Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Ir para a página: Anterior12345678Próximo
Página actual: 3 de 8
Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 22 de June de 2006 22:04

“Ide, pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo...”(Mt.28,18 sgs.).

Cristo criou a Igreja para todas as idades como coluna e sustentáculo da verdade.(1 Tim.3,15).

A Igreja, constituída e organizada no mundo como sociedade, subsiste na Igreja Católica, que é governada pelo sucessor de Pedro, e pelos bispos em união com o sucessor, embora alguns elementos da verdade e da santificação se possam encontrar fora da sua estrutura visível.

Estes elementos, todavia, como dons pertencentes propriamente à Igreja de Cristo, possuem um dinamismo íntimo favorável à unidade da Igreja.

A Igreja, abrangendo os pecadores no seu grémio, é ao mesmo tempo santa e sempre com necessidade de purificação, incessantemente num caminho de penitência e de renovação.

A Igreja "como peregrina em terra estrangeira, vai sempre caminhando ... anunciando a morte do Senhor até que Ele venha".(1 Cor. 11,26).

Formando com Cristo-Cabeça “como que uma única pessoa mística”, a Igreja age nos sacramentos como “comunidade sacerdotal”, “organicamente estruturada”.

A Igreja é o Corpo Místico de Cristo.

O Corpo Místico de Cristo é uma verdade de fé, fundamentada nos ensinamentos de Cristo, como a Cabeça e os membros da Igreja, a que chamamos o Corpo de Cristo.

O papa Pio XII, na sua encíclica Mystici Corporis Chisti de 29 de Junho de 1943 escreveu :

- Se quisermos definir e descrever esta verdadeira Igreja de Jesus Cristo - que é Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana - não poderíamos encontrar expressão mais nobre, mais sublime e mais divina do que a frase que lhe chama Corpo Místico de Jesus Cristo.

Este título é derivado das Escrituras, e é como sempre foi, a mais bela flor dos repetidos ensinamentos da Escritura e dos Santos Padres.

E Pio XII, continua :

- Só podem ser realmente incluídos como membros da Igreja os que foram baptizados, professam a verdadeira fé e se não afastaram desditosamente da unidade corporal ou foram excluídos pela legítima autoridade.

Esta expressão Corpo Místico de Cristo esteve em uso desde o século IX, mas baseia-se na Escritura, especialmente em S. Paulo :

- “Ele é também a Cabeça do Corpo, a Igreja”. (Col. 1/18).

É este o ensinamento da Igreja, pelo que diz o Catecismo da Igreja católica:

669. - Como Senhor; Cristo é também a cabeça da Igreja, que é o Seu Corpo. Elevado aos Céus e glorificado, tendo assim cumprido plenamente a Sua missão, continua na Terra por meio da Igreja. A redenção é a fonte da autoridade que, por virtude do Espírito Santo, Cristo exerce sobre a Igreja. "A Igreja, ou seja, o Reino de Cristo está já presente em mistério" "gérmen e princípio deste mesmo Reino na Terra".(LG 3:5).

A vida com Cristo será a participação no Seu Reino e na Sua glória :

- “Quando Cristo, que é a nossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com Ele revestidos de glória”. (Col.3/4).

Re: Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 23 de June de 2006 12:19

Ana,

Peço-te para comparares Mateus 28,18 e seguintes com o que tu escreveste:

18*Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes:
«Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. 19*Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20*ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.»

Ao passo que tu transcreveste:

«“Ide, pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo...”»

Mas ensinai o quê ?! O que vos passa pela cabeça ou
20*ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado.
As Escrituras são adaptadas de acordo o que melhor convém a quem a cita. Ora isto não está certo.
Isto é apenas um exemplo de quem chega a brasa à sua sardinha, para mais agora que festejam o dia de S. João.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 23 de June de 2006 14:00

Vivemos num mundo dominado pela agitação, pelo ódio, sob o terror
constante da guerra e do flagelo da fome.

Mas Cristo é vida, mesmo quando Se não deixa ver muito claramente
no meio da tribulação.

É Mestre e Messias, o enviado por Deus para reunir o povo santo.

A Sua Palavra é libertação do pecado, da morte e da escravidão.

Conduzidos por Ele e empenhando-nos na expansão da Sua Palavra,
construiremos um mundo novo que todos desejamos seja instaurado entre os homens
- mundo de paz, justiça e amor.

Re: Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 23 de June de 2006 15:21

Preparemos-nos para os dias gloriosos que se aproximam. 2Pe. 3,13; Isaías 66,22

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 23 de June de 2006 18:51

Comportamentos que alguns acham ser motivo suficiente para interpelar Jesus :

- Porque dormes ?...

- Porque me abandonaste ?...

- Se tivesses cá estado, tal não aconteceria...

- Porque permites tais coisas ?...

Mas Jesus tudo aceita e não tem pressa de responder.

Ele não é um Deus de recurso, apenas disponível para as aflições e abandonado quando tudo nos corre bem.

O nosso Deus quer ter connosco uma relação de aliança e, antes de mais, quer fazer-nos perceber que está sempre connosco.

Nessas horas dramáticas Ele sempre marca presença, estende-nos a mão e oferece-nos a consolação da sua atitude de escuta, mas tem também uma pergunta para nos fazer :

- Quem sou eu para ti ?

