Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Ir para a página: 12345Próximo
Página actual: 1 de 5
A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 26 de July de 2002 07:46


Viram nesta Quinta-feira (25) o programa Gregos e Troianos, na RTP 1? O tema era se o Papa devia renunciar ou não. Já repararam porque é que tanta gente ainda continua a não acreditar em Deus e a torcer o nariz a personalidades tão marcantes como o Papa?

Acima de tudo, falou-se de aspectos relacionados com a sexualidade, como a contracepção e a homossexualidade. De todo o lado se insurgiram posições que consideram que a Igreja tem de mudar. Quanto a mim, a única coisa que tem de mudar, não é a posição da Igreja em relação a estes assuntos, mas tão-só o tom condenatório com que as apresenta. Deve ser proposta de amor e preservação da dignidade e intimidade humanas e não condenar sem apontar claramente quais as suas razões, num tom de aconselhamento que fale ao coração.

Ninguém se lembrou SEQUER de falar em Métodos de Planeamento Familiar Naturais, amplamente aprovados pela Igreja, mas nem tanto assim promovidos (não vende, não se fala disso...), que têm a maior taxa de sucesso entre os métodos anticoncepcionais, até mais que o preservativo e comparável à pílula (99.7%), nem de considerar que idoso não significa incompetente (se lessem o que o Papa escreve veriam essa ilusão ser dissipada), muito menos compreendendo que o que a Igreja ensina sobre sexo é o ideal, para quem queira viver relações de profundo amor, e não é portanto aplicável a situações de emergência como é o caso em África. Logo, não estamos a ser "cruéis" como eles nos imaginam, mas talvez nos abstamos apenas de promover o preservativo mesmo nessas circunstâncias, enquanto actividade caritativa. Agora querem preservativos nas escolas... Onde é que isto vai parar?? Lá porque uns querem, os outros têm que levar com esses devaneios? Parece que os próprios Estados Unidos da América, que muito sofreram com esse tipo de políticas, estão agora a mudar de direcção, a cortar os fundos de promoção do preservativo e a dirigir MILHÕES de dólares na promoção da ABSTINÊNCIA!!! Pois é, aquela velha história de "sexo só depois do casamento". Parece que muitos jovens querem muito mais que sexo, querem o maior amor possível e encontram no compromisso da abstinência um projecto comum que lhes alimenta um profundo conhecimento mútuo. Num futuro próximo, acontecerá uma NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL: precisamente, não a da libertinagem, mas, com uma liberdade que implica muito mais responsabilidade, amor e compromisso, a da ABSTINÊNCIA!! Num mundo em que falar de castidade e fidelidade é TABÚ, em que um casamento parece não ter piada sem traição, e mais do que isso, é algo que dá imensa piada fazer (!), será toda uma renovação da arte de cortejar, de namorar e de viver o noivado, vivendo então o matrimónio como uma vocação profunda e esclarecida. Também alimentará então uma vida familiar extremamente feliz e realizadora, sendo que se poderá promover também o "Homeschooling", ou seja, ensinar os filhos em casa! Quem o pratica, diz sem excepção que, à vista dos resultados (profunda intimidade entre pais e filhos, melhor literacia, maior cultura geral, maior inteligência geral, etc.), é mesmo a melhor forma de educação. Desde há muito que a "instituição escolar" foi estabelecida. Trata-se de pessoas formadas em ensinar, providenciando um lugar onde se pode aprender e ganhar competência em áreas profissionais. Mas à medida que a cultura se vai edificando, que os pais se sentem bastante capazes de educar os filhos durante grande parte da sua vida até ao final da adolescência, ou seja, até terem estudado o suficiente para continuarem estudos universitários. Existem cerca de milhão e meio (!) de crianças ensinadas em casa nos EUA e a aumentar este número.


Imaginem como seria o mundo se NUNCA se tivesse sexo fora do casamento.

Imaginem também que isso possibilitaria casamentos autênticos, para toda a vida, com um profundo mútuo conhecimento.

O que é que seria diferente? Iria possivelmente eliminar ou atenuar substancialmente os seguintes:

- Gradivez na adolescência [mães solteiras; delinquentes juvenis (nos EUA, 70% de todos os jovens em reformatórios vêm de lares sem pais); subsídios a famílias carenciadas; ABORTO; perda de planos ou sonhos futuros; stress emocional; corações partidos]

- Abuso de menores [a abstinência bem orientada promove uma relação sexual completamente orientada para a riqueza da mesma apenas dentro do contexto do casal dentro do matrimónio; é possível com uma abstinência comprometida apagar os vestígios de tendências pedófilas; os menores abusados tornam-se em adultos com uma sexualidade e vida social perturbadas e muitas vezes ficam totalmente obcecados pelo sexo]

- Relações extra-maritais [DIVÓRCIO; crianças que perdem um lar com ambos os pais; trauma emocional]

- Violação [excepto nos raros casos de violação entre marido e mulher]

- Pornografia [os actores não praticariam o acto para fazer filmes; causa grandes dificuldades no estabelecimento de relações amorosas comprometidas; enfraquece os casamentos; pode conduzir a uma mentalidade violenta e destrutiva, olhando os seres humanos como meros animais/carne]

- Incesto

- DSTs [Doenças Sexualmente Transmissíveis: se cada um tivesse apenas um parceiro, feitos os exames durante o namoro, não haveria nada a "apanhar"; os métodos anticoncepcionais falham demasiadas vezes para serem chamados "seguros"]


Pensem quão diferente seria o mundo sem todas estas coisas. Ninguém pode medir os efeitos das coisas listadas em cima, em especial os efeitos secundários. Os Mandamentos do Senhor são para nos ajudar. Quanto mais os seguirmos e podermos seguir, melhor para nós. E mesmo que isto não possa ser alcançado numa escala global, podemos ao menos tentar fazer das nossas vidas o mais livres destas coisas quanto possível.

AINDA ACHAM QUE "SEXO SÓ NO CASAMENTO" É UMA IDEIA RETRÓGRADA? PENSEM BEM...


Vejam mais informações nestes sites, em inglês:
Católicos:
[www.familylifecenter.net]
[www.lovematters.com]
[www.ccli.org]
[www.reallove.net]
[www.youmagazine.com]

Outros:
[www.abstinence.net]
[www.abstinencedu.com]
[www.family.org]
[members.aol.com]


Este sistema de pensamento, tipicamente Católico e que agora está na moda entre grande número de Cristãos, implica, esquematicamente, no meu entender, o seguinte: DEUS -> AMOR -> RESPONSABILIDADE -> COMPROMISSO -> CASAL (projecto de vida) -> ABSTINÊNCIA -> MATRIMÓNIO -> MÉTODOS NATURAIS DE PLANEAMENTO FAMILIAR -> FAMÍLIA (2-4 ou mais filhos) -> "HOMESCHOOLING" (opcional) -> APOIO E VALORES FAMILIARES -> CONSTRUÇÃO DE UMA PERSONALIDADE CRISTÃ -> BONS SERES HUMANOS.

Chegando assim à plena felicidade que todos queremos mas que nos parece impossível!


E agora uma coisa que descobri há pouco tempo e achei impressionante... O aborto tornou-se legal nos Estados Unidos da América em 1973, no seguimento de um processo judicial intitulado Roe vs. Wade. Em tribunal estava Norma McCorvey (Jane Roe aquando do processo), com um passado de falta de literacia, drogas, álcool e sexo imoral, engravidou, argumentando ter sido violada (mais tarde, desmentiu isso). Depois de terminado o processo, em que ela foi apenas um peão nas ideologias políticas de dois jovens advogados, continuou uma vida difícil. Nos anos 80 tornou-se um ícone do movimento pró-escolha e na década seguinte começou mesmo a trabalhar numa clínica de aborto em Dallas. Via os fetos no frigorífico da clínica e dizia que o aborto passou a consumir toda a sua vida, não pensando nem vivendo por outra coisa que não fosse o aborto. Um dia o seu trabalho foi interrompido por activistas da "Operation Rescue" (um movimento feito por uma esmagadora maioria de cristãos, de variadas denominações e bastantes católicos) e acabou por encontrar uma grande amizade naquele grupo, que lhe ofereceu um amor condicional. Algum tempo mais tarde, Norma entregou-se de joelhos a Cristo numa igreja em Dallas. Recentemente depois foi baptizada e mais tarde completou o seu caminho de conversão na Igreja Católica!! :o) Impressionante. A pessoa que foi o motivo pelo qual se admitiu o direito ao aborto diz agora, depois de todas as coisas que fez na sua vida, com drogas, álcool, sexo e aborto, renuncia a isso tudo e dedica grande parte da sua vida a gritar aos corações dos jovens para que não cometam os mesmos erros que ela, servindo de exemplo mais que suficiente para todos eles!! Mas isto não é argumento suficiente para o Congresso voltar atrás, pelos vistos... principalmente porque o que estava em causa não era os interesses da queixosa, mas daqueles que se aproveitaram da situação, que teria acontecido pela mesma altura com qualquer outra.

Podem ler o testemunho completo em inglês:

[www.priestsforlife.org]

E o seu ministério pró-vida em:

[www.roenomore.org]

Pois é, agora vou desabafar uns pensamentos um bocado pessimistas. Cada vez mais me convenço que o sexo vai ser o fim da Humanidade. Primeiro tendo-o como mero prazer, destituindo-lhe a função procriativa, relegando-a para os laboratórios, depois a ideia de encarar o homem como algo que se cria a si mesmo, sem "milagres divinos", totalmente independente de qualquer transcendência com a sua ciência, com propriedades "mágicas", depois deixando toda a tecnologia tomar o espaço do nosso sentido para a vida. Tudo será forjado e simulado cientificamente, passando pela Inteligência Artificial, pelos ciborques, pelas experiências espirituais e sentimentais, etc.. Considero que isto é apenas o começo de algo que se não for travado consistirá no nosso fim tal como nos conhecemos. Passaremos a ser, além de um vírus para o planeta, um vírus para os que nos rodeiam e para nós mesmos. Gostava muito que estes pensamentos nem sequer me viessem à cabeça, mas o mundo está mesmo mal, para eu colocar estas hipóteses...

João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 27 de July de 2002 10:12


Vá lá, comentem... Eu sei que é difícil até para um Católico dar-se conta de que os assuntos morais não se tratam de leis mas de indicações para a felicidade, ainda mais quando tratam de lidarmos com impulsos sexuais, que são tão "inocentemente" difundidos (e cada vez mais estão) entre nós.

