Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Arquivo - Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Ir para a página: 1234Próximo
Página actual: 1 de 4
A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 19 de November de 2002 17:57


O que é o "essencial": a Igreja ou a Bíblia? Será que as podemos separar desde o princípio?

Uma das doutrinas Protestantes comuns a todas as igrejas é a "Sola Scriptura" - "Só a Escritura". Quer dizer que se deve considerar a Bíblia como tudo aquilo que necessitamos para saber tudo aquilo que precisamos de saber acerca de Jesus e da Salvação, em matéria de fé, costumes e moral. Ou seja, que na prática a Bíblia é um manual para a formação de igrejas, que em nada dependem de uma outra, pois todas derivam da própria Escritura Sagrada. Contam com o Espírito Santo para os guiar e unir nas "verdades" que independentemente cada um descobre.

A par disto, muitos católicos, como todas as heresias ao longo dos tempos, deixaram a importância da Igreja para segundo plano, como se a Bíblia fosse o essencial e prevalecente sobre ela. Aliás, teria que ser assim, para que a pudessem "interpretar" à vontade. Não será que entenderam mal a própria Escritura, a Tradição e o Magistério?

Os Protestantes entendem que não necessitamos de um episcopado e Magistério pré-existente que estivesse na origem da Escritura e se mantivesse até hoje, do qual dependeriam e ao qual estariam subordinados. Isso implicaria terem a fé dessa Igreja, vindo-se impossibilitados de "inventar" e "reformular" a autêntica fé cristã. Logo à partida, considero que este é apenas o argumento comum para os Protestantes não sentirem dever nada à Igreja Católica, que é uma espécie de "Igreja-Mãe" do Cristianismo, de onde todas as outras saíram (começando realmente no Grande Cisma do Oriente, de 1054). A diferença é que na Igreja Católica a fé é sempre a mesma, desde o tempo dos Apóstolos, sendo as doutrinas desenvolvidas e compreendidas cada vez mais a fundo e de forma cada vez mais definitiva, em pormenor. Tanto é assim que até ao séc. XI toda a Igreja era uma só, a não serem pelos "protestantes" da altura, que eram os hereges de todos os tempos. Curioso é que todos eles queriam interpretar a Escritura à sua maneira, como faz cada igreja Protestante de hoje (hoje que lhes foi concedida legitimidade legal para existirem - apenas legal que por Deus não foi, certamente).

Depois, no séc. XVI, com a Reforma Protestante, que definitivamente instaurou a livre interpretação (que os Protestantes tendem a confundir com livre leitura - acusando então os católicos de terem escondido a Bíblia, usando o latim como numa conspiração para ninguém entender as "mentiras" doutrinais da Igreja), com o apoio político que finalmente lhe foi concedido na época, conseguiu legitimar-se a formação de "igrejas". Para além daquele Cisma que instauraram as Igrejas Ortodoxas no séc. XI, por causa de nacionalismos étnicos e políticas imperiais, mas que ainda assim conservava, ainda que com uma certa estagnação, a fé católica, aconteceu então, no séc. XVI, algo de inédito: a legitimação de qualquer fé acerca de Cristo, baseada na Bíblia. Os Protestantes dizem que foi nesta altura em que a verdade acerca de Deus finalmente se tornou conhecida pelo povo, que ignorava as Escrituras e a quem a Igreja só transmitia "mentiras".

Acontece que "Igreja" não é uma associação de pessoas que instituem uma nova forma de interpretar a Bíblia. Já agora, onde é que isso está na Bíblia?? :o) A Igreja é una e somos chamados a guardar a fé dos Apóstolos: é essa a verdadeira, não outra.

Resta então saber o que é a Bíblia, qual a sua origem, qual o seu propósito inicial e se, talvez o mais importante, ela realmente nos relata que só ela é necessária ou, pelo contrário, ela mesma nos aponta que depende de algo mais, pelo que os postulados protestantes não fazem sentido. Outra questão essencial que deriva desta é que se, afinal, a Escritura não for suficiente, onde encontraremos nós "aquela" Igreja que conserva a plenitude da fé, sem erro, isto é, infalível? Será que para além da Bíblia o melhor que podemos fazer é um bom comentário ou podemos afirmar algo definitivamente acerca da fé? Ou será que a Bíblia é tão clara que ela mesma afirma como definitivo tudo aquilo que o é? Mas, afinal, quem é que disse que a Bíblia é composta por aqueles livros (66 para os Protestantes, 73 para os Católicos)? Ou seja, quando dizemos "Bíblia", os Protestantes referem-se a 66 livros e os Católicos a 73... Foi Deus que criou esta separação da sua verdade? É claro que não: então foram homens. Mas qual destes grupos tem razão na sua... interpretação? Não basta dizer que é sempre "o outro" que está errado: torna-se necessário saber a fundo o que é, afinal, a verdade para a qual nos guia o Espírito Santo! Além disso, toda a ciência exegética e hermenêutica da Bíblia, além da própria História, nos devem auxiliar neste discernimento.

