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Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 00:54

invocar os castrati e a mutilação genital feminina parece-me desadequado para falar da influencia da religiosidade no comportamente sexual.

os castrati sempre foram uma pratica condenada pela igreja. aliás o ocidente cristão foi talvez a zona do globo, pelo menos entre as zonas civilizacionalmente mais desenvolvidas com menor recurso aos castrati.

Na china, no mundo islamico, mesmo no antigo imperio bizantino o recurso aos castrati, principalmente para ocuparem cargos de governo era enorme. Isto para evitar que um governante que se torna-se muito poderoso viesse a fazer concorrencia ao rei e acaba-se por passar o seu cargo e o seu poder a um filho. a oposição da igreja à mutilação genital, à castração, manteve essa pratica em niveis residuais na europa ocidental.

A mutilação genital feminina pelo que tenho lido está mais ligada a tradições etnicas que religiosas muçulmanas. Existe é certo uma confusão das populações islamicas que praticam essa mutilação que muitas vezes julgam tratar-se de uma pratica religiosa, mas nessas zonas é frequente pessoas de outras religiões executem a excisão.

Além disso existe uma forte ligação entre a religiosidade e niveis inferiores de promiscuidade sexual:

[www.heritage.org]

quanto ao sucesso ou insucesso dos ditos programas é algo que me escapa, tenho visto referencias nos 2 sentidos e nunca me debrucei sobre o assunto. Se tiver alguma referencia isenta agradeço.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 01:04

Não é nada adequado - são exemplos concreto de práticas /valores sexuais determinados por conceitos religiosos.

Quanto à validade de programas de educação sexual "abstinence only" ( Programas religiosos/panfletários por oposição a programas baseados em conhecimentos científicos) eis os resultados:

[www.washingtonpost.com]

[www.advocatesforyouth.org]


Vale sobretudo a pena ver este estudo:

[www.democrats.reform.house.gov]

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 01:07

Não tem directamente a ver com religião. Mas vale a pena não fazer afirmações demasiado contundentes como "os castrati sempre foram uma pratica condenada pela igreja".

Retirado daqui:

In 1599 the Papal choir in Rome officially admitted its first two castrati, Pietro Folignati and Girolamo Rosini, although the choir probably had undeclared castrati in its ranks before this date. Pope Clement VIII was so enamoured of the vocal style that he eventually replaced all the traditional Spanish falsettos (male singers with naturally high voices) with castrati.

The Church was generally ambivalent to the presence of castrati, however Clement VIII eventually authorised castration only ad gloriam Dei, "for the Glory of God". In spite of the fact that castrati were being welcomed to sing in religious settings, people known to castrate children were excommunicated.

Se é facto que "the church condemned the practice, it availed itself of the product. One reader writes, "To avoid the sanction of the church, this responsible would say that a boy had been castrated by accident or as a result of a hernia. The person performing the surgey could be excommunicate by the church. Still one estimate suggests that 3,000-5,000 little boys were castrated in Italy annually over two centuries. One report indicated that the castrati sang in the Sistine Chapel from 1588 till 1903 and had a main role in the choir. The Church was the last institution to use such singers: recordings exist of one of the Sistine Chapel's last castrati, Alessandro Moreschi, who died in 1922.

One author reports that emasculated men "driven long ago from the stage by public opinion remained the musical glory and the moral shame of the Papal choir till the accession of Pope Leo XIII". [...] The practice was completely banned in the Papal States in 1870, with the last surviving castrato, Alessandro Moreschi, having undergone the surgery around 1865. From thereafter, the practice was universally condemned and was gradually forgotten until the present day when the subject has once again inspired public interest. Even so, in the year 1900 there were still 16 castrati singing in the churches, including in the Sistine Chapel Choir. In 1903 Pope Pius X formally banned adult male sopranos from the Vatican. A recording exists of a castrato singing, made in 1902.

De facto, proibia e excomungava... mas a sério?