A questão aqui está em não querer errar para depois ter de aprender com o erro, se posso tomar desde já a decisão sustentável. Custa? Pois é, mas tem de ser... Caso contrário, já se vê. Olhem para os EUA...

Sabiam que o visionamento de material pornográfico é característica comum entre TODOS os criminosos de homicídio, por exemplo? De facto, existem não poucos exemplos de homens que foram criados em sãos lares cristãos mas que, por terem um dia posto a vista em cima de uma revista pornográfica, nunca mais pararam. Os pais dizem que é "natural", faz parte de uma "curiosidade" que deve ser satisfeita... Mas quando mais tarde abusam de alguém, chegando a matar, ou até molestar os próprios filhos e estes os seus, no futuro, sucessivamente, a situação muda de figura. Parece que finalmente nos apercebemos das consequências daquilo que fazemos. Temos hoje em dia a maior liberdade que alguma vez tivemos e é interessante ver quanto uma nova escravização, a do prazer que se auto-justifica, sem satisfações a apresentar aos demais quanto às suas desordens (hoje em dia, ninguém quer ser pecador, logo elimina-se a noção do pecado!), toma lugar e corrói a própria Humanidade duma forma que cada vez se torna mais óbvia. Aí, mudam-se as políticas e vão-se reformando as práticas, mas a Igreja permanece a pensar o mesmo, esperando que os outros olhem para ela e compreendam que "ela bem nos avisou..."

Nós, "Católicos", que pouquíssimo praticamos do que a Igreja ensina, somos perversos, hipócritas e, porque não dizê-lo, estúpidos. Não estimulamos nem participamos com o clero indicando-lhe as nossas necessidades, explicando que não compreendemos o que a Igreja ensina, e vamos deixando-nos e à Igreja afundar-se. Quanto nem os nossos são o que devem ser, o que esperar dos outros? Quando os Católicos se vão instalando no pensamento secular amoralista, que mais fácil fazer que passar a contestar os ensinamentos que agora se tornaram incompreensíveis?? Somos tão, tão medíocres... No meio desta mediocridade, muitos saltam para fora do "barco" e deixam de se considerarem com algo a ver com a Igreja, mas mantém a fé central naquilo que julgam ser Católico, mas que também não compreendem bem, considerando-se portanto "Católicos não praticantes". Nesta crise, em que se nota que as coisas têm de mudar, em que se verifica agora as falhas da formação de leigos, com a qual em vez de serem dos nossos estão agora mesmo contra a Igreja, porque não a compreendem. Tomam-se atitudes extremadas, exprimindo uma necessidade de segurança pessoal, equiparando a sua filiação na Igreja como algo que lhes garanta um certo "status", ou seja, não querem ser olhados pela sociedade com os rótulos que ela atribui à Igreja, os de "retrógrada", "desactualizada", "repressora", "anti-democrática", etc.. Se já nem sequer compreendem os motivos que tem para ser assim, então está o caldo entornado!

Espero que vamos ganhando mais sabedoria em relação a estes assuntos, acompanhados por um aumento das oportunidades de diálogo continuado, na obtenção das respostas que tantos precisamos.

João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Luís Vida Boa (IP registado)
Data: 03 de August de 2002 12:13

O que a RTP1 fez, foi aquilo que os Bispos Católicos, deveriam insentivar no seio da Igreja, que se chama opinião pública sobre questões, que interessam ao público católico. Portugal é um país maioritariamente católico. Se dentro da Igreja a opinião do povo de Deus de nada vale, mantem-se o sistema, "povo escuta e obdece", não pode dar opinião, porque a minoria dos católicos, Papa, Bispos, Padres, Religiosos(as), têm voto de obdiência e querem obrigar todos os católicos, a seguir o seu estilo de obediência, Deus, que gosta de escutar o seu povo, chama outros para cumprirem a sua vontade.

Lógico, que a pesquisa de opiniões, sobre assuntos inerentes a Igreja católica, deveria ser iniciada a partir da Igreja e na Igreja, com a presença dos media, para que as pessoas, vejam que é uma Igreja aberta a novos sistemas de vida e muitos possam regressar, aderir e participar.

Exatamente, a mesma história de Cristo. Os judeus não o aceitaram, ele virou-se para outros povos que o aceitaram. Está a acontecer o mesmo, com a Santa Madre Igreja.

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 03 de August de 2002 13:43

Realmente é verdade que os religiosos tem voto de obdiência (por sinal para alguns o mais dificil de conseguir cumprir), mas nós somos leigos e como tal, o nosso "trabalho" é diferente dos religiosos.

Somos "obrigados" ao respeito pela hierarquia da Igreja mas não à obdiência (já o dizem os documentos do Vaticano II), devemos trabalhar em conjunto com a hieraquia num mesmo patamar nem acima nem abaixo.

Somos leigos e .

Abraços
Susete

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 03 de August de 2002 14:37

Luís,

É aquilo que eu já tive oportunidade de comentar há poucos dias: Ainda continuamos a confundir a Igreja Católica com a sua hierárquia. Mas a Igreja Católica é muito mais que apenas a sua hierarquia!

Nós, leigos, também somos Igreja. E também nós, os leigos, temos a responsabilidade de alertar e chamar a atenção sobre o que de menos correcto se vive dentro e fora da nossa Igreja (igreja, sociedade, ...). Temos de fazer com que a Igreja saia cada vez mais da sacristia e do adro, pois só assim teremos uma Igreja una entre todo o seu povo: hierarquia e leigos. Ou arriscamo-nos a ter uma hierarquia cada vez mais longe do seu povo.

Como o João comentava aqui há alguns dias: "Manter a fé, mudar a Igreja."

Luis

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 03 de August de 2002 15:29

Infelizmente, por razões profissionais, não pude ver o programa dos Gregos e Troianos. Admito que mesmo que o pudesse ver, dificilmente o veria. Acho que é um mau programa (estou a ser eufemista) e o seu objectivo não é discutir assuntos de uma forma séria, mas criar uma grande "peixeirada" e se possível com muito "molho". Não aprecio a forma como o programa é conduzido, mas sendo quem é, parece-me dificil ser doutra forma.

Por acaso, o tema do pograma peca por tardio. Esse assunto já foi aqui discutido há muito mais tempo ;-)

Compreendo aquilo que dizes sobre a vida sexual da nossa sociedade em geral, embora acho que essa é uma consequência, não uma causa. A causa estará talvez na falta de valores, de consciência e de espiritualidade das pessoas.

Muitas vezes encara-se uma relação sexual como uma satisfação própria e não como consequência natural de uma relação de amor. Vê-se o sexo como uma busca egoísta da felicidade. O mesmo acontece com a droga e muito do consumismo exagerado que afecta a nossa sociedade. Procuramos a felicidade no "Ter" e não se vê que ela se encontra no "Ser".

Não quero com isto dizer que tudo o que tenha a ver com sexo é errado. Nada disso. Sou da opinião que muitos casais seriam muito mais felizes se houve mais sexo. O ser humano não é apenas alma e mente - também tem um corpo. E para se envolver completamente com outro ser humano, tê-lo-á que o fazer a todos os níveis, incluindo o corpo.

Luis

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 07 de August de 2002 01:55

Duas notas breves:
O programa Gregos e Troianos devia chamar-se antes Peixeiras e Peixeiros (sem ofensa para essa classe profissional) onde não dá para se discutir nada sériamente.

Quanto à prática do sexo, pouco me importa se é antes ou depois do casamento, de manhã, à tarde ou à noite, preucupa-me é se é praticado sem amor.
Segundo, é obvio que conceitos de que o sexo só deve ser praticado com o objectivo da reprodução não fazem sentido e são posições que só podem ser assumidas por quem não faz ideia do que é viver uma relação de amor ou por quem teve uma má experiência.

Também não me agrada que as posições da igreja(hierarquia) sobre a moral sexual sejas determinadas por homens que se form coerentes com a sua opção de vida, estão a opinar sobre matéias que não viveram nem conhecem, já que são, por opção prória celibatários.

Para rematar, meu caro João, um conselho: Teoriza menos e pratica mais. Se Deus quisesse que não fizessemos sexo, certamente que não era tão bom!
O que Deus não quer de certeza é que tantos de nós pratiquem actos condenáveis de natureza sexual por causa do clima de tabus e recalcamenti em que foi educado e condicionado!

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 08:23


A evangelização é tarefa necessária e permanente. Daí, o diálogo com o povo. Se isso acontece tão deficientemente em Portugal, deve ser mudado. Agora, criar circunstâncias mediáticas para tornar popular a Igreja... não precisamos disso. Aliás, preferimos não precisar. O que se pretende com "maior" abertura? Mais dissidência, certamente. Ou seja, fazer pesar menos nas consciências a falta de santidade, diminuir o constrangimento vivido por uma situação que não é compatível com a comunhão eclesial, etc..

Precisamos sim, que a Igreja crie as estruturas para nos explicar e defender aquilo em que acredita. Realizar isso chama-se fazer Apologética, remover os obstáculos à fé e à vivência da santidade. Claro, não se podem proclamar valores e demitir-se de ensinar a vivê-los, isso não é útil, praticável e nem sequer se insere no contexto da sua concretização. É precisamente aí que se localiza o hiato entre "o que a Igreja ensina" e "o que o Povo de Deus faz". Se se fala em mudar a Igreja, é precisamente aí que se verifica a participação dos leigos. Amigos, MAIS DIÁCONOS!! Mais e melhores teólogos, mais e melhores catequistas, mais, melhores e acessíveis oportunidades de formação de formadores. Pergunte-se cada um, honestamente, até que ponto se preocupa com a sua formação, que é sempre contínua. A Igreja deve tornar-se mais (para chegar aquilo que DEVE ser) transmissora do valor do amor, do respeito e dignidade do ser humano, valores que a caracterizam tão bem e que ela o faz exemplarmente. Sim, a Igreja vive à frente do seu tempo. Por alguma razão estão os E.U.A. a gastar tanto dinheiro na promoção da abstinência. Parece-me que aprenderam com a experiência (e tão bom seria se não tivessem de o ter experimentado e sofrido tanto com isso!), ganharam juízo...

Precisamente por causa do AMOR, devemos guardá-lo como a prenda mais preciosa para a pessoa com quem vamos partilhar a nossa vida para sempre. Isso sim, é, se for autêntica e realmente conquistada, uma das maiores provas de amor.

