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Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 00:24


Cara Kenya, se me permite a pergunta (suponho que seja católica), já se arrependeu dessas ofensas à castidade, de viver o sexo sem uma relação matrimonial e de chegar mesmo a trair o seu namorado na altura? Pergunto sem procurar saber detalhes, mas apenas porque me parece esse ser o assunto mais essencial que aqui se coloca e que é mais preciso tratar em Confissão.

Para saber mais sobre a questão que coloca àcerca da possibilidade de engravidar durante a menstruação ou para saber mais sobre os Métodos Naturais, sugiro que consulte as seguintes organizações:


Movimento de Defesa da Vida - MDV

Rua da Beneficência, n.º 7
1050-034 Lisboa

Tel.: 21 799 45 30
Fax: 21 799 45 31
E-mail: mdv@clix.pt
[mdv.no.sapo.pt]


---


Fundação Família e Sociedade

Rua Viriato, 23 - 6.º Dt.º
1050-234 Lisboa

Tel.: 21 313 83 50 (dias úteis, das 9h às 13h)
Fax: 21 313 83 59
E-mail: familiasociedade.cc@vizzavi.pt

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 09:30

Olá Fernando Cassola Marques, certamente, a falta de tempo é partilhada por todos nós. :o) Espero apenas que tenha oportunidade de ler esta mensagem na íntegra.

Neste tópico e noutros deste fórum encontra algumas respostas à questão que coloca. Desde logo, olhe para a reacção displicente e irreverente da Anonima. Afirmações como estas, ditas por pessoas baptizadas de pouca fé, que não dão ouvidos à Igreja por acharem que fala de coisas que só dizem respeito "à avozinha", devem estar no centro da omissão com que os católicos deixam ainda alastrar a maré de ignorância sobre assuntos de moral sexual. E com ela, muitos males afligem a sociedade, devido à acompanhante destruição da sacralidade da relação matrimonial, do casamento e do sexo, e, por consequência, da própria vida humana.

Num plano geral e actual, é óbvio que os contraceptivos vendem, estão implantados no mercado, respondem a necessidades de uma amoralidade respeitante à "vida sexual" de cada um, etc.

Porquê as críticas imediatas aos Métodos Naturais, maldosas quando não enganadas ou ignorantes, mas sempre pseudo-científicas?

A resposta engloba a forma como tende a ser encarado o sexo de forma generalizada, hoje em dia. A abordagem mais eloquente sobre toda a questão que li até hoje, encontro-a no seguinte ensinamento magisterial do Santo Padre João Paulo II:

Na visão integral do homem e da sua vocação

32. No contexto de uma cultura que deforma gravemente ou chega até a perder o verdadeiro significado da sexualidade humana, porque a desenraíza da sua referência essencial à pessoa, a Igreja sente como mais urgente e insubstituível a sua missão de apresentar a sexualidade como valor e tarefa de toda a pessoa criada, homem e mulher, à imagem de Deus.

Nesta perspectiva o Concílio Vaticano II afirmou claramente que «quando se trata de conciliar o amor conjugal com a transmissão responsável da vida, a moralidade do comportamento não depende apenas da sinceridade da intenção e da apreciação dos motivos; deve também determinar-se por critérios objectivos, tomados da natureza da pessoa e dos seus actos; critérios que respeitam, num contexto de autêntico amor, o sentido da mútua doação e da procriação humana. Tudo isto só é possível se se cultivar sinceramente a virtude da castidade conjugal».

É exactamente partindo da «visão integral do homem e da sua vocação, não só natural e terrena, mas também sobrenatural e eterna», que Paulo VI afirmou que a doutrina da Igreja «se funda na conexão inseparável, que Deus quis e que o homem não pode quebrar por sua iniciativa, entre os dois significados do acto conjugal: o significado unitivo e o significado procriativo», E conclui reafirmando que é de excluir, como intrinsecamente desonesta, «toda a acção que, ou em previsão do acto conjugal, ou na sua realização, ou no desenvolvimento das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar a procriação impossível».

