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Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 12 de June de 2008 22:59
Tilleul:
" Citação:Compartilho das tuas dúvidas quanto à Catolicidade activa da CP
Considero esta frase bastante despropositada. Queres especificar o porquê das tuas dúvidas ?
católica praticante
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 12 de June de 2008 23:03
Magadia :
Ser católico praticante é tentar praticar os ensinamentos de Jesus Cristo.
católica praticante
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 13 de June de 2008 09:00
CP,
Ser católico praticante não é só praticar os ensinamentos de Jesus Cristo. Ser católico há que aceitar um conjunto de regras e dogmas.
Copio aqui a mensagem do JMA:
"A Igreja tem a porta aberta para todos: mas quando estás dentro tens um conjunto de regras que tens de respeitar. Podes discordar, até podes discutir, podes considerar que são necessárias alterações.
Mas há limites para tal discordância.
Eu considero a missa em latim um anacronismo: mas não discuto a sua validade.
Posso gostar ou não do Papa (no caso actual gosto), mas não posso discutir a sua validade como sucessor de Pedro.
Posso concordar ou discordar com um determinado Bispo, mas não posso pôr em causa a sua qualidade de sucessor dos Apóstolos.
Quem determina a validade da missa, a sucessão dos Bispos, não é nenhum de nós em particular mas a Igreja. A Igreja Católica, que quer dizer Universal.
Tens sempre a porta aberta para entrar: mas só estás em comunhão, se comungares dos princípios básicos da Igreja."
Pondo em causa a tua catolicidade não o faço em contraste com a minha, pois várias vezes eu ponho em causa a minha própria catolicidade nomeadamente com às minhas reservas a certos dogmas marianos.
Mas pergunto-te se aceitas e acreditas na concepção de Jesus por acção do Espírito Santo, na ressurreição de Lázaro, na Ressurreição de Jesus e na vida depois da morte?
Em comunhão
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 13 de June de 2008 09:26
De repente quase não vos conhecia.
Não são vcs também críticos em relação a certos aspectos do catolicismo? Não são vcs também cépticos neste ou naquele ponto, escandalizando outra parte dos católicos que dizem que vcs estão fora pois atrevem-se a questionar?
Isto dos limites é complicado e os posts aqui colocados, mal comparado é certo, fizeram-me lembrar os "mínimos essenciais" que os professores têm de lidar mesmo sentindo que aquilo é tudo muito sem sentido - coisas escritas e decididas por quem nunca viveu do lado de cá.
Quais serão os mínimos essenciais do Catolicismo?
Ter de negar aquilo que se considera lúcido por muito que custe (lembra lavagem cerebral)ou tornar-se um fingidor usando o discurso conveniente consoante o contexto (em Roma sê romano). Não faz sentido. Será que chegámos à fast religion?
Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 13 de June de 2008 11:32
Lena,
Eu ponho em causa muita coisa que considero não essencial. Ir às fontes do Evangelho e encontrar o que nos define como cristãos é não só uma necessidade mas uma obrigação. Mas há uma série de preceitos que são essenciais para que te definas como no mínimo cristão quanto mais católico.
Como disse acima, não poucas vezes pus em causa a minha própria catolicidade enquanto membro de uma Igreja que tem preceitos e obrigações.
Eu sou crítico e céptico em muita coisa mas não tenho como nick Católico Praticante nem tão pouco faço por me identificar como tal. A CP, sejam em tom provocatório ou por convicção faz uma definição de si própria que realmente tem que rever. Infelizmente por falta de tempo não consegui participar em muitas das discussões que por aqui vão mas tenho lido bastante. Por exemplo a discussão sobre o embrião demonstra uma Católica Praticante mais próximo do ateismo do que no campo do crente. E repara que eu combato com todas as minhas poucas armas quer o literalismo quer o fundamentalismo ateu. Mas a CP também que ser consistente. Não basta apelidar-se de Católica e negar coisas básicas.
Se ela negar a Ressurreição então como diz S.Paulo, a nossa fé não tem fundamento. Se ela negar a concepção por acção do Espírito Santo na virgem Maria há uma grande parte da nossa fé cristã que não faz sentido.
