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Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 13:58

Ora, é exactamente isso. O sexo, bem cuidado, vai fazer muita gente feliz.

Tudo está nas escolhas que fazemos.
Mas, para fazermos escolhas, temos de ser livres. Temos de ser pessoas e donos de nós.


Anna e Sara

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 15:13

En passant...

Tem-se repetido por cá que «somos o nosso corpo»... É uma expressão que se contrapõe frequente a outra: «tenho um corpo» (cfr. expressões como «a mulher é dona do seu corpo»)... Ambas as expressões resvalam perigosamente para o reducionismo, filosoficamente pouco sustentável. Sem entrar no complexo problema, acho preferível dizer «simplesmente» que «somos corporais». Uma pequena-grande diferença...

Alef

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 15:39

Alef

Seja bem vindo por cá:) Pensava que andava ausente por outros mundos...

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 15:45

Sexo e altruísmo


Pe. Zezinho - scj
Enganam-se os que pensam que a Igreja Católica é contra o sexo e contra o seu uso. Ela até considera sacramento (sinal do céu) a entrega mútua de corpo e de alma entre homem e mulher, livres e capazes de se amarem. Ela vê isso como sinal do amor de Deus pela humanidade. Portanto, uma Igreja que considera o casamento um sacramento, jamais poderia ser contra o sexo. O que a Igreja condena é o egoísmo que às vezes acontece nas relações sexuais, onde ele desfruta dela sem nenhum amor maior, e ela não tem nenhuma consideração pela pessoa dele. Mas, quando os dois se consideram, se admiram e se respeitam e pretendem passar uma vida em função do outro, a Igreja abençoa e chama isso de "Sinal do Reino".

Enganam-se os que pensam que não existe espiritualidade no sexo. É claro que existe. A entrega de si mesmo, quando ela é feita dentro do respeito e do carinho, torna-se, mais que uma entrega carnal, um encontro espiritual. Existe oração no homem que se encanta com sua mulher e na mulher que se encanta com seu homem. Existe santidade naquele prazer dos dois em função do lar que criaram e das necessidades de um ser humano feminino e de um ser humano masculino. Está longe de ser um ato animal. É um ato humano, destinado não apenas a procriar, mas também de criar laços de ternura e de amor.

Quando o sexo é conseqüência dos laços de ternura, ele se torna a cada dia mais bonito. Quando não tem ternura e nem respeito, torna-se cada dia mais compulsivo e machuca sempre mais.

Para a Igreja, fica muito claro que a pregação de sexo do mundo quase sempre parte do egoísmo e acaba no egoísmo. A pregação de sexo da religião séria, parte do altruísmo e concluí no altruísmo.

Um casal disse:

- Gostamos muito do físico um do outro. Afinal, é um dos presentes que vieram com o casamento. Mas gostamos muito mais do jeito de ser um do outro. Não vivo sem o olhar, o sorriso, o carinho, as atenções e a paciência dessa mulher. E ela:

- Não vivo sem o carinho, a proteção, as palavras e a presença desse homem. Eu casei com o conteúdo: a casca e o invólucro vieram de presentes. Não vivemos em função da relação sexual e sim, das muitíssimas outras relações matrimoniais que dão sentido à relação sexual, quando ela acontece. O que nos une são nossas relações e não apenas aquela relação, que também é importante, mas não é tudo na nossa vida. Estamos casados por causa das nossas muitas relações matrimoniais e não apenas por causa das eventuais relações sexuais.

Quem acha que tudo é sexo no casamento, ainda não descobriu nem o casamento, nem a vida.

30/11/03




A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 16:22

Ana concordo plenamente com o último post que o sexo é parte do casamento e da vida!

Uma parte e não o todo... e mais acho que aqui ninguém é apologista do sexo livre porque é que insistem em bater no ceguinho?

Em comunhão

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 16:38

Alef:


"Somos o nosso corpo»... É uma expressão que se contrapõe frequente a outra: «tenho um corpo» (cfr. expressões como «a mulher é dona do seu corpo»)... "
Realmente, como tão bem observaste, são expressões que se contrapõem, que têm significados opostos.

SE somos o nosso corpo, ele não é uma coisa ou um objecto que se tem , se possui ou se pode dispor livrem,ente, mas que também não pdoe ser usado ou coisificados por outros.

