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Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 11:00

Amiga A:

O que coloquei em causa não foi o facto de os casais decidirem conscientemente iniciar a sua vida sexual ( através do coito vaginal) no momento em que o considerem mais adequado ( seja ele ou não o casamento) .
Parece que esta noção é consensual para todos os intervenientes neste Forum.

Mas Volto novamente a questionar a ideia de que o relacionamento sexual entre duas pessoas tenha de corresponder ao coito e que a "virgindade fisiológica " tenha um significado especialmente extraordinário.

Aliás, esta visão redutora da sexualidade humana está na origem de muitos conflitos e perturbações, dificuldades de relacionamentos e disfunções sexuais e deve ser reflectida, problematizada e reaprendida.



O que questionei foi a ideia, que me parece absurda, de que a virgindade é uma espécie de "superioridade moral ou espiritual", por oposição ao relacionamento amoroso de um casal. Pelo contrário a capacidade de envolvimento amoroso, erótico e sexuado representa a forma mais maravilhosa de amor humano e quem dele está privado sofre intensamente com isso , mesmo que encontre estratégias para tentar superar essa carência.


De qualquer forma, concordas comigo. As pessoas não devem iniciar a sua vida sexual (através do coito ) se ainda não estão preparadas emocionalmente para um envolvimento intergral com outra pessoa, por falta de maturidade pessoal ou por falta de intensidade no envolvimento com outrém. Mas facto de não praticarem coito, não significa que não possam ter uma vivência e gratificações sexuais, não significa que não devam ter uma autoaprendizagem do seu corpo, das sua sensualidade, do seu erotismo... SE não estão bem com o seu corpo, com os eus afctos , com o seu erotismo, como s epodem relacionar amorosamente com um outro?

Já as pessoas que ficam "virgens" toda a vida , por "opção" (??) ou imposição social , penso que são pessoas que não vivem uma faceta fundamental das potencialidades enquanto seres humanos. Obviamente que podem exprimir a sua sexualidade e obter gratificação sexual e orgasmos de outras formas, se forem pessoas saudáveis... mas se vivem em permanente conflito e frustração , com sentiementos de culpa e necessidade permanente de reprimir as suas necessidades de prazer sexual, noemadamente atrvés da masturbação, há grande probabilidade de ocorrerem sintomas neuróticos. Normalmente são pessoas amargas, agressivas cheias de angústias interiores e com dificuldade em relacionar-se com os outros....

Outro aspecto muitíssimo importante que focaste no teu post - a questão da intimidade.

É especialmente importante que os adolescentes aprendam a viver e descobrir a sua intimidade, a valorizar o seu corpo, a aconhece-lo e a viver a sua sexualidade como algo de belo, precioso e sagrado, que não pode ser banalizado ou creduzido a objecto de consumo .

É preciso também, com muita clareza e sem conversas esotéricas, ensinar os jovens e adolescentes a falar dos seus afectos, das suas emoções, dos seus sentimentos em função de si memso e do outro. Educar para os afectos, para a responsabilidade e para a beleza sagrada da sexualidade humana.

Educar para ser capaz de escolher.


Ora isto é o contrário do discurso de que o corpo é podre e que o sexo é sujo e por isso a virgindade é muito boa....




Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 11:31

Exacto: educar para escolher conscientemente.

Mas, como tu sabes, a nossa sociedade pauta-se pela cedência à pressão que os media exercem no sentido de "sex for fun"...
É sintomático que apareça a publicidade aos preservativos Control, por exemplo, nesta altura do ano - o Verão - em que surge o maior número de relações descartáveis (ou de dia de praia).
Tudo aponta para isso. O politicamente correcto e o institucional é exactamente o oposto do discurso da "virgindade acima de tudo".
Como te digo: passa-se de um extremo para o outro da questão. Não há equilíbrio e o sexo continua a ser um assunto menor, uma necessidade fisiológica divertida satisfeita à custa de quem quer que se mostre disponível a tornar-se um vibrador / boneca insuflável por umas horas...
Ambas as visões estão erradas: uma, por ser demasiado fechada a algo tão natural e bom como é a actividade sexual do ser humano. Outra, por tornar realmente sem graça e banal esse mesmo fenómeno, tirando-lhe todo o significado.
Ora, infelizmente, e para não serem insultadas e chamadas de retrógradas, preconceituosas e moralistas, as pessoas têm tendência para desbundar e nem sequer pensar nas consequências dos seus actos. Como diz o Pde Zézinho "mordem a maçã ainda verde". E sempre ouvi dizer que comer frutos verdes dá dores de barriga...
Quer dizer, talvez não, que há umas clínicas ali em Espanha que resolvem a coisa no maior sigilo...
E vamos continuando alegres por essa vida fora...