Quando a nossa resposta é a expressão duma confiança básica, alicerçada na fé, e consolidada pelo Espírito, então deixam de nos assustar, quer as intempéries da viagem, quer a perspectiva da outra margem, porque aí se dará o encontro face a face e experimentaremos a alegria da revelação do Pai que nos estende os braços e nos leva a conhecer as maravilhas dos novos céus e da nova terra.

Decedidamente, devemos passar para a outra margem, devemos pôr-nos a caminho, para sermos verdadeiros discípulos de Cristo

Ser discípulo de Jesus, não significa apenas escutar a Sua Palavra e acolher os Seus dons; significa pôr-se a caminho, numa caminhada de aventura de que Ele é companheiro e guia.
Animados pelo mesmo Espírito que O impulsionou a Ele, também os Seus discípulos, são convidados permanentes para a tarefa comum de estender as velas da sua barca ao sopro do mesmo Espírito.
Remando ao largo conduzidos por um amor ardente, os discípulos de Jesus estarão tranquilos, confiantes e seguros, porque o Senhor a quem servem, estará sempre com eles.
A presença de Jesus no meio do nosso mundo é a Igreja que Ele fundou, sobre rocha firma, inabalável, e as portas do inferno nada poderão contra ela.
A Igreja é assim a nova Arca da Aliança que já não foge ao dilúvio porque leva no seu interior o Senhor de todos os mares que conduzirá os seus discípulos ao porto de salvação.
Por muito significado que tenham todas as etapas da vida, prometedoras ou aviltantes, o mais importante para nos é o valor do nosso futuro, desconhecido mas auspicioso, com garantias de salvação.
Seguirmos a Jesus é reconhecer com humildade as nossas limitações, as nossas fraquezas e quedas e começarmos em cada dia um novo caminho de fidelidade, uma nova Reconciliação.
Seguirmos a Jesus, sermos discípulos de Jesus, é pormo-nos a caminho, com generosidade e amor, com confiança e certeza de que até ao fim do mundo Ele estará sempre connosco, porque sempre fizemos parte do Plano da Historia da salavação.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 25 de June de 2006 04:32

A Fé Da Igreja

No Concílio de Trento foi definida toda a verdade da fé católica sobre a presença real de Jesus na Eucaristia. Conhecer essa definição oficial da Igreja traz muita segurança à fé, e produz frutos de renovação da espiritualidade e do culto a Jesus Eucarístico.

Apresento ao leitor o ensinamento oficial da Igreja. Eu formulo perguntas. As respostas são tiradas do Concílio de Trento.

Quem está presente na Hóstia? QUando Se torna presente? Como, e onde está presente Jesus?
"O Sacro Concílio afirma aberta e simplesmente que no Sacramento da Santíssima Eucaristia, depois da Consagração do pão e do vinho, Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, está contido verdadeiramente, realmente e substancialmente sob a aparência ('espécie') de tais coisas sensíveis" (do pão e do vinho).

Na Hóstia e no cálice estão presente apenas o Corpo e o Sangue de Jesus?
"No Santíssimo Sacramento da Eucaristia, estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue, em união com a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, portanto, o Cristo todo".

Na Eucaristia há uma presença simbólica de Jesus, ou é uma presença real?
"No Santíssimo Sacramento da Eucaristia há uma presença real do Corpo e do Sangue. Está presente Jesus Cristo 'verdadeiro Deus e verdadeiro homem'. Está presente toda a Pessoa de Cristo, inteiramente. Logo depois da Consagração, estão presente o verdadeiro Corpo de Nosso senhor e o seu verdadeiro Sangue, em união com sua alma e sua divindade. A alma e a divindade, podem estar separadas do Corpo e do Sangue".

Na Hóstia consagrada está presente só o Corpo, e no cálice, só o Sangue?
"O Corpo está presente sob a espécie do pão, e o Sangue sob a espécie do vinho, em virtude das palavras de Jesus. Mas o Corpo está sob a espécie do vinho, e o Sangue sob a espécie do pão. E a Alma está sob ambas as espécies, em virtude dessa relação e dessa concomitância natural, pela qual as partes do Cristo Senhor, que 'ressuscitado dos mortos, não morre mais' (Rm 6,9), estão ligadas entre si. Quanto à Divindade, ela está presente por causa da Sua admirável união hipostática com o Corpo e a Alma.

Jesus está todo, também se partirmos a Hóstia e dividirmos o Sangue do cálice?
"É absolutamente verdadeiro que Jesus está contido, seja sob uma, seja sob outra espécie, seja sob ambas. Na verdade, o Cristo total e integral existe sob a espécie do pão e sob qualquer partícula dessa espécie, como todo o Cristo existe sob a espécie do vinho e sob todas as suas partes". "No sublime Sacramento da Eucaristia, o Cristo todo está contido sob cada espécie e, se separadas, sob cada parte de cada espécie".

Na comunhão recebemos apenas o Corpo de Cristo , pois o ministro diz: "Corpo de Cristo!"?
"Lá onde se encontra o Corpo de Cristo está presente também o Seu Sangue, conjuntamente com Sua Alma e Sua Divindade". "Está Jesus todo! Vivo, glorioso, imortal, como está no céu".

Na Ascensão Jesus subiu aos céus. Como pode estar presente também na Eucaristia?
"Não existe contradição alguma no fato de Nosso Salvador assentar-se sempre à direita do Pai nos céus, segundo uma realidade que Lhe é natural. Mas que, ainda assim, para nós, também se encontra em muitos outros lugares, sacramentalmente presente na sua substância, com uma realidade que as nossas palavras acham difícil de exprimir, mas que a nossa inteligência iluminada pela fé pode, contudo, aceitar, e em que nós devemos acreditar firmemente como coisa possível de Deus".

