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Re: Fé
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 04 de July de 2006 09:13

"Através das nossas feridas, Deus concede-nos a graça do aprofundamento da Fé!"

Mais uma vez cito uma passagem de Meditações sobre a Fé. Achei importante colocá-la aqui, porque uma coisa é ter Fé e não termos muito com nos preocupar e outra é ter Fé e passarmos por um sofrimento muito grande, quando parece que Deus não ouve os nossos gritos de aflição.

Acreditem que esta frase é verdade. As feridas trazem graças de Deus. Não é que DEus nos queira ver a sofrer, mas já que o sofrimento existe, Ele tenta sempre ir buscar uma luz. Não é fácil, mas vamos tentar ver essa luz e segui-la. Será mais fácil enfrentar o sofrimento. Podemos revoltarmo-nos, refilarmos, mas Ele mantém essa luz e espera que olhemos para ela.

Não é fácil, mas é possível. E podem crer que não estou a falar apenas com base em teoria.

bjs

mj

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 06 de July de 2006 13:14

Embora conhecido apenas como o filho do carpinteiro, Jesus era o Filho de Deus, o enviado de Deus para nos trazer a salvação e a Sua doutrina é que nós devemos aceitar e seguir.





Não é Ele o filho do carpinteiro ? Donde Lhe vem tudo isto ?

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 06 de July de 2006 13:32

De coração a coração

[www.josealem.com.br]

Re: Fé
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 06 de July de 2006 13:32

Ele também sofreu, nós também sofremos. Mas,a Fé salva-nos, como Jesus referia várias vezes quando dizia "A tua Fé te salvou!".

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 01:27

CATECISMO
DA IGREJA CATÓLICA ! (076)
**********

OS SACRAMENTOS DA SALVACÃO..

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1129 . - A Igreja afirma que, para os crentes, os Sacramentos da
Nova Aliança são necessários para a salvação. A "graça sacramental" é a graça
do Espírito Santo dada por Cristo e própria de cada sacramento. O Espítiro cura
e transforma os que o recebem, conformando-os ao Filho de Deus. O fruto da vida
sacramental é que o Espírito de adopção deifique os fiéis, unindo-os vitalmente
ao Filho único, o Salvador.


A Graça vem de Deus, pelos méritos de Cristo, através do Magistério da Igreja
com os dons do Espírito Santo !



Os Sacramentos da Iniciação Cristã proclamam a identidade individual do
Cristão com Cristo.

No Baptismo a água simboliza a vida e a morte.

Ser sepultado ou mergulhado na água, significava para os antigos, a morte
total.

Mas eles também viam na água a substância em que uma nova vida começava e da
qual eles emergiam.

Através do simbolismo da água, aquele que é baptizado, revive o mistério
Pascal de Jesus, o mistério da Sua morte e da Sua ressurreição para uma nova
vida, o mistério que tornou efectiva a reconciliação com Deus, depois do pecado.

Dessa maneira, proclama a sua identidade com Jesus.

Na Confirmação o Cristão é ungido com o Santo Crisma, o mesmo óleo com que
Cristo foi ungido .

Literalmente, o Confirmado, torna-se Cristo, Messias, o ungido.

Assim proclama a sua identidade com Cristo no segundo grande mistério da sua
vida, o mistério Pentecostal, o mistério que envolve o homem numa mais íntima e
amorosa união com Cristo, o mistério que estabelece no mundo um verdadeiro fogo
de amor.

O homem pode renascer apenas uma vez na vida pelo Baptismo e reviver o
mistério pentecostal também apenas uma vez na vida, mas, pela Eucaristia ele
pode alimentar-se constantemente.

A Eucaristia é o Sacramento do alimento divino.

Na Eucaristia o Pão e o Vinho são símbolos da vida do Povo de Deus.

Quando pela Consagração do Pão e do Vinho eles são transformados no Corpo e
Sangue de Cristo, o Povo de Deus encontra-se no dramático caminho do que ele é
na verdade : O Corpo Místico de Cristo.

Quando o Cristão comunga, proclama a sua identidade com Cristo.

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

2003. - A graça é, antes de tudo e principalmente, o dom do Espírito Santo que
nos justifica e nos santifica. Mas também compreende os dons que o Espírito
Santo nos dá, para nos associar à sua obra, para nos tornar capazes de colaborar
na salvação dos outros e no crescimento do Corpo Místico de Cristo, que é a
Igreja. São as graças sacramentais, dons próprios dos diferentes Sacramentos.
São, além disso, as graças especiais, também chamadas «carismas», segundo o
termo grego empregado por S. Paulo e que significa favor, dom gratuito,
benefício. Qualquer que seja o seu carácter, por vezes extraordinário, como o
dom dos milagres ou das línguas, os carismas são ordenados para a graça
santificante e têm por finalidade o bem comum da Igreja. Estão ao serviço a
caridade que edifica a Igreja.

As graças sacramentais, estão, portanto anexas a cada um dos
Sacramentos no sentido de uma ajuda segundo a finalidade de cada um dos sete
Sacramentos.

Os Sacramentos concedem a graça ex opere operato.

Esta expressão latina pode traduzir-se "por virtude do acto realizado" isto
é, "por virtude do próprio sacramento".

Esta expressão foi usada pela primeira vez em 1205; mais tarde foi definida
pelos Padres do Concílio de Trento (1545-1563), e depois aceite e usada pelos
teólogos para declarar que a graça dos sacramentos é concedida pelo próprio
sacramento validamente administrado e não pela dignidade de quem o administra,
como diz ainda o Catecismo da Igreja Católica :

1128 . - É esse o sentido da afirmação da Igreja : a acção dos sacramentos e
ex opere operato (à letra : "pelo próprio facto da a acção ser executada"), quer
dizer, em virtude da obra salvífica de Cristo, realizada uma vez por todas.
Segue-se daí que, "o sacramento não depende da santidade do homem que o dá ou
que o recebe, mas do poder de Deus".(S.Tomás de Aq., Summa Theol. 3, 68, 8).
Desde que um sacramento é celebrado conforme a intencão da Igreja, o poder de
Cristo e do seu Espírito age nele e por ele, independentemente da santidade
pessoal do ministro. No entanto, os frutos dos sacramentos dependem também das
disposições daquele que os recebe.

Portanto, os Sacramentos são indispensáveis para a Salvação, cada um com a sua
graça própria, a sua Graça Sacramental, mas os seus frutos só podem ser
recebidos por quem estiver nas devidas condições para os receber.

Re: Fé
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 16:29

A fé sem obras é morta!
"Não há Espírito sem missão enem missão sem Espírito".
Qual a minha missão de Batizado?
Recebi o Espírito do Cristo para que?
Como posso servir? Serviço dentro da minha família ( Igreja ) é obrigação...
Sirvo fora da Igreja? Ou sou como o fariseu e escriba da parábola do Bom Samaritano , tão ocupados com o serviço do altar que nem percebem a necessidade
do irmão jogado na estrada....
Qual minha missão de batizado???

