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Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 27 de November de 2004 14:43

Caro João
Pra ti È um Futuro devastador uma Igreja de leigos, uma Igreja de acolhimento, uma igreja de cristãs e cristãos empenhados, uma Igreja plural e fecunda? ?

A alternativa é a ausência de futuro, uma Igreja estiolada, fachada sobre si mesma, uma Igreja rígida, clerical e formal, distante do Evangelho e de Jesus Cristo.

Uma Igreja que se esvazia de "praticantes" e se enche de "viventes", mulheres e homenes plenos e íntegros, é uma Igreja mais plena e verdadeira.


Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 28 de November de 2004 00:58

No tópico "Cristãos na Politica" pode-se ler uma citação de um senhor professor do Porto que advoga a não intromissão da Igreja na esfera da competencia do estado, na sociedade laica. É uma opinião, mas não é isso que interessa.
O que verdadeiramente é preocupante, é a ser aqui advogado que as ideias da sociedade laica não só devem moldar a estrutura da Igreja, como a própria Igreja tem de se adaptar às "conquistas sociais" alcançadas por sectores da sociedade civil.
É um facto que a Igreja Católica está implantada no tempo e no espaço, e que tendo uma estrutura divina - porque Cristo é a sua Cabeça - tem igualmente uma estrutura humana - porque composta por homens e mulheres. Ao longo dos séculos a Igreja tem tentado ora melhor ora pior, gerir esta tensão.
Dada esta dupla estrutura, é inconcebivel a ideia de que a Igreja católica é igual à Sociedade Recriativa Estrelas do Bairro, e por isso passivel de ser analizada por uma "ciencia" tão falivel (como todas as ciencias,) como a Sociologia, fundada por um ateu positivista como foi Augusto Comte.
É pois impossivel analizar a Igreja na sua plenitude como se de um grupo humano se tratasse, sujeita às positivistas leis da sociologia.
Muito mais impossivel será querer importar conceitos laicos tipo "Liberdade de Orientação Sexual", "Interrupção Voluntária da Gravidez" para o léxico da Igreja. Esta é, sempre foi guiada pelo Espirito Santo, sujeita à verdade das Escrituras, que no seu todo sempre apresentaram como Mau, quer a homosexualidade quer o aborto.
No léxico da Igreja não existe conceitos do tipo "Igualdade de sexos" nem ideias semelhantes, porque aos olhos de Deus, todos são iguais, ressalvadas as devidas diferenças.
A Igreja do Sec XXI, será aquilo que Deus quiser que ela seja, mas não será certamente aquilo que os sociologos querem que ela seja.
A orientação sexual diefrente daquela com que se nasce continuará a ser um pecado gravissimo, o aborto continuará a ser um gravissimo pecado, Os matrimónios continuarão a não ser dissolvidos pelo Registo Civil, e portanto, casamentos civis não terão qualquer validade.
Isto porque a Igreja do Sec XXI é a continuidade daquilo que tem sido até aqui, porque Deus deixou-nos a sua palavra na Biblia, e não penso que os sociologos a vão mudar.
A Igreja que a Catolica praticante preconiza no Sec XXI, já existe no protestantismo, e nalgumas franjas marginais da Confissão Anglicana. È uma questão de opção por essas que tão aprasiveis são, que tem ainda mais falta de candidatos ao sacerdocio, já que as Igrejas são todas iguais, e que podemos optar.
A Igreja do Sec XXI nunca será uma Igreja de Leigos, mas uma Igreja de Baptizados que vivem conscientemente o seu baptismo.
Uma Igreja como Cristo a fundou. E isso ela já o é.

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 28 de November de 2004 11:55

Cara Cassima,

Essa lei nº 16/2001 ("Consignação de 0,5% do imposto liquidado") tem um pequeno senão. Se determinada Paróquia quiser usufruir desse donativo, terá de prescindir de outro benefício que tem a ver com o IVA. O que na prática, são poucas ou nenhumas as Paróquias que usufruem desse benefício. Mas talvez consigamos a ajuda de algum contabilista de alguma Paróquia que nos esclareça. Talvez o Pe. João Luis nos possa ajudar...

