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Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 25 de October de 2002 23:43

João Oliveira escreveu:

"Anna:
Não deve haver horas marcadas para uma coisa tão espontânea como o sexo"???? Uau! Só te falta defenderes a pedofilia, com critérios morais tão abrangentes e indeterminados...

Sinceramente esta é demais. Onde foste buscar estas teorias cretinas? para quem lê o que tu escreves é evidente que ainda nunca deves ter tido nenum contacto de natureza sexual, nem nenhuma relação de amor sólida...

Além disso, tudo o que tu defendes não trem qualquer fundamento bíblico, mas apenas numa tradição hipócrita defendida por uma certa igreja que ainda por cima não praticava o que dizia!

Cresce, pá

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 28 de October de 2002 11:45

João:


Quando iniciares a tua vida sexual, logo verás que muito do que aqui se tem escrito acerca da mesma e com o qual tu não concordas, te dará muito que pensar e rever.

Eu também pressuponho que apenas se deve ter relações "quando já me vejo a criar um filho com essa pessoa". Foi isso que eu sempre disse: chama-se compromisso.

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 28 de October de 2002 21:34


Bem, parece que quem não tem grandes razões para estar contente com o que se vai dizendo aqui no fórum, sou eu. De facto, o carácter da tolerância e moralidade que se tem exigido aqui é para muitos uma fonte de incompreendida hipocrisia. E escusam usar esta mesma frase contra mim, porque sempre estive consciente do que escrevo.

Quando todos vêm para aqui deturpar completamente o que eu digo, é algo muito triste, que bloqueia toda e qualquer oportunidade de diálogo. Costumam mencionar costumes antigos, todos ultrapassados e aplicam-nos como exemplo, só porque se trata do mesmo assunto. Isto, em vários aspectos sobre os quais temos falado. Isso é completamente erróneo mas infelizmente quem o diz não consegue compreender a confusão em que se encontra. Porque realmente é o que se trata: confundem tudo. Será porque o mundo também vive uma época de ampla indefinição moral?

Por mim, só vos peço que sejam coerentes em termos morais e que procurem entender o que vos digo.

Quando se fala da importância e da unidade entre matrimónio e relação sexual, parece que as pessoas não querem pensar muito e vão logo, preconceituosamente, considerar que o que se está a dizer não faz sentido por duas razões: 1 - que os "papéis" não passam de cerimónias sem importância; 2 - que quem fala defende conceitos retrógrados de sexualidade, pois é óbvio que o sexo não é só para o casamento.

Se no primeiro caso concordo inteiramente e nunca foi nada disso que defendi (mas do qual parece me quererem condenar), já no segundo, e isto falando com católicos, o assunto assume importância doutrinária. Uma importância que tenho procurado esclarecer...

Mas talvez o mais triste em tudo isto se deva a uma profunda e radical ignorância da parte de quem contesta. É que não sabem nem querem saber. Para tal, basta considerar a Igreja como retrógrada e desadequada e acabou, vivem felizes, sem peso na consciência! Mas não se pode fazer isso, meus amigos... Infelizmente, compreenderão as consequências demasiado tarde para fazerem algo de bom nesta área da "Educação Sexual".

Parece que vos impressionou a seguinte expressão: "Não deve haver horas marcadas para uma coisa tão espontânea como o sexo"???? Uau! Só te falta defenderes a pedofilia, com critérios morais tão abrangentes e indeterminados." Ora, a isto chama-se COERÊNCIA MORAL, que é algo a que vocês parecem não estar habituados a respeitar. Quando alguém me indica a máxima de que "não deve haver horas marcadas para uma coisa tão espontânea como o sexo", sem mais nada especificar, é apenas natural que eu pergunte até que ponto essa pessoa defende tal teoria. Neste caso, achei a máxima tão mal concebida que ironizei a resposta. Indiquei que é um critério moral indeterminado que nos leva a ter que aceitar coisas que à primeira vista quem o propôs não entendeu; caso contrário, certamente teria reformulado a sua conclusão. Pois se "não deve haver horas marcadas para uma coisa tão espontânea como o sexo", qualquer criança pode ter relações sexuais com quem quiser a partir do momento em que pode ter prazer. Com uma galopante divulgação de pornografia, a criança rapidamente entende do que se trata e deseja-o. De facto, é este o método usado por muitos pedófilos, na sua grande maioria homens casados, e alguns deles usam precisamente o argumento de que "não deve haver horas (é que quem diz horas, diz idades!) marcadas para uma coisa tão espontânea como o sexo" para que as leis que proíbem tais práticas sejam abolidas. Tal como o fazem muitos homossexuais, em circunstâncias aproximadas. Muitos exigem também a abertura ao matrimónio. Mas, claro, se o matrimónio é "só" um compromisso, até que estaria bem. Acontece que não é "só" isso, além de que o sexo é componente integrante de tal relacionamento.