Re: Fé
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 09 de July de 2006 21:56

Chris
Obrigada por nos colocares estes pontos. São aspectos fundamentais...
Dá para examinarmo-nos, pedir perdão e procurar melhorar.
Vou ter em conta e ver, diante de Deus, como estou a funcionar....
Eu todos os dias procuro examinar-me para fazer depois a Vontade de Deus... mas como falho... nem imaginas...
Tu também fazes essa reflexão com frequência?

Adeus
Mª José

Re: Fé
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 16 de July de 2006 03:01

Sim ...nossa missão é fazer o Reino Universalmente.

Re: Fé
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 23 de July de 2006 23:49

Ao pensar em "Fé" há várias coisas que dependem de nós mas, neste momento, referirei apenas uma: a leitura . Mas uma leitura pensada...se assim se pode dizer.
Não faz sentido não aprofundar na nossa fé, ou seja o lógico é aprofundar na Fé..

Um dos aspectos para conhecer e assim melhor actuar, é a investigação , é a leitura.
Livros: há muito mas, às vezes, vamos pelo sensacionalismo...que nada tem a ver com a Verdade (Cristo disse de si próprio que Ele era a Verdade).

Os discípulos pediam ao Senhor: explica-nos a parábola. E o Senhor lá explicava. Também me lembro daquele eunuco que ia a ler a escritura e apareceu Filipe que lhe perguntou se compreendia o que estava a ler. O eunuco disse: como poderei compreender se ninguém me explicou... (nota-se uma atitude de humildade). E Filipe explicou, e o eunuco foi baptizado e seguiu o seu caminho com alegria (tudo o que escrevi não é textual mas está no Novo Testamento).

A este propósito acho que os livros são fundamentais.

Livros escritos com princípio, meio e fim. Escritos por pessoas que têm fé. Não basta que saibam muito, que conheçam a Sagrada Escritura do princípio ao fim. Isso, também a conhecem muitos ateus...

O que nos interessa, em minha opinião, é livros, com nível, que nos ajudem a viver melhor o Amor a Deus e o Amor ao próximo.

Encontrei aqui: [www.ppcj.pt]

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 26 de July de 2006 12:08

O evangelho de Marcos não menciona nenhuma bem-aventurança e no de João são encontradas duas delas: "Sabendo destas coisas, vós sereis bem-aventurados se as praticardes" (Jo 13,17) e "bem-aventurados aqueles que não viram e creram" (Jo 20,29).
No tempo da encarnação, os discípulos gozam da bem-aventurança de ver e ouvir Jesus. Porém, terminado o seu ministério na história, são bem-aventurados os que não viram e creram.
A Joaquim e Ana aplica-se a bem-aventurança de serem pai e mãe de Maria.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 27 de July de 2006 02:19

PROCESSÃO DIVINA !

*******



O sentido primário da Processão Divina refere-se à Processão eterna do Filho, do Pai (propriamente chamada geração) e à Processão eterna do Espírito Santo, do Pai e do Filho (propriamente chamada expiração «spiration»).

Segundo a doutrina trinitária não há distinção em Deus excepto a que provém da origem.

Assim a afirmação da realidade da Processão Divina permanece fundamental para a doutrina cristã da Trindade.

A Processão Divina usa-se para distinguir os atributos das três pessoas da Santíssima Trindade, respectivamente, paternidade e filiação.

No Credo de Niceia nós professamos :

* Creio em um só Deus, Pai todo poderoso.

* Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos [...] gerado, não criado, consubstancial ao Pai.

* Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho.

O Catecismo da Igreja Católica ensina :

245. - A fé apostólica relativamente ao Espírito foi confessada pelo segundo concílio ecuménico, reunido em Constantinopla em 381 : "Nós acreditamos no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai"(DS 150). A Igreja reconhece assim o Pai como "a fonte e a origem de toda a Divindade"(Concílio VI de Toledo, em 638:DS 490). Mas a origem eterna do Espírito Santo está ligada à do Filho: "O Espírito Santo, que é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, é Deus, uno e igual ao Pai e ao Filho, da mesma substância e também da mesma natureza... Contudo, não dizemos que Ele é somente o Espírito do Pai, mas, ao mesmo tempo, o Espírito do Pai e do Filho"(Concílio de Toledo XI, em 675:DS 527). O Credo da Igreja confessa que Ele, "com o Pai e o Filho, é adorado e glorificado"(DS 150).

Por terem aparecido heresias que não aceitavam a Processão do Espírito Santo do Pai e do Filho, nasceu uma polémica da qual resultou a expressão Filioque.



FiLIOQUE

Esta expressão latina que se traduz à letra por e também do Filho, refere-se à Processão do Espírito Santo, isto é, o Espírito Santo procede do Pai e também (Filioque) do Filho.

Esta expressão foi acrescentada ao Credo de Niceia no Concílio de Toledo (589).

Foi uma palavra de grande controvérsia, não apenas por uma questão doutrinal, mas também por causa do seu primeiro uso no século VI, aceite pela Igreja de Ocidente contra as objecções dos gregos pela sua inserção no Credo de Niceia.

Os gregos só vieram a aceitar o Filioque isto é, a dupla Processão do Espírito Santo, do Pai e do Filho, no Concílio de Florença (1438-1445) e em que a expressão grega através do Filho, não diferia da expressão Filioque.

Depois de assinados os documentos, foram introduzidos factores políticos e os gregos voltaram ao seu cisma e, até ao presente, os gregos da Igreja Ortodoxa e outras Igrejas cismáticas do Oriente condenam o Filioque.

Além do conceito de Processão Divina, podemos ainda considerar a Missão das Pessoas Divinas.

Assim, esta expressão Missão das Pessoas Divinas é usada para descrever as extensões visíveis e invisíveis da Processão das Pessoas Divinas, ou Santíssima Trindade.

Assim, a Encarnação do Filho, é a Missão da Segunda Pessoa, e a Infusão do Espírito Santo é a Missão da Terceira Pessoa.

Esta Missões não envolvem nenhum movimento ou mudança em Deus, que é imutável, e está em toda a parte.

Para além disso, a expressão Missão envolve a graça de uma nova maneira de nos dirigirmos a Deus nas suas relação para connosco.

Não é que Deus se torne mais presente para nós, mas nós é que nos tornamos mais presentes para Ele.

Daí surge também a nossa Missão.

Os Cristãos têm a consciência e o sentido da sua Missão; de serem envidados a proclamar a Boa-Nova, a servir e a adquirir o sentido de Comunidade :

- "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, a fim de anunciardes as virtudes d'Aquele que vos chamou das trevas para a Sua luz admirável". (1 Pe.2,9).

Embora haja uma Processão Divina que relaciona as três Pessoas da Santíssima Trindade entre Si, elas são em tudo Consubstanciais.

Esta expressão Consubstancial, em referência a Deus, quer dizer que o Pai e o Filho são um só Deus, da mesma substância.