Luis

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 28 de November de 2004 12:13

Cara CatolicaPraticante,

A Igreja do século XXI será certamente uma Igreja de Leigos, onde os leigos terão um papel muito mais activo, também, pelo cada vez menor número de padres. Embora o papel do leigo esteja perfeitamente definido no Concílio Vaticano II - Apostolicam Actuositatem, ainda são raros os exemplos onde o seu apostolado seja feita de forma efectiva. Isto não significa que os padres terão de desaparecer, ou ficarem circunscritos às suas tarefas rituais ou sacramentais.

A Igreja do século XXI será uma Igreja de Mulheres, tal como já o foi no século XX. Hoje, a maioria das pessoas que trabalha no trabalho pastoral de uma paróquia são mulheres. Talvez o Pe. João Luis possa partilhar alguns números da sua paróquia para termos um exemplo disso. Acredito também que na estudo da Teologia os números ficarão mais equilibrados. Um destes dias, o jornal PÚBLICO dizia que as mulheres têm mais escolaridade que os seus maridos, e que 60% dos estudantes universitários são mulheres. Acredito também que haverá uma maior procura por parte dos leigos dos cursos de Teologia, e que poderão ultrapassar mesmo o número daqueles que pretendem seguir o sacerdócio.

Quanto ao sacerdócio das mulheres não sou tão optimista quanto tu. Acredito que tudo aquilo que não tem sustentação teológica, mais cedo ou mais tarde, desaparecerá. Mas o sacerdócio das mulheres tem também um componente sócio-cultural grande. E queira-se ou não, a dependência da Religião da Cultura (e vice-versa) é grande. Porém, acredito que antes de morrer hei-de participar numa missa católica celebrada por uma mulher.

Luis


Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 28 de November de 2004 12:23

Caro Pedro B,

Se leres o Evangelho, verás que Jesus Cristo escolheu uma mulher para apóstola (Apóstolo Significa “enviado”) - Maria Madalena. Em Jo 20, 11-18 Maria Madalena é escolhida por Jesus para anunciar a mensagem da ressurreição aos Onze. O que podemos dizer é que nenhum dos Doze era mulher. Mas relacionar este facto com a impossibilidade da ordenação de mulheres é tão válido como dizer que se todos os Doze eram Judeus, então, apenas os Judeus podem ser ordenados sacerdotes...

Depois, e como sabes, não podemos misturar a homossexualidade com o aborto, pois são coisas muito distintas, e de diferentes gravidades. A Igreja não aceita a homossexualidade, mas acolhe os homossexuais, porque esses também são filhos de Deus.

Luis

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 28 de November de 2004 12:34

Caro João Oliveira,

Ao ler as tuas palavras, fiquei com uma dúvida, no que diz respeito à prioridade da aplicação do dinheiro da Igreja. Mencionas dois aspectos: a arte e à assistência aos pobres. Vem-me rapidamente à memória, a Evangelização que vai muito mais além da arte, mas talvez de estômago vazio, ninguém consiga ouvir e compreender a Palavra de Deus.

Por isso, concordo que a primeira prioridade terá que ser, forçosamente, a assistência aos mais necessitados, ajudando-lhes a ter um meio digno de vida. A Liturgia é sem dúvida alguma importante. Mas não preciso de ter uma Igreja com altares dourados e cheios de bens artísticos para celebrar o sacríficio pascal. Preciso, sobretudo, de formar o Povo de Deus. De o formar na Palavra de Deus, para que também ele perceba o que está a celebrar. Por isso, compreendo e defendo que antes de construirmos novas e dispendiosas Igreja, olhemos para os nossos irmãos protestantes para aprendermos que terá mais frutos investir na formação, que na arte e património religioso. Mesmo tendo em conta que somos um país vocacionado para o turismo.

Para terminar, não compreendo a tua expressão de "tal futuro devastador para a Igreja". Talvez seja uma questão de semântica, mas não concordas que uma activa e eficiente participação dos Leigos na Igreja, legitimada há quarenta anos no Concílio Vaticano II, seria um fruto da acção do Espírito Santo na Igreja?

