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Re: comunhão de joelhos
Escrito por: OmegaStar (IP registado)
Data: 22 de March de 2010 12:22

Na verdade, jamais existiu alguma reforma liturgica, ja que um concílio pastoral jamais pode anular ou alterar um concílio infalível.

Afirma este Concílio infalível (DE TRENTO) o seguinte: Capítulo 5, parágrafo 878 sobre o Santíssimo Sacramento da Eucaristia.

"878. Não há dúvida alguma de que todos os fiéis de Cristo, segundo o costume que sempre vigorou na Igreja, devem tributar a este santíssimo sacramento a veneração e o culto de adoração (latria), que só se deve a Deus [cân. 6]. Nem se deve adorá-lo menos pelo fato de ter sido instituído por Cristo Senhor Nosso como alimento. Pois cremos estar nele presente aquele mesmo, do qual o Eterno Pai, ao introduzi-lo no mundo, disse: Adorem-no todos os anjos de Deus (Hb l, 6; SI 96, 7) e a quem os Magos, prostrando-se, o adoraram (Mt 2, 11), aquele, enfim, do qual a Escritura testifica: os Apóstolos adoraram-no na Galiléia (Mt 28, 17).(...)"


Perceba caríssimo João que este capítulo, afirma que: "Não existe dúvida alguma, de que <<todos>> os fieis de Cristo -segundo aquele costume que advém da tradição Apostólica, já que sempre vigorou na Igreja, como esta explícicto no texto- <<devem>> = "obrigação"; isto é: estão obrigados por dever de consciência, à adoração e veneração, tanto em respeito ao magistério Apostólico advindo da tradição quanto ao reconhecimento de estar Deus contido neste admirável sacramento; digo, devem obrigação ao culto de <<LATRIA >> ordenado por Deus.

Quando se diz que Deus, tendo-O introduzido no mundo, ordenou ao seres racionais de primeira grandeza que O adorem ao introduzi-lo no mundo, é porque Cristo sendo Deus e conhecido dos anjos se tornou homem estando ainda acima dos anjos; quando guia aos seres racionais inferiores como o homem, através da mais alta hierarquia humana representada nos Reis Magos para que o adorem, é porque Ele esta acima de todo poder e reino humano como homem, sendo Deus, já que nenhum rei se curva ou adora outro rei.

Logo, a genuflexão (ficar de joelhos), que se faz ao comungar o Santissimo Sacramento reflete justamente o mesmo gesto de adoração a Deus, que esta presente na eucaristia em corpo alma e divindade; negar esta realidade ou procurar de alguma forma alterá-la, somente corrompe o real sentido e adoração que a Deus se deve.

Antigamente, não vai muito longe, não se atravessava diante do altar sem se ajoelhar e se persignar com o sinal da cruz, hoje o altar já nada representa.

Antes, lido o evangelho e feito o sermão, AJOELHAVA-SE E SE PERMANECIA DE CABEÇA BAIXA, adentrando pela vias racionais à grandiosidade do ato que se iria praticar dali a alguns minutos, e só o temor de ter um mal pensamento fazia corar, dai então a maior concentração no ato já que: Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação. (I Coríntios 11,29)

Hoje isto é só um sonho, nada o que pensar, nenhum motivo para se "auto-condenar" ou se acusar pelos pecados cometidos, apenas seguem a fila, como bois marcados (pois só a intenção, neste caso, é insuficiente) já que é absolutamente necessário ADORAR a Deus ao se refletir nos pecados cometidos, tendo na consciencia a segura certeza de que sabendo de antemão pelo que foi escrito: este alimento pode NOS CONDENAR ETERNAMENTE, e não é isto que Cristo quer, mas sim que tenhamos DISCERNIMENTO para estarmos de pé quando vier para julgar aos vivos e aos mortos.

Não existe algum outro momento no mundo que seja maior o CULTO DE LATRIA de que no Santissimo Sacramento, motivo pelo qual a Igreja se perpetua em Sua TRADIÇÃO APOSTÓLICA.

Relativizando o gesto, relativiza-se TODO O RESTO.

É seu dever, meu dever, e de todos os fieis de CRISTO <<ADORAR A DEUS NO SANTISSIMO SACRAMENTO>>, e de pé, ninguém adora coisa alguma, mas sim que apenas se descarrega a própria consciência.







OmegaStar

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 22 de March de 2010 13:28

Caro OmegaStar,

É que existe um pequeno problema para quem não aceita um Concílio da Igreja: é que nesse caso não está em comunhão com a Igreja e, consequentemente, não pode sequer comungar.

É o que me acontece se eu, por exemplo, participar numa celebração ortodoxa: posso orar, mas não posso comungar.

Agora alguns comentários ao que escreveste:

Citação:
OmegaStar
Na verdade, jamais existiu alguma reforma liturgica, ja que um concílio pastoral jamais pode anular ou alterar um concílio infalível.

A Igreja é quem determina a existência ou não de reformas litúrgicas, e não um mero particular, seja sacerdote ou leigo.


Citação:
OmegaStar
Antigamente, não vai muito longe, não se atravessava diante do altar sem se ajoelhar e se persignar com o sinal da cruz, hoje o altar já nada representa.

Hoje é exactamente igual.

Dizes ainda que hoje não um momento de existe arrependimento pelas faltas cometidas, e que isso não é visível na missa, mas na realidade existe tal momento, precisamente antes da comunhão.

Citação:
OmegaStar
É seu dever, meu dever, e de todos os fieis de CRISTO <<ADORAR A DEUS NO SANTISSIMO SACRAMENTO>>, e de pé, ninguém adora coisa alguma, mas sim que apenas se descarrega a própria consciência.

Caro OmegaStar, como podes ler no íntimo das pessoas? Como podes afirmar se o irmão que está ao teu lado está ou não a adorar a Deus?

Estás a laborar num erro: tomas as aparências pela essência, confundes uma manifestação exterior com o intimo da pessoa.

Ninguém, senão Deus, pode saber a fé de um nosso irmão. Ou para ti a fé começa e acaba com as manifestações exteriores?

João (JMA)

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: OmegaStar (IP registado)
Data: 22 de March de 2010 15:58

Citação:
JMA
Caro OmegaStar,
É que existe um pequeno problema para quem não aceita um Concílio da Igreja: é que nesse caso não está em comunhão com a Igreja e, consequentemente, não pode sequer comungar.

Correto, e neste caso o sr. deveria ponderar vossa situação, pois o sr. toma por infalível a aquilo que é falível, e coloca a recomendação no lugar da lei.

Somente quem está acorde com os concílios infalíveis poderia sustentar o que é infalível dentro da tradição Apostólica; concílios pastorais não são infalíveis, por isto sua validade depende daquilo que foi aprovado infalivelmente pela tradição Apostólica através dos séculos, ou de outra forma, teremos um Igreja nova a cada dia, e o que é imutável, não se torna novo.


Citação:
JMA
É o que me acontece se eu, por exemplo, participar numa celebração ortodoxa: posso orar, mas não posso comungar.

Correto, pois não comungas a fé Apostólica integral, mas somente parcial; da mesma forma se não estiver conforme a fé da Igreja aprovada infalivelmente, já que a própria eucarisita pode ser motivo de condenação; pois embora de fato não exista uma sanção contra comungar de pé, existe uma sanção para que não adora, de joelhos, a Deus, dai então o enunciado ...devem tributar a este santíssimo sacramento a veneração e o culto de adoração (latria), que só se deve a Deus


Citação:
JMA
Citação:
OmegaStar
Na verdade, jamais existiu alguma reforma liturgica, ja que um concílio pastoral jamais pode anular ou alterar um concílio infalível.


A Igreja é quem determina a existência ou não de reformas litúrgicas, e não um mero particular, seja sacerdote ou leigo.

De fato, assim fora e seriamos evangélicos e não católicos; acontece que não existiu nenhuma reforma liturgica que tenha sido feita com dogmas e anátemas para os transgressores, já que não seria aprovado o que de si já estava condenado por um concílio infalível.


Citação:
JMA
Citação:
OmegaStar
Antigamente, não vai muito longe, não se atravessava diante do altar sem se ajoelhar e se persignar com o sinal da cruz, hoje o altar já nada representa.

Hoje é exactamente igual.

Não é isto o que a apostasia vem confirmando nestes anos de trevas.

Citação:
JMA
Dizes ainda que hoje não um momento de existe arrependimento pelas faltas cometidas, e que isso não é visível na missa, mas na realidade existe tal momento, precisamente antes da comunhão.

No sacrifício do calvário não existe um antes e um depois, (como limitar o que é infinito?) existe sim um sacrificio o qual devemos ADORAR com o corpo, alma e espírito e, na medida em que se coloca um ponto de inicio e fim limita-se toda a missa a um momento e limita-se a Deus a uma função, dai então tudo fica restrito ao momento da comunhão.

Citação:
JMA
Citação:
OmegaStar
É seu dever, meu dever, e de todos os fieis de CRISTO <<ADORAR A DEUS NO SANTISSIMO SACRAMENTO>>, e de pé, ninguém adora coisa alguma, mas sim que apenas se descarrega a própria consciência.


Caro OmegaStar, como podes ler no íntimo das pessoas? Como podes afirmar se o irmão que está ao teu lado está ou não a adorar a Deus?

Estás a laborar num erro: tomas as aparências pela essência, confundes uma manifestação exterior com o intimo da pessoa.

Ninguém, senão Deus, pode saber a fé de um nosso irmão. Ou para ti a fé começa e acaba com as manifestações exteriores?

Falamos daquilo que sabemos e damos testemunho daquilo que vimos, logo não se confunde testemunho com julgamento.

E quando vemos que o que é tradição se tornar objeto de opção, podemos então avaliar a situação.