Acho que faz falta alguma reflexão. Só que a malta não está para isso! As conseuências (SIDA, aborto, patologias do sistema reprodutor, etc) estão aí...só que ninguém quer ver e mudar os seus comportamentos. Preferem mascarar a coisa e fingir que está tudo bem!

Anna e Sara

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 11:52

Amiga Ana :

Permite-me apenas não concordar em absoluto com uma frase.
A ideia de que os jovens e adolescentes de hoje vivem a sexualidade " como um assunto menor, uma necessidade fisiológica divertida satisfeita à custa de quem quer que se mostre disponível a tornar-se um vibrador / boneca insuflável por umas horas... "
Não é verdadeira. Mesmo que queiram demosntar aos outros que é assim, a necessidaes mais fundas de afecto, aceitação dos outros, prazer, e medo d erejeição estão sempre subjecentes aos seus comportamentos.

Os jovens e adolescentes apaixonam-se intensamente, vivem com as emoções á flor da pele, sofrem e sentem, sentem-se vulneráveis e por vezes sem capacidade de discernir as suas escolhas.

Somos seres humanos e não objectos - mesmo que alguém pnde o contrário - não há envolviemento sexual sem emoções e sem sentimentos.

Ora o que é fundamental é uma educação para as emoções, os sentimentos, e os afectos.
E não só para os adolescentes....

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 12:05

Católica,

Não estou a dizer que os jovens encetem necessariamente por esse caminho. O que eu disse é que a mentalidade que se quer impôr é a do sexo livre de compromisso e à custa de quem quer que seja.
Por oposição ao exagero do sexo como pecado, surge o do sexo como deboche.


Anna e Sara

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 12:45


Saber discernir é algo que constitui a riqueza e a qualidade da cultura da pessoa,
Se a sociedade acaba por impor como modelo de vida “o sexo livre de compromisso e à custa de quem quer que seja, em nada leva alguém a assumir a diferença que vem de não aceitar ser carneiro em rebanho mas diferente por o seu discernir cultural o leva a assim responsavelmente querer ser.
Contudo sabemos como as sociedades tendem mais para a massificação do que para a personalização e como é mais fácil ir em modas do que em valores.
Importa, pelo menos para mim, que nesse discernir o ser humano possa ter a cultura dos valores e seja capaz de se auto afirmar com maturidade e personalidade no que pensa quanto à virgindade ou quanto à castidade de vida sexual, e viver e agir em coerência.


Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 15:54

O que se pode ler em
[www.sexualidadejuvenil]. pt/default.asp?
juventude.gov.pt

Afinal o que é ser virgem?
Ser virgem é algo sentido individualmente, é um conceito muito pessoal. Para muitos será nunca ter tido relações sexuais, para outros é o rompimento do hímen.
Hímen, o que é o hímen? Hímen é uma pele muito fina que existe na entrada da vagina. O hímen pode ser diferente de mulher para mulher, é através desse orifício que as secreções e o sangue menstrual saem da vagina. Alguns himens sagram quando se rompem na primeira relação sexual, outros, por serem mais flexíveis, alargam e não sangram. Também se pode dar o facto da mulher não ter hímen ou outros casos mais complicados em que o hímen não tem orifício. Nestes casos o médico tem de perfurar o hímen para a menstruação poder sair.
•Mas será que ser virgem é não ter rompido o hímen ??
•Então só as raparigas é que são virgens ?? ?
•E aquelas raparigas que nunca tiveram relações sexuais e que não têm hímen ??
•E aquelas em que o hímen rompeu por alguma razão antes da primeira relação sexual (por exemplo a prática de desporto) ?

