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A ambiguidade da "influência" da Igreja
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 02 de May de 2008 17:47

Estes dias a revista «Time» publicou a lista das 100 pessoas mais influentes do mundo (aqui, a lista com todos os nomes, com os respectivos «links»).

Para surpresa de muita gente, o Papa Bento XVI não aparece nessa lista (embora estivesse entre os candidatos), enquanto aparecem pessoas do mundo da religião como o Dalai Lama (nº1 do «ranking» ou Bartolomeu I, Patriarca Ecuménico de Constantinopla).

E levantaram-se várias questões e alguma polémica: a idoneidade do trabalho ou justeza de critérios, a importância real desta lista, etc., etc.

As reacções começam a fazer-se notar nos «media» e agências internacionais (por ex., Reuters, particularmente nos jornais italianos (por ex., La Repubblica). Disso nos dá conta, de forma abreviada, a «Ecclesia», cuja notícia transcrevo:

Citação:
Ecclesia

Vaticano satisfeito com ausência de Bento XVI entre os «100 mais influentes do mundo»


A ausência de Bento XVI entre as personalidades mais influentes do mundo, de acordo com a revista norte-americana “Time”, não deixou desiludido o Vaticano, de acordo com o director dos serviços de informação da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi.

Segundo este responsável, a lista dos 100 mais influentes é “bizarra e extravagente”, pelo que a ausência do Papa o deixou “contente”.


O Pe. Lombardi considera que os critérios da “Time” não levavam em linha de conta a autoridade moral e espiritual do Papa.


Em primeiro está o líder tibetano Dalai Lama, seguido por Vladimir Putin (Rússia), Barack Obama (EUA), John McCain (EUA) e Hu Jintao (China).

Isto não deixa, no entanto de levantar algumas questões interessantes. Se, por um lado, no Novo Testamento Jesus se refere ao grupo dos seus discípulos com imagens humildes como «pequenino rebanho», são, por outro lado, imagens «potentes», de «influência», tendentes a transformar o «meio», como vemos nas imagens do «fermento», do «sal», da «luz»...

Ao longo da história, nunca a Igreja hierárquica renunciou a exercer uma influência visível. Muito pelo contrário, buscou-a e lutou por ela, às vezes com meios que hoje julgamos pouco recomendáveis... E, tendo renunciado a certos meios de outros tempos, continua a reivindicar uma influência real na sociedade humana, nomeadamente no que diz respeito à criação de leis que regulam a vida das pessoas, sejam elas católicas, crentes ou não. Do que se queixa a Igreja é precisamente daqueles que pretendem que tal influência seja minimizada... A lista da «Time» é o reflexo desta «agenda» minimazadora? Dir-se-ia que a inclusão de Bartolomeu I em detrimento do Papa parece confirmar essa suspeita...

Não faltam cristãos que pensam que a influência do Cristianismo deve ser «humilde» e não vistosa. Assim, todos estes dados poderão dar lugar a muitas leituras, talvez todas elas provisórias... Ou porque a Igreja está a perder visibilidade, ou então, porque a influência do Cristianismo não cessou, mas é mais evangélica, mais «fermento» e menos «chantilly»... Que pensam sobre isto?

Alef



Editado 1 vezes. Última edição em 02/05/2008 17:53 por Alef.

Re: A ambiguidade da "influência" da Igreja
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 03 de May de 2008 00:15

Quando no ano 2000, a revista Times perguntou ao mundo quem tinha sido “o homem do milênio” ou a estrela de maior brilho da nossa história, nos últimos 1000 anos, não foi eleito ou indicado um General conquistador, um cientista renomado, um poeta ou um escritor de um grande e imortal obra, um Papa ou um Imperador, mas as pessoas apontaram e elegeram, encantadas, o “poverello”, o pobrezinho, a humilde criatura de Deus, aquele que se intitulava “menor e pecador”, São Francisco de Assis.

Pensemos um pouco sobre isso. Por que São Francisco de Assis foi apontado como mais o mais alto pico da paisagem humana em mil anos de história? O que ele fez de tão maravilhoso durante uma vida curta de apenas 45 anos? Ele beijou um leproso que lhe causava repugnância, ele abandonou as riquezas da casa de seu pai e se casou com a “senhora e dona Pobreza”, ele amou a Deus humano, pobre e sofredor, na pessoa de Jesus, e ele se fez irmãos de todas as criaturas, desde o lobo de Gubbio até à irmã cotovia, do Sol e da Lua, da água e do fogo. Mendigo, pobre mendigo, como todos nós, São Francisco deixou encantar com a riqueza dos outros, de Deus e dos homens, das criaturas vivas e dos riachos cantantes e dos pessegueiros em flor. Foi, por isso, que um país, Os Estados Unidos, de maioria protestante, o escolheu para ser o “homem do milênio”, reconhecendo nele o grande ideal que é possível ser grande e inesquecível se nos tornamos irmãos uns dos outros e reconhecemos a Deus como nosso Pai e Senhor
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