Somos o nosso corpo.

Ou, dito de outra forma, sem o nosso corpo, nem sequer SOMOS.

Não basta dizer que "somos corporais", como se a "corporalidade" fosse um adjectivo ou uma característica do ser humano.

O Próprio Cristo escreveu disse sobre o seu corpo e sobre a sua carne coisas verdadeiramente extraordinárias - "a minha carne é a verdadeira comida", "este é o meu corpo - tomai e comei"...

Em nenhum lado do Evangelho Jesus se refere o seu corpo , tão humano como o nosso, tão belo como o nosso e tão cheio de necessidades básicas como o nosso ( sexualidade incluida) , como um antro de podridão e pecado.

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 16:53

Tilleul,

Aqui, pode não haver quem seja a favor do sexo livre, mas na sociedade em que nos inserimos, sim, há quem seja apologista dessas práticas.
Como tu sabes, há uma subtil pressão no sentido de as pessoas considerarem "libertação" esse tipo de comportamentos, apelidando de retrógrados, moralistas, hipócritas e preconceituosos a quem deles discorda por motivos vários.
Os nossos filhos - adultos sexualmente activos de amanhã - devem ser formados a nível sexual, por forma a saberem distinguir o trigo do joio, a prática sexual consciente e responsável (e o sexo responsável não é só colocar o preservativo e / ou tomar a pílula) de práticas sexuais que os reduzem a meros objectos de prazer.
Uma vez, tive a oportunidade de comentar num blog o assunto da educação sexual. Quando falei que a educação sexual deveria também contemplar a fidelidade como uma posição também válida no combate à disseminação de doenças venéreas, fui logo, logo apelidada de moralista bacoca, de querer impor a minha crença de repressão sexual!
Portanto, é importante bater no ceguinho, sim.

Anna e Sara

A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 17:32

Porque não vemos o sexo pelas coisas positivas.

Em vez de dizer que o sexo é pecaminoso e fonte podridão e de luxúria porque não antes dizer que

"O sexo é uma benção e acto de louvor quando está inserido numa relação construtiva e frutosa. Não se quer dizer que cada vez que aconteça o sexo tenha que haver concepção mas que se tente dar o amor que sentimos pelo o outro. Por vezes isso é difícil porque se está cansado e mal-humurado mas como na vida há tempos para tudo." - Isto seria um discurso pela positiva que a Igreja deveria adoptar.

Agora um discurso dos apologistas do sexo pecado tipo TVI: "Meus amigos, o sexo é fruto do pecado e da podridão da nossa sociedade e da influência dos poderes temporais. S. Paulo apregoava no seu apostolado a castidade e a virgindade. Pela carne seremos todos condenados ao desterro. O sexo é egoísta e individualista e a mulher é fonte de tentação. Sexo sem concepção é abortista."

Bom claro que exagerei um bocadinho mas é importante qu se realcem as partes positivas e que se diferenciem comportamentos e não se generalize.

A questão deste tópico não é a educação sexual mas a questão da virgindade e castidade sexual na formação humana.

Não acredito que alguém que seja virgem toda a vida tenha alguma coisa a mais que eu. Foi uma opção de vida.

Também a castidade deverá pensada... o que é castidade alguém que não pratica sexo? Não podemos ser "seres sexuais" e também manter castidade?

Volto a insistir que se falem nas coisas pelos nomes e não se generalize... Será que os nossos padres virgens e castos têm formação para falar destes comportamentos?

Nem vale a pena falar da questão do pecado original porque se vamos por aí nunca mais daqui saímos.

FORMAÇÃO! É A SOLUÇÃO!

Concordo muito que a fidelidade é um fantástico método de prevenção da Sida mas normalmente o que a Igreja diz é abstinência. Há uma pequena diferença...

Em comunhão

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 17:50

O problema, Tilleul, é que as pessoas levaram toda a vida com o discurso do sexo mau, pecaminoso e sujo.
Então, por oposição, têm comportamentos diametralmente opostos aos que a Igreja (entidade que passa essas ideias através das suas hierarquias, não de todos os seus membros, note-se) indica: abstinência, castidade, fidelidade, sexo com objectivos apenas procriadores, etc.
Julgo que as pessoas fazem mais isso por oposição (armarem-se em livres pensadores relativamente à Igreja) sem terem a noção que acabam por se manterem preconceituosas em relação a quem vive a sexualidade de forma diferente da sua. Outra vez o mesmo ponto: preconceito contra quem defende a fidelidade, o sexo no contexto do amor e não à la gardère...A suposta vítima torna-se em verdadeiro verdugo!