Talvez quando tomarem consciência da proximidade moral que posições como as vossas têm de práticas tão detestáveis como estas, se sintam desgostados do que praticam hoje e compreendam melhor porque é que a Igreja tem razão.

Soraya, "nada a ver"... Tens-te rido muito? A perversão (e não estou a insinuar que sejas perversa, deixo isso ao teu critério) costuma provocar dois sentimentos: a alegria do prazer, e a angústia do arrependimento. O primeiro passo que alguém que fale comigo deve tomar, é o de me levar a sério. Soraya, vê lá se ganhas consciência disso.

Ana, cada vez me custa mais ouvir-te e sentir que te devo responder, de tão parvas que são as tuas intervenções contra mim. "Não gosto de sexo com o sexo oposto"?? Se não tens nada para dizer, vê lá se te calas e não difames. Olha que isso está na Bíblia... Quanto a todas as más experiências de que falas, tens razão, mas no entanto eu não falo de soluções pragmáticas que resolvam tudo, mas de concepções de base que implicam certas práticas e limites. Tudo na base do amor mútuo.

Tozé, vai lá ler o tópico "Moral da história: sexo" e vê quão desactualizada e primária (infantil?) é a tua opinião. "Been there, done that". E dizeres que nada do que digo tem fundamento bíblico mais merecia que tu ficasses roxo de vergonha com a completa parvoíce que acabaste de dizer... O que é tu conheces da Bíblia, "pá"? Ainda assim, nem a Bíblia é autoridade para ti, por isso não venhas com histórias da carochinha só para te desculpabilizares. Quanto à "hipocrisia", apontando para um pretenso conjunto de leis que ninguém cumpria, penso que nesta época viveremos uma oportunidade de esclarecimento. Nunca como hoje, nas sociedades cristianizadas, se viveu tanto à margem do que o que a Igreja ensina sobre a relação humana. No entanto, ela tem a coragem de o continuar a afirmar, apesar de muitos prelados serem mais "relaxados" neste assunto, porque sabe que é aquela a verdade. Veremos então mais claramente os prós e os contras de tal concepção. Eu já sei qual é a melhor. Acho até que é preciso ser cego para não se ver a forma como o "sexo fora do casamento" (e a falta de preparação para o sexo só no casamento) é a principal causa da decadência espiritual nas sociedades... Espiritual em todos os sentidos: inclui a capacidade de amar, de sofrer, de esperar, de acreditar, de perdoar, etc..

Ana Amorim, tudo quanto eu vá rever assim que me case parece-me a mim apenas ir confirmar a fundo aquilo em que já acredito, além de me dar então uma autoridade de quem faz o que diz. Por enquanto não o posso fazer e certamente que, no entanto, me é possível considerar assim a sexualidade humana.

Se fazemos amor com alguém com quem temos tal compromisso, penso eu que tal compromisso deverá ser os laços unitivos e eternos do matrimónio. Para quê dizer que "casar ou não casar é a mesma coisa"? É que se for verdade, o casamento não irá longe, mas se não for, é certo que o casamento também não é a mesma coisa que não casar, pois se fosse todos estariam casados... Afinal, não é a "mesma coisa"? Não, de facto, o casamento implica um compromisso que cada vez menos pessoas tem segurança em cumprir, por variadas razões, sendo a principal o sentimento de insegurança que vive porque já esteve envolvido em outras relações nas quais fez promessas que não conseguiu cumprir. E se a pessoa tem tal fé naquela relação, certamente que não só se dará ao trabalho de preencher os "papéis", como também não será por eles que o seu compromisso irá durar, mas por um envolvimento de tal modo intenso que os leva a assumir tal condição para sempre. Compromisso? Matrimónio.

Quanto a quem observa, tem toda a razão: eu estou a mudar o mundo, começando por mim. Ou acha que o sexo é tããão irresistível que tudo quanto se lhe possa definir como limitação é hipócrita? Onde é que está a liberdade disso? A erotização da sociedade é um problema sério... Devemos ser capazes de encarar os corpos como belos, e não deixá-los incitar-nos ao sexo sem querermos. Infelizmente, isso é cada vez mais impossível. Se a revolução sexual nos poderia ter trazido algo de bom, seria uma forma mais livre de encarar o corpo humano. Mas infelizmente só nos conseguiu subordinar todos à frenética busca pelo prazer sexual. Não vêm isso, ou sou só eu aqui quem é crítico para com a situação actual? Não serão as sociedades capazes de exigir de si mais amor?

Só vos posso pedir que dêm mais atenção ao que a Igreja tem para dizer.

João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: soraya (IP registado)
Data: 28 de October de 2002 22:01

Eu até acho que certos gajos deviam ser Abstinentes á força!!!!!
como eu digo sempre - antes um abstinente que um incompetente.......