A virgindade é ainda hoje um tema muito polémico, por mil e uma razões, religiosas, culturais, pessoais, e outras. Mas se procurares uma enciclopédia ou um dicionário, descobres: virgem, pessoa que nunca teve relações sexuais. E eis que se faz luz...então,
•O tampão não tira a virgindade
•Quem se masturba não deixa de ser virgem, mesmo que a masturbação seja a dois
•Os rapazes também são virgens
•Utilizar um vibrador não tira a virgindade
Será que existe uma idade certa para iniciar a vida sexual ?
A idade certa és tu que decides. Porém se as dúvidas e as questões dançam na tua cabeça é melhor parar para pensar. Não existe uma idade, uma hora ou um espaço indicado ou aconselhado. Para ti a idade certa pode ser uma, para o teu amigo outra. Tudo depende dos teus sentimentos, do teu desejo, da tua segurança. As ideias ou os tempos das outras pessoas não te obrigam a nada. Mas existem algumas opções que deves tomar antes da decisão final:
•falar com o teu parceiro ou parceira sobre os vossos sentimentos e desejos, para saber se uma relação sexual “completa” é um desejo de ambos ou apenas de uma das partes
•informa-te sobre os métodos contraceptivos e as infecções sexualmente transmissíveis
•decidir em conjunto quais os métodos a usar
Estas opções convivem com a paixão e o sentimento e permitem que a tua primeira relação sexual seja uma experiência mais gratificante. Só um último conselho, a primeira relação sexual é um momento especial, como tal precisa do seu próprio tempo e do seu próprio espaço. Sem pressas e receios. Com tempo, confiança, descontracção, amor e desejo.

Perder a virgindade
Perder o quê?
Já reparaste como por vezes encaras a vida de maneira tão negativa, vês só o lado mau, de perda e sacrifício de tudo o que está à tua volta?
Será que é preciso exemplos?

Perder a virgindade...onde está a minha virgindade, perdi-a algures...que distraído que sou, é melhor ir procurá-la, pode-me fazer falta. Ou, que desastrada já perdi outra vez a virgindade, não sei onde tenho a cabeça...
Vamos lá acabar com esta história da perda.
Iniciar a vida sexual é uma escolha, individual. Quando essa decisão é pensada e tomada com maturidade, sejam rapazes ou raparigas, os ganhos são infinitos. Fazer amor é partilhar emoções, sensações, é confiar, amar, desejar, brincar...
Será que ainda insistes na perda???

Já agora....há também quem considere que se “perde” a virgindade quando de livre, informada e responsável vontade se tem a 1ª relação sexual...portanto forçar ou obrigar alguém sobre que forma for a ter relações sexuais....não vale e não só na 1ª vez!

juventude.gov.pt
www.sexualidadejuvenil.pt

...

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 17:24

Lê-se no texto anterior:
- “Afinal o que é ser virgem?
Ser virgem é algo sentido individualmente, é um conceito muito pessoal.
- A virgindade é ainda hoje um tema muito polémico, por mil e uma razões, religiosas, culturais, pessoais, e outras”.
Voltando à ideia de saber discernir sobre a virgindade e a castidade sexual parece-me que ser virgem é importante no intimo de cada pessoa e só a cada pessoa deve dizer respeito.
- Não vejo razão para ser por isso uma questão para contextualizar no plano social de forma a constituir tema de polémica.
Discernir é equacionar em consciência
Discernir é algo que vem da educação e formação pessoal, feita de forma isenta de preconceitos ou de estigmas pessoais de educadores, com a verdade e a honestidade cientifica, para permitir a cada ser educado e formado poder fazer, neste tema, opções que façam luz num projecto que é o projecto da vida pessoal.
Discernir sobre temas da vida pessoal e intima como o valor da virgindade, e igualmente sobre o valor da castidade sexual, é enriquecer a personalidade pessoal e igualmente da personalidade social e é enriquecer a cultura da humanidade e a civilização.
Ser virgem toda a vida, ser virgem até um dia, ou viver já tendo deixado de ser virgem, é viver valores é particularmente algo de importancia mais pessoal do que social, repito.
A virgindade é, física e psicossomaticamente, uma opção estritamente pessoal que deve ser deixada à consciência de cada um, e da familiar (deixem que de algum modo introduza este grupo na intimidade da pessoa mas fora da sua imagem social) é ainda, e de algum modo, uma opção de quem se ama e entende vir a formar um casal ou par de vida com projectos.
Mais que o simbolismo da perfuração da membrana é a capacidade cultural e consciente de a personalidade madura e responsável afirmar todo o seu querer e dos seus creres na sua vida pessoal e, como disse também familiar.