Há que buscar o equilíbrio: nem o sexo é uma coisa suja e pecaminosa, nem é algo apenas divertido e irresponsável.
No meu entender, a formação deveria começar com a seguinte frase: tem sexo, somente quando aceitares e souberes assumir as suas consequências, sejam elas quais forem.
Porque o problema também reside no facto de as pessoas não levarem o sexo a sério e a torná-lo mais uma experiência, ainda que não tenham maturidade para assumir as suas consequências.

E, quanto a mim, a abstinência numa relação estável de um casal não tem cabimento. A fidelidade, sim. A abstinência, não.

Anna e Sara


No Amor a Virgindade e a Castidade alimentam a busca do prazer-satisfação no relacionamento interpessoal
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 17:52

A sexualidade humana consiste na procura insistente do prazer-satisfação que é animada pela força energética da pulsão libidinal (ou energia de todas as tendências que se ligam aos instintos e desejos da vida humana).
É esta energia que impele os humanos a, em tudo que fazem procurem o prazer e a satisfação.
Inicialmente de tipo biológica (corpo) ou fisiológica na caracterização e distinção entre o irracional e o racional ou ser dotado de inteligência, portanto com a dimensão psicossomática esta energia transforma-se em psíquica com o desenvolver da consciencialização humana da realidade do que é viver.
Na sexualidade humana esta força energética da pulsão libidinal implica comportamentos orientados pela busca de prazeres e de satisfações portanto é mais intensa que o simples viver do instinto animal como na altura do cio.
Porque os seres humanos são dotados de personalidade esta é algo que só se desenvolve, estrutura e atinge com maturidade quando estabelece relações afectivas com outros seres.
Este relacionamento interpessoal implica algo mais do que a satisfação somática ou dos factores de satisfação puramente físicos. Ao ser humano, por ser dotado de corpo e mente, a este relacionamento importa sobretudo a dimensão da satisfação psíquica ou psicossomática.
Pode dizer-se que nos humanos há algo que não se encontra nos outros elementos do reino animal, não dotados de pensamento e de inteligência, que é a pulsão libidinal ou a apetência para a realização psicossomática do prazer-satisfação muito mais exigente, para que o humano se sinta feliz, do que o simples satisfazer de instintos.
São valores, entre os quais incluo a vontade de respeitar a virgindade assim como de saber viver a castidade no amor físico e psíquico, que alimentam este sentido de desenvolvimento de uma energia psíquica que sublime o desejo pelo prazer e satisfação no relacionamento interpessoal entre dois seres.
O inverso será a banalização e a desvalorização desse “namoro ou relacionamento” de seres que se julgam amar, e que apenas vivem situações de satisfações e de prazeres, sem uma entrega que vise a vontade da total realização do prazer-satisfação doutro mais que o pessoal.
Assim, sem valores que levem os humanos a aceitarem nas sua vidas e vivências da sexualidade entre outros valores como a virgindade e o viver a castidade no amor, acaba por não acontecer a sublimação da paixão que une dois seres que amando-se vivam como se fossem um.



Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 17:59

Joaquim,

É certo, o que dizes. Há que respeitar determinados valores.
Infelizmente, a sociedade actual rege-se por "aqui e agora", um imediatismo atroz.

Anna e Sara

A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 18:17

Ana compreendo perfeitamente o que diz e subscrevo totalmente. Só um ponto penso que devem existir momentos de abstinência para que se renove o desejo mas isto é uma opinião própria.

Não consigo compreender estes discursos para dentro com palavras muito bonitas mas que não respondem às perguntas colocadas. Os jovens se ouvirem um discurso como este assustam-se e viram costas.

Desculpa a ignorância, mas um ser humano comum que oiça alguém dizer que: "Este relacionamento interpessoal implica algo mais do que a satisfação somática ou dos factores de satisfação puramente físicos. Ao ser humano, por ser dotado de corpo e mente, a este relacionamento importa sobretudo a dimensão da satisfação psíquica ou psicossomática." vai pensar que está doente.