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 28 de October de 2002 22:14

LOL Nisso estou completamente de acordo!!

Sou a favor da abstinência integral dos incompetentes....... è um favor que nos fazem ( a nós mulheres)


ana

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 28 de October de 2002 22:31


"Incompetente"...?? Em prazer, ou em amor?

Sinceramente, acabaram de revelar a verdadeira face daquilo que entendem por "relação sexual"...

Apetece-me dizer: "Arrependam-se e acreditem no Evangelho", como na Quarta-feira de Cinzas...

Precisamos mesmo de MUITA conversão. No meio de tudo isto, ainda me vêm dizer que são católicos... Queixam-se de uma má evangelização? Vocês são a maior prova disso!

João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 28 de October de 2002 23:33

Não me vou pronunciar mais sobre este tema porque acho que não vale a pena chover no molhado e que as posições de cada um estão claras.

Também parece evidente que a maiorias dos intervenientes baseiam as suas posições na sua própria vivência, interpretados à luz dos valores que beberam no seu percurso cristão e que o nosso amigo João baseia as suas posições nos livros que leu porque ainda não tem vivências para o ajudar a interpretar os instrumentos teóricos de que se dotou.

Apenas queria que o João percebesse (e quem o diz é um tipo com o dobro da idade dele) que na formação das nossas posições, dos nossos valores e referências, não pdemos ficar pelas leituras nem pelo que outros nos incutem, mnas que é muito importante viver as coisas e tentar percerber as diversas perspectivas, no fundo é mais uma forma daquilo que o cristianismo chama "amar o próximo", ou seja, ver com uma postura de compreensão e de amor as atitudes dos outros.

Corres o risco, meu caro - e podes crer que já conheci muitos jovens como tu - de caires no fundamentalismo extremo ou iracional ou de peredere a fé, quando a vida fizer desmoronar os conceitos teóricos que te meteram na cabeça.

Tem cuidado

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 16 de December de 2002 22:22


Eu não sou um depósito de teoria (e muito menos retrógrada e ultrapassada). Mas até poderia dar testemunho de que tudo o que eu tenho andado a dizer já foi e está a ser amplamente praticado por outros. O facto de eu concordar com isso e manifestar-me na sua promoção não me retira credibilidade.

E também não me é imputável que os outros não tenham pensado muito sobre aquilo que estão a fazer, mas aparentemente seguindo aquilo que lhes é mais "prático".

Está descansado Tozé, que ninguém me incutiu nada do que aqui "prego". Estou profundamente convencido de que o que digo é verdadeiro, até porque, não sei pensaste nisso, também tenho a minha inteligência e sou capaz de reconhecer a verdade onde a encontro (incluindo não-católicos e não-cristãos, quanto mais diversas posições de católicos).

Vou ter cuidado sim! Aliás, é necessário ter todo esse cuidado pois vivemos num mundo absolutamente feroz em relação a estes valores e que os quer empurrar precisamente para o fundamentalismo. Mas afinal, esta é uma posição perfeitamente racional e firme na fé, de modo alegre e santo. O que é cada vez mais difícil é convencer as pessoas disso.

A vida "desmorona os conceitos teóricos -- não que me meteram mas -- que tenho na cabeça" todos os dias... Por isso tenho a noção de quão complicado é querer ir contra a corrente do comodismo em que estamos metidos...

Já agora, o que é que se passou com esses jovens que mencionas? Será que os posso ajudar a recuperar?

Olha, Tozé, "O Senhor é a minha força; n'Ele eu confio e nada temo" -- e para além disso, tenho muito cuidado com os fundamentalismos!

Mistura explosiva e predestinada a mudar o mundo! ;o) É que não faço parte dos conservadores do passado nem dos liberais (do passado e) do presente...

João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Lolita (IP registado)
Data: 24 de December de 2002 14:05

24/12/02


So quero dizer; que o sexo deve ser feito em lugar adequado e com a pessoa certa!!!


Um Feliz e Santo Natal!.....


Boas Festas

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 17 de January de 2003 15:28

jOÃO:

Lá vou eu perder um bocado de tempo contigo. Não sei se vale a pena, maspronto


1 - Para ti, e para alguns teólogos frustrados, a sexualidade humana deve
ser reduzida ao seu aspecto biológico, animal, reprodutivo. A relação homemmulher só tem sentido neste contexto - macho e fêmea, cumprem os rituais dacorte e acasalamento , com vista á reprodução.
Neste contexto, toda a intervenção humana de controle "das consequências biológicas do coito" - ou seja a gravidez e a reprodução, são uma acto imoral, um pecado, uma castração etc. e tal.
Portanto, se tens esta visão redutora do ser humano, toda a contracepção é imoral. Porque vai contra as Leis da "natureza".


