unidade do Corpo Místico : a Eucaristia faz a Igreja. Os
que recebem a Eucaristia estão mais intimamente unidos a Cristo. Por ela, Cristo
une todos os fiéis num só corpo : a Igreja. A Comunhão renova, fortalece e
aprofunda esta incorporação à Igreja já realizada pelo Baptismo. No Baptismo
fomos chamados a formar um só Corpo. A Eucaristia realiza este apelo : «Não é o
cálice da bênção, que nós abençoamos, uma comunhão com o Sangue de Cristo ? Não
é o pão que nós partimos uma comunhão com o Corpo de Cristo ? Uma vez que
existe um só pão, nós, que somos muitos, formamos um só corpo, visto
participarmos todos desse único pão» (1 Cor.10,16-17).

Re: Fé
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 12 de August de 2006 20:17

Achei que vinha mesmo a propósito do tópico.
Neste momento não estamos num fórum de discussão porque os paroquianos fizeram férias...Mas dá para quando voltarem... (esta paroquiana ainda não se ausentou)

Aqui vai:

São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja
Catequese baptismal 5

“Aumenta a nossa fé” (Lc 17, 5)


A palavra “fé”, sendo um só vocábulo, tem um duplo significado. Com efeito, há um aspecto da fé que diz respeito aos dogmas; trata-se do assentimento a determinada verdade. Este aspecto da fé é proveitoso para a alma, conforme diz o Senhor: “Quem ouve a Minha palavra e acredita Naquele que Me enviou tem a vida eterna” (Jo 5, 24)

Mas há um segundo aspecto da fé: a fé que nos é dada por Cristo como carisma, graciosamente, como dom espiritual. “A um, o Espírito dá uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito; a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o dom de curas, nesse único Espírito” (1Co 12, 8-9). Esta fé que nos é dada como graça pelo Espírito Santo não é, pois, apenas a fé dogmática, antes tem o poder de realizar aquilo que está para além das forças humanas. Quem possui esta fé, dirá a uma montanha: “Tira-te daí” e ela tirar-se-á. Porque, quando alguém pronunciar esta palavra com fé, “sem vacilar em seu coração, mas acreditando que o que diz se vai realizar” (Mc 11, 23), recebe a graça da sua realização. É acerca dessa fé que se diz: “Se tivésseis uma fé do tamanho de um grão de mostarda”. Com efeito, o grão de mostarda é minúsculo, mas encerra uma energia imensa; semente minúscula, desenvolve-se a ponto de estender ramos compridos e de poder mesmo abrigar as aves do céu (cf. Mt 13, 32). Assim também a fé realiza na alma as maiores façanhas num piscar de olhos.

Quando se encontra iluminada pela fé, a alma representa Deus e contempla-O, na medida do possível. Abarca os limites do universo e, antes do final dos tempos, avista já o juízo e o cumprimento das promessas.~"


Pensar que é um texto de um Padre da Igreja do século IV (d.C)...
A Tradição tem um grande papel na Igreja Católica.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 16 de August de 2006 06:07

Maria José

Hoje estive na catequese. O padre José Alem também disse; "A Fé é um Dom que Deus nos dá".
Este padre tem uma fé enorme! Presumo quê, não seja a última vez que ele venha ao Canadá. Tivemos uma hora de catequese o povo pediu por mais! Lá foram mais 15 minutos, e o pobre do padre ainda sem jantar:(

Vejam o grande homem que temos aqui connosco! O povo está feliz, tem sede da palavra de Deus!
[www.josealem.com.br]

Re: Fé
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 17 de August de 2006 18:31

Ana

Eu não me entusiasmo assim tanto....ainda bem que vos ajudou...o importante é que vos leve até Cristo.
Imagina que ele ficava todo vaidoso e que pensava que era ele que conseguia arrastar as pessoas, por mérito próprio, então era preciso acordá-lo.
De certo tal não acontece.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 30 de August de 2006 15:19

Correio que chega até mim!!! :)

(039) – REALMENTE PRESENTE MAS OCULTO! ...

E dentro deste espírito, vamos dar uma olhadela mais profunda sobre três tradições Eucarísticas – Católica, Ortodoxa e Protestante – para ficarmos mentalizados pelos tesouros que elas contêm e uní-las no tesouro comum da Igreja.