Sim sou céptico em relação a muita coisa acessória, não essencial. Ponho em causa a necessidade de a missa ter que ser em Latim para ser válida mas não nego a sua validade seja ela celebrada em Latim ou em vernáculo. Sou céptico em relação aos dogmas marianos mas assumo uma posição de espera até conseguir perceber o que se quer dizer com eles. Crítico muitas atitudes tradicionalistas que nada tem a ver com ser Católico. Mas há um mínimo que muitos cristãos tentam definir. Para mim nesse mínimo inclui'se o Credo. Se negas esta afirmação de fé então vais ter que desculpar mas há muitissimas seitas que o recusam e não se doniminam de católicos ainda por cima praticantes.
Quais serão os mínimos essenciais do Catolicismo?
Ter de negar aquilo que se considera lúcido por muito que custe (lembra lavagem cerebral)ou tornar-se um fingidor usando o discurso conveniente consoante o contexto (em Roma sê romano). Não faz sentido. Será que chegámos à fast religion?
Não te consigo dar uma definição absoluta mas digo-te concerteza que as perguntas que fiz à CP se incluem nesse minimo essencial. E sim, a fé nega aquilo que muitas vezes se considera lúcido. Seria que Francisco, Domingos, Antonio, Francisco de Xavier, Teresa de Calcuta, Carlos de Foucauld, Roger de Taize e tantos outros eram lúcidos???
A mim dá-me igual que me chamem herege protestante ou outros mimos mas a verdade é que ser cristão testa os nossos limites racionais. Quanto ao ser um fingidor... eu estou em crer que o JMA também se pouco procura com excomungar quem quer que seja mas quer apenas demonstrar que a magdalia ao querer ser ultra católica, está segundo as suas próprias regras a excluir-se. E no meu caso eu não estou a fingir nada mas realmente tenho as minhas dúvidas se a CP acredita nestas coisas básicas.
Em comunhão
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de June de 2008 12:10
1 - "Ser católico praticante não é só praticar os ensinamentos de Jesus Cristo.
Ser católico há que aceitar um conjunto de regras e dogmas. "
Não é verdade.
BAsta pensar que os principais pecados cometidos pela Igreja foram em nome de regras e dogmas, muitos deles imprecisos e até contra os ensinamentos de Jesus Cristo.
Jesus Cristo não formulou nenhum dogma doutrinário e reformulou todas as regras do judaismo.Por isso foi morto - por heresia.
Além disso quer os dogmas quer as regras doutrinárias vão sendo criadas, modificadas, extintas ou interpretadas de forma diferente ao longo dos contextos históricos. Pelo que dificilmente serão "verdades imutáveis ou essenciais" do catolicismo.
A aceitação de dogmas só faz sentido se for "filtrada" racionalmente e vivida com significado cristão - no sentido que esse hipotético dogma não nos torna mais rígidos mas mais flexíveis, mais amorosamente próximos dos outros.
Questionar sempre, reflectir sempre, "ler "sempre o dogma á luz de outra coisa mais essencial - o amor ao próximo ou seja, o ensinamento de Jesus cristo.
2 - " a discussão sobre o embrião demonstra uma Católica Praticante mais próximo do ateismo do que no campo do crente."
Porquê?
Seria interessante que fundamentassses tal temerária afirmação.
3 - Em seguida lança-se um conjunto de suspeições, á laia de libelo acusatório:
[ Citação:i]"Se ela negar a Ressurreição "[/i]...
Não nego a "Ressurreição" - não tenho da Ressurreição um conceito mágico ou "fisicalista", e nisso estou bem acompanhada de muitos bons teólogos.
Citação:"Se ela negar a concepção por acção do Espírito Santo na virgem Maria
Não tenho problema nenhuns em acreditar nessa acção.
No entanto, não tenho uma concepção biológica ou fisicalista da acção do Espírito Santo, muito menos uma concepção biofisiológica do conceito de virgindade.