Desculpe lá senhor Joaquim não estou a gozar mas não se importa de simplificar e dizer com termos normais o que pensa, afinal estamos a falar de sexo e não de uma coisa abstrata.

Em comunhão...

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 18:50

E há aqui uma contradição que muito bem colocou o Tilleul...
Em primeiro lugar a flata de clareza na linguagem.
Depois, uma questão de congruência dos argumentos.

SE o amor entre duas pessoas, na sua plenitude, engloba sempre a dimensão de uma sexualidade pelanamente vivida, se só o envolvimento sexual permite a fecundidade do amor humano, a virgindade surge como a incapacidade de amor, é o corolário "natural" dessa incapacidade de viver o amor em toda a sua plenitude...


SE a virgindade fosse um valor supremo ou , como alguns querem fazer passar , um "modo superior" de viver ou melhor, recalcar, a sexualidade humana, o grande impulso da fertilidade ( não apenas biológica mas sobretudo biopsicosocial) ficaria inelutavelmente castrado.



Respondendo á pergunta do Tilleul -

Será uma pessoa virgem , homem ou mulher "espiritualmente superior"?

Terá mais capacidade de amor?

A resposta é provavelmente não...

Ou ainda não tem essa capacidade amorosa, por falta de maturidade e isso explica que seja virgem - e poderá vir a construi-la, com serenidade e alegria - ou passará a vida sem essa capacidade de realização amorosa adulta e sexuada, e dessa denegação de si mesmo só pode resultar alienação e frustração...


Uma virgem ou um virgem serão por isso menos completos e de certeza menos fecundos do que os que amam na sua plenitude.


A "sublimação" da pulsão libidinal ( para utilizar uma linguagem freudiana do Galvão) é uma forma sofisticada de denegação da mesma - e as neuroses resultantes desta automutilação também foram teorizadas por Freud ...

Ora mesmo que se auto- limite a vivência sexual, atrvés de auto- punições e sentimentos de culpa, ou outras formas de autocastração, o impulso sexual é poderoso e emerge de outras formas - como muito bem referiu o Tilleul.

Toda as pessoas adultas sudáveis mesmo que privadas de contactos sexuais têm fantasias eróticas, fases de excitação ( sim, os padres têmm erecções e orgasmos durante os sonhos), desejos e impulsos, orgasmos e, provavelmente práticas masturbatórias.

Claro que em algumas pessoas a pulsão sexual, de tão reprimida transforma-se em sintoma neurótico...

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 18:58

"Enganam-se os que pensam que não existe espiritualidade no sexo. É claro que existe. A Existe oração no homem que se encanta com sua mulher e na mulher que se encanta com seu homem. Existe santidade naquele prazer dos dois "...


Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 19:04

E desculpem-me o atrevimento, mas mais uma vez toda esta discussão sobre a "virgindade" ( que ninguém sabe o que quer muito bem dizer) se centra num "pecado original", ou seja num preconceito básico - na ideia de que o relacionamento sexual entre duas pessoas adultas só se pode exprimir através do coito e de que não existem outras formas de exprimir o erotismo...

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 19:07

“um ser humano comum que oiça alguém dizer que: "Este relacionamento interpessoal implica algo mais do que a satisfação somática ou dos factores de satisfação puramente físicos.

Amigo Tilleul e restantes.
Não será ignorância mas desanimo…
Talvez para isso concorra o comportamento da sociedade actual, não generalizando, mas a mais “barulhenta”, contudo:
- algo mais do que a satisfação somática é a paz da consciência.
Só há paz naqueles que antes de agirem pensam no que vão fazer e se ou quando o devem fazer.
A virgindade está no pensamento e no desejo, esperar pela hora e pelo momento exclusivo e único para o início de uma vida que é totalmente diferente da vivida até ao momento imediatamente anterior.
Essa satisfação somática será a prova sublimada do sinal da entrega psicossomática que será tanto mais coroada de prazer-satisfação quando mais responsável, conscientemente e maduramente for vivida.
A entrega a qualquer instante dessa virgindade mais psíquica que física a qualquer parceiro/a sem aqueles pressupostos dificilmente chega a ser premiada por todo o valor do desejado prazer e da idealizada satisfação para esse momento.
Aqui não haverá total satisfação se o prazer for só físico pois a satisfação é mais que isso, é algo que é a satisfação da paixão psicossomática e onde a mente não está sã o corpo estará em risco de poder estar doente. Olhe-se ao dia a dia à nossa volta…