Como um resultado, nós devemos admitir que a nossa compreensão do mistério da Presença Real é mais rico e mais vivido.

Na Teologia Católica, a consagração é o indisputável coração da Eucaristia, da qual nós temos a Presença Real.

Na Consagração, é o próprio Jesus que fala e actua.

Sobre este ponto, a teologia Ocidental é influenciada pela total tendência da tradição patrística .

Santo Ambrósio escreveu :

- O pão é pão antes de serem pronunciadas as palavras sacramentais...

Quais são as palavras que tornam efectiva a Consagração e de quem são essas palavras ?

Eles pertencem ao Senhor Jesus !

Tudo o que se diz antes desse momento é dito pelo padre celebrante que louva a Deus, e ora por todo o povo, mas quando chega o momento de o venerável sacramento ter efeito, o padre celebrante não mais usa as suas palavras, mas as palavras de Cristo.

Portanto, são as palavras que conferem (conficit) o sacramento...

Vede como são eficazes (operatorius) as palavras de Cristo...

O Corpo de Cristo não estava presente antes da consagração, mas depois, o Corpo de Cristo já está presente, embora oculto aos nossos olhos, como nos diz o Salmo :

- “Porque Ele falou e as coisas existiram, Ele mandou e as coisas subsistiram”.(Sl.33,9).

Sob o ponto de vista da Igreja Ocidental, nós podemos falar de um Realismo Cristológico

“Cristológico”, porque a nossa atenção está centrada em Cristo no seu estado histórico e incarnado, bem como em Cristo ressuscitado.

Cristo é simultaneamente o objecto e o sujeito da Eucaristia, e isto significa que Ele é operado pela Eucaristia e opera a Eucaristia.

“Realismo”, porque Jesus não é visto sobre o altar simplesmente como um símbolo, (contrariamente ao que ensinou Berengar de Tours), mas de verdade, em realidde.

Mais tarde, o Concílio de Trento fez uma explanação mais precisa da Presença Real.

Foram usados três verbos : vere, realiter substantialiter.

Jesus está verdadeiramente presente e não subjectivamente através de uma imagem ou de uma forma.

Jesus está realemte presente e não apenas subjectivamente atrvés da fé dos crentes.

Jesus está substancialmente presente, isto é, na sua profunda realidadde que não pode ser provada pelos sentidos, e não nas aparências que permanecem as mesmas do pão e do vinho.

Segundo Santo Agostinho, a presença de Jesus na Eucaristia está “no sacramento”, ou, por outras palavras, é sacramental e não física, mediante os sinais do pão e do vinho.

Todavia, neste caso, os sinais não excluem a realidde, mas tornam-na presente para nós, da mesma maneira que Cristo ressuscitado, vivendo “no Espírito”, pode estar presente para nós ao longo de toda a nossa vida na terra.

Segundo S. Tomás de Aquino, pela consagração, toda a substância do pão e do vinho transformam-se na substância do Corpo e Sangue de Cristo.

Estas verdades devem fortalecer a nossa fé, muitas vezes vacilante, por causa de um certo materialismo que nos rodeia, porque é por esta fé que nós aceitamos a certeza da Presença Real, da qual vivemos pela Comunhão e caminhamos para uma santidade mais profunda e frutuosa.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 31 de August de 2006 13:40

Eles tomam alimento com as mãos por lavar !



A Liturgia da Palavra deste 22º Domingo Comum – B, coloca-nos perante a Lei e convida-nos ao seu cumprimento para que não fiquemos apenas nas palavras.

Todo o empreendimento humano, pequeno ou grande, supõe, habitualmente, uma entrega e uma doação total, para se realizar alguma coisa útil.

Ao aceitar a Palavra de Deus o homem, no mais íntimo do seu ser, estabelece uma aliança com a pessoa de Jesus Cristo e não apenas com uma ideologia.

O preço da fidelidade a esta aliança é a renúncia a si mesmo.

A Lei de Deus não subjuga o homem, mas liberta-o na medida em que o ajuda a tomar as suas decisões mais correctas.

A 1ª Leitura do Livro do Deuteronómio, diz-nos que Moisés fala ao povo de Israel, dizendo-lhe que a obediência aos preceitos do Senhor fará a sua grandeza e glória.