Quando os cônjuges, mediante o recurso à contracepção, separam estes dois significados que Deus Criador inscreveu no ser do homem e da mulher e no dinamismo da sua comunhão sexual, comportam-se como «árbitros» do plano divino e «manipulam» e aviltam a sexualidade humana, e com ela a própria pessoa e a do cônjuge, alterando desse modo o valor da doação «total». Assim, à linguagem nativa que exprime a recíproca doação total dos cônjuges, a contracepção impõe uma linguagem objectivamente contradictória, a do não doar-se ao outro: deriva daqui, não somente a recusa positiva de abertura à vida, mas também uma falsificação da verdade interior do amor conjugal, chamado a doar-se na totalidade pessoal.

Quando pelo contrário os cônjuges, mediante o recurso a períodos de infecundidade, respeitam a conexão indivisível dos significados unitivo e procriativo da sexualidade humana, comportam-se como «ministros» de plano de Deus e «usufruem» da sexualidade segundo o dinamismo originário da doação «total», se manipulações e alterações.

À luz da experiência mesma de tantos casais e dos dados das diversas ciências humanas, a reflexão teológica pode receber e é chamada a aprofundar a diferenca antropológica e ao mesmo tempo moral, que existe entre a contracepção e o recurso aos ritmos temporais: trata-se de uma diferença bastante mais vasta e profunda de quanto habitualmente se possa pensar e que, em última análise, envolve duas concepções da pessoa e da sexualidade humana irredutíveis entre si. A escolha dos ritmos naturais, de facto, comporta a aceitação do ritmo biológico da mulher, e com isto também a aceitação do diálogo, do respeito recíproco, da responsabilidade comum, do domínio de si. Acolher, depois, o tempo e o diálogo significa reconhecer o carácter conjuntamente espiritual e corpóreo da comunhão conjugal, como também viver o amor pessoal na sua exigência de fidelidade. Neste contexto o casal faz a experiência da comunhão conjugal enriquecida daqueles valores de ternura e afectividade, que constituem o segredo profundo da sexualidade humana, mesmo na sua dimensão física. Desta maneira a sexualidade é respeitada e promovida na sua dimensão verdadeira e plenamente humana, não sendo nunca «usada» como um «objecto» que, dissolvendo a unidade pessoal da alma e do corpo, fere a própria criação de Deus na relação mais íntima entre a natureza e a pessoa."

Exortação Apostólica Familiaris Consortio, 32


Já agora, incluo outros excertos para desenvolver um pouco mais:


"(...) os pseudo-valores inerentes à « mentalidade contraceptiva » — muito diversa do exercício responsável da paternidade e maternidade, actuada no respeito pela verdade plena do acto conjugal — são tais que tornam ainda mais forte essa tentação [do aborto], na eventualidade de ser concebida uma vida não desejada. De facto, a cultura pro-aborto aparece sobretudo desenvolvida nos mesmos ambientes que recusam o ensinamento da Igreja sobre a contracepção. Certo é que a contracepção e o aborto são males especificamente diversos do ponto de vista moral: uma contradiz a verdade integral do acto sexual enquanto expressão própria do amor conjugal, o outro destrói a vida de um ser humano; a primeira opõe-se à virtude da castidade matrimonial, o segundo opõe-se à virtude da justiça e viola directamente o preceito divino « não matarás ».

(...) tais práticas afundam as suas raízes numa mentalidade hedonista e desresponsabilizadora da sexualidade, e supõem um conceito egoísta da liberdade que vê na procriação um obstáculo ao desenvolvimento da própria personalidade. A vida que poderia nascer do encontro sexual torna-se assim o inimigo que se há-de evitar absolutamente, e o aborto a única solução possível diante de uma contracepção falhada."


