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Re: Onde estava Deus?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 23:14

"Perante a pergunta de Bento XVI, ontem, em Auschwitz - verdadeiramente revolucionária, para um Papa - "onde estava Deus?", o Daniel pergunta: "E, já agora, onde estava o Vaticano?".

A pergunta é inteiramente legítima. Mas convém que quem a faça tenha um bocadinho de autoridade para a poder fazer.
É certo que o Vaticano se comportou vergonhosamente perante o Holocausto (algo a que, evidentemente, não é alheio todo o milenar lastro anti-semita da organização).

E daí que faça todo o sentido que essa mesma organização, revelando - no seu ritmo próprio - atenção ao seu próprio passado e aos erros que cometeu, peça desculpa pela sua colaboração no Holocausto, algo que, aliás, não aconteceu ontem pela primeira vez (em 26 de Março de 2000 o Papa João Paulo II visitou Jerusalém e, no Muro das Lamentações, depositou uma mensagem em que assumia a quota-parte da responsabilidade católica na perseguição dos judeus: "Deus dos nossos pais, que escolheste Abraão e os seus descendentes para trazer o Teu nome às nações: estamos profundamente tristes com o comportamento daqueles que, ao longo do curso da história, causaram sofrimento a estes teus filhos e, pedindo o teu perdão, manifestamos o desejo de nos comprometermos a uma irmandade genuína com o povo do convénio.")

Mas isto foi em 2000. Antes do 11 de Setembro (2001). Depois tem sido o que sabe, com a maldita questão do anti-semitismo a voltar ao topo da agenda.


O gesto de Bento XVI, ontem, é assim particularmente importante pelo que transporta no subtexto: desta vez a Igreja está no lado correcto da História, não repetirá erros do passado. Vindo, ainda por cima, de um alemão - há ali um duplo problema de consciência -, o gesto tem ainda mais valor."

Em [gloriafacil.blogspot.com]

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 31 de May de 2006 23:32

Cara catolicapraticante:

Tenho por princípio responder com lealdade às mensagens que são escritas com lealdade e que não denotam má intenção. Mas a mensagem que o Miguel citou é uma mensagem pouco séria, pouco informada e que me deixou sérias dúvidas quanto às suas boas intenções.

Escrevi que a mensagem é infeliz e mantenho, porque nela se misturam alhos com bugalhos e cai-se nos lugares comuns do costume. Sinceramente, não tem ponta por onde se lhe pegue, quer do ponto de vista lógico, quer da consistência «in re» dos «argumentos» invocados. A unidade da mensagem parece estar unicamente na intenção de «estar-contra-porque-sim».

Se a mensagem fundamentasse alguma coisa do que diz, a minha reacção não deixaria de seguir a mesma linha. Mas não. Por isso, manifestei o meu desacordo e apontei elementos bastante fortes, nas «entrelinhas»: a Livro de Job (e referia-me particularmente ao longo diálogo entre Job e os seus amigos) e a questão do «julgamento» (onde digo muito mais do que parece). E quanto ao «julgar», o texto é totalmente absurdo, sob dois aspectos, pelo menos.

E o que escrevi em nada está em contradição com o que escreveu a Chris, até porque penso o mesmo.

É possível que tenhas razão, que eu não tenha sido inteligente. Ninguém é bom juiz em causa própria. Mas é verdade que -- pelos vistos -- não me fiz entender. Mea culpa.

Entretanto, terei muito gosto em conversar com a autora do dito texto, se assim o entender. Talvez então cada um se possa explicar devidamente.

Alef

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 01 de June de 2006 01:25

[www.ics.ul.pt]

De Bruno Cardoso Reis.

Sobre a igreja e o nazismo.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 01 de June de 2006 01:44

Caro Alef:

SEgundo percebi, o texto em causa é um mail apressado, desses que partilhamos com amigos e que não representa propriamente uma argumentação sólida nem tem que ter muita consistência interna. Chamar-lhe "pouco inteligente" é uma desqualificação precipitada ( e por isso usei as mesmas palavras, sorry).