É evidente que o objeto da fé começa naquilo que é espiritual e necessariamente não acaba, como afirmas, mas prossegue naquilo que é material.

Quando enuncias que existe um antes e um depois, desconheces a propria fé, e negas ao que deveria adorar e que foi expresso no dogma:878. Não há dúvida alguma de que todos os fiéis de Cristo, segundo o costume que sempre vigorou na Igreja, devem tributar a este santíssimo sacramento a veneração e o culto de adoração (latria), que só se deve a Deus [cân. 6]. Nem se deve adorá-lo menos pelo fato de ter sido instituído por Cristo Senhor Nosso como alimento. Pois cremos estar nele presente aquele mesmo, do qual o Eterno Pai, ao introduzi-lo no mundo, disse: Adorem-no todos os anjos de Deus (Hb l, 6; SI 96, 7) e a quem os Magos, prostrando-se, o adoraram (Mt 2, 11), aquele, enfim, do qual a Escritura testifica: os Apóstolos adoraram-no na Galiléia (Mt 28, 17).

O qual já comentamos e que nos revela a "FORMA QUE SE DEVE ADORAR".

Perceba o que se afirma ainda neste Santo Concilio: 893. Cân. 11. Se alguém disser que só a fé é suficiente preparação para se receber o santíssimo sacramento da Eucaristia - seja excomungado.

Portanto, "somente a fé" é insuficiente para formar um juizo de valor sobre um ser, (posto que nem mesmo o Apostolo julga a si mesmo, mas deixa isto nas mão de Deus, enquanto condena o erro evidente) mas antes, aquilo que se creu deve estar patente e manifesto na carne, preparada e apta para a vida eterna em Cristo pela Adoração "de joelhos" a Deus ...e a quem os Magos, prostrando-se, O adoraram

O sr. deliberadamente se esquivou sobre o Concílio de Trento e seus dogmas ao qual esta obrigado a professar para se fixar em um concílio falível.

Admirável mundo novo...


OmegaStar

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Lucas (IP registado)
Data: 22 de March de 2010 16:26

É bom não estar só na peleja...

Nos posts anterioriores pode-se sintetizar bem o que ocorre hoje em dia, uma relativização de tudo o que é Sagrado.
Alguns dizem: "Que se comungue da forma que quiser" outros "De que interessa a forma", e se esquecem completamente que A forma é a expressão da essência. Se se diz tanto faz pra forma o mesmo pode-se subentender da essência, e esperam apenas que Deus julgue o que está em seu interior, ora "porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio." (Lc 6,45) Se cheio de relativismo.
A irmã Maria da Costa escreve esperando receber apoio, no entanto o que acontece, aparecem tentando colocar em sua cabeça que ela é que está errada, é claro as palavras são mais sutis.

Citação:
Rui Vieira
D. Maria, onde está o critério? Comungar, ou não comungar devido a não poder ajoelhar? É que, ao nos dizer isso, parece que o dom da comunhão afinal pode ser dipensado por uma questão de sensibilidade de gestos!

O mesmo pode ser dito para quem ministrar a comunhão, vai dispensar de concedê-la apenas pelo gesto da Fiel? (sendo que nenhuma proibição exista nesse contexto no Direito Canõnico) Por que tem de ser ela a condescender? Se não está errada.

Citação:
Rui Vieira
Afinal, o amor é ao sacramento, ou ao gesto com que se o recebe?

E por acaso o gesto com que se o recebe não é o primeiro sinal do amor ao Sacramento?

No meu país costumam dizer: "Quem pergunta quer saber"...

Já pensou nas questões de natureza pastoral que a sua excepção à praxis comum liturgica coloca?


Não deve colocar nenhuma, afinal como já foi mostrado não se trata de nenhum ato reprovável ou proibido liturgicamente.

Já se lembrou de imaginar como se sentem os outros seus irmão, que do mesmo Corpo comungam, ao ver uma irmã comungar dessa forma?

Seria ótimo para a maioria pois relembrariam a magnitude do ato que estão para realizar, a sacralidade de tal, e o respeito do qual devem estar embuidos, mesmo que não se disponham a se ajoelhar. De qualquer forma porque se ajoelham durante as adorações ao Santíssimo Sacramento e não deveriam fazê-lo ao consumir este mesmo Sacramento?

Não se sentirão eles excluidos de si mesma, D. Maria?

Certamente, se não estiverem com o mesmo sentimento e respeito. Vejo pessoas com gomas de mascar pouco antes da comunhão outras que passam a maior parte do tempo fora da Igreja, e pouco depois já estão na fila, acho que estas se sentiriam pelo menos envergonhadas de não terem o mínimo de veneração.

Não irão os seus irmãos sentir nesse "extraordinário", um rompimento de comunhão, rompimento esse que acontece justamente devido ao "extraordinário", ao "fora de comum"?


E por acaso o ato não é em si mesmo extraordinário? Deus que se transforma em alimento para nós? Ou a comunhão deve ser em torno do simples ato: Todos de pé, eu de pé. Todos na mão eu na mão. E eu de joelho só se todos estiverem? Não acho que esse seja o tipo de comunhão que Deus espera.

Já pensou no que pode passar pelas mentes dos paroquianos? Nem todos, ou poucos, conhecem as normas liturgicas!

Mais uma vez, não existe nada nelas que impeça.


Então, mas todos comungam de pé, e esta senhora comunga de joelhos? pORQUÊ? Qual o motivo de tal caso isolado?


Talvez se perguntando isso, muitos descobririam em si mesmo disposição para fazer o mesmo, outros que não o fazem por timidez se sentiriam encorajados. De qualquer forma duvido que venha a causar algum mal a alguém bem disposto de coração.


Citação:
Rui Vieira
O facto de os comungantes nas cerimónias do Sumo Pontífice comungarem de joelhos, não é um argumento que se possa abonar. na diocese de Roma, em particular na Missas do Pontífice, é da praxe. Noutros lados não é.
Quando não é da praxe, outra opção não temos senão a de proceder conforme é admitido.


Então só o Papa está errado e todo resto certo? Ou só está certo isso na celebração do Papa? Ainda bem que a irmã entendeu muito bem o sentido de hierarquia, e que o Sumo Pontífice deve ser o primeiro a dar o exemplo do que é certo. Infelizmente muitos se apegam à letra morta, isto é desconhecem que tudo vem da Fé, que é antes de tudo algo extraordinário, acima da razão, pois esta é limitada à impressão dos sentidos. Muito estudo é incapaz de salvar uma alma sequer, uma vida de santidade sim e essa brota da pobreza à realeza, do culto ao inculto, está acessível a todos. Não devemos aceitar as escrituras apenas como relatos históricos, racionais, nem precisamos das muitas teologias e filosofias e professores que surgem atualmente, para entendê-las, apenas Fé, em Deus e na sua Igreja. Como professores temos os Santos que assim se tornaram não pelo que escreveram tanto como pelo exemplo do que viveram.

Como gostam de citar St. Agostinho também eu o posso:

"Acredito nos Evangelhos porque a Igreja me diz para crêr" e todo o resto.

E para finalizar mais uma Doutora de verdade:

"Eles tem medo de ofender e fazer inimigos - e tudo isso por causa de amor a si próprio. Às vezes a intenção é apenas manter a paz, e isso eu lhe digo, é a pior crueldade que se pode infligir. Se uma ferida não é cauterizada ou extraída quando necessário, sendo lhe somente aplicado um ungüento, ela não só não cicatrizará como infetará o corpo todo, com frequência de forma fatal..."
Catarina de Siena, Doutora da Igreja, de uma carta para o Papa Gregório XI

Deus é mais importante do que a praxe!

Vinde Senhor Jesus!

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: OmegaStar (IP registado)
Data: 22 de March de 2010 18:34

Podemos simplesmente, para confirmar a praxis Apostólica, traçar um paralelo muito evidente daquilo que brilha mais de que o sol.

Esta escrito em Genesis 17, 1-3
“Eu sou o Deus Todo-poderoso. Anda em minha presença e sê íntegro; quero fazer aliança contigo e multiplicarei ao infinito a tua descendência.” Abrão prostrou-se com o rosto por terra.

Ao ouvir a voz de Deus que lhe anuncia uma aliança Abraão (antes Abrão) prostou-se com o rosto em terra, querendo significar que era somente pó e indigno de fazer tal aliança com Deus.

O que é superior? A aliança feita com Abraão ou a Aliança feita no sangue de Cristo?

Paulo, censurando aos Corintios diz: Se, pois, numa assembléia da igreja inteira todos falarem em línguas, e se entrarem homens simples ou infiéis, não dirão que estais loucos? Se, porém, todos profetizarem, e entrar ali um infiel ou um homem simples, por todos é convencido, por todos é julgado; os segredos do seu coração tornam-se manifestos. Então, prostrado com a face em terra, adorará a Deus e proclamará que Deus está realmente entre vós.

Hoje existem muitas línguas na Igreja.

Muito evidente é esta passagem que nos fornece, ainda uma vez mais, a formula com a qual se adora a Deus, assim como Abraão e que se torna explicito e evidente para quem de fato não O adora da maneira e forma que deveria.

Ficar de pé, diante de Deus para pedir perdão é o mesmo que falar de homem para homem.

Como a dizer: Me desculpe eu errei, não farei outra vez.

Aos que desconhecem a profundidade, a largura e a altura da glória divina que hoje são uma grande maioria, não existe um censor da própria consciência, contudo, nem por isto podem se dar por justificados visto aceitarem uma forma que de fato não está acorde com a mesma palavra divina.


Estar presente ao sacrificio do altar e não se ajoelhar... isto nem pensar!!!

Temos ainda muitas passagens que corroboram e dignificam tal entender, honrando e glorificando a Deus.