- «Escutai agora, Israelitas, as leis e os preceitos que hoje vos ensino, a fim de os pordes em prática. Assim podereis viver e entrar na posse da terra que vos dá o Senhor».(1ª Leitura).

Deus, revelando-Se ao povo eleito, aproxima-Se do homem e torna-o conhecedor e participante dos Seus planos de salvação para toda a humanidade.

Daí a necessidade de o homem viver segundo a lei de Deus, como nos sugere o Salmo Responsorial :

- “Quem viverá, Senhor, em Vossa casa !”

Na 2ª Leitura de hoje é S. Tiago que diz aos judeus convertidos ao cristianismo e dispersos pelo vasto império romano, e hoje a todo o povo cristão, que os livros santos, tão religiosamente guardados pelo povo judeu, têm a sua expressão final no Evangelho, que é a Palavra de Cristo Salvador.

- “Tudo o que de bom nos é dado e todo o dom perfeito vêm do alto, descem do Pai, Criador das estrelas”.(2ª Leitura).

Por esta razão e, segundo este Evangelho, o homem não pode limitar-se a ouvir, mas deve também acreditar e pôr em prática.

O Evangelho é de S. Marcos, e diz-nos que Jesus, perante a actuação dos seus discípulos e a acusação dos fariseus, aproveita para se referir aos costumes judaicos que não passam de práticas hipócritas, de meras formalidades sem valor porque não correspondem aos seus sentimentos interiores.

- «Bem profetizou Isaías a respeito de vós, os hipócritas : Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está bem longe de Mim».(Evangelho).

A distinção entre puro e impuro só existe na medida em que o homem se deixa conduzir por inspirações que, brotando do íntimo do coração, o afastam dos caminhos de Deus.

O apego à Lei, que deu grande destaque ao judaísmo, e que, em mais de um caso, foi motivo de salvação de Israel, comportava, porém, graves perigos.

Ao colocar no mesmo plano todos os preceitos, religiosos e morais, civis e culturais, entregando-se às subtilezas casuísticas, o culto da Lei terminava por impor um jugo impossível de carregar.

Uma maneira de pensar farisaica tentou bloquear o dinamismo misssionário da Igreja primitiva.

Foi necessária uma rude energia de Paulo e a convocação do Primeiro Concílio de Jerusalém, para que a comunidade primitiva se pudesse libertar das normas que os judaizantes queriam impor.

Ainda hoje pode haver, no seio da Igreja, uma maneira de agir farisaica, ao exagerar e absolutizar a legalidade, o preceito e a exterioridade.

Também se pode viver ainda hoje um cristianismo legalista, exterior, superficial, mais preocupado em obedecer pasivamente às normas recebidas, sem fazder ondas, do que em dar uma resposta pessoal e responsável aos chamamentos de Deus e aos apelos dos nossos irmãos.

Corremos o risco de sermos fariseus também quando não distinguimos o essencial dos factos da história e nos apegamos a aspectos meramente secundários e sem uma interpelação evangelizadora, ao nível do nosso tempo.

Caem sob esta acusação algumas resitências à renovação conciliar, especialmente no campo da Pastoral e nos abusos das práticas litúrgicas.

Uma mal entendida fidelidade à tradição, que se manifesta em oposição a toda a forma de renovação, é índice de esterilidade espiritual.

Pelo contrário, a fidelidade ao Espírito é de um carácter dinâmico, não passiva mas conquistadora, não apologética mas missionária, e não fechada em si mesma.

Os jovens são um elemento activo dessa dinâmica de transformação, de estruturas e de tradições antiquadas.

Eles percebem, em geral, consciente e naturalmente, a possibilidade de abdicação do passado e de abertura razoável para um futuro mais humano; isto é uma profecia para uma sociedade farta e satisfeita consigo mesma; a sua crítica construtiva tem por função libertar continuamente, de um modo evidente, os valores, para aderir em profundidade a eles, sem nunca absolutizar o que já passou.

Eles possuem também fantasia e utopia suficientes para acelerar bastante as mudanças, ou a revisão de inovações precipitadas, de costumes e relações de dependência e de modos de conduzir a comunidade.

A força dos jovens impele uma comunidade para o futro, em busca dos caminhos de Deus que nos conduzem aos planos da História da Salvação.

.............................................................

