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Re: Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 06 de June de 2006 11:58

Parece mas tenho razões para não gostar.
Não sei ao que tu chamas de teologia.
Penso que simples opiniões e divagações particulares não são propriamente teologia.
No fundo, eu limito-me a repetir ou a chamar a atenção para citações bíblicas, que me tocam profundamente.
Eis uma das boas razões para não gostar de teologia.
Quando era garoto veio ter às minhas mãos um livro escrito em francês de «teologia ascética e mística». Fiquei com uma ideia errada do significado da palavra «mística». Uma vez fui traído por essa minha ignorância. É que depois vim a saber que os bruxos (astrólogos, cartomantes , médiums, espíritas etc.) também chamam de místico aos seus bruxedos. A loja onde vendem os seus amuletos até chamam de «cantinho místico». Quando soube isso fiquei desiludido. Eu na verdade já não sou um homem de ilusões, mas de desilusões e mais desilusões.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Fé
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 06 de June de 2006 12:06

Segundo um dicionario de Língua Portuguesa:

Teologia



do Lat. theologia < Gr. theologia < theós, deus + lógos, tratado

s. f.,
estudo e interpretação das questões religiosas com base, principalmente, nos textos sagrados, nos dogmas e na tradição;
doutrina acerca das coisas divinas;
curso de estudos teológicos;
colecção de obras teológicas de um autor;
os teólogos.

Quanto tu dizes que:

Citação:
Os dons do Espírito Santo não são apenas 9 nem 12.
O nº 12 é simbólico.
Havia 12 tribos de Israel (mas, na verdade eram 13 ... ...);
Fala-se de 12 Apóstolos (mas podemos inumerar 13 ... ...).
Enfim, há tantos «dons» do Espírito Santos quantos o mesmo Espírito quiser repartir, segundo a sua vontade.
A missão de quem recebe um dom é de o utilizar para o bem de todos em vez de o guardar numa espécie de cofre fechado a sete chaves.

não estás mais que a fazer teologia.

Continuas a fazer erros de palmatória que é tomar um detalhe da tua vida pelo todo e aplicá-lo sem descernimento. Lá porque tiveste uma má experiencia com um livro não quer isso dizer que todos os livros de teologia são maus.

Se comes uma maçã e essa maçã está podre, não quer dizer que todas as maçãs do mundo estarão podres.

Em comunhão

Re: Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 06 de June de 2006 12:32

Não me estás a perceber.
Eu li um livro de teologia. Não era mau por natureza, mas li-o como a gente lê um livro qualquer. Por isso, confiante, caí num erro, porque não houve ninguém que desse uma explicação. Por isso, penso que a teologia é para teólogos.
Quanto ao facto de eu estar a «fazer» teologia ou não, isso não interessa. Eu apenas uso de argumentos (sem saber que estou a fazer teologia ou não). Eu não tenho culpa que a teologia faça o mesmo, mas eu estou a léguas daquela coisa a que chamam de ciência teológica. Qualquer semelhança é pura coincidência.
Eu nunca tive qualquer frequência em estudos religiosos, quer em seminários de católicos, quer de outras confissões. O meu conhecimento das coisas de Deus tem sido baseada apenas no meu interesse pessoal. Além disto, apenas conheço o que conhece o mais ignorante dos católicos através do que se ouve nas igrejas e da educação que recebi de minha mãe. Meu pai faleceu quando tinha 3,5 anos de idade.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Fé
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 06 de June de 2006 13:25

E pronto lá vem a história do coitadinho. Oh Homem não se vitimize! Voce não é nenhum coitadinho e tem direito a ser feliz!

Lute e procure por essa felicidade a que tem direito e deixe de se diminuir.

Tente ler um bocadinho de alguns livros de teologia se é gosta tanto de afazer mesmo sem ter essa consciencia. Olhe comece por uma coisa básica. Olhe qualquer um do Padre Varillion. Se procurar um tópico que se chama Os meus livros Favoritos com facilidade vais encontrar alguns livros bastante interessantes. Lembra-te que saber aprender é também uma virtude do Espírito Santo.

Depois outra coisa, se o teu conhecimento é apenas baseado no teu interesse pessoal e na tua interpretação acho que devias mesmo ler um bocadinho o que outras pessoas dizem. Como podes ter a certeza que o estás a pensar está certo e não inspirado pelo mal? Tu próprio dizes que ouve muitas más interpretações.