Quando Ezequias deu ordem de oferecer o holocausto sobre o altar, no momento em que começou esse sacrifício, o cântico se fez ouvir, assim como as trombetas, acompanhadas pelos instrumentos de Davi, rei de Israel. Toda a assembléia estava prostrada; entoaram o cântico e tocaram as trombetas até findar-se o holocausto. Terminado o sacrifício, o rei e todos os que o cercavam curvaram os joelhos e se prosternaram. (II Cronicas 29, 26-29)

É necessário que o "simbolo das coisas futuras" expresso no antigo testamento, seja uma realidade perene no holocausto posto sobre o altar "Corpo e Sangue de Cristo"!!!


Ai está...



OmegaStar

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 22 de March de 2010 22:37

Boa tarde.

Eu não vou discutir aqui questões conciliares. Tal como não discuto heresia, também não discuto cisma.
Vou apenas deter-me naquilo que julgo ser algumas insuficiências no raciocinio.

Citação:
OmegaStar
De facto, a primeira condição para se modificar o sentido espiritual de um gesto (absoluto) é torná-lo relativo ao sentido que se lhe pretende dar

Sofisticado argumento. Mas, afinal, somente nos diz que a primeira condição para se relativizar o sentido espíritual de um gesto (absoluto), é relativizando-o.
Novidade? Não!
Mas é o sentido espiritual que é absoluto, ou é o gesto que é absoluto?
Em Liturgia, há gestos iumutáveis, absolutos, e outros mutáveis.

Citação:
OmegaStar
Ao tornar relativo o sacramento da Eucaristia, relativiza-se, de certa forma, também aos demais, pois se se pode tomar a comunhão nas mãos, nada impede que seja colocado a comunhão sobre a mesa com o vinho abençoado pelo homem, e não transubstanciado pelo sacerdote "in persona Christi", relativizando-se também o sacramento da ordem, que é conferido ao sacerdote para ministrar aos sacramentos

Parte de um pressuposto destituido de base. O sacramento não foi nem é relativizado. Fica-se sem se perceber a suposta relação de causalidade entre a comunhão na mão, com a possibilidade de alguém colocar na mesa pão e vinho abençoados pelo homem e não transubstãnciados pela acção do ministro, que age in persona Christi capitis.

De facto, comungou-se na mão até ao séc VIII-X..., e nem por isso consta que algum homem tenha, por si, abençoado pão e vinho no altar, a não ser que fosse sacerdote. Não consegui, honestamente, perceber a reflexão.

Citação:
OmegaStar
pois se a aquilo que creio com fé inabável que sempre foi praticado durante os séculos do mundo é relativizado por uma decisão sacerdotal onde, uns aceitam praticar e outros não (ênfase para a comunhão na boca, sempre praticado por dois mil anos), então, o escandâ-lo se estabeleceu

Afirmação sem sentido algum. Será que a Missa de Trento tem algo a ver com as eucaristias celebradas na Igreja primitiva?
A ideia de comunhão na boca Há 2000 anos é falsa. Introduziu-se a partir dos sécs VIII a X, conforme já referi.
Mas, de facto, a grande fraqueza desta ideia é que a Liturgia católica, outra coisa não foi, desde as suas origens, senão adaptação, criação, progressão de natureza ritual. Isto é Tradição.
Mas se esse apelo a uma imutabilidade liturgica (na verdade é aqrqueologia), é assim tão grande, porque não celebramos em aramaico, ou em grego?
realmente, a liturgia do séc I deveria ser, nesta optica, imutável.
Mas não foi. Não foi por várias razões. A fundamental é que, aquilo que garante a Eucaristia são a epiclese sobre pão e vinho, com a narração da instituição da Eucaristia, feita por sacerdote válidamente ordenado.. Desta imutabilidade, faz, naturalmente parte, a leitura da Escritura na celebração Eucaristica, e a oração por todos os homens. Mas o "como", o modo próprio de fazer acontecer o imutável, esse aspecto já é parte mutável na Liturgia.
A Liturgia, até Trento, foi mutável, naquilo que pode ser mutável. isto é indiscutivel. Afirmar o inverso é dar prova de ignorância em história da Igreja, especialmente em história da Liturgia.

Citação:
OmegaStar
Temos por elemento primário ao que concerne à essencia que se denomina, dentro do enunciado, o "Mysterium" que rege a essência (Cristo) conferindo ao sacramento a forma (espiritual) pela qual deve ser santificado ou tornado sacro, e, por elemento secundario o instrumento santificante (sacerdote) e a matéria sacramentada (pão e vinho) com o modo gestual de aplicá-lo pelo sacerdote (santificação) e ser recebido pelo comungante (recepção ou comunhão); a essência é Cristo mesmo, corpo e sangue, a forma pelo qual é santificado é por Cristo mesmo, como o foi no Cenáculo, a matéria é a mesma, seu corpo e sangue depois de transubstanciado através do milagre da fé; ora, se a essência não muda, nenhum elemento secundário pode mudar, uma vez que o corpo e sangue de Cristo e o mesmo Cristo não mudam pelos séculos; necessariamente somos levados a concluir que "esta mudança anunciada nos elementos secundários não se justificam ou tem fundamento, pois se não existe mudança na essência também não o haverá nos elementos secundários

Antes de mais, tem que se atender a que o pão e o vinho pertencem ao elemento imutável, e não aos aspectos secundários.
Diz o autor que "Temos por elemento primário ao que concerne à essencia que se denomina, dentro do enunciado, o "Mysterium" que rege a essência (Cristo)". Afirmação estranha. Pois atribui à essência o termo Mistério, e logo diz que o Mistério (ou seja, a essência), rege a essência. Sem sentido. Interpretado noutro modo, poderia dizer que o Mistério rege a essência (Cristo). Inaceitável, pois é Cristo a essência do Mistério, e é Cristo que rege o Mistério.
Mas diz que é este Mistério que confere ao sacramento a forma como acontece a transubstãnciação: "conferindo ao sacramento a forma (espiritual) pela qual deve ser santificado ou tornado sacro".
De facto, este raciocinio está ao inverso do correcto. Na verdade, a forma é que confere ao sacramento a categoria de Mistério. Não há mistério da Eucaristia sem préviamente haver a forma imutável.
Noutras palavras, é pelos gestos e palavras imutáveis do Senhor, que se dá o Mistério.
Depois diz que o elemento secundário são o sacerdote, o pão e vinho, a comunhão, ou recepção, e os gestos da consagração.
Porém ,nada destes elementos são secundários. São imutáveis.
Portanto, esta questão nem tem razão de ser, pois que os aspectos secundários, aqueles que não são imutáveis, não estão em causa.
Mas diz ainda o autor: "ora, se a essência não muda, nenhum elemento secundário pode mudar, uma vez que o corpo e sangue de Cristo e o mesmo Cristo não mudam pelos séculos". Naturalmente que aqui, uma vez esclarecidos os aspectos que o autor diz serem secundários (que não são), apreciemos os que são realmente secundários, à luz desta consideração do autor.
Não há duvida de que toda a Liturgia é exercicio da Função Sacerdotal de Cristo, prolongamento na nossa história, no nosso tempo e no noisso espaço, daquela Eterna Mediação que, pela Liturgia, nos é comunicada nos seus sinais sensiveis, que realizam aquilo que significam, pois que são sinais visiveis de realidades invisiveis.
Sendo, pois, a Liturgia, uma acção de Cristo ou, por outras palavras, a participação do Eterno Culto, da Eterna Mediação, uma associação ao Culto Supremo que Cristo presta ao pai, como Filho glorificado (a carta aos Hebreus desenvolve muito este tema do sacerdócio Eterno), será, desta sorte, legitimo admitir aspectos mutáveis na Liturgia?
A história já nos mostrou que isso é uma realidade. Mas é legitima?
Não só é legitimo, como é uma necessidade da Igreja.
Antes de mais, é legitimo, porque os aspectos rituais não imutáveis, ou seja, aqueles que não foram assumidos pelo Senhor na instituição do sacramento (os tais aspectos secundários dos ritos, susceptiveis de mudança), são uma verdadeira produção liturgica da Igreja.

Mas poderia se alegar de imediato: se são uma produção da Igreja, então não são verdadeiramente uma acção de Cristo, não são verdadeira Liturgia!!

Quanto a esta suposta objecção, há a observar o seguinte: na sua reflexão, o autor referiu a presença de Cristo no sacramento (a sua essência, ou Mistério), a acção do sacerdote na pessoa de Cristo e os gestos próprios de Cristo. Referiu, portanto, acções de Cristo, quer na transubstãnciação dos dons, quer na transignificação do sacerdote, quer na transfinalização dos gestos imutáveis.
Mas omitiu um aspecto que é de capital importãncia: a Igreja enquanto Sacramento, a Igreja enquanto Corpo Místico de Cristo.

Nesta perspectiva, e vendo que também nela Cristo vive, em virtude do batismo, qual incorporação em Cristo, os gestos rituais, que sejam assumidos pela Igreja como Liturgia, como culto, adquirem, pois, a sua verdadeira e propria eficácia.
O grande e perene testemunho desta realidade é a comparação entre as eucaristias de ritual rudimentar do primeiros dois séculos de cristianismo, e a Eucaristia celebrada no rito de S. Pio V, ou Paulo VI. O que vemos aqui? Vemos a Tradição a desempenhar o seu papel. Vemos enriquecimento e desenvolvimento teológico e doutrinal, que, consequentemente, ganha expressão no culto que a Esposa presta ao Esposo, ela que, por ser Corpo do Senhor, por viver n,Ele e Ele nela, a torna verdadeira produtora, e com autoridade, de Liturgia.
Liturgia é irrupção de vida, desta vida que, no dom da cruz e no derramananto do Espírito, para sempre foi enrtegue à Igreja como algo de intrinsecamente seu.

