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Re: O Papa e a polémica do preservativo
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 28 de December de 2010 20:20

cultura... a interpretação daquilo que é dito depende da cultura (não quero dizer da instrução, mas sim do meio/caldo cultural que enforma cada um).
Jesus tambem viu as suas palavras deturpadas, no seu tempo e ao longo dos tempos... por alguma razão existem milhares de grupos cristãos. A enorme maioria (catolicos, anglicanos, ortodoxos, igrejas orientais) apenas têm divergencias pontuais, mas entre outros as divergencias são maiores, isto apesar das palavras de Jesus serem claras.

os extremos, tradicionalistas ou progressistas, têm uma base cultural que por não ser verdadeiramente evangeliza os leva a deformar aquilo que é dito. São minoritarios mas os media tendem a dar-lhes mais voz que aquela que merecem.

Aqui as pessoas leram e disseram, não há nada de novo, apenas é novo ser o Papa a dize-lo. Mas as palavras do Papa foram mal interpretadas por alguns grupos.
Como aliás tinham sido por ocasião da visita a Africa.

Re: O Papa e a polémica do preservativo
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 29 de December de 2010 13:09

Eu concordo com o JMA que essencialmente o Papa remove um conceito que ainda existe em muitas mentes, o intrinsacamente mau.

Como já disse, o Papa não diz nada de novo porque no fundo o Papa compreende cada vez mais que o papel da Igreja está longe de ser o que foi. Para além disso a questão da contracepção está muito para lá do método.

Quanto à questão da prevenção da Sida todos estamos de acordo que a melhor pervenção passa pela mudança de comportamento e que a campanha com mais sucesso comprovado é a campanha ABC no Uganda.

No fundo no fundo foi uma tempestade num copo de àgua. O Papa abre uma porta para uma reconciliação com os católicos afastados por este bipolarismo de viver nos dias de hoje e ser crente e ao mesmo tempo foge à questão de fundo não falando da contracepção como paternidade responsável.

Em comunhão

Re: O Papa e a polémica do preservativo
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 29 de December de 2010 17:41

"4. A Igreja ensinou sempre a malícia intrínseca da contracepção, isto é, de todo o acto conjugal tornado, intencionalmente, infecundo. Deve reter-se este ensinamento como uma doutrina definitiva e irreformável. A contracepção opõe-se gravemente à castidade matrimonial, é contrária ao bem da transmissão da vida (aspecto procriativo do matrimónio), e à doação recíproca dos cônjuges (aspecto unitivo do matrimónio), lesa o verdadeiro amor e nega a função soberana de Deus na transmissão da vida humana." (Vademecum para os confessores)

[www.vatican.va]

"Como resulta da leitura da página em questão, o Santo Padre não fala da moral conjugal, nem sequer da norma moral sobre a contracepção. Esta norma, tradicional na Igreja, foi retomada em termos bem precisos por Paulo VI no n.º 14 da Encíclica Humanae vitae, quando escreveu que «se exclui qualquer acção que, quer em previsão do acto conjugal, quer durante a sua realização, quer no desenrolar das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação». A ideia de que se possa deduzir das palavras de Bento XVI que seja lícito, em alguns casos, recorrer ao uso do preservativo para evitar uma gravidez não desejada é totalmente arbitrária e não corresponde às suas palavras nem ao seu pensamento. Pelo contrário, a este respeito, o Papa propõe caminhos que se podem, humana e eticamente, percorrer e em favor dos quais os pastores são chamados a fazer «mais e melhor» («Luce del mondo», p. 206), ou seja, aqueles que respeitam integralmente o nexo indivisível dos dois significados – união e procriação – inerentes a cada acto conjugal, por meio do eventual recurso aos métodos de regulação natural da fecundidade tendo em vista uma procriação responsável" (Congregação para a Doutrina da Fé)

[www.vatican.va]

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)



Editado 3 vezes. Última edição em 29/12/2010 17:48 por Rui Vieira.

Re: O Papa e a polémica do preservativo
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 11 de August de 2011 00:17

Olá.

Lembrei-me de virar o bico ao prego neste assuntinho.
Eu tenho uma duvidazinha, que concerne a uma questão linguistica.
Ando atormentado por ela...

Será que algum irmão aqui pode fazer luz na minha mente tacanha e miope?

Há uma sentença da Humanae Vitae que reza

Citação:
se exclui qualquer acção que, quer em previsão do acto conjugal, quer durante a sua realização, quer no desenrolar das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação

Ora bem, a minha questão subsiste do seguinte modo.
No recurso aos métodos naturais, é ou não é intenção do agente moral tornar impossivel a concepção?

Se é, uma vez que se não for, não se entende onde fica o conceito de regulação da natalidade, então como se pode dizer que qualquer acto, em previsão da relação sexual, e que tenha como fim tornar impossivel a procriação, é intrinsecamente imoral?

Como é que o rompimento entre o carácter unitivo e procriativo é mau no caso da contracepção artificial, e não é mau no caso do recurso aos métodos naturais?

Se um acto é intrinsecamente mau num caso, é-o em todos, ou então nem é bom nem mau.

Iluminem a minha mente, pois a minha ignorancia, aliádo com a minha insignificancia, me atormenta.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: O Papa e a polémica do preservativo
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 11 de August de 2011 11:15

As diversas tecnologias são acrescentos indissociáveis da nossa maneira de viver. Como em tudo há o bom e o mau uso das tecnologias, quer sejam consideradas naturais ou artificiais.
A contrapartida a um planeamento familiar obcessivo é a percepção de que temos à nossa frente um universo de recursos imensos e que o número de filhos de um casal não é uma mera questão racional, mas também uma questão de confiança (ou talvez de anarquia no seu melhor).

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