Concluindo

Sem uma certeza absoluta da presença real de Jesus na Eucaristia, baseada na fé e na Doutrina da Igreja, todo culto Eucarístico: Missa, Comunhão, adoração, procissões, bênçãos, visitas ao Sacrário, Congresso Eucarístico, Corpus Christi, tudo não tem sentido importante, fica vazio, é estéril. Ao contrário, é a presença real de Jesus quem dá todo significado, santidade e grandeza a todo culto Eucarístico. É Jesus vivo quem produz todos os frutos de salvação, de santidade, de missão, de unidade, de solidariedade, de caridade, naqueles que O celebram na Eucaristia.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 29 de June de 2006 02:39

S. PEDRO E S. PAULO !

(29 de Junho )

Desde o século III que a Igreja une na mesma solenidade os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, as duas grandes colunas da Igreja.

Pedro, pescador da Galileia, irmão de André, foi escolhido por Jesus Cristo como chefe dos Doze Apóstolos, constituído por Ele como pedra fundamental da Sua Igreja e Cabeça do Corpo Místico.

Foi o primeiro representante de Jesus sobre a terra.

S. Paulo, nascido em Tarso, na Cilícia, duma família judaica, não pertenceu ao número daqueles que, desde o princípio, conviveram com Jesus.

Perseguidor dos cristãos, converte-se pelo ano 36, a caminho de Damasco, tornando-se, desde então, Apóstolo apaixonado de Cristo.

Ao longo de 30 anos, anunciará o Senhor Jesus, fundando numerosas Igrejas e consolidando na fé, com as suas Cartas, as jovens cristandades.

Foi o promotor da expansão missionária, abrindo a Igreja as dimensões do mundo.

Figuras muito diferentes pelo temperamento e pela cultura, viveram, contudo, sempre irmanados pela mesma fé e pelo mesmo amor a Cristo.

S. Pedro, na sua maravilhosa profissão de fé, exclamava :

- «Tu és o Cristo, o Filho de Deus Vivo».

E, no seu amor pelo Mestre, dizia :

- «Senhor, tu sabes que eu Te amo».

* Foi só a Pedro que Jesus disse :

- Tu es Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja e as portas do Inferno nada poderão contra ela. (Mt. 16,18).

* E ainda Jesus disse a Pedro :

- Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo quanto ligares na terra ficará ligado nos céus... (Mt. 16,19).

S. Paulo, por seu lado, afirmava :

- «Eu sei em quem creio».

Ao mesmo tempo exprimia assim o seu amor :

- «A minha vida é Cristo».

Depois de ambos terem suportado toda a espécie de perseguições, foram martirizados em Roma, durante a perseguição de Nero.

Regando, com o seu sangue, o mesmo terreno, «plantaram» a Igreja de Deus.

Após quase 2000 anos, continuam a ser «nossos pais na fé».

Honrando a sua memória, celebremos o mistério da Igreja fundada sobre os Apóstolos, e peçamos, por sua intercessão, perfeita fidelidade ao ensinamento apostólico que continua a ser o ensinamento da Igreja.

A 1ª Leitura, dos Actos dos Apóstolos, apresenta-nos Pedro a usar o nome de Jesus para curar um coxo de nascença que lhe pedia esmola à porta do Templo :

- «Não tenho prata nem oiro, mas o que tenho vou dar-to. : Em nome de Jesus Cristo de Nazaré, anda».(1ª Leitura).

É em nome de Jesus que a Igreja continua a sua acção salvadora, pelo qual Pedro fez o seu primeiro milagre.

Falar e agir em nome de Jesus, é a verdadeiras riqueza dos Apóstolos.

Desse nome deriva toda a eficácia apostólica que se havia de estender através dos tempos a todo o mundo, como proclama o Salmo Responsorial :

- «A sua mensagem estendeu-se a toda a Terra».

Na 2ª Leitura, S. Paulo revela aos Gálatas, e recorda-o hoje a todos nós, o que foi a sua vida de perseguição aos cristãos e como foi a sua conversão, para nos dizer com toda a sua convicção, que prega um Evangelho que não tem nada de humano.

- «O que vos escrevo, afirmo-o diante de Deus; não estou a mentir.(2ª Leitura).

Recordando o carácter excepcional da sua vocação, S. Paulo assegura-nos que a sua missão é autêntica; a sua pregação deriva, na verdade, da revelação de Jesus Cristo.

O Evangelho que ele anuncia é, portanto, o mesmo que Pedro transmite – o Evangelho de Cristo Jesus.

O Evangelho é de S. João e apresenta-nos a triple pergunta de Jesus a Pedro para saber se ele O ama e a triple resposta de Pedro.

Quando Jesus lhe perguntou pela terceira vez : «Tu amas-Me», Pedro respondeu :

- «Tu sabes tudo, Senhor, bem sabes que Te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas».(Evangelho)

Pouco depois da Sua Ressurreição, Jesus confiara a Pedro o cargo de Pastor supremo da Sua Igreja, depois de ter recebido dele as três afirmações de indefectível amor, com as quais pretendia reparar as suas três negações.

