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Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 01:12


Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 01:15

Rectifico o lapso -- no de 2002 houve cinco mortes ( do ano 2005 ainda não há estatísticas globais, como é óbvio) de mulheres como consequência de aborto clandestino. )

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 01:59

Gostava de um esclarecimento.
Uma mulher mata um homem, sem ser em legitima defesa. Era seu vizinho e estava farto dele. Fez uma Interrupção voluntária de vizinhança portanto. Por ser mulher não pode ser condenada?
Agradeço respostas.

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 09:24

Com muita amizade meu Caro Moises e como diz a canção: "Deixa-me rir, esta história não é tua..."

Mas no futebol uma entrada intencional e por de traz à canela do adversário como recentemente a do Peti, leva um sumaríssimo, repito por isso: "Deixa-me rir, esta história não é nossa..."

Fica esclarecido que uma gravidez de 9 semanas interrompida voluntáriamente pode continuar dentro de ... (x) tempo pois depois disso pode continuar e levar a um parto de termo...
O GRAVE É que isso não é verdade e o "puto" vai ser cremado ou sem dugnidade cano a baixo pois é aí e essa a sua compenhia...

Já agora como o Moisés alguém também me pode esclarecer...

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 09:53

Por falar em cremação ou ir "cano abaixo", gostaria de saber se a Igreja católica faz funerAIS católicos a embriões com menos de quatro cm....

É cá uma dúvida que tenho.
Qual o ritual católico quanto aos restos dos abortos espontãneos nessas circunstãncias ( menos de 10 semanas) ?
Baptizam-se in extremis?
Funeral com missa de corpo presente? Campa no cemitério local?
Velório?
A família veste-se de luto?
Aplicam-se aqui as normas de santo Agostinho a propósito da existência de alama?

"Já agora como o Moisés alguém também me pode esclarecer..."


Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 10:16


Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 10:56

Abortar, Sim ou não, é uma questão de consciência
em que se ponderam a dignidade e os valores.

Que dignidade? Que valores?
Os da mulher ou os das crianças, o ideal serão os de ambas.

Respeitar e ser respeitada.
Respeitar a vida gerada (desejada ou acidental)

Ser respeitada como mulher no que faz e no que decide

Dever e direito no seu mais perfeito equilíbrio são os valores, princípios e regras
para haver dignidade da pessoa humana da concepção à morte natural.

Concepção que deve ser prova da paternidade responsável, da maternidade assumida e da afectividade madura.

Quem ama não aborta, quem aborta não pode amar?

Pela vida, pela família, pela mulher, pelo concebido e pelo nascituro

No referendo decide pelo voto no NÃO.



*******************

Nunca vi um morto agradado com o tipo de velório ou de enterro, nem queixar-se da terra ou da cremação, vejo sim os defuntos serem recordados e chorados na revolta de quem tem o sentimento da perda e da saudade, ou o digno e belo respeito de tornar quem morre eternamente presente na recordação e na memória da sua obra e do que foi em vida.

Sobre as igrejas, respondam as Igrejas

Sobre os sentimentos e afectos digo-vos que serão lágrimas de amor as que se choram no aborto espontâneo e por incompatibilidade em se desenvolver, mas não sei se haverá lágrimas por aquele ser do mesmo tempo de desenvolvimento e maturação, com saúde e vida que se quer e pede para se eliminar e ditar fora cremado ou apenas pelo cano.

Mais esclarecimentos não me peça CP, pois sou eu que, se poder dar, lhos agradeço

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 10:58

Desculpe mas
o que é que pede para eu provar?

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 10:59


Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 11:09

Houve mudança extremamente positiva:


A acessibilidade á contracepção de emergência ou pílula do dia seguinte.
Uma medida concreta na prevenção do aborto - porque é esta a questão essencial mas que contou com a oposição de alguns, que se dizem pró- vida ...

Mas as mulheres sim, concordam

[www.mulheresemaccao.org]ílula%20«do%20dia%20seguinte»%20vence%20a%20educação

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: Mónica (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 11:45


Bom Dia,

Isto está aquecido e infelizmente, eu não consigo ficar de parte neste assunto, pois também me aquece a mim.