Citação:
OmegaStar
repugna à razão, qualquer mudança "temporal" operada sobre o sacramento eterno e imutável por si só, ainda que seja uma unica vírgula sobre o que já é matéria de fé sancionada e sacramentada

Há aqui uma confusão, muito comum neste tipo de teologia: a confusão, ou indistinção entre Lex credendi e Lex celebrandi. A Lex celebrandi procede da Lei da Fé, e não a Lei da Fé que procede da lei do culto.
Acrescente-se que não existem, na Igreja católica, semelhantes alterações à imutabilidade nos sacramentos.

Citação:
OmegaStar
Bento XVI exorta a que se comungue pelo sacramento na boca, mas cada país adota seu próprio sistema que contempla as duas possibilidades como válidas

Desconheço qualquer afirmação que conduza a essa afirmação acerca do Papa.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: OmegaStar (IP registado)
Data: 23 de March de 2010 02:12

[Quote=Rui Vieira]
Eu não vou discutir aqui questões conciliares. Tal como não discuto heresia, também não discuto cisma.
[/quote]

Obviamente, o sr não poderia, apoiado no pressuposto de que "Questões conciliares dogmaticas podem ser discutidas", fazer jus ao vosso raciocínio para refutar um concilio infalivel, sem cair no anatema que este concilio infalível preceitua.

Diz-nos São Tomaz que: Corresponde ao sacerdote a administração do corpo de Cristo por tres razões. Primeira, porque, como acabamos de dizer (a.l), o sacerdote consagra "in persona Christi". Muito bem, da mesma maneira que foi o mesmo Cristo quem consagrou seu corpo na ceia, assim foi Ele mesmo quem o deu de comer aos outros. Motivo pelo qual corresponde ao sacerdote não somente a consagração do corpo de Cristo senão sua distribuição.

Segunda, porque o sacerdote é o intermediario entre Deus e o povo (Heb 5,1). Motivo pelo qual, corresponde a Ele oferecer a Deus os dons do povo, assim a ele lhe corresponde também entregar ao povo os dons santos de Deus.

Terceira, porque por respeito a este sacramento nenhuma coisa o toca que não seja consagrada, por tanto os corporais como o cálice se consagram, e o mesmo se dá com as mãos do sacerdote, para poder tocar este sacramento. Por isto, a ninguém lhe é permitido tocar-lhe, fora de um caso de necesidade, como se, por ex., se caisse ao solo ou qualquer outro caso semelhante.


Existem muitas provas Apostólicas daquilo que afirmamos e sustentamos, desde os primeiros séculos da Igreja onde se pretendia uma conotação simplesmente de pão abençoado...

Obviamente, também pretende ignorar um concilio infalivel para se ater à própria opinião pessoal, que é somente vossa, mas não infalivel... e sequer dogmática.


Mas sem nos atermos mais, vejamos:

[Quote=Rui Vieira]
a Igreja enquanto Sacramento...
[/quote]


Igreja enquanto sacramento, ora carissimo, não existe Igreja enquanto sacramento.

Pois sacramento somente são sete, nem mais, nem menos.

844. Cân. 1. Se alguém disser que os sacramentos da Nova Lei não foram todos instituídos por Jesus Cristo Nosso Senhor, ou que são mais ou menos que sete, a saber: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema-Unção, Ordem e Matrimônio; ou que algum destes sete não é verdadeira e propriamente sacramento - seja excomungado.


Deveria conhecer melhor o dogma da fé, infalível e esquecer o Vaticano II


Aqui temos um bom trabalho sobre o assunto
São Sixto I - Papa de 117 a 126 - julgou necessário lembrar e publicar a norma apostólica, reafirmando que somente os ministros do culto (os padres e seus ajudantes, os diáconos) são aptos a tocar (tangere) os santos mistérios: "hic constituit ut mysteria sacra non tangeretur, nisi a ministris".

São Justino (100-166), por sua vez, na sua Apologia dedicada ao Imperador romano, testemunha esta disciplina primitiva afirmando que são "os diáconos que distribuem a comunhão e levam aos doentes".

E o sábio Tertuliano de Cartago (160-250) diz, também, que o Sacramento da Eucaristia era recebido "somente da mão do padre": "nec de aliorum manu sumimus".

Como os casos em que estava autorizada a manipulação da Santa Eucaristia pelos leigos (ver Cap. VII – “As exceções”) continuassem a gerar abusos, Santo Estevão - Papa de 254 a 257 - teve que advertir os leigos, dizendo-lhes que eles não deviam "considerar como suas as funções eclesiásticas"; e, quanto ao clero, Santo Eutiquiano - Papa de 275 a 283 - exortou os padres a manterem a disciplina cumprindo seus deveres, especialmente levando eles mesmos a Comunhão aos doentes: "nullus praesumat tradere Communionem laico vel feminae ad deferendum infirmo" (que ninguém ouse confiar a um leigo ou a uma mulher o cuidado de levar a Comunhão a um doente).

Assim, pelos textos citados, vemos que mesmo em tempo de perseguição, ou seja, mesmo antes da "paz da Igreja", o que ocorreria pouco depois do ano 313, ano do Edito de Milão, não era um costume generalizado os leigos manipularem a Eucaristia para distribuí-la ou consumi-la.

Se os primeiros Santos Padres se preocuparam em afirmar que cabia aos ministros do culto distribuir a comunhão, a fim de evitar que o Pão da Vida fosse manuseado por qualquer um como um pão comum, agora, no século IV e seguintes, em tempos de normalidade, vamos encontrar os Santos Padres citando explicitamente o costume tradicional de comungar; já haviam desaparecido os motivos que justificavam a manipulação do Corpo do Senhor pelos leigos e, por outro lado, era preciso firmar doutrina para combater os abusos que ainda ocorriam, bem como, também, (combater) a prática herética dos arianos5 de receber a comunhão na mão.

Assim, São Leão I - Papa de 440 a 461 - diz, explicitamente, que o Sacramento da Eucaristia recebe-se na boca: "hoc enim ore sumitur quod fide tenetur" (os/oris=boca).

Logo, é evidente a comunhão na boca já no segundo século.

OmegaStar



Editado 1 vezes. Última edição em 23/03/2010 02:22 por OmegaStar.

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 23 de March de 2010 13:48

Boa tarde.

A Eucaristia, desde os tempos mais antigos, faxzia-se tyrasnportar por leigos (Conf. S. Basilio, Epístola 93; S. João Crisóstomo, Homilia 24, in I Corintios)

Sobre a comunhão na mão, diz S. Cirilo de Jerusalém: "Quando te aproximas, não avabces com a palma das mãos estendidas, nem com os dedos afastados, mas faz da tua mão esquerda um trono para a atua mão direita, uma vez que esta deve receber o Rei. Recebe o Corpo de Ceristo na concavidade da tua mão e responde: Amén." (Conf. S. Cirilo, Catequese Mistagógica V, nº 21).

Ora, S. Cirilo escreve no séc IV.

O Papa Cornélio (morreu em 253) escreve numa carta: "cnsagrada a Eucaristia, Novicioano distribui-a a cada um e, enquanto o faz, segura entre as suas as mãos daquele que recebeu a sua porção, obrigando esses pobres a jurar que não voltarão para Cornélio" (Eusébio de Cesareia, História Eclesiástica, VI 43,18).

C Cipriano de Cartago (morto em 258), também é testemunho desta prática. Segundo ele, o fiél, depois de ter recebido o pão sobre a palma da mão aberta, devia fechá-la, reabrindo-a apenas quando, de novo no seu lugar, consumisse a eucaristia.

No Egipto, o bispo Dionísio (morto em 264) diz: " Eu não podia atrever-me a rebatizar alguém que há tanto tempo escutava a oração eucaristica e respondia amén juntamente com os fiéis, se aproximava da mesa e estendida as mãos para receber o alimento sagrado, aceitava o pão e provava o Corpo e sangue do senhor" .

A mesma tradição está presente em S. basilio (morto em 379), e o Concílio de Saragoça (380) concordam com o de S. gegório de Nazianzo (morto em 379), ao afirmar: "É a mão que leva o alimento à boca...; com ela oferecemos e recebemos o Corpo celeste" (Conf. S. Ambrósio, Exameron, 6, 9, 69; A. Bugnini, Noticiae (1973) 290-291.

S João Crisóstomo (morto em 407): "Diz-me: foste com as mãos por lavar à Eucaristia? penso que não. Prefetriste antes não ir, do que fazê-lo com as mãos sujas... Tu que prestas atenção a coisa assim insignificante, com ousas aproximar-te e receber a Eucaristia com a alma impura? Com as mãos seguras o Corpo do Senhor só, por breves momentos, ao paso que na alma Ele permanece para sempre" (S João Crisóstomo, Homilia 3, 4).

Teodoro de Mopsuéstia (morto em 428): "Cada um estende a mão direita para receber a Eucaristia que lhe é dada, colocando por debaixo a esquerda" ( Teodoro de Mopsuéstia, Sermão 6).

A partir so séc IV começou a se difundir aquilo que, conforme OmegaStar já disse, era uma prática existente: a de comungar na boca.

Mas esta prática só ganha força de obrigação disciplinar no Pontifical Romano-Germânico (Cãnone 2), em 950.

Com tantos testemunhos sobre a comunhão na mão, e algumns sobre a comunhão na boca, facilmente podemos concluir que não estamos, nem de longe, nem de perto, perante um dogma, mas perante disposições disciplinares.
Se fosse dogma, teriamos de concluir que muitos santos teriam sido hereges na sua vida cristã, e isso é impensável.