Pelo que não me espanta - tenho mesmo a convicção profunda - de que Maria foi uma mulher normal, casada com um homem judeu, que amou e teve vários filhos, os irmãos de Jesus, como vem relatado inúmeras e repetidas vezes nos Evangelhos.
E mesmo assim foi virgem.
Como pode ser virgem qualquer pessoa que se mantenha integra na sua bondade interior.Um dia escreverei com mais calma sobre isto.
Há uma grande parte da nossa fé cristã que só assim faz sentido.
Citação:"ser cristão testa os nossos limites racionais"
Não é preciso ser irracional ou psicótico para se ser cristão.Não é preciso ter alucinações auditivas, ter crises de shisteria com espasmos e convulsões, ou ter ideias delirantes.Não é preciso fazer fórmulas ou rezas mágicas ou ter crenças irracionais.
A Fé só faz sentido se for algo de estruturante, de organizador , de intelectualmente integrador.
católica praticante
Editado 4 vezes. Última edição em 13/06/2008 12:30 por catolicapraticante.
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de June de 2008 13:13
.
católica praticante
Editado 1 vezes. Última edição em 13/06/2008 13:15 por catolicapraticante.
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 13 de June de 2008 13:57
"Ser católico praticante não é só praticar os ensinamentos de Jesus Cristo.
Ser católico há que aceitar um conjunto de regras e dogmas. "
"Não é verdade."
Desculpa mas é verdade. Ao seres católico decides-te por um conjunto de regras mínimas. E contra mim falo. Há imensas pessoas que seguem os ensinamentos de Cristo e que não são católicos nem tão pouco o querem ser. Será que os faz maus cristãos ou pior que os católicos? Claro que não.
"Basta pensar que os principais pecados cometidos pela Igreja foram em nome de regras e dogmas, muitos deles imprecisos e até contra os ensinamentos de Jesus Cristo."
E quem diz o contrário? Até digo mais, até quando defendia a verdade, a Igreja cometeu muitas barbaridades. A Igreja nunca se deveria impôr nem em nenhum lugar nem a ninguém. Agora num mundo feito de nomenclaturas tens que ter cuidado com o que escolhes. Ser católico tem certas regras que podes discutir ou aceitar que nem cordeirinho. Não estamos a falar de conceitos morais que mudam, ou melhor que deveriam evoluir mas das bases da nossa fé. O uso do preservativo, o casamento de homossexuais, o rito da missa em nada influência a catolicidade de cada um. Mesmo que a Magdalia nos queira excluir como hereges por participarmos conscientemente na missa nova. Por isso mesmo é que usando as armas com que a Magdália nos quer excluir ela se exclui a ela própria.
Jesus Cristo não formulou nenhum dogma doutrinário e reformulou todas as regras do judaismo. Por isso foi morto - por heresia.
Como não? A sua vida está cheia de dogmas. Todas as perguntas que te fiz são baseadas no que sabemos da sua vida, isto é nos evangelhos. Que os evangelhos sejam interpretados com moderação e sem fundamentalismos aceito mas os mistérios que estão por exemplo contidos no credo dificilmente os conseguirás dissociar da vida de Jesus.
Além disso quer os dogmas quer as regras doutrinárias vão sendo criadas, modificadas, extintas ou interpretadas de forma diferente ao longo dos contextos históricos. Pelo que dificilmente serão "verdades imutáveis ou essenciais" do catolicismo.
Onde é que eu falei em regras doutrinárias? Falo de regras como por exemplo o dever de caridade, o dever de procurar fazer a paz onde estiveres, ser fiel, respeitador do bem alheio, não matar e por aí fora que não sendo dogmas fazem parte do conjunto de regras tácito de ser católico. Dirás tu que muitos que se afirmaram católicos náo o fizeram, mas terão sido eles católicos?
Uma outra coisa, mesmo as regras sendo mutáveis tu regras pelas regras que existem ou que pelo menos que são aceites como concensuais. Não te vais reger por leis que já caducaram ou que estão em discussão. Eu não vejo uma larga maioria das pessoas a porêm em causa a Ressurreição de Jesus ou nascimento de Jesus da virgem Maria.