"(...) é necessário educar para o valor da vida, a começar das suas próprias raízes. É uma ilusão pensar que se pode construir uma verdadeira cultura da vida humana, se não se ajudam os jovens a compreender e a viver a sexualidade, o amor e a existência inteira no seu significado verdadeiro e na sua íntima correlação. A sexualidade, riqueza da pessoa toda, « manifesta o seu significado íntimo ao levar a pessoa ao dom de si no amor ». A banalização da sexualidade conta-se entre os principais factores que estão na origem do desprezo pela vida nascente: só um amor verdadeiro sabe defender a vida. Não é possível, pois, eximir-nos de oferecer, sobretudo aos adolescentes e aos jovens, uma autêntica educação da sexualidade e do amor, educação essa que requer a formação para a castidade, como virtude que favorece a maturidade da pessoa e a torna capaz de respeitar o significado « esponsal » do corpo.

A obra de educação para a vida comporta a formação dos cônjuges sobre a procriação responsável. No seu verdadeiro significado, esta exige que os esposos sejam dóceis ao chamamento do Senhor e vivam como fiéis intérpretes do seu desígnio: este cumpre-se com a generosa abertura da família a novas vidas, permanecendo em atitude de acolhimento e de serviço à vida, mesmo quando os cônjuges, por sérios motivos e no respeito da lei moral, decidem evitar, com ou sem limites de tempo, um novo nascimento. A lei moral obriga-os, em qualquer caso, a dominar as tendências do instinto e das paixões e a respeitar as leis biológicas inscritas na pessoa de ambos. É precisamente este respeito que torna legítimo, ao serviço da procriação responsável, o recurso aos métodos naturais de regulação da fertilidade: estes têm-se aperfeiçoado progressivamente sob o ponto de vista científico e oferecem possibilidades concretas para decisões de harmonia com os valores morais. Uma honesta ponderação dos resultados conseguidos deveria fazer ruir preconceitos ainda demasiado difusos e convencer os cônjuges, bem como os profissionais da saúde e da assistência social, sobre a importância de uma adequada formação a tal respeito. A Igreja está agradecida àqueles que, com sacrifício pessoal e dedicação frequentemente ignorada, se empenham na pesquisa e na difusão de tais métodos, promovendo ao mesmo tempo uma educação dos valores morais que o seu uso supõe. (...)"

Encíclica Evangelium Vitae, 13 e 97


Acho que, se está atento à verdade sobre os Métodos Naturais, conseguirá ver o enquadramento perfeito destes dados na mentalidade que não os admite.

João Oliveira

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: Catarina (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 15:50

Kenya

Que menina tao ma...faz sexo com o namorado e por cima ainda o vai trair...O mundo anda perdido.
Depois, queixam-se que tem sida!!!

Maria Madalena arrependeu-se e tu?

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: ana almeida (IP registado)
Data: 14 de March de 2004 16:00

"Os métodos naturais de planeamento familiar são menos falíveis que os métodos existentes de contracepção usados pela maioria das pessoas. "
mAIS UMA FALSIDADE.

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: João Leal (IP registado)
Data: 18 de March de 2004 14:50

Depois de ter lido este tópico lanço algumas perguntas.

Não parece estranho que seja um homem a defender que a mulher se conheça mais e melhor?
E a defender que seja ela, no fundo, a controlar a sua actividade sexual?
Não será estranho que se privilegie a quantidade em detrimento da qualidade? Ou será que não é verdade que com a pílula e/ou o preservativo é possível haver mais relações sexuais?
E quem é que tem sido historicamente privilegiado com isso?
Quem é que inventou o conceito jurídico de prostituição? Uma dica, procurar entre os sete Sábios da Grécia antiga.
Na sociedade actual não estamos todos sujeitos a um constante bombardeamento de estímulos eróticos, sobretudo direccionada à população masculina?
Será descabido chegar à conclusão que a sociedade está ainda organizada do ponto de vista masculino, tendo em vista manter a sua suposta supremacia sobre o outro género?

Provavelmente os problemas não seriam tantos se cada um encarasse o sexo como algo de sagrado e houvesse respeito pela outra pessoa. Estarei errado?


João Leal


Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 18 de March de 2004 15:32

Joao Leal

Mas nem todos os homens sao capazes de se controlar como voce! E tambem ha mulheres que nao se controlam, ha de tudo no mundo...