Assim diz o Catecismo da Igreja Católica :

242. - Na esteira dos Apóstolos, seguindo a tradição apostólica, no primeiro concílio ecuménico de Niceia, em 325, a Igreja confessou que o Filho é "consubstancial" ao Pai, quer dizer, um só Deus com Ele.

E esta mesma expressão refere-se também ao Espírito Santo, uma das três pessoas da Santíssima Trindade, como diz ainda o Catecismo da Igreja Católica :

685. - Crer no Espírito Santo é, portanto, confessar que o Espírito Santo é uma das pessoas da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho, "adorado e glorificado com o Pai e o Filho".

689. - Aquele que o Pai enviou aos nossos corações, o Espírito de Seu Filho, é realmente Deus. Consubstancial ao Pai e ao Filho, é d'Eles inseparável, tanto na vida íntima da Trindade como no seu dom de amor pelo mundo.

Quando invocamos as três Pessoas Divinas, pelo seu próprio nome, Pai, Filho e Espírito Santo, estamos a fazer um acto de fé num só Deus, Uno e Trino, porque as três Pessoas Divinas são Consubstanciais.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 27 de July de 2006 02:26

A Liturgia da Palavra deste 17º Domingo Comum - B, leva-nos a
reflectir sobre o significado do Pão dos Pobres, que é o fruto da Abundância na
Pobreza, e o Pão da Eucaristia que é o nosso alimento espiritual.

Muitas vezes a nossa forma de oração é exclusivamente um gesto de
pedir.

Hoje em dia, é necessário ultrapassar este estádio de
religiosidade, nem sempre bem esclarecido.

A oração, sem deixar de ser um pedido, deve ser essencialmente
uma acção de graças.

Mas, na justa medida em que é um pedido, é um compromisso, sem a
dimensão de uma espécie de negócio entre nós e Deus.

Comprometemo-nos a repartir o pão, a perdoar as ofensas de que
porventura fomos vítimas, a respeitar a dignidade humana...

Contribuimos assim para a realização do nosso desejo que no fundo
é a vontade do próprio Deus.

A 1ª Leitura do 2º Livro dos Reis, diz que os profetas realizam
milagres com a finalidade de se fazerem acreditar, junto do povo, como
mensageiros de Deus.

- «Dá-os a comer a toda essa gente, pois o Senhor afirmou :
"Hão-de comer e há-de sobejar"».(1ª Leitura).

Eliseu com poucos pães sacia a fome a uma centena de homens e
mostra que a Palavra, por ele proclamada, é alimento espiritual, não para um
grupo de homens, mas para todo o povo que tem fome e sede de Deus.

É a mão de Deus que sacia a nossa fome como proclama o Salmo
Responsorial :

-"Vós abris, Senhor, a Vossa mão e saciais a nossa fome".

Na 2ª Leitura, S. Paulo, prisioneiro em Roma, fala aos Efésios, e
hoje também a todos nós, com muita insistência, sobre a unidade da Igreja.

Esta unidade realiza-se no amor dos homens, uns pelos outros, sob
a dependência do único Senhor em quem os cristãos depositam toda a sua fé e toda
a sua esperança.

- "Suportai-vos uns aos outros com caridade. Empenhai-vos em
manter a unidade de espírito, pela paz, que a todos mantém unidos".(2ª Leitura).

A unidade da Igreja é resultado da colaboração de todos os homens
que na humildade e na oração procuram construir a paz.

O Evangelho, é de S. João e apresenta-nos o prodigioso milagre da
multiplicação dos cinco pães de cevada e dos dois peixes, que alimentaram mais
de cinco mil pessoas e ainda sobraram doze cestos.

- "Jesus, então, tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos
convivas". (Evangelho).

Com este milagre da multiplicação dos pães, Jesus anuncia a
Eucaristia.

Os Apóstolos são convidados a distribuir o alimento aos homens
presentes.

A Igreja de Cristo distribui hoje o pão da vida na celebração
eucarística.

E algo se exige ao homem como resposta à acção da Igreja : o
esforço em ordem a uma participação completa na Eucaristia, ouvindo a Palavra de
Deus e tomando o Corpo e o Sangue do Senhor com a devida preparação e com todo o
respeito e amor.

Este respeito e este amor ao Corpo e Sangue de Cristo, não se pode
separar do amor que cada um de nós deve ter pelo seu Corpo Místico, que é a
Igreja, que é cada um dos nossos irmãos, que somos todos nós os que nos
aproximamos da mesma mesa.

Jesus foi outra vez a Cafarnaum e entrou na Sinagoga, que estava
cheia de pessoas, algumas das quais tinham comido dos cinco pães.

Estas pessoas queriam que Jesus as alimentasse outra vez da mesma
maneira, mas Jesus disse-lhes,

- "Vós procurais-me não porque vistes milagres, mas porque
comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não pela comida que perece,
mas pela que dura até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará, pois a
Este é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o Seu selo". (Jo. 6,26-27).

E depois de dialogar com os presentes e de lhes falar do maná, que
seus pais tinham comido no deserto e morreram, Jesus continuou :

-"Eu sou o Pão da Vida ; o que vem a Mim jamais terá fome e o que
acredita em Mim jamais terá sede. Eu já vos disse : Vós vedes-Me e não Me
acreditais. Tudo o que o Pai Me dá virá a Mim ; e não repelirei aquele que vem a
Mim, porque desci do Céu, não para fazer a Minha vontade, mas a d'Aquele que Me
enviou".(Jo.6,35-38).

Esta linguagem era muito estranha para os que ouviam Jesus e todos
começaram a murmurar, de modo que Jesus falou assim :

- "Eu sou o Pão vivo que desceu do Céu. Se alguém comer deste Pão
viverá eternamente ; e o Pão que Eu hei-de dar é a Minha carne para a vida do
Mundo". (Jo.6,51).

Mais se acendeu a discussão entre todos, porque não podiam
compreender como é que podiam comer a Sua carne, e Jesus voltou a dizer com mais
insistência :

- "Em verdade, em verdade vos digo : Se não comerdes a carne do
Filho do Homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis a vida em vós.. Quem
come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna e Eu ressuscitá-lo-ei
no último dia. Porque a Minha carne é, em verdade, uma comida e o Meu sangue é,
em verdade, uma bebida. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue fica em Mim
e Eu nele". (Jo.6,53-56).

Como todos se afastavam por "acharem duras estas palavras", Jesus
perguntou aos seus discípulos :

- "Também vós quereis retirar-vos ? Pedro respondeu : Senhor, para
quem havemos nós de ir ? Tu tens palavras de vida eterna".(Jo-6,67-68).

Estava assim prometida a Eucaristia, que Jesus viria a instituir
na Última Ceia.

A Eucaristia como alimento espiritual ajuda-nos a viver segundo o
plano da História da Salvação.

..........................................