Quanto a mim, acredito completamente que onde subsiste a plenitude da fé da única Igreja de Cristo é na Igreja Católica Apostólica Romana. Aliás, como esta mesma Igreja o afirma há quase 2000 anos! :o)

Bem, peço que procuremos debater o assunto com clareza e objectividade, de forma concisa, para que possamos falar sobre cada ponto de forma a chegarmos a conclusões. O ecumenismo deve ser realizado na senda da Verdade e não da mera "concordância". Devemos orar juntos, acima de tudo, e deixar que, afinal, seja Deus a guiar-nos...

João

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 19 de November de 2002 21:48

Como tem reparado não sou muito de participação no forum... venho até cá deixar umas "bombas" para discussão e depois venho todos os dias ler as vossas participações, mas não participo.
Quando o tempo é pouco temos de selecionar, com grande pena minha.

Mas este tema seduz-me. Principalmente porque não partilho a tua opinião João em muitos aspectos e este é um deles.

Para mim uma coisa é a Igreja e outra é a Biblia.

Se tiver de escolher entre uma e outra penso que é a Biblia mais importante. É o nosso texto sagrado e é nele que devemos regular a nossa vida. Acredito que foi escrita por Homens inspirados por Deus. E que ali encontramos a vontade de Deus. Tenho pena de não poder aqui citar uma ou duas passagens mas não tenho a "tua sabedoria" para o fazer.

A Igreja é a nossa "instituição" ou "organização". Tem coisas boas como tem coisas más: é constituida por Homens e mulheres: religiosos e leigos. Porque para mim somos todos Igreja, apesar de existir uma hiererquia que é humana.


Acho que o problema de muitos ditos católicos é não conhecerem / estudarem o texto sagrado deixando-se ir pelo sr padre ou pelo sr bispo.
Já deves ter ouvido mts pessoas dizerem não vou à Igreja por causa do padre....

Falando da Igreja hierarquia (Vaticano), penso que é claro que em muitos assunto foram idadas (porque interessava) falsas e erradas até sobre determinados assuntos. Claro que tb já fez mts coisas boas e positivas.

Para concluir - e eu que até nem participo já estou a escrever um testamento como o João ;) - sem a Igreja até podes subsistir sem a palavra de Deus não.


Um abraço em Cristo para todos,
Susete

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 19 de November de 2002 22:03


Susete, obrigado por manifestares a tua opinião. Mas vamos lá a estudar a questão, pode ser? É que de tudo o que apontaste, nenhum argumento é histórico nem sequer bíblico.

Se dizes não ter a "minha sabedoria", não perdes muito... ;o) Mas acontece que, para falarmos, temos de saber do que estamos a falar, e não dizer desde logo que a Bíblia é completamente independente da Igreja...

Até porque foi a isso que me referi quando apontei todos aqueles aspectos...

Quanto ao que a Igreja disse de "errado", depressa te aperceberás que não são doutrinas universais, dogmáticas. De facto, muitas outras igrejas protestantes, as quais que, pensando como tu, dizem só precisar da Bíblia, também já se enganaram e de forma inteiramente diferente: acreditam mesmo nas coisas erradas, em heresias.

Temos inevitavelmente de pegar na Bíblia e ler o que lá está escrito para ver se temos alguma hipótese de "abdicar" da Igreja. E também, claro, identificar o que a Igreja é. Apesar de todo o pecado que aflige os seus membros.

Mas o que "veio" primeiro? A Igreja ou a Bíblia? E como podemos estar seguros de uma sem estar seguros da outra?

A Igreja não existe para organizar as coisas nem até para manter a Escritura "em circulação", mas porque é nela que reside toda a verdade acerca da Palavra de Deus, que é Jesus Cristo. Da Verdade dá testemunho a Sagrada Tradição, discernida pelo Magistério.

Aliás, o mesmo Magistério que nos permite a todos ter Bíblias em casa. Não fosse ele, ainda andávamos todos "às aranhas" sobre o que seria "Palavra de Deus".

