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Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 24 de December de 2004 01:48

Meu caro José Carlos
Graças a Deus que em Portugal em nenhum lado, a Missa é presidida por leigos em que o Padre apenas consagra. A missa tem um Presidente apenas que é o Padre ou Bispo. Nenhum leigo pode presidir à Santa Missa.
Devido á falta de Padres nalgumas dioceses, Leigos presidem a Celebrações da Palavra, distribuindo a Sagrada Comunhão, previamente consagrada por Padres anteriormente.
Os abusos liturgicos cometidos logo após o Concilio Vaticano II, já terminaram.
Quando o Sacerdote não pode estar presente, o Leigo pode seguindo o ritual da Celebração Dominical na Ausencia do Presbitero, dizer algumas orações, na presença dele não o pode fazer. Ha normas claras sobre isso - a Instução Geral do Missal Romano, e o Sacramento da Redenção (recentemente publicado pela congração do Culto divino e disciplina dos sacramentos)
Em Portugal essas situações foram eliminadas, e a subsistirem são uma clara desobediencia ao estabelecido para toda a Igreja Universal.
Na sequencia do Concilio tambem por cá muitos padres passaram a inventar orações eucaristicas e colectas. Hoje tambem isso acabou e se algo subsiste não tem garande relevo.
Tem razao ao dizer que esses casos estão errados e condenados pela Igreja Universal.

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 24 de December de 2004 02:19

Padre João Luis

O que você diz, muitos padres o dizem...

Mas tivemos aquí já neste ano, um padre Português ex. capelão militar, que queria por os leigos a presidir às missas.
O povo não aderiu...!!! Ele tentou, quando chegavam à rua as pessoas diziam, não deve fazer isso. O povo pouco concordava com ele, até que se pirou....

Mas as leis da igreja, não são para todos os padres iguais?

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 24 de December de 2004 02:48

São para todos. Mas nem todos as cumprem, inventam modernices e pensam que as pessoas vão na cantiga. A intenção não deve ser má, pensam que assim vem mais gente à igreja, mas é falso, as pessoas sabem muito bem o que a Igreja diz, e sábiamente não seguem padres nem cristãos iluminados mas Jesus Cristo e a sua Igreja não embarcam nessas coisas.
Há uns anos apareceu a moda das Celebrações Comunitárias da Penitencia, em que alguns padres davam a absolvição colectiva sem confissão. O Codigo de Direito Canónico fala delas apenas em casos extremos quando não padres para confessar um numero excessivo de penitentes mas que estes devem confessar-se depois.. O Senhor Patriarca e a Conferencia Episcopal publicaram um documento dizendo que em Portugal não existia nenhuma condição em que essa situação se verificasse, pelo que são proibidas.
Alguns padres ainda o fazem, mas as pessoas vão-se confessar a outras paroquias, porque sabem que aquilo não é nada, e absolve tanto os pecados como um copo de agua.
As pessoas não são tontas e sabem que a mãe Igreja com os seus 2.000 anos de história não mente e aponta o caminho da verdade. O Chamado Sensus Fidelium.

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 24 de December de 2004 03:45

«Alguns padres ainda o fazem, mas as pessoas vão-se confessar a outras paroquias, porque sabem que aquilo não é nada, e absolve tanto os pecados como um copo de agua

Será mesmo assim?

Alef

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: José Carlos Novais Junior (IP registado)
Data: 24 de December de 2004 11:01

Caro Padre João Luis,

A bênção.

Portugal tem uma vantagem em relação ao Brasil: é um país de território pequeno. Assim, fica mais fácil haver uma unidade e uma obediência. No Brasil, com suas dimensões continentais, e múltiplas realidades regionais (temos regiões tão desenvolvidas quanto a Europa, como no Sudeste, e locais tão pobres como o mais pobre país da África...), a uniformidade é difícil. Aliás, certa diversidade há de existir. Mas no caso das rubricas litúrgicas, a diversidade tem sido levada a extremos. Os abusos ainda ocorrem com freqüencia.

