Olá.
Lembrei-me de virar o bico ao prego neste assuntinho.
Eu tenho uma duvidazinha, que concerne a uma questão linguistica.
Ando atormentado por ela...
Será que algum irmão aqui pode fazer luz na minha mente tacanha e miope?
Há uma sentença da Humanae Vitae que reza
Citação:se exclui qualquer acção que, quer em previsão do acto conjugal, quer durante a sua realização, quer no desenrolar das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação
Ora bem, a minha questão subsiste do seguinte modo.
No recurso aos métodos naturais, é ou não é intenção do agente moral tornar impossivel a concepção?
Se é, uma vez que se não for, não se entende onde fica o conceito de regulação da natalidade, então como se pode dizer que qualquer acto, em previsão da relação sexual, e que tenha como fim tornar impossivel a procriação, é intrinsecamente imoral?
Como é que o rompimento entre o carácter unitivo e procriativo é mau no caso da contracepção artificial, e não é mau no caso do recurso aos métodos naturais?
Se um acto é intrinsecamente mau num caso, é-o em todos, ou então nem é bom nem mau.
Iluminem a minha mente, pois a minha ignorancia, aliádo com a minha insignificancia, me atormenta.
Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)