Outro abraço no Senhor para ti, e espero que tenhas paciência e caridade suficientes para continuar o diálogo... :o)

João

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 20 de November de 2002 01:06

Começo por citar um pequeno excerto da Dei Verbum (10):
Citação:
«Este magistério [Magistério da Igreja] não está acima da palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assitência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expões fielmente, haurindo deste depósito da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado.
É claro, portanto, que a sagrada Tradição, a sagrada Escritura e o magistério da Igreja, segundo o sapientíssimo desígnio de Deus, de tal maneira se unem e se associam que um sem os outros não se mantém, e todos juntos, cada um a seu modo, sob a acção do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas.

Espero com esta citação não pôr um ponto final na discussão (embora não reste muito para discutir).

Nas semanas Bíblicas, passamos o tempo a ouvir "A Bíblia nasceu da vida, a vida nasce da Bíblia".

Uma última nota para terminar: a Bíblia não se resume ao Novo Testamento. Antigo e Novo, ambos tem a mesma importância. Um sem o outro não faz sentido.

Luis

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: Marcelo Fedeli (IP registado)
Data: 20 de November de 2002 12:32

Prezado João Oliveira
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Acompanhando os comentários referentes ao oportuno tema proposto pelo senhor, notei a similaridade de opiniões manifestadas no Brasil, quando da publicação do artigo "LEIA A BÍBLIA?", no site da Associação Cultural Montfort - em que colaboro - (http://www.montfort.org.br - page
[www.montfort.org.br]).

Assim, tomo a liberdade de convidá-lo, bem como aos leitores deste forum, a ler o artigo acima aludido, e as respectivas polêmicas por ele suscitadas com os protestantes de minha terra.

Agradeço sua atenção e a de todos.

In corde Iesu semper
Marcelo Fedeli
São Paulo - Brasil

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 20 de November de 2002 14:32

Marcelo,

Aquilo que o artigo "Leia a Bíblia?" defende, é que a Bíblia deve ser lida apenas por alguns, de preferência o clero ou religiosos, e que aos leigos cabe a tarefa de ouvirem e de acreditarem no que lhes é transmitido. Ora foi essa atitude que levou a Igreja Católica à sua situação actual: somos a religião cujos crentes menos conhecimentos tem sobre a sua fé! E posso afirmar isso com conhecimento de causa, na medida em que, quando fizemos (eu e a Susete) a pesquisa pelas várias religiões, para o trabalho que viria a dar origem ao livro Religião On-line.

Tive oportunidade de constatar que entre evangélicos, católicos, judeus, muçulmanos, budistas, hindús, etc., os católicos são os que tem menos conhecimentos. E se é verdade que não é por muito se conhecer a sua religião que o crente é salvo, não é menos verdade que sem conhecimento, por vezes, se cometem verdadeiras barbaridades e heresias. Um jovem judeu tem que saber hebreu para ler a Torá. Um muçulmano tem que saber árabe para ler o Corão (e diga-se que não são línguas fáceis). Os evangélicos (protestantes) pelo menos lêem a Bíblia e, bem ao mal, pelo menos conhecem a história do Povo de Israel e os episódios da vida de Cristo. Quanto aos católicos, é uma desilusão completa: hoje, um jovem acaba de receber o sacramento da confirmação (Crisma) após dez anos de catequese, e se lhe perguntarem em que é que acredita, ele não o saberá dizer.

Aquilo que no passado a Igreja dizia é que tenham fé e acreditem no que vos dizemos (e não raras vezes acompanhado de "ouve o que eu digo e não vejas o que eu faço). Os resultados estão à vista: não há catequistas para dar catequese, os poucos que há não tem qualquer formação, e sem formação não temos leigos capazes de desempenhar as funções a que são chamados.

A Palavra de Deus não apenas para alguns - é para todos. É óbvio que nem todos terão a sabedoria de a compreender correctamente, mas a sabedoria é um dom do Espírito Santo, e com a ajuda da Igreja, os leigos empenhados acabarão por compreender a Palavra de Deus, e assim serem capazes de também participar na importante tarefa de Evangelização.

Não é a rezar terços e rosários, e com promessas a santos e santas que evangelizaremos o Povo de Deus. Se não conhecemos a Palavra de Deus, como vamos conseguir conhecer Deus? E se não conseguimos conhecer Deus, como o vamos conseguir amar? Será possível amar alguém que não se conhece?