Conheco um senhor casado, que fez sexo na sua propria casa com outra mulher, tendo a mulher dele a dormir.

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: ahahah (IP registado)
Data: 19 de March de 2004 00:11


A mulher dele a dormir? com quem?


Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 19 de March de 2004 15:48

eheheh

Eu defendo em absolutoa que a mulher se conheça melhor, Em todos os seus aspectos e dimensãoes, nomeadamente a do erotismo e prazer e não apenas a função reprodutiva.
Quanto á invenção da prostituição, é taão antiga como o homicídio legal ou a escravatura.

Já agora, a Igreja católica só deixou de considerar a escravatura aceitável no século XIX e no século XXI continua a aceitar a pena de morte.

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 19 de March de 2004 16:08

Ana, continuas equivocada em relação à pena de morte. Consulta a edição oficial do Catecismo da Igreja Católica.

Alef

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 19 de March de 2004 16:52

Não estou nada equivocada. Já consultei.

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 19 de March de 2004 17:09

Credo, ana. Então...

Ele há gente atrevida... ;-)

Alef

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 20 de March de 2004 00:00

edição oficial do Catecismo da Igreja Católica.

2267. Dado que se possa reconhecer, sem hesitação, a identidade e a culpabilidade do réu, o ensinamento tradicional da Igreja não exclui o recurso à pena de morte, se esta aparece comprovadamente como a única via praticável para a defesa eficaz da vida dos seres humanos ameaçados por um injusto agressor.

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 20 de March de 2004 12:35

Screaming child has contraceptive effect

A tantrum thrown by diabolical little Anthony Joubert in Pick 'n Pay prevented no fewer than six pregnancies from happening.
Mar 5, 2004
Nicholas Spagnoletti

Six young would-be mothers who went shopping at their local Pick 'n Pay yesterday morning had their broody feelings cured when Anthony Joubert, 3, threw an enormous temper tantrum. His mother Stephanie Joubert, 26, pleaded with Anthony to behave, before grabbing his shoulders and shaking him.

It wasn't just the six would-be mothers who were affected by the child's boundary-testing. Valerie Smythe, mother of six and grandmother of ten, confessed she had bloodthirsty urges. "I prayed to dear God that the mother of that little demon would give him a thrashing he'd never forget. Oh how I prayed. How I wished for pain to come to that child."

When Stephanie did finally 'lose it' and began shaking Anthony, the relief was too much for Valerie Smythe to hide, and a broad smile broke out on her face. With a bounce in her step, she selected the more expensive in a choice of Greek Feta and proceeded to the Ten Items or Less queue.

The six women that had been toying with the idea of having children swamped the nearby pharmacy, stocking up on pills as well as second-line-of-defence contraceptive devices. Stephanie, who hadn't slept in over two weeks phoned her mother, wept hysterically, and took up smoking again.

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 22 de March de 2004 22:55

Ana, ainda sobre a pena de morte, vale a pena sermos rigorosos. O texto que apresentas é parte do parágrafo sobre a pena de morte, mas é necessário ler todo o parágrafo e ver que o texto que citas é apenas uma descrição do "ensinamento tradicional", acrescido do facto que está numa oração condicionada. Convém, pois, ler todo o texto, que basicamente diz o seguinte: mesmo admitindo que a pena de morte seria teoricamente defensável na mesma lógica da legítima defesa, não existe hoje justificação prática possível, uma vez que os Estados têm modos de defender-se sem ter que recorrer à pena de morte. Isso está claro na última frase do nº 2267 do Catecismo e que constituiu uma importante novidade na edição típica do Catecismo da Igreja Católica. Os destaques são meus e são importantes porque remetem para o tipo de argumentação.