SE o Miguel o colocou é porque o texto, apesar da sua fragilidade, chamemos-lhe assim, tem uma crítica concreta - devolvendo aos católicos a pergunta do papa. Ou seja, a questão não é apenas o silêncio de Deus mas o silêncio da Igreja.

E à luz deste prisma, seria interessante que nos pronunciássemos , em vez de "assobiar para o ar"...

Penso eu de que...

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 01 de June de 2006 02:17

já debati isso noutro topico

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 01 de June de 2006 11:58

Cara catolicapraticante:

Acho pertinente uma «pequena», mas muito importante correcção. Eu usei apenas o termo «infeliz» e não a expressão «pouco inteligente». Esta última expressão foi usada pelo camilo e depois por ti.

Se bem me lembro, não costumo usar tal expressão a respeito de mensagens de outras pessoas, porque isto de «inteligência» tem muito que se lhe diga e não vou meter-me por aí neste fórum.

Até porque sabemos bem que classificar as mensagens de «pouco inteligentes» não é um (des)qualificativo das mensagens mas de quem as escreve. Anotei isso.

Ao dizer que é um texto «infeliz», não ignoro que tenha sido um texto apressado. Isso parece-me evidente. Muitas das situações que conhecemos são infelizes precisamente por serem precipitadas. Possivelmente «infeliz» é também o gesto de publicar um «e-mail» privado escrito «a quente», mas isso não me obriga a retirar o que escrevi.

Mas não, não assobiei para o ar. Simplesmente parece que não me expliquei bem. É uma mensagem escrita milimetricamente, onde se diz muito mais do que parece, que não se compadece de leituras na diagonal. De qualquer forma, estarei disponível para dialogar com a autora do texto. Depois da última mensagem dei-me conta de que já a tive por interlocutora noutras «conversas».

Alef

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 01 de June de 2006 16:06

Estou morto de trabalho e por isso impossibilitado de pensar já muito mais a sério neste debate.

1. Coloquei o texto da Maria João Sande Lemos, porque era sobre o tópico em causa, porque mo enviaram por mail, e porque achei que era uma opinião pública, de uma católica (e quem somos nós para julgar da catolicidade dos outros?), e que, por isso, podia contribuir para o debate;

2. O facto de ter colocado esse texto, não significa que eu próprio concorde absolutamente com o que foi dito. Não que discorde completamente, mas há matizes que ela não faz - concretamente, não entendo por que razão o Vaticano, tendo estado calado, não haverá de se retractar agora. De qualquer forma, penso que é uma questão também pertinente e que importa não calar, apesar das desculpas. As desculpas de João Paulo II não apagam nem reescrevem a história, nem sequer lhe dão um qualquer outro sentido. O Papa como vigário de Cristo deve continuar a refelctir sobre isso e não pode, por mais desculpas que dê, passar por cima das eventuais culpas da Igreja... não que tenha a toda a hora de as relembrar. Claro que não. Mas,l é legítima a recordação da Maria João Sande Lemos e, com toda a franqueza, parece-me mais infeliz na forma do que em algum do seu conteúdo, que me parece legítimo;

3. Parece-me que os comentários do Alef e do Camilo são mais quanto à forma do que quanto à substância, isto é quanto ao modo como a Maria João fala do que quanto ao que ela diz (embora possa haver críticas a apontar a este conteúdo). Em rigor acho que a Maria João Sande Lemos erra ao considerar a pergunta do Papa de forma directa e literal... A pergunta, em certo sentido, é bem mais "existencial"...

4. A pergunta de BEnto XVI vai mais longe: não é apenas, "onde estava Deus?" É: como foi possível que aquilo acontecesse sem que Deus tivesse intervindo de forma mais consistente? Ou será que interveio e nós é que estamos sempre a querer tudo para ontem, e os desígnios dele não são os nossos desígnios? Para mim, a pergunta do Papa reconhece a ignorância humana (e papal!!!, e isso é positivo...) acerca dos modos de Deus agir. Se é que age... E se age lentamente (e poderemos talvez entender a derrota de Hitler como Providencial), por que não agirá mais depressa? Afinal... Deus age ou não sobre a vida humana? Com toda a fraqueza, a pergunta de Bento XVI é muito mais alargada...