O Catecismo da Igreja Católica, toma este texto do Evangelho de S. Marcos para nos dizer :

582. – Indo mais longe, Jesus cumpriu a lei sobre a pureza dos alimentos, tão importante na vida quotidiana judaica, explicando o seu sentido «pedagógico» por uma interpretação divina : «Não há nada fora do homem que, ao entrar nele, o possa tornar impuro(...)- e assim declara puros todos os alimentos(...) O que sai do homem é que o torna impuro. Pois, do interior do coração dos homens, é que saem os pensamentos perversos»(Mc.7,18-219). Proporcionando, com autoridade divina, a interpretação definitiva da Lei, Jesus colocou-Se numa situação de confronto com certos doutores da Lei, que não aceitavam a sua interpretação, muito embora garantida pelos sinais divinos que a acompanhavam. Isto vale sobretudo para a questão do sábado : Jesus lembra, e muitas vezes com argumentos rabínicos, que o repouso sabático não é violado pelo serviço de Deus ou do próximo, que as suas curas realizam.

Este povo Honra-Me com os lábios mas o seu coração está bem longe de Mim.

Re: Fé
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 04 de September de 2006 12:05

Achei a mensagem deste domingo muito bonita e pertinente.

Amar Deus e o próximo não é apenas seguir certas regras, simplemente por as cumprir. Tem de haver Amor. Acho que onde mais erramos, nesta questão, é na mania terrível que temos de censurar o que os outros fazem. Jesus alertava para o que estava errado, mas não desprezava nem censurava. Pelo contrário, todas as suas palavras eram ditas de modo a que a pessoa visse o mal que estava a cometer e se pudesse arrepender.

Outro problema também grave, no meu entender, é a tendência que ainda várias pessoas têm de ir à missa e quando saem da Igreja, acharem que já cumpriram com o seu dever e não fazem mais nada para viverem no Caminho de Deus, até à próxima celebração, como frisou o padre da minha paróquia neste domingo. Não esqueçamos que a missa é como que um começo. Vamos para receber a Jesus, estar em comunhão e para nos prepararmos para vir "cá para fora" e mostrar Deus às outras pessoas.



Maria João Garcia

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 04 de September de 2006 15:57

Maria Joao

E o padre Alem, brasileiro que esteve aqui connosco 5 semanas, que tem uma fé enorme, disse que a missa começa logo quando vamos a caminho da igreja, porque vamos com aquela fé.
Eu nao quis dizer nada na frente do público, mas quando calhar por correio eletrónico, já lhe digo; entao quando a gente se está a preparar para ir a missa, já estamos na missa!!! ;0
o meu teclado hoje nao está bom...

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 04 de September de 2006 16:21

Na nossa igreja há muita inveja! A inveja destrói a nossa paróquia, ainda ontem o padre falou sobre a inveja; está aqui há um ano; disse, eu nao conheço os paroquianos, mas conheço a paróquia! Muita gente foge da igreja por causa das críticas. Há muitos grupos, muitos problemas!

Re: Fé
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 04 de September de 2006 16:26

Acredito. Infelizmente, temos muitos paroquianos que dão um mau exemplo.

É como costumo dizer: se Jesus tinha um Judas entre Ele, quanto mais nós. Joio haverá sempre, não podemos é confundi-lo com o trigo.

Mas, claro, também é verdade que todos nós nos guiamos muito pelos exemplos e há uma tendência para ver apenas o mal...

Valha-nos Deus! Do joío e de nos tornarmos muitas vezes esse mesmo joío!


Maria João Garcia

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 04 de September de 2006 16:45

A melhor coisa é ir á igreja e vir para casa, mas alguém tem de ajudar, o padre nao pode fazer tudo sozinho! Se o padre convida uns e outros nao para algo, outros ficam cheios de ciúmes, nas vossas igrejas acontece o mesmo?

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 09 de September de 2006 18:18

LITURGIA DA PALAVRA

****
.

A Liturgia da Palavra faz parte dos Ritos iniciais do Ordinário da Missa
e é composta pelas leituras da Sagrada Escritura :

* Primeira Leitura do Antigo Testamento.

* Gradual e Salmo Responsorial, ou Aleluia (e Sequência).

* Segunda Leitura, do Actos dos Apóstolas, das Epístolas ou do
Apocalipse.