Que significado podem ter a virgindade e a castidade sexual.

Já aqui se leu que há forças externas que julgam ter o direito de opinar sobre este tema e por isso sobre ele debatem conceitos globais e gerais.
Sobre estas forças de influência, que se esforçam por especular e fazer demagogia sobre o valor da virgindade ou mesmo da castidade sexual, penso que o que fazem e o que vem do exterior da pessoa deve ser de pequeno significado para a própria pessoa.
Deixo a ressalva da importancia da educação e da formação da cultura e da formação da pessoa e das civilizações para afirmar que debater ideias como estas tem valor apenas e só quando possa enriquecer a cultura pessoal e cientifica de cada ser e é aí que deve terminar a sua intervenção e intenção de fazer opinião, deixando a cada um e à intimidade de cada pessoa o passo seguinte, do discernir sobre o a sua vida presente e sobre o futuro dessa mesma vida.
Assim, a virgindade que é ainda hoje um tema muito polémico, por mil e uma razões, religiosas, culturais, pessoais, e outras. Deve ser vista mais no respeito pela pessoa humana, os seus direitos e as suas liberdades baseadas na cultura e educação para valores e menos como tema de acções polémicas de políticas e de pesos, sejam de tipos ou ideias religiosas, culturais, pessoais ou outras mas infelizmente muitas vezes demagógicas e tendenciosas.

Joaquim Galvão

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 17:45

Muito Ùtil ainformação aqui deixada pelo galvão de um site bem construído sobre este tma.

è um bom exemplo do que deve ser uma Informação clara , com linguagem que os jovens compreendem e que pretende responder às perguntas mais frequentes que os adolescentes colocam.

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 08 de September de 2005 19:12

CP

És sempre do contra, já todos sabemos...E porque não colocas aquí as perguntas que fazem os adolescentes?
Uma pergunta que os adolescentes costumam fazer é: como nascem os bebés e como se fazem? O que lhes respondias?

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 09 de September de 2005 00:19

Necessidade da castidade

- "A virtude da pureza ou castidade consiste no treino necessário para que o corpo seja sempre expressão e instrumento do amor generoso da alma. Consiste em dominar o corpo de modo a que não reflicta o prazer imediato e egoísta, mas actue com espontaneidade e naturalidade ao serviço do amor autêntico.
Porque, no amor, a natureza actua com muita espontaneidade e é necessário que o corpo e a mente estejam limpos e dispostos. Como no desporto, se não há treino, as coisas saem mal. Para que, na altura de amar, o corpo expresse espontaneamente a generosidade do amor da alma, é necessário tê-lo treinado até alcançar essa virtude que se chama pureza ou castidade. Se não, é fácil que, em lugar do amor, saia o egoísmo da carne.
Como o amor é o sentimento mais nobre que temos e se há-de amar com o único corpo e a única mente que temos (ninguém pode pedir que lhe mudem o corpo ou o cérebro quando quer amar com limpeza), corromper a integridade sexual do corpo com a impureza do egoísmo carnal, é corromper o veículo e instrumento que temos para expressar e realizar o amor.
Pela íntima unidade de alma e corpo, a corrupção e impureza do corpo arrastam a vontade e o coração. O egoísmo mete-se na alma. Na imaginação, na memória, nos sentimentos, nos desejos, o cérebro vai acumulando um modo egoísta de viver o sexo e um modo egoísta e animal de considerar o outro: não se vê como pessoa a quem amar e entregar-se, mas como objecto dessa fome de prazer corporal ou afectivo.
Superar essa podridão do corpo e do cérebro é algo muito difícil.
Consegue-se mais com a passagem do tempo. De facto, só reconhecendo a maldade das actuações anteriores e com a ajuda de Deus pode o homem evitar esse desastre que destroça a alma e o corpo e voltar a ter um corpo e uma mente que possam ser expressão e instrumento de um amor grande e limpo.
Mas a limpeza exige um processo inevitável de purificação, que é mais duro que o desenvolvimento natural da castidade. A impureza não é outra coisa que a utilização do sexo para fins meramente egoístas de prazer corporal. A castidade não é outra coisa que esse saber amar com a alma e o corpo, saber entregar-se inteiro".

