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Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 02:51

Recomendo a leitura deste artigo: [www.mostholyfamilymonastery.com]

Embora nem tudo seja verdadeiro, ou pouco tendencioso, mostra bons pontos de vista, também.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 02:53

E para quem sabe inglês:

[www.fisheaters.com]

A intervenção dos Cardeais Ottavianni e Bacci, onde revelam os senãos do Novus Ordo Missae.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 09:36

NA missa tridentina, " como tudo era em silêncio, as pessoas não tinham meio de saber em que parte do cânon é que o padre ia e corriam o risco de não se aperceberem da consagração e de, com a cabeça baixa durante as devoções, nem sequer repararem que o padre já tinha elevado a hóstia e o cálice.

Assim , introduziram-se as campainhas, que dantes até tocavam várias vezes e não só à elevação, como agora. Concentradas a rezar o terço ou a ler livros de acompanhar a missa, as pessoas ao ouvirem a campainha sabiam que o momento se aproximava, interrompiam um pouco à elevação e depois regressavam ao que estavam a fazer.
"

ESta explicação histórica do Renato, traduz, com clareza, o sentido e significado da missa tridentina o grau e a intensidade de participação das pessoas na celebração.Que era basicamente nulo. Neste rito "o padre rezava a missa" e as pessoas iam fazendo rezas particulares, ou o rosário, á espera que acabasse.

Quando se discutem as vantagens pastorais do rito actual, esta dimensão de vivência comunitária da celebração eucarística, deve ser central.

CATOLICA PRATICANTE



Editado 2 vezes. Última edição em 29/07/2007 09:44 por Tozé Monteiro.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: Renato Rosa (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 14:26

Caro Diogo, admiro-me que recomendes um artigo que afirma taxativamente que a missa actual é inválida em si mesma, independentemente dos abusos que são retratados no início, que "prova" que a consagração no rito actual é falsa e ineficaz e que que conclui dizendo que

Therefore, a Catholic cannot attend the New “Mass” under pain of mortal sin. Those who persist in doing so are committing idolatry (worshipping a piece of bread). Jesus Christ is not present there. The host is merely a piece of bread, not Our Lord’s Body, Blood, Soul and Divinity.

Isto nem sequer Lefebvre se atreveu a dizer, nem a FSSPX o diz, muito menos os tradicionalistas em comunhão com a Igreja.

Aliás, esse texto que recomendas pertence a um grupo sedevacantista! Basta olhar para a homepage desse "Most Holy Family Monastery", onde se pode ler

Benedict XVI (the Heresies of Benedict XVI File)
John Paul II (manifest heretic who claimed to be pope 1978-2005)
John Paul I (manifest heretic who claimed to be pope for 33 days in 1978)
Paul VI (manifest heretic who claimed to be pope 1963-1978)
John XXIII (manifest heretic who claimed to be pope 1958-1963)
Sedevacantism – the Chair of Peter is Empty (i.e. the post-Vatican II “popes” are actually antipopes)

Por isso, não só "nem tudo é verdadeiro", mas é tudo absolutamente falso!

Acho que é melhor teres mais cuidado com o que andas a ler e com o que recomendas aos outros...

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 14:59

O erro do Diogo expressa bem um problema. No desejo de atacar o que não se entende (o rito novo e o concílio), acaba-se abraçando qualquer coisa.

Mostrasse um mínimo de boa vontade, procurar-se-ia se informar melhor sobre os muitos benefícios que trouxe o concílio e a reforma litúrgica. Ler-se-ia algum dos teólogos do concílio. Alguma coisa que expressasse o "sentir com a igreja". Mas, ao contrário, vai se visitando todo tipo de site anti-vaticano: e aí parece que já vale qualquer coisa.

Os abusos são o erro, a solução, entretanto, não está no retorno à idade média. O rito tridentino conviveu com aquela visão de igreja que imaginava a santidade como uma proposta para os cléricos, os laicos eram cristãos de segunda classe, quando muito. Pastoralmente, o rito tridentino é um retrocesso.