Ao mesmo tempo, de modo misterioso, se referia ao supremo gesto de amor e fidelidade, que Pedro viria a dar, com o seu martírio.

Foi só a Pedro que Jesus constituiu pedra angular da sua Igreja, para o cumprimento da História da Salvação.



Diz o Catecismo da Igreja Católica :

816. - «A única Igreja de Cristo(...)é aquela que o nosso Salvador, depois da Ressurreição, confiou a Pedro, com o encargo de a apascentar, confiando também a ele e aos outros apóstolos a sua difusão e governo(...).Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste (subsistit in) na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele»(LG 8).

881. – Foi só de Simão, a quem deu o nome de Pedro, que o Senhor fez pedra da suja Igreja. Confiou-lhe as chaves desta e instituiu-o pastor de todo o rebanho... O múnus pastoral de Pedro e dos outros apóstolos constitui um dos fundamentos da Igreja e é continuado pelos bispos sob o primado de Pedro.

Re: Fé
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 29 de June de 2006 03:57

"Deus é mistério
Isso significa que ninguém tem neste mundo a palavra última e definitiva sobre Deus.
Ninguém tem a verdade de Deus no bolso.
Ninguém poderá dizer: "depois do que eu te disser sobre Deus não precisarás de continuar a tua busca. "

Podemos até fazer afirmações totalmente verdadeiras - como por exemplo que Deus é amor - mas ainda aí a nossa compreensão não nos permite entender senão uma pálida imagem da verdade que dizemos:"Amor"

Nuno Tovar de Lemos (2005) , O príncipe e a Lavadeira"

WWW.muralidades. blogspot.com

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 29 de June de 2006 16:47

Cristo salvou a humanidade pela Sua morte na cruz, portanto a cruz é libertação.

O homem santifica-se pelo sofrimento, porque ele faz parte integrante da vida, por causa do pecado.

Não é destruindo-se que o homem se liberta, mas sim aceitando, na sua plenitude, a Boa-Nova de Cristo que é caminho para a Vida.

Ele próprio é a Vida !

Na 1ª Leitura, o Livro da Sabedoria ensina-nos que a Criação é portadora de vida e não de morte, porque Deus criou o homem para que viva eternamente.

A Criação é portadora de vida e não de morte.

- “Deus criou o homem para ser incorruptível e fê-lo à imagem do que Ele é em Si mesmo”.(1ª Leitura).

A morte só entrou pelo pecado, e sem o pecado a morte não teria sentido, no mundo, para ensombrar a vida do homem.

Sem o pecado nunca o universo nos daria a impressão de estar sob o poder da morte.

Mas Cristo, vencendo o pecado, salvou-nos, abriu-nos de novo o caminho para a Vida Eterna, como proclama o Salmo Responsorial :

- “Eu Vos louvarei, Senhor, porque me salvastes”.

Na 2ª Leitura, S. Paulo falando aos Coríntios nas esmolas que recolheu para ajudar as terras pagãs quer-nos dizer a nós que o ideal da nossa vida em Comunidade consiste na justa distribuição dos bens, como condição de vida na justiça, na paz e no amor :

- “Ele que era rico, fez-se pobre por vossa causa, para que vos tornásseis ricos pela sua pobreza”.(2ª Leitura).

Contudo o ideal que ele nos apresenta não é o da esmola, mas o da justa distribuição dos bens por forma a que não haja opulentos e miseráveis.

O amor cristão não consiste na destruição de um para que o outro sobreviva, mas na partilha comum dos bens materiais e espirituais.

Foi para isto que o Senhor nos criou, dando-nos uma vida que há-de continuar na eternidade.

O Evangelho é de S. Marcos, e apresenta-nos o milagre da ressurreição da filha de Jairo, para nos pôr bem a claro que Cristo é o Senhor da Vida e da morte.

Com o mesmo poder cura a mulher que O toca e restitui a vida à menina que, para todos, já tinha morrido.

- «Porque estais nesta agitação e a chorar ? A criança não morreu, está a dormir». E riam-se d’Ele.(Evangelho).

Jesus realiza vários milagres em favor dos homens e evita toda a aparência de triunfalismo.

À dúvida e até ao escárnio dos circunstantes, opõem-se, a fé da mulher que O tocou e a menina que voltou à vida pelo poder do Senhor da Vida.

Na visão da fé, a morte também é uma derrota da criação, um xeque-mate da vida.

Deus não criou o homem para que fosse lançado no espiral do nada; “Deus não criou a morte nem se alegra com a ruína dos que vivem; pois Ele criou tudo para a existência”.

Na sua epístola diz S. Tiago :

- “Assim como o corpo sem alma é morto, assim a fé sem obras é morta”. (Tg.2,26).

Era este o conceito que tinham as pessoas já desde o Antigo Testamento a respeito da morte : a separação da alma do corpo .

Elias ressuscitou o filho da viúva de Sarepta, orando assim :

- “Senhor, meu Deus, fazei que a alma deste menino volte a entrar nele”. (1 Reis 17,21).

Jesus, antes de morrer, exclamou :

- "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". (Lc.23,46).

A Morte é um acontecimento pessoal : o fim da vitalidade e o fim da existência pessoal e a histórica de uma pessoa.

Na morte, o princípio espiritual da pessoa humana assume uma relação diferente para com o corpo da pessoa.

A nível pessoal, a Morte é o fim da auto-realização pessoal livre; na Morte a alma é atraída para mais perto de Deus do que antes e é o princípio da eternidade.