Aldeia em [amarcomocorpo.no.sapo.pt]


Pode ler-se em texto das Edições Paulinas
Publicado no site [www.agencia.ecclesia.pt]
- “A castidade é a integração da sexualidade na vida da pessoa, tornando-a verdadeiramente humana no equilíbrio do corpo e do espírito, e no seu relacionamento com os outros. Para além da genitalidade, faz entrar em jogo a afectividade e o amor. A castidade implica uma aprendizagem do domínio de si, que é uma pedagogia da liberdade, e um particular culto da pureza de atitudes, olhares, pensamentos e intenções; sobretudo no actual clima social marcado pelo erotismo difuso e pela permissividade dos costumes, é obra de fôlego sujeita à lei do crescimento; e pressupõe o recurso a diversos meios, entre os quais o conhecimento próprio, uma ascese adaptada, a prática das virtudes e a oração, pois se é uma conquista, é também um dom de Deus. Para ela devem concorrer, por um lado, uma boa educação sexual, e por outro, um ambiente sociocultural respeitador dos valores em que ela assenta. …”
Com a devida vénia de respeito deixo ao fórum esta parte do texto que convido a lerem no mesmo site na integra.

Joaquim Galvão

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 09 de September de 2005 02:27

Cara Ana,

Li uma das frases que escreveste e algo me chamou a atenção. Dizes «Uma pergunta que os adolescentes costumam fazer é: como nascem os bebés e como se fazem? O que lhes respondias?».

Serão mesmo os adolescentes que colocam esta pergunta? Não serão antes as crianças, com quatro, cinco ou seis anos? Os adolescentes colocam outro tipo de perguntas: Se beijar ou apalpar a namorada, engravido-a? Sempre que há relações sexuais, se engravida? E outras deste género.

Como responder a estas perguntas? Com a verdade!

No nosso caso, ainda é um pouco cedo. A Madalena fez agora um ano, mas sei que talvez com três ou quatro anos nos vai perguntar como nascem os bebés. Talvez mais tarde, como se fazem, etc. Se fosse hoje que ela me perguntasse, eu responder-lhe-ia com a verdade a todas as perguntas que ela me fizesse. Tenho a certeza que se não for eu (ou a mãe) a responder-lhe, alguém lhe dará a resposta. Nesse caso, prefiro que sejamos nós.

Quero que a minha filha tenha a certeza, a confiança e o à-vontade para me perguntar tudo o que ela entender, e, por mais díficil que seja a pergunta, tenho que estar preparado para lhe responder. Serei honesto e sincero com ela pois, na minha opinião, essa é a única forma de se manter uma relação forte e duradoura.

Sei que não vai ser fácil. Ainda noutro dia uma amiga nossa nos comentava que a filha dela de oito anos lhe perguntava: "Oh mãe, como é que se usa um preservativo?". A mãe, completamente surpreendida, engoliu em seco, numa primeira tentativa tentou desviar o assunto, mas viu que a filha estava mesmo interessada na resposta. Então, vendo que a filha iria procurar noutro sítio a resposta, se não se sentisse satisfeita com a resposta da mãe, optou por lhe responder à pergunta com a verdade.