Luis

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 28 de November de 2004 13:09

Caro Pe. João Luis,

Haverá sempre (espero) uma separação entre a Igreja e o Estado. Mas não é assim tão inconcebível, a sociedade influenciar a forma como a estrutura da Igreja se organiza. Aliás, isso já aconteceu no passado e acontece hoje. Por exemplo, basta analisar o papel de Cardeal e ver que tem mais a ver com a sociedade laica do que com o Evangelho. Ou por exemplo, como se organiza a Cúria Romana. Não será mais parecido com um governo de estado laico do que com o Evangelho? A questão que importa aqui é saber se está errado aplicar métodos do estado laico na organização da estrutura da Igreja. Mas nem precisamos de ir tão longe. Decerto que a estrutura organizacional da sua Paróquia é mais parecida com a «Sociedade Recriativa Estrelas do Bairro» do que aquilo que pensa. Provavelmente a sua Paróquia tem um conselho Pastoral (ou Paroquial); a Sociedade tem um Conselho Directivo. A Paróquia tem um conselho fiscal que gere o fundo paroquial; a Sociedade também tem um conselho fiscal.

É claro que a Igreja não é uma sociedade recreativa. Mas a forma como se organiza, quando é feita de forma eficiente, não a diminui. Muito pelo contrário.

Como sabe, a Igreja já aceita a liberdade de escolha sexual: entre celibatário e não celibatário. Aos homossexuais, a Igreja chama-os à castidade (CIC 2359) mas nem por isso os deixa de acolher. Além disso, não devemos comparar aborto e homossexualida pois são pecados de gravidade distintas.

Luis

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 28 de November de 2004 15:43


Cassima

As igrejas no Canadá vão buscar o IVA, sim.
Mas aquí são 7% de GST. O que dá muito jeito à igreja receber esse dinheiro e como aquí as igrejas movimentam muito dinheiro, o GST que recebe, dá um valente jeitão. E o governo não precisa ficar com ele...
Não é preciso ser-se contabilista para se fazer o GST, quer seja numa igreja ou numa empresa é muito simples e fácil de fazer.
Não sei bem, se te referias a isto mesmo...

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 28 de November de 2004 20:16

Luís

Não sabia disso! Talvez haja alguém que nos possa esclarecer... Descobri esse quadro o ano passado ao preencher o IRS. Se para beneficiar disso, se tiver que renunciar ao IVA, não me parece realmente que haja muitas a quererem...
Alguém pode esclarecer esta lei?

Ana

Não sei o que é o GST mas suponho que seja o equivalente ao IRS! Será? :)
Eu apenas referia a hipótese que o IRS dava de cedermos parte do imposto para a igreja, mas como o Luís explicou parece que não é bem assim...

Um abraço

Cassima

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 28 de November de 2004 20:31


Cassima


GST é o IVA.

As empresas que têm de devolver dinheiro do GST são obrigadas a fazê-lo. Quem tiver dinheiro a receber pode fazê-lo ou não...É o caso das igrejas, estas recebem sempre dinheiro, apenas envolve o dinheiro das despesas, porque recebem muito dinheiro cash...

Quanto pagam de IVA aí? Nós aquí, o GST vem no recibo das nossas compras, aí acho que já vendem com tudo incluído.

É muito simples de fazer...

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 28 de November de 2004 20:44

Ana

Errei no imposto! :)

Relativamente ao IVA (GST), aqui o que nós pagamos já tem o IVA incluído, e na factura vêm explicitados a taxa e o valor correspondente! As taxas de IVA dependem dos bens que se estão a adquirir.

Cassima


Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 28 de November de 2004 21:07


Cassima

Mas os comerciantes podem ir buscar esse IVA?


Quem tem negócio pode receber a diferença do IVA. Do que pagou e recebeu há uma diferença ou a pagar ou a receber...
As igrejas aquí recebem sempre muito dinheiro de GST (IVA)

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 28 de November de 2004 22:40


Catolicapraticante:

Peço o favor de te remeter para a esclarecedora mensagem do Pe. João Luís, que te respondeu nos moldes em que a resposta precisaria de ser colocada, de modo que não vejo nada mais significativo a acrescentar.


Pe. João Luís:

Muito obrigado pelo que escreveste!!