Uma reflexão sobre a natureza da Morte revela-nos que ela contém o mistério da pessoa humana, porque a morte de Cristo foi o acontecimento mais importante de toda a história.

O Antigo Testamento diz que a Morte é a consequência do pecado, segundo a lei que Deus deu a Adão e Eva :

- "Podemos comer o fruto das árvores do jardim, mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse : “Nunca o deveis comer, nem sequer tocar nele, pois, se o fizerdes, morrereis”..(Gen. 3,2).

O Novo Testamento afirma também que a Morte é a consequência do pecado :

- “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte, assim também a morte penetrou em todos os homens, pois todos pecaram”. (Rom.5,12). (cf. CIC 1008).

A raça humana foi criada imortal, mas a vida vem através de Cristo :

- “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também, em Cristo, todos serão vivificados”. (1Cor. 15,22).

A Morte é o último adversário confrontado e vencido por Cristo :

- “É necessário que Ele reine, "até que haja posto todos os inimigos debaixo dos Seus pés". O último inimigo a ser destruído será a morte”. (1 Cor. 15,25).

A Igreja ensina que a morte não é o fim último porque a raça humana foi criada para uma felicidade eterna após a morte corporal e todos devem aspirar a alcançar essa felicidade :

- Enquanto, diante da morte, qualquer imaginação se revela impotente, a Igreja, ensinada pela revelação divina, afirma que o homem foi criado por Deus para um fim feliz, para além dos limites da miséria terrena. (GS 18).



Assim Jesus vai dando cumprimento ao plano da História da Salvação.

.......................

Sobre o Senhor da Vida, que atende a oração, diz o Catecismo da Igreja Católica :

2616. – A oração dirigida a Jesus já é respondida por Ele durante o ministério, mediante prodígios que antecipam o poder da Sua Morte e Ressurreição : Jesus ouve a oração de fé, expressa por palavras (o leproso), Jairo, a cananeia, o bom ladrão; ou feita em silêncio (os que trouxeram o paralítico, a hemorroíssa que Lhe toca na veste, as lágrimas e o perfume da pecadora).(...) Seja a cura das doenças ou o perdão dos pecados, Jesus responde sempre à oração de quem Lhe implora com fé : «Vai em paz, a tua fé te salvou».

Jesus é o Senhor da Vida !

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 30 de June de 2006 01:27

Crer

Crer em Deus é uma arte, um desafio, uma descoberta, uma aventura. É um conhecimento e uma experiência que vai além da razão, do sentimento. Favorecer e buscar essa experiência através de temas, testemunhos, vivências, depoimentos, estudos. Eis a proposta desta seção. Uma permanente escola de fé.


Conversão


É necessário que a nossa alma se recolha e se encontre com Deus.

Se não estiver fixa neste único centro, é como uma roda que corre desgovernada,

batendo de um lado e de outro.

Centrada em Deus, cada uma de suas ações adquire significado, cada uma de suas atitudes para com homens e coisas, situa-se num plano sobrenatural.

Caso contrário, tudo se esvai e não se percebe mais o motivo da existência.

A revolução que o mundo espera de nós instintivamente, a revolução que cada cristão deve operar não é senão um ato de unificação interior. Infelizmente nossa vida, assim como ela é, mesmo quando é boa, não passa de uma sucessão de atos vividos freqüentemente em um clima de tédio: uma vida sem muito empenho, tranqüila, com pouco calor e colorido. Existe a hora do trabalho e a hora do café, o momento de tomar o ônibus e de ver televisão, o de sentar-se à mesa para as costumeiras refeições e o encontro com os amigos. Não é esquecida a missa dominical e talvez nem mesmo uma boa obra.

Mas um cristianismo assim não atrai mais o homem de hoje, que segue interessado os vôos espaciais, que mergulha na Ciência, que se assenta, ao mesmos com a fantasia, nas bancadas dos grandes encontros internacionais para decidir a sorte dos povos e do mundo.

E interessa ainda menos ao homem do mundo, que goza a vida hedonisticamente, da arte mais ou menos verdadeira, ou do operário que se agita com pensamentos maiores do que ele e luta pela justiça.

Para muitos cristãos é necessária uma nova conversão.

É preciso que “recoloquemos a vida sobre uma só coisa necessária” e fazer desencadear daí o resto, todo o resto, como fascinante conseqüência. Esta “única coisa necessária é o amor de Deus”. Se nós o amarmos apaixonadamente, se Ele penetrar no coração de cada um e cada um o adorar e servir, então toda a vida da pessoa e a sociedade, estará permeada de sua presença. Assim, arte e apostolado, estudo e descanso, família e escola, passear ou permanecer num leito, isto tudo resultará em poemas diversos de um único canto, em expressões várias de um só testemunho; aquele que devemos oferecer ao mundo e que unicamente nos deve interessar: o testemunho de Deus.



[www.josealem.com.br]

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 30 de June de 2006 13:21

CATECISMO
DA IGREJA CATÓLICA ! (075)
**********

OS SACRAMENTOS DA FÉ..

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1123. - "Os Sacramentos estão ordenados à santificação dos homens, à
edificação do Corpo de Cristo e, enfim, a prestar culto a Deus; como sinais, têm
também a função de instruir. Não só supõem a fé, mas também a alimentam,
fortificam e exprimem por meio de palavras e coisas, razão pela qual se chamam
sacramentos da fé"(SC 59).