Comentávamos entre nós, pais: será a altura indicada para ela saber estas coisas? Não sabemos. Pensámos que não. A todos nos parecia cedo, mas todos concordamos que se queremos ter a confiança dos nossos filhos, não lhes podemos mentir - temos de lhes dizer a verdade.

Enquanto nós pais conseguirmos manter uma comunicação de confiança com os nossos filhos, conseguimos falar com eles, eles ouvem-nos e aceitam o que lhes dizemos. Se a comunicação ou a confiança se perdem, deixam de nos ouvir e não será mais possível educá-los com os nossos valores.

Sei que muitos de vós sois pais há mais tempo que eu, pelo que gostaria de saber a vossa opinião.

Luis Gonzaga

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 09 de September de 2005 04:41

Luis Gonzaga



Disseste e muito bem, responder às crianças sempre com a verdade. Ou se vemos que a criança é demasiado nova para saber algo, podemos dizer-lhe, que ainda é muito nova para saber, que mais tarde lhe dizemos.
Os adolescentes, antes de nos virem a perguntar se beijar uma menina, se pode engravidar, já nós pais devemos ter conversado com os nossos filhos a esse respeito. Agora fazer a pergunta como nascem os bebés, acho que todas as crianças fazem. Eu própria também fiz essa pergunta. Só que a minha mãe, não me disse a verdade! Então eu quando tive os meus filhos, pensei sempre para comigo: eu um dia vou falar verdade aos meus filhos!
É sempre bom perguntar a uma criança: como correu o teu dia hoje? Ela aí começa a sentir-se bem com o pai ou com a mãe.
Ainda hoje quando chego a casa e se os meus filhos estão já em casa, eles perguntam: Mãe como foi o teu dia? Isto é assim. Os filhos usam as nossas palavras. Se forem boas, eles aprendem, se forem más, também as aprendem.
Gostava de saber outras opiniões!

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de September de 2005 20:49

Caro Luís.


Respondendo à tua questão, devemos SEMPRE , mas SEMPRE, responder às perguntas dos nossos filhos, com clareza e verdade. Ou seja, responder com mentiras ou recusar responder ( “cala-te que isso não são coisas para a tua idade” ) tem apenas duas consequências imediatas – os filhos deixam de confiar nos pais e passam a ter, em vez de uma natural e saudável curiosidade uma visão distorcida , como se fosse os assuntos relacionados com o corpo, o amor o nascimento dos bebés, fossem uma coisa má.
Por outro lado, se os pais não lhe derem essa informação, naturalmente que irão buscá-la a outras fontes …



As crianças, mesmo muito pequeninas tem uma especial sensibilidade e apercebem-se das inseguranças, embaraços ou falta de clareza dos pais, São também muito sensíveis ás mentiras.
Mas repara, Luís, quando uma criança de três ou quatro anos pergunta de onde vêm os bebés, não está à espera de receber uma lição de anatomo-fisiologia. Provavelmente, uma resposta simples clara e amorosa, - os bébes crescem nas barrigas das mães, satisfaz a curiosidade de meninos desta idade. Depois, nestas idades mais precoces, há aquela embaraçosa pergunta – e como saem de lá? E mais, uma vez, a resposta é – a VERDADE - mas em linguagem simples e adaptada à idade e á sensibilidade de cada criança.
Para os pais que tiverem dificuldades, porque não estão preparados, existem hoje bons livros sobre desenvolvimento infantil que abordam estas questões.


Existem também excelentes livros infantis de banda desenhada, ( alguns com histórias divertidas) adaptados ás várias idades das crianças com noções básicas de anatomia, fisiologia e sexualidade. Basta escolher com cuidado e sensibilidade, e, em caso de dúvida falar com o pediatra ou outros técnicos de saúde que cuidam da criança.
Há também alguns filmes em banda desenhada muito bonitos que podem ajudar …
Uma outra questão que eu penso que é correcta é utilizar os termos adequados (técnicos) ao falar do corpo humano e dos órgão genitais, desde pequenos.