"a discussão sobre o embrião demonstra uma Católica Praticante mais próximo do ateismo do que no campo do crente."
Porquê?
Porque que queres justificar cientificamente o que é do campo da fé. E pareces querer excluir como verdadeiro o que não explicas cientificamente. Por isso te pergunto se acreditas na ressurreição de Lázaro que já estava morto e o corpo em decomposição? Se sim explica lá isso com um estudo e referências.
E a Ressurreição de Critso?
Não nego a "Ressurreição" - não tenho da Ressurreição um conceito mágico ou "fisicalista", e nisso estou bem acompanhada de muitos bons teólogos.
A pergunta é esta... Jesus morreu. Passado 3 dias o seu corpo não estava lá. Desapareceu. Durante vários dias Ele apareceu vivinho da silva mostrando para quem quisesse ver e tocar as chagas. Acreditas nisto ou não? Não me interessa se era um corpo melhorado ou lá o que fosse. E nos entretantos explica lá isso cientificamente e dá-me provas.
Não tenho problema nenhuns em acreditar nessa acção. No entanto, não tenho uma concepção biológica ou fisicalista da acção do esírito santo, muito menos uma concepção biofisiológica do conceito de virgindade.
A mim dá-me igual se o iman da nossa senhora estava rompido ou não. A verdade que aceitamos é que Maria não conheceu homem, por isso ninguém humano a fertelizou e que tão pouco ela era hermafrodita ou que auto concebeu mas simplesmente Deus teve uma acção qualquer e Maria deu à luz o filho de Deus.
Pelo que não me espanta - tenho mesmo a convicção profunda - de que Maria foi uma mulher normal, casada com um homem judeu, que amou e teve vários filhos, os irmãos de Jesus, como vem relatado inúmeras vezes nos Evangelhos.
Boa. Já somos dois.
Há uma grande parte da nossa fé cristã que só assim faz sentido.
Citação:
"ser cristão testa os nossos limites racionais"
Não é preciso ser irracional ou psicótico para se ser cristão.
A Fé só faz sentido se for algo de estruturante, de organizador , de intelectualmente integrador.
Tudo bem mas a continua a ter aquele elemento "Deixa tudo e segue-Me!" A Fé é aquele passo que rasga o estruturado, o organizado. Por isso volto a dizer que muitas das posições que defendes não dão espaço a Fé.
Tu, eu e muitos outros podemos ser cristãos 5 estrelas mas católicos ainda por cima praticantes? Quem sabe... mas há minimos. Para mim esse mínimo passa pelo que dizes, seguir os ensinamentos de Cristo mas também o Credo, a Eucaristia....
Em comunhão
P.S. Dúvidas de fé não é mesma coisa que negar. Ao negar já tens uma decisão.
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: IAmDudum (IP registado)
Data: 13 de June de 2008 18:08
Ó Católica Praticante.
Ao ler o teu comentário pela primeira vez deu-me vontade de rir. Só pensava como seria fácil refutar o que dizes. Mas depois (oh, sim, depois...) confesso que me entristeci. Como é que é possível haver um católico que seja que diga que pensa assim? Recuso-me a pensar que haja quem o pense, mas pior que parecer (que pensa) é pensar mesmo. Dizes que pensas assim. Espero, para teu bem, que o que digas só da boca para fora.
Se fosse um ateu, menos mal. Mas um católico? Por isso escrevi noutro tópico: "Muitas vezes é das próprias fileiras da Igreja que saem os maiores ataques, as mais violentas críticas, tudo em nome da 'liberdade dos outros'".
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Quanto à questão dos dogmas (das dúvidas que levantas) só mostra que não sabes nem fazes a mínima ideia do que são os Dogmas.
Em relação à 'biofisiologia' e outras tentativas de defesa tuas que tais, para mim são nada.
Em relação aos irmãos de Jesus, essa questão já foi respondida ao longo dos séculos, recuso-me a escrever uma linha que seja.
