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Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 14 de January de 2005 13:38

Outros dizeres, quando pouco se pode dizer...

Alef


Onde Estava Deus Naquele Dia?


Um artigo no PÚBLICO marcava em título de letras gordas a frase que mais me tinha matraqueado a cabeça nos últimos dias.

Onde estava Deus naquele dia?

Afinal não era só eu a pensar isso.

Quando o mar vomitou as ondas da morte e a palavra tsunami passou a sinónimo de tragédia, onde é que Ele estava?

Claro que os sentimentos de dúvida me angustiaram, mas mais me angustiavam as imagens e sons que de longe iam chegando.

Afinal o Inferno é aqui mesmo no planeta.

Afinal não tem chamas, mas tem água.

Carros, casas, bicicletas e todo o tipo de materiais desventrados fazem de forquilha infernal para o massacre.

Um inferno pintado em tons de azul, salgado de morte e com adamastores chapinhando praias dentro, como bando de elefantes brincando desvairados em lojas de cristais.

Nesse dia, afinal, onde é que Ele estava?

A bocarra gigante do tsunami não é esquisita, alimenta-se sem olhar a credos ou a cores. É perversamente democrática.

Não pergunta "és hindu, cristão, muçulmano, budista, judeu, agnóstico ou ateu?", vai em frente e devora, deformando e inchando, asiáticos, europeus, africanos, orientais, gentes das Américas ou dos pólos. Quando o planeta Terra se espreguiça, nós, os seus habitantes, assustamo-nos. O medo retira-nos a superioridade que julgamos ter sobre os outros animais que chamamos de irracionais.

Quando o ventre dos oceanos se revolta e as suas cólicas trazem rugidos de morte, os ditos irracionais ganham-nos aos pontos.

Os seus sensores de previsão apurada indicam antecipadamente o que os sismógrafos dos homens só acusam quando as placas tectónicas já chocam como espadas que se batem.

Aí fugimos irracionalmente como eles. Se o tamanho permitir, em cima deles. Para os montes, para mais alto, p'ra longe dali.

Mesmo que o ali fosse, como os roteiros turísticos diziam, "o paraíso dos paraísos", boiando agora rasgados e perdendo as cores num mar de lama, segundos antes inimaginável.

Nesse dia, afinal, onde é que Ele estava?

Não viu a boiar bebés, mulheres, homens, velhos e jovens, que na macabra dança das águas faziam cruzamentos de morte?

A palidez de suecos com o tom negro das Áfricas e o pérola-escuro da Ásia. Depois desta visão mortífera, qualquer campanha Benetton de choque terá o mesmo impacte que um quadro primaveril de flores silvestres. A morte chegou-nos pela TV em forma líquida e, pela primeira vez, não vimos sangue. Era azul. Era branca. Era suja.

Tinha areia. E tijolos partidos. E janelas sem casa. E cadáveres de telhas sem paredes. Linhas de comboio retorcidas de dor. E de lixo e mais lixo e mais lixo ainda. Lama.

Nesse dia, afinal, onde é que Ele estava?

Passaram alguns dias. Agora mais a frio, e de forma mais racional, é tempo de ver mais nítido. Não que o sofrimento, a morte e a dor possam ser branqueados. Mas o andar do tempo é o único remédio para a chegada da capacidade de recomeçar e melhorar.

Naquele dia e naquela hora, não sei onde Ele estava.

Mas agora, neste momento, sei onde Ele está.

É olhar e ver. Ele acompanha gentes que voam meio mundo para enterrar, construir, ajudar, fazer, apoiar, alimentar e curar gentes que nem conhecem. São roupas, são remédios, são tendas, são alimentos, são gestos solidários. São milhares de madres Teresas das Calcutás que afinal existem em todos os continentes.

São médicos que destruíram fronteiras. São cruzes de tons vermelhos que falam todas as línguas do sofrimento. São moedas que saem de aparelhos de comunicação e das novas tecnologias e alimentam a vida. Nações e povos a surpreenderem pelo seu melhor. Alguns, quem diria? Afinal, choramos da mesma maneira e as lágrimas não têm cor.

Como os homens têm a liberdade de escolher e desobedecer a Ele, também a natureza e o planeta têm as suas próprias leis.

Quando o gigante planeta Terra se espreguiça, desequilibramo-nos.

Não vejo o Criador como interveniente permanente na história humana. Mas sinto-O como presença constante.

Como o foi por certo há dois mil anos, quando viu e ouviu o Seu Filho gritar na cruz: "Meu Deus porque me abandonaste?"