Luís Gonzaga:

«Igreja de Leigos» é desde logo uma expressão equívoca e segregacionista, dado que a Igreja sempre foi de leigos e pastores, a Igreja sempre foi de todos os baptizados -- tal expressão é completamente inexistente no Magistério, incluindo o II Concílio do Vaticano. O mesmo se aplica ao «Igreja de Mulheres», ainda mais faccioso. Por outro lado, uma "laicização" à forma de clericalização, parece-me gravemente desiquilibrado.

Chamar propriamente "apóstola" a Maria Madalena partindo da etimologia é tão válido quanto chamar-se "apóstolo" a qualquer um com particular fervor missionário no anúncio de Cristo. Também são enviados em nome de Cristo (Lucas 10,16).

Quanto à ordenação de mulheres, achas, ao contrário da mente da Igreja, a virilidade masculina nada tem que ver com a ordenação; para ti não se tratariam de dimensões antropológicas e teológicas, mas meramente circunstanciais e culturais, opinião que está à margem do ensinamento da Igreja. Resta-me desejar-te, então, que na altura devida tenhas uma boa morte e que quando lá chegares já tenhas perdido a necessidade de manter tal esperança... que até lá vejas dissiparem-se as tuas dúvidas.

A riqueza espiritual da comunidade apoia simultaneamente com os seus frutos uma diversidade de circunstâncias. Duas delas seriam a alimentação dos que têm fome e o progressivo melhoramento do espaço celebrativo. Parece-me possível realizar ambas simultaneamente com prudência nas alturas mais apropriadas. Sobre o que temos a olhar para os protestantes neste assunto, parece-me que já respondi: não falei em superficialidade estética nem em interesses turísticos, mas que é mais essencial elaborar as comunidades, celebrar dignamente os tesouros de fé que comunga, preservando-os. A "formação" de que falas, na sua generalidade, resume-se a que entre os protestantes se dê uma grande importância ao sermão e à leitura da Bíblia; coisas bastante baratas em si mesmas e que não impedem em nada os Padres católicos de elaborarem mais as homilias e os fiéis de lerem muito mais a Bíblia e participar muito mais vezes em celebrações e orações comunitárias. A formação faz-se muito em escolas e em casa; na Igreja vive-se realmente o que só se realiza vivendo, e não só por estar alimentado no seu pensamento com noções bíblicas. Haveria muito dinheiro a sobrar, se não houvessem tantas pessoas omissas no compromisso eclesial (mesmo entre os que "vão à igreja").

Não sei se perdeste de tal modo sensibilidade propriamente católica que não reconheces erros terríveis na exposição da catolicapraticante, mas parece-me decorrente das opiniões que tens vindo a expressar. Quando digo que o futuro ali preconizado seria devastador, refiro-me à sua quase ausência de catolicidade, o que vem já explicado na mensagem do Pe. João Luís. Lamento que já não dês por isso... É claro que em nada me refiro ao papel dos leigos na Igreja, feito pastoral corrente após o Concílio. Estou a falar é das ideologias anti-hierárquicas que se têm intrometido entre os fiéis e o Magistério, algumas apelidadas de "espírito do Vaticano II" mas que são só "vapores" contaminados por outros "ares" (ideologias, sejam elas conservadoras ou liberais) que não os que evaporam do fervor pastoral do Concílio, bem como a temível ignorância e dissidência que grassa por quase todo o mundo católico; nisto como em tudo, devemos ter a coragem de não só falar dos outros como também começar por nós, apresentemo-nos mais como comunhão em vez de uma sistemática e prejudicial bipolarização discursiva sobre leigos e pastores. É mesmo necessário purificar a "simples" intenção original do Concílio, que se deve meramente ao zelo pastoral pelo compromisso de toda a sociedade a caminho com e preferencialmente na Igreja, não se esquecendo o apelo à conversão nem o caminho estreito da perfeição para os crentes.

...«Se permanecerdes fiéis à minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.» ~ Jo 8,31-32



Editado 1 vezes. Última edição em 28/11/2004 22:46 por João Oliveira.