Diz-nos o Catecismo da Igreja Católica :

1335. - O milagre da multiplicação dos pães - quando o Senhor
disse a bênção, partiu e distribuiu os pães pelos seus discípulos para
alimentar a multidão -, prefigura a superabundância deste pão único da Sua
Eucaristia(...). E manifesta o cumprimento do banquete das núpcias no Reino do
Pai, onde os fiéis beberão do vinho novo tornado Sangue de Cristo.

1336. - O primeiro anúncio da Eucaristia dividiu os discípulos,
tal como o anúncio da Paixão os escandalizou : «Estas palavras são insuportáveis
! Quem as pode escutar ?»(Jo.6,60). A Eucaristia e a Cruz são pedras de tropeço.
É o mesmo mistério e continua a ser motivo de divisão. «Também vos quereis ir
embora ?» (Jo.6,67). Esta pergunta do Senhor ecoa através dos tempos, como
convite do seu amor a que descubramos que só Ele tem «palavras de vida eterna»
(Jo.6,68) e que acolher na fé o dom da sua Eucaristia é acolhê-l'O a Ele mesmo.

Então Jesus tomou os pães e deu graças e distribuiu-os aos
convivas.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 27 de July de 2006 20:36

CATECISMO
DA IGREJA CATÓLICA ! (079)
**********

O DIA DO SENHOR..

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1166 . – ”Por tradição apostólica, que nasceu do próprio dia da Ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal todos os oito dias, no dia que bem se denomina dia do Senhor ou Domingo” (SC 106). O dia da Ressurreição de Cristo é, ao mesmo tempo, o “primeiro dia da semana”, memorial do primeiro dia da Criação e o “oitavo dia” em que Cristo, após o seu repouso do Grande Sábado, inaugura o “Dia que o Senhor fez”, o “dia que não conhece ocaso” (Liturgia bizantina). A “Ceia do Senhor” é o seu centro, porque é nela que toda a comunidade dos fiéis encontra o Senhor Reassuscitado, que os convida para o seu bahquete.



S. Jerónimo escreveu, sobre a Páscoa : “O Dia do Senhor, o dia da Ressurreição, o dia dos cristãos é o nosso dia. Chama-se dia do Senhor por isso mesmo : porque é o dia em que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos lhe chamam dia do Sol, também nós, de boa vontade o confessamos : porque hoje se levantou a luz do mundo, hoje apareceu o sol da justiça, cujos raios nos trazem a salvação”.

O Domingo é o Dia do Senhor em que devemos participar na Missa Dominical.

Tal como no Antigo Testamento, a expressão Dia do Senhor deve ter as suas origens na linguagem da antiga guerra santa de Israel em que o Dia de Javé era considerado como uma ocasião em que Javé deveria vencer os seus inimigos em combate.

Foi o caso, por exemplo de Ezequiel :

- “Uma espada atingirá o Egipto, haverá angústia na Etiópia, logo que os mortos tombarem no Egipto, quando levarem as riquezas do país e derrubarem os seus fundamentos”. (Ez.30,4).

O Dia do Senhor será quando uma espada atingirá o Egipto, porque os inimigos de Javé são também os inimigos de Israel entre as nações e a sua derrota é motivo para a alegria de Israel.

A expressão Dia do Senhor (Javé), aparece pela primeira vez num livro do século VIII a.C, do profeta Amós :

- “Ai dos que desejam ver o Dia do Senhor! Que será de vós ? O Dia do Senhor é um dia de trevas e não de luz”.(Am.5,18).

É dirigido a Israel complacente que acreditava que o Dia do Senhor deveria significar castigo só para os inimigos de Israel.

Em vez disso, para os idólatras e injustos de Israel, o Dia do Senhor seria de trevas sem claridade:

- “Que será, pois, o Dia do Senhor senão trevas e não claridade, escuridão e não luz ?” (Am.5,20).

Acostumados a serem o instrumento de que Javé se servia para ganhar vitórias e acostumados aos despojos das vitórias, Israel podia esperar ser o motivo do castigo de Javé.

Nos textos do Antigo Testamento, o Dia do Senhor é considerado como um acontecimento passado, pelo que seria mais apropriado falar dos Dias do Senhor como momentos da vingança divina, ou castigos de Deus.

Ezequiel fala contra os profetas da paz :

- “Vós não enchestes as brechas nem cercastes de muralhas a casa de Israel, a fim de vos manterdes firmes nos combates no Dia do Senhor”. (Ez.l3,5).

Ezequiel referia-se à queda de Jerusalém em 587 a. C., a que se refere também Jeremias nas Lamentações quando diz :

- “No dia do furor divino, ninguém pode fugir, ninguém pode escapar”. (Lam.2,22).

O Dia do Senhor é ainda o tema dominante do profeta Sofonias, donde nos vem o bem conhecido Dies Iræ :

- “Tremendo é o ruído do Dia do Senhor (... ) esse dia será um dia de ira, dia de angústia e de aflição, dia de ruína e de devastação..” (Sof.1,14-14).

- “Nem a sua prata nem o seu oiro os poderão salvar no dia da ira do Senhor..”. (Sof.1,18).

O tom apocalíptico da expressão Dia do Senhor, nas profecias do Antigo Testamento após o exílio, foi transformado, quando essa expressão entrou no vocabulário do Novo Testamento como Dia do Senhor Jesus Cristo.

Nas cartas de S. Paulo, o Dia de Cristo é a Parusia, a gloriosa vinda escatológica de Cristo.

O Dia do Senhor aparecerá sem ser esperado :

- “Pois vós mesmos sabeis que o Dia do Senhor virá como um ladrão, de noite”. (1 Tes.5,2).

Assim, os que crêem, devem estar preparados para a vinda escatológica do juiz e salvador :

- “Para que o discernimento das coisas vos torne puros e irrepreensíveis para o Dia de Cristo”. (Fil. 1,10) .

No Apocalipse, foi assim a visão inaugural :

- “E fui arrebatado em espírito, no Dia do Senhor, ouvi detrás de mim uma grande voz..”. (Ap.1,10).

A partir da Ressurreição de Cristo, o Dia do Senhor é o Kyriake isto é, o dia em que os Cristãos se reúnem para o culto.

Depois da Ressurreição de Jesus, ficou um dia reservado para o culto, e chamou-se a esse dia o Dia do Senhor, ou Domingo .

Este dia é dedicado a Deus, não apenas num sentido genérico, mas precisamente porque é o dia da Ressurreição de Cristo que é o Senhor.

Este dia pertence ao Senhor, e teve um significado muito especial para os Cristãos desde as primeiras gerações.

Usando o título de Senhor, Rei da glória, Jesus é considerado como o vencedor sobre todos os senhores de todos os tempos, especialmente no tempo dos Imperadores Romanos que se consideravam divinos e perseguiam os Cristãos.

O Dia do Senhor permanece na Igreja oficialmente como o Domingo, palavra que se formou do latim Dies Dominica ou Dominicum.