P.S.- O Papa João Paulo II também perdeu a mãe muito cedo e o pai poucos anos mais tarde e não deixou de lutar para ser feliz

Em comunhão

Re: Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 06 de June de 2006 15:28

A história do «papa» não tem NADA de comum com a minha, logo a partir do início.
O "PAPA" não tinha um nome igual ao de um tio «padre»; nem um teve no caminho (paróquia) um outro «padre» que agiu como que por vingança.
Quanto a quererdes que eu leia livros de teologia, até parece que me quereis dar uma penitência como um «padre» faz ao dar a absolvição a um penitente.
O Espírito Santo não dá todas os dons a toda a gente. Eu agora não tenho o dom nem a paciência da leitura. É uma coisa muito cansativa para mim; fico com os olhos em bico.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.




Editado 2 vezes. Última edição em 06/06/2006 15:35 por Manuel Pires.

Re: Fé
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 06 de June de 2006 15:31

Tens o dom de ouvir o que os outros te dizem?

Senão queres ouvir o que os outros te dizem, não queres ler o que outros dizem, como aprendes? Como podes ter a certeza que as conclusões que tiras não são erradas e mal inspiradas?

Em comunhão

Re: Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 06 de June de 2006 15:37

Uma coisa é ouvir, outra é ler.
Ouvir tem muito de passivo, não cansa tanto.
Para ler é preciso estar muito motivado para procurar coisas que na verdade nos interessam.
Eu apenas me limito a constatar coisas que ouvi e/ou vi. Mas já é muito. Eu não sou um juiz, limito-me a ser previdente.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.




Editado 1 vezes. Última edição em 06/06/2006 15:40 por Manuel Pires.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 15 de June de 2006 23:40

Deus é auto-comunicação

e auto-doação recíprocas,

que se traduzem deste modo :

O Pai é amor amante,

O Filho é amor amado,

O Espírito é amor partilhado

Re: Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 16 de June de 2006 10:43

Ana,
Jesus, o Filho de YHWH também nos ama, não é apenas «amor amado» e também ama YHWH, seus Deus e seu Pai.
O Pai ama e é amado. O Espírito é AMOR-AGAPE «em acção» para connosco e nós para com Deus.
Não devemos confundir AMOR-AGAPE (que vem da vontade) das outras espécies de amor instintivos, incluindo a amizade.
O amor de YHWH é amor-agape. Cultivemos o amor de YHWH.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 17 de June de 2006 12:30

OS SACRAMENTOS DE CRISTO..

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1115. - As palavras e as acções de Jesus durante a sua vida oculta e o
seu ministério público já eram salvíficas. Antecipavam o seu mistério pascal.
Anunciavam e preparavam o que Ele ia dar à Igreja quando tudo estivesse
cumprido. Os mistérios da vida de Cristo são os fundamentos do que, de ora em
diante, pelos mistérios da Igreja, Cristo dispensa nos sacramentos; porque "o
que no nosso Salvador era visível, passou para os seus mistérios"(S.Leão Magno,
Sermão 74,2).

SACRAMENTOS

O Direito Canónico ao tratar dos Sacramentos começa por nos dar a
sua definição :

Cân. 840. - Os Sacramentos do Novo Testamento, instituídos pelos
Senhor Jesus Cristo e confiados à Igreja, uma vez que são acções de Cristo e da
Igreja, constituem sinais e meios com que se exprime e fortalece a fé, se presta
culto a Deus e se opera a santificação dos homens e, portanto, contribuem
sumamente para fomentar e manifestar a comunhão eclesial; por isso, os ministros
sagrados e os demais fiéis devem celebrá-los com suma veneração e devida
diligência.

Por sua vez o Catecismo da Igreja Católica, ao tratar da
"Economia" Sacramental, divide a doutrina dos Sacramentos em 5 partes
essenciais, que podemos resumir assim :

I. Os sacramentos de Cristo.(1114-1116).

- Nós professamos que "os sacramentos da Nova Lei foram todos
instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo.

II. Os sacramentos da Igreja.(1117-1121).

- A igreja assentou, no decorrer dos séculos, que, entre as suas
celebrações litúrgicas, há sete que são, no sentido próprio da palavra,
sacramentos instituídos pelo Senhor.