* Aclamação do Evangelho.

* Evangelho.

* Homilia.

* Profissão de Fé (Credo).

* Oração dos Fiéis.

Na Liturgia da Palavra há normalmente um pensamento que é comum às
três Leituras, e que é preciso encontrar.

Para que a Liturgia da Palavra se torne um elemento útil aos fiéis
na sua celebração, há certos requisitos essenciais que o Catecismo da Igreja
Católica nos recomenda :

1154. - A Liturgia da Palavra é parte integrante das celebrações
sacramentais. Para alimentar a fé dos fiéis, os sinais da Palavra de Deus devem
ser valorizados: o livro da Palavra (Leccionaria ou Evangeliário), a sua
veneração (Procissão, incenso, velas), o lugar da sua proclamação (Ambão), a sua
leitura audível e inteligível, a homilia do ministro, que prolonga a sua
proclamação, as respostas da assembleia (aclamações, salmos de meditação,
ladainhas, confissão de fé...).

Especialmente devem-se ter em conta as possíveis limitações dos
vários elementos da assembleia, nomeadamente a sua cultura e a sua língua.

A Liturgia da Palavra :

* Fala-nos de Deus que no passado falou aos homens e continua a
falar-lhes através dos tempos, dirige agora a Sua Palavra à assembleia cristã a
fim de lhe revelar o mistério da redenção e salvação.

* Fala-nos pelos profetas que anunciaram o Messias e o Seu Mistério de
salvação.

* Fala-nos de Deus, por Seu Filho que se fez homem, morreu e
ressuscitou por nós e nos deixou a Igreja.

* Fala-nos pela Igreja através da Homilia que é a Palavra de Deus
aplicada à nossa vida concreta, mostrando-nos a Sua relação com a Eucaristia.

* É uma proclamação da nossa fé através duma fórmula que remonta
ao Concílio de Niceia (325), em que desejamos ser fiéis à doutrina dos
Apóstolos.

* Faz-nos ver e sentir as nossas responsabilidades perante os
problemas da humanidade, por quem oramos na Oração Universal.

A Liturgia da Palavra que antecede a Liturgia da Eucaristia, faz
com ela um todo único:

1346. - ... Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística constituem
juntas "um só e mesmo acto de culto" (SC 56). Com efeito, a mesma mesa posta
para nós na Eucaristia é, ao mesmo tempo, a da Palavra de Deus e a do Corpo do
Senhor.

A Liturgia da Palavra deve ser participada por toda a Comunidade,
que a deve seguir pelo seu missal, deve responder, quando necessário, e deve
cantar na medida do possível.

Mais particularmente podem alguns elementos participar no conjunto
da Liturgia da Palavra e da Liturgia Eucarística, lendo uma das Leituras,
presidindo à Oração dos Fiéis, dirigindo os cânticos, levando ao Altar as
Oferendas, servindo ao Altar como acólitos e colaborar como Ministros da
Eucaristia..

Seria muito útil que os fieis pudessem acompanhar a Missa pelo seu
Missal.

A Homilia, abordando o tema da Liturgia da Palavra, deve
apresentar doutrina e pastoral, porque deve ter o cunho de Evangelização, mas
ela não pode ser o único meio de Evangelização para a comunidade.

Se à saída da Igreja alguém me perguntar o que é que o celebrante
disse na Homilia, serei capaz de responder ?

Um assunto que merece alguma reflexão.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 11 de September de 2006 00:14

(Correio de amigos)
************************

A Igreja celebra a festa da Natividade da Virgem Santa Maria, ou seja a festa do seu aniversário natalício, no dia 8 de Setembro.

Apesar da importância deste acontecimento, nada se sabe pelos Evangelhos, a respeito do Nascimento de Maria; nem onde nem quando.

Apenas sabemos por S. Mateus que ela nasceu para ser a mãe de Jesus :

- Maria, da qual nasceu Jesus. (Mt.1,16).

A ausência de dados a respeito do Nascimento de Maria, fez com que o nosso P. António Vieira escrevesse num do seus belos sermões :

- "Se eu licitamente me pudesse queixar do Evangelho, neste dia me queixaria, e cuido que com razão. Cala nele o Evangelho três coisas não pequenas, que deveria dizer, e diz só uma, posto que grande, que devera calar".