E, falando do Terceiro Mandamento, o Catecismo da Igreja Católica diz :

2174. - Enquanto "primeiro dia", o dia da Ressurreição de Cristo lembra a primeira Criação. Enquanto "oitavo dia", a seguir ao sabbat, significa a nova Criação, inaugurada com a Ressurreição de Cristo. Este dia tornou-se para os Cristãos o primeiro de todos os dias, a primeira de todas as festas, o dia do Senhor.("Hé Kuriaké hémera", "dies dominica"), o Domingo.

2184. - (... ) A instituição do Dia do Senhor contribui para que todos gozem do tempo de descanso e lazer suficiente, que lhes permita cultivar a vida de família e a vida cultural, social e religiosa.

Falar no Dia do Senhor é invocar o Domingo, como dia consagrado ao culto devido a Deus, que todos devemos guardar e santificar.

Re: Fé
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 27 de July de 2006 22:53

Lindo Ana, adorei !
quanto ao milagre da multiplicação dos pães , percebo que nosso Deus amor-solidariedade ensinou-nos que quando colocamos o que temos a disposição , todos comem e sobram muitos cestos cheios.
imagine se a humanidade partilha-se toda a riqueza que Deus nos deu ... toda água, todo alimento que sai da terra , todo conhecimento que o Ruach nos dá ...
todo medicamento .... só há carência de uns por egoísmo de outros.
Bjs
chris

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 28 de July de 2006 04:38

:-)))

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 31 de July de 2006 20:35

(036) – O SERVIÇO DO ESPÍRITO ...



Se, para todos os Cristãos, servir significa “não viver por muito tempo para si mesmos”, para os pastores significa “não se apascentar a si mesmos”, conforme o que nos diz Ezequiel :

- “Eis o que diz o Senhor : Infelicidade para os pastores de Israel que não procuram senão apascentar-se a si mesmos. Não é ao seu rebanho que os pastores devem alimentar ?” (Ez.34,2).

Mais tarde S. Paulo viria a dizer :

- “Cristo morreu por todos, para que, os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e resuscitou”. (2 Co.5,15).

Nada parece mais natural e correcto para o povo, que o Senhor (dominus) deveria actuar (dominar), uma vez que Ele é o Senhor.

Mas “não é este o caminho” para os discípulos de Jesus, para quem o seu Senhor deve servir, como diz S. Paulo :

- “Não porque pretendamos dominar a vossa fé : queremos apenas contribuir para a vossa alegria, porque, quanto à fé, estais firme”.(2 Co 1,24).

O Apóstolo Pedro recomenda a mesma coisa aos pastores :

- “Não como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas como modelo do vosso rebanho”.(1 Ped 5,3).

Não é fácil, no ministério pastoral, evitar a mentalidade de ser o “senhor da fé” que, mais cedo ou mais tarde se torna parte do conceito de autoridade.

Num dos mais antigos documentos da autoridade episcopal, encontra-se a ideia de que o bispo é como um monarca, em cuja Igreja nada se pode fazer sem o seu consentimento.

Mas Jesus lembrou, ao lavar os pés aos Apóstolos, que era “Senhor e Mestre” para logo a seguir dizer que fazia o travalho dos escravos.

Mais tarde S. Paulo havia de explicar :

- “Ele que era de condição divina, não reivindicou o direito de ser comparado a Deus”.(Fil.2,6).

Tempo houve em que a dignidade dos bispos, era considerada pelas insígnias, pelos títulos, pelos castelos e pelas armas.

Eles eram, por exemplo, príncipes-bispos e, algumas vezes mais príncipes do que bispos.

Mas hoje, felizmente, para bem de toda a Igreja, é bem diferente; os bispos estão mais perto do seu clero e dos seus fiéis, como o exemplo do papa que se intitula “O servo dos servos de Deus”.

Para manter o sentido da liberdade evangélica, a simplicidade exige que não nos ponhamos acima dos outros nem nos sintamos escravos de ninguém, mas que cada um saiba ocupar e desempenhar o seu próprio lugar, com dignidade e simplicidade.

Algumas vezes, o melhor serviço não é o de “servir” mas o de aceitar em ser servido, como Jesus, que sabia quando se debia sentar à mesa para ser servido pela pecadora que lhe lavou os pés e os enxugou com os cabelos, ou como se ajoelhou para lavar os pés aos seus Apóstolos.

Quando temos que servir, não podemos esquecer que o mais importante não é saber que estamos a servir os irmãos, mas antes fazer o serviço de Deus para com os nossos irmãos.

Jesus é em primeiro lugar “o Servo de Deus” e só depois o “Servo da humanidade”, tal como Ele afirmou a seus pais no templo, entre os doutorres :

- “Não sabíes que devia estar em casa de Meu Pai”.(Lc 2,49).

Sempre teve copmpaixão pelas multidões, mas primeiro retirava-se para um lugar solitário e entrgava-se à oração (Lc.5,16).

E antes de ressuscitar Lázaro, primeiro orou a Seu Pai.

Hoje em dia, mesmo o serviço evangélico está ameaçado pelo risco da secularização.

S. Paulo fala do “serviço do espírito (diakonia Pneumatos), para o qual estão destinados os ministros do Novo Testamento.

Nos Pastores o “Espírito do Serviço” deve ser expresso em “Serviço do Espírito”.

Todo o serviço que se faz pelos irmãos, deve ser um Serviço do Espírito, um serviço de Deus.

Foi isto o que S. Paulo disse aos hebreus :

- “Porque todo o Sumo Sacerdote escolhido de entre os homens é constituído a favor dos homens, nas coisas concernentes a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados”. (Heb. 5,1).

S. Pedro também assim pensava :

- “Não convém deixarmos a palavra de Deus para servirmos à mesa...Quanto a nós, entregar-nos-emos assiduamente à oração e ao serviço da palavra”.(Act. 6, 2-4).

Todos os cristãos com responsabilidade de ensino, precisam de tempo para se dedicarem à leitura, ao estudo e à oração, sob pena de se tornarem instrumentos inapropriados para a missão da palavra, para a evangelização, e para fazerem um “Serviço do Espírito.

E o Serviço do Espírito mais importante é o que é exercido na Catequese, porque é na infância que se fixam melhor os primeiros ensinamentos, que ficarão para o resto da vida.

Sem este Espírito de Serviço que deve ser feito em primeiro lugar como um Serviço de Deus, nunca a Igreja, (o Corpo Místico de Cristo, que somo nós) cumprirá a sua missão de evangelizar o mundo.

E toda a nossa força espiritual assenta na fé e na prática da vida sacramental, especialmente, na Comunhão Sacramental, recebida na graça de Deus.

Re: Fé
Escrito por: Cunha (IP registado)
Data: 31 de July de 2006 21:16

Muitas vezes ao ler textos como os seguintes, penso quão pequena é a minha fé e de muitos cristãos!