Abraço fraterno,

Miguel



Editado 2 vezes. Última edição em 01/06/2006 16:08 por rmcf.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 01 de June de 2006 16:19

Deus não rejeitou totalmente Israel.
Deus encerrou a todos na desobediência para usar de misericórdia para com todos.
[www.paroquias.org]
Citação:
33*Oh, que profundidade de riqueza,
de sabedoria e de ciência é a de Deus!

Como são insondáveis as suas decisões
e impenetráveis os seus caminhos!
34*Quem conheceu o pensamento do Senhor?
Quem lhe serviu de conselheiro?
35*Quem antes lhe deu a Ele,
para que lhe seja retribuído?
36Porque é dele, por Ele
e para Ele que tudo existe
.
Glória a Ele pelos séculos!
Ámen.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 01 de June de 2006 16:46

Caro Miguel:

Parece-me que tocas alguns elementos muito importantes, que agora não tenho tempo de comentar devidamente.

Comento um aspecto: a mensagem em questão erra não tanto na forma «tout court», mas sobretudo na perspectiva. Mostra não ter entendido nada do «registo» de linguagem usado pelo Papa. Rotular de «juiz de Deus» a Bento XVI por uma exclamação a que tu chamaste de «existencial» (entre aspas) significa atirar completamente ao lado. Como se o Papa ao dizer o que disse se estivesse a escapar da questão «atirando as culpas» a Deus.

Ora releiam-se algumas das palavras do Papa:
Citação:
«Um silêncio que é um grito interior para Deus: Porque é que ficaste em silêncio? Porque é que conseguiste suportar tudo isto? Neste silêncio, curvamo-nos interiormente perante a multidão incontável de pessoas que aqui sofreram e morreram; este silêncio transforma-se em clamor de perdão e reconciliação, um pedido a Deus, para que não deixe que isto se repita

Mas onde pode chegar a má-vontade na leitura de um texto destes? Onde pode chegar a má-vontade num gesto que me parece MUITO significativo?

É claro que houve omissões e culpas de muitos cristãos e da Igreja (sem cair nas costumeiras generalizações), mas essa é outra questão, que se coloca noutro plano e noutro registo. De modo nenhum este texto do Papa colide com essa questão!

Indisciplina lógica, má vontade, lugares comuns e anacronismo... Os ingredientes do costume, para os «suspeitos» do costume.

Por isso escrevi e repito:

a) uma mensagem infeliz;
b) não viria mal ler bem o Livro de Job
c) afinal, quem julga quem?

Alef

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 01 de June de 2006 17:11

Deus não só vai preparar as coisas para que ISTO, se não repita, como vai acabar com a morte: o nosso grande INIMIGO.


Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 11:37

Alef :
Não cpmpreendi bem a tua reacção.

Agora, que te explicaste melhor, tens razão quando afirmas que este gesto e as palavras do Papa são de tal formas significativas , na sua espiritualidade, que é com alguma indignação que apontas "a má-vontade na leitura ".

Mas independentemente isso, acho que uma outra leitura do texto ( a que eu fiz) me remete para as palavras do miguel:

"A pergunta de BEnto XVI vai mais longe: não é apenas, "onde estava Deus?" É: como foi possível que aquilo acontecesse sem que Deus tivesse intervindo de forma mais consistente? "

Para mim, a pergunta do Papa reconhece a ignorância humana (e papal!!!, e isso é positivo...) acerca dos modos de Deus agir. Se é que age... E se age lentamente (e poderemos talvez entender a derrota de Hitler como Providencial), por que não agirá mais depressa? Afinal... Deus age ou não sobre a vida humana?