Luis

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 20 de November de 2002 16:47

Luís,
"somos a religião cujos crentes menos conhecimentos tem sobre a sua fé! E posso afirmar isso com conhecimento de causa, na medida em que, quando fizemos (eu e a Susete) a pesquisa pelas várias religiões, para o trabalho que viria a dar origem ao livro Religião On-line."
Sem negar a tua experiência nesta matéria permito-me duvidar.

Tenho duas experiências com duas outras religiões cristãs.
Pontos comuns:
O conhecimento é básico, decorado.
A exegese inexistente.

Sabem de cor mais versículos que eu (que tb não pretendo decorar nenhum), a idade do adão quando morreu, em quantos dias foi feito o mundo, os versículos sobre os alimentos puros e impuros.

Mas vamos à discussão: "qual discussão - a Bíblia não se discute"!!!

Pelo exposto, as minhas dúvidas quanto à tua afirmação persistem.

Quanto à catequese, parecem-me todos (mesmo noutros tópicos) muito pessimistas.
Se a minha foi para esquecer, a dos meus filhos é EXCELENTE. Donde retiro uma evolução muito positiva nesta matéria.

João (JMA)

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 20 de November de 2002 17:28

Susete:
"Já deves ter ouvido mts pessoas dizerem não vou à Igreja por causa do padre...."
Já e é uma mera desculpa.

Porque padres há muitos e praticamente "para todos os gostos", e cada qual escolherá a Igreja (no sentido de templo, local, paróquia) que prefere frequentar.

João (JMA)

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 20 de November de 2002 20:21

JMA, tens toda a razão...

Marcelo, que Ele sempre seja louvado! :o) Tenho acompanhado o apostolado cibernético dos brasileiros contra o diabólico pandemónio doutrinário que invade actualmente o Brasil. Força, permaneçam firmes na fé, com toda a caridade!

Luís, estás profundamente enganado no que afirmaste: "a Bíblia deve ser lida apenas por alguns, de preferência o clero ou religiosos, e que aos leigos cabe a tarefa de ouvirem e de acreditarem no que lhes é transmitido. Ora foi essa atitude que levou a Igreja Católica à sua situação actual: somos a religião cujos crentes menos conhecimentos tem sobre a sua fé!"

Confundes, como já afirmei em cima, a livre leitura com a livre interpretação. A Igreja não proíbe, de forma alguma a livre leitura - aliás, existem diversos mitos protestantes a esse respeito que procuram apontar o contrário -, mas a livre interpretação. Depois, há outra coisa: é que ainda chegas ao cúmulo de dizer que é por os pastores da Igreja terem autoridade para interpretar a Escritura e ensinar o povo que esta situação se mantém! Que disparate!

Acontece é que a Igreja, até ao nosso tempo, nunca se tinha preocupado tanto com a formação dos católicos como hoje. É óbvio que muito falta fazer. Mas o que permanece é uma situação em que a relação fé/cultura não está edificada na maioria dos que se dizem católicos.

Mas, e tu Luís? Também não pareces estar muito evangelizado... O que nos leva à questão essencial: os "católicos" não querem aprender, são "católicos" pela tradição da família, da sociedade. De católicos, têm ridiculamente pouco. Essa situação revolta-me.

Será que é preciso criar a nossa própria verdade para nos sentirmos seguros de algo? É isso que vejo acontecer com todos vocês! Deus ensina-nos a obediência à fé de sempre.

Criaste uma falsa questão: é que investigar a Bíblia, a Patrística e toda a Teologia, incluindo a protestante, só nos conduzirá a sermos forte na oração e a contar com a comunhão dos santos, rezar terços e rosários pois sabemos realmente que o que fazemos é agradável a Deus.

Aqueles que infelizmente ainda rezam sem saber porquê (e sem grande ênfase em "promessas", que é um desvio que ninguém lhes ensina) sempre me comovem com a sua fé simples, como crianças que não precisam saber muito para amar completamente.

A soberba dos que só acreditam naquilo que compreendem é que me aterroriza... A fé é fidelidade, não necessariamente compreensão. Aliás, estamos a falar de DEUS!! Quem é que pode de todo estudar Deus a fundo para depois poder "decidir ter fé"? Aliás, o fanatismo frenético de não amar a Deus e apenas procurar conhecer argumentos para ganhar a Salvação e para se sentir superior, "eleito", entre os demais, também é temível. Tal como "acreditar" em Deus de uma forma impessoal e, porque não dizê-lo, estúpida (os "ateuzitos" que andam por aí, então, nem se fala).

Ainda em relação aos padres, lembremo-nos de quantos pecaram contra Deus e ainda assim Ele lhes concedeu autoridade: Abraão, Moisés, Pedro, são os mais claros exemplos.