Ora vamos á teologia. Parece que outros teólogos dizem que o ser humano não é pura animalidade e por isso não está submetido ao "determinismo natural".
O homem e a mulher, para esses teólogos, firam criados á imagem de deus, que os dotou, entre outras coisas, de duas pequenas maravilhas que fazem a diferença entre a animalidade tout court e a humanidade - a inteligência e o sentido da liberdade.
Dizem esses teólogos, e eu subscrevo, que o amor de deus pela humanidade foi tão intenso e genuíno que Deus fez do Homem e da Mulher os seus parceiros de criação do universo. Isso implica que Deus quiz, e viu que isso era bom, dotar a humanidade de capacidade de subverter e controlar a natureza, através da ciência, do conhecImento, da tecnologia.
EM TODOS OS ASPECTOS DA NOSSA VIDA, DESDE A SATISFAÇÃO DE NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS AO CONTROLE DA SAÚDE REPRODUTIVA.
Desta forma, a mulher é o unico animal capaz de controlar, criar,
construir a sua sexualidade. Não está predeterminada por leis biológicas
restritas.

Por exemplo, os rituais de acasalamento das aves são e serão
sempre iguais até ao fim dos tempos. Na espécie humana os rituais de acasalamento e procriação (casamento e constelações familiares) são absolutamente diversificados e oscilam com os contextos históricos e socioculturais.
Em todas as espécies animais, só há cópula quando as fêmeas estão com o cio.
Na espécie humana não. Porque a sexualidade humana é muito mais complexa e rebuscada e implica outras funções - desenvolvimentais, emocionais e até sociais que não apenas a reprodução. Para a espécie humana, mesmo em termos meramente sociobiológicos o sexo não implica procriação.
Outro dado biológico interessante - as fêmeas humans são as únicas que têm orgasmo. Interessante, não é? Qual a função do orgasmo nas mulheres? Porque é que anatomofisiologicamente, apenas as mulheres (os homems não ), possuem um orgão no seu corpo que tem como único e inevitável fim proporcionar-lhes prazer intenso?? ( O que me faz pensar que Deus se calhar até é mulher.LOL)
Isto também tem preocupado muito os moralistas e teólogos de varias
origens. ( por isso a cultura judaico cristâ teve necessidade de construir
os arquetipos entre Eva e Maria, a pura e a impura, as
meninas bem comportadas e as mal comportadas...)
Por isso é que alguns defendem e praticam a mutilação genital feminina, esse horror contra a humanidade. Tal como outros defendem que as mulheres não devem ter prazer, ou, quando o têm, o prazer tem um preço - a dificuldade da gravidez e os horrores das dores de parto.
Querem reduzir a mulher á procriação, mutilando-as da especificidade da
sexualidade feminina - o prazer.!!!!!! SÃO OUTRAS FORMAS DE MUTILAÇÃO
FEMININA, APREGOADA POR SEITAS FUNDAMENTALISTAS - ISLÂMICAS E CRISTÂS.

Para as mulheres, o prazer não tem nada a ver com a ovulação ou com o cio.Porque as mulheres são seres extremamente elaborados. em termos de sexualidade e não têm comportamentos iguais ás suas irmâs primatas, . Essas, por exemplo, seguem um padrão de comportamento sexual típico - quando estão com cio, com ovulação, biologicamente capazes de engravidar - copulam com o maior número possível de machos, embora seleccionando os que possuem melhores condições físicas.
PARA AS MULHERES, A FINALIDADE DO COITO NÃO É A REPRODUÇÃO, mas o prazer e a vinculação afectiva. Tal como para os homens.


2 - Neste contexto, desde o princípio da humanidade que as mulheres e as
sociedades em geral encontraram formas mais ou menos básicas de controlar a fecundidade e a natalidade. O meio mais utilizado, em sociedades pouco elaboradas, foi o infanticídio de recém nascidos. Logo a seguir, o método mais utilizado era o aborto. Depois surgiram os clássicos metodos barreira, o coito interrompido, e a abstinência periiodica, que são mais velhos que a Igreja .
A sua baixa eficácia conduzia ao inevitável - infanticídios, abortos,
elevadas taxas de mortalidade materna e neonatal, elevadas taxas de
mortalidade infantil.
Finalmente, com os avanços da biotecnologia, as mulheres tiveram finalmente acesso a formas eficazes de controle da fecundidade e só aí foi possível haver um controle efectivo da natalidade. ( Nomeadamente com os
contraceptivos orais)
Os impactos foram avassaladores:
Em primeiro lugar :decresceu drasticamente o numero de infanticidios de
recém nascidos e o núnero de abortos.
Segundo ganho - desceu drasticamente a taxa de mortalidade materna devido a problemas relacionados com ABORTOS, a gravidez e o parto.
POr ultimo, desceu brutalmente a taxa de mortalidade neonatal e mortalidade
infantil, sobretudo no primeiro ano de vida.

ana

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 25 de January de 2003 12:07


Ainda bem que "perdeste" tempo comigo. Certamente que valeu a pena, apesar de não saírmos da cepa torta até à altura em que me comecesses a dar ouvidos. Espero que não esteja eu a perder tempo, se te recusas a DIALOGAR...