And now for something completely different:"Não é preciso ser irracional ou psicótico para se ser cristão.Não é preciso ter alucinações auditivas, ter crises de shisteria com espasmos e convulsões, ou ter ideias delirantes.Não é preciso fazer fórmulas ou rezas mágicas ou ter crenças irracionais." Vai explicar isso ao Kiko e cia.
Dizes tu que "os principais pecados cometidos pela Igreja foram em nome de regras e dogmas" E eu pergunto: Quais pecados?
Dizes tu que "Jesus Cristo não formulou nenhum dogma doutrinário e reformulou todas as regras do judaismo.Por isso foi morto - por heresia." O herege não era Jesus. Eram-no os Doutores da Lei do Seu tempo. Mas Jesus não refutou nenhuma das regras do judaismo. Pelo contrário. E com o Evangelho de hoje o provo.
"Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogar, mas completar.
Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal,sem que tudo se cumpra."(o Evangelho completo é Mt 5, 13-19)
Por isso, minha cara, quando o Tilleul diz que "a discussão sobre o embrião demonstra uma Católica Praticante mais próximo do ateismo do que no campo do crente" eu diria antes que a discussão sobre qualquer coisa demonstra uma Católica Praticante mais próximo do ateismo do que do campo do crente.
E isso, naturalmente, entristece-nos a todos.
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 13 de June de 2008 20:00
Tilleul
peço desculpa por não me ter feito entender.
Continuo na minha.
Quem critica a CP pelo nick e atitudes que toma, não difere muito dos outros católicos que vos criticam pelas ideias que aqui defendem.
A questão dos mínimos essenciais é bastante relevante pois basta andar por este fórum para constante que o que define um católico depende de quem escreve.
Por isso é descabido e até abusivo andar a apontar o dedo à CP.
Mas há aqui alguma escala de catolicismo? Há algum católico 100% puro?
O que será um verdadeiro católico?
Se alguém aqui tiver resposta para estas perguntas, devia pensar bem antes de falar.
A CP é uma voz incómoda. Ela consegue ser muito chata com tanta teimosia, tem até dificuldade em ouvir alguém que não concorde com ela. Resvala facilmente para o sarcasmo ofensivo e erra como toda a gente. Concordo. Mas isso não a torna sempre errada, nem dá o direito a ninguém de dizer que ela está mal só pq se afirma como católica praticante.
Se alguém aparecesse aqui alguém com o nick "Obeso Feliz" ia ser contestado por todos os obesos deste fórum?
Por favor, atentem a cada discussão específica. Chega de andar a carregar fantasmas antigos.
Discutam ideias e não pessoas.
Foi essa a razão porque estranhei. Afinal tenho-vos por pessoas inteligentes. O
Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.
Editado 1 vezes. Última edição em 13/06/2008 20:01 por Lena.
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 13 de June de 2008 20:32
Lena,
Achas que me procupa alguma coisa que me chamem herege??? LOL
Quantos aos mínimos, não podes ser cristão e negar que Cristo Ressuscitou. Não podes ser cristão e negar que Cristo foi concebido de forma subrenatural.
Volto ao Credo.
Senão acreditares no Credo e podes até fazer por cumprir os ensinamentos de Jesus mas isso não te faz cristão. Ou se calhar até podes ser
Quanto às tuas perguntas... não sei mas também não me interessa muito. A mim tanto me dá que sejam ateus praticantes, católicos de part time desde que sejam pessoas de boa vontade.
Gostava era também que a Magdalia respondesse à minha pergunta.
Em comunhão
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de June de 2008 20:44
1 - Citação:"Desculpa mas é verdade. Ao seres católico decides-te por um conjunto de regras mínimas."
Triste Católico que se fica por regras minimalistas quando a única regra do cristianismo é duma exigência extrema e abarca normatividades menores.( Jo 13, 34)
Todas as outras que citaste en passant são um corolário desta.
2 - " Porque que queres justificar cientificamente o que é do campo da fé. "
Nada disso. È precisamente o contrário. Algumas pessoa têm aqui colocado argumentos de pseudiociência para pretensamente demonstrar a validade das suas crenças religiosas.