Para já, todos vós precisam de admitir, desde logo, que não se preocupam minimamente em escutar o que a Igreja tem a dizer em relação ao sexo. Métodos naturais, e tudo mais...

Para descobrir se os padres têm ou não RAZÃO para falar em sexo, olhem para o que os que se especializam nisso escrevem. Se o que alguns escrevem não funciona, ainda assim é preciso descobrir porquê. Alguém aqui leu "Amor e Responsabilidade" de Karol Wojtyla? Além disso, não concedo autoridade nem a quem se casa, mas pela forma como um matrimónio é vivido e o que pode ensinar. Infelizmente, cada vez há menos em boa situação. E isso não é porque ps padres os chateiam, pois até, aparentemente, cada vez lhes dão menos ouvidos.

É normal que tenhamos sido "educados" (pois precisamente o que não houve foi educação) em climas de tabus e recalcamento. Portugal é um dos países mais atrasados da Europa. O velho chavão confirma-se "Numa sociedade subdesenvolvida, nem Deus prospera".

Ó Tozé, agora és um humilde servo de Deus, fazendo amor porque é bom... Mas Deus NÃO dá só coisas boas, muito pelo contrário. A contracepção é objectivamente inaceitável, por mais excitados que estejamos. Devemos pensar na plena posse da nossa capacidade racional e não por impulsos.

Sinceramente, a mim, faz-me muito bem estar a maior parte do tempo longe do clero e longe dos cristãos. Quando os vejo, amigos, tanta hipocrisia... E eu? Claro, eu também. Por enquanto, contento-me a alimentar a realidade da utopia no meu quarto, no computador, nas letras que professo. É bem verdade a frase de Chesterton: "O melhor argumento contra o Cristianismo são os cristãos". Permaneço em Deus, alimento, na minha juventude, uma personalidade intimamente relacionada com Ele, acolhendo o melhor. Por isso vos digo, a Igreja, formalmente, ensina verdades tão profundamente santas. Tenho muita pena que quase todos os católicos por esse mundo fora pensem como vocês, à revelia do que a Igreja ensina. De facto, a ideia de dizer que a Igreja só ensina coisas antigas, para além de ela mesma estar desactualizada, não vai a lado nenhum. Convençam-se que a Igreja jamais vai aceitar a contracepção levemente. Ela tem razão. Cada vez mais católicos e protestantes compreendem isso. De facto, os católicos fazem um mau serviço à Igreja quando não correspondem a essa definição. Cá em Portugal, mais uma vez, andamos na cauda. Para se porem a caminho, leiam sobre abstinência e métodos naturais. Vão descobrir muito mais do que pensam. Mudar o mundo é um conceito que se gera cá dentro e se explica lá para fora. Isso permite que pensemos em tornar as coisas melhores para si próprias e para as suas finalidades e não para as adaptarmos ao nosso conforto, que me parece ser o que vocês fazem. Aí está algo em que devem pensar e colocar na vossa oração.

Ah! E escusam de se referir à "utopia" como um sonho da minha parte. É possível, porque eu o compreendo como tal e vejo (a Igreja norte-americana é um grande exemplo de como a Apologética e a formação contínua é essencial e consegue grandes resultados) aqui e ali coisas boas que, conjugadas, seriam excelentes. Com a minha colaboração, "assim seja".

João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: ANA PAULA (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 13:16


È inacreditável o que se escreve!!!!!!!!!!!!!!

"A contracepção é objectivamente inaceitável, por mais excitados que estejamos. Devemos pensar na plena posse da nossa capacidade racional e não por impulsos."
estamos na IDADE MÈDIA!


De facto, É bem verdade a frase de Chesterton: "O melhor argumento contra o Cristianismo são os cristãos".

Caro amigo, esse isolamento social e espiritual não é saudável...
Quanto à abstinência, concordo.., embora o freud tenha uma perspectiva diferente sobre o assunto...

Quanto á utilização de metodos contraceptivos é um direito e um dever do ser humano de controlar com responsabilidade e amor o número de filhos que pode ou deseja ter...

E quanto á excelência do exemplo da igreja norteamericana, basta ler os jornais...

anapaula

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 22:28

Gostaria de começar por partilhar convosco, com respeito por todas as opiniões e participações, que participar num fórum aberto à participação de todos, como é este o caso, tem os seus momentos engraçados ;-)

A Igreja Católica, e o Cristianismo em geral, não é composta por um conjunto de regras que os seus membros, ou crentes, seguem cegamente pois assim lhe é imposto. A principal mensagem do Cristianismo: «Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei.» (Jo 13, 34)

Ora vamos lá...

João, quando sugeres a Abstinência, eu vejo nisso mais o "cumprir duma regra" do que a mensagem de Amor do Evangelho. É claro que não considero a contracepção "inaceitável" (Oh João... acho que desta vez exageraste um bocadinho, não? ;-) Acima de tudo, pede-se responsabilidade aos homens e mulheres. E quando casados, pede-se que sejam pais responsáveis.

Certo dia, um padre meu amigo contou-me uma anedota mas com sentido.
Numa maternidade, um homem tinha acabado de ser pai novamente e estava eufórico. Um padre passa por ele e ao ver tal emoção cumprimenta-o:
- Parabéns, vejo que foi pai.
- Obrigado. Sim, voltei a ser pai. É o meu nono filho.
- Céus, nove filhos!!!
- Claro Sr. Padre, é Deus que os dá.
- Deus também nos dá a chuva e nós usamos gabardine.

Moral da história: sempre que nos deparemos com mais uma "regra" devermos perguntar a nós próprios: "Estou a amar o próximo?", "Estou a amar Deus?"

Luis

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Ana paula (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 22:45

LOL
Penso que Jesus foi o priemiro a infringir algumas regras rígidas da religião da sua comunidade. EScandalizava as gentes e os homens que faziam as leis religiosas do templo... Andava com prostitutas, convivia com fariseus e conseguiu salvar da morte por apedrejamento ( suprema barbárie, que ainda hoje é seguida em alguns países do mundo, de acordo com códigos morais e religiosos), uma pobre mulher acusada de adultério...

Jesus foi tudo menos seguidor de rígidas regras!!! POr isso, como católica devo lutar contra regras que são absurdas e contra o amor!!!!!!!!!!!

E ensinou que nada valemos se por trás dos nossos comportamentos não houver amor ao outro... O outro que não ém um alien, é o que está ao nosso lado...

Tenho pena do João.

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 09 de August de 2002 03:13


Ana, mas qual isolamento? Eu não estou isolado, estou a ganhar sanidade. E mesmo assim, veja o que me entra pelo PC dentro...

Estamos na Idade Média! Uau. Se diz isso por julgar estas ideias retrógradas, então TEM DE O PROVAR. Já dei aqui várias razões para os meus motivos e da sua parte, nem uma. Apenas uma irracionalidade tal que julga totalmente segundo padrões seculares e liberais. Mas estamos a falar da Igreja...!

Freud?? Aquele que dizia que a religião é comparável a uma neurose de infância? Pois esse... Faz parte da Idade Média da Psicologia... Hoje até já se acha a espiritualidade a forma mais elevada de inteligência. Hum...

Ler QUAIS jornais? Ai, ganhe juízo e sabedoria!! Leia o que já está aqui nos fóruns ou então CALE-SE e não fale do que não sabe, não blafeme! Que tristeza...

Mas ainda não LERAM o que eu disse acerca da abstinência? É por amor, é o que a Igreja propõe com a sua sabedoria.

Essa ideia de diluir o Cristianismo a uma filosofia é totalmente DESPREZÍVEL. Jesus não foi nenhum filósofo, nenhum homem bom com ideias inteligentes e espirituais. É DEUS. E nem sequer é essa a "mensagem". É a RESSURREIÇÃO (constituída ela sim pelo maior amor, entre Pai e Filho) que vivifica a maior religião do mundo. Aliás, o conceito de amor é TÃOOOO subjectivo! Tanto mais numa sociedade doente que já não sabe o que é amor e o confunde com prazer e bons sentimentos!! ABRAM OS OLHOS.

Não, não exagerei ao achar a contracepção inaceitável, é essa a verdade. Ou seja, é inaceitável para a santidade cristã. Para o resto, tudo é aceitável. Se se quer ter sexo sem ser com o conjuge, será ainda mais irresponsável não usar contraceptivos. REGRA: usem contraceptivos. AMOR: guarda o sexo como o mais precioso dom e intimidade para aquele com quem vais partilhar o resto da tua vida.

Acho essa anedota de um ligeiro mau gosto. Aliás, todas as anedotas que metem padres não é para os fazer parecer bem, mas para gozar com eles. Neste caso, usa-se a imagem muito sugestível de um padre a sugerir gabardines. A minha gabardine é o amor. Envolve o meu corpo e o meu coração e defende-o das "chuvas perversas" e da corrupção. Não vivo um amor plastificado, nem vou viver um matrimónio em que me "entrego totalmente" a alguém... mas não a sério!!!

Por amor de Deus, não tenha pena de mim, tenha pena de si.

E vou berrar aqui umas coisas para as deixar bem claro:
EU ACEITO A VERDADE DA ABSTINÊNCIA E DA PUREZA SEXUAL, NÃO PORQUE ALGUÉM JAMAIS MO TENHA SEQUER MENCIONADO, NEM NA FAMÍLIA NEM NA IGREJA, MAS PORQUE CRESCI E DESCOBRI O QUE IMPEDE TANTOS DE SEREM FELIZES: O SEXO. DESTITUEM-NO DE AMOR E ASSIM PERDE-SE NÃO SÓ A ORIGEM PRECIOSA DA NOVA VIDA (daí a consequência da liberalização abortiva) MAS TAMBÉM A MAIOR INTIMIDADE QUE SE PODE TER COM UM SER HUMANO. É POR AMOR QUE O CONSIDERO E SOFRO POR ISSO, POIS NÃO É FÁCIL. QUANDO JESUS NOS LIVRA DO PECADO, TEMOS DE RECONHECER QUE SOMOS TOTALMENTE INDIGNOS DO PERDÃO. AÍ ELE DIZ-NOS: VAI E NÃO TORNES A PECAR.