É por isso que no meio da minha comoção, pergunto, sem perder a fé, desta forma contraditória:

Onde estava Deus naquele dia?

Ou então, como por certo, lá longe milhares gritaram antes do silêncio total:

"... porque me abandonaste?"

Por ANTÓNIO SALA, Animador de rádio
«Público», Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2005

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: trento (IP registado)
Data: 20 de January de 2005 11:33

Mais uma opinião bastante interessante por sinal.

E Deus nisso tudo?

‘Face à convulsão elementar da natureza no sudeste asiático com milhões de vítimas, especialmente de inocentes, não são poucos que, angustiados, se perguntam: E Deus nisso tudo? Ele não é bom e omnipotente como anunciam as religiões? Se é omnipotente pode tudo. Se pode tudo porque não evitou o maremoto? Se não o evitou, é sinal de que ou não é omnipotente ou não é bom. Como disse um poeta-cantador: se é para desfazer, porque fêz?
Desde que o ser humano discerniu a presença de Deus no universo e em sua vida esta contradição representa uma chaga aberta. Os teólogos cristãos inventaram a téodiceia, vale dizer, a argumentação que procura isentar Deus das desgraças do mundo e ainda esclarecer o sofrimento. E fracassaram rotundamente, porque esclarecer o sofrimento não acaba com ele, assim como ler receitas culinárias não faz matar a fome. Daí entendemos a contundência de Job, o eterno protestante, contra todos os seus "amigos" ( e aí incluo a mim como teólogo e todas as religiões) que lhe queriam explicar o sentido da dor: "Vós não sois senão charlatões e médicos de mentiras. Se ao menos vos calásseis, as pessoas tomar-vos-iam por sábios". E continuamos a não nos calar...
Face a esta situação dilaceradora podemos alimentar, penso eu , três atitudes: de revolta, de resignação e de esperança contra todo o absurdo.
A revolta se expressa por uma negação. Muitos dizem: Deus não existe. E se existir, é inaceitável, pois teríamos mais perguntas a fazer a Ele do que Ele a nós. Eu me recuso eternamente a aceitar uma criação de Deus na qual as crianças tenham de sofrer inocentemente. Este questionamento é compreensível e lógico. Mas ele não elimina o mal, pois este continua. Críticos, perguntamos: a razão é tudo? Deus pode ser aquilo que não podemos entender.
Se a revolta não responde, talvez a resignação? Esta realisticamente constata: a realidade é feita de bem e de mal. É ilusório buscar a superação do mal, pois bem e mal vêm sempre juntos como a luz e a sombra. Sabedoria é buscar o equilíbrio e aprender a viver sem uma esperança final. Freud e os sábios do Primeiro Testamento aconselham: "aceita o princípio de realidade, modere o princípio do desejo; acolha o que te acontecer, mostre grandeza na dor". Esta atitude é nobre, modifica a pessoa mas não muda a realidade brutal.
A terceira atitude é a da esperança apesar de tudo. Parte reconhecendo claramente: o mal é um mistério indecifrável. Ele está aí não para ser comprendido mas para ser combatido. Por isso não é uma teoria que lhe dá sentido, mas sim uma prática. É desta que nasce a esperança de que em tudo deve haver um sentido secreto para além do escândalo da razão. Ele se manifesta, por exemplo, no milagre de uma criança que se salva sobre um colchão que flutua nas águas revoltas ou na solidariedade do mundo todo para com as vítimas. A solidariedade não elimina a dor, cria a irmandade dos sofrentes que impede a solidão e o desespero. Os cristãos e os budistas dizem: “Deus não ficou indiferente ao sofrimento. Ele sofre connosco”. Andando no exílio da encarnação, Ele gritou:"Meu Deus, porque me abandonaste?" A paixão de Deus na paixão do mundo faz-nos crer que a esperança tem mais futuro do que a brutalidade dos factos. Deus prometeu que "não haverá mais pranto, nem luto nem morte porque tudo isso passou". No entanto, o mistério continua e como dói esse mistério!’

(Leonardo Boff – 07/Janeiro/2005)


«Que a paz esteja convosco»
Fernando Cassola Marques

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 29 de May de 2006 13:47

Caros amigos,

lembrei-me deste tópico, sobre o tsunami. Desta feita, no entanto, não se refere a um fenómeno natural propriamente dito, mas a algo bem humano...



Cf. tsf

Um Bento XVI visivelmente emocionado esteve presente este domingo no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, naquela que é a última etapa da viagem de quatro dias do Sumo Pontífice à Polónia e a Cracóvia, terra natal do seu antecessor, João Paulo II.