«Disse-lhes Ele: «Pela vossa pouca fé. Em verdade vos digo: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: 'Muda-te daqui para acolá', e ele há-de mudar-se; e nada vos será impossível» (Mt 17, 20).

«Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas» (Jo 14, 12).

Peçamos ao Senhor mais fé: Senhor, eu creio, mas «Aumenta a nossa fé»(Lc 17, 5). E aí não teremos medo das tempestades que ameaçam virar a Barca de Pedro, pois sabemos que Jesus Cristo não se encontra num sono profundo, mas vela por nós e está connosco.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 02 de August de 2006 18:31

18º DOMINGO COMUM !

ANO B !


A Liturgia da Palavra deste 18º Domingo Comum – B, vem na continuação do Domingo anterior, com uma exigência do Espírito de fé, porque, uma vez alimentados pelos pães e os peixes que Jesus multiplicou e com que saciou a multidão, todos vieram de novo procurá-lo, mas Jesus aproveitou para lhes falar num outro alimento, o alimento espiritual que, sendo o seu próprio Corpo e Sangue, eles não entendem e então, só pela fé podem aceitar esta pregação.

Daí a grande exigência do Espírito de Fé para aceitar um alimento espiritual, numa altura da vida em que por muitas partes do mundo há fome e miséria.

O Deus de Jesus Cristo e de nossos pais é um Deus de vida, de paz e de abundância, e não de morte, de guerra, de fome e de miséria, de libertação e não de escravidão.

A 1ª Leitura, do Livro do Êxodo, transporta-nos ao tempo em que os filhos de Israel, no deserto, a caminho da Terra Prometida, clamavam junto de Moisés, por falta de alimento e o Senhor lhes enviou o maná, alimento para cada dia :

- «Vou fazer chover dos céus pão para vós. O povo sairá para apanhar em cada dia a porção correspondente...»(1ª Leitura).

A caminhada através do deserto e do monte Sinai, se foi uma libertação do domínio egípcio, foi também uma provação para o povo judeu.

A incerteza da Terra Prometida, a fome e a sede, e o desconforto do deserto, geraram a desconfiança e a revolta contra Moisés e contra o Senhor.

Daí, a necessidade da fé para aceitar o maná como o pão do céu hoje aclamado pelo Salmo Responsorial :

- “O Senhor deu-lhes o pão do céu”.

Na 2ª Leitura, S. Paulo recomenda aos Efésios e lembra hoje a todos nós que é preciso ter uma autenticidade na vida cristã que consiste em cada um se deixar renovar pelo Espírito, abandonando antiquados modos de viver, que o mesmo é dizer, renovar o Espírito de Fé na prática duma vida segundo a Lei de Deus.

- “Trata-se de abandonar a vida de outrora, de não serdes mais o homem que éreis anteriormente, corrompido por desejos enganadores”.(2ª Leitura).

Renovado em Jesus Cristo, o homem dará testemunho duma autêntica vida cristã, na verdade e na fé em Jesus Cristo com o alimento espiritual que nos deixou.

O Evangelho é de S. João, que, retomando o facto da multiplicação do pão e dos peixes, aproveita para nos transmitir as palavras com que Jesus respondeu à multidão :

- «Eu é sou o Pão da Vida. Quem vem a Mim nunca mais terá fome e quem acredita em Mim nunca mais terá sede”. (Evangelho).

Esta é uma doutrina toda Eucarística que põe à prova a fé dos povos, e exige uma entrega total, como remédio para o pecado e uma força contra os estímulos do mal.

«A Eucaristia, presença salvífica de Jesus na comunidade dos fiéis e seu alimento espiritual, é o que de mais precioso pode ter a Igreja no seu caminho ao longo da história.(Ecclesia de Eucharistia).

Diz o papa na sua Introdução a “Ecclesia de Eucharistia” :

- «A Igreja vive da Eucaristia.

Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja.

A Eucaristia, presença salvífica de Jesus na comunidade dos fiéis e seu alimento espiritual, é o que de mais precioso pode ter a Igreja no seu caminho ao longo da história.

Não há dúvida que a reforma litúrgica do Concílio trouxe grandes vantagens para uma participação mais consciente, activa e frutuosa dos fiéis no Santo Sacrifício do Altar.

...A devota participação dos fiéis na Procissão Eucarística da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo é uma graça do Senhor que anualmente enche de alegria quantos nela participam.

A par destas luzes, não faltam sombras, infelizmente.

De facto, há lugares onde se verifica um abandono quase completo do culto de adoração eucarística.

Num contexto eclesial ou outro, existem abusos que contribuem para obscurecer a recta fé e a doutrina católica acerca deste admirável sacramento.

Às vezes transparece uma compreensão muito redutiva do mistério Eucarístico.

Despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa.

Além disso, a necessidade do sacerdócio ministerial, que assenta na sucessão apostólica, fica às vezes obscurecida, e a sacramentalidade da Eucaristia é reduzida à simples eficácia do anúncio.

Aparecem depois, aqui e além, iniciativas ecuménicas que, embora bem intencionadas, levam a práticas na Eucaristia contrárias à disciplina que serve à Igreja para exprimir a sua fé.

Como não manifestar profunda mágoa por tudo isto ?

A Eucaristia é um dom demasiado grande para suportar ambiguidades e reduções.

Espero que esta minha carta encíclica possa contribuir eficazmente para dissipar as sombras de doutrinas e práticas não aceitáveis, a fim de que a Eucaristia continue a resplandecer em todo o fulgor do seu ministério».

Como se pode ver, esta Introdução é um desabafo do papa contra os abusos litúrgicos que se observam com muita intensidade a respeito da Eucaristia.

Uns, por parte dos fiéis, fruto de ignorância, má formação cristã e alguma coisa de condenável superstição ou fanatismo.

Outros, por culpa dos responsáveis da hierarquia, porque também, por vezes orientam mal, ou não corrigem os erros e abusos dos fiéis, e também não dão as necessárias informações doutrinárias, litúrgicas e pastorais.

Depois desta Encíclica o Papa resolveu estabelecer um «Ano da Eucaristia», para chamar os fiéis, não só à Adoração, como também a uma melhor compreensão e vivência da Presença Real e à prática da Comunhão Sacramental em estado de graça, como condição de Salvação Eterna.

É pelo espírito de fé e com o alimento espiritual que nós nos preparamos para a realização do plano da História da Salvação.

......................................

Sobre os frutos da Comunhão Eucarística, diz o Catecismo da Igreja Católica :

1391. – Receber a Eucaristia na comunhão traz consigo, como fim principal, a união íntima com Cristo. De facto, o Senhor diz : «Quem come as minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em Mim e Eu nele»(Jo.6,56). A vida em Cristo encontra o seu fundamento no banquete eucarístico : «Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, também o que Me come viverá por Mim».(Jo.6,57).

1393. – A Comunhão afasta do pecado. O Corpo de Cristo que recebemos na Comunhão é «entregue por nós» e o Sangue que nós bebemos é «derramado pela multidão, em remissão dos pecados». É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem nos purificar, ao mesmo tempo, dos pecados cometidos, e nos preservar dos pecados futuros.