Então será fácil falar ao mundo, e mesmo aos jovens mesmo aos que teme e admite, que ao lerem o que escrevi, ou ao ouvirem um discurso como este, que se vão assustar e virar costas. Acredite que isso não acontecerá se houver diálogos sinceros e não demagógicos.
Para eles, como para todo o ser humano, por serem dotados de ideais psicossomáticos e de desejos de felicidade no prazer-satisfação do corpo e da mente. Ao todo o ser humano com maturidade nestes relacionamentos interpessoais importa sobretudo a dimensão da satisfação psíquica ou psicossomática mais do que só a genital ou mesmo a física.
Eles não irão pensar que está doente quem lhes fala a verdade.

Joaquim Galvão

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 07 de September de 2005 19:17

católicapraticante

Já uma vez, em tempos lhe sugeri que coerentemente abandone o nick name com que se batizou e esconde e pense noutro mais próximo dos seus ideais e valores...

Nada tendo a comentar sobre Freud, devo dizer que o que me inspira é Jacques Lacan.
E, deculpe mas não merece qualquer comentário o que escreve sem rever ou reler, até para repensar o que diz. como na frase que transcrevo.
-"A "sublimação" da pulsão libidinal ( para utilizar uma linguagem freudiana do Galvão) é uma forma sofisticada de denegação da mesma - e as neuroses resultantes desta automutilação também foram teorizadas por Freud ...



Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 02:10

Amigo Galvão :
Penso que o Nick que adoptei é o que mais se adequa aos valores que vivo e que correspondem ao catolicismo, pelo que a sugestão é sem sentido.
Mas agradeço a simpatia.


Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 02:20

Já agora- Lacan é completamente freudiano, como pode ler pelas suas publicações - [psiconet.org]

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 09:44

CP,

Eu entendo o que queres dizer, mas se uma pessoa opta por viver virgem, ou guardar a sua virgindade até ao casamento, não me parece que esteja a recalcar nada - entenda-se o "ser virgem" como ter relações sexuais completas, i.e., com coito.
Julgo, isso sim, que poderá ter enquadrado o "ter sexo com..." naquilo que pretende para a sua vida. Acho que "recalcar" alguma coisa, é não saber lidar com essa mesma coisa. Ora, a pessoa que se mantém virgem não tem necessariamente de ser neurótica ou recalcada. Vive a sua sexualidade de forma diferente, mas não a nega. Negar que somos seres sexuais é que me parece ser "recalcar" - isto, obviamente, para mim.
Vou contar-te o meu caso: a esmagadora maioria dos meus colegas de turma do secundário perdeu a virgindade aos 15 / 16 anos. Quem ainda fosse virgem, era considerado um totó.
Eu mantive-me virgem até aos 22 anos - altura em que me comprometi. Para eles - se soubessem disto - seria a chacota total. Mas:

1º - O acto de ter relações, para mim, sempre foi algo do foro íntimo de uma pessoa. Quer isto dizer que ter ou não ter relações não deve ser abordado como conversa de café. Portanto, ninguém tem de saber se fulano ou cicrano é virgem ou não. Acho que isso não é do domínio público...

2º - Mantive-me virgem até me comprometer, porque, para mim, sexo sem comprometimento não faz o menor sentido. Ter relações não se trata de fazer experiências com "a", "b" ou "c", mas sim de algo sério, bonito e único. O dar-me a uma pessoa tem um significado especial. É a entrega da minha pessoa. Amo o meu corpo, considero-o sagrado, logo entrego-o a alguém especial, a quem amo. Manter-me virgem, para mim, teve o significado de amar esse homem, com quem estou casada e do qual tenho uma filha.
Portanto, não neguei a minha sexualidade. Apenas a vivi segundo as minhas escolhas de vida. Tive sexo quando quis, com quem quis.

E não me considero neurótica! ;)))


Anna e Sara

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