Aqui também pululavam celebrações coletivas de penitências. Hoje rareiam. Mas ainda acontecem.

Não obstante, a Igreja caminha, e eu sei que, com a eterna assistência do Mestre, as coisas hão de melhorar. Afinal, mesmo andando mal, temos, brasileiros, a honra de ser o maior país católico do mundo todo (a mais doce das heranças que recebemos de nossa pátria-mãe, Portugal).

---

Só uma dúvida, as celebrações penitenciais que desatendam aos requisitos do CIC são ilícitas, claro. Mas são inválidas? As celebrações coletivas o seriam, sempre, desde que não haja motivo justificante, mesmo se autorizadas pelos bispos? E quanto às absolvições, mesmo individuais, sem o uso da fóruma canônica? Espero não estar a abusar....

Abraços

JC

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 24 de December de 2004 11:36

Não me consta que algum bispo tenha declarado sacramentalmente inválidas as absolvições colectivas... No entanto, é necessário ter em conta que o ministro próprio do sacramento da Reconciliação é o Bispo... Em princípio, os padres só podem ouvir em confissão por delegação do bispo... Ora, se o bispo proíbe uma prática de absolvição, o padre poderá estar a fazer aquilo para o qual não tem autorização (e para a qual é necessária a autorização, ou «faculdade»).

Mas a questão não é tão simples, em parte por causa da interpretação do que significa uma situação de grande ou extrema necessidade. Sei de pelo menos um caso onde o bispo recriminou um padre da sua diocese por recorrer à absolvição colectiva; o padre respondeu-lhe que não havia tempo material para ouvir em confissão toda aquela gente (é uma paróquia bastante grande) e que então o bispo se oferecesse para o ajudar... Ao que parece, o bispo não voltou a recriminar o dito padre, que continua a usar do mesmo método.

Mas este caso que refiro não se deu em Portugal, nem sequer na Europa... O que não significa que seja único ou exclusivo...

Por outro lado, ao contrário do que afirmou já por aqui o P. João Luís, quando disse que «a obtenção do Perdão de forma plena, passa necessáriamente pela confirmação do perdão dado na absolvição sacramental», o perdão dos pecados não se dá apenas pelo sacramento da Reconciliação (noutro lado ele também o reconhece, diga-se de passagem). Em cada Eucaristia há um acto penitencial e também uma fórmula de absolvição, válida para os chamados pecados leves ou veniais... E quando fala da unção dos doentes, S. Tiago, sem falar da confissão (ora, iria falar de confissão auricular?), diz que a unção dos doentes perdoa os pecados. Uma vez perguntei a um padre se então era necessária a confissão dos doentes ungidos e ele não me soube explicar... Ao que parece, a coisa não está clara... Mas aqui saltaríamos de tema... Importa, contudo, o seguinte: a confissão auricular não é o único modo pelo qual Deus perdoa os pecados.

Daqui se pode perguntar: não será a absolvição colectiva legítima para os pecados leves, quando haja necessidade?

Contudo, que fique claro: não advogo a absolvição colectiva, não tanto por questões jurídicas (quem manda o quê), mas por uma questão da própria teologia do sacramento. O sinal sensível do sacramento da Reconciliação é precisamente o encontro entre duas pessoas. A absolvição colectiva elimina esse encontro! Estaremos a confundir sacramentos com actos de magia?