Citação:
«2267. Dado que se possa reconhecer, sem hesitação, a identidade e a culpabilidade do réu, o ensinamento tradicional da Igreja não exclui o recurso à pena de morte, se esta aparece comprovadamente como a única via praticável para a defesa eficaz da vida dos seres humanos ameaçados por um injusto agressor. Se, ao contrário, os meios pacíficos são suficientes para que a sociedade se defenda do agressor e para proteger a segurança das pessoas, a autoridade se limitará ao uso dos meios não sangrentos, visto que são os mais aptos para responder às condições concretas do bem comum e os mais conformes à dignidade da pessoa humana. Com efeito, hoje, dado que o Estado tem recursos para reprimir eficazmente o crime, tornando inofensivo aquele que cometeu o delito, sem lhe tirar a possibilidade de se recuperar, os casos de necessidade absoluta de supressão do delinquente tornam-se extremamente raros ou mesmo inexistentes».
Alef

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: TZM (IP registado)
Data: 23 de March de 2004 01:05

Vamos lá a ver se nos entendemos relativamente a isto. A Igreja Católica não condena a pena de morte, nm eexcluiu o deu recurso. Depois adoça esta posição de princípios com umas atenuanates.
Já agora, a pena de morte pode ser aplicada sem sangue.

A Igreja poderia condenar abertamente a pena de morte, como condena o aborto. Não o faz.
O mesmo discurso em relação á guerra justa.

Não brinquemos com as palavras.

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 23 de March de 2004 12:55

Não se trata de brincar com palavras. "Meios não sangrentos" significa no contexto "penas não capitais" (causadores de morte).

Obviamente o nível não é o mesmo do aborto, porque no aborto de trata de uma vida de um ser humano inocente. A legítima defesa é moralmente legítima (sob as condições que a tornam "legítima") e esse princípio teórico foi adoptado durante séculos para o caso da pena de morte: trata-se de colocar o agressor na impossibilidade de acabar com a vida da vítima. Contudo, e aqui está a novidade da edição típica do Catecismo da Igreja Católica, a Igreja reconhece que o princípio que justifica a legítima defesa, não tem aplicabilidade no caso dos Estados, porque estes têm meios de se defender do agressor sem ter que recorrer a penas capitais.

Todos estes temas se enquandram no contexto de questões de justiça. Assim se insere também a guerra justa, cujo grande teorizador foi S. Tomás de Aquino. As condições são muito restritas, pelo que de modo nenhum se pode considerar, por exemplo, que a guerra no Iraque tenha sido uma guerra justa, embora nos EUA muitos se tivessem esforçado por demonstrá-lo.

Alef

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 23 de March de 2004 20:07

As penas capitais actuais são bastante assépticas e sem sangue. A injecção letal, por exemplo.
O que eu mantenho é que a Igreja poderia ter uma atitude de clara e frontal condenação da pena de morte e da guerra. Não tem.
Aceita-as e, passo a citar novamente, "o ensinamento tradicional da Igreja não exclui o recurso à pena de morte ".
A mesma coisa em relação á guerra, que é uma ou tra forma de homicídio organizado pelo poder estatl. Quem matar um homem é um homicida. Mas se lançar um míssel e matar uns milhares já não é...
Haja congruência.

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 23 de March de 2004 20:29

Por acaso na guerra também não se trata da morte de seres humanos inocentes?

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 23 de March de 2004 22:28

Ana,

Podes confirmar se o parágrafo 2267 que transcreveste para aqui do Catecismo da Igreja Católica é da primeira ou segunda edição do mesmo catecismo? É que eu também já tive essa mesma objecção e vi que, depois da polémica logo após ter saído, o parágrafo foi revisto pela Igreja e o texto foi alterado.

Luis

Re: Métodos Naturais de Planeamento Familiar
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 24 de March de 2004 00:11

Que eu saiba, trata-se da segunda edição. O alef também o confirmou. A não ser que tenha havido uma alteração mais recente e o vaticano se tenha decidido a condenar simplesmente a pena de morte e a excluir os seu recurso, tal como o fez relativamente á escravatura e ao tráfico de pessoas.
O que eu acho estranha é a elasticidade de princípios - a fvor da pena de morte e da guerra e contra o aborto quelquer que seja o seu motivo. A vida defende-se numas circunstâncias e não noutras.
è assim o catecismo.

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