Na certeza de que, depois do aviso do Renato, ele vai tomar mais cuidado antes de recomendar certos sites.



Editado 3 vezes. Última edição em 29/07/2007 15:16 por firefox.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 16:02

Considerações sobre o rito: o espiritual e o patológico

1. Além da relação íntima entre gesto e palavra no rito, há outra relação que não pode ser esquecida, entre “espaço” e “tempo” sagrados. Nenhum gesto, ainda que previsto e repetido, se torna rito religioso se o espaço onde ele se mostra não se orienta no sentido de se tornar espaço diferenciado (sagrado). Um rito só será “vivo” se favorecer um investimento no espaço e uma qualificação no tempo: os que celebram o rito hão de sentir a dignidade do espaço e diferença daquele tempo separado (sagrado) que não se mede em duração pelas horas.

2. O rito religioso não se resume numa narração de acontecimentos, também contém súplicas, confissões, louvores etc. O gesto ritual guarda uma diferença profunda do rito técnico: ambos têm um fim determinado, mas o primeiro se justifica na eficácia de um raciocínio empírico enquanto o segundo se justifica na atitude de uma transformação existencial. O primeiro não tem significado além do seu resultado, enquanto o segundo encontra seu significado no simbólico. Compreende-se então porque a ligação entre gesto e palavra conjuga a exigência da espiritualização com a exigência da encarnação. O rito deriva de uma forma de vida que ele contribui simultaneamente para promover naqueles que jogam o seu jogo, e assim ficam superados dois escolhos: por um lado, a irresponsabilidade de uma palavra demasiadamente abstrata; por outro, o enrijecimento num formalismo árido.

3. O rito religioso liga-se a um ato não repetitivo mas digno de ser repetido, aquilo que no mito era representação: o condicionado e o incondicionado. Entramos, portanto, no campo do simbólico! Para um cristão, o incondicionado está representado na pessoa do Cristo e este, por sua vez, nas Sagradas Escrituras. De fato, a simplicidade do texto bíblico parece desprezar a admiração, não tem a preocupação retórica de agradar, e mostra a segurança de ser pronunciada como sob o olhar de Deus; nessa sinceridade se encontra muita beleza e para os cristãos esses sempre serão os textos litúrgicos por excelência. Eis a razão porque na liturgia cristã toda criatividade deve encontrar um limite no respeito à dignidade dos textos litúrgicos. Substituir a leitura de um texto bíblico por um outro qualquer ou mesmo por um canto, por mais lindo que seja, configura um verdadeiro absurdo do ponto de vista da liturgia cristã.

4. Uma vez que o rito religioso habita no campo do simbólico, tal aspecto deve ser respeitado porque é justamente no simbólico que o cerimonial litúrgico estabelece a correspondência entre as formas lingüísticas e as formas gestuais. Por exemplo, quando o padre que preside a celebração eucarística profere as palavras da consagração: “Isto é o meu Corpo”, ele atua como “instrumento” (Santo Tomás) pelo qual o agente principal, o próprio Cristo, efetua a presença sacramental de seu Corpo e Sangue. Quando o padre utiliza o pronome “Nós” na Oração Eucarística, fá-lo representando a Assembléia dos Fiéis que se dirige a Deus (no “Vós” ou em uma das três pessoas divinas: o Cristo, Nosso Senhor, o Pai e o Espírito Santo). A Assembléia também representa o Cristo, transformada no Corpo místico de Cristo pela ação do Seu Santo Espírito.: “E quando recebermos Pão e Vinho, o Corpo e Sangue dele oferecidos, o Espírito nos una num só corpo, para sermos um só povo em seu amor” (Invocação do Espírito Santo para a comunhão).