Depois de criar o homem, Deus disse-lhe : «Crescei e multiplicai-vos, enchei e
dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre
todos os animais que se movem na terra».(Gn.1,28).

Implicitamente está incluído o poder do homem sobre todas as forças da
natureza criada por Deus, que ele terá que descobrir e usar segundo os
princípios da fé, para a felicidade da humanidade.

******

Muitas vezes se faz a pergunta «se a fé e a cultura podem estar de acordo ou
se uma coisa completa a outra».

Evidentemente, segundo a palavra do cardeal Paul Poupard, «a Fé é
e será sempre vivida em diálogo com a cultura. E é neste contexto que se
inscreve a Evangelização - a proposta da Boa-Nova de Jesus Cristo aos homens do
nosso tempo».

A Evangelização opera-se necessariamente num contexto de encontro
: com culturas e religiões e com os não-crentes.

Neste encontro, a missão da Igreja não se esgota no diálogo e no
intercâmbio de palavras humanas.

Ela tem como objectivo o anúncio explícito da Palavra de Deus, o
convite a crer em Cristo, Boa-Nova também para todas as culturas.

A Constituição Pastoral do Concílio Vaticano II Gaudium et Spes,
sobre a Igreja no Mundo Actual, ao tratar de Alguns Princípios para a
Conveniente Promoção da Cultura, diz sobre a Fé e Cultura, o seguinte:

- «Os cristãos, peregrinos da cidade celestial devem buscar e
saborear as coisas do alto. Mas, com isso, de modo algum diminui, antes aumenta
a importância do seu dever de colaborar com todos os outros homens na edificação
dum mundo mais humano.

E, na verdade, o mistério da fé cristã fornece-lhes valiosos
estímulos e ajudas para cumprirem mais intensamente essa missão e sobretudo para
descobrirem o pleno significado de tal actividade, assinalando assim o lugar
privilegiado da cultura na vocação integral do homem.

Quando o homem, usando as suas mãos ou recorrendo à técnica,
trabalha a terra para que ela produza frutos e se torne habitação digna para
toda a humanidade, ou quando participa conscientemente na vida social dos
diversos grupos, está a dar realização à vontade que Deus manifestou no começo
dos tempos, de que dominasse a terra e completasse a obra da criação, ao mesmo
tempo que se vai aperfeiçoando a si mesmo; cumpre igualmente o mandamento de
Cristo, de se consagrar ao serviço dos seus irmãos. O progresso hodierno
das ciências e das técnicas que, em virtude do seu próprio método, não penetram
até às causas últimas das coisas, pode sem dúvida dar aso a certo fenomenismo e
agnosticismo, sempre que o método de investigação de que usam estas disciplinas
se arvora indevidamente em norma suprema de toda a investigação da verdade.

É mesmo de temer que o homem, fiando-se demasiadamente nas
descobertas actuais, julgue que se basta a si mesmo e já não procure coisas mais
altas.

Estas deploráveis manifestações não são, porém, consequências
necessárias da cultura actual, nem nos devem fazer cair na tentação de
desconhecer os seus valores positivos. Tais são, entre outros : os gosto das
ciências e a exacta objectividade nas investigações científicas; a necessidade
de colaborar com os outros nas equipas técnicas; o sentido da solidariedade
internacional; a consciência cada vez mais nítida da responsabilidade que os
sábios têm de ajudar e até de proteger os homens; a vontade de tornar as
condições de vida melhores para todos especialmente para aqueles que sofrem da
privação de responsabilidade ou de pobreza cultural. Tudo isto pode constituir
uma erta preparação da recepção da mensagem evangélica, preparação que pode ser
informada com a caridade divina por Aquele que veio para salvar o mundo».(GS
57).

O que nós podemos observar, todavia, é que, quando os homens de
ciência, não trilham um caminho de fé, os seus conhecimentos fazem-nos enveredar
por conclusões erradas em que se admitem as maiores aberrações.

São estes os casos :

- Do aborto conta a vida.

- Das uniões de homossexuais contra a estrutura da família como Deus a
instituiu.

- Da eutanásia e do suicídio assistido, em favor do sofrimento e contra o
valor supremo da vida.

- Da pena de morte com um crime para erradamente castigar outro.

- Do terrorismo abjecto como sistema vingativo para atingir fins nunca
justificáveis.

- Da falta de disciplina onde ela é necessária para supostamente se respeitar
um errado direito de liberdade.

- Do relaxamento da imoralidade sexual fora e dentro do Matrimónio com o
errado pretexto de defender a saúde de certos contágios que se podem evitar mais
seguramente com um comportamento moral aliado ao espírito de fé. etc....

Tudo isto faz reverter certos sectores da sociedade de hoje para
caminhos em que, realmente se pretende equacionar a fé e a cultura em oposição
mútua conta a qual se opõe o ensinamento da Igreja com base na mensagem de
Cristo para a cultura humana.

Nesta base de princípios devíamos dar lugar ao papel dos
sacramentos na medida em que eles, não só supõem a fé, mas também a alimentam e
fortificam, para darem luz ao progressos da técnica e da cultura, cujas
profundas e admiráveis riquezas pertencem só a Deus, o Senhor único de todo o
Universo.

Re: Fé
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 30 de June de 2006 14:09

É complicado definir Fé. É algo que se sente. Acredita-se porquê? Acho que é porque DEus nos chama. Mas, por que razão nos chama a nós e não a outros? Pois, os SEus desígnios só Ele os conhece. DEus lá sabe.