III. Os sacramentos da fé. (1122-1126).

- Os sacramentos são ordenados à santificação do homem[...], não
só supõem a fé, mas também a alimentam e fortificam.

IV. Os sacramentos da salvação. (1127-1129).

- A Igreja afirma que, para os crentes, os sacramentos da Nova
Aliança são necessários para a salvação.

V. Os sacramentos da vida eterna. (1130).

- A Igreja celebra o mistério do seu Senhor "até que Ele venha" e
"Deus seja tudo em todos".

Num breve resumo o Catecismo da Igreja Católica diz que "os
sacramentos são a obra-prima de Deus na nova e eterna aliança".(1116).

Todos os sacramentos foram instituídos por Cristo, têm uma matéria
e uma forma própria para cada um deles e são sinais próprios e sensíveis que
manifestam que uma graça especial é conferida e que se chama a graça
sacramental.

Re: Fé
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 18 de June de 2006 13:56

Ainda bem que aqui no fórum aparecem pessoas que tentam esclarecer os outros. Obrigada Ana.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 18 de June de 2006 15:51

HISTÓRIA DA SALVAÇÃO

SACERDOTE E VÍTIMA!...


( Corpo Cristo – B)

A Igreja, na Eucaristia, oferece e é ofercida ao mesmo tempo, e em cada um dos seus membros.

Nós não podemos separar e dividir as duas coisas, como se o sacerdote fosse oferecer, e o resto da Igreja (os leigos) fosse oferecida.

Cada membro da Igreja, é simultaneamente sacerdote e vítima, tendo em conta, evidentemente a diferença essencial entre o sacerdócio ministerial, pela Ordem, e o sacerdócio universal de todos os cristãos elo Baptismo.

Embora em união com o celebrante, só os que têm o sacerdócio ministerial podem consagrar o mesmo pão e o mesmo vinho com o celebrante.

Assim, obviamente parece que, estando presentes numa Missa, outros sacerdotes ( sacerdócio ministerial), todos eles, em união com o celebrante, estão verdadeiramente a concelebrar, podendo ter as suas próprias intenções.

Isto é assim porque Jesus, a quem nós próprios nos unimos, é ao mesmo tempo sacerdote e vítima “sem confusão e sem divisão”.

“Ele é ao mesmo tempo sacerdote e sacrifício perante o Pai por nós : sacerdote, precisamente porque é vítima”.

Esta é a única e “irrepetível” característica do sacrifício de Cristo que brota do mistério da união hipostática das duas naturezas, humana e divina, em Cristo..

A consequência desta santificação pessoal é a de que quanto mais um bispo ou um sacerdote participa do sacrifício de Cristo, mais eles participam do seu sacerdócio, mais perfeitamente eles se oferecem a si mesmos com Cristo ao Pai, mais realmente eles oferecem Cristo ao Pai.

Sobre o Altar o sacerdote age em lugar de Cristo o Sumo Sacerdote, mas age também em lugar de Cristo a Suprema Vítima.

Diz S. Gregório Nazianzeno que, ninguém é digno da grandeza de Deus, da Vítima e do Sacerdote, se antes disso se não oferecer a si mesmo como oblacção santa e aceitável; e se não ofereceu a Deus um sacrificio de oração e de coração contrito – o único sacrifício que Deus pede –, como poderia ousar oferecer-Lhe os dons exteriores que representam os grandes mistérios, sobre o Altar ?

Baseia-se em S. Paulo que disse :

- “Rogo-vos, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus, que ofereçais os vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus. Este é o culto racional que Lhe deveis prestar”. (Rom.12,1).

O oferecimento do Corpo de Cristo deve ser acompanhado pelo ofercimento do próprio corpo de cada um.

Isto é absolutamente um ponto claro e seguro do significado da consagração da Eucaristia.

Há dois Corpos de Cristo sobre o Altar :

- Um Corpo real, (aquele que nasceu da Virgem Maria, ressucitou e subiu ao céu).

- Um Corpo místico, que é a Igreja, que somos todos nós.

Não há mais o Cristo do Cenáulo, (porque então ainda não tinha passado pela Morte e pela Ressurreição).

Assim, o seu corpo real está realmente presente e o seu corpo místico está misticamente presente, em virtude da sua inseparável união com a Cabeça.