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 11:45

YHWH age com todo o respeito pelos homens.
Nós (os homens) agimos, muitas vezes sem respeitarmos os outros.
YHWH tem o poder de acabar de uma vez para sempre com o pecado.
Mas ainda não o fez pelo respeito que tem para connosco.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 12:06

Cara catolicapraticante:

De acordo.

Sobre a questão do nazismo, parece-me muito útil a leitura de Zygmunt Bauman.

Um dos seus grandes contributos dos seus estudos é algo muito importante e simultaneamente perturbador: o processo de «normalização» da iniquidade ou como os processos ideológicos e a máquina estatal-partidária foi trabalhando de modo que o holocausto se tornasse possível numa sociedade que «tínhamos» por «civilizada». Ler Bauman poderá provocar algum arrepio, mas pode ser muito útil, porque não estamos completamente livres dos mecanismos que tornaram o holocausto possível. Deus nos livre...

E não nos esqueçamos que o nazismo é filho não da Idade Média, mas da Idade Moderna, dessa Modernidade «iluminada» ainda tão idolatrada nos nossos dias... Arrepiante.

Alef

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: mpp (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 12:13

Dizem que Hitler queria restaurar o «Sacro Império Romano-Germânico» ...
Que seria de nós se o tivesse conseguido ?!

«Não vos deixarei órfãos; Eu voltarei a vós.» (João 14,18)

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Ovelha Tresmalhada (IP registado)
Data: 05 de June de 2006 18:17

Sugiro a leitura do post A sublimação da Fé onde, para além do mais, há um excerto de um magnífico texto que João Bernard da Costa escreveu sobre o assunto no Público

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 06 de June de 2006 11:12

Muitas perguntas se levantam, mas sem termos respostas para as mesmas.
Isto só prova que algo está mal, e mostra que somos impotentes para o resolver.
Portanto, no meio de todo este caos devemos depositar CONFIANÇA n'AQUELE que merece essa confiança porque ELE é o AUTOR de toda a criação.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 15 de June de 2006 23:28

EUA: Tragédia "bate à porta" da comunidade portuguesa
Quatro portugueses morreram e 15 ficaram feridos na última noite, em resultado de um incêndio num centro comunitário de Fall River, nos Estados Unidos.

Segundo a Agência Lusa, as vítimas estavam a preparar um serviço religioso especial, em honra do Espírito Santo, muito venerado nos Açores, donde eram originárias.

Os bombeiros indicam que o incêndio foi provocado acidentalmente por uma velas acesa, que pegou fogo a um altar decorado com papel.


[www.rr.pt]

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 16 de June de 2006 11:06

Jesus disse:
19«Digo-vos ainda: Se dois de entre vós se unirem, na Terra, para pedir qualquer coisa, hão-de obtê-la de meu Pai que está no Céu. 20*Pois, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles

Pelos vistos nessa «oração comunitária»
Citação:
«... em honra do Espírito Santo, muito venerado nos Açores, donde eram originárias...»
Jesus não estava presente.

Pensemos nisto, acordemos e sejamos realistas em vez de bradarmos «ai Jesus», «ai Jesus», «ai Jesus»,«ai Jesus» ... «aqui d'el rei», «aqui d'el rei».

O errado não vem da parte de Deus, mas da parte dos homens.

YHWH Deus
Citação:
... ... trata com bondade até à milésima geração aqueles que amam e guardam os seus mandamentos. (Adaptação de Exodo, cap.20 e verso 6)

É altura para fazermos exame de consciência .
Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 23 de June de 2006 17:59

From: Teresa Olazabal <teresaolazabal@gmail.com>
Date: 22/06/2006 22:44
Subject: Sem abrigo - saída de Junho
To:


...É na próxima 4ª. feira dia 28 de Junho que vamos para a rua. É pelas 21h15 que começamos a fazer a nossa oração nas escadas do Lg. da Trindade neste mês dedicado ao CORAÇÂO de Jesus. E depois, ainda com cheirinho a S. João, vamos pôr a ceia, vamos conversar, vamos partilhar vida, alegria, corações, espalhar e receber amor! Vamos saber notícias do bébé que nasceu, que maravilha! Quem quiser ajudar-nos... dê-nos o costume: sumos, chocolates, croquettes, empadas, rissóis, bolinhos de bacalhau, pães com carne, bola de carne e frango, bananas, bolos e bolinhos, tudo... Pense assim: "o que gostaria eu de comer se vivesse na rua e comesse todos os dias só sopa e pão"? ..??...??... Já pensou? ...pronto, é isso mesmo que gostaríamos que nos desse! Eu irei recolher onde me disserem. Com o dinheiro que nos têm creditado na nossa conta "sem-abrigo" (NIB 0010 0000 3544786 000 105 do BPI), vamos este mês comprar roupa interior de homem e de senhora. Temos ainda muitas T-shirts e alguns jeans. Sapatilhas por que eles tanto anseiam, temos poucas, se tiver algumas que já não use ou que use e queira dar... são bem vindas. E pronto, não se esqueça que na 2ª. 3ª. e 4ª. feira, dias em que trabalho para isto, estarei a oferecer os meus dias todos por si... pelas suas intenções, pelas suas ansiedades, pelas suas alegrias! Obrigada!!! Aleluia!!!

Re: Onde estava Deus?
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 01 de July de 2006 15:16

Crer

Crer em Deus é uma arte, um desafio, uma descoberta, uma aventura. É um conhecimento e uma experiência que vai além da razão, do sentimento. Favorecer e buscar essa experiência através de temas, testemunhos, vivências, depoimentos, estudos. Eis a proposta desta seção. Uma permanente escola de fé.

Conversão

É necessário que a nossa alma se recolha e se encontre com Deus.

Se não estiver fixa neste único centro, é como uma roda que corre desgovernada,

batendo de um lado e de outro.

Centrada em Deus, cada uma de suas ações adquire significado, cada uma de suas atitudes para com homens e coisas, situa-se num plano sobrenatural.

Caso contrário, tudo se esvai e não se percebe mais o motivo da existência.

A revolução que o mundo espera de nós instintivamente, a revolução que cada cristão deve operar não é senão um ato de unificação interior. Infelizmente nossa vida, assim como ela é, mesmo quando é boa, não passa de uma sucessão de atos vividos freqüentemente em um clima de tédio: uma vida sem muito empenho, tranqüila, com pouco calor e colorido. Existe a hora do trabalho e a hora do café, o momento de tomar o ônibus e de ver televisão, o de sentar-se à mesa para as costumeiras refeições e o encontro com os amigos. Não é esquecida a missa dominical e talvez nem mesmo uma boa obra.

Mas um cristianismo assim não atrai mais o homem de hoje, que segue interessado os vôos espaciais, que mergulha na Ciência, que se assenta, ao mesmos com a fantasia, nas bancadas dos grandes encontros internacionais para decidir a sorte dos povos e do mundo.

E interessa ainda menos ao homem do mundo, que goza a vida hedonisticamente, da arte mais ou menos verdadeira, ou do operário que se agita com pensamentos maiores do que ele e luta pela justiça.

Para muitos cristãos é necessária uma nova conversão.

É preciso que “recoloquemos a vida sobre uma só coisa necessária” e fazer desencadear daí o resto, todo o resto, como fascinante conseqüência. Esta “única coisa necessária é o amor de Deus”. Se nós o amarmos apaixonadamente, se Ele penetrar no coração de cada um e cada um o adorar e servir, então toda a vida da pessoa e a sociedade, estará permeada de sua presença. Assim, arte e apostolado, estudo e descanso, família e escola, passear ou permanecer num leito, isto tudo resultará em poemas diversos de um único canto, em expressões várias de um só testemunho; aquele que devemos oferecer ao mundo e que unicamente nos deve interessar: o testemunho de Deus.

E Ele, também através de nós, tornar-se-á atual hoje no mundo.


Texto: Chiara Lubich

[www.josealem.com.br]

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