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 29 de November de 2004 19:55

O maior desafio da Igreja do sec. XXI será sanar as divergências do passado reunindo-se numa única Igreja de Cristo. Mil anos após a cisão dos irmãod do oriente é chegada a hora da Igreja de Cristo passar a respirar por 2 pulmões - o ocidental e o oriental.

Este movimento ecuménico, que penso se irá realizar nos anos mais próximos, exigirá desde logo o repensar de três atitudes:
- o reforço do papel dos Patriarcados e das Conferências Episcopais;
- o reforço do papel dos bispos, sucessores dos apóstolos, individual e colectivamente considerados;
- a ordenação de homens casados.

Para ser levado a cabo exigirá a convocação de um novo Concilio Ecuménico: eventualmente o 3º do Vaticano.

Ao se criarem as condições para esta aproximação é muito provável que a mesma não se restrinja a estas duas Igrejas: recordo-me particularmente dos Anglicanos.

De todo o modo, parece-me improvável que a discussão das três questões acima não gere o repensar de outra questão: o papel da sacerdote e da gestão da Igreja, numa altura em que as vocações não aumentam ao mesmo ritmo do crescimento do nº de cristãos.

O que colocaria em questão:
- a situação dos sacerdotes que pediram dispensa para se casar;
- os diáconos, incluindo a questão do diaconado feminino;
- o sacerdócio feminino;
- a preparação dos leigos;
- os "carismas" da Igreja;
- o "aggionamento" do discurso da Igreja, nomeadamente, mas não restrito, ao plano moral.

Enfim, nada que não tenha aqui sido discutido...

João (JMA)

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 29 de November de 2004 23:50

Ainda este concilio Vaticano II não foi posto em pratica na sua plenitude e já querem outro concilio????
Porque não se poe este em pratica????


Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 30 de November de 2004 09:42

Caro João Luís,

Não se trata de "querer" um novo Concílio. Tentarei expressar melhor a minha opinião:
parece-me um objectivo fundamental a união dos cristãos;
não me parece possível essa "re-união" sem passar por um Concílio;
porque para a "re-união" carecem de ser tratados alguns problemas como os três primeiros que apontei (Patriarcados, Conferências Episcopais, Bispos, ordenação de homens casados) para limar as arestas e acabar com equívocos, que têm gerado a desunião.

Ora, caso se siga esta linha de actuação, não me parece possível fazer tudo ito sem realizar um Concílio. Realizando-o, não me parece possível deixar de aí discutir os temas que coloquei em segundo lugar, e eventualmente outros que a Igreja pense importantes.

Estou de acordo que existem ainda muitas linhas do 2º Concílio do Vaticano por aplicar. Se vires bem, nenhum dos problemas que coloco é novo, e alguns decorrem directamente deste Concílio, nomeadamente os três primeiros que refiro.

Aliás qualquer Concílio não surge do nada, mas assume a história da Igreja e coloca os seus ensinamentos mais próximos dos homens do seu tempo.

João (JMA)

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 30 de November de 2004 10:13

Ana

Desculpe, mas eu não percebo mesmo nada do IVA. :(
Talvez alguém por aqui lho possa explicar...

Cassima



Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Antonio Jose Monteiro (IP registado)
Data: 30 de November de 2004 16:53

João, complicas tanto o que é simples...

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Antonio Jose Monteiro (IP registado)
Data: 30 de November de 2004 18:22

Referia-me ao João Oliveira... O JMA tem toda a razão. O Problema é que o Espírito sopra e que, mais cedo do que pensas, o Povo de Deus põe em marcha esse processo imparável de reconciliação... que tal darmos uma espreitadela à FIL no dia 28, 29, 30 ou 31 de Dezembro para percebermos o que quero dizer...

Re: A Igreja do Sec. XXI
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 19 de December de 2004 03:46


Esteve aquí um padre de origem Brasileira pelas festas do Sagrado Coração de Jesus em Setembro e já residia, numa das cidades do Canadá...Este padre, mostrou grande interesse em ficar nesta igreja. Alguém da paróquia foi com ele ao senhor bispo, para pedir trabalho, o que lhe foi rejeitado...
Ontem soubemos, que este padre vai casar...como arranjou tão depressa uma mulher?

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