Comungar na mão ou na boca é aspecto discilinar, não dogmático. Mas, quer numa, quer noutra, conserva-se o carácter imutável de que a mesma Eucaristia seja distribuida.

Trento... Trento é uma cidade bonita!
Mas no grande Concílio de Trento, dogma é uma coisa, e disposição disciplinar é outra.
Nunca recusei Trento, nem a Igreja pode recusar o dogma de Trento.
Por isso, prefiro continuar fiel às normas disciplinares do Vaticano II, como obediente que sou, e fiel ao dogma de Trento, posto que ambos de modo algum se excluem.

Citação:
OmegaStar
Igreja enquanto sacramento, ora carissimo, não existe Igreja enquanto sacramento.
Pois sacramento somente são sete, nem mais, nem menos.

844. Cân. 1. Se alguém disser que os sacramentos da Nova Lei não foram todos instituídos por Jesus Cristo Nosso Senhor, ou que são mais ou menos que sete, a saber: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema-Unção, Ordem e Matrimônio; ou que algum destes sete não é verdadeira e propriamente sacramento - seja excomungado.


Deveria conhecer melhor o dogma da fé, infalível e esquecer o Vaticano II


sacramento! Sinal sensivel de uma realidade invisivel.
Se a Igreja é presença de Cristo (presença sensivel), ela é, na sua totalidade, sacramento. Desta sua caracteristica cristológica/pneumatológica, que a torna sinal da presença e acção de Cristo no nosso tempo, ela é verdadeiro sacramento. Nem pode ser dito de outro modo, tendo em atenção que, conforme a Escritura, somos povo sacerdotal, pois possuimos as primicias do Espírito.
Desta sacramentalidade (carácter genérico) procedem os 7 sacramentos, com as suas peculiaridades em ordem à salvação. Estes sacramentos não existem sem a Igreja como sacramento, nem a Igreja como sacramento existe sem estes 7 sacramentos.

De qualquer modo obrigado pela sugestão de aprender catequese dogmática.
Quanto a si, sugiro-lhe, com profunda caridade, que preste mais atenção à distinção entre normas disciplinares e dogmas de Fé.

Quajnto ao resto, desculpe, mas eu não vou discutir Concílios.
Já o direito canónico de 1917 obriga à adesão ao Concílio, seja ele dogmático ou não.
O Magistério não dogmáico também é obrigatório.
Mas diz-me OmegaStar:

Citação:
OmegaStar
Obviamente, também pretende ignorar um concilio infalivel para se ater à própria opinião pessoal, que é somente vossa, mas não infalivel... e sequer dogmática

Há aqui um aspeco curioso.
Não é realmente uma opinião pessoal julgar que tudo o que é escrito em Trento é dogmático?
De onde torou essa conclusão? Da Igreja? Não, por certo.
Pos, cuidado com as opiniões pessoais, pois a sua é tão (ou mais, bem mais) pessoal que a minha.

Um abraço fraterno

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: OmegaStar (IP registado)
Data: 23 de March de 2010 18:06

Citação:
Rui Vieira
Se a Igreja é presença de Cristo (presença sensivel), ela é, na sua totalidade, sacramento. Desta sua caracteristica cristológica/pneumatológica, que a torna sinal da presença e acção de Cristo no nosso tempo, ela é verdadeiro sacramento.

A Igreja não é unicamente presença sensível de Cristo, embora sendo corpo de Cristo, necessáriamente seja presença sensível ou então não seria corpo.

(I Coríntios 12,27)
Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um, de sua parte, é um dos seus membros.

A Igreja é corpo de Cristo cuja cabeça é Cristo mesmo.

Mas não é um corpo sacramental, pois não se imola a Igreja como sacrificio propriciatório a Deus como no sacrifício incruento da Eucaristia.

Esta Igreja não é santificada pelo sacerdote "in persona Christi" para o perdão dos pecados, mas sim que ministra o sacramento da Eucaristia para o perdão dos pecados.

Portanto não é verdadeiro sacramento dos quais não provém outros sete sacramentos, nem em caráter genérico, nem em caráter particular, ou então teríamos oito sacramentos, 1 de caráter genérico que nunca existiu, e 7 de caráter particular.

É então natural que , o sr., discorde com o que foi dogmaticamente sancionado, ficando em condição de anátema perante as leis canônicas.


844. Cân. 1. Se alguém disser que os sacramentos da Nova Lei não foram todos instituídos por Jesus Cristo Nosso Senhor, ou que são mais ou menos que sete, a saber: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema-Unção, Ordem e Matrimônio; ou que algum destes sete não é verdadeira e propriamente sacramento - seja excomungado.


Se o sr. esta acorde com isto ou não, isto, não entra no mérito da questão, já que o sr. nos afirma que >>> "Não é realmente uma opinião pessoal julgar que tudo o que é escrito em Trento é dogmático?"

Não julgo o que não é de minha alçada julgar, mas entendemos que um Concílio INFALÍVEL, necessariamente é dogmático por isto se anuncia em alto e bom som na ata da assembléia que:



782. Este sacrossanto Concílio Ecumênico e Geral de Trento, legitimamente reunido no Espírito Santo, presidindo-o os três legados da Sé Apostólica, tendo em vista a importância das coisas a serem tratadas, principalmente daquelas que estão contidas nestes dois pontos: a de extirpar as heresias e a de reformar os costumes, motivo principal de estar reunido, julgou seu dever professar, com as mesmas palavras segundo as quais é lido em todas as igrejas, o Símbolo de Fé usado pela Santa Igreja Romana como princípio em que devem concordar <<todos>> os que professam a fé cristã e como fundamento firme e único contra o qual jamais prevalecerão as portas do inferno (Mt 16, 18).

Mas é evidente que com isto o sr. não concorda, embora, também não discorde taxativamente, e, não professando o que todos devem professar por meio da fé cristã e católica como firme e único fundamento... a conclusão é mais que lógica.


Todavia, sobre o Concilio Vaticano II e suas conseqüências.

Paulo VI a 7 de Dezembro de 1968:

" A igreja atravessa, hoje, um momento de inquietação. Alguns se exercem na auto crítica, dir-se-ia que até na auto demolição. É como se houvesse um revolvimento interior agudo e complexo, que ninguém teria esperado depois do Concílio. Pensava-se que haveria um florescimento, uma expansão serena dos conceitos amadurecidos na grande assembléia conciliar. Existe também esse aspeto na Igreja, existe o florescimento, mas... nota-se mais ainda o aspeto doloroso. A Igreja é golpeada também por quem faz parte dela".



Outro discurso:


" Por alguma brecha a fumaça de Satanás entrou no templo de Deus: existe a dúvida, a incerteza, a problemática, a inquietação, o confronto. Não se tem mais confiança na Igreja; põe-se confiança no primeiro profeta profano que nos vem falar em algum jornal ou em algum movimento social, para recorrer a ele pedindo-lhe se ele tem a fórmula da verdadeira vida. E não advertimos, em vez disso, sermos nós os donos e os mestres [dessa fórmula]. Entrou a dúvida nas nossas consciências, e entrou pelas janelas que deviam em vez disso, serem abertas à luz...". " Também na Igreja reina este estado de incerteza. Acreditava-se que, depois do Concílio, viria um dia de sol para a história da Igreja. Em vez disso, veio um dia de nuvens, de tempestade, de escuridão, de busca, de incerteza. Pregamos o ecumenismo, e nos distanciamos sempre mais dos outros. Procuramos cavar abismos em vez de aterrá-los. Como aconteceu isso ? Confiamo-vos um Nosso Pensamento: houve a intervenção de um poder adverso. Seu nome é o Diabo" (Paulo VI, Discurso em 29 de Junho de 1972)


Absolutamente, esta é a realidade que hoje presenciamos...


Felicidades


OmegaStar



Editado 1 vezes. Última edição em 23/03/2010 18:15 por OmegaStar.

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 25 de March de 2010 12:10

Caro OmegaStar.

Quem é que lhe disse que os Concílios declaram dogmas?
Nenum Concíli0, por si, declara dogmas.
Podem ocorrer declarações de dogmas nos concílios (por exemplo no Vaticano I), mas não é o concílio que declara dogmas.
Os dogmas são declarados pelo Sumo Pontifice em duas condições: ou sozinho (ex-catedra), ou no contexto do concílio. O Concílio, por si, não declara dogmas, nem pode.
Só ao Romano Pontifice foi entregue o múnus de confirmar os irmãos na fé.

Mas por que é que se podem charmar concílios dogmáticos a alguns concílios?

Simplesmente porque, durante o mesmo, o Pontífice Romano declara algum dogma, ou porque o concílio tratou de matéria dogmática.

Trento não formulou nenhum dogma. Isso só existe na sua cabeça. Trento tratou de matéria dogmática, melhor, reafirmou-a contra os protestantes.

Desta sorte, quando julga que há concílios infaliveis, julga mal.
Os concílios têm um carácter normativo, não infalivel.

A infalibilidade é o Pontífice que a garante, com formula própria, sozinho ou reunido no concílio.

Em Trento, o meu caro não encontra em parte alguma a declaração de novos dogmas.
Encontra normas sobre os mesmos, normas essas reformáveis, sem que se reforme o dogma, porque este é irreformável

Quanto à questão da sacramentalidade da Igreja, se ela não é sacramento, então também não pode ser sinal sensivel de Cristo.

A Igreja não é santificada pelo sacerdote?
A Ordem existe para a Igreja (para garantir a acção in persona Christi capitis), e existe pela Igreja.

Quanto a certos discursos de Paulo VI, inclusive este sobre a "fumaça de satanás", eu tenhi esse discurso num livro cujo autor é Paulo Vi, e nada me leva a pensar no concílio, mas sim em algumas mentes que, dominadas por certo espírito rebelde, fazem satanás entrar em acção no seio da Igreja.