1. O aborto acho que depende de outras coisas. É assim, se uma mulher tem sexo inconsciente, então se engravidar só se pode culpar a si própria e assumir o seu cargo.
2. Uma mulher, que esteja a passar fome, e que por acaso engravida, mas sabe que nunca conseguirá suportar ter uma criança, então gente, acho que sim que deve abortar. 3. Acho engraçado que se um homem tem um desliza é logo perdoado, uma mulher não. Neste caso, ela engravida, e depois de ter a criança não tem quem a ajudar.

4. Nota importante: Vocês sabiam que uma mulher tendo um filho não pode apontar um dedo e dizer, aquele é o pai, façam o teste de paternidade. É proibida de fazer isso na lei portuguesa. Engraçado não é? Eu sei isto como sendo um facto! Verifiquem e façam algo para alterar esta situação.

5. As mulheres tem ajuda, já sei que me vão dizer isso, mas vou vos dizer que são poucas, e quem acaba por sofrer são as crianças. Sempre as crianças. E por mais que a igreja faça, ninguem mais faz e não tira a fome, a tristeza dessas crianças.
6. Sendo uma melhor equilibrada, ninguem me venha dizer que ela não ama. Ninguem ama um filho como uma mãe e isto inclui o embrião.
7. É giro também que são mais os homens a defender o embrião. Se formos ver estatisticas: são os homens que mais abandonam os filhos, são os homens que assim que sabem que a namorada está grávida fogem a sete pés, são os homens que mais fogem aos seus rebentos. Não me venham dizer que estão a trabalhar para sustentar a familia e nós todos estamos a par disto.
8. Sugiro o seguinte: mudem a mentalidade masculina que as senhoras iram atrás. Sim, porque se uma mulher "REALMENTE" tiver opção ela escolherá o filho que carrega.

Beijokas

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 12:31

Amiga Mónica:

1 - Concordo contigo. O essencial é a prevenção destas situações.

A liberdade, a possibilidade de opção por uma gravidez desejada través de um Palneamento Familiar e a autodeterminação sexual livre e responsável são direitos humanos fundamentais.

Mas o "aborto", não é um "direito da mulher" que se possa esgrimir como argumento válido.A interrupção de uma gravidez é sempre uma circunstância terrível.

“Aliás, ninguém é “”a favor do aborto, a começar pelas mulheres que a ele têm de recorrer para pôr fim a uma gravidez indesejada e a acabar pelos que defendem a sua despenalização . 0 aborto é sempre um mal, sobretudo para quem o pratica, e isso basta para impedir a sua banalização .

Dizer "sim" à despenalização não é incompatível com a sua condenação sob o ponto de vista religioso ou moral (ou outro). Há muitas coisas que são reprováveis e que não são criminalizadas, ou deixaram de o ser há muito (como o adultério, a prostituição, o alcoolismo). “

2 - Por outro lado, todos sabemos que é pura demagogia e pura manipulação equiparar uma interrupção da gravidez antes das 10 semanas ou á realização da mesma numa fase mais tardia da gravidez. E que é muito diferente do infanticídio ou do homicídio.

Todos sabemos isso.

Por isso é que tenho a certeza de que TODOS os foristas conhecem pelo menos um caso de mulheres que abortaram.

Todos vocês conhecem pelo menos uma mulher que cometeu um aborto. E que fizeram? Foram a correr, horrorizados, fazer a denùncia á PJ???

Exigiram a sua prisão imediata?

Não, não fizream isso. Isso faz de vocês “abortófilos”???

SE tivessem conhecimento de um verdadeiro homicídio ou infanticídio seria essa a vossa reacção?? Não, não era.

Deixemo-nos então de falácias ou hipocrisias.

A questão em discussão é outra:

Será que a penalização tem um efeito dissuasor? Esta lei penal - que ninguém quer ver aplicada , sobretudo os que a dizem defender, é eficaz? Diminui o número de abortos?