Abraço fraterno

Miguel

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 01:32

os castrati só por ignorancia podem ser considerados resultado de praticas relacionadas com conceitos religiosos.
A religião no ocidente opunham-se fortemente aos castrati.
Talvez por isso enquanto existiam muitos no imperio bizantino, no mundo islamico, na china a europa cristã não tinha praticamente castrati.


Mesmo a mutilação genital feminina é inapropriadamente ligada a preceitos religiosos e seria mais adequadamente ligada a preceitos etnicos.

Desculpe-me mas estudos ligados a partidos politicos não têm garantias de isenção. Se eu fosse consultar um estudo do PSD ou do PCP sobre a do governo PS em determinada area o resultado seria sempre negativo. Os outros sites tambem não são modelos de isenção nem de rigor.

Fica a informação de que alguns desses programas tinham erros cientificos o que é de lamentavel. Mas também li severas criticas da comissão nomeada pelo governo portugues para avaliar a educação sexual promovida pela APF. O abuso não serve para justificar uma proibição do uso, os erros de alguns programas, de alguns grupos, ou simplesmente de alguns professores, não invalidam que se possa fazer um justo uso desses meios.

No entanto o que eu queria mesmo, e não vi ainda, era conhecer algum estudo feito com rigor e isenção sobre os resultados praticos, a influencia no comportamento e suas consequencias, desses e doutros programas concorrentes. No entanto não defendo que o estado deva ficar limitado a esse tipo de programas mas simplesmente que devem existir vários opções e que devia competir aos pais, dentro do rigor cientifico, o tipo de educação sexual que os seus filhos podem e devem ter.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 01:41

1)"A religião no ocidente opunham-se fortemente aos castrati"

Estás a brincar não?


2)" Mas também li severas criticas da comissão nomeada pelo governo portugues para avaliar a educação sexual promovida pela APF. "


Onde????????????????????????????????????????????????????????????????????????????

3) è melhor leres os estuddos que te aponstei. são bastante isentos e alargados. Metodologicamente consistentes.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 01:47

1) não estou. Basta comparar com as situações noutras civilizações para as diferenças se tornarem claras e olhe que não nos são desfavoraveis.

2) No expresso. Não sei se ainda tenho esse jornal guardado (duvido) mas posso ir confirmar, e noutro dia, se ainda o tiver posso digitalizar essa noticia e posta-la aqui.

3) O do jornal não é propriamente um estudo, os outros 2 parecem-me tão isentos como o PCP a comentar das medidas do PS.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 02:11

1) Os castrati, cantores de ópera com os testículos removidos antes da puberdade para conservar o timbre agudo da voz, surgiram no século XVI, quando as mulheres foram banidas do palco e proibidas de cantar ópera, por decreto papal.

[www.filomusica.com]

E novamente, a voz do último castrati cantor do Coro da capela sistina :

[bombyx-mori2.blogspot.com]

Impressionante, não é?

Não vejo qual a supremacia civilizacional…
Em suma , a aplicação estrita de critérios religiosos ( católicos) ás condutas sexuais e estéticas humanas conduziu aos … castrati..

2) Aconselho-o a ler o relatório directamente.

3) Só porque um estudo tem resultados com os quais não concorda isso não significa que não seja um estudo válido e consistente.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 02:15

rmcf, a CP tinha dito:

uma visão "religiosa" do comportamento sexual e da educação sexual não tem dado bons resultados. Basta pensar nos castrati

ora os castrati no ocidente cristão não resultavam de nenhuma visão religiosa da sexualidade. A igreja excomungava quem castrava um menino. Os castrati resultavam sim do culto de Mamom, o deus-dinheiro, da ganancia. Que nesses tempos era grande e nos dias de hoje não é menor.

Não duma perspectiva religiosa da sexualidade.

O seu uso... ah! os argumentos que as pessoas inventam quando são juizes em causa propria...

e a arte religiosa. Por causa dela, do prazer da arte, do seu culto, quanto prejuizo a Igreja de Cristo sofreu. Basta pensar nas divisões que surgiram directamente causadas por causa da construção de uma igreja.