Conforme já referi na última mensagem, as suas posições são pessoalissímas.
Ninguem o habilitou a ser intérprete do Supremo Magistério eclesiástico, especialmente no que concerne a lhe atribuir a qualificação ou valor doutrinal.
As suas posições são resultado de deduções suas sobre a doutrina da Igreja, são opiniões pessoais suas sobre o que deveria a Igreja ser; mas não é o meu caro que tem competência para isso.

Portanto, de tão obediente que pretende ser, tornou-se rebelde, cismático, pois recusa a autoridade da Igreja, expressa de modo solene, embora não irreformável, no Concílio Vaticano II.

Eu já me começo a repetir, sinal de que esgotei o diálogo consigo.
Depois de si, vou responder à autora deste tópico sobre a questão levantada,e vou abandonar o acompanhamento do tópico, pois não me é útil nem necessário continuar a acompanhar.

Estou certo que os meus colegas do forum, qualificados que são, lhe farão o favro de analisar a suas proposições.

Continue certo, caro OmegaStar, que pelo menos une-nos o batismo.

Por isso, consigo rezo: Emitte lucem tuam et veritátem tuam; ipsa me deduxérunt, et adduxérunt in montem santum tuum, et in tabernácula tua.
Et introibo ad altáre Dei: ad Deum qui laetificat juventútem meam.
Amen.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 25 de March de 2010 12:15

D. Maria da Costa.

Expús a sua questão junto de fonte da Conferência Episcopal.

como não estamos no Brasil (não me esqueci de si, Lucas), em Portugal, a conferência episcopal diz que só é permitido receber a comunhão de joelhos nas comunidades religiosas ou nas paróquias onde tal seja praxe habitual.

Se na sua paróquia não for hábito esse procedimento, não pode comungar de joelhos.

Da minha parte, está encerrada a minha intervenção neste tópico.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 25 de March de 2010 13:21

Caro Rui,

Quero dar-lhe os meus parabéns e fazer votos que continue muito tempo por aqui para todos os habituais leitores do Paróquias, possam usufruir de textos tão pedagógicos como estes 2 últimos.

Assim vale a pena!

Em comunhão

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: OmegaStar (IP registado)
Data: 25 de March de 2010 15:37

Concílios infalíveis ou declaram dogmas ou os reafirmam tal é o que vemos nas palavras anunciadas, motivo do mesmo concílio.

...extirpar as heresias e a de reformar os costumes

Qual a novidade?

Que seja o Papa falando ex-cathedra que o anuncia, isto também não é novidade, talvez o seja para quem a desconheça; que venha este concílio a definir dogmas ou confirmar os já existentes, nada aduz que possa lhe corroborar.

Que a Igreja não seja Sacramento é o que fica provado; que não seja o sacerdote a santificar a Igreja (pois éla é santa e santificadora e não depende da santificação sacerdotal) isto é mais de que obvio.

Pois Cristo derramou seu sangue por esta Igreja... "...para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. (Efésios 5,27)

Logo, ou esta Igreja é santa e não depende de nenhuma santificação sacerdotal, ou depende de santificação sacerdotal (e fica em oposição à palavra divina) como afirmas, em forma de questionamento singular >>> A Igreja não é santificada pelo sacerdote?

Ela não é santificada para se tornar alguma espécie de "...como que sacramento" pois existem sete sacramentos como fica evidente, e não podes provar o contrário! A unica Santificação possivel é sobre o conjunto arquitetonico, o altar e tudo o que acompanha o sacrificio da missa, mas nenhum sacerdote santifica a Igreja, já que a Igreja recebe a santifiação de Cristo, uma vez que a santificação procede do Corpo de Cristo em virtude de Seu sangue como afirma a mesma biblia, palavra do Senhor.

É Santa e irrepreensível em virtude deste sacrificio, e será por todos os séculos Amém!


Mas, temos ainda que: ou um concilio é infalivel ou não é infalível

Pois não havendo concílios onde o Papa se pronuncia infalivelmente, então não existe concilio infalível, ou um concilio é infalível ou não é (mais uma vez), independente de qualquer outra condição; ainda que o munus pontifical garanta a infabilidade do Papa como aquele que "confirma seus irmãos", é o Concilio infalivel por extenção, em virtude do Papa anunciar infalivelmente uma verdade de fé ou reformular o dogma já existente, extendendo o dogma ou o anátema, ou ambos, conforme seja a necessidade.

Mas o sr. pretende que o Papa seja infalível e que o Concílio de Trento não o seja em virtude somente de reafirmar o dogma ja existente... lamentável.

O que é "sacro e santo = sacrossanto concílio" é imutavel, como deves entender.

Bem sr. Rui, creio que busca razões pretendendo se justificar e até afirma >>> Continue certo..., isto é um contra senso, pois quem esta certo é o dogma anunciado infalivemente pelo Papa, mas como o sr. nao encontra meios plausiveis de justificar sua própria causa nos deixa a desejar.

O sr. parece ter descido um pouco pelo fato de não conseguir subsidios pessoais válidos, o que nos parece lamentável, pois se não me conheces, não pode dizer o que não sabes sobre mim pretendendo de alguma forma garantir sua opinião; e não creio que o conheça...

Talvez possas estar certo, talvez não, embora o fato seja irrelevante à vossa causa pessoal, pois opiniões não são dogmas e vice-versa,e, posto que estamos falando de dogmas caracterizado com anátema, fica por conta do leitor e de sua opinião, pois sua chamada é evidente à conclamação de pareceres.

Obviamente que a si é desnecessário continuar na peleja, pois fica caracterizado sua posição doutrinária, embora aparentemente, em virtude de um possível ecumentismo o sr tenha "esgotado um possivel diálogo", coisa que não faço quando o tema é dogma.

Só o diálogo poderia solapar a verdade deixando o dogma por conta de um possível ecumenismo dialogante, cheio de "verdades"; não é verdade?

Embora a verdade seja, necessariamente, uma, unica, una, verdade,

Se alguém pude quebrar o dogma e sustentar o anátema, é o direito de cada um...

De minha parte, sobre este assunto dogmático, encerro por aqui...

Quanto à eucaristia de pé é evidente que o Codigo de Direito Canonico em seu capitulo IV, dá o direito a alguém, de exigir a comunhão de joelhos se assim o desejar:


Direito Canonico



A Sagrada Comunhão


90. «Os fiéis comungam de joelhos ou de pé, segundo a determinação da Conferência Episcopal» com o reconhecimento da Sé Apostólica. «Quando, porém, comungam de pé, recomenda-se que, antes de receber o Sacramento, façam a devida reverência, estabelecida pelas mesmas normas» [176].

91. Na distribuição da Sagrada Comunhão deve recordar-se que «os ministros sagrados não podem negar os sacramentos àqueles que oportunamente os pedirem, se estiverem devidamente dispostos e pelo direito não se encontrarem impedidos de os receber» [177]. Portanto, qualquer católico baptizado que não esteja impedido pelo direito deve ser admitido à Sagrada Comunhão. Por isso, não é lícito negar a um fiel a Sagrada Comunhão, pela simples razão, por exemplo, [b]de querer receber a Eucaristia de joelhos ou de pé.[/b]



Se não é licito negar a sagrada eucaristia por nenhum dos dois motivos alegados, significa que existe uma grave interpretação, por quem direito não tem!!!


Exija seus direitos Dnª Maria, faça um abaixo assinado (se encontrar outros que desejam o mesmo) escreva ao bispo, ao Vaticano, é seu direito exigir o que lhe é de lei.

Imprima o Direito Canônico e o apresente ao padre que se nega a lhe conferir o sacramento.


Felicidades.




OmegaStar

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: OmegaStar (IP registado)
Data: 25 de March de 2010 21:34

Uma pequena observação se faz necessária.


Se o sr. afirma >>> Portanto, de tão obediente que pretende ser, tornou-se rebelde, cismático...

E logo depois pode afirmar>>> ...que pelo menos une-nos o batismo

Das duas, uma: ou o sr. se uniu a um cismatico que é sua afirmação e defesa de seu raciocinio ao dizer que me tornei cismático e rebelde, mas que está unido a mim pelo batismo; ou o sr me uniu a si pelo batismo, como algum possivel defensor dogmatico que talvez pudesse ser, coisa que o sr. não é...


Felicidades.


OmegaStar

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 26 de March de 2010 10:59

Ora aí está: umm juizo infalivel de um leigo infalivel, que de tanto infalivel que é (ou julga que é), vê e classifica dogmas, onde eles não existem; vê e classifica heresia onde nada há de herege.

Não preciso que me ensine teologia dogmática. Conheço-a. E, desta sorte, sei distinguir dogma, do resto.

Mas quanto a si, se acha que eu sou não dogmático, olhe... paciência!

Fique bem.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 26 de March de 2010 11:04

Já agora, caro "dogmático" OmegaStar, aqui o "herege" Rui vai ficar à espera que nos cite Trento, nalguma parte onde os textos do mesmo digam: "Definimos como dogma de Fé Católica e Apostólica..."

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: OmegaStar (IP registado)
Data: 26 de March de 2010 16:42

O sr não necessita se justificar sr Rui, o que fica provado é o suficiente.


Todos podemos entender que sua tática ecumenica não lhe rendeu frutos contra o que é infalível ao não ter meios de sustentar o que de si é insustentável!!!

O que o sr. pensa conhecer não compete à consciência alheia, mas o que o sr. profere em vista do que pensa conhecer, isto faz toda a diferença

Pois queremos crer que necessariamente é o herege* que se justifica perante Deus por meio da Igreja, assumindo a própria heresia, assim não fora, talvez todos os fieis necessitariam se justificar perante os hereges e explicar-lhes porque são fiéis ao dogma.