Claro que há padres mais ou menos agradáveis com quem conversar, mas devemos procurar aquela vocação de que precisamos, seja para a nossa vida espiritual, para nos alimentar intelectualmente, para nos dar trabalho voluntário, para nos ajudar materialmente, para ser nosso companheiro, etc.. Tenho variadíssimas experiências com padres de diversas congregações e vejo nessa diferença (e não DIVERGÊNCIA!) de carisma e vocação encontro uma grande riqueza da Igreja, um autêntico tesouro humano. Para além disso, um pecador, ainda por cima religioso, é apenas mais alguém a quem devemos manifestar a nossa caridade e perdão.

Mas eu também digo o mesmo: não vão aos padres, vão à Bíblia, aos Documentos Pontifícios, e procurem especialistas para vos esclarecer que, se por acaso forem padres, tanto melhor - sem no entanto deixar de ser crítico em relação à sua posição e à da Tradição e do Magistério! Certamente que os padres que vos dizem que o Papa não é infalível, que a contracepção é completamente aceitável e que acham horroroso que ainda não se ordenem mulheres, mais valia estarem calados: mas desses vocês já não se importam de saber as razões pelas quais vos dizem isso, mas que vos digam isso para tranquilizar a vossa consciência!!

"A Bíblia nasceu da vida, a vida nasce da Bíblia". slogan, Movimento de Dinamização Bíblica

"A Igreja de Deus vivo é a coluna e o fundamento da verdade". Palavra de Deus, Bíblia Sagrada, 1.ª Carta de S. Paulo a Timóteo, capítulo 3, versículo 15

Entre as duas, escolhe Luís... Ah! Mas não é preciso - parece que concordas com o que citaste da Dei Verbum (10): "É claro, portanto, que a sagrada Tradição, a sagrada Escritura e o magistério da Igreja, segundo o sapientíssimo desígnio de Deus, de tal maneira se unem e se associam que um sem os outros não se mantém, e todos juntos, cada um a seu modo, sob a acção do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas."

Mas será que concordas, mesmo?

João

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 20 de November de 2002 22:15

Desculpa fazer esta pergunta mas só por curiosidade qual é a tua formação em teologia, ciencias religiosas, cristologia........

Obrigado,
Susete

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 20 de November de 2002 22:57

Susete,
Dava jeito saber a quem fazes a pergunta...

João (JMA)

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 21 de November de 2002 00:33

JMA,

A Susete colocou a sua pergunta em resposta ao João Oliveira. Poderás ver isso caso seleciones a 'Visão encadeada', em vez da 'Visão "Plana"'.

Luis

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 21 de November de 2002 09:11

Obrigado Luís,
desconhecia essa funcionalidade. É interessante.

João (JMA)

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 21 de November de 2002 09:45

Susete,
Desculpa a minha ignorância.
É o que dá querer ser esperto...

João (JMA)

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 21 de November de 2002 10:42

Já agora, aproveito para divulgar outra funcionalidade que poderá ser bastante útil - a pesquisa do fórum.

Quanto aos pequenos enganos que por vezes têm surgido quando se utilizam os códigos para destacar o texto, penso que para breve teremos a funcionalidade de 'Preview', i.e., de rever o texto que escrevemos, na forma final de visualização, mas antes de ser publicado em definitivo.

Luis

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 22 de November de 2002 10:19

"Aquilo que o artigo "Leia a Bíblia?" defende, é que a Bíblia deve ser lida apenas por alguns, de preferência o clero ou religiosos, e que aos leigos cabe a tarefa de ouvirem e de acreditarem no que lhes é transmitido."
Defender tal posição é um perfeito disparate, e vai contra todo o esforço efectuado nos últimos anos pela Igreja, pelo menos a Portuguesa.

Veja-se a título de exemplo a Escola de Leigos, do Patriarcado de Lisboa:
[www.patriarcado-lisboa.pt]

Bem como todo o trabalho dos Capuchinhos na difusão da Bíblia.

Parece-me claro que o mais desejável é a maior divulgação possível da Palavra de Deus. É mesmo um imperativo.
Mas devidamente interpretada, que fartos de conflitos em nome da religião já nós andamos.

E, sem negar alguma experiência pessoal que conheçam e na qual naturalmente acreditarei, é para mim um mito a ideia que os católicos não lêem a Bíblia.