Claro que com oito e nove anos, as perguntas das crianças tornam-se cada vez mais precisas e complexas. Mas exigem respostas igualmente claras , verdadeiras e se calhar mais detalhadas. È fundamental que as crianças desta idade tenham informações essênciais sobre o funcionamento do seu corpo e sobre a sexualidade. Até porque as meninas, por exemplo, atingem a puberdade cada vez mais cedo e há que estar preparadas para as transformações do seu corpo. para uma eventual menarca.
Um menino de oito anos perguntar o que é um preservativo, é absolutamente normal, e também é saudável que lhe sejam explicado. da forma mais correcta e natural, sem hipocrisias….

Muito recentemente, o meu filho de 11 anos pediu-me uma explicação detalhada sobre o que era a sida, como se usavam os preservativos…etc…. Explicou-me que os coleguinhas da turma dele conversam muito “sobre estas coisas” mas têm medo de perguntar aos pais… E claro, acabem por ter informações distorcidas…

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de September de 2005 21:30

Para os pais que necessitam de ajuda sobre como podem falra aos seus filhos- eis uma fonte excelente de informação- [www.apf.pt]

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de September de 2005 21:42


Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 09 de September de 2005 23:18

Já cá faltava a multinacional da treta
o grupo que promove os interesses da globalização
do pensamento da carneirada e da civilização
despersonalizada e sem vontade própria...

Para os pais há muito melhor que a APF
se quiserem falem com o Movimento de defesa da vida
ou com os jovens pela vida.

Em democracia oferecem-se as duas faces do pensamento
a face do pró e a do contra...

Descupem mas sou muito receoso dos objectivos da APF
e recordemos as denuncias do Expreeso no inicio do verão.


E já agora anotem

APF confirma existência dos manuais negados pelo ME e pela CONFAP

1. O MOVE congratula-se pelo facto da Associação para o Planeamento Familiar (APF) finalmente ter reconhecido publicamente, em carta publicada no jornal "Expresso" de 18 de Junho , que os manuais reproduzidos pelo "Expresso" em 14/5/2005 de facto existem.

2. O MOVE congratula-se, igualmente, pelo facto de a APF ter abandonado o tom caceteiro que a tem caracaterizado no último mês, insultando a torto e a direito, acusando pessoas que nem conhece de serem de "extrema-direita", "ultra-conservadores", etc., e acusando pessoas e jornais de serem mentirosos. Fica agora visto que é a APF quem tem vindo a mentir, a desconversar, a confundir, etc., numa tentativa vã de baralhar os pais portugueses. Afinal os manuais estão onde o Expresso dizia (recomendados num documento oficial assinado por dois ministérios) e tem os conteúdos que o Expresso indicava como cada um pode verificar por si no site do MOVE, e como agora vem a APF reconhecer.

3. O MOVE aproveita ainda este súbito ataque de honestidade da APF para lhe pedir que esclareça os pais portugueses sobre aquilo que realmente os preocupa: porque foram recomendados na bibliografia comentada das "Linhas Orientadoras" manuais que, no dizer do ME, incluem "exercícios patéticos"?

4. Dado que a maioria desses manuais patéticos são escritos por colaboradores da APF e/ou pelos seus inspiradores/orientadores, exigimos à APF que:
a) explique aos pais portugueses quais são os manuais e livros que a APF usa nas acções de formação frequentadas pelos professores dos nossos filhos (recordamos que já fizeram formação a mais de 10 mil professores);

b) nos informe das razões que levam a APF a não usar nas suas acções de formação os manuais patéticos que em parte escreveu e que decidiu incluir nas Linhas Orientadoras. Se os materiais são bons, porque não os usam? E se são maus, porque os escreveram e envolveram dois ministérios na sua publicitação?
5. Recordamos uma vez mais o desafio que está colocado ao Ministério da Educação, à APF e à sua apoiante CONFAP: qual é o contexto em que aquelas actividades patéticas podem ser compreendidas/aceites?
Lisboa, 21 de Junho de 2005

Pelo MOVE - Movimento de Pais

Isabel Carmo Pedro
Adriana Menezes
Luís Pereira de Almeida

Tel: 934 600 075
[www.move.com.pt]


Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 09 de September de 2005 23:40

VIRGINDADE

Virgindade
"porque é o tema do fórum e não devemos desviar atenções..."