O culto da arte também pode ser uma idolatria, mesmo quando tem por suposta finalidade honrar melhor a Deus. Lembra-me as passagens dos profetas "os vossos sacrificios não me agradam, os vossos holocaustos são detestaveis aos meus olhos"

Não tem nada a ver com o tema, seria outro topico, sobre a rte cristã, o seu uso e abusos mas é um desabafo.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 02:22

Continuas a brincar....com coisas sérias...

A Igreja excomungava quem castrava e ao mesmo tempo arrebanhava os castratii pra cantar na capela cristina e encantar os ouvidos eclesiais... Aliás a função dos castarti era essa memso....

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 04:12

CP

E quais os conselhos que tu lhe deste?

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 09:55

só uma profunda má vontade pode levar alguem a pensar que uma pratica que estava punida com a excomunhão é resultado de uma aplicação de criterios religiosos.

segundo diz aqui:

[www.sescsp.org.br]

E na tentativa de preservar a voz para alcançar notas agudas - que em tese são mais fáceis de serem atingidas pelas mulheres -, os meninos eram castrados antes da puberdade. Surgia assim, o castrato, cuja tradição foi iniciada na Espanha, onde os responsáveis pela música vocal, impressionados com as vozes dos eunucos árabes, resolveram aplicar a técnica aos seus cantores mirins.

Na europa foi apareceram tardiamente e em numero menor que noutras civilizações. E a motivação foi não o culto de Deus (motivação religiosa) mas a idolatria da arte e do dinheiro.

Noutras civilizações para além de servirem para guardar os harens era frequente muitos lugares da administração publica estarem reservados aos eunucos. Aliás era frequente ser esta a principal função dos eunucos.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 10:35

Eu não disse que os castrati, na Europa moderna, resultaram de práticas intrinsecamente religiosas. Nisso concordo com o Camilo. De qualquer modo, isso também não acontecia no Império Bizantino. Os outros casos, não sei.

Apenas procurei mostrar que, apesar das proibições, a Igreja tolerava e aproveitava essa prática para o culto religioso. Mas não havia um castramento religioso propriamente dito, como acto cultual.

Abraço fraterno,

Miguel

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 11:37

Vejamos - a necessidade de castratis no canto - particularmente na òpera resultou directamente da Proibição papal das mulheres cantarem em Palco.

Tratou-se de uma proibição religiosa, do Vaticano , que afastou definitivamente as mulheres sopranos da música e e do canto...

Foi por isso mesmo e, para superar esta carência que, apartir do século XVI surgiram os castrati na Òpera e muito particularmente na Música SAcra.

O Famoso Coro da Capela Sistina era composto por meninos e homens castrados... Já que o Vaticano proibia o canto ás mulheres.


Ora cá está um exemplo paradigmático de uma castração motivada por questões religiosas relacionadas com papèis de género a que estão subjacentes um conjunto de valores sobre a sexualidade feminina..


E simbolicamente, este horível "episódio religioso" , pode ser assim interpretado -

os que calam as vozes das mulheres, castram os homens.

Pensem nisto, neste momento em que o mundo se debate com a ameaça global do fundamentalimo religioso.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 15:40

inclusive com o fundamentalismo ateu e o fundamentalismo anticlerical que também é uma forma de fundamentalismo religioso. Basta ver o que se passa na China e noutros paises oficialmente ateus.

CP, parece-me errado afirmar que subjacente a tal pratica era motivada por razões religiosas. O que era motivado por razões religiosas era a proibição das mulheres cantarem nas igrejas. A castração era motivada por ganancia e culto do prazer da arte.
Mesmo a proibição das mulheres cantarem nas igrejas parece mais ligada ao papel da mulher na sociedade que imediatamente a valores sobre a sexualidade feminina.

Afirmar que os que calam as vozes das mulheres, castram os homens parece-me um exagero obcessivo. Não eram os clerigos que castravam os meninos.

Não era só na europa catolica que as mulheres estavam limitadas socialmente. No tempo de Shakespeare as mulheres não representavam, os papeis feminino eram representados por homens. Nesse tempo já a igreja anglicana estava separada da catolica.
Não me consta que fossem castrados homens para representar esses papeis.