O rito religioso, por seu caráter dinâmico, por seu apelo afetivo, por seu poder social, convive constante com a ameaça de degradação. Quando ocorre o enfraquecimento do poder mediador e performativo (isto é, expressão de desejo, lamento, apelo, indignação, ordem, ligação com a vida efetiva e afetiva, e não apenas algum mero enunciado declarativo fruto de um raciocínio mental) do rito, então parece o patologia, que pode ir da mania até a obsessão. Nesses casos, a crítica ao rito pode ser salutar, desde que se não se caia na ilusão do retorno a um “marco zero”. Não existe. O cristianismo é um amálgama de culturas, particularmente a grego-romana e a judaica, e reformas litúrgicas não se fazem por decreto, para frutificar têm que encontrar apoio nas vivência dos fiéis.

1. Ocorre uma patologia quando há abuso do institucional. Nesse caso o rito se degrada em ritualismo, do mesmo modo que, quando há idolatria da letra, a textualidade se degrada em textualismo. Deve-se tomar cuidado para não imaginar esse desvio apenas como a perversão de uma essência, mas como uma possibilidade permanente da existência humana que tende sempre a absolutizar o rito.

2. Ocorre uma patologia quando o rito deixa de ser mediação. Se o homem quer receber algo da doação originária precisa aprender a relativizar as mediações para seguir em busca do essencial. Sendo repetidos tantas vezes, as palavras e os gestos no rito correm o risco de se esvaziarem da expressão pessoal. Uma formalização rígida os isola das formas vivas da cultura. Uma série de fórmulas fixadas de uma vez por todas e uma seqüência de gestos esteriotipados só fazem ocupar o tempo em vez de qualificá-lo. Ao invés de estimular a relação do fato celebrado com uma vida vivida, o rito desvirtuado acaba impondo-se como uma mera formalidade. Nesses casos o culto se torna exterior e repetitivo, muito longe daquele desejado culto em espírito e em verdade!

3. Ocorre uma patologia quanto o rito deixa de ser vivido em seu aspecto comunitário. Em todas as liturgias da missa, tanto no Oriente quanto no Ocidente, pelo menos desde o século III o Prefácio da Oração Eucarística traz como introdução um diálogo entre o sacerdote e os fiéis. O rito eucarístico foi desde sempre uma refeição onde o pão e o vinho são partilhados por uma comunidade de discípulos seguidores de Jesus. Tudo isso reforça o lado comunitário da missa, é uma oração da Assembléia e não somente uma oração pessoal. Mesmo assim, pode acontecer que o rito eucarístico se torne somente o efeito de um indivíduo, sem articulação no corpo social real, ou então que o fiel seja convidado a “assistir à missa” como se se tratasse de um espetáculo. Em casos assim há que se perguntar se a missa não se tornou para aquele indivíduo um rito obsessivo e compulsivo.

É preciso insistir que há sempre essa tendência. Como na vida espiritual, se não há o devido cuidado a gravidade puxa tudo para baixo: quem não está avançando está regredindo, pois não existe imobilidade na vida espiritual.

Existe gente que se contenta apenas com o fato do cerimonial ser corretamente reproduzido, e essa patologia ainda favorece outra má tendência: a de que o sacerdócio emerja então como um tipo de poder reservado para uma casta. Quando isso acontece, deparamo-nos com outro tipo de patologia: os ministros do culto monopolizam o poder de reproduzir os gestos fundadores do Cristo, tendem a desvalorizar todo tipo de engajamento pessoal da consciência religiosa dos fiéis, e então ocorre o maior dos absurdos: o rito acaba por separar aqueles a quem deveria unir. O aparelho institucional termina por se sedimentar e apresentar-se a si mesmo como fim, e, em vez de mediar, interpõe-se entre Deus e o seu povo.

O rito religioso convive com a tentação e não poderia ser de outro modo: o rito faz parte da vida do fiel e a representa na sua totalidade. A oração é portanto imprescindível no combate contra as patologias do rito, uma vez que essas denotam alguma dificuldade na vida espiritual. A atenção maior não deve estar na repetição mimética precisa do ritual, mas sobre a unidade de comunhão que se deve realizar na comunidade dos cristãos para a salvação do mundo.