Vou seguir a tua ordem.


1 - Mais uma vez, não ligas ao que eu digo e formulas uma teoria sobre aquilo em que eu acredito que não é verdadeira. E que tal se fosse EU a explicar-te aquilo em que EU acredito? Ou julgas-te mais capaz do que eu para isso? Como me parece que não, até porque falhaste completamente em todas as tuas tentativas até agora, vou explicar-me.

Para mim, a relação sexual implica dois objectivos bastante naturais e humanos no sexo, não necessariamente biológicos mas também espirituais. São as dimensões unitiva e procriativa. Anular uma das duas é mentir em relação ao sexo. É possível vivê-las sem as anular, cooperando com a nossa própria verdade de ser, e sermos responsáveis na paternidade/maternidade. Estamos entendidos?

Em relação à liberdade humana, algo de espantoso e curioso, é necessário compreender que somos também pecadores e cheios de paixões estúpidas. Será que discordas? Ora bem, ser inteligente não é ser contra a natureza, mas levar a natureza à perfeição. As questões ecológicas tão prementes nos nossos dias são paradigmáticas do suicídio inadvertido de que a humanidade é capaz. Portanto, além de ser humano, de ser muito querido e amado por Deus, com toda a sua inteligência e bondade, o Homem é capaz de discernir sobre o que é colaborar com a natureza. Isso rege-se por critérios objectivos chamados de "lei natural" (não voltes a associá-la a animalidade), e ao longo da História fomos confirmando-a continuamente. A Igreja Católica é a mais explícita, corajosa, visível e coerente instituição neste domínio. Existem diversas tradições filosófico-religiosas que promovem critérios semelhantes mas a Igreja, além de ser a mais unida (deixa-me dizer-te que as divergências semelhantes às tuas magoam-me e afectam a nossa credibilidade) é também a que mais universalmente ensina a lei do amor total, chamemos-lhe assim.

A tua visão é atroz, devo dizer-te, pelas vivências que promove. Trata-se de um ateísmo (ou deísmo) humanista. Segundo a tua ideia, Deus criou estas coisas todas e depois deixou-nos com a nossa evolução natural, até ao ponto em que ganhámos inteligência e nos tornámos capazes de tomar o nosso rumo nas mãos. Os ateus promovem o mesmo, mas como acham isso assim também acham, de forma lógica e coerente, que Deus não pode existir pois não faz sentido nenhum dizer que existem critérios objectivos de moralidade, revelados por Ele, e sermos agora capazes de levar a nossa moralidade por onde quisermos -- incluindo sobrepôrmo-nos ao que é natural (em todos os sentidos). Isso faz de Deus muito impotente e então, não-existente. Nietzsche chamaria a isso a "morte de Deus", Sartre diria que "estamos condenados a ser livres". É que se acreditas realmente em Deus e Ele é para ti algo mais que um Criador bom e giro, uma ideia curiosa e engraçada, deves defender também todas aquelas coisas dogmáticas. A revelação de Deus em Jesus Cristo que nos mostrou o que é o amor, não mais encarado como um sentimento de respeito, atracção ou caridade, mas da total entrega incondicional da vida. É isto que nos é natural e é isso que faz de nós humanos.

Ora, entre estas coisas do amor, Jesus Cristo deixou claro que o matrimónio é claramente para toda a vida. Nisto somos naturalmente distintos, por exemplo, dos rituais de acasalamento das aves, e o nosso amor, apesar de viver tantas facetas diferentes devido à nossa humanidade/liberdade, continua a tender para a mesma relação eterna de vida amorosa. Numa palavra, o matrimónio. Isto não evolui. As paixões cegas é que nos fazem esquecer dessa verdade natural.

A sexualidade humana é conduzida ao aperfeiçoamento pela liberdade, que pelo simples facto de a termos é oportunidade de amar. Somos capazes de amar porque temos liberdade para amar. Isto foi querido por Deus e não sabemos porquê, mas apenas sabemos que Lhe estamos profundamente agradecidos. No entanto, só somos profundamente felizes quando orientamos essa liberdade para Quem no-la deu.

Como já disse, o sexo tem duas dimensões: unitiva e procriativa. A primeira exclui a visão que dizes que eu tenho do sexo, como se eu alguma vez tivesse dito que o sexo, na sua humanidade, não é um vínculo entre dois sexos complementares que durará toda a vida (seja isso assumido ou não).