O papa rezou em alemão antes de proferir um pequeno discurso italiano no qual reconheceu a dificuldade, para um papa alemão e cristão, de falar de crimes «sem equivalência na História» da humanidade.

«Num local como este, as palavras falham. No fim, apenas pode existir um silêncio de morte, um silêncio que é, ele próprio, um apelo a Deus: Porquê, Deus, Te mantiveste em silêncio? Como pudeste tolerar isto?», disse.

O campo de concertação de Auschwitz-Birkenau foi usado pelo regime nazi, durante a II Guerra Mundial, para pôr em prática a chamada «Solução Final» de Adolf Hilter que previa "limpar! a Europa do povo judeu.

Estima-se que cerca de seis milhões de judeus tenham perdido a vida nos campos de concentração antes das forças aliadas terem derrotado a Alemanha Nazi e libertado os campos.

Bento XVI, que em jovem esteve alistado na juventude hitleriana, atribuiu as responsabilidades dos crimes do nazismo a «um grupo de criminosos» que «abusaram» do povo alemão e dele se serviram «como instrumento para alimentar o seu desejo de destruição e dominação».

O Sumo Pontífice adiantou que o povo polaco, conjuntamente com o povo judeu, foi quem mais sofreu no campo de concentração nazi de Auschwitz e no decurso da guerra. A Polónia, recorde-se, esteve sob ocupação alemã durante a II Grande Guerra.

«O nosso silêncio transforma-se, assim, numa prece pelo perdão e reconciliação, uma prece para que o Deus Vivo não permita que isto aconteça outra vez», avançou Bento XVI.

O chefe da Igreja Católica acusou ainda o regime do III Reich de, ao querer «exterminar o povo judeu na sua totalidade, queria sim matar Deus, pronunciando então a palavra «Shoah (Holocausto)», a mesma que João Paulo II evitou pronunciar durante a sua visita a Auschwitz, em 1979.

«Com a destruição (do povo) de Israel, eles queriam, no fim das contas, arrasar com as raças que se apoiam na lei cristã para a substituírem pela lei da dominação do homem», declarou.




A questão é importante para nós cristãos...

Por que razão Deus permaneceu em silêncio? PErmaneceu mesmo?

E ainda: será que Deus intervém ou sequer pode intervir na vida humana?

- Se sim, em que circunstâncias e como? E em obediência a que estímulos? Isto é, o que pode levar Deus a intervir?

- Se não, porquê?

O exercício pode ser interessante...

Abraço fraterno,

Miguel



Editado 1 vezes. Última edição em 29/05/2006 13:49 por rmcf.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 29 de May de 2006 18:17

João, aguardemos o textos...

penso que este tema é absolutamente actual e o texto aqui colocado amavelmente +por Trento enquadra-se neste clamor a que nem um Papa escapa - face ao horror e ao indizível, aonde estava Deus??

E que Deus é este que nos entrega completamente às nossas próprias mãos e nos faz senhores absolutos da nossa própria história, sem intervir, sem se manifestar, numa passividade e num silêncio que nos parecem absurdos ( ou a aprova de que não existe???)
Que deus é este a quem o próprio Filho clama, na sua agonia :
Pai, Pai, porque me abandonaste??

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 29 de May de 2006 18:21

Querido Miguel, não sei reflectir sobre isto - é demasiado Violento. Aguardo as tuas palavras.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Rute (IP registado)
Data: 29 de May de 2006 19:36

Desde já aviso que não pretendo responder às perguntas (longe de mim!!!!!)

Mas o tópico não me deixou indiferente...

Porque permite Deus o sofrimento? Não sei, não pretendo ser eu a ter A resposta... (a verdade é que eu já tive a resposta e quanto mais penso nela, menos ela faz sentido, como dizia a CP num outro tópico, às vezes é melhor não ter respostas).


A visão de Deus como omnipotente absoluto não é uma imagem real de Deus. Deus NUNCA age além da livre vontade do homem, Deus não se impõe. Deus não podia ter agido em Auschwitz? Sem dúvida que teria poder para isso, mas agir, significa impor-se ao homem e, apesar de toda as atrocidades, Deus não se impõe. Deus ama, Deus confia, Deus não se impõe.

Além de que a imagem de Deus como omnipotente absoluto gera uma reacção assustadoramente perigosa: a reacção de espera passiva em Deus. E não há nada mais perigoso no mundo actual do que achar que Deus resolverá os nossos problemas!!!