Fornicar (ter sexo sem estar casado) sempre foi pecado. Olhem lá para o fundamento bíblico disso e vejam se aprendem. Além disso, decerto que encontrarão muitas regras... Como aquela do "em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós" (João 6,53). Não vejo que tolerância tenha Jesus aí nem que amor manifeste... A NÃO SER que pergunte à Igreja para o justificar. E ela sabe fazê-lo, se procurarmos nos sítios certos. Mas a abstinência, nem regra é, mas sim consequência... POR CAUSA DO AMOR.

Certamente que quem não aceita a abstinência nem a autoridade da Igreja, requerendo o fim do celibato, ordenação de mulheres, também vai requerer que o divórcio seja dado livremente, ou seja, que o casamento não seja "para sempre". Bem, estamos mal. Pronto, saiam lá da Igreja e vivam isso sem pesos na consciência...

Ana, acho que se enganou no que escreveu... Mas de facto, antes de proclamar a hipotética "absurdidade" de "regras" (que não o são, mas sim conselhos evangélicos), tem que não só provar a plausibilidade do que diz, mas também onde é que essa "regra" está moralmente incorrecta. Até agora, tudo o que disse é carne para canhão, que só arranha a Igreja e entristece quem o lê.

"E ensinou que nada valemos se por trás dos nossos comportamentos não houver amor ao outro... O outro que não é um alien, é o que está ao nosso lado..." - talvez a única coisa que se aproveite em todo o seu discurso até agora. Mas agora, PROVE que isto que diz é compatível com a contracepção, revogando até ao estatuto de ABSURDO, como proclama, a posição da Igreja (mas como gosta de relembrar o Luís, "Igreja somos todos" - mas parece que não, pois não?). Decerto que achará deveras complicado inventar uma solução integrada e coerente para esta questão. Pense bem, informe-se, ore, escreva e depois comente.

João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 09 de August de 2002 15:27

Estamos na Idade Média! Uau. Se diz isso por julgar estas ideias retrógradas, então TEM DE O PROVAR

Então vou provar-lho.

1 - Nos seres humanos, a finalidade do sexo não é apenas a procriação. A doutrina da Igreja vai neste sentido. O relacionamento amoroso de duas pessoas é algo demasiado intenso, delicado e espiritual para se reduzir a esta dimensão.
Mesmo em termos biológicos, saiba que as fêmeas humanas são das únicas que praticam sexo sem estarem no cio. Além disso, são umas fêmeas capazes de prazer sexual. Pode parcer-lhe assustador, mas é assim.
Além disso, com os avanços da ciência, a reprodução e o sexo estão definitivamente separados. Não só pelos métodos contraceptivos mas pelas técnicas de reprodução medicamente assistida. Sim, hoje é possível uma virgem conceber sem "pecado"! è possível um casal de lésbicas terem um filho. È possível conceber-se um filho de um homem morto. Sobre os problemas éticos que estas questões levantam falarei noutro capítulo.

Por isso é perfeitamente legítimo, responsável e sinal de fecundidade espiritual planear os seres que queremos por no mundo para amar e cuidar deles com amor incondicional.... O senhor não tem filhos, por isso compreendo que não consiga sequer imaginar a responsabilidade que é dar a vida a um novo ser, gerá-lo, pari-lo e ajudá-lo a crescer como pessoa. Espero que um dia tenha essa alegria... E, de sentir, perante o mistério de uma nova vida, o amor infinito de Deus... Mas isto não pode ser fruto de um acaso ou de um impulso sexual apenas... deveria ser um acto de amor....
Portanto, a contracepção não é um direito inventados pelas feministas... è o dever de qualquer homem e mulher , se, perante a sua consciência considerar que é uma opção de amor e fecundidade. Sobre isto, a igreja está de acordo, embora seja contra os métodos químicos e mecânicos e indique os métodos ditos naturais... Portanto, A IGREJA ADMITE A CONTRACEPÇÃO, AO CONTRÁRIO DO QUE O SENHOR AFIRMA.

Claro que não há métodos naturais...
Todos os métodos que impedem a fecundação resultantes da actividade do homem não são naturais...
E, ao contráRio do que falsamente afirmou, são altamente falíveis... Se quiser documentação científica sobre o tema diga, VISTO QUE TEM MUITA FALTA DE CONHECIMENTOS.

Aconselho-o vivamente a ler o Relatório da OMS spobre a saúde das mulheres e crianças no mundo.
Isto para lhe demonstrar que não estamos na Idade Média, ao contrário da forma como vê o mundo...

2 - Abstinência
O que é a abstinência?
È não ter relações sexuais com um parceiro? Mas o que é que você entende por relações sexuais? Só isso é um conceito muito vago. Além disso, como sabe há pessoas abstinentes, mas que têm uma vida sexual activa, através de práticas sexuais consideradas normais, como as fantasias eróticas e a masturbação. Aliás, os seres humanos adultos, com um desenvolvimento afectivo e psicológicos normal têm necessidade de se exprimir sexulamente. Sob pena de viverem tensões e frustrações ....
A não ser que estejamos perante quadros de disfunções sexuais ou parafilias... E aí é necessário ajuda especializada.
Quero dizer que a abstinência, só por si não tem valor. Pense nos milhões de abstinentes forçados que há neste mundo... Forçados, frustrados, amargos e sós.... Aliás o próprio S. Paulo diz " mas vale casar-se que abrasar-se", isto é mais vale um intenso relacionamento amoroso que viver frustrado e amargo...

Num conceito espiritual, a abstinência tem outra dimensão... eu prefiro o conceito de castidade ao conceito de abstinência. E acho que a castidade deve ser cultivada, porque tem a ver com a intensidade do afecto, da partilha, da intimidade. e da vivência feliz da sexualidade...
A fidelidade, o compromisso e a pureza têm todo o sentido numa relação de amor entre duas pessoas onde o sexo está presente. Senão compreende isto é porque nunca amou uma mulher. ( ou um homem, não sei qual é a sua orientação sexual). Espero que tenha oportunidade de o fazer...

3 - REtomando as suas palavras, tenho a certeza absoluta que os jovens, mas também homens e mulhere adultos e idosos, querem amor. Mas é você que faz a clivagem esntre sexo e amor. ora essa clivagem não existe.


4 - quando fala da utilidade da abstinência para evitar certas situações negativas, escreveu esta pérola literária:

Violação ( mas não se for entre marido e mulher)
Não percebo, nesses casos a violação não é uma suprema infâmia? Penso que tal como o homicídio entre conjuges, deveria ser um crime especialmente agravado. Ou a violação é lícita nestes casos... e ausência de abstinência em caso de violação entre casados não é má?




5 - Foi você que disse :
Fornicar (sexo sem estar casado) é pecado.
Devo dizer-lhe que você não sabe o que é o casamento. Aconselho-o vivamente a reflectir mais, a viver mais e a amar mais. Verá que essa raiva se atenua um pouco.


ana

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 10 de August de 2002 13:03


Ora aí está o problema: «a reprodução e o sexo estão definitivamente separados»; então, sexo e amor não têm nada a ver, nem com a origem da nova vida, pois é aí que reside a importância do acto e o seu significado... A Igreja reprova totalmente essa separação, pois destitui a união sexual da seu dimensão procriativa. Isso é verdadeiramente abominável. Além disso, a Igreja também reprova totalmente as fecundações em laboratório. E depois venha cá dizer que EU é que faço a "clivagem" entre sexo e amor... Disparates... O que eu mais falo é sobre a unicidade e interdependência de ambos.

Não me parece nada assustador que o sexo que se complementa comigo tenha tanto ou mais prazer que eu... Seria bastante frustrante não ser capaz de proporcionar prazer à pessoa que mais apaixonadamente amo, na união mais intensa que os nossos seres podem ter, se devidamente respeitado.

«Hoje é possível uma virgem conceber sem "pecado"» - Maria concebeu sem pecado mas o pecado não está no sexo em si, que é algo objectivamente bom. O pecado está quando não vivemos o sexo de forma casta e regulada.

Bom, perante estas afirmações, só posso soltar uma gargalhada... "Altamente falíveis", tal como qualquer outro se não for usado nem compreendido correctamente. Nestas coisas da fertilidade tem de ser usado um método de casal a casal. 99,7% não me parece nada falível, mas sim altamente "infalível", tanto quanto o método contraceptivo mais eficaz, a pílula.

Está equivocada. A Igreja condena absolutamente a CONTRA-cepção. Entende? A Igreja admite e promove o PLANEAMENTO FAMILIAR, isso sim. Qualquer método ou produto que castre a fecundidade do casal é condenado pela Igreja. Até mesmo a vasectomia e a laqueação das Trompas de Falópio são extremamente polémicas. A Igreja sempre compreendeu a responsabilidade do casal em relação a qualquer um e todos os filhos que tenha. Para isso, promoveu sempre a castidade, a abstinência... Depois compreendemos uma grande maravilha que Deus nos deu! Parafraseando do livro "Sexo - O que ensina a Igreja Católica", Edições Paulus, que recomendo, "O Planeameto Familiar segundo os Métodos Naturais consiste simplesmente em usar os sinais naturais de fertilidade humana, para perceber o ciclo fértil de uma mulher e, depois, usar esse conhecimento para planear uma família. O uso desse conhecimento desenvolve o respeito do casal pela fertilidade e de um pelo outro, à medida que cresce o conhecimento mútuo e o dom da fertilidade. Os métodos naturais podem ser usados tanto para planear a gravidez, como para evitá-la - têm um índice de segurança tão alto como o dos contraceptivos artificiais [enfatiza-se o aspecto ARTIFICIAL dos contraceptivos, não que os Métodos Naturais sejam contraceptivos], e não tem efeitos secundários. Porque se baseia cientificamente nos sinais naturais da fertilidade, podem ser usados com segurança por qualquer mulher fértil, independentemente da duração do ciclo, idade ou outros factores. Também podem ser usados durante a amamentação e em períodos de mudanças na fertilidade, tais como a pré-menopausa." E isto é MUITO diferente da contracepção. Promove uma importância absoluta à mulher, valorizando inteiramente a sua sexualidade e fertilidade. Não há métodos naturais?? Isso sim, é extremamente ignorante... Há e são várias perspectivas médicas complementares. O Método Billings (Ovulação), o Método das Temperaturas, por exemplo... A única coisa parecida com "mecânismos" usados nos métodos naturais talvez seja o Persona, equipamento para identificar os períodos férteis da mulher.

Mas que raio é que você sabe da forma como eu vejo o mundo?? Não invente... Quanto ao relatório da OMS, é alarmante. Mas já falámos sobre situações de fronteira, excepcionais, não já?