Em relação ao orgasmo feminino, parece-me ser um estímulo necessário às mulheres que, com a sua liberdade, e com aquilo que sofrem quando engravidam, se sentiriam frustradas se o vínculo unitivo não lhes trouxesse também nada de naturalmente bom. Mas como em tudo o resto, a finalidade do sexo não é o prazer de modo algum. Tal como a finalidade do sono não o é, nem a da alimentação ou a da respiração. Dão-nos prazer porque são necessárias à vida, mas vivê-las pelo prazer é completamente imoral, porque não é essa a sua natureza. E aqui estou a falar num sentido de natureza humana, não meramente biológica. É imoral porque falha ao amor e ao recto uso das nossas capacidades.

Se tens tanta noção de que Maria é um arquétipo oposto a Eva, não é de estranhar, porque é mesmo assim. Mas existem razões profundas para isso, sérias e determinantes, que não dependem das beatices nem das más pedagogias promovidas.

Posto tudo isto, afirmo peremptoriamente: é claro que a Igreja não pretende anular o prazer à mulher. E até te pergunto de que parágrafo do Catecismo retiraste isso, já que dizes que é essa doutrina cristã. Mas depois dirás que lá não se encontra tal coisa porque a Igreja não é uma seita e eu é que estou a trazer os meus fanatismos para dentro dela. O que também não é verdade... E então eu responderia que essa mesma Igreja, tão avançada entre as demais, considera a contracepção algo de completamente ilícito. Considera esta posição definitiva e irreformável, confirmando uma verdade essencial à natureza humana que tão desvirtuada está nos nossos dias. Muitos, como tu, sem nunca terem sido rectamente orientados para a admiração da santidade, dizem que isso tem de mudar. Tempo perdido...

Portanto, não se anula nada à mulher, pois essa é uma ideia herdada da revolução sexual que pretendia uma licensiosidade total. Tu também não concordas com isso mas não estás longe na teoria. Para o ser humano, o sexo tem DUAS finalidades, repito, e nenhuma delas pode ser anulada: a união e a procriação. Isto não implica que em cada relação haja uma concepção, mas a abertura à vida é fundamental para o respeito do acto matrimonial e dos dois seres humanos nele envolvidos.

Os primatas não são nossos "irmãos". Que cientismo mais ultrapassado, que visão simplista das coisas que tanto estão por confirmar! Fundamentalismos do nosso tempo, socialmente aceites como "dogmas".


2 - Ora, começamos bem este segundo ponto. Primeiro o infanticídio, depois o aborto, depois o coito interrompido, as barreiras de origem vegetal e animal, a finalmente a abstinência periódica. O caminho para a perfeição, passando pelos graus mais primários da aberração, até à objectividade moral requerida pelo amor. Mas entretanto foram-se mantendo os mesmos vícios e chegados aos 1860, um século antes da grande revolução, começou-se um forte movimento pela "libertação da mulher", pelos "direitos da mulher", pelos "prazeres da mulher". Os intuitos essenciais até seriam bons. O que convenceu muita gente. Mas lá foi o bebé com a água do banho... Passou-se para a libertação do sexo, e a necessidade desenfreada de procurar métodos que "libertassem" a mulher ao máximo. A todo o custo.

Não é preciso ir muito longe para entender o quão exagerada foi essa procura pela liberdade. Acabou-se por excluir o amor da relação sexual, que passou a ser uma questão de prazer. Portanto, totalmente desligada de união e procriação, que são o que o constitiui, sendo o prazer apenas uma agradável consequência. Esta visão materialista conduziu a problemas cruciais com que nos deparamos hoje em dia, como o desrespeito pela vida humana motivado pela irresponsabilidade sexual, que nos parece contraditório com o nosso tempo, além da falta de sentido para a vida, a dissolução das famílias, o aumento do crime, do consumo de drogas e da violência gratuita. O sexo e o que lhe está associado pela falta de protecção às suas dimensões unitiva e procriativa é largamente o responsável. Continua a ser necessário procurar uma alternativa mais verdadeira para a vivência autenticamente responsável da sexualidade, de acordo com a nossa natureza. Que é a de seres humanos criados à imagem e semelhança de Deus.

Em relação aos infanticídios e abortos, vais mesmo ter de me provar com números credíveis todos esses mitos "prodigiosos" que mencionaste. Incluindo a sua aceitação social, para vermos se as sociedades progrediram realmente.

Em último lugar, cabe ficar claro que os contraceptivos NÃO SÃO MEDICAMENTOS, mas que funcionam para causar infecundidade. Parece-me tal mentalidade objectivamente contraditória e auto-destruidora. Além disso, usando o exemplo que citaste, os contraceptivos orais, bem como o DIU são abortivos. Por isso, o número de abortos precoces disparou. Usa esses números e faz as contas.