Se o sr pode seguramente refutar ao que fica sacramentado desde sempre ou não pode...

Isto, já é outra história; pois também o que penso conhecer, seguindo o que acima foi dito, não lhe compete, senão enquanto anuncia-se um dogma sacramentado, fruto de um sacrossanto concílio, imutável e infalível...


O resto é o que sobrar.



* A definição de quem é o herege parte de si, pois sua classificação sobre mim é de>>> ...rebelde, cismático... dentro de seu primeiro parecer mas acabou me promovendo para >>> ..."dogmático" com ressalva, e, só faltaram as palmas do auditório, embora herege seja, obviamente, uma condição natural de quem assume o anátema de excomunhão sancionado por lei.

Existe algum motivo para o sr se preocupar com algum ser? Creio que não, por qual motivo o sr. se eleva contra um? Mas, agradeço penhoradamente vossa caridade "fraterna" para comigo, embora como já lhe disse uma vez, o sr não me conheçe e sua opinião sobre quem sou não está em apreciação, uma vez que usas um subterfúgio invulgar para um coração sincero ou ao menos que se pretenda passar por tal, pois se o sr julga precipitadamente a quem desconhece, corre um sério risco de ser vexado, e ainda ter que vos rebaixar a quem seja menos que vós.

Mas o sr afirma que só, e somente só, o Concílio de Trento "seria infalível" se trouxesse afixado em sua ata ou em alguma parte de seu corpo canônico o seguinte parecer infalível, pelo qual entenderíamos com segura certeza do que se trata afinal, o que seja um infalível concílio:

>>> "Definimos como dogma de Fé Católica e Apostólica..."

Para que somente então, seja aceito por todos os fiéis como concílio infalível; bem o sr é livre para demonstrar a sua tese, e, se não o faz... sua tese é o que afirma -)> "TESE" <(-

Mas, e a condição que obriga a TODOS OS FIEIS, a proclamar sempre o que foi proclamado (?) e com o qual ...devem concordar <<todos>>, não lhe diz nada?

E o que o mesmo concílio reza em seus parágrafos finais(?), a saber:


994. Eu N. creio firmemente e confesso tudo o que contém o Símbolo da fé usado pela Santa Igreja Romana, a saber: Creio em um só Deus, Pai Onipotente, [etc. como no n° 782].

1000. Da mesma forma aceito e confesso indubitavelmente tudo o mais que foi determinado, definido e declarado pelos sagrados cânones, pelos Concílios Ecumênicos, especialmente pelo santo Concílio Tridentino...

É só pra ingles ver; correto?

E assim sua profissão de fé se torna falível... como qualquer outra, também falível!

OmegaStar

Em tempo. O sr. parece não assumir alguma posição definida dentro de duas opções distintas. Se bem que não podemos entender o motivo, isto nos fornece uma evidência que parece presumir não haver união reciproca atravéz do batismo, negando o que antes afirmara e contrariando ao que diz >>> ...que pelo menos une-nos o batismo, pelo menos não de forma absoluta, embora relativamente, talvez... afinal, dentro do ecumenismo cabe tudo o que nos une.

especialmente pelo santo Concílio Tridentino...

ÉD+
.

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 26 de March de 2010 18:06

O meu caro argumenta, procurando defender o dogma pelo dogma.
É um discurso aceitável.

Mas o problema e dificuldade do seu discurso é que o meu caro, tomando uma interpretação pessoalíssima de Trento, entende o mesmo como infalivel.

Como "perito" em dogma que é, deveria conhecer o dogma da infalibilidade pontificia. Esta não é produto do concílio.
Quanto à expressão "sacrossanto concílio", ela aparece também no Concílio Vaticano II. Aparece nele, e não foi infalivel, nem dogmático.

Aquilo que o senhor chama de infalivel em Trento, nunca foi entendido como infalivel, pois Trento nunca produziu nenhum novo dogma.
Mas o meu caro procura disfarçar a insuficiência da sua doutrinação, procurando encostar ao meu discurso questões de ecumenismo.
De ecumenico não tenho nada, sabia? Não gosto muito de misturas!

Mas a questão é simples. Tento nada produziu de dogmático.
Quando algo é dito como sendo dogma, tal se entende perfeitamente no texto: "definimos como dogma..."

Não fiz de si nenhum alvo.
O objecto da minha reflexão, em união com o Magistério, é um: o seu discurso. O meu caro chama dogma ao que não é dogma; o meu caro recusa o vaticano II por achar que este viola dogmas.
Mas a questão é simples. Não viola dogma algum. O meu caro não me disse onde é que o Vat II viola dogmas em Trento...
Será que viola "dogmas" de ritual liturgico?
Como podem os rituis liturgicos serem dogmas, depois de tantos séculos de mutações até ao séc XVI?? Inconcebivel.

Acusa-me de especulações pessoais em relação aos dogmas! Como será isso?
Tomar posições particulares em relação a dogma, não será antes entender como dogma, o que nunca foi dito como tal? Certamente (e aqui reside o seu problema), nunca foi a Igreja que lhe disse que Trento foi dogmático. É uma leitura sua, particular.

No fundo, e perante a argumentação que lhe apresentei, limitou-se a repetir o mesmo, por um ou outro modo: Trento é infalivel, sem mais considerações!!

O meu caro, tentando defender um suposto dogma em Trento, recorre às expressões que obrigam todos os fiéis à obediência ao Concílio. Mas onde é que está o extraordinário disto? Em lado nenhum.

Que Trento diga da sua observância obrigatória, de extraordinário não tem nada.
Todo o magistério não dogmático é também obrigatório, tem força de lei.
Mas Trento não produziu dogmas novos. Nunca diz que define como dogma isto ou aquilo. Quando se define um dogma, o texto da definição afirma que É dogma.
Entre dizer que é dogma, e dizer que é de obediência, vai uma grande distância.
De facto, dizer que um documento do Magistério é de carácter obrigatório, não faz dele um dogma, não o torna infalivel.
Também o Vaticano II se diz como obrigatório, e com força de lei.

Por mais que tente dar voltas, isto está mais que visto.
Os concílio são normativos.
A suposição que que Trento tenha sido dogmático é isso mesmo: mera suposição, destituida de base.

Quanto à questão que tem procurado polemizar aceca da minha expressão "une-nos o batismo", e de uma fraternidade que o meu caro insinua falsa, o meu caro é digno de pensar o que quizer. Isso não me perturba.

Posições definidas? Acha que não ando definido?
Está errado. Ando bem definido. O problema é que a minha definição não é igual à sua.

Justificar?
Justificar de quê??
Não se trata de me justificar. Trata-se de defender a ortodoxia católica, que está a ser deturpada.

A afirmação de que Trento seja dogmático é falsa, é mentira.
E, perante a mentira, só se deve procurar corrigir.

Sou obrigado a aderir ao Magistério não infalivel, enquanto este se mantenha, ou não seja reformado ou ab-rogado.
Simples.

Por isso, não percebo esse ar inquisitorial, que deixa transparecer nos seus textos.

No fundo, aquilo que eu vejo na sua argumentação, segue por uma linha de pensamento simples: o meu caro julga (juizo particular) que Trento foi dogmático; com base nesse pressuposto (destituido de base), o que saia dos cânones de Trento é heresia.
É isto que designa por argumentação?
O meu caro vive uma especulação. Acredita que Trento foi infalivel.
Mas essa crença não tem base.
Fora não ter base, nem se poderia admitir.
Porquê?
Simples!
Se Trento fosse infalivel, nessa perspectiva todos os outros o seriam, pois todos usam formulas que obrigam os fiéis.
Se assim fosse, como poderia um concílio reformar outro, conforme aconteceu na história da Igreja??

É por isto que não sinto necessidade de me justificar.
É inconcebivel!!
Apenas isso.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: OmegaStar (IP registado)
Data: 26 de March de 2010 22:23

O sr. me diz que:

Rui>>>O meu caro argumenta, procurando defender o dogma pelo dogma.
É um discurso aceitável.


Naturalmente um discurso aceitável, embora o sr se engane redondamente, pois um dogma não necessita de defesa, pois para isto é dogma proclamado para toda a Igreja e sob o qual pesam anátemas para quem os violar, já que: verdade divina a ser crida por todo o fiel; pois a verdade divina não necessita ser defendida mas sim anunciada por quem de direito e crida por todos os fiéis; quem neles crêem (nos dogmas), crêem na verdade infalível que todos os homens devem crer, quem neles não crêem, estão sob o anátema prescrito e que foram proclamados no dogma no qual não se creu ou então que se violou de alguma forma.

Logo, sua conclusão é falsa, pois não se defende o dogma pelo dogma; o dogma a si mesmo se defende pois é palavra de Deus anunciada pelo Espirito Divino.

Conceito nada salutar nos anuncia nesta doutrina.


Rui >>>Mas o problema e dificuldade do seu discurso é que o meu caro, tomando uma interpretação pessoalíssima de Trento, entende o mesmo como infalível.

Como "perito" em dogma que é, deveria conhecer o dogma da infalibilidade pontificia. Esta não é produto do concílio.



Necessariamente se este concílio não é infalível, ele então é falível.

Assim sendo, a profissão de fé que se faz sobre ele, anunciado na Ata da assembléia e jurada pelo fiel, é também falível, afinal, "eu sou falível e não poderia jurar solenemente manter e guardar inalterado o símbolo da fé" a qual creio ser falível como o mesmo concílio o é, não posso por conseguinte, jurar sob este concílio como somos obrigados a faze-lo para proclamar a verdade católica; por conseguinte ainda, também não poderia estar em anátema ao contrariar o que foi dogmaticamente definido e anatematizado, pois não posso jurar de maneira infalível que o dogma proclamado não seja infalível (sequer posso garantir que seja dogma, Deus me valha por tal pensar), mas sim que este concílio e qualquer possível dogma seja falível, como qualquer outro enunciado; correto?