O nosso Deus não é um Deus que nos salva com a ponta dos dedos, do alto, e a imagem mais clara disso é a imagem de Cristo na cruz que grita "Meu Deus, porque me abandonaste?". É nesse momento de aparente abandono que está a salvação. Deus sofre connosco. Deus sofreu com cada uma das pessoas em Auschwitz. E, ainda assim, continuou a amar-nos tal como somos, manteve a sua confiança em nós! É incrível!! E sobretudo dá-nos uma responsabilidade brutal. Cristo, ao partir novamente para o Pai, dá-nos a cada um de nós a missão de pregar o evangelho. A missão de construir o Reino de Deus pertence a cada um de nós! Não perguntará Cristo, ao olhar para Auschwitz, "onde estavam os meus seguidores?"?

Sentar-mo-nos e esperar-mos num Deus que tudo resolve, e culpá-lo se não resolve, é fácil. Acreditar num Deus que se esvazia de todo o poder para sofrer connosco e que nos confia a missão de espalhar o Seu Amor é bem mais difícil!!!

Não pretendo de forma nenhuma lançar a culpa a todos os cristãos que viveram na II Guerra Mundial, não pretendo julgar ninguém e acho que do ponto de vista histórico as coisas se passaram muito mais como dizia o Papa ontem que "atribuiu as responsabilidades dos crimes do nazismo a «um grupo de criminosos» que «abusaram» do povo alemão e dele se serviram «como instrumento para alimentar o seu desejo de destruição e dominação»." Não houve uma geração de pérfidos alemães que se alegrou com o assassínio em massa de seres humanos, hpuve uma geração de alemães que, num momento de desespero, colocou as suas esperanças no local errado...

Acho, porém, que essa perspectiva nos lança a cada um de nós hoje uma profunda responsabilidade. Não é a mesma coisa depositar a confiança num movimento nazi antes e depois de Auschwitz! Perante os movimentos neo-nazis que podem e devem os cristãos fazer? Todos nós temos uma responsabilidade acrescida como cristãos. Que fazemos com essa responsabilidade?

Não tenho resposta para o sofrimento em Auschwitz, mas, além de nos perguntarmos onde estava Deus, será que perguntamos o que fazemos nós hoje para evitar atrocidades semelhantes? O que responderiamos se um dia Cristo, com a mão sobre o nosso ombro, nos perguntasse "onde estavas tu?"?

Um abraço em Cristo
Rute

Onde estava Deus?
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 30 de May de 2006 13:27

Ez 37, 3 «... «Senhor DEUS, só Tu o sabes.» (Aqui DEUS significa YHWH).
Fazemos muitas perguntas, e chegamos à conclusão que apesar de nos julgarmos muito sábios e inteligentes nem sequer sabemos responder a essa pergunta tão simples.
Afinal de contas, onde está YHWH ?! ...
Mas ELE existe e actua.
Ele actua segundo os seus insondáveis designios e não segundo os nossos interesses muito individualistas. Sim quando lamentamos a desgraça alheia, ao fim e ao cabo estamos a pensar: «e se um desses desgraçados tivesse sido EU ?».

Por isso YHWH pode dizer pela boca do profeta o seguinte:

Is 55, 6-11
Citação:
8Os meus planos não são os vossos planos,
os vossos caminhos não são os meus caminhos
- oráculo do SENHOR.
9Tanto quanto os céus estão acima da terra,
assim os meus caminhos são mais altos que os vossos,
e os meus planos, mais altos que os vossos planos.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 01:44

Enquanto arranjo alguma vontade para voltar a escrever, aqui vai, de Maria João Sande LEmos, do 'Nós somos Igreja'... via Glória Fácil



'Olá Fernanda! Bom Dia!
Estou estupefacta com a, nem sequer sei como qualificar, afirmação de Bento XVI sobre o "silêncio de Deus" em relação ao Holocausto!
Onde estavam o Papa, cardeais, bispos e padres que se consideram os representantes de Cristo na Terra!!!!Quando convém são representantes, quando não convém .....
Quantas vezes e quando, ele, Ratzinger, condenou o nazismo?
E agora o silêncio é de Deus?
E os Aliados, e os milhões de soldados que morreram para defender o mundo civilizado? E os católicos que morreram nos campos de concentração? Esses não são a voz de Deus?
As hierarquias católicas e o Vaticano é que se remeteram nessa época a um silêncio esse sim de questionar!!!!
Agora Bento XVI é o juiz de Deus???'