Lendo uma matéria sobre este assunto parei para reflectir e resolvi compartilha-la com vocês, pois fala de um assunto pouco comentado nos dias de hoje, mas que é de extrema importância ser sempre abordado entre nós que dizemos que somos filhos de Deus e que "acredito eu" que temos temor (respeito) a Ele e que também temos o desejo de segui-lo, obedecer a Sua Santa palavra.
A matéria falava de uma jovem adolescente que ao passar com uma ginecologista essa perguntou quando tinha sido a sua última relação sexual e ela disse que era "VIRGEM", a surpresa da médica foi enorme para os dias actuais. Também falava de um jovem de 14 anos que o médico o aconselhou a procurar uma garota para ter relações sexuais com ela.
É comum ouvir jovens e adolescentes falarem da pressão que sofrem por "não transarem". Todo ser humano anseia por uma intimidade profunda, e ele busca essa intimidade porque necessita dela. Foi Deus que nos fez assim. O desejo sexual foi dado por Deus tanto para o homem como para a mulher, para o bem de ambos. Sendo assim, não há nada de impuro nele.
A atracão pelo sexo oposto, bem como os impulsos e os desejos sexuais começam a despertar no ser humano durante a adolescência. Acontece que eles não representam uma simples necessidade biológica, como pensam muitos, nem têm como único propósito a procriação, conforme ensinam outros.
O SEXO É PARA O CASAMENTO. É um ato a ser praticado entre marido e mulher. Bem, pelo menos esse é o plano de Deus. E é somente dentro desse plano que o ato sexual trará plena satisfação física e emocional.
Parece difícil não manter relação sexual quando se está perdidamente apaixonada(o), não é mesmo? Ainda mais com tanta gente incentivando-nos o tempo todo.
Sentimentos de culpa, perda da auto-estíma e auto aceitação, sentimento de abandono e muitas daquelas que engravidaram e tiveram que casar por esse motivo, e levam homens que por terem sido a casar-se forçado a terem verdadeiro amor e respeito para com suas esposas.

PENSE NISSO! LEMBRE-SE SEMPRE:
Ø Virgindade é muito mais do que deixar o hímen intacto. É expressar o seu amor para com a pessoa amada antes mesmo de conhecê-la, guardando-se para ela tão-somente. E mais. É proteger o seu corpo como prova de amor-próprio.
Ø Virgindade não é coisa do tempo da avozinha. É coisa de um tempo muito anterior a ela, do tempo em que Deus criou o homem e a mulher e planeou a sua completa felicidade.

Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de September de 2005 23:44

Com todo o respeito, senhor Joaquim, podia ser concreto e específico e indicar com um mínimo de

honestidade intelectual, com qual das indicações expostas no site, relativas á forma como os pais devem falar com os filhos sobre sexualidade, é que não concorda????

Volto a repetir o site.

Com qual dos itens não concorda?

Qual a informação específica lhe parece errada?


E se não concorda , poderia explicar, com um mínimo de seriedade intelectual quais a suas sugestões ?

( Não basta vomitar impropérios ou fazer propaganda, há que discutir o tema com um mínimo de honestidade intelectual)









Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de September de 2005 23:46


Re: A virgindade e a castidade sexual na formação humana para a vida
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 10 de September de 2005 00:08

Minha Senhora
Com todo o respeito e serenidade lhe digo que de "honestidade intelectual", não lhe peço liçoes e as que me possa dar regeito-as embora admita que as queira aqui deixar para o fórum conhecer o que entende por honestidade intelectual.

Apenas não cocordo com a alusão à APF como formadora ideal de pais e de jovens.
Serei homilde para ler o que terá para expor.
Joaquim José Cardoso Lopes Galvão

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