Como a pretensa levitação dos santos.Ou a ressurreição de que a prova seria pretensamente um sudário falsificado.
3 - " Citação:Tilleul Basta pensar que os principais pecados cometidos pela Igreja foram em nome de regras e dogmas, muitos deles imprecisos e até contra os ensinamentos de Jesus Cristo.
E quem diz o contrário? Até digo mais, até quando defendia a verdade, a Igreja cometeu muitas barbaridades
Ainda bem que concordas.
4 - ". Citação:Tileul O uso do preservativo, o casamento de homossexuais, o rito da missa em nada influência a catolicidade de cada um"
Obviamente.
5 - " Jesus morreu. Passado 3 dias o seu corpo não estava lá. Desapareceu. Durante vários dias Ele apareceu vivinho da silva mostrando para quem quisesse ver e tocar as chagas."
Vivinho da silva, que expressão interessante. Queres dizer que o corpo do ressuscitado era um corpo humano, tipo cadáver reanimado?
Ou era outra coisa completamente diferente??
O que significa Ressurreição?
Citação:" E nos entretantos explica lá isso cientificamente e dá-me provas. "
Provas de quê?
Citação:Tilleul "A mim dá-me igual se o iman da nossa senhora estava rompido ou não."
Como é óbvio.E escreve-se Hímen.
católica praticante
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de June de 2008 20:46
~" Citação:Senão acreditares no Credo e podes até fazer por cumprir os ensinamentos de Jesus mas isso não te faz cristão . "
Será que não?
católica praticante
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 14 de June de 2008 05:46
E com isto tudo escreveste muito mas não respondeste as minhas perguntas...
Não insisto porque isto é um discussão que não vai levar a lado nenhum.
Em comunhão
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 14 de June de 2008 16:20
Já respondi ás tuas perguntas de uma forma absolutamente clara. Convém ler os posts que os outros escrevem, sob pena de repetições inúteis e entediantes.
sobretudo quando o objectivo que tens não é debater com seridade as lançar "acusações" tontas sobre os outros.
católica praticante
Editado 2 vezes. Última edição em 14/06/2008 16:29 por catolicapraticante.
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 16 de June de 2008 15:59
Na semana passada foi rezada Missa na forma extraordinária do Rito Latino em Westminster Londres.
Na proxima semana será em Notre Dames (Paris).
Um pouco por todo o lado o Motu Proprio dá os seus frutos.
Em Portugal os nossos Bispos continuam agarrados ao passado. A ver na forma extraordinária uma ameaça à reforma liturgica dos anos 60.
Cristina
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: IAmDudum (IP registado)
Data: 17 de June de 2008 00:01
Cara Cristina Dinis Saraiva,
Porque é deste tópico copio um comentário que fiz no blog da magdalia:
"o Santo Padre (que enquanto Ratzinger foi atacado até mais não pelos tradicionalistas) acabou por cumprir na mesma altura os 2 pontos [que o Monsenhor Lefebvre exigia por parte do Vaticano]. Porquê, então, a recusa de D.Fellay num acordo? 'É só fumaça' dizem ele e D.Williamson, as atitudes do Papa são só de fachada.
Mas não, não o são. O fim das grandes danças na missa (veremos agora na JMJ), os altares suptuosos, a comunhão de joelhos [e disse-o antes de saber da última], os paramentos de acordo com a hermenêutica da continuidade, as encíclicas belas e duras, os discursos críticos do mundo moderno, as homilias contra o relativismo e a lembrança de grandes mensagens dos Papas e dos exemplos dos santos, para além do regresso das indulgências, fazem com que o notório esforço do Santo Padre seja um facto, uma realidade.
Porquê, então, a recusa numa acordo? Acaso pensam que o próximo Papa (se o houver) será mais tradicionalista do que Bento XVI? Quem tudo quer, tudo perde, e a SSPX (minada que está interiormente pelos sedevacantistas, em número crescente), poderá pôr tudo a perder.