O que deveria dizer, era o lugar onde nasceu, quando nasceu e quem eram os seus pais.

O que deveria calar era exactamente que "de Maria nasceu Jesus":

- "Se o Evangelista cala o mundo, se cala o donde, e se cala o de quem nasceu, porque diz o para quê ?"

A vinda do Filho de Deus à terra foi preparada, pouco a pouco, ao longo dos séculos, através de pessoas e acontecimentos.

Entre as pessoas, escolhidas por Deus para colaborarem no Seu projecto de salvação, houve uma, à qual foi confiada uma missão única : Maria, chamada a ser a mãe do Salvador e cumulada, por isso, de todas as graças necessárias ao cumprimento dessa missão.

O Nascimento de Maria foi, portanto, motivo de esperança para o mundo inteiro: anunciava já o Nascimento de Jesus.

Era a autora da salvação a despontar : "Ela vem ao mundo e com Ela o mundo é renovado. Ela nasce e a Igreja reveste-se da sua beleza."(Liturgia bizantina).

- “Quereis saber quão feliz, quão alto e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria?

- Vede para que nasceu.

- Nasceu para que d'Ela nascesse Deus... "da qual nasceu Jesus...".



ANA E JOAQUIM (Pais de Maria)



Não consta dos Livros canónicos, mas apenas dos Livros Apócrifos que não são reconhecidos pela Igreja como canónicos e, portanto, não constam da Bíblia católica.

Mas sendo eles dos primeiros séculos da Igreja, reflectem-lhes tradições e pensamentos.

Alguns dos seus relatos, na aparência apenas fantasiosos, revelam todavia, a um exame profundo, significados importantes e precisas motivações doutrinais.

No século XVI foi descoberto no Oriente um texto a que foi dado muito crédito e, portanto, recebido com entusiasmo, nessa data, como sendo o Protoevangelho de Tiago.

Mais tarde não se acreditou na sua autenticidade, por parecer que era demasiado católico.

Mas, em 1958, com a publicação do papiro catalogado como Bodmer V, resultou que o texto descoberto em 1500 era realmente antigo, mas já fora conhecido de S. Justino, (martirizado em 165) e por outros escritores cristãos da época.

Só o que não estava certo era o título que se julgava ser Protoevangelho de Tiago quando afinal era o de Natividade de Maria.

Ora consta desse escrito Apócrifo que as ofertas de Joaquim no Templo não eram aceites por ele não ter descendência em Israel.

Joaquim entristeceu-se e retirou-se para o deserto para orar e jejuar.

Ao fim de algum tempo um anjo disse a Joaquim :

- "O Senhor escutou a tua insistente oração. Desce daqui, Ana, tua mulher conceberá no seu ventre."

Por seu lado Ana, erguia duas lamentações e prorrompia em dois prantos, dizendo :

-"Chorarei a minha viuvez e lamentarei a minha esterilidade".

Olhando fixamente para o céu viu no loureiro um ninho de pássaros e compôs para si esta lamentação :

- Ai de mim!

A quem me assemelho eu afinal ?

Não me assemelho às aves do céu,

Pois as aves do céu são fecundas diante de Ti, Senhor!

Ai de mim !

A quem me assemelho eu, afinal ?

Não me assemelho aos animais terrestres

Pois também os animais terrestres

São fecundos diante de Ti, Senhor.

Ai de mim !

A quem me assemelho eu, afinal ?

Não me assemelho a estas águas

Pois estas águas

São fecundas diante de Ti, Senhor.

Ai de mim !

A quem me assemelho eu, afinal ?...

Mas eis que o Senhor atendeu as suas preces : nasceu-lhe uma filhinha e ela chamou-lhe Maria, e depois consagrou-a ao Senhor.



Esta é a história de Joaquim e Ana, contada pelos Livros Apócrifos.

Segundo algumas opiniões, colhidas na Internet, Ana era filha de Mathan, um sacerdote que vivia em Belém, e tinha outras duas irmãs, Sobe que foi mãe de Santa Isabel e Maria, mãe de Salomé, daí os parentescos de Maria, mãe de Jesus, com Santa Isabel e com Salomé.

A festa de Santa Ana é em 26 de Julho.








.