No japão a variedade de teatro tipica mente japonesa conhecida como Kabuki apenas permite que os homens a representem. Estes fazem os papeis masculinos e femininos. E não havia motivação religiosa para as mulheres estarem proibidas de representar. Também não consta que os homens fossem castrados para o representar.


rmcf, no imperio bizantino os eunucos serviam na maquina administrativa do estado.

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 21:16

" O fundamentalismo ateu e o fundamentalismo anticlerical que também é uma forma de fundamentalismo religioso"

ESta é mesmo fantástica!

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de February de 2006 21:19

Como pode o fundamentalismo ateu ser uma forma de fundamentalismo religioso?

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: huguenote (IP registado)
Data: 16 de February de 2006 11:01

Gostava de partilhar uma coisa! A Igreja está a pagar pela sua ganância...pelo não controlo do poder...etc... Mas ela tem evoluido... Não fiquemos só no passado, temos que olhar p o presente e futuro! Tudo tem a sua lógica dentro de um contexto!:-p Dentro da época e da história!Não podemo-nos esquecer disso!:-p

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: Bruno PMS (IP registado)
Data: 20 de February de 2006 14:48

Gostaria de voltar um pouco atrás no assunto, visto que não tenho tido tempo para ler/comentar as mensagens que foram surgindo.

Primeiro queria desmanchar um equívoco. A CP, na sua mensagem de 13 de Fevereiro disse:
"Inúmeros ( centenas e centenas) de estudos laboratoriais demonstram que o Virus do HIV não consegue atravessar a barreira de látex se o preservativo estiver intacto.

Claro que há riscos associados a uma eventual ruptura ou a a uma má técnica no uso do preservativo. Mas mesmo assim o preservativo oferece uma eficácia muitíssimo elevada na protecção das DSTs e é mesmo o único método com eficácia na prevenção da Sida."

Quando eu perguntei pq dizia que a minha afirmação era falsa julguei que se estava a referir ao facto de o VIH ser menor em tamanho do que os espermatozóides. Lapso meu, peço desculpa. De facto não pretendo por em causa a eficácia do preservativo, que como muito bem disse, é, a melhor protecção contra as DSTs - acrescento eu: excepto em relação à abstinência. Mas ainda assim não é 100% eficaz, e lá diz o ditado: tantas vezes o cântaro vai à fonte... já conhecem o resto.

Num casal em que um dos cônjugues é portador do vírus, só vejo mesmo duas soluções: ou abstinência ou preservativo. Até aqui tudo bem.
Fora disso a abstinência é obviamente o melhor método.

Em 15 de Fevereiro a CP disse "De facto a maior parte dos milhões de infectados são casados que não usaram preservativos nos contacto sexuais.Sobretudo as mulheres. Milhões delas foram infectadas pelos maridos."
Acho que se deve fazer aqui uma pergunta: como é que os maridos foram infectados? Com certeza não foi pelas mulheres. Talvez por serem infiéis?? Fica a pergunta, que acho que também pode responder ao comentário que refere o "desastre dos programas religiosos abstinence only e nas suas dramática simplicações pra a saúde das populações alvo".
Que problemas de saúde podem surgir graças à abstinência sexual? Creio mais que a libertinagem sexual e a infidelidade é que são um problema. E nesse caso sim, se não se fizer uso do preservativo podem surgir problemas, obviamente. O único problema que eu vejo que pode surgir nos referidos programas é o não respeito pela abstinência. Creio que ninguém porá em causa que as DSTs não se propagam sem contacto sexual.