Abraço fraterno

Miguel

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: trento (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 11:16

Desculpem, mas relativamente a este tema, sou a acrescentar alguma precisão que é necessária e que em minha opinião se deve a erros de tradução (não sei se propositados) do discurso do Papa Bento XVI na Polónia.
Por vezes, começamos logo a criticar (eu incluído) e não vamos às fontes pesquisar. Aqui vai o texto inicial do papa:

Inicio do discurso do Papa Bento XVI em pleno campo de concentração de Auschwitz, na sua visita à Polónia - Maio de 2006.
"É quase impossível falar neste lugar de horror, onde se acumularam crimes contra Deus e a Humanidade sem paralelo na História - e é especialmente difícil para um cristão, um Papa que vem da Alemanha.Neste lugar, as palavras faltam e só nos resta um silêncio escandalizado. Um silêncio que é um grito interior para Deus: Porque é que ficaste em silêncio? Porque é que conseguiste suportar tudo isto? Neste silêncio, curvamo-nos interiormente perante a multidão incontável de pessoas que aqui sofreram e morreram; este silêncio transforma-se em clamor de perdão e reconciliação, um pedido a Deus, para que não deixe que isto se repita."

«Que a paz esteja convosco»
Fernando Cassola Marques

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 11:45

Não é este o mundo de justiça que YHWH tem preparado para os humanos.
Este é um mundo transitório. Vêm aí os novos céus e a nova terra.
Aqui temos Moisés e os Profetas.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 12:12

Acho bastante infeliz o texto citado pelo Miguel. Quando «ser do contra» serve para tudo...

Creio que à autora lhe faria bem ler com atenção e meditar o Livro de Job.

E afinal, quem se faz juiz de quem?

Alef

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 14:25

Este tipo de situações «infelizes» assentam que nem uma luva a toda a gente e não apenas a uma só pessoa. Às vezes só vemos as escorregadelas dos outros.
Ninguém é infalível, afinal: nem o rei, nem o bispo, nem o papa.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 14:36

concordo com o Alef. Infeliz e pouco inteligente.

Ratzinger precisou de condenar o nazismo?
Haja pachorra! Ratzinger era um adolescente quando o nazismo acabou.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 14:56

Por acaso essa afirmação um pouco tola e descabida. Os católicos foram perseguidos e mortos. Os padres que fizeram oposição acabaram com um tiro na nuca, em campos de concentração mortos à fome e em câmaras de gás.

A história hã-de julgar um dia se o Papa Pio terá ou náo feito a melhor opção ou não fazer oposição .

Quanto à exclamação do Papa, quantas vezes não julgamos nós Deus e por coisas muito mais pequenas e insgnificantes?

Para além do mais o então jovem Ratzinguer desertou da juventude Hitleriana.

Em comunhão

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 14:57

Ratzinger teve muita sorte, porque, se nascesse mais cedo, poderia ter sido mobilizado pelas hostes nasistas. E o que teria acontecido?! ...
Eu, em relação à guerra colonial, fui obrigado a ir para a tropa. Foi uma autêntica desgraça. Contudo, pedi ajuda a YHWH e consegui, contra todas as expectativas, livrar-me da guerra (não da tropa).
Para isso eu colaborei com YHWH, deixando de estudar durante quase 4 anos.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 15:45

Foste um sortudo...nem todos são ouvidos como tu:) O meu irmão foi para Moçambique na altura dessa guerra.

O teu Deus será diferente do dos outros...ou sabes pedir!

Ensina-me:)

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: trento (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 16:34

Concordo plenamente com a intervenção do Alef, daí ter colocado o texto devidamente traduzido.
Porque agora está na "moda" ser contra tudo e contra todos, e se então for um cristão, ainda melhor, mais notícia e mais notoriedade.

Haja pachorra (citando o Camilo)

«Que a paz esteja convosco»
Fernando Cassola Marques

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 21:06

Deus estava gritando !!!!



Editado 1 vezes. Última edição em 31/05/2006 21:07 por Chris Luz BR.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 22:55

[/i]Trento, Camilo e Alef - as vossas intervenções foram pouco inteligentes e completamente deslocadas. SE não concordam com o texto de de Maria João Sande LEmos há que justificar a afirmação e não limitar-se a umas [i]atoardas generalistas. Até porque o texto, embora pouco profundo toca num posnto sensível - não foi só Deus que esteve silencioso, o Vaticano calou-se perante o holocausto e a sombra da responsabilidade ....


A Chris é capaz de ter razão - Deus não estava em silêncio - Deus estava gritando.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 22:58

Rute:
Quero agradecer o teu contributo. Simples e profundo.

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