Re: Fé
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 12 de September de 2006 16:50

O desafio de crer



A experiência de crer é a mais forte expressão da busca e da inquietação do ser humano. Entre buscas e encontros, confiança e insegurança, certezas e incertezas, a história do ser humano é também a história de sua crença, de sua fé.
A experiência de Deus não pode ser monopolizada por nenhuma religião, por nenhuma cultura, por nenhum sistema de pensamento, por nenhuma estrutura.
A experiência de Deus, a experiência de crer, a experiência do divino não só é possível, como também é necessária para o ser humano chegue à sua identidade, atinja a sua maturidade, se aproxime de sua plenitude.
O ser humano só se torna plenamente humano vivendo sua experiência do divino. No entanto o mistério indecifrável que desafio o nosso conhecimento, a nossa fé, a nossa razão, o nosso conhecimento não se define por nenhum conceito, não cabe em nenhuma definição, não se enquadra em nenhuma imagem. Não há palavras que possam “explicá-lo”. Não há conceitos que possam defini-lo.
A experiência da humanidade, expressa em inúmeras tradições, tanto orais como escritas, tem denominado esse mistério de Deus. Deus tem sido chamado com nomes diferentes e seus conceitos são múltiplos. Todos eles, de algum modo, tentam expressar uma experiência e uma descoberta. Todas as culturas tem se referido a Deus como um símbolo ou com nome e não com conceito.
A origem da palavra Deus é do antigo sânscrito: “Dyau” que significa dia. Em grego a palavra usada é “Theos” que significa aquilo que brilha, a luz. A luz que permite ver e que dá a vida. Não é por acaso que a Luz e o Sol são usados universalmente como um dos símbolos mais expressivos de Deus.
A questão sobre Deus não é uma questão sobre algo, sobre um ente, sobre uma idéia mas é uma questão sobre a realidade, sobre a vida, sobre o ser humano. De Deus não se fala, não se tem conhecimento. Deus se conhece. A presença desse Alguém é uma questão que remete ao sentido da vida, ao destino do cosmos, à necessidade de um fundamento. A experiência de Deus é uma busca e uma inquietação. É certeza e insatisfação. É o possível e o impossível.
Não se pode falar de Deus sem um prévio silencio interior. Deparar com Deus requer coração aberto, desarmado, liberto, puro para permitir que Ele seja percebido, acolhido, “descoberto”. Sem isso é impossível “ver” Deus. O silencio da mente e do coração, da vontade e dos sentimentos é o campo onde se pode pousar essa experiência. Esse silencio é o que alguns lamas tibetanos chamam de Terceiro olho. Esse terceiro olho é o olho da experiência do transcendente, que vai além do olho do corpo físico e do olho da razão. Esse terceiro olho é o que distingue o ser humano da natureza e ao mesmo tempo permite que esteja em relação com ela e permite o acesso à realidade transcendente sem negar o que a inteligência e os sentidos mostram.



[www.josealem.com.br]
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Re: Fé
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 12 de September de 2006 21:58

Podemos chamar esse "terceiro olho " na tradição cristã como " nous" , espírito... que se abre ao Espírito Santo ( Ruah, Pneuma )?

Re: Fé
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 13 de September de 2006 15:10

Você sabe que há uma diferença entre CRER e ter uma religião?
Sabe o sentido da palavra CRER?
Sabe que é diferente CRER e praticar uma religião, uma devoção, cumprir certos deveres religiosos?
Sabe que Fé não é o mesmo que crença?
No Evangelho Jesus diz: “A TUA FÉ TE SALVOU”. Somente a fé salva. Essa deve ser a grande descoberta da vida de qualquer pessoa. Sem fé, é impossível “salvar a própria vida”.


"Nascemos a cada instante. A imortalidade é o objetivo final da vida que passa".



Aprenda algo de novo hoje

Veja a página CRER...

[www.josealem.com.br]

Re: Fé
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 13 de September de 2006 22:27

Para mim é dar crer é da credito á ,dar crédito a Palavra Revelada .
E respondemos com a Fé a essa Revelação.-)

Re: Fé
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 18 de September de 2006 00:49

A Fé e as Boas Obras caminham juntas;


O que acha que contribue para as Boas Obras?

1. Contribuir para as despesas da igreja; será uma?

2. Visitar os idosos?
Então eu hoje já fiz boas obras e vocês? Digam as Boas Obras que se podem fazer;

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