[www.filosofix.br9.biz]

Comentário:

Ora, porque agora o rito faz parte da vida, está ligado à vida espiritual das pessoas, aconteceram certos abusos. Na ânsia de eliminar todo tipo de abuso, alguns estão propondo destruir a ligação entre o rito e a vida como meio de retornar à "pureza do rito", mas, ao se "esterilizar" o rito para eliminar todas as "impurezas", extinguiram também a vida: é isso que a esterilização faz. Até o retorno a uma língua 'morta', desconhecida dos fiéis, não deixa de reforçar também, simbolicamente, esse desligamento do rito com a vida. O rito seria transformado novamente em mero espetáculo. Poderia-se treinar padres para executá-lo com precisão técnica, mas isso não me parece ser uma vantagem!

O que precisa ser feito é melhorar a catequese (inclusive a de certos padres). O rito novo deu oportunidade, revelou o problema, mas, uma vez apresentada a chaga, é preciso limpar e curar a ferida. Meter bandagem por cima da ferida suja só vai fazer piorar a enfermidade! O caminho melhor nem sempre é o mais fácil!

Paz e Bem.



Editado 2 vezes. Última edição em 29/07/2007 16:16 por firefox.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 17:10

a associação do rito tridentino com a idade media faz algum sentido? Não é este rito psoterior à idade media?

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 17:20

A associação cronológica não é a única possível, a visão de mundo é a mesma.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 17:23

não é, a reforma protestante teve consequencias nefastas a varios niveis, entre os quais fundamentalizou a Igreja

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 17:27

Quando recomendei o site, disse: "
Embora nem tudo seja verdadeiro, ou pouco tendencioso, mostra bons pontos de vista, também.
"

Ou seja, disse somente para lerem numa perspectiva de verem as fotos e de perceberem que, de facto, existem alguns erros, tal como existem na missa tridentina, e que deveriam ser colmatados.

MAIS UMA VEZ, reitero que não sou contra o Concílio. Tenho João Paulo II como um dos meus Papas favoritos. Assisto à missa no Novus Ordo, mas só em um ou outro sítio. Simplesmente porque sei que nestes sítios é bem celebrada, com o tal sentido de sacralidade que sinto que falta noutros lugares.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: Renato Rosa (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 17:42

Diogo, bem sei que não és contra o Concílio. Por isso é que achei que te tinhas equivocado ao recomendar tal site. Essa gente não é a mais avalizada para tecer críticas à liturgia actual... É que há análises muito mais equilibradas e isentas.

Bem sabemos que há muitos abusos. Mas o que mitos tradicionalistas querem fazer crer é que esses abusos fazem parte intrínseca do Novus Ordo, e que os católicos afectos a ele concordam com todos eles, o que é mentira e não passa duma campanha de difamação. Como se a única solução para tais abusos fosse regressar ao rito tridentino e não celebrar correctamente o actual!

Há lá algumas fotos que não têm mal nenhum, como as de igrejas modernas, aquela do Ratzinger a acender o candelabro ou a de João Paulo II a dar a comunhão na mão. Outras, de facto, são preocupantes.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 17:58

Sim, sobre a comunhão na mão, não entendo bem qual é o problema. Eu recebo na mão, porque na boca.. bem, parece-me pouco higiénico.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 18:46

Citação:
camilo
não é, a reforma protestante teve consequencias nefastas a varios niveis, entre os quais fundamentalizou a Igreja

Vc está querendo dizer que o rito tridentino é coisa de fundamentalista?

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: Renato Rosa (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 20:09

A ligação da missa tridentina à idade média vem do facto de o missal de 1570 ser uma reprodução de missais medievais. A Instrução do Missal Romano diz que
"o que mais preocupava S. Pio V era salvaguardar uma tradição, algo recente, é certo, mas injustamente atacada, e, consequentemente, introduzir o mínimo de alterações nos ritos sagrados. De facto, este Missal de 1570 pouco difere do primeiro impresso em 1474, o qual, por sua vez, reproduz fielmente o Missal do tempo de Inocêncio III" (que pontificou entre 1198 e 1216)

S. Pio V, ao promulgar o missal, afirma na bula Quo primum tempore que homens eruditos,
tendo consultado os escritos dos antigos e de autores aprovados, que nos deixaram documentos relativos à organização destes mesmos ritos, restituíram o Missal propriamente dito à norma e ao rito dos Santos Padres.