Não há confusão nem divisão entre as duas presenças que são distintas.

O ofercimento de nós próprios e a Igreja não seriam nada sem Cristo; nem seriam santos nem aceitáveis para Deus, porque nós somos criaturas pecadoras.

Mas o oferecimento de Jesus sem o oferecimento da Igreja, seu corpo, não seria suficiente.(não seria suficiente para uma redenção passiva, isto é, para receber a redenção, isso seria assim para uma redenção activa, isto é, para providenciar a salvação).

Assim, a verdade é que a Igreja pode exclamar com S. Paulo :

- “Alegro-me nos sofrimentos suportados por vossa causa e completo na minha carne o que falta aos sofrimentos de Cristo, pelo Seu Corpo que é a Igreja”.(Col.1,24).

Assim como há dois “oferecimentos” e dois “dons” sobre o Altar, que se hão-de converter no Corpo e Sangue de Cristo (pão e vinho), e que se hão converter no Corpo Místico de Cristo, também nós temos duas “epiclesis” na Missa, ou duas invocações do Espírito Santo.

A primeira, antes da consagração, diz :

- “Humildemente vos rogamos, Senhor, vos digneis consagrar estes dons que Vos apresentamos, santificai-os pelo Espírito Santo para que se convertam no Corpo e Sangue de Jesus Cristo, Vosso Filho que nos mandou celebrar estes mistérios”.

A segunda, depois da consagração, diz :

- “Olhai, Senhor, para esta Vítima, que Vós mesmo preparastes para a Vossa Igreja; concedei, por Vossa bondade, a quantos vamos participar deste pão e deste cálice, que, reunidos pelo Espírito Santo em um só corpo, sejamos em Cristo uma oferenda viva para louvor da Vossa glória”.

Agora nós sabemos como a Eucaristia faz a Igreja : A Eucaristia faz a Igreja, tornando a Igreja Eucarística !

A Eucaristia não é apenas a fonte e a causa da santidade da Igreja, mas é também o seu modelo.

A santidade cristã deve ser realizada segundo a “forma” da Eucaristia, deve ser uma santidade Eucarística.

Os Cristãos não se podem limitar a celebrar a Eucaristia, eles devem ser Eucaristia com Jesus.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 18 de June de 2006 16:03

MISTÉRIO DO AMOR DE DEUS !



Deus não é uma realidade monolítica,

insensível e inamovível,

como os ídolos que nós fabricamos

para justificar as prepotências

com que abusamos dos outros.



Deus é uma comunidade de vida,

de um amor em expansão,

porque a maneira de ser de Deus

tal como se revelou nas Escrituras

é o Deus da criação,

do amor e da misericórdia.



Deus é auto-comunicação

e auto-doação recíprocas,

que se traduzem deste modo :

O Pai é amor amante,

O Filho é amor amado,

O Espírito é amor partilhado.



Nesta relação interpessoal,

assente num amor,

que é vida consagrada,

comum às três Pessoas,

consiste verdadeiramente

O Mistério de Deus.



Jesus não faz outra coisa

que não seja senão

introduzir-nos progressivamente

neste mistério de Deus,

convidando-nos a reconhecer

no seu rosto e nas suas palavras

A imagem viva do Pai.



Ao mesmo tempo,

dando-nos a imagem viva do Pai,

promete-nos também

o dom inefável do Espírito,

que nos habita

e nos configura com Deus.



E é por isso que a Igreja Católica

é o lugar por excelência

da revelação de Deus aos homens,

e nenhuma outra Igreja

acentua de forma mais eloquente

esta força reveladora de comunidade

enquanto ela é imagem da Trindade.



A Igreja não é apenas

o lugar do culto e da celebração;

ela é também motivo de comunhão,

o lugar privilegiado

para o encontro com Deus,

Pai, Filho e Espírito Santo.



Na Igreja que Cristo fundou

Deus revela-se aos homens,

porque, movida pelo Espírito de Deus

Ela é a comunidade

daqueles que escolhem com amor

Jesus como o caminho.



Assim se propõem percorrer

um caminho certo

de amor de Deus e do próximo,

no propósito da auto entrega,

que o Espírito Santo anima.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 18 de June de 2006 16:29

CORPO DE DEUS

PROCISSÃO !