Quando penso em fé, penso no amor e numa proximidade muito grande com Deus. Através da Fé, tenho esperança na vida eterna, falo com Ele sempre que quero...

Isto pode não ser muito teológico -acho eu, porque de teologia não percebo -, mas é o que sinto.

Mas, também concordo que a Fé deve ser alimentada e todos os dias. Também comemos todos os dias. Os sacramentos, são, de facto importantes, se forem vividos para lá do ritual. E não esqueçamos a oração. É o pão e a água de cada dia da nossa alma.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 30 de June de 2006 17:45

Luis

O padre José Alem já agradeceu a divulgação do Fórum dele no Paróquias, mas isto é divulgar o Paróquias de Portugal também:)

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 30 de June de 2006 17:55

Do Site, desculpem!

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 30 de June de 2006 17:59

A afirmação de Pedro"

Jesus foi para a região que fica perto da cidade de Cesaréia de Filipe. Ali perguntou aos discípulos: - Quem o povo diz que o Filho do Homem é? Eles responderam: - Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta. - E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus. Simão Pedro respondeu: - O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo. Jesus afirmou: - Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu. (Mt 16,13-19)

Comentários
Pedro e Paulo são referenciais obrigatórios da primitiva Igreja. Pedro recebeu como missão ser a "pedra" sobre a qual a Igreja seria construída. Paulo foi o pregador intrépido do Evangelho e fundador de comunidades, levando a mensagem da Ressurreição até os povos pagãos. No coração de ambos, ardia uma profunda fé no Senhor.
A confissão de fé de Pedro foi possibilitada por uma revelação do Pai. Por si mesmo, o apóstolo jamais saberia que Jesus era "o Cristo, o Filho do Deus vivo". No máximo, teria identificado o Messias Jesus com João Batista, Elias, Jeremias, ou algum dos profetas, como acontecia na mentalidade popular. Pedro foi além, levado pelo Pai, que lhe revelou a identidade de Jesus. Agora, sim, estava em condições de ser a pedra fundamental da Igreja.
Paulo, por sua vez, percorreu um tortuoso caminho até chegar à fé em Jesus Cristo. Por fidelidade ao judaísmo, sentiu-se impelido a eliminar os seguidores de Jesus. Não lhe importava que os cristãos sofressem prisões, perseguições e até o martírio, contanto que se desse um basta ao movimento liderado pelos seguidores do Galileu.
A experiência do encontro com o Senhor, a caminho de Damasco, deu uma guinada na vida de Paulo. De perseguidor, não só se tornou discípulo do Cristo, mas também o mais corajoso defensor do projeto cristão, deixando, assim, uma marca indelével na Igreja.




Ensinai-me a fazer a vossa vontade, pois sois o meu Deus. Que vosso Espírito de Bondade me conduza pelo caminho reto." (Salmo 142,10).

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 30 de June de 2006 23:29

CONDENAÇÃO OU COMPAIXÃO..



A aparente ausência de Deus, pode desmoralizar alguns para a oração.

Todavia, por Jesus, Deus continua a falar-nos da necessidade de orar sempre sem desfalecimento !

Para quê, se aparentemente as nossas orações ficam sem resposta e Deus parece que continua silencioso ?

Mas S. Marcos diz no seu Evangelho que “tudo quanto pedirdes na oração, crede que já o recebestes”.

Alguma coisa pode estar errada, quando nós pedimos e não recebemos, e temos que reconhecer que talvez a nossa oração não seja bem feita.

É preciso rezar com um coração de pobre porque é aos pobres que Deus escuta prioritariamente.

Com uma fé humilde, porque tudo é dom de Deus e nada pode ser reivindicado como se nos fosse devido.

A fixação ambiciosa dos nossos interesses e a defesa arrogante dos nossos direitos, afastam-nos de Deus e por isso nos parece que Ele está ausente, quando afinal somos nós que estamos longe de Deus.

Jairo era chefe da sinagoga, mas prostrou-se humildemente aos pés de Jesus, pediu a cura da sua filha e, mesmo depois de ela já ter morrido, Jesus ouviu a oração de Jairo e restituíu a vida à sua flha.

Uma mulher com hemorragias incuráveis, só por tocar na capa de Jesus com muita fé, foi curada.

Deus, diante dos males e sofrimentos dos homens, perante os seus pecados e desvarios, em face das suas solidões e abandonos, não escolhe a condenação, mas prefere a compaixão :

* Quer se trate de uma pecadora apanhada em flagrante.

* Quer se trate de um amigo, Lázaro, que morreu.

* Quer se trate de um paralítico ou de uma prostituta, que necessitam de uma cura ou de uma nova vida.

* Quer se trate de Jairo ou da viúva de Naim...

Se as atitudes de quem precisa forem de fé e arrependimento, Deus não fica silencioso e, sem nós o sabermos, dá-nos o que for melhor para nós.

Deus, presente em Jesus Cristo, prefere a compaixão !

E a nós, seus discípulos, deixou-nos esta palavra de ordem :

- “Não condeneis!”

A sua compaixão, a sua infinita proximidade e solidariedade, constituem o elemento mais fundamental da salvação que nos vem oferecer.

Ainda não acabámos de perceber esta lição; ainda não deixámos de ser surpreendidos por esta maneira tão paradoxal de realizar a nossa libertação redentora.