Mas, como diz a Instrução do Missal Romano,
se bem que os códices da Biblioteca Vaticana tenham ajudado a corrigir algumas expressões, não permitiram, naquela diligente investigação dos “antigos e mais fidedignos autores” ir além dos comentários litúrgicos da Idade Média.

Ou seja, o missal tridentino reproduz o medieval não porque o Papa achasse que a idade média era o apogeu da liturgia, mas porque o conhecimento litúrgico de então não chegava mais longe.

Mas, continua a Instrução do Missal,
Pelo contrário, hoje em dia, aquela “norma dos Santos Padres”, que os correctores do Missal de S. Pio V se propunham seguir, encontra-se enriquecida com numerosos estudos de eruditos.
Além disso, após a descoberta de numerosos documentos litúrgicos, também se conhecem melhor as tradições dos primeiros séculos, anteriores à formação dos ritos do Oriente e do Ocidente.


O Proémio da Instrução Geral do Missal Romano é bastante claro em relação a esta problemática.



Editado 1 vezes. Última edição em 29/07/2007 20:11 por Renato Rosa.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 29 de July de 2007 22:57

Citação:
Diogo Taveira
MAIS UMA VEZ, reitero que não sou contra o Concílio. Tenho João Paulo II como um dos meus Papas favoritos. Assisto à missa no Novus Ordo, mas só em um ou outro sítio. Simplesmente porque sei que nestes sítios é bem celebrada, com o tal sentido de sacralidade que sinto que falta noutros lugares.

Então me desculpe. Talvez eu tenha exagerado na reação. Por favor, cuidado ao recomendar certas fontes ;)

Fica com Deus.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 30 de July de 2007 10:20

Citação:
firefox
Citação:
camilo
não é, a reforma protestante teve consequencias nefastas a varios niveis, entre os quais fundamentalizou a Igreja

Vc está querendo dizer que o rito tridentino é coisa de fundamentalista?


Não, mas que surgiu num ambiente socio-cultural que tinha caracteristicas mais fundamentalistas que a idade media.
Eu não conheço o rito tridentino, apenas de comentarios que leio aqui e ali. Desses comentarios tenho a ideia que este rito se centra na transcendencia de Deus, é mais emotivo que o actual (a falta de emoção, a racionalização do rito actual é uma das suas pechas), mas essa emoção baseando-se na transcencencia, na infinita superioridade de Deus pode fazer o temor de Deus degenerar no medo de Deus.
O rito actual procura fazer um equilibrio entre o sentido comunitario, da comunidade como corpo de Cristo, e o sentido da sacralidade, da transcendencia.
A verdade é que normalmente, talvez devido à falta de pessoas a ajudar nas celebrações, à sobrecarga dos sacerdotes as celebrações raramente resultam bem. Parecem aulas secas.

Da mesma forma que a urgencia da mudança de lingua, do latim para o vernaculo, só se tornou patente aos bispos quando estes tiveram de participar no concilio vaticano II a missas em ritos noutras linguas parece-me que este problema passa desapercebido aos nossos bispos e liturgistas. Eles talvez estejam mais habituados a participarem em missas bem preparadas e cuidadas e não às missas, creio que infelizmente mais comuns, celebradas de forma desleixada.

lembro-me agora doutro problema que me parece mais raro mas que é grave, muito grave.
A ajuda ao padre celebrante é para muitos leigos, mal preparados espiritualmente, ocasião para vaidades. Algumas delas exibidas em publico. Já assisti a leigos zangados por causa de ser a vez deles de fazerem as leituras ou de distribuirem a comunhão. Estas zangas publicas são ocasião de escandalo para os restantes fieis. Só detecto o problema, felizmente raro, não sei o remedio para ele.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: (IP registado)
Data: 30 de July de 2007 10:53

Diogo, sem com isto querer dizer mais do que o que digo, penso que gostarias de uma missa celebrada por um padre da Opus Dei. Eles têm um grande sentido de sacralidade, fazem silêncios e são bem pausados.