Claro, a abstinência não pode ser forçada, isso é óbvio... Mas eu sempre falei aqui da abstinência como CONSEQUÊNCIA DE AMOR, sendo assumido pelo indivíduo que é exposto ao significado intensamente amoroso e espiritual de tal prática. A Ana sabe do que estou a falar? Conhece testemunhos de casais que o tenham praticado? Podemos encarar a abstinência como o preceito que aceitamos livremente de nos mantermos virgens até ao casamento, sem que ainda assim olhemos ansiosamente para o casamento como fonte de sexo, mas profunda e intimamente esperar e orar pela maravilha que nos aguarda. Hoje em dia, século XXI, somos capazes de dar o verdadeiro significado a esse preceito tão repressor no passado, por não se saber educar. Mas hoje sabe-se, pode-se e deve-se fazê-lo e aconselhá-lo! É lindo! :o)

Quanto à masturbação, é uma questão delicada. O homem vai "precisando" da ejaculação... Pela força da castidade, é possível controlar isso totalmente, numa relação sexual periódica, regulada pelos ciclos férteis da mulher. Trata-se de usar o melhor que Deus pela natureza nos deu, e não tomarmos nas nossas mãos a castração do dom da vida. Lembro-me que a primeira vez que me abriu o coração a uma comunhão matrimonial profunda foi quando vi um documentário sobre os judeus, em que era comentado o costume que têm de não fazer amor durante parte do mês. A expressão "é uma lua-de-mel todos os meses" cativou-me... De facto, é isso, lua-de-mel... para sempre, para o resto da vida! :o) Agora, não por costume mas conhecimento e opção firme, ainda se torna melhor!

Não sei o que é o casamento? Talvez não o conheça empíricamente, mas sei o quero de uma relação assim. Com tantos divórcios, posso pensar que não é quem entra para o casamento que já sabe o que isso é, mas quem se prepara para ele e, chegada a altura, saiba lidar e tirar o melhor partido das dificuldades. Dado o conhecimento que tenho sobre a complexidade das relações humanas e a intuição que fui ganhando ao longo dos tempos, posso dizer-lhe sinceramente que conheço o que deve ser um casamento, como evitar certos É uma questão de personalidades e sua compatibilidade, seu amor... Não é conhecimento livresco, como é óbvio e desse até tenho pouco. Espero aprofundar quando chegar a altura.

Em relação ao seu ponto 4 compreendo a desadequação da afirmação se interpretada assim e todas as suas indignações são adequadas, mas não percebeu. Referia-me ao QUE ACONTECERIA se ninguém tivesse sexo fora do casamento. Assim, a violação é claramente algo que acabaria, exceptuando claro as violações DENTRO do casamento que, comparativamente, são raríssimas, sendo que, com o reforço dessa abstinência, muitos menos seriam ainda. Não me referia DE MODO ALGUM a impunidade. Todo e qualquer tipo de violação é uma violência incomensurável e deve ser diligentemente prevenida e exemplarmente punida (com a devida misericórdia...).

Mas qual raiva? Onde é que vê raiva? Fornicar é pecado sim... Sexo, só no casamento. A fornicação é o pecado de ter sexo fora do casamento. Adultério é o pecado de ter sexo, estando casado, com outra pessoa que não seja o cônjuge. Como Jesus nos ensinou, pecar em desejo já é adultério no coração... Não lê a Bíblia? É aquilo em que sempre se acreditou. Olhando para a sociedade de hoje, quão sábio nos parece de novo esse preceito de amor! Claro, é livre de não o aceitar. Mas é livre de fazer tanta coisa... "Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém." Talvez a Igreja ensine que não se deve ser TÃO livre assim, mas você não quer acreditar nisso, pois não...? Já agora, posso perguntar-lhe se se costuma reconciliar (Confissão) frequentemente?

Como viu, "não deu uma para a caixa"... O que está em causa aqui é de como resolver as situações de frívolidade, irresponsabilidade, doenças (não só as DST, mas também as causadas pela contracepção, incluindo cancro da mama - 50% mais de risco!), violência, tristeza, frustração, etc., que têm a sua origem numa causa comum: o sexo e consequentemente a vida do casal e família.

Apresente-me uma solução integrada (ou seja, incluindo pobres, ricos, todas as etnias, classes...) para o amor e a relação conjugal que seja mais perfeita que esta... Vai dizer-me que o mundo não é perfeito nem as pessoas que o habitam? Mas para o que é que caminhamos? É ou não é possível viver castamente? Eu digo-lhe que é perfeitamente possível, assim que tenhamos pregadores e casais que ensinem e dêm testemunho. Quer um exemplo? Há vários, financiados pelos E.U.A., como já mencionei. Olhe, este é um casal católico que trabalha nisso...

[www.catholic.com]

A única impressão com que espero que fique não é de que estou contra si... :o) Acho é que ainda não teve a oportunidade de entender realmente o que se trata isto de viver a castidade no século XXI, de acordo com o magnífico ensinamento da Igreja. Acabaram as proibições. Agora, só sobrevive o amor. Se é para apostar numa solução, aposto na castidade e não na distribuição de preservativos. Aposto num conhecimento e contacto íntimo e motivador de comportamentos esclarecidos e amorosos do que relações mecânicas, hedonistas e descartáveis, tal como o método ao qual corresponde o comportamento. Pretendo uma forma diferente de educação sexual, uma educação para a afectividade, para o amor, para as mais íntimas relações humanas.

Já agora, deixo aqui uma citação da Encíclia Veritatis Splendor, de 1993, por João Paulo II aos bispos. As suas palavras cada vez se tornam mais... veritati! ;o)

«80. Ora, a razão atesta que há objectos do acto humano que se configuram como «não ordenáveis» a Deus, porque contradizem radicalmente o bem da pessoa, feita à Sua imagem. São os actos que, na tradição moral da Igreja, foram denominados «intrinsecamente maus» (intrinsece malum): são-no sempre e por si mesmos, ou seja, pelo próprio objecto, independentemente das posteriores intenções de quem age e das circunstâncias. Por isso, sem querer minimamente negar o influxo que têm as circunstâncias e sobretudo as intenções sobre a moralidade, a Igreja ensina que «existem actos que, por si e em si mesmos, independentemente das circunstâncias, são sempre gravemente ilícitos, por motivo do seu objecto». O mesmo Concílio Vaticano II, no quadro do devido respeito pela pessoa humana, oferece uma ampla exemplificação de tais actos: «Tudo quanto se opõe à vida, como são todas as espécies de homicídio, genocídio, aborto, eutanásia e suicídio voluntário; tudo o que viola a integridade da pessoa humana, como as mutilações, os tormentos corporais e mentais e as tentativas para violentar as próprias consciências; tudo quanto ofende a dignidade da pessoa humana, como as condições de vida infra-humanas, as prisões arbitrárias, as deportações, a escravidão, a prostituição, o comércio de mulheres e jovens; e também as condições degradantes de trabalho, em que os operários são tratados como meros instrumentos de lucro e não como pessoas livres e responsáveis. Todas estas coisas e outras semelhantes são infamantes; ao mesmo tempo que corrompem a civilização humana, desonram mais aqueles que assim procedem, do que os que padecem injustamente; e ofendem gravemente a honra devida ao Criador».

Sobre os actos intrinsecamente maus, e referindo-se às práticas contraceptivas pelas quais o acto conjugal se torna intencionalmente infecundo, Paulo VI ensina: «Na verdade, se, por vezes, é lícito tolerar um mal menor com o fim de evitar um mal mais grave ou de promover um bem maior, não é lícito, nem mesmo por gravíssimas razões, praticar o mal para se conseguir o bem (cf. Rm 3, 8), ou seja, fazer objecto de um acto positivo de vontade o que é intrinsecamente desordenado e, portanto, indigno da pessoa humana, mesmo com o intuito de salvaguardar ou promover bens individuais, familiares ou sociais».

81. Ao ensinar a existência de actos intrinsecamente maus, a Igreja cinge-se à doutrina da Sagrada Escritura. O apóstolo Paulo afirma categoricamente: «Não vos enganeis: Nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem maldizentes, nem os que se dão à embriaguez, nem salteadores possuirão o Reino de Deus» (1 Cor 6, 9-10).

Se os actos são intrinsecamente maus, uma intenção boa ou circunstâncias particulares podem atenuar a sua malícia, mas não suprimi-la: são actos «irremediavelmente» maus, que por si e em si mesmos não são ordenáveis a Deus e ao bem da pessoa: «Quanto aos actos que, por si mesmos, são pecados (cum iam opera ipsa peccata sunt) - escreve S. Agostinho - como o furto, a fornicação, a blasfémia ou outros actos semelhantes, quem ousaria afirmar que, realizando-os por boas razões (causis bonis), já não seriam pecados ou, conclusão ainda mais absurda, que seriam pecados justificados?».

Por isso, as circunstâncias ou as intenções nunca poderão transformar um acto intrinsecamente desonesto pelo seu objecto, num acto «subjectivamente» honesto ou defensível como opção.

82. De resto, a intenção é boa quando visa o verdadeiro bem da pessoa na perspectiva do seu fim último. Mas os actos, cujo objecto é «não ordenável» a Deus e «indigno da pessoa humana», opõem-se sempre e em qualquer caso a este bem. Neste sentido, o respeito das normas que proibem tais actos e que obrigam semper et pro semper, ou seja, sem nenhuma excepção, não só não limita a boa intenção, mas constitui mesmo a sua expressão fundamental.

A doutrina do objecto como fonte da moralidade constitui uma explicitação autêntica da moral bíblica da Aliança e dos mandamentos, da caridade e das virtudes. A qualidade moral do agir humano depende desta fidelidade aos mandamentos, expressão de obediência e amor. É por isso - repetimo-lo - que se deve rejeitar como errónea a opinião que considera impossível qualificar moralmente como má segundo a sua espécie, a opção deliberada de alguns comportamentos ou de certos actos, prescindindo da intenção com que a escolha é feita ou da totalidade das consequências previsíveis daquele acto para todas as pessoas interessadas. Sem esta determinação racional da moralidade do agir humano, seria impossível afirmar uma «ordem moral objectiva» e estabelecer qualquer norma determinada, do ponto de vista do conteúdo, que obrigasse sem excepção; e isto reverteria em dano da fraternidade humana e da verdade sobre o bem, e em prejuízo também da comunhão eclesial.»