Mas é este o seu estilo : Deixemos a Deus a tarefa de julgar para que seja a misericórdia a fazê-lo.

Quanto a nós, procuremos ser testemunhas da compaixão divina, abrindo assim o lugar à esperança e vencendo a solidão daqueles que sofrem, quer pelos seus males, quer pelos seus pecados e por tudo aquilo que os faz infelizes.

Pela fé, aqueles que acreditam que Deus nunca abandona a sua Criação, também acreditam que muito menos abandona os seus filhos.

Só quem reza sempre e sem desfalecimento se pode ir apercebendo de que antes de nós suplicarmos a Deus, já Deus cuida de nós sempre e sem desfalecimemento, no cumprimento da História da Salvação..

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 03 de July de 2006 01:42

ESPÍRITO DE VIDA


Estamos conscientes, sem dúvida,

de tantas ameaças mortais

que pesam actualmente sobre a humanidade;

Mas o nosso Deus é o Deus da vida,
Que não abandona nunca
A obra das suas mãos.



Ele pede-nos que renunciemos

à injustiça e ao terrorismo

à violência e à humilhação,

à exploração e à profanação...

O seu apelo à conversão
Deve ser a porta da vida!".



Mensagem bem oportuna,

neste tempo em que tantos nos falam

da edificação duma Humanidade

como verdadeira casa comum,

mas construí-la como uma casa fraterna

aberta ao convívio responsável

É a tarefa mais difícil.



Mais subtis nas injustiças,

mais disfarçadas nas violências

e sofisticadas nas explorações,

são as atitudes condenáveis

de quantos se querem impor

Apenas pela lei da força.



Nem por isso temos menos razões
para nos convertermos

e para nos responsabilizarmos

na busca de formas comuns de vida,

mais acessíveis e prometedoras,

Mais solidárias e fraternas.



Os oradores digladiam-se entre si

na procura da palavra chave,

mais certeira e contundente,

mas falta-lhes inspiração,

falta-lhes o Espírito da Verdade

Que todos precisamos de escutar.



Então e só então,

os próprios discursos humanos

encontrarão um contexto

mais rico de sentido,

mais carregado de esperanças,

E mais cheio de eficácia!



Nos encontros humanos,

gerados a todos os níveis,

em debates, aparentemente inúteis,

apesar das melhores boas vontades,

até, por vezes, nos parece

que são momentos muito oportunos

Mas talvez o Espírito esteja ausente.


Ou somos nós, de certo
Que o não sabemos escutar
porque só aceitamos,

no mundo em que vivemos,

perturbado e enganador,

A força das nossas opiniões.

Re: Fé
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 03 de July de 2006 13:40

O Padre Tadeusz Dajczser afirma no seu livro "Meditações sobre a Fé", que a Fé " é uma participação na vida de Deus, e uma experiência da vida divina em nós, que permite ver-nos a nós próprios a à realidade que nos rodeia, como se o fizéssemos com os olhos do Senhor". (pág, 13)


Aconselho-vos este livro para perceberem melhor o que é a Fé. O autor é muito bom e escreve com base na experiência de vida e não tem um discurso demasiado teologal.


mj

Re: Fé
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 03 de July de 2006 22:58

Maria João

Indiquei este livro nos meus favoritos.
Acho-o fantástico. Ainda bem que também o colocas neste tópico.

Re: Fé
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 03 de July de 2006 23:13

Apresento aqui uma poesia de Edith Stein.

Tem várias vertentes...

A Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), judia , morreu no campo de concentração nazi.

Escreveu esta poesia a propósito do facto "de que com Jesus o barco chegou rapidamente a terra". Trata-se de uma paráfrase do Salmo 45

Aqui vai:

"Quando as tempestades se desencadeiam
Tu, Senhor, és a nossa força.
Louvar-te-emos a Ti, Deus forte,
que és o nosso constante socorro.
Ainda que a terra seja abalada
e o mar se torne encapelado
permanecemos firmes junto de Ti,
colocando em Ti a nossa confiança
.

Ergam-se e desfraldem-se as ondas,
ou vacilem as montanhas,
a alegria iluminar-nos-à,
a cidade de Deus dá-te graças.
Nela tens a Tua morada,
preservas a sua santa paz.
E um poderoso rio protege
a sublime morada de Deus.

Os povos desabam na loucura
Abate-se o poder dos Estados.
Ei-lo elevando a voz,
e a terra atormentada aos gritos.
Mas o Senhor está connosco,
o Senhor, o Deus Sabaoth.
Tu és para nós luz e salvação,
jamais teremos medo.
Vinde todos, vinde contemplar
os prodígios do Seu poder:
desfalecem todas as guerras,
a corda do arco se detém.
Lançai no braseiro de fogo
escudos e armas de guerra.
O Senhor, o Deus Sabaoth
salva-nos de toda a angústia."

Nota: o negrito é meu.

Por ter Fé é possível usar esta linguagem. Claro que poderia ser escrita por alguém que se limitasse a "jogar com as palavras". Sabemos que não foi o caso desta filósofa. Ela era uma mulher coerente.

Ir para a página: Anterior12345678Próximo
Página actual: 3 de 8


Desculpe, apenas utilizadores registados podem escrever mensagens neste fórum.
Por favor, introduza a sua identificação no Fórum aqui.
Se ainda não se registou, visite a página de Registo.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.