João (JMA)

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 22 de November de 2002 11:15

JMA, antes fosse um mito. Sem querer fazer da experiência pessoal a regra, até porque por vezes isso pode disvirtuar a situação real, não resisto a partilhar aqui um caso que presenciei há poucos dias: estava num grupo de pessoas e iamos analisar um excerto bíblico de S. Mateus. Um dos presentes era catequista. Pois para meu espanto, o catequista começa a folhear no princípio da Bíblia à procura do livro de S. Mateus. Pensei para comigo, "... mas será que não se lembrou que o livro de S.Mateus está no Novo Testamento, bem mais próximo do fim da Bíblia que do início?"

Sem dúvida que o trabalho dos Franciscanos Capuchinhos é de louvar, pelo empenho na difusão da Bíblia. Concordo contigo que a ideia transmitida no artigo "Leia a Bíblia?" é um perfeito disparate. Por isso é que cada vez mais teremos de fazer um esforço para que as pessoas se interessem e conheçam a Palavra de Deus.

Apenas uma nota quanto à interpretação livre da Bíblia. Parece-me óbvio que quem começa a ler a Bíblia, ou a dar os primeiros passos num estudo Bíblico, precisará da ajuda de alguém que lhe ensine "o caminho das pedras". Se alguém pega pela primeira vez numa Bíblia a "sério", começa a ler, a estudar e a interpretá-la sozinho e livremente, irá concluir alguns bons disparates. Por isso, todo o estudo Bíblico deverá contemplar algum acompanhamento por parte de alguém que já esteja mais avançado neste estudo.
Para perceber melhor o que pretendo dizer, posso dar o exemplo de um livro escrito por um autor, por exemplo Fernando Pessoa. Quanto de nós é que lendo um livro de Fernando Pessoa conseguiríamos interpretá-lo correctamente? Perceber o que o autor pretendia dizer? Ora, sem querer fazer comparações, parece-me que a Bíblia, pela forma como foi escrita (diversos autores, inspiração divina), quando foi escrita (numa cultura diferente da nossa, num tempo bem diferente do nosso), apresenta-se como um livro de interpretação bem mais complexa do que qualquer outro livro. Daí eu defender que o estudo Bíblico deverá ser acompanhado por alguém que já tenha feito um estudo aprofundado da Bíblia.

Luis

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: Marcelo Fedeli (IP registado)
Data: 25 de November de 2002 17:00

Prezado Luis Gonzaga,
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Agradeço a gentileza de ter lido o artigo “LEIA A BÍBLIA?”, por mim sugerido ao pessoal do forum, bem como o envio das suas observações.

O senhor credita a atual ignorância dos fiéis, a respeito da Fé católica, ao fato de que, anteriormente, a Bíblia só lhes era ensinada pelo clero e que aos leigos cabia exclusivamente a tarefa de ouvir e de acreditar.

Mas, seria essa a verdadeira causa da ignorância que os católicos têm hoje, sobre a Bíblia e sobre a doutrina da Igreja? Será que bastaria entregar uma Bíblia a cada fiel para que este, inspirado pelo Espírito Santo, viesse a fortalecer a sua fé?

Caro Luís, aqui no Brasil a crassa ignorância sobre a doutrina da Igreja não é exclusiva dos fiéis, mas também de muitos seminaristas (para não dizer de muitos membros do clero). Conheci um deles, por exemplo, com 19 anos, e prestes a ingressar no curso de Teologia, que não sabia o nome siquer dos Sacramentos, nem mesmo os Mandamentos da lei de Deus! Sobre Filosofia, curso que ele acabara de concluir, não tinha a menor noção, nem a cronológica!

Pois bem! O que adiantaria a este pobre seminarista se lhe fosse dada a Bíblia para ler? Ou, que proveito dela tiraria aquele jovem de quem o senhor afirmou: “após dez anos de catequese, não sabia dizer em que acredita”?. Nesse caso, ou a “catequese” foi muito mal feita, ou ele, após dez anos, absolutamente não tem condições de entender nada..e, portanto nem a Bíblia.

Pelo exemplo que o senhor apresentou, acredito que a situação em Portugal não difere muito do Brasil. E por que? Justamente porque não se ensina mais o “Catecismo” às crianças, nem em escolas religiosas! O ensino religioso vem em queda livre há décadas... há quase 40 anos! Nos seminários, a escolástica é vista como “velharia”... Há alguns anos, num seminário em S. Paulo, estudava-se somente o marxismo!...

Hoje, infelizmente, como o senhor mesmo afirmou, são poucos os religiosos capazes (e, diria antes, santos, como o Cura D’Ars!) para ensinarem o povo. Daí a “babel” total em que se encontram os fiéis!