Excelente! Verdade, seriedade, misericórdia, está aqui... Façam o favor a vós mesmos de ler a Encíclica completa, está aqui na lista do site. A Humanae Vitae também é ESSENCIAL neste tópico. Encontrá-la-ão em:

[www.vatican.va]

Excelente conselho final, Ana. Aplicável a todos nós, sempre peregrinos em terra estranha.

João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 10 de August de 2002 17:34

Caro joão:
Vou tentar que não se sinta perturbado com as minhas afirmações. tente ler com calma, estou a tentar ajudá-lo...

1 - "Quanto à masturbação, é uma questão delicada. O homem vai "precisando" da ejaculação... Pela força da castidade, é possível controlar isso totalmente, numa relação sexual periódica, regulada pelos ciclos férteis da mulher. "
Devo dizer-lhe que o homem e a mulher têm as mesmas necessidades e impulsos sexuais, nomeadamente relativamente á masturbação. Aconselho-o vivamente a ler alguma informação técnica sobre a sexualidade humana, fisiologia do acto sexual, coisas básicas. A sua ignorância relativamente á sexualidade feminina é assustadora e um pouco deformada.

2 - "O que está em causa aqui é de como resolver as situações de frívolidade, irresponsabilidade, doenças (não só as DST, mas também as causadas pela contracepção, incluindo cancro da mama - 50% mais de risco!), violência, tristeza, frustração, etc., que têm a sua origem numa causa comum: o sexo e consequentemente a vida do casal e família."

A panaceia para resolver todas estas questões é a ausencia de sexo. Que reducionismo!
Saiba que os anciconceptivos orais (pílula) protegem as mulheres contra a cancro da mama e também do colo do útero. e até do cancro do cólon. Além disso têm finalidades terapêuticas, regularizando ciclos menstruais, protegendo o endométrio, evitando anemias, reduzindo a tpm, etc, etc, . Leia mais, porque os seus conhecimentos sobre medicina não estão actualizados.

Quanto às DST, como a sida e a hepatite, deve saber que há outras formas de contágio, como as transfusões.... Ou também é contra as transfusões? Sem falar na toxicodependência....
Então e os seropositivos, devem abster-se para sempre de ter relações sexuais? mesmo que vivam mais 10, 15, 20 anos? Claro, como não podem usar preservativo...

3 - "Fornicar é pecado sim... Sexo, só no casamento. A fornicação é o pecado de ter sexo fora do casamento".
O que quer dizer fornicar? Não sei o que significa, pode esclarecer-me?
Continuo a perguntar-lhe o que é o casamento, segundo a Igreja.
Eu sei o que é.
SE não sabe, então não fale. Mas acredite que pode haver pessoas profundamente casadas sem casamento formal e terríveis divórcios espirituais em pessoas formalmente casadas.




4 - " Não me parece nada assustador que o sexo que se complementa comigo tenha tanto ou mais prazer que eu... Seria bastante frustrante não ser capaz de proporcionar prazer à pessoa que mais apaixonadamente amo, na união mais intensa que os nossos seres podem ter, se devidamente respeitado."
Apoiado! Mas lembre-se que isto pode implicar não se restringir aos períodos férteis....

5 - Ora uma frase sábia :"Maria concebeu sem pecado mas o pecado não está no sexo em si, que é algo objectivamente bom. O pecado está quando não vivemos o sexo de forma casta e regulada." Muito bem .

6 - Os métodos , volto a sublinhar pseudo naturais são altamente falíveis. Exigem que a mulher tenha ciclos de fertilidade altamente sincronizados regulares, o que não é frequente. Podem ocorrer ovulações inesperadas - basta um periodo de tress e ansiedade. Particularmente durante a amamentação e a menopausa está absolutamente contraindicado porque o risco de gravidezes não planeadas é elevadíssimo.A pílula é de facto o método mais eficaz e o que mais protege a mulher embora implique um acompanhamento médico. Não conheço absolutamente ninguem do meu círculo de amigos que tenha conseguido utilizar os métodos naturais... E garanto-lhe que lido com muita gente "espiritualmente educada"....

7 - " A Igreja admite e promove o PLANEAMENTO FAMILIAR, isso sim. "

Tem razão!

Meu caro amigo, os métodos naturais são contraceptivos - impedem a contracepção! Não por acção mas por omissão, o efeito é o mesmo...
Garanto-lhe que podem ter efeitos secundários, como dificuldades no relacionamento sexual...


Qualquer método ou produto que castre a fecundidade do casal é condenado pela Igreja. Até mesmo a vasectomia e a laqueação das Trompas de Falópio são extremamente polémicas. mas não dão excomunhão, pois não????




7 - Se um jovem se quiser manter virgem a té ao casamento é uma opção. Mas isso não é garantia de um casamento feliz. A realidade é mais complexa. E, mais uma vez, o conceito de virgindade é muito vago.
8 - Quanto ao terrível pecado e maldade de se usar a contracepção, ainda que com bons fins, relembro-lhe santo agostinho "Ama e faz o que quiseres".

Acho que deviameos criar um site sobre sexualidade

.
ana

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 12 de August de 2002 01:53

Susete, estás de férias?

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 12 de August de 2002 11:50

o joão nem se Atreve a falar.

Já leu alguns livros, como lhe recomendei'?



ANA

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 12 de August de 2002 20:35

Olá a todos em especial à Ana.

Não não estou de férias e tenho lido sempre o forum, mas não tenho tido tempo nem pedalada" para vos acompanhar.

Tenho estado mais ligada à actualização das noticias diárias e a trabalhar em vários especiais para o Paroquias.

Obrigado por terem sentido a minha falta ;)


Beijinhos,
Susete

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 12 de August de 2002 22:45

Ainda não estás de férias??

Nem eu... mas pronto, eu é diferente, nunca tenho férias...
mas fazia bem uma palavra tua no debate

ana

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 13 de August de 2002 08:26


Não é que o João "não se atreva a falar", é que o João não vive "só" para isto! Além disso, PREOCUPA-SE em manter um diálogo cristão, racional, amoroso, determinado e com um pouco de humor... Agora, espero sinceramente que VIVA À ALTURA DO QUE DIZ, e que se ATREVA A LER!! :o) Olhe que tem muito trabalho à sua frente, mas faça-o pelo Reino de Deus e verá que pesa menos.

NÃO SE ESQUEÇAM de ler a fundo as informações nos sites que envio no final desta mensagem! São extremamente úteis.

Mais uma vez, aqui vamos nós...

Na relação sexual, o género masculino tende a procurar mais a intensidade do prazer da ejaculação ao passo que o feminino procura intimidade, conforto e ternura, acima do prazer. A minha "ignorância" é "deformada"? Bom, não preciso de saber muito sobre o assunto, claro que é interessante mas ainda não chegou a altura de me inteirar completamente acerca da ciência da questão, pois não o pratico. O que sei por agora, além de não ser "ignorante" nem "deformado", basta-me. O mesmo não se pode dizer de si em relação à Igreja. Aí sim, como já ficou amplamente comprovado pelas difamações infundadas que tanto gosta de fazer (vá-se lá saber porquê), demonstra bastante ignorância (pergunta constantemente o que é que a Igreja ensina sobre as questões, quando devia ser a primeira a estudar isso por si mesma) e deformação (quando se refere à história, às posições de Igreja actuais, apontado-as para um medievalismo puro e descabido para os dias de hoje - verdadeiramente, uma deturpação de sentidos, causas, motivos e consequências).

"A panaceia para resolver todas estas questões é a ausência de sexo..." OLÁÁÁ! ESTÁ ALGUÉM EM CASA?? Quer ouvir outra vez? O mais provável é que mal o tenha lido alguma vez... Parece que não estou a falar com uma pessoa séria. Mas está bem, aqui vai:
"EU ACEITO A VERDADE DA ABSTINÊNCIA E DA PUREZA SEXUAL, NÃO PORQUE ALGUÉM JAMAIS MO TENHA SEQUER MENCIONADO, NEM NA FAMÍLIA NEM NA IGREJA, MAS PORQUE CRESCI E DESCOBRI O QUE IMPEDE TANTOS DE SEREM FELIZES: O SEXO. DESTITUEM-NO DE AMOR E ASSIM PERDE-SE NÃO SÓ A ORIGEM PRECIOSA DA NOVA VIDA (daí a consequência da liberalização abortiva) MAS TAMBÉM A MAIOR INTIMIDADE QUE SE PODE TER COM UM SER HUMANO. É POR AMOR QUE O CONSIDERO E SOFRO POR ISSO, POIS NÃO É FÁCIL. QUANDO JESUS NOS LIVRA DO PECADO, TEMOS DE RECONHECER QUE SOMOS TOTALMENTE INDIGNOS DO PERDÃO. AÍ ELE DIZ-NOS: VAI E NÃO TORNES A PECAR."

Logo, a panaceia aqui, é o amor. Mas não é um "amor" qualquer ao alcance de "todos" (de forma imediata e inata): é o amor em que somos instruídos e tocados pela Cruz.

Além disso, já o disse de tantas vezes e de tantas maneiras, é o amor, fonte e consequência da abstinência, que vai continuar essa intimidade por uma relação autêntica e durável, acabando com tantos tristes e miseráveis males.

Pois, pois, pois... São só benefícios que ficam bem em promoções comerciais e panfletos. Parece que continuamos sempre à procura da pílula maravilha, "30 em 1", versão cientificada do milagre religioso. Então não me diga que não vê aí uma situação sintomática de dependência: já não se trata só de contracepção mas de uma DROGA HORMONAL. Praticada mensalmente durante anos, não me venha dizer que não cria dependência nem afecta o desenvolvimento da mulher... Mas é que nem vai às questões essenciais e fundamentais que estão em causa: a vida em família e tudo o que implica. Aliás, a Ana, nem sequer habilmente se desvia das minhas propostas, mas esquecendo-as pura e simplesmente, não as contraria com uma ideia de planeamento familiar totalmente saudável e de forma alternativa, baseada na contracepção. Não que eu espere que "invente" algo assim, pois hoje já sou lúcido o suficiente para aceitar que tal simplesmente não é possível (mas gostava de ler uma boa "estória" da sua parte... tente!). Claro que, como é católica, aceita (mais ou menos bem...) os ensinamentos de Cristo e as exigências da Salvação, mas... rejeita a homogeneidade e coerência da doutrina da Igreja em relação à dignidade da vida humana. Ou será que alguma vez a conheceu como ela é e deve ser? Sinceramente é o que me parece. Mas pergunte-se lá acerca da objectividade moral da contracepção para quem não é religioso, pense bem nisso e veja lá se não descobre aí a razão de tanta miséria. A Ana chegou a dizer que "não existem métodos naturais". Não tenha a pretensão de me dizer que os meus "conhecimentos sobre medicina não estão actualizados".