É seu direito fixar-se naquilo que bem entender, posto que ecumenicamente falando, o dogma nada seja, mas apenas a expressão de uma visão pessoal falível com a qual não se necessita concordar de forma absoluta, e que é a conclusão de seu enunciado, já que é o sr que decreta o que seja infalível e não o concilio, dai então é obvio que nenhum concílio anterior seria infalível (pois que não podemos precisar vosso parecer que é obrigado a jurar e nem sabe o porque) tendo até, iluminado pelo Espirito divino, fixado para toda a Igreja, como, um dogma se torna dogma, e como este deva ser proclamado.

Ou juramos por algo infalível, ou tornamos Deus mentiroso.

É exatamente isto que o sr., grande na teologia dogamtica, garante e conclui seguramente em seu parecer.


O sr. só deu voltas sob uma retórica vazia, que nada traz de católica.

E embora a infalibiblidade proceda do munus apostólico conferido a Pedro por meio de Cristo através do Espírito, esta infalibilidade foi solenemente anunciada em concílio, pois do contrário, o sr. tavez afirmasse que o Papa também fosse falível em matéria de fé e moral.

O sr. não justifica o dogma e nega ao anátema prescrito no dogma... mas claro, o concílio não é dogmatico e não sendo dogmático não é infalível, como todos podem compreender, nem mesmo sendo necessário a confissão de fé com juramento solene que o sr. torna relativa ao seu entender; é obvio que o sr. falseia a verdade e pretende pelo excesso de vosso saber, definir o que seja a concepção de dogma e anátema e infalibilidade, talvez devêssemos nos sujeitar à vossa doxologia teológica e ecumenica.

Pois é o sr. que determina como o magistério indefectivo da Igreja deve se expressar através do Espirito Santo para que seja válido o que seguramente é o que define seu parecer de infalibiblidade dogmática ou não, como norma para todos os fiéis.


Rui>>> Se Trento fosse infalivel, nessa perspectiva todos os outros o seriam, pois todos usam formulas que obrigam os fiéis.


Bem, parece que o sr descobriu o inefável, quem lhe revelou?

Ou o sr está feliz por não ter nenhuma obrigação dogmatica, pois é obvio que o sr. não vê alguma obrigação em qualquer concilio (ao menos é o sentido que nos passa), segundo seu parecer.

A verdade obriga, pois sendo UMA, UNICA, UNA, não pode ser modificada, eternamente.

Mas a mentira ecumenica está de plantão, e não faz questão que não garantir somente o que "nos une", sem se importar com mais nada, nem mesmo com a verdade, pois esta mesma verdade nada impõe, nem mesmo garante que a mesma verdade não possa ser alterada de alguma forma, mas somente propõe e se não estiver conforme o concílio destinado a satisfazer os sentidos...


De ortodoxia como a vossa, livrai-nos Senhor...

Pois jurando por algo falível (segundo o que nos permite entender), tornou DEUS MENTIROSO, ainda que não o tenha jurado, mas que esteja OBRIGADO a assentir com tal juramento, que seguramente afirma ser falível.

Nada salutar e de fato demoniaco.



Profissão de fé

(Da Bula de Pio IV "Iniunctum nobis" de 13 de Novembro de 1564)

994. Eu N. creio firmemente e confesso tudo o que contém o Símbolo da fé usado pela Santa Igreja Romana, a saber: Creio em um só Deus, Pai Onipotente, [etc. como no n° 782].
995. Aceito e abraço firmemente as tradições apostólicas e eclesiásticas, bem como as demais observâncias e constituições da mesma Igreja. Admito também a Sagrada Escritura naquele sentido em que é interpretada pela Santa Madre Igreja, a quem pertence julgar sobre o verdadeiro sentido e interpretação das Sagradas Escrituras. E jamais aceitá-la-ei e interpretá-la-ei senão conforme o consenso unânime dos Padres.
996. Confesso também que são sete os verdadeiros e próprios sacramentos da Nova Lei, instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo, embora nem todos para cada um necessários, porém para a salvação do gênero humano. São eles: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema-Unção, Ordem e Matrimonio, os quais conferem a graça; mas não sem sacrilégio se fará a reiteração do Batismo, da Confirmação e da Ordem. Da mesma forma aceito e admito os ritos da Igreja Católica recebidos e aprovados para a administração solene de todos os supracitados sacramentos. Abraço e recebo tudo o que foi definido e declarado no Concílio Tridentino sobre o pecado original e a justificação.
997. Confesso outrossim que na Missa se oferece a Deus um sacrifício verdadeiro, próprio e propiciatório pelos vivos e defuntos, e que no santo sacramento da Eucaristia estão verdadeira, real e substancialmente o Corpo e o Sangue com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, operando-se a conversão de toda a substância do pão no corpo, e de toda a substância do vinho no sangue; conversão esta chamada pela Igreja de transubstanciação. Confesso também que sob uma só espécie se recebe o Cristo todo inteiro e como verdadeiro sacramento.
998. Sustento sempre que há um purgatório, e que as almas aí retidas podem ser socorridas pelos sufrágios dos fiéis; que os Santos, que reinam com Cristo, também devem ser invocados; que eles oferecem suas orações por nós, e que suas relíquias devem ser veneradas. Firmemente declaro que se devem ter e conservar as imagens de Cristo, da sempre Virgem Mãe de Deus, como também as dos outros Santos, e a eles se deve honra e veneração. Sustento que o poder de conceder indulgências foi deixado por Cristo à Igreja, e que o seu uso é muito salutar para os fiéis cristãos.
999. Reconheço a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, como Mestra e Mãe de todas as Igrejas. Prometo e Juro prestar verdadeira obediência ao Romano Pontífice, Sucessor de S. Pedro, príncipe dos Apóstolos e Vigário de Jesus Cristo.
1000. Da mesma forma aceito e confesso indubitavelmente tudo o mais que foi determinado, definido e declarado pelos sagrados cânones, pelos Concílios Ecumênicos, especialmente pelo santo Concílio Tridentino (e pelo Concílio Ecumênico do Vaticano I, principalmente no que se refere ao Primado do Romano Pontífice e ao Magistério infalível). Condeno ao mesmo tempo, rejeito e anatematizo as doutrinas contrárias e todas as heresias condenadas, rejeitadas e anatematizadas pela Igreja. Eu mesmo, N., prometo e juro com o auxílio de Deus conservar e professar íntegra e imaculada até ao fim de minha vida esta verdadeira fé católica, fora da qual não pode haver salvação, e que agora livremente professo. E quanto em mim estiver, cuidarei que seja mantida, ensinada e pregada a meus súditos ou àqueles, cujo cuidado por ofício me foi confiado. Que para isto me ajudem Deus e estes santos Evangelhos!

Esta não é vossa profissão...


Quando a Igreja Católica atravéz do Papa ou de um Concílio aprovado solenemente pelo Papa proclama um ensinamento ex-cathedra, sobre a fé ou a moral, este ensinamento é infalível, e os fieis tem obrigação absoluta de aceita-lo como infalível, como sendo proclamado por Deus, em virtude das chaves de Pedro ligar ou desligar ao céu, e não sendo crido de forma infalível recaem em anátema eterno se não se corrigirem, pelo motivo de assumirem uma heresia, sendo excomungados.

Quando a Igreja ensina o que sempre ensinou, sobre fé ou moral para todos os fiéis, ainda que seja atravéz do Magistério ordinário, este ensinamente é infalível, e deve ser crido de forma infalível, aceito como por meio do Espírito Santo que fala atravéz deste Magistério a todos os fieis.

Todavia, quando o ensinamento do Magistério Ordinário é apresentado de modo não infalível, mas como doutrina certa, ou quase certa, deve-se ser aceito como uma fé Eclesiástica.

Mas quando o ensinamento é meramente pastoral, ele nada obriga ou impõe, apenas recomenda.

O Concílio Pastoral Vaticano II foi proposto e jamais imposto, por este motivo nem mesmo pertence ao Magistério Ordinário, mesmo falível, pois uma proposta está dispensada de ser observada por qualquer fiel.



Se alguém segue seu parecer, não poderá chegar muito longe...




Papa Bento XVI?

Não ao Vaticano II "superdogma"!


“Muitos comentários dão a impressão de que tudo mudou desde o Vaticano II e que tudo aquilo que o precedeu não tem nenhum valor ou, no melhor dos casos, não pode ter valor se não for à luz do Vaticano II... Muitos, aliás, o interpretam como se ele fosse um ‘superdogma’ que tira toda a importância de todo o resto.

Esta impressão se encontra particularmente reforçada pelos fatos que se produzem com freqüência. Aquilo que era considerado anteriormente como o mais sagrado -a forma transmitida pela liturgia-, aparece de repente como aquilo que está mais proibido e como a única coisa que deve ser certamente deixada de lado. Nós não toleramos nenhuma crítica das coisas operadas desde o concílio; entretanto, onde estão em jogo as antigas regras ou as grandes verdades de fé- por exemplo a virgindade corporal de Maria, a ressurreição corporal de Jesus, a imortalidade da alma etc.- não reagimos ou bem o fazemos com moderação extrema.”

Cardeal Ratzinger discurso de 13/07/88 à conferencia episcopal do Chile.


OmegaStar

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: OmegaStar (IP registado)
Data: 26 de March de 2010 23:17

Rui>>> Também o Vaticano II se diz como obrigatório, e com força de lei.



Bom se é para rir, é muito hilário.


Prove se puder!!!

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