Claro que a Revelação (a Escritura Sagrada) é para todos e não apenas para alguns... e o artigo não afirma o contrário! Mas, a sua leitura não deve ser absolutamente imposta a todos, como meio de salvação ou de maior conhecimento da fé, sem a necessária orientação da Igreja, como o senhor mesmo salientou (“é óbvio que nem todos terão a sabedoria de a compreender corretamente”).

O senhor afirma que “não é a rezar terços e rosários, e com promessas a santos e santas que evangelizaremos o Povo de Deus”... Lembro, somente, que Sta. Terezinha converteu mais pessoas que os missionários, e que Nosso Senhor Jesus Cristo nos ordenou a “vigiar e orar”. Assim, a oração não deve ser absolutamente excluída da “evangelização”.

O senhor diz bem: só amamos o que conhecemos. Assim, para amar a Deus (e, ainda, sobre todas as coisas) precisamos antes conhecê-lo, como ensina o esquecido Catecismo da Doutrina Cristã de S. Pio X.

O aprendizado da Doutrina da Igreja se faz pouco a pouco e não, repentinamente, iniciando-se com a leitura da Bíblia, ou mesmo em “encontros de comunidade” (como conheci), em que um leigo, ignorando os rudimentos da doutrina, lia, a esmo, trechos do Apocalipse, do Cântico dos Cânticos, ou do Deuteronômio, a outro punhado de pessoas também no mesmo nível doutrinário daquele “leitor”.

O senhor, que certamente é conhecedor da Bíblia, já imaginou o que aquele grupo da “comunidade” entendeu sobre os temas lidos?

Quando estudamos os ensinamentos de Hugo de S. Vitor, de Sto. Ambrósio ou de Sto. Anselmo, sobre a Escritura, apreendemos muito, mas muito mesmo, e ficamos com a clara noção da necessidade da explicação infalível da Santa Romana Igreja, para entendê-la melhor. Há poucos dias ouvi uma palestra sobre a correspondência direta entre o Sermão da Montanha e o Padre Nosso, conforme explicação de Sto. Anselmo. E, como essa, há muitas otras sobre a toda a Escritura, que jamais eu iria "captar" com a simples leitura.

Entendemos também, e perfeitamente, que o “conhecimento a Bíblia”, absolutamente não se resume em saber “recitar”, como papagaio, alguns versículos de cor, com as respectivas referências, como o fazem muitos protestantes. O que se diria de um médico que soubesse a bula de um remédio de cor, sem entender a natureza dos seus componentes?

Caro Luís, creio que, no fundo, apesar da sua observação inicial sobre o artigo "LEIA A BÍBLIA?", o senhor acaba concordando com as mesmas condições expostas naquele longo e documentado artigo, sobre o tema em pauta.

Mais uma vez agradeço sua atenção, pedindo a Deus que o ajude na explicação da Bíblia aos que dela necessitarem.

In corde Iesu semper
Marcelo Fedeli
São Paulo - Brasil

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 25 de November de 2002 21:01


Susete, digo-te com humildade não tenho qualquer "formação"... Tenho participado em cursos da Escola de Leigos, ido a conferências, encontros, tenho lido "muito" na Internet, Documentos Pontifícios, lido alguns livros (e por acaso leio a Bíblia, bem como o Catecismo! ;o) )...

Como vês, não é nada complicado ter um conhecimento mais ou menos elaborado da doutrina da Igreja. Eu não me orgulho nada daquilo que sei, envergonho-me mais pelo que não sei e ainda assim permaneço fiel...

Aí mostra Deus a sua sabedoria: não precisamos ser estudiosos para receber definitivamente a sã doutrina (de que tanto nos fala S. Paulo), discernindo sobre todas as religiões (e igrejas) do mundo, lendo até sobre todos os argumentos contraditórios que os diversos estudiosos empregam. Já velhinhos, de barba comprida, tendo adquirido todo (?) o conhecimento do mundo, poderíamos finalmente dizer: Deus existe e a sua Igreja subsiste plenamente na Católica Apostólica Romana!

Mas será que é isso que Deus quer? Se não é isso que Deus, deveremos pensar o que quisermos sobre Ele, já que há tanto que duvidar? Não é essa uma noção bastante gnóstica e elitista? Onde está aí a justiça de Deus, que quer dar-Se a conhecer e salvar a todos?