Essa idolatria que faz da ciência é verdadeiramente horripilante... Pense duas vezes (ou três ou quatro... É QUE BEM PRECISA DE OUVIR, COMPREENDER AUTENTICAMENTE E ACEITAR NOVAS PROPOSTAS!)

Ouça lá, somos todos seropositivos? (espero bem que o sejamos cada vez menos, percentualmente - o que não parece estar a acontecer, muito pelo contrário, apesar de tanta PROMOÇÃO de PRESERVATIVO!) Já lhe disse, para situações extremas, medidas excepcionais. Uma pessoa que tenha relações promíscuas, ou que viva com a responsabilidade de vir a contagiar outrém, TEM O GRAVE DEVER de se precaver, com um método para estirilizar a conspurcação da sua situação: a plastificação do sexo. Tenho pena que vivam essa situação, mas se a Ana também o vive, ou pelo menos o acha bom e totalmente recomendável, também tenho de ter pena de si, então. Que todos vivamos a sexualidade, não é, Ana? Esquece-se de que a SIDA é a maior predadora dessa sua teoria e os resultados estão à vista. Transfusões? Mas que raio de justificação é essa em relação à origem eminentemente sexual dos contagios? Que "argumento" é que vai buscar a seguir? Melgas e mosquitos?

3 - Indico respostas a essas questões mais tarde nesta mensagem. Ao lê-las, poderá clarificar melhor o que se passa acerca dessas situações aparentemente tão "funcionais".

4 - Esteja descansada que no que a mim me diz respeito, trataremos com ainda maior reverência o período fértil e faremos dele uma ocasião sagrada para a concepção da VIDA.

Em relação ao ponto 5 - onde andou a aprender o que ensina a Igreja nas últimas DÉCADAS? Certamente que não foi nas pronunciações oficiais, senão não acharia tão excelente essa ideia. Já anda por aqui há muito tempo: ainda eu não era dado nado...

6 - O completo DESCALABRO! Eu não chamo a taxas de sucesso sempre acima dos 99%, em qualquer método natural observado, estudado e promovido cientificamente, como "altamente infalível". Parece que a sua leitura acerca dos métodos naturais ficou lá atrás no seu período de adolescência... Talvez nunca tenha lido o que devia... O que interessa é o que pode aprender AGORA, está bem? Para isso, já lhe deixei à disposição uma selecção de sites que certamente não se deu ao trabalho de investigar. Olhe, a sua contestação funciona comigo precisamente como funciona as fabulações protestantes: exigem de mim que me aplique urgentemente a dar-lhes respostas, por ser o único disponível (olhem eu aqui, tão sozinho outra vez! :o) ), e no processo edifico mais rapidamente a minha cultura em relação à Igreja, à vida e à moral, fazendo-me muito feliz. Muito obrigado, Ana! Só achava melhor que, continuando a questionar, fizesse as perguntas para averiguar se vale mesmo a pena acreditar plenamente na castidade, e não para "bater no ceguinho" que, aparentemente, tem uma "boa visão nocturna", nas trevas da sua argumentação.

Olhe, o seu círculo de amigos deve ser aquele com o qual se sente tão confortada e segura para achar as suas razões tão claras e inequívocas e as minhas tão absurdas. Pelo que vejo, vão todos dar ao mesmo: não sabem do que se trata a castidade e a abstinência, bem como os métodos naturais no novo milénio. Quer aprender... ou está demasiado instalada para tal? Ai essa hipocrisia cristã! Ou vai dizer-me que nesse círculo tem gente destemida que tem elaborado um plano de fertilidade, lido MUITO sobre a doutrina da Igreja e bons estudos médicos, mas mesmo assim mantém-se com uma irregularidade INCRÍVEL! Não tem, nem por sombras, pois não? Ouça lá: a Igreja não inventou os métodos naturais por oposição aos contraceptivos, eles é que SE TORNARAM PREDOMINANTES E EXPULSARAM A CONCORRÊNCIA: ainda para mais uma concorrência tão pouco comercial! Num período de hedonismo, que irá passar, esteja descansada, não poderia haver nada de mais aliciante, até tomar por completo o controlo do panorama do planeamento familiar, chegando a atingir consciências como a sua, que acham tudo "contracepção". É a quase totalidade dos católicos que não pratica os métodos naturais, esteja descansada que eu sei que sou excepção e tenho muito que trabalhar para a convencer! :o) A diferença é que eu acredito na plenitude do valor... porque ele é pleno, sustentável, todo amoroso... Para além disso, sou intelectualmente honesto o suficiente para reconhecer que as questões relacionadas com a sexualidade precisam de tomar um novo rumo. Este é tão perfeito! Só o posso considerar irresistível! Deus está do meu lado e eu sei disso. Embora nos ame a todos, também ama e sofre por aqueles que estão no Inferno, e todas as vezes que um filho seu ataca a Sua Igreja e os seus mandamentos. Eu nem sequer uso isto para fundamentalismos nem enclausuramentos, já viu então que grande utilidade lhes dou? Além do que, MUITO mais cedo aceitaria a Igreja ordenar mulheres e padres que se podem casar, do que deixaria entrar o vento do relativismo na doutrina da Igreja em relação à moral sexual (e por extenso a TODA a sua autoridade), porque aí será o fim do mundo.

NÃO, contracepção não é de todo o mesmo que os métodos naturais! Não é uma omissão, muito pelo contrário, implica um conhecimento muito mais íntimo do que aquele que é necessário para os métodos contraceptivos. Se existe alguma "omissão", é do lado de onde a Ana está: omissão de conhecimento e liberdade de escolha em relação ao método a usar. A regulação da procriação, o planeamento familiar, sempre foi realizado sem o recurso a contraceptivos. Desde que se passou do coito interrompido (nada recomendável - NÃO É método natural que resulte! :o) ) às tripas de porco, começámos a "contraceptar" ou melhor, estirilizar o sexo. Hoje, está completamente banalizado: tal como as relações humanas. Plagiando uma engraçada frase de propaganda da cultura da morte, "enfie ISTO na cabeça!"

Olhe, se tivesse lido a Humanae Vitae, teria tido o esclarecimento que também vem indicado no parágrafo 2369 do Catecismo: «É salvaguardando estes dois aspectos essenciais, união e procriação, que o acto conjugal conserva integralmente o sentido de mútuo e verdadeiro amor e a sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade».

Já agora, um pouco do 2370: «A continência periódica, os métodos de regulação dos nascimentos baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos, são conformes aos critérios objectivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, estimulam a ternura entre eles e favorecem a educação duma liberdade autêntica. Em contrapartida, é intrinsecamente má «qualquer acção que, quer em previsão do acto conjugal, quer durante a sua realização, quer no desenrolar das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação».»

Como é que se atreve a dizer que GARANTE "que podem ter efeitos secundários, como dificuldades no relacionamento sexual"? Só se for baseada numa visão PROIBITIVA e NÃO ESCLARECIDA em relação à abstinência! Mas se for assim, não me pronunciei já, com o cuidado de o exprimir em maiúsculas, acerca de que esta opção é um requisito do AMOR? Quando se possa dizer que não é POR CAUSA DA ABSTINÊNCIA que se terá um casamento feliz, isso só é verdade se for precisamente mal vivida, uma abstinência do século passado em que não havia liberdade. Claro, isso não resulta. MAS, se seguirmos o que a Igreja propõe, como caminho para chegar a Cristo, Quem nos liberta e chama a sermos livres, veremos que se trata da emancipação plena dessa liberdade. Repete várias vezes que a abstinência pré-marital é uma opção... Mas para quem? Para um cristão não é uma simples opção, é a entrega da virgindade de forma fácil e pecadora. O propósito de manter a virgindade é claro: não me vou entregar a alguém, isto é, se valorizo MESMO quem sou, a minha intimidade, até a conhecer tão intimamente ao ponto de querer passar com ela o resto da minha vida. O que mais posso oferecer a essa pessoa, porque mais ninguém o merece, é o primeiro toque naquilo que de mais pessoal e irrepetível tenho em mim. Os homens gostam de "desflorar" as meninas e para elas raramente é uma ocasião de mero prazer, mas de uma experiência inocente, da qual não foram educadas a abster-se. Depois, passam a pensar que é mesmo assim que as relações sexuais devem ser vividas. Quando confrontadas com alguém que vive alegremente e profundamente em abstinência, se têm a oportunidade de passar além das brincadeiras e gozos fúteis, inquietam-se e acham bonito... Algo que nunca tiveram ou terão jamais a oportunidade de experimentar com alguém, aquele alguém, senão parcialmente e sempre contigentemente. Por sua vez, quem se absteve e depois é dono de um só coração, não sente perder nada devido ao facto de não ter tido vários parceiros sexuais, muito pelo contrário, valoriza a capacidade que tem de não ter termo de comparação, vivendo a relação sexual como muito mais que uma fonte de prazer. Isto é o meu entendimento da questão. Quando (e se!) me casar, poderei dizer-lhe o quanto isto é mesmo verdade, na minha vida como já o foi e é para tanta gente. Mas já agora deixe-me perguntar-lhe se, com a minha idade, já teria uma ideia assim tão pessoal e responsável em relação ao matrimónio.

Quanto à excomunhão de que fala, lê-se no parágrafo 2390: "o acto sexual deve ter lugar exclusivamente no matrimónio; fora dele constitui sempre um pecado grave e exclui da comunhão sacramental". Logo, deve ser confessado, porque é PECADO, é falha no amor a Deus e não são visões redutoras em relação a esse amor que diminuem a gravidade da questão. O seguinte, 2391, é muito marcante, sobre o "direito à experiência sexual" que muitos "católicos" julgam ter.

E em relação às intervenções cirúrgicas que nos castram, a excomunhão (não da Igreja mas da comunhão sacramental - enfim, tem grave importância mas assim é mais facilmente reatável a união com a comunidade), tal como o próprio assunto, não me lembro de o ver especificamente abordado (talvez noutro lugar que não o Catecismo, não me lembro. alguém pode ajudar?). De qualquer forma, a Igreja espera que os fiéis descubram o caminho da conversão, através do seguimento de tudo o resto que ela ensina.