A festa do Corpo de Deus a que é costume chamar Corpus Christi, é uma festa em honra da presença real de Cristo, especialmente para contrariar as controvérsias geradas por Berengar, segundo o qual a presença de Cristo na Eucaristia é apenas simbólica e não real.

Esta festa foi promovida inicialmente pelas visões de Juliana de Liège, uma religiosa Agostiniana, pelas quais ela entendeu que Deus queria uma festa especial em honra do Santíssimo Sacramento.

O cardeal Hugo de Cher, dominicano, legado do papa nos Países Baixos, estabeleceu esta festa nos países sobre os quais ele exerceu a sua jurisdição.

O papa Urbano IV (1261-1264), pela Bula Transiturus de 1264, estendeu a festa a toda a Igreja, a pedido de Santo Tomás de Aquino, que compôs as orações e respectivos hinos.

Naquela altura não se recebia a Comunhão com frequência, pelo que raramente as pessoas podiam ver a Hóstia Consagrada e, então, começou-se a fazer a elevação da Hóstia e do Cálice após a Consagração.

Esta festa celebrava-se na Quinta-Feira depois da festa da Santíssima Trindade.

Após o Concílio Vaticano II, pela renovação da Liturgia, passou a ser celebrada no Domingo depois da Santíssima Trindade, classificada como Solenidade.



PROCISSÃO DO CORPO DE DEUS

A mais conhecida tradição religiosa associada com a festa do Corpo de Deus é a sua respectiva Procissão.

Ela começou a realizar-se no século XIII, 100 anos depois da instituição da festa para toda a Igreja.

Para a Procissão a Hóstia Consagrada era colocada numa Custódia (com a intenção de mostrar), e levada pelas ruas, sob o pálio, com orações e cânticos eucarísticos.

A meio do percurso estava montado um altar e aí se faziam invocações e se dava depois a bênção com o SS. Sacramento.

A festa do Corpo de Deus, bem como a sua Procissão, tiveram simultaneamente a ideia ou a intenção de mostrar a Hóstia Consagrada e de adorar a Cristo realmente presente na Hóstia Consagrada.

Nós sabemos que depois da Instituição da Eucaristia em Quinta-Feira Santa, Cristo morreu na Cruz e todas as atenções dos fiéis se voltaram naturalmente para Cruz.

Como nos tempos de hoje, pela Comunhão Frequente, a Hóstia Consagrada já não é uma realidade desconhecida, o Concílio Vaticano II chama-nos a atenção para a verdade do Evangelho, Vinde e comei.

Assim, em muitos casos a Procissão foi substituída por uma celebração mais solene da Santa Missa, para convidar os fiéis à reconciliação e à adoração, mas sobretudo à Comunhão.

De qualquer modo a Procissão não era um rito litúrgico e dependia da jurisdição do bispo da Diocese.

Com a solenidade do Corpo de Deus se substituiu também a festa do Preciosíssimo Sangue (que era celebrada em 1 de Julho), celebrando-se assim juntamente o Corpo e o Sangue de Cristo.

Directamente relacionados com a devoção e adoração ao Corpo de Deus realmente presente na Hóstia Consagrada, estão os Congressos Eucarísticos.

Re: Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 19 de June de 2006 13:32

Segundo, Mateus 12,40 Jesus não morreu numa 6ª feira, nem instituiu nada numa 5ª feira. (Faça as contas de 6ª até domingo não há lugar para 3 dias e 3 noites).
As pessoas em vez de procurar a verdade permanecem agarradas a tradições (invenções) de homens.
Chegam ao ponto de se passearem pelas ruas com um bocado de pão estilizado convictas que isso é o corpo de deus.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Fé
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 19 de June de 2006 13:58

Paz e Bem.
E o senhor duvida que o Santíssimo Sacramento é o corpo de Deus? então em que é que Jesus transformou o pão e o vinho? o que se passou na última ceia, na sua opinião?
por favor, responda sem pôr citações bíblicas fora do contexto, como já me apercebi que gosta de fazer.
Um abraço em Cristo

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 19 de June de 2006 14:16

O pão continuou e continua a ser pão. O vinho continuou e continua a ser vinho.
Jesus não operou absolutamente nenhuma transformação.
Na ultima Ceia de Jesus, Jesus aproveitou solenemente a refeição em ambiente pascoal e disse a certa altura: «Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós; fazei isto em minha memória.»
Disse também:
«Este cálice é a nova Aliança no meu sangue], que vai ser derramado por vós

Apenas isto.