Eu é que sou o pão da vida... Quem vem a Mim nunca mais terá fome.







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Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 03 de August de 2006 18:28

CATECISMO
DA IGREJA CATÓLICA ! (080)
**********

O DOMINGO..

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1167. - O Domingo é o dia por excelência da assembleia litúrgica, em que os
fiéis se reúnem "para participarem na Eucaristia e ouvirem a Palavra de Deus, e
assim recordarem a Paixão, Ressurreição e glória do Senhor, e darem graças a
Deus, que "regenerou para uma esperança viva pela Ressurreição de Jesus Cristo
de entre os mortos".(SC 106).

Nas línguas de origem latina, o Domingo vem da palavra latina Dominica que
significa o Dia do Senhor e é o primeiro dia da semana.

- "Eu fui arrebatado em espírito no Dia do Senhor, e ouvi atrás de mim uma
grande voz..". (Apc. 1,10).

Noutras línguas, como por exemplo o inglês, Sunday, vem do latim, em
referência ao culto pagão dies solis isto é, o dia do Sol, para significar um
dia da semana a que chamavam o dia depois do sol.

Também foi aplicado a Jesus, conforme se lê em Malaquias :

- "Mas para vós, que temeis o Meu nome, levantar-se-á o Sol da Justiça.."
(Mal. 4,2).

Segundo a teologia desde os primeiros Padres da Igreja, o Domingo foi
considerado o dia para comemorar a Ressurreição do Senhor. (S. Inácio de
Antioquia).

Subsequentemente outros teólogos acrescentaram a ideia de primeiro dia em
relação com o dia da Criação. (S. Justino mártir e Santo Isidoro de Sevilha)

Depois ainda foi acrescentada a comemoração da descida do Espírito Santo no
dia de Pentecostes.

E por ser o dia da Ressurreição do Senhor, nunca neste dia se jejuava nem se
praticava a abstinência.

Liturgicamente, o Domingo está intimamente relacionado com a celebração da
Eucaristia, e em comemoração do Dia da Criação, ou com o oitavo dia depois da
Criação, isto é, como o dia depois do sétimo, a significar perfeição.

Cada um entra no Reino de Deus através da Eucaristia do Domingo, um dia fora
do tempo, o dia para exprimir o que se há-de realizar plenamente no Reino.

Nas Normas Gerais para a Liturgia do Ano e para o Calendário estabelece-se que
a "Igreja celebra o Mistério Pascal no primeiro dia da semana, conhecido como o
Dia do Senhor ou Domingo" ; e que o "Domingo deve ser sempre colocado em
primeiro lugar dos dias da semana"; e por causa da sua importância é nos
domingos que se celebram as festas do Senhor.

Ainda hoje, em muitas Paróquias, é costume os sinos tocarem para chamar os
fiéis para a celebração da Missa dominical.

Esta tradição do toque dos sinos já vem desde o século VI, porque não havia
relógios. E o toque dos sinos não era apenas o indicativo da hora, mas como que
um convite:

- Vem! Vem !

Era um melódico convite para as pessoas e para as famílias para que se
reunissem em assembleia de Deus, com Cristo, o Senhor, e com todo o Povo de
Deus.

Portanto, a celebração do Domingo, vem já dos primeiros tempos da Igreja.

É a mais antiga e a mais fundamental das actividades dos cristãos.

Todavia parece que esta mais básica tradição da religião entrou em decadência,
o que é, em certo modo compreensível, porque os motivos para que a assembleia se
reuna no Dia do Senhor está em transição.

Até 1960 havia um ensinamento - ou talvez uma ameaça - de que faltar à Missa
dominical era um pecado muito sério, isto é, grave.

Isto era acompanhado de uma pregação específica de evangelização para a
celebração da Páscoa, como preparação para a confissão anual de desobriga e para
a comunhão pascal.

Com a falta de clero e com a pressão dos meios de comunicação social e
sobretudo do exercício ao ar livre e nos campos de desportos, exactamente às
mesmas horas da Missa dominical, correu-se para um relativo afastamento das
camadas mais jovens com as suas consequentes repercussões a todos os níveis.

As actividades dos grupos de jovens que pertenciam à orgânica das Paróquias,
apesar de todos os seus atractivos, começaram também o caminho de uma forçada
decadência.

Depois de 1960 surgiu de novo o motivo original da caminhada para a assembleia
dominical com a renovação da Igreja pelo Concílio Vaticano II com as suas
adaptações aos tempos modernos, com as Missas vespertinas nos sábados e nos
domingos, com a chamada à responsabilidade dos leigos em serviço ministerial, e
tantas outras.

Assim os Domingos evoluíram com as assembleias a celebrarem semanalmente a
Ressurreição do Senhor, ou seja, a Páscoa semanal, ou comemoração semanal do
Mistério da Páscoa.

Os Domingos conservam viva a sua memória e a sua presença.

São o fundamento e o núcleo do que se tornou o Ano Litúrgico, servindo
eventualmente como pontos ou focos de um movimento estacional que nos vão
revelando o valor tradicional do Advento, do Natal, da Quaresma e da Páscoa, que
giram todos em volta do mesmo Mistério Pascal.

As tradições do Domingo conduzem as assembleias para o culto eucarístico com o
ciclo das leituras da Palavra de Deus, com as orações oficiais e próprias de
cada tempo litúrgico, e mantêm vivo o respeito pela santidade do dia e pela
abstenção do trabalho.

Só é pena que se não faça uma maior campanha no sentido de uma compostura
exterior, (hoje em dia muito precária, imprópria e provocadora), para que se
sinta ainda mais que uma Igreja não é um lugar como qualquer outro, mas um lugar
de oração e onde as pessoas se devem apresentar com o seu "fato de ver a Deus".

Os primeiros cristãos eram judeus. Por algum tempo continuaram a observar o
sábado (segundo as tradições do Antigo Testamento).

Dedicavam o sétimo dia, ou o último dia da semana, ao culto do Deus único,
Javé, de acordo com o Livro do Génesis :

- "Concluída, no sétimo dia, toda a obra que havia feito, Deus repousou, no
sétimo dia, do trabalho por Ele realizado". (Gen.2,2).

E ainda, de harmonia com o Livro do Êxodo :

- "Recorda-te do dia do sábado, para o santificares". (Ex.20,8).

O sábado judaico conferia ao povo judeu um ritmo regular de vida com tradições
que davam grande ênfase ao descanso ou ausência de trabalho e de actividades
físicas.

E era também o dia em que realizavam as suas festas; era um dia festivo.

Era no sábado que ofereciam sacrifícios no templo de Jerusalém.

Foi essa a prática comum durante os séculos que precederam o Cristianismo, nas
sinagogas locais até mesmo durante o tempo do Exílio.

O povo rezava e ouvia as leituras da Escritura e recebia a instrução
religiosa.