Diz-me Mónica, concordas ou não que as mulheres que interrompam a gravidez até às

dez semanas sejam condenadas a três anos de prisão?

Abraços

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: Mónica (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 13:19


Cara Catolicapraticante,

Em resposta à tua pergunta: É complicado. Mais uma vez digo, depende da situação.

Planeamento familiar em termos da igreja é bastante diferente do que aquele que está a falar. Em muitos aspectos concordo com a igreja. Nota: em muitos aspectos.

Se uma mulher tem sexo liberal, e não se preocupar com amor e/ou protecção e depois encontra-se grávida - a questão é diferente não é? Em primeiro lugar, qualquer mulher, tem que saber o que é bastante óbvio - se não tomar cuidado, engravida!

Todos nós sabemos isto. Se é descuidada, bem, cada um colhe o que semeia. Porque no caso acima referido, é com este ou aquele, sem preocupação. E uma mulher que tenha relações sem preocupação é uma mulher que obviamente já tem em mente um aborto ou coisa do género.

Agora, um casal que namora e é um namoro sério, mas não tem condições nenhumas para ter um filho, tem relações obviamente. Neste caso, imagine que por exemplo, ela estava a tomar a pilula e mudou e não teve efeito, a camisinha rompeu-se, e/ou até seguiram os ensinamentos da igreja no que diz respeito ao controlo da natalidade, mas não acertaram e pronto. Ai é diferente, ai não concordo que ela deva ir para a prisão.

Imagine o mesmo senário, ela engravida e diz ao namorado e este mete o rabo entre as pernas e pisga-se. Então não, não acho que ela deva ir para a prisão.

Acho aliás, muito errado.

Sim, a penalização é dissuadora. Nisso concordo, no entanto...
Liberalizar também não sei se é a coisa certa, pois acredite catolicapraticante, que há mais mulheres desleixadas por ai, do que mulheres apaixonadas a tentar fazer a coisa certa.
Acredite que há mais crianças a practicar sexo livre do que há crianças responsáveis que acreditem no amor. Sexo é livre, e aliás, nos dias de hoje, e-se mal visto se não se practicar não é verdade. Quantas crianças não fazem abortos? Os pais concordam, porque não estão para sustentar os filhos dos filhos.

O mundo seria tão diferente se houvesse amor.

Sobre as primeiras mulheres que referi acima, algumas das quais estão-se completamente nas tintas. Digo-lhe também, sortuda a criança que não a teve como mãe.

Acho que todos os casos tem que ser analisados. Tudo tem que ser analisado à volta de cada caso.

Agora vou entrar nas mulheres que são violadas. Obrigá-las a ter aquela criança. Se alguem disser que sim, bem, não sei onde têm a cabeça e vou ser um pouco femininista, mas com certeza só um homem dirá uma coisa dessas. Quem é que vai amar essa criança. Quem é que lhe vai dizer quem era o pai.

Eu acredito sim, que os bébés antes de nascerem sentem, mas não na fase inicial.

Vejo abrirem instituições para ajudar, mas depois as mesmas não poderem ajudar ninguem que precisa pois não há fundos, não há voluntários, pois depois destas pessoas as abrirem, esquecem-se de que estão lá até o assunto voltar à vaila.

É um assunto muito complicado. Uma coisa tenho a certeza. Todos tem uma opinião sobre ele, e quem está envolvido está a tentar ajudar e fazer o que está certo.

A minha pergunta é: o que está certo?
Qual é a opinião que conta?
E porquê que é essa opinião que está correcta?

Beijos e boa sorte neste assunto

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 13:25

Obrigada Mónica, gostei muito da tua opinião. Afinal, todos aqui no Fórum somos como tu - ninguém tem a resposta definitiva face a uma questão tão complexa , apenas buscamos o que nos parece ser a melhor escolha, com as nossas limitações e as nossas dúvidas.
Beijos.

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 13:25


Tantos casais que gostariam de ter um filho e outros matam-os? Matar filhos é cultura?