O resto são invenções e especulações de homens !
São ritos, mitos e ditos de pseudo-peritos ....

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 19 de June de 2006 20:49

(030) - CULTO EUCARÍSTICO FORA DA
MISSA....




Talvez este relativamente tardio desenvolvimento do Culto
Eucarístico fora da Missa seja uma indicação de que uma certa liberdade devia
ser permitida às denominações cristãs neste ponto.

A devoção eucarística é um dom do Espírito Santo à Igreja Católica
que ela devia tanbém penhoradamente cultivar em benefício de outros cristãos,
sem, todavia, esperar que eles façam como ela.

Todo o movimento espiritual de importância dentro da Cristandade
tem tido o seu particular carisma para contribuir para a riqueza de toda a
Igreja.

- Os Protestantes têm o culto da Palavra de Deus;

- A Igreja Ortodoxa tem o culto das Imagens (Ícones), que a Igreja Católica
recebeu dela.

- A Igreja Católica tem a Eucaristia.

Em todas elas há um mesmo fundamento que é o da contemplação de
Cristo e dos seus mistérios.

Se o dom que é peculiar da Igreja Católica e o segredo da sua
força, assenta no único facto de que Jesus-Eucaristia está presente nela e é
adorado por ela, também se torna obviamente importante que todos nós devíamos
apreciar este dom.

É como se o Espírito Santo exigisse da Igreja a prática de alguma
forma de devoção eucarística que estivesse de algum modo esquecida devido ao
hábito de certo ritualismo, mas que deve ser renovado, infundindo-o na crescente
riqueza bíblica e litúrgica que previamente se desenvolveu na devoção cristã.

É um tempo oportuno e de grande necessidade para uma grande
adoração e um prostração, como a de Maria de Betânia aos pés do Mestre
(Lc.10,39).

Nós estamos a redescobrir que o Corpo Místico de Cristo, a Igreja,
só pode viver e desenvolver-se à volta deste Corpo Real, a Eucaristia.

Neste sentido nós dissemos que a Eucardistia faz a Igreja através
da contemplação, permanecendo, em silêncio, e possivelmente por longos e
repetidos períodos de tempo, na presença de Jesus Sacramentado, solenemente
exposto, para assim compreendermos o que Ele quer de nós, pondo de parte os
nosso próprios planos de caminharmos para Ele, e deixando que a luz de Deus
gradualmente penetre o nosso coração e o transforme.

É exactamente como o que acontece com as árvores na Primabera com
o processo da clorofilia.

Despontam as folhas verdes nos ramos e absorvem certos elementos
do ar que, à luz do sol são "fixados" e se convertem em alimento para as
árvores.

Sem estas folhas verdes a planta não podia crescer, nem dar
flores e frutos, nem contribuir para a regeneração do oxigénio que nós
respiramos..

Nós devenos ser como essas folhas verdes !

Elas são o símbolo daquelas almas eucarísticas, que, contemplando
o sol da justiça que é Cristo "fixam" o alimento que é o próprio Espírito Santo,
em beneficio da grande Árvore que é a Igreja.

Foi que S. Paulo quis dizer nestas palavras :

- "Em todos nós, com a cara descoberta, reflectindo a glória do
Senhor, como um espelho, somos transformados de glória em glória, nessa mesma
imagem, sempre mais resplandecente, pela acção do Espírito Santo".(2 Cor,3,18).

Portanto, todas as nossas atitudes para com o SS. Sacramento, em
contemplação, fora da Missa, são uma continuação da mesma Misssa, uma contínua
acção de graças que contribui assim, de maneira extraordinária, para a nossa
alimentação espiritual e nossa santificação.

Re: Fé
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 21 de June de 2006 16:33

Agora é a Igreja que lhes pergunta :

- «Como é que não tendes fé»?

Deus é o Senhor da natureza e do mar, essa realidade poderosa e avassaladora, também lhe está sujeita.

O tema da fé e da confiança em Deus nas provações ocupa o centro da Liturgia da Palavra de hoje.