Ama e faz o que quiseres? Claro, no máximo AMOR, não fazer o que se quiser ÀPARTE dele!! Do tipo "se amares um bocado, estás desculpado das tuas tretas"... Deus não nos liberta do arrependimento, mas sim da prisão da culpa. Isso é amor, ao reconhecermos a nossa total indignidade para nos tornarmos livres pelo perdão extraordinariamente amoroso de Deus. MAS O ARREPENDIMENTO, A CONTRIÇÃO, A INTENÇÃO DE CONVERSÃO, SÃO ESSENCIAIS PARA O PERDÃO. Cristo não veio ensinar filosofias, veio ensinar algo muito claramente: uns morrem, outros vivem. Agora escolham, sabendo que vos amo de ambas as formas.

Será possível que ainda não entendeu que nada disto é absurdo, Ana, muito pelo contrário, é uma oportunidade fantástica de viver na promoção de um feminismo autêntico, que sirva a mulher em plenitude, em todas as suas exigências pessoais? Não se fie nas palavras de um "rapaz de 19 anos"... Tem todo o Magistério da Igreja, que infelizmente não conhece bem, tudo aquilo que se promove em associações, movimentos e fundações pró-vida, que propõem uma solução integrada e sustentável, e não parcial e remediadora para tudo o que aflige principalmente a vida dos casais.

Porque me pergunta as definições a tanta coisa? Não lhe disse já para ler o que a Igreja ensina sobre isso? Eu não me fico por menos, quero seguir mais e melhor o que a Igreja tem para ensinar e essa vai ser uma compreensão cada vez mais edificada ao longo do tempo, não só pela Bíblia e Catecismo, mas por tudo aquilo que santos, padres e leigos têm para me dizer e educar. Tudo o que lhe possa dizer não é tão completo quanto o que a Igreja tem para dizer. Acho que devia fazer o mesmo, confiar na sabedoria da Igreja. Estude o Catecismo! Como introdução, leia os primeiros 25 parágrafos e depois de 2030 a 2051. Em seguida, não páre e continue posteriormente a estudá-lo. Será importante, em relação às questões de que temos vindo a falar, que vá ao índice analítico e leia o que nele está escrito sobre: "Actos Humanos", "Adultério", "Alegria", "Apostasia", "Autoridade", "Bem", "Blasfémia", "Caridade", "Castidade", "Celibato", "Chaves do Reino", "Comunhão", "Condenação" (é particularmente relevante que leia estes pontos de imediato), "Conflito", "Consciência", "Conselhos Evangélicos", "Continência", "Contracepção", "Conversão", "Correcção Fraterna", "Descriminação", "Diálogo", "Direito(s)", "Divisão(ões)", "Divórcio", "Domínio de si", "Ecumenismo", "Embrião humano", "Erro", "Exclusão", "Excomunhão", "Experiências Científicas", "Família", "Fecundidade", "Fecundação Artificial", "Felicidade", "Fornicação", "Género Humano", "Heresia", "Ignorância", "Igualdade", "Infidelidade", "Inseminação Artificial", "Magistérios...", "Maledicência", "Matrimónio", "Mentira", "Obediência", "Opinião", "Ordem", "Paciência", "Par", "Paternidade", "Perfeição", "Perjúrio", "Prazer(es)", "Procriação", "Profissão", "Provação(ões)", "Pudor", "Pureza", "Regulação dos nascimentos", "Renovação", "Renúncia", "Respeito", "Sacrifício(s)", "Santidade", "Santificação", "Serviço", "Sexualidade", "Sofrimento", "Temperança", "Tentação", "Testemunho(a)", "Transmissão da vida", "Transplante de órgãos", "Unidade", "Valores", "Verdade", "Vício(s)", "Vida", "Virgindade", "Virtude", "Vontade do Homem".

Eu sinto é que não devo perder a oportunidade em ajudá-la a ter uma relação íntima com o que a Igreja ensina, o que não faria se estivesse sempre a citar do Catecismo e a perder tempo com isso, pois não teria os mesmos resultados. [já agora, nunca mais editam a versão digital do Catecismo, com motor de busca, nem sequer pensam nisso!] De facto, todos nós já devíamos ter lido o Catecismo de cima a baixo. Tem como destinatários os formadores da fé, mas julgo que é uma linguagem acessível a qualquer um de nós. Aliás, eu sou catequista e apesar disso ainda só o li por capítulos. Mas também devo dizer que como trabalho com crianças, ainda não precisei de o ter bem presente e assente na memória.

É extremamente importante conhecer o Catecismo. Veremos nele espelhada uma Igreja absolutamente maravilhosa e inspirarnos-emos a viver a fé em plenitude, em tornar a Igreja naquilo que, estando escrito, ela se propõe a ser.

Acerca do site, temos bons exemplos a seguir e muitos links já ao nosso dispôr (vejam a lista dos que indiquei nas mensagens anteriores - e os que indicarei agora).

Agora, claro que existe uma necessidade de informação que não são só os valores e o que diz respeito especificamente aos métodos de planeamento que promovemos que no-los dão a conhecer. Por exemplo, o que se encontra no site:

[www.passionatecommitment.com]

Aliás, este site, apesar de cristão, não sendo católico, peca por uma menor ênfase na sacralidade do acto sexual e no que lhe é devido. Assim, apresenta bastante informação útil, mas que podia ser bastante enriquecida pelo Magistério. Hoje em dia, até mesmo os protestantes estão a colocar em causa a contracepção e a adoptar tudo o que implicam os avanços da ciência em relação aos métodos naturais. Ora, um site sobre sexualidade sem uma matriz cristã, descamba na absuridade libertinosa deste aqui (todos os jovens precisam de respostas, mas este parece estar aqui para dar os conselhos devidos aos pais e a directores espirituais que muitos hoje já não têm, caindo numa desculpabilização total como consequência), que é da Planned Parenthood Federation of America (uma daquelas que promovem o direito constitucional ao aborto, sendo uma instituição oficial do Estado):

[www.teenwire.com]

Uma boa alternativa, para jovens, seria este, "Steps Toward Premarital Sexual Abstinence - Sexual Purity Help", para quem procura a pureza sexual até ao casamento, porque descobriu o valor que isso tem e não vê razões para não aceitar isso na sua vida:

[members.aol.com]

Os artigos que encontram do lado direito são bastante concisos, directos e específicos. Foi de lá que retirei a ideia, que complementei, de "Imaginem como seria o mundo se NUNCA se tivesse sexo fora do casamento". Sabiam que Mel Gibson, Anna Kournikova, Lisa Kudrow, Leelee Sobieski, Rene Russo e Kim Alexis (super-modelo) são ou foram "abstinentes" (não sei se este termo se aplica em português...)?

Tem uma página de citações bíblicas sobre o assunto, com pequeníssimos comentários:

[members.aol.com]

Acerca de outro site excelente, que é fundado sobre um grande exemplo, Edith Stein, Santa Teresa Benedita da Cruz:

[www.the-edith-stein-foundation.com]

Trata-se de uma fundação que promove os métodos naturais, investigando sobre aquilo que é já chamado de "síndrome da contracepção". Logo na primeira página encontram-se as diversas questões que são objecto de investigação e que o compõem.

A "Mission Statement" desta fundação resume e explica em melhor em certa medida aquilo em que eu também acredito. A credibilidade e profissionalismo da fundação dão-lhe um tom bastante mais credível, bem como a explicação, mais elaborada, atinge-nos mais directamente.

"The Edith Stein Foundation sees the family planning decision as a threshold 'moment of freedom' for the world's modern woman. Therefore the mission of The Foundation is to help woman cross that threshold by choosing methods that celebrate her fertility and make her fully conscious of its beauty and power. In the process we will promote genuine reproductive health, and expose the often hidden joy, vitality, freedom and power of life-giving love. The Edith Stein Foundation believes this change in the heart and mind of our culture will bring peace to future generations who, through us, dare to hope."

Aqui, o seu apelo a que apoiemos a causa pela fundação:

"Work with us in this enormously exciting area of research! At a very minimum, it has the real capacity to rewrite the modern story of women's health. Join us in this mission today by giving generously, so together, we may bring about the long awaited hope of prosperous health for modern woman."

E aqui, o que acham da inspiração de Edith Stein para os dias de hoje:

"We think that if Edith Stein were alive today she would be a zealous promoter of fertility consciousness and appreciation, and would see this issue as an existential core feminist issue. She would see this alternative as the only authentic and empowering way of satisfying modern woman's fertility-control needs in a way that fulfills also the deepest needs of her person. She would also see contraception and sterilization as a deeply traumatizing form of rejection of woman's core self. She would see them as debilitating compromises with fear and therefore contrary to reproductive freedom. She would not view contraception and sterilization as liberating technologies, but rather cruel instruments of woman's personal degradation and enslavement to the will and desires of others.

We therefore look to Edith Stein as patroness of our Foundation and movement. We believe it most fitting that this great feminist and saint inspire all efforts to empower the world's women in an authentic way in this new millennium. We think her ideas, articulated within the woman's movement, will have great power to influence the cultural dialogue concerning woman, sexuality, marriage, and family."

Também, um pequeno comentário teológico acerca da contracepção:

"Of course, contraception is precisely the withholding of fertility in the midst of expressing a total self-gift, body and soul, to our spouses. To withhold anything in this total self-surrender is a falsification of the love-act. Such an act, falsified as it is, is no longer love, a self-gift. Rather, it becomes a using of oneself and one’s partner. But we dare not use ourselves or another human person."

Deixo aqui mais uma excelente lista de sites, bastante úteis e interessantes (se não quiserem, não precisam de mais - vejam-nos um a um começando por cima):

[www.familyplanning.net]
[www.nfpoutreach.org]
[www.ccli.org]
[www.woomb.org]
[www.billingsmethod.com]
[www.familylifecenter.net]
[www.lovematters.com]
[www.teenstar-international.org]
[www.popepaulvi.com]
[www.nwfs.org]
[www.clearplan.com]

João

Ir para a página: 12345Próximo
Página actual: 1 de 5


Desculpe, apenas utilizadores registados podem escrever mensagens neste fórum.
Por favor, introduza a sua identificação no Fórum aqui.
Se ainda não se registou, visite a página de Registo.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.