Quanto aos cânticos, penso que é difícil ter-se bons coros. Simplesmente porque a cultura musical em Portugal ainda não é muito forte. Em países como a França, Inglaterra ou Holanda, por exemplo, pelo que vejo é normal haver coros muito bons. Muito frequentemente em latim.

Por outro lado, se fores à missa universitária dos jesuítas em Coimbra (e suponho que noutras cidades também haverá?) todos os partipantes cantam, e geralmente em português. O resultado é lindíssimo e mostra que tudo é uma questão de predisposição e organização. Havendo boa vontade e disponibilidade, há espaço para músicas belas. E a beleza aponta para Deus, creio.

Quanto à homilia, é a possível com os padres que temos. Regra geral, quanto mais preparado o padre em termos intelectuais, melhor costuma ser a homilia. Mesmo sendo verdade o que o Camilo diz, que os padres estão sobrecarregados. Mas aí a solução passaria por haver uma participação mais efectiva dos leigos. Como conseguir isso?

Tudo isto parece apontar também para a necessidade de maior formação, tanto de padres como de leigos.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 30 de July de 2007 14:09

Olá Zé:

A Missa que referes é um excelente exemplo de como não são precisos hinos em latim, nem sons de orgão, nem rituais barrocos, nem fatos coruscantes, para que uma celebração tenha um profundo sentido da sacralidade, aliado a um particular espírito de comunhão...
E concordo contigo na necessidade de formação de padres e leigos, não apena sformação teológica e doutrinária, mas formação humana de vivência da espiritualidade.
Esse é que é o desafio e não o latim.

Abraço

CATOLICA PRATICANTE



Editado 2 vezes. Última edição em 30/07/2007 14:13 por Tozé Monteiro.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 30 de July de 2007 14:16

Realmente nunca assisti a uma missa do Opus. É algo a considerar. Sei bem que não queres estender essa frase a mais nenhum campo ;D

Como sabes, Jesuítas é comigo. Vou todos os Domingos à missa universitária deles, mas aqui no Porto. No entanto, o cancioneiro é o mesmo, e é constituído por músicas muito agradáveis, algumas delas orações de Sto Inácio. As missas costumam ser óptimas a nível de ambiente, porque não há lugar a desleixo. Depois, dependendo do padre, a homilia varia.. O Pe. António Vaz Pinto é um excelente orador, como alguns devem saber, e ontem (como de costume) fez uma homilia que prende as pessoas. É bom ver todos calados, a olhar para ele, ali a falar no púlpito, com o mesmo tipo de atenção que os discípulos davam a Jesus. Quando se fala também do Pe. Nuno Tovar de Lemos, as coisas são parecidas. Talvez as homilias sejam mais risonhas, e ele costuma introduzir piadas. De resto, há mais um ou outro padre que celebra ali, mas não se destacam pela homilia. No entanto, a Missa em si acaba por suplantar a falha. Porque os gestos também educam...

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: As celebrações litúrgicas do "Novus Ordo"
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 30 de July de 2007 14:48

Diogo:

;)

Afinal, pelas experiências aqui partilhadas não existe monolitismo ou ausência de emoção no actual rito. Parce até haver uma certa pluralidade /diversidade na expressão concreta do actual rito, nas várias comunidades. Assim, uma missa do Opus no Porto será diferente de uma missa no Alentejo profundo ou de de uma missa universitária em Coimbra, embora seja a mesma missa..

Então para quê introduzir um outro rito, numa língua estranha?

Qual a vantagem pastoral, concreta e prática?


Já estou como o Gustavo, ainda ninguém aqui sistematizou essa vantagem.

Porque não existe.

E, se não existe, porquê dar um novo fõlego a sectores ultra-radicais e que têm como objectivo o "combate ao Concílio Vaticano II", como os textos e links que colocaste aqui on line?


Catolica Praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 30/07/2007 14:49 por Tozé Monteiro.

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