Alef

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 24 de December de 2004 12:53

Alef, subscrevo totalmente o acima dito. Os sacramentos não são actos de magia, e não basta o padre dizer a formula da absolvição para que ela seja válida.
Como muito bem referes, na Missa, a absolvição dada no inicio após a confissão, tal absolvição purifica-nos dos pecados menos graves, ditos veniais, não havendo pois necessidade de absolvições colectivas, pois na Missa tal sucede.
Ha uma grande diferença entre ilicitude e invalidez, e na verdade tais absolvições sendo ilicitas ñão são inválidas.
Contudo e porque não são magia entramos numa zona de dificil discernirmento que é sempre a consciencia,unico tribunal da alma. Se as pessoas sabem que não é valida e a ela recorrem, se o padre sabe que não o pode fazer e ainda o faz, pois sabemos que ´tem efeito, isto porque a consciencia o sabe.
Como bem dizes, a reconciliação é um encontro pessoal, e nunca nos Evangelhos Jesus perdoou pecados às multidões, antes se encontrava pessoalmente com cada pessoa em concreto.
Quando digo que as pessoas não ficam satisfeitas com esta situação, digo-o porque depois se vem confessar a pessoalmente, porque aproveitam para ir a Fatima e confessar-se lá.
Nas grandes cidades onde´há muita gente, os padres ajudam-se nas confissões. Varios são os sacerdotes a confessar na mesma Igreja nos tempos fortes de Natal e de Advento. Uma vez por semana estou a confessar o dia todo na Igreja de manhã à noite, e as pessoas vêm. Muitas para desabafar, para ouvir um conselho, outras para se confessar mesmo.
Num mundo em que tantos falam, cada vez mais sinto que é necessário quem saiba ouvir, e nisso o sacramento da reconciliação surje como uma porta de esperança.

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: José Carlos Novais Junior (IP registado)
Data: 24 de December de 2004 13:05

Alef e Padre João,

Obrigado pelas reflexões. Adiro a elas com satisfação. Mesmo porque, o sacramento da reconciliação teve um desenvolver histórico, até que se chegasse na fórmula atual.

Bom Natal!

JC

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 08 de October de 2005 23:11

Na Igreja do sec. XXI, em Lisboa, retomam-se tradições.

Amanhã dia 09 pelas 11H30 vai ser celebrada a "Missa Brevis" de Giovanni Pierluigi da Palestrina, na Igreja de S. Vicente de Fora.

A direcção musical da "Capella Olisiponensis Basilicae Martyrum" estará a cargo do Pe. Armindo Borges, sendo organista João Vaz.

Vamos ver (melhor, ouvir) se a tradição ainda é o que era...

João (JMA)

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 09 de October de 2005 00:19

Esperemos que sirva para rezar. Se não der, de nada terá valido.

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 09 de October de 2005 00:26

Caro Moisés,

É uma Missa, logo a sua função essencial não é o canto (por muito belo que seja) mas a Eucaristia.

Para que fiques descansado o celebrante é o Cónego António Marim.

Depois do "essencial" vamos ao "acessório".

Penso que não objectas ao facto de ser uma celebração onde a liturgia tem um programa musical de excepção, pelo que referem os entendidos.

É aliás música sacra, polifonia renascentista.

Esta é a missa do VIII Festival Internacional de Órgão de Lisboa.

Se puderes aparece, e julgarás por ti próprio.

João (JMA)

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 10 de October de 2005 00:07

Para descanso do Moisés, celebrou-se a Missa e serviu para rezar.

Foi uma experiência interessante, diferente do habitual.

Fico a aguardar a próxima iniciativa, eventualmente durante o C I N E.

Entendo que o facto de nos encontrarmos no sec. XXI não nos deve fazer esquecer o património artístico cristão.

Mesmo porque a Igreja de Cristo são dois mil anos de evolução sempre (ou quase...) na tentativa da fidelidade ao Evangelho e se por um lado não devemos continuar a fazer coisas com o argumento que assim se fizeram também não as devemos ignorar com o argumento que fazem parte do passado.

Aliás os reparos quanto à liturgia deste sínodo dos bispos retratam alguma falha no cuidado das celebrações. Que como disse o Moisés tem de "dar para rezar", será essa a sua função principal, mas é igualmente significativa alguma falta de cuidado nalgumas celebrações.

De alguma forma, a apreensão do Belo é já uma experiência de transcendência.

João (JMA)

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