O homem primitivo tinha instintivamente o sentido do sagrado, vivia as suas relações com a natureza como se houvessem seres divinos a presidirem à sucessão implacável dos acontecimentos que os abalavam.

O mundo divino fascinava-o, mas inspirava-lhe também uma espécie de terror sagrado; por isso, procurava, através dos seus ritos primitivos, tornar propícia aquela divindade que ele sentia mas que não podia ver.

O homem moderno atingiu um domínio notável sobre as forças da natureza, que cresce em cada dia, merece-lhe respeito mas não lhe incute maior terror, embora, de muitas maneiras a natureza, como que em revolta, vá apanhando de surpresa muitos dos menos acautelados.

São acontecimentos que bem podem ser tomados como um aviso de que Deus é quem nos governa e o seu poder é imenso.

Deus não pode ser considerado só nem principalmente, como fundamento, garantia ou vingador da ordem da natureza.

O Deus da fé transcende o mundo, ultrapassa as suas leis, e não pode ser alcançado só a partir do mundo e dos seus ascontecimentos.

O nosso Deus não é um Deus de falsas seguranças humanas; não é a fórmla que soluciona as nossas dificuldades e os nossos problemas; por que assim seria apenas um Deus alienante, ou um passa-culpas.

A nossa fé em Deus não pode ser feita de fugas e de irresponsabilidades; seria muito suspeita uma fé tranquila, fácil e sem problemas.

A fé é um compromisso contínuo, exactamente porque crê, apesar das tempestades nas quais é continuamente posta à prova.

Seria uma falsa fé a daqueles que buscassem a Deus só como consolação individual, que só buscassem a solução imediata das suas dificuldades de cada dia.

Na base dessa fé estaria, não a disponibilidde absoluta nas mãos de Deus, mas a tentativa de “utilizar” a Deus para resolver os próprios problemas.

Ter fé significa abandonar-se a Deus mesmo quando Ele “dorme”, porque sabemos que nenhuma dificuldade nos pode vencer; Deus já as venceu.

Isto, porém, não nos isolará no mundo, fazendo-nos passar por cima dos seus problemas, pois sabemos que o plano de Deus, é libertar o mundo do mal e que, neste processo de libertação é chamado a colaborar, lutando ao seu lado, sem desanimar.

A perseverança na fé é absolutamente necessária para o cumprimento do plano da História da Salvação...

......................

Sobre a necessidade e a perseverança da fé diz o Catecismo da Igreja Católica :

161. – Para obter a salvação é necessário acreditar em Jesus Cristo e n’Aquele que O enviou para nos salvar. «Porque “sem fé” não é possível agradar a Deus»(Heb.11,6) e chegar à partilha da condição de filhos seus; ninguém jamais pode justificar-se sem ela e ninguém que não «persevere nela até ao fim».(Mt.10,22-24; 24,13) poderá alcançar a vida eterna».(Conc.Vat.I : DS 3012).

162. – A fé é um dom gratuito de Deus ao homem. Mas nós podemos perder este dom inestimável. Paulo adverte Timóteo a respeito dessa possibilidade : «Combate o bom combate, guardando a fé e a boa consciência; por se afastarem desse princípio é que muitos naufragaram na fé»(1 Tim.1,18-19). Para viver, crescer e perseverar até ao fim na fé, temos de a alimentar com a Palavra de Deus : temos de pedir ao Senhor que no-la aumente; ela deve «agir pela caridade»(Gal.5,6; cf. Tg. 2,14-16), ser conduzida pela esperança e permanecer enraizada na fé da Igreja.





Como é que não tendes fé ?

Re: Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 22 de June de 2006 14:47

A quem é que a Igreja pergunta:

«Como é que não tendes fé»?

A Igreja pergunta à Igreja (aos membros da Igreja) ou aos que não são membros ?!

Se for aos membros significa que a Igreja não tem fé.
[list]
Lc 18, 8 *
Citação:
«... ... ... Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?»
[/list]
Se for aos outros vejamos:

Pergunte a um judeu acerca do Cristo que os chamados cristãos lhes pregam.

«Se este Cristo tem alguma coisa de comum com o "Messiah" que eles já esperam há mais de 2.500 anos.»
(É muito importante, vermos qual é a distorção que se faz do Cristo em que acreditamos.)

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

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