Isto só será necessário, terrivelmente necessário e inevitavelmente terrível, se a abstinência e a avaliação dos sinais da fertilidade não fossem eficazes para espaçar as gravidezes. O que não se verifica. Mas já que isto não te parece ser assim, gostava que partisses do pressuposto de como seria o mundo se os métodos naturais fossem eficazes e tudo o que tenho apontado fosse possível. Com toda a liberdade, mas com todo o amor.

Porque a abstinência por amor tem mais vantagens. Não só diminui realmente os infanticídios, abortos, mortalidade materna e infantil, como diminui o número de divórcios, o número de casos de infertilidade conjugal, aumenta a saúde pública, torna um mundo um lugar naturalmente bom e não agressivo onde viver, torna as crianças amadas e queridas por tornar os casamentos mais felizes, e tantas outras consequências boas. É o que dá viver de acordo com a natureza humana... e não a animalidade biológica. Que, convenhamos, é o que está a ser promovido ao retirar a liberdade ao ser humano, a responsabilidade de a viver com atenção, que o torna um animal abandonado às suas paixões. Isso sim, é retrógrado.

Tenho dito. Será que não percebes que tudo isto faz sentido?

Mas volto a pedir-te o favor: escreve-me uma síntese, detalhada mas em formato de pergunta, em linguagem técnica se quiseres, (nesse caso, se puderes dizer-me também esses termos técnicos em inglês agradecia muito, já que estou a contactar em português e inglês), para apresentar a alguém que ensina os métodos naturais e afirma a sua eficácia. Procura especificar a questão e focalizá-la em aspectos e circunstâncias práticas. Aponta tudo o que parece ser ineficaz nos métodos naturais e que, portanto, os torna impraticáveis. Obrigado por fazeres isto!

Beijinhos,
João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 25 de January de 2003 12:11


Quero só mencionar que eu e a Ana temos continuado esta discussão em privado...

João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 25 de January de 2003 20:13

Em privado??? Seus malandros!!!

Não havia nexixidade!!!

Susete

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 25 de January de 2003 21:24

olá Susete!
é só para não dar seca, isto é, para vos poupar....
ajuda-me lá a responder ao João... ele escreve cada coisa...
:0))


ANA

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 26 de January de 2003 11:33

Explica-lhe lá que
1 - Os contraceptivos orais não são métodos aboRtivos ( destinam-se a impedir a ovulação e a fecundação)
2 - ao promover-se a contracepção ineficaz ou a ausência dela está a promover-se o aborto
3 - A posição oficial da Igreja aponta para a contracepção segundo "métodos "naturais", ( altamente falíveis), mas existem impertativos de consciência de cada mulher e de cada casal que podem determinar outras opções.
Esssa outras opções não fazem desses casais e dessas mulheres "pecadores, impios, impuros, " etc, etc,.. para usar a terminologia do João..


Bom Domingo!




ana

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 26 de January de 2003 19:29


Pois, em privado... Não sei se dá seca, mas a questão é que entre mim e a Ana existem certos atritos que se resolvem melhor "pessoalmente". E mesmo assim... :o)

Anotações orientadoras para uma verdadeira refutação (se aplicável) dos meus argumentos:

1 - Há que o provar inequivocamente, quando existem estudos que apontam uma acção abortiva (impedindo a nidação) dos contraceptivos orais, e cada vez mais ofensiva.

2 - Promover a falta de educação da sexualidade é deixar acontecer comportamentos desumanos como o aborto. Depois, temos as questões de aplicação metodológica. Aqui, tanto a promoção generalizada de contraceptivos como a pregação (sem educação e apoio) da abstinência dão resultados semelhantes. Portanto, o que dá mais resultados é realmente a abstinência pré-marital e a promoção de um estilo de vida não contraceptivo e a mentalidade pró-vida que assim se generaliza.

3 - Acontece que não se podem colocar os métodos naturais e os artificiais no mesmo saco. Ambos servem para planeamento familiar (os segundos costumam servir somente para a deseducação sexual promovida pelo controle da natalidade e do sexo mais seguro) mas não são ambos contraceptivos. Não existe nada "contra a concepção" num método natural. Existe sim um conhecimento e utilização de uma condição natural que aumenta o respeito, auto-estima e afectividade pessoal e conjugal. E não, não são nada ineficazes, quem diz isso nunca teve séria formação nos métodos naturais modernos.

São os actos as coisas más. A pessoa pode ter todas as boas intenções, todas as necessidades, todas as inevibitabilidades, mas isso não altera a objectividade moral do acto em si mesmo. Há coisas que são sempre más em si mesmas, como a contracepção, o aborto, o suicídio assistido, o homicídio, a escravização, etc.. Mas isso não impede que hajam circunstâncias que atenuem a imputabilidade dos sujeitos envolvidos, sem deixar de condenar por inteiro o acto em si mesmo.


Posto isto (e tudo mais quanto já disse), "ataquem" à vontade. Mas com objectividade e atenção, por favor.