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 13:34

A hipocrisia política de referendar o aborto

Despenalizar o crime Nunca!
Para além dos valores que pessoal e profissionalmente aqui assumo.
Para além dos valores que pela moral e pelo ideal de vida Cristã que procuro praticar.
Para além daquilo em que acredito e que defino como sendo que SÓ DEUS É O SENHOR DA VIDA E DA MORTE.

Só escrevo o que se segue, (e pode ser repetição de outras intervenções minhas) perante uma realidade política actual e a consciência de viver numa sociedade sem os valores da cultura da vida, da Civilização Cristã, que nos caracterizam como seres com história e que se podem orgulhar na Dignidade Humana.

Compreendo o drama da gravidez não desejada, mas não o aborto, ou por outras palavras a Interrupção Voluntária da Gravidez, que são Crimes e, não aceito despenalizar o que é crime.

Poderei encontrar atenuantes para as penas que deve sofrer quem o pede e quem os pratica, mas nunca para aceitar a despenalização e descriminalização da IVG/ABORTO.

O aborto só aparece perante a necessidade real de parar uma gravidez não desejada, se dela sabemos que vai nascer um filho, (um ser vivo único, por ser diferente dos irmãos – mesmo dos mesmos pais - e irrepetível). Nenhuma outra relação dos mesmos progenitores o repetiria.
O aborto só aparece se um “casal” tiver uma aventura, extraconjugal ou não, e houver um "descuido" .
Um facto é a realidade.

O aborto poderá “ser aparentemente livre", se até se poder ir a Espanha ou a Londres e fazer “a coisa” com toda a limpeza.

Por favor, chega de hipocrisias!

A hipocrisia não é de quem está contra o aborto.
Quer é, quem é contra o aborto, que estes não se façam.
Quer é, quem é contra o aborto, quem é pela vida humana da concepção à morte natural, pedir também para que se não atirem pedras a quem é obrigada (não o faz por gosto ou então seria masoquista) a fazê-lo?!
Quer é, quem é contra o aborto que, como 216000 pedimos na petição apresentda na AR se faça política pela vida. * ver comentários anteriores.

Todos conhecemos a realidade.
Mesmo as esposas dos Grunhos (independente e até mesmo com respeito aos valores morais delas) porque não usam de um meio de controlo da natalidade proposto pelo médico obstetra ou ginecologista ou mesmo os clínicos gerais da valência da saúde materna que existem na maioria dos Centros de Saúde?
Não entro em conta com aspectos éticos ou morais, dadas as hipóteses em análise nem quero entrar com outras que seriam as minhas propostas e considerações pessoais.

Contudo, sem entrar nos princípios e valores pessoais e morais de cada casal/família, e em particular de cada mulher, pode dizer-se que:
- tomar uma pílula anovulatória, usar um DIU com vigilância (Atenção que também pode ser um meio de abortar), usar o preservativo - até por causa das doenças de transmissão sexual - tudo poderá estar ao alcance de qualquer mulher com vida sexual activa e que não quer ou não pode engravidar.

A pilula do dia seguinte é que nunca!
Só recorre a ela, quem tem por objectivo abortar, por temer ter engravidado.
Logo esta é usada intencionalmente para abortar e nunca para previnir a gravidez.

É de inteira e exclusiva responsabilidade de que quem tiver ou teimar em correo o risco “dos acidentes” ou viva as tais aventuras, (extra conjugal, pré-matrimonial ou outra), ou na pior das hipóteses for causador dos dramas de violência sexual, mesmo em meio conjugal, o dever de assumir a responsabilidade pessoal dos actos que realizaram, fizeram ou praticaram, e então assumir consciente as consequências de ter feito o que livre opcional e conscientemente fizeram.

Excluo aqui a realidade das violações para as quais a Lei tem resposta.