Conclusão: Ele edificou a Igreja num Magistério infalível para que pobre ou rico, "judeu ou grego" (ou russo, ou norte-americano, ou brasileiro!), homem ou mulher, pudessem conhecê-Lo verdadeiramente, comungando com a Sua Igreja que nos conduz na Verdade.

João e Luís, permitam-me um pedido de esclarecimento...

Quando o João escreveu citando o Luís: "a Bíblia deve ser lida apenas por alguns, de preferência o clero ou religiosos, e que aos leigos cabe a tarefa de ouvirem e de acreditarem no que lhes é transmitido." - Defender tal posição é um perfeito disparate, e vai contra todo o esforço efectuado nos últimos anos pela Igreja, pelo menos a Portuguesa., não me pareceu estar a concordar com a afirmação do Luís, mas precisamente estar a sublinhar o disparate que é defender tal posição, já que não é nada disso o que a Igreja está a fazer. No entanto, relembro que essa é uma questão falsa e que, como o João salientou, não é isso a que a Igreja se propõe, e a mim não me parece nada que seja isso que a página citada por Marcelo queria dizer, como ele já explicou.

João, podes esclarecer então o que querias dizer, por favor?

Luís, a questão da interpretação da Bíblia vai bastante além da erudição bíblica. Porque existem assuntos dogmáticos a serem decididos e em relação aos quais, pela Escritura, não conseguimos aferir completamente.

Ou seja, interpretar a Bíblia só faz sentido DENTRO da Igreja, da sua Sagrada Tradição e Magistério, pois foi nela mesma que foi escrita e considerada inspirada. Se tornarmos a Bíblia numa mera obra literária, à livre interpretação, caímos em erro, imediatamente, e retiramos-lhe o seu carácter de sagrado.

Acho que Marcelo colocou uma questão bastante eminente: o problema nisto tudo é que não se dá a conhecer o Catecismo. Contudo, se os estudos bíblicos realizados pelo Movimento de Dinamização Bíblica pegarem na Escritura e a derem a conhecer citando também com articulação os conteúdos do Catecismo, óptimo.

Um excelente exemplo de estudos bíblicos (grátis!):

Catholic Scripture Study, na excelente página Catholic Exchange!


João

Re: A Igreja e/ou a Bíblia?
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 25 de November de 2002 22:33

Olá Marcelo,

Talvez não me tenha explicado correctamente: não creio que a situação de ignorância dos fiéis seja culpa exclusiva da Igreja (do clero), e muito menos pelo facto de apenas a Bíblia lhes ser transmitida de forma oral. O problema é que raramente a Bíblia é transmitida aos leigos, seja de forma oral, seja por estudos bíblicos.

Penso que já tive oportunidade de comentar convosco o meu ponto de vista. Acho que entregar uma Bíblia a um leigo não é solução. Pelo menos, não é a solução completa. Sem dúvida que o leigo deve ter uma Bíblia (se possível uma boa tradução como a Nova Bíblia dos Capuchinhos ou a Bíblia de Jerusalém, se estamos a falar de leigos portugueses). Deve lê-la, mas deve acompanhar o seu estudo com alguém que saiba mais que ele. Por exemplo, fazendo parte de um grupo bíblico na sua comunidade.

Sem dúvida que o catecismo poderá (deverá) ser a primeira abordagem à doutrina. Mas creio que o leigo adulto, tem potencial para ir mais longe no seu conhecimento da doutrina e deverá conhecer a Palavra de Deus. E não me refiro a decorar citações, mas sim conhecer a mensagem que Deus quis transmitir aos homens com a Sagrada Escritura.

Penso que não estou completamente de acordo com o texto "Leia a Bíblia?", pois quando li o texto, fiquei com a ideia que o texto defendia que o leigo não deveria ler a Bíblia, mas sim ouvi-la. Ora, aquilo que eu penso é que o leigo não deve 'apenas' lê-la, nem deve 'apenas' ouvi-la, mas sim, lê-la E ouvi-la. Para compreender melhor o que penso, peguemos na lectio divina: o primeiro passo da lectio divina é a lectio - a leitura do texto. Aquilo que não podemos, é voltar atrás alguns séculos, e privar os leigos do contacto com a Sagrada Escritura, apenas isso.

Luis

P.S. Marcelo, como deves ter reparado, as pessoas que participam aqui no fórum, não costumam ser muito formais a ponto de se tratarem por 'senhor'. Afinal somos todos irmãos em Cristo, pelo que podes me tratar apenas por Luis ;-)

Ir para a página: 1234Próximo
Página actual: 1 de 4


Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.