João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 26 de January de 2003 20:09


Curiosamente, já estamos a falar do que é realmente central ao assunto. Continuemos com síntese e objectividade no seu trato e seremos mais produtivos, que é o que interessa... Há demasiada gente a sofrer por más políticas de educação sexual.

João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 26 de January de 2003 22:32

Isto não tem saída...
Equiparar o uso de contraceptivos ao homicídio é o mesmo que equiparar a vacinação em massa ao holocausto com armas biológicas.
São ordens diferentes de valores e de actuações. È como a história da cannabis - a partir de uma interpretação da realidade elabora-se uma construção delirante - o discurso é basicamente esquizofrénico. E, contra os delirios, de nada vale a contraargumentação lógica. ( por definição)
Não vou argumentar mais contigo joão, porque é inutil - " o pior cego é o que não quer ver." O que vale é que a tua ignorância é inócua.

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 26 de January de 2003 23:33


É só rir...

As comparações que fazes estão confundidas e são preconceituosas, se não maldosas.

Onde está a "contraargumentação lógica" de que te vales? Nem vê-la.

A razão está em que "o pior cego é o que não quer ver", realmente, mas "o pior cego" aqui és tu.

Se não quiseres argumentar mais, toma-o como uma derrota tua num assunto em que, defendendo o que defendes, já estavas derrotada à partida...

A minha "ignorância" é inócua? O que digo não afecta? :o) Veremos... O problema é que a tua afirmação está invalidada não só por a minha ignorância não invalidar os fundamentos do que digo, além de serem ensinamentos preservados magisterialmente.

João

Re: A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!
Escrito por: ana paula (IP registado)
Data: 27 de January de 2003 12:21

POr uma questão de caridade....
Eis um site católico que te pode ajudar:
www.verbumdei.org/lisboa/Publica/Formacao/casais/planfamiliar/index.htm



Deixo um do últimos parágrafos:
A Igreja ensina que qualquer acto matrimonial deve permanecer aberto à transmissão da vida. (FC)

Em defesa desta posição da Igreja:

- os métodos anticoncepcionais servirão para fazer uma experiência mais profunda do Amor com ternura ou para a banalização ou insignificância do acto? (porque a exclusão segura do filho poderá levar a um encontro sexual demasiado instintivo e que marginalize o seu conteúdo amoroso).

- é uma posição que procura defender os casais de campanhas desordenadas de controlo da natalidade, que invadem a intimidade e a responsabilidade dos casais. (Azpitarte)

Contra esta tomada de posição:

- as pessoas estéreis podem celebrar o seu amor na relação sexual, quando desejem, sem temer um filho, e não por isso a sua relação se desumaniza ou perde qualidade.

- também a continência periódica tem os seus inconvenientes, e os efeitos negativos podem não compensar os benefícios pretendidos.

- para alguns casais, por diversos motivos, a percentagem de segurança com os métodos de planeamento familiar naturais não é suficiente, ou o cumprimento das suas exigências torna-se especialmente difícil, por uma série de circunstâncias que não dependem só da boa vontade. Nestes casos, se o casal se sente com a obrigação grave de não procriar, o recurso a este método não deixa de produzir uma certa angústia e temor. (Azpitarte)

Existe a possibilidade de efectuar um discernimento diferente do da Igreja, segundo o Episcopado alemão, austríaco, canadiano, inglês, japonês, americano:

"O que neste campo seja competente e depois de um sério estudo, e não de uma forma ligeira e afectiva, chegue à convicção de não poder aceitar a posição da Igreja, pode seguir outra convicção. Não se engana, se permanecer disposto a prosseguir a sua investigação e manter respeito e fidelidade à Igreja".

Uma declaração da congregação do clero para interpretar a HV:

"Em última análise, a consciência é inviolável e o homem não deve ser forçado a actuar de forma contrária à sua consciência, como afirma a tradição moral da Igreja".

Como diz a GS nesta matéria, "o juízo final têm de o formar, os esposos, diante de Deus" (GS 50).

Se existe um conflito de valores, por exemplo:
- não há condições para num futuro próximo haver um filho;
- a gravidez é um risco;
- os períodos naturais não dão ao casal uma base suficientemente segura sobre a regulação dos nascimentos;
- a abstinência produz tensões, instabilidade afectiva, nervosismo profundo, debilitação do amor;

A PRIMEIRA OBRIGAÇÃO DO PAR
É MANTER UMA COMUNIDADE PROFUNDA DE AMOR.
(Azpitarte)

Os esposos tomarão a sua decisão em comum, depois de uma reflexão sobre qual o valor / dever maior, feita com todo o empenho que requer a grandeza da sua vocação conjugal. (GS 50)

Neste campo, como em outros, existem leis de crescimento e a possibilidade de progredir na procura do BEM MAIOR."

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