Outro assunto (embora relacionado) que não posso deixar de comentar prende-se com o método sintotérmico. A CP põe em causa a eficácia do método sintotérmico e, para prová-lo, dá-me o exemplo de um casal seu conhecido que seguiu o método e não obteve bons resultados.
Cara CP, se por haver um (ou alguns) casos em que um método falhe se considerar que o método é ineficiente, então onde está a eficácia da pílula e do preservativo? Com certeza não faltam casos em que esses métodos falharam.
O método sintotérmico é infalível, repito, para um casal que o siga responsavelmente e com CONHECIMENTO. Desconheço o movimento de que fala. Pode ser que as pessoas que fazem parte desse movimento tb precisem de formação, ou então o casal não soube pôr em prática o referido método. O método baseia-se na continência periódica, durante o tempo fértil da mulher. Ora SEM OVULAÇÃO, NÃO HÁ GRAVIDEZ. Creio que ninguém será louco de pôr isto em causa. O método portanto baseia-se no conhecimento dos sinais que permitem reconhecer esse período fértil atempadamente. E esses sinais existem SEMPRE. Portanto o único problema que pode surgir é distracção por parte do casal perante os sinais ou, muito mais provavelmente, falta de FORMAÇÃO, falta de CONHECIMENTO.
Os próprios médicos são em parte culpados (e em parte inocentes), pois nas universidades não se dá a devida importância ao método sintotérmico (e a outros). Apenas são "referidos", sendo desde logo catalogados como "muito falíveis". Curiosamente recorrem a estes métodos quando o objectivo é tentar engravidar (grande incoerência). Resultado: conheço casos de médicos, inclusivé ginecologistas, que disseram as maiores baboseiras, dando indicações precisamente contrárias ao que deve ser feito.
Posto isto, mais uma vez afirmo: o método sintotérmico, para um casal responsável e com devida formação e acompanhamento, é INFALÍVEL.
Acerca da afirmação "O facto do Bruno usar um método contraceptivo comportamental á pouco tempo não prova asua infalibilidade, que tremendo disparate." Não sei porque supõe que uso este método à pouco tempo, talvez porque comigo nunca falhou? (Seria um grande disparate.) Mais, conheço vários casais que usam o método, alguns deles há dezenas de anos, e que testemunham a sua infalibilidade. Portanto, aconselho a que antes de fazerem críticas, formem-se e informem-se.

Quanto à afirmação da CP: "Sim, todas as saudáveis pessoas se masturbam."
Isto sim é um grande disparate. Mas posso estar enganado, afinal, talvez a CP seja omnipresente e omnisciente, e assim pode saber aquilo que passa pela cabeça de todos e de cada um. Eu não sou omnisciente nem omnipresente, mas obviamente discordo da afirmação, que, sinceramente, acho bem patética.
Aliás, não consigo muito bem conjugar essa afirmação com a que fez de seguida: "A masturbação pode ser sintoma de imaturidade emocional, de solidão, de abstinência prolongada. Ou pode simplesmente ser a expressão de uma necessidade de prazer, ou simplesmente a aprendizagem e a descoberta do seu próprio corpo. Pode ser também um sinal de egoísmo, dificuldade em comunicar ou incapacidade m eestabelecer uam relação de amor /intimidade com um outro." Isto é que é ser saudável?? Bom, eu acho que não. Para mim a masturbação não é nada normal.

E já agora, porque não falar de pecado? Parece que existe uma tentativa de eliminar palavras como pecado, inferno, diabo, etc. nos dias que correm. Não me parece que tentando desenhar um mundo onde só existe o bem se ajude os adolescentes. O que ajuda sim é ensiná-los e prepará-los segundo os valores cristãos. É óbvio que existem outras formas de transmitir as coisas, e são igualmente importantes, sobretudo porque nem todos somos católicos, mas não é deixando de falar nas coisas que se prepara a mente de ninguém.

Haveria muito mais a dizer sobre este e outros assuntos, mas o comentário está por demais longo...

Cumprimentos



«sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste»

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de February de 2006 16:26

Caro Bruno:


Agradeço o tom das suas questões.

1) Sobre a eficácia do preservativo, da fidelidade e da abstinência na prevenção das DSTs, estamos de acordo.

")Pergunta "Que problemas de saúde podem surgir graças à abstinência sexual? "

Resposta - Vários. A actividade sexual faz bem à saúde , prolonga a vida e retarda o envelhecimento. E há estudos que demonstram que a masturbação masculina previne o cancro da próstata, previne a osteoporose, melhora a imunidade, melhora a condição cardíaca e reduz o stress. Não estou a brincar. São estudos científicos credíveis e com consistência metodológica.
Já não falo de um série de perturbações psiquiátricas relacionadas com a ausência ou repressão da actividade sexual (abstinência) que estão cientificamente documentadas…

2) "Ninguém porá em causa que as DSTs não se propagam sem contacto sexual."