A hipocrisia não está do lado de quem defende a vida e é contra o aborto.
Hipocrisia é atribuir aqui culpas aos outros – os que não levaram o casal para a cama, os que não os despiram e os que não aconselharam a praticar ou “fazer” o acto sexual e a dele tirarem e gozarem o prazer e satisfação sem prevenção, quer puramente aventureiro quer sem preverem ter de assumir a responsabilidade dos naturais acidentes e das suas naturais consequências.

Que se não atirem pedras só aos que desesperados recorrem a esta solução, não estou de acordo pois ela envolve tirar a vida a quem foi gerado por vivos e só vais ser drama se viver e pelo parto vier a fazer parte da vida dos vivos.

Que se exija a responsabilidade de quem faz as leis isso sim, pois que não cumprem o dever político e social de procurarem apresentar as soluções sociais, culturais, económicas e outras para porem termo a estas situações.
Pobres, sempre os teremos e não despenalizamos o roubo. Criminosos sempre os teremos e não os descriminalizamos.

Estou 100% de acordo, é para que se chamem a assumirem as suas responsabilidades em primeiro lugar os intervenientes dos actos sexuais para as situações da gravidez acidental e indesejada (logo a concepção de um ser que ao nascer é tão humano como os seus progenitores).

Fiquem sob a alçada da lei também os que não realizam o dever de promover o ensino da educação da sexualidade humana, do planeamento familiar e da saúde materno infantil, que deveriam orientar e apoiar estas pessoas para não voltarem a reviver situações semelhantes.

Quanto aos Grunhos ou machões acabaremos com eles quando logo que se dê educação para o respeito e a responsabilidade, e já agora e também a cada mulher que assuma a sua genitalidade e sexualidade não para o prazer fácil mas para a plena satisfação realizadora da sua felicidade psíquica e física com a consciência de viver nestes actos a consciência e a responsabilidade da possibilidade de neles se envolver a natural hipóteses – mesmo com controlo da natalidade de haver lugar a uma maternidade/paternidade do ser que gerarem.




Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 13:37

Católicapraticante, deixa-me colocar-te uma pergunta (que não é um argumento, mas mesmo uma pergunta): quais são os casos que não estão ainda previstos na lei em que achas que deveria ser legalmente permitido o aborto? Já agora, eis a lei em vigor (espero não me ter enganado):

Lei 6/84 (Exclusão de ilicitude em alguns casos de interrupção voluntária da gravidez)
O art. 140 e 141 do Código Penal passam a ter a seguinte redacção:
Artigo 140 (Exclusão de ilicitude do aborto)
1. Não é punível o aborto efectuado por médico, ou sob a sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida quando, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina:
2. Constitua o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida;
- Se mostre indicado para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida, e seja realizado nas primeiras 12 semanas de gravidez;
- Haja seguros motivos para prever que o nascituro venha a sofrer, de forma incurável, de grave doença ou malformação, e seja realizado nas primeiras 16 semanas de gravidez;
- Haja sérios indícios de que a gravidez resultou de violação da mulher, e seja realizado nas primeiras 12 semanas de gravidez.
- A verificação das circunstâncias que excluem a ilicitude do aborto deve ser certificada em atestado médico, escrito e assinado antes da intervenção por médico diferente daquele por quem, ou sob cuja direcção, o aborto é realizado.
3. A verificação da circunstância referida na alínea d) do n.º 1 depende ainda da existência de participação criminal da violação.
Artigo 141 (Consentimento)
1. O consentimento da mulher grávida para a prática do aborto deve ser prestado, de modo inequívoco, em documento por ela assinado ou assinado a seu rogo, nos termos da lei, com a antecedência mínima de 3 dias relativamente a data da interção.
2. Quando a efectivação do aborto se revista de urgência, designadamente nos casos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo anterior, é dispensada a observância do prazo previsto no número anterior, podendo igualmente dispensar-se o consentimento da mulher grávida se ela não estiver em condições de o prestar e for razoavelmente de presumir que em condições normais o prestaria, devendo, em qualquer dos casos, a menção de tais circunstancias constar de atestado médico.
3. No caso de a mulher grávida ser menor de 16 anos, ou inimputável, o consentimento, conforme os casos, deve ser prestado respectiva e sucessivamente pelo marido capaz não separado, pelo representante legal, por ascendente ou descendente capaz e, na sua falta, por quaisquer parentes da linha colateral.
4. Na falta das pessoas referidas no número anterior e quando a efectivação do aborto se revista de urgência, deve o medico decidir em consciência em face da situação, socorrendo-se, sempre que possível, do parecer de outro ou outros médicos, devendo, em qualquer dos casos, a menção de tais circunstancias constar de atestado médico.