Porém, desde o princípio, todos os que acreditaram em Jesus e O seguiram,
começaram a celebrar o primeiro dia da semana, como aniversário da Sua
Ressurreição.

Este tema fundamental do Domingo primeiro dia da semana está em desacordo com
certa cultura popular de que ele faz parte, dentro do fim de semana, mais do que
um importante principiar.

Os primeiros cristãos já se reuniam aos sábados à tarde para uma ceia e em que
benziam o pão e o vinho, para Cristo estar já presente no meio deles.

No princípio do século II o ritual da Eucaristia passou para a manhã do
Domingo, o primeiro dia da semana, provavelmente por causa das perseguições.

Um decreto do Imperador Trajano proibia reuniões suspeitas à tarde.

Isto ajudou também o aumento dos gentios. Livres das tradições do sábado,
podiam acorrer ao Domingo, mas tinha que ser cedo porque o dia depois do sábado
era dia de trabalho.

Na manhã do Domingo a assembleia, provavelmente, dividia-se em duas
actividades :

* A primeira era composta por hinos, salmos, orações e leituras da Escritura
com instrução.

* A segunda era o ritual eucarístico.

Portanto a liturgia da Palavra servia de introdução para o ritual eucarístico.

E isto aconteceu por causa dos abusos na ceia regular da tarde de sábado, com
a transferência para a manhã do Domingo.

Pelo ano 165, o ritual do Domingo já era reconhecido pelos católicos como a
Missa Dominical, depois da qual o povo ia para o seu trabalho.

Falando a respeito do Domingo diz-nos, pois, o Catecismo da Igreja Católica,
sobre a celebração eucarística :

1343. - Era sobretudo no "primeiro dia da semana", isto é, no dia de Domingo,
dia da Ressurreição de Jesus, que os cristãos se reuniam "para partir o
pão"(Act.20,7). Desde esses tempos até aos nossos dias, a celebração da
Eucaristia perpetrou-se, de maneira que hoje a encontramos em toda a parte na
Igreja com a mesma estrutura fundamental. Ela continua a ser o centro da vida da
Igreja.

E a partir da tradição, a Igreja legislou, conforme diz de novo o Catecismo da
Igreja Católica:

1389. - A Igreja impõe aos fiéis a obrigação de "participar na
divina liturgia nos domingos e dias de festa" (OE 15) e de receber a Eucaristia
ao menos uma vez em cada ano, se possível no tempo pascal, preparados pelo
sacramento da Reconciliação. Mas recomenda-lhes vivamente que a recebam aos
domingos, e dias festivos, ou ainda mais vezes, mesmo todos os dias.

A observância do Domingo substituiu a observância do Sábado
Judaico a partir do Novo Testamento, mais propriamente depois da Ressurreição de
Jesus no primeiro dia da semana :

- "No primeiro dia da semana, ao romper da alva, foram ao sepulcro levando os
perfumes..". (Lc.24,1).

E era esse o chamado o dia do partir do pão :

- "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para o partir do pão".
(Act.20,7).

Assim o ensina o Catecismo da Igreja Católica :

2175. - O Domingo distingue-se expressamente do sabbat, ao qual sucede
cronologicamente, em cada semana, e cuja prescrição de carácter cerimonial
substitui para os cristãos. O Domingo completa, na Páscoa de Cristo, a verdade
espiritual do sabbat judaico e anuncia o descanso eterno do homem em Deus.
Porque o culto da lei preparava para o mistério de Cristo e o que nela se
praticava era figura de algum pormenor relativo a Cristo.

Esta é, portanto, a doutrina oficial da Igreja, que todos os cristãos devem
cumprir, com espírito de humildade e obediência, porque é esta a vontade de
Deus.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 05 de August de 2006 14:29

18º DOMINGO COMUM – B

“Vou fazer chover dos céus pão para vós”...!

Com uma linguagem chocante, mas realista, Jesus afirma que o Pão com que ele nos há-de saciar é a sua carne, oferecida pela vida do mundo.

Tendo incarnado, Jesus assume a nossa condição humana, marcada pela finitude e pelo pecado; mas valoriza essa nossa condição, porque na sua própria Pessoa ela é transfigurada e se transforma num Pão do Espírito para a vida do mundo.

Doravante, comer a sua carne e beber o seu sangue é participar na Vida que lhe vem do Pai e entrar com Ele na missão de partilhar com todos esse Pão da vida plena.

Impedindo desse modo qualquer tentação de fuga do mundo ou o repúdio da fragilidade da nossa condição, é pelo realismo da incarnação que Jesus nos associa à missão suprema, recebida do Pai, de renovar este mundo que Ele ama.

Este Pão não é apenas carne e sangue; esse Pão é o próprio Jesus que vem conviver connosco na Pessoa viva dum Nazareno :

* Que partilha o nosso destino.

* Que assume a nossa história.

* Que entra nas nossas genealogias,

para aí introduzir o dinamismo redentor daquele Espírito que nele habita e o torna simultaneamente Filho de Deus e Irmão Universal.

Qual é, afinal, o alimento que nos faz viver ?

Todos corremos, consciente ou inconscientemente, atrás de algo que nos serve de alimento, algo que nos dá alento para suportar o quotidiano, com mais ou menos coragem.

Não falemos apenas da dieta que cada um elege para o seu sustento físico.

* Falemos sobretuo do afecto que nos move interiormente.

* Falemos da paixão que nos arrasta.

* Falemos da fome que nos inquieta.

* Falemos, sim, dum coração que se julga saciado ou que busca uma melhor correspondência.

Para onde nos orientaremos em qualquer dos casos ?

O discurso do Pão da Vida, que Jesus pronuncia, vai ao encontro desta questão de vários modos.

* Desde logo porque se trata de um pão que, por si só, abarca todas as fomes e a todas dá resposta,

* Depois porque é um pão que sacia em plenitude, uma vez que é pão de vida eterna,

* Mas também porque é um pão que em si mesmo traz a resposta para quem deseja salvar a sua vida.

Só se salva aquilo que é dado.

Quando a dádiva é total a salvação encontrada chama-se ressurreição.

Foi porque entregou a sua vida na totalidade e por todos, que Jesus ressuscitou e se tornou para toda a humanidade uma fonte inesgotável de vida, que corre para a plenitude e para a transcendência; não é como o maná do deserto que os nossos pais comeram e morreram; este alimento permanece para a vida eterna.

Foi exactamente por ser diferente do maná do deserto, que alguns recalcitraram contra o discurso de Jesus.

Não parece muito claro e menos ainda apetecível, na nossa civilização, que o motor da existência seja o dom, a dádiva.

Mas essa é, com efeito, a lógica mais profunda da vida e do Evaangelho :

- Viver é dar, e o homem eterniza-se à medida que se vai dando !...

E assim, qual é, afinal, o pão que dá vida, que eterniza ?


“Este é o pão que o Senhor vos dá como alimento”.

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