SEM dúvida. Mas os programas abstinence only , além de darem informações deturpadas, põem a tónica exclusivamente na abstinência do coito, na defesa da "virgindade" .

Consequência: SEgundo estudos longitudinais, os adolescentes e jovens assim catequizados continuam a ter práticas sexuais embora evitem o voito vaginal.
Ou seja – aumenta a incidência de outras "práticas alternativas" mais arriscadas e ainda por cima com o facto gravíssimo de que estes adolescente são incentivados a nunca usar Preservativo .

2) Sobre a masturbação.

a)È possível que não concorde com a minha afirmação.
Mas ela é válida . "Todas as pessoas saudáveis se masturbam. Ou o fazem, ou já o fizeram ou irão fazê-lo uma ou algumas ou muitas vezes ao longo ao seu ciclo vital."
Todas as crianças e todos os adolescentes saudáveis o fazem.

È um facto e não uma "posição ideológica". È a mesma coisa que dizer que todas as pessoas saudáveis, comem, eliminam e respiram. São necessidades humanas básicas ligadas á sobrevivência e ao bem estar. Claro que se a pessoa for doente ou tiver uma mutilação genital ( ou psicológica)já não poderá masturbar-se.

b) "A masturbação pode ser sintoma (…) de solidão, de abstinência prolongada. Ou pode simplesmente ser a expressão de uma necessidade de prazer, ou simplesmente a aprendizagem e a descoberta do seu próprio corpo. "

Pergunta: Isto é que é ser saudável??
Reposta : SEM dúvida. Um homem jovem que se masturba porque obrigado a uma enorme solidão ou a uma abstinência prolongada, não é doente... Um adolescente que descobre o seu corpo e o prazer, é uma expressão saudável….

3) Sobre a eficácia do Método Sintotérmico. REPITO - Não é infalível e quem afirmar o contrário não está a ser verdadeiro.

Estudos sobre a sua eficácia em casais altamente motivados nunca dão uma eficácia de 100%. NUNCA.

Como é um método comportamental, que resulta da conjugação de vários métodos, é extremamente complexo e exige automonitorização diária do corpo da mulher ( sempre falível) , é um método considerado altamente falível por muitos investigadores.
.
Outros estudos, de sinal contrário, referem que este método tem uma eficácia próxima da eficácia da pílula e dos preservativos. ( nunca de 100%)
Mas, exclusivamente em "casais altamente motivados" para o seguir e, claro, sobretudo em mulheres com ciclos regulares.

Há de facto casais pouco férteis e outros que "engravidam com mais facilidade"; há casais com pouco desejo sexual e outros que têm necessidade de ter um envolvimento sexual mais frequente, há mulheres em que ocorrem várias ovulações por ciclo e outras que nem ovulam na maior parte dos ciclos , etc, etc....

Aliás, como o Bruno referiu, este método é bastante ùtil quando os casais tentam engravidar…

O método sintotérmico , para ser pouco falível, exclui logo à partida uma grande quantidade de mulheres e casais.

Para muitos casais , este método é desgastante, retira a espontaneidade e intimidade ao relacionamento sexual, e pode até traduzir-se se em dificuldades sexuais e no relacionamento amoroso

Trata-se de uma escolha pessoal, perfeitamente legítima com todas a suas consequências. Mas que não pode se imposta aos outros.

E Não é um "Método infalìvel".

Re: "Qual o papel das famílias na educação da sexualidade dos adolescentes".
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de February de 2006 16:34

Por uma questão de rigor, permitam-me uma correcção ortográfica:




"A actividade sexual faz bem à saúde , prolonga a vida e retarda o envelhecimento.

E há estudos que demonstram que a masturbação masculina previne o cancro da

próstata,
e a actividade sexual regular previne a osteoporose, melhora a

imunidade, melhora a condição cardíaca e reduz o stress.
"

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