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 14:05

Amigo Zé:

A lei que referiste já sofreu algumas alterações ( quanto aos prazos de malformações fetais)

Refiro-em a todas as outras situações não contempladas pela lei ou por uma interpretação extensiva desta ( como a que existe em Espanha), nomeadamente aquelas em que exista "lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida", mas que não seja essa lesão não seja propriamente irreversível, como é exigida na actual legislação.

Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 14:16

Discordo, mas compreendo. Não vou discutir esses casos porque mais vale a pena concordar desde já que discordamos. Assim, sigo para aquilo em que talvez possamos concordar. Às vezes mais vale a pena começar por aí, não é? ;)

Uma questão diferente, então: relativamente a casos em que o problema seja a mulher não estar preparada para ter um filho ou não haja condições económicas, achas que também se deve despenalizar o aborto? Nestes casos eu discordo radicalmente. Eu defendo que se a mulher não está preparada para ter o filho, que o dê para adopção. Quando não há condições económicas, a culpa é do Estado. Este, em vez de mudar a lei, deve atacar essas situações e impedir que elas existam, protegendo mais as mulheres grávidas. Era mais um bocadito a aumentar o défice, mas valia a pena (até economicamente, porque estamos necessitados de rejuvenescer a população, hehe). Despenalizar o aborto nesses casos serviria para desresponsabilizar o Estado à custa do direito (acho que digo bem...) de qualquer mulher a poder criar um filho em condições.

Um abraço,


Re: "Uma cultura de Vida"
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 07 de October de 2005 14:35

Católica,

Eu compreendo as tuas razões.
É, de facto, triste, que muitas mulheres continuem a morrer por abortar. Mas ver isso apenas do ponto de vista superficial do "abortou, coitadinha, vamos lá dar-lhe melhores condições para o fazer" se bem que válido, não deixa de pecar por não ir à raíz do problema: "abortou, coitadinha, vamos lá saber por que razão o fez para que não torne a fazê-lo".
Ora, é isto que falta empenho em saber, para erradicar, as razões que levam uma mulher a abortar.
Mas, aí, entram a terreiro os pretensos defensores das mulheres a dizer "Não julguem! Quem nunca pecou que atire a primeira pedra!". E não deixa de ser curioso que, tão adeptos desta frase de Cristo, lhe omitam a grande conclusão: "Vai, e não tornes a pecar!"...isso, já não lhes interessa. E porquê? É, de longe, mais fácil promover o aborto como um direito, que procurar que as mulheres evitem fazê-lo.
A teoria do "faço do meu corpo o que quero" deixa antever que algumas mulheres consideram, de facto, o aborto de ânimo leve. Caso contrário, nunca publicitariam esta frase nas suas barrigas, como se quisessem ver-se livres de um cancro ou coisa que o valha!
É uma vida, intrinsecamente sabêmo-lo, não vale a pena dourar a pílula e dizer simplesmente que é uma "não-vida" - argumento perfeito para "calar" a consciência do mal que se está a fazer, tornando-o em algo "menos mau".
É mau. É horrível.
E defendê-lo como "direito a amar um filho" é de uma hipocrisia cruel, pois todos sabemos que não há amor maior que dar vida e dar a vida. Custa, é certo, mas também o bebé não tem culpa.

Quem deveria ir para a cadeia não eram, de facto, as mulheres que abortam, mas sim os que arduamente trabalham para lhes atribuir o aborto como um direito, fazendo-as crer que estão em condições de optar por aquilo que não se opta: o direito a viver.


Anna e Sara

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