Se a Fraternidade se tornasse efectivamente numa prelatura pessoal do Papa (como ainda se falou), poderia agir em todo o mundo, dando uma bofetada de luva branca num Clero que nada poderia fazer para recusar a sua actuação. E então poderíamos ver a SSPX plenamente em Fátima, a celebrar em Lisboa, no Bom Jesus de Braga, no Algarve e em Setúbal, nas Ilhas e no Alentejo, no país todo livremente e sem amarras."
Se defendo em parte a SSPX é numa atitude de revolta contra o episcopado português. É uma vergonha que ainda não tenha sido convidada por parte da CEP nem o IBP nem a FSSP para agir no nosso país.
Enfim, seja como for pergunto-lhe algo que colocou noutro tópico, mas que julgo por bem inserir novamente aqui. "está pendentes há mais de 100 dias um pedido ao Patricarda de Lisboa subscrito por mais de 50 pessoas. Há tantas Missas com menos de 50 pessoas e nós continuamos à espera." Porque razão pediram autorização ao Senhor Cardeal-Patriarca? O moto proprio não vinha precisamente acabar com essas situações? É porque (e digo-o num ligeiro tom de desafio) há uma maneira de contornar o 'obstáculo' colocado por Dom José Policarpo (refiro-me ao polémico "fica proibida qualquer tentativa de alterações dos espaços"): celebre-se a missa num grande altar lateral...
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: magdalia (IP registado)
Data: 17 de June de 2008 10:26
Caros IAmDudum e Cristina,
Claro qe há uma forma de calar o patriarca. Escrever uma cartinha à Pontifícia Comissão Ecclesia Dei e contar os desmandos do nosso cardeal. Já basta de subserviência!
O cardeal é obrigado a cumprir as disposições do Santo Padre no Motu Proprio Summorum Pontificum.
Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 17 de June de 2008 11:07
Caro Iamdudum
Não posso estar mais de acordo contigo.
Na Fraternidade de São Pio X existem neste momento duas linhas. Uma (nitidamente influenciada por correntes sedevacantistas) composta sobretudo por Padres mais novos que se opõe a um entendimento com Roma e outra que é favorável a um acordo.
Mesmo nas declarações dos Bispos de nota diferenças.
O Superior Geral tem alterado constantemente a linha de declarações. O que me dizem é que Dom Fellay é favorável a um entendimeto mas a sua grande preocupação é que a FSSPX se divida efectivamente. No fundo tem uma "armada" e quer levar toda consigo.
Claro que haverá sempre uma parte que ficará de fora mas é diferente se for 5% ou 50%.
Por detrás de algumas declarações publicas existem negociações intensas em que participa um Padre português que muitos conhecem.
Estão em cima da mesa três situações:
- O levantamento do excomunhão sobre Mons Lefevre. Roma está disposta a levantar mas a Fraternidade pretende que Roma reconheça que foi uma decisão nula e sem validade.
- A quinta feira santa - Todos os Padres devem estar disponíveis para concelebrar a Missa com o Bispo da diocese na quinta feira santa. A FSSPX pretede que o seu estatuto jurídico permita que nennhum dos seus Padres seja obrigado a concelebrar uma Missa na forma ordinária.
- O Motu Propio - Está a ser preparado um documento a interpretar o Motu Proprio e nesse documento alguas duvidas de interpretação serã resolvidas.
Para o mês que vem as sagrações de Lefevre fazem 20 anos. Há uma geração que viveu sempre neste estado de semi-comunhão. Não tenho duvidas que a FSSPX tem uma oportunidade (provavelmente a ultima) de voltar à plena comunhão dentro do espirito que Mons Lefevre sempre defendeu.
Os padres mais antigos não têm duvidas em aformar que Mons Lefevre aceitaria nestas condições regularizar a situação juridica e canónica da Fraternidade.
Oxalá esta linha vença e tenhamos uma Fraternidade transformada numa prelatura pessoal do Papa.
Seria de facto magnífico que se pudesse celebrar a Missa na forma extraordinária em Fátima ou no Sameiro.
Quanto à aplicação em Lisboa do Motu Proprio, não estou totalmente por dentro mas o que contam é fantástico.
Como não querem dizer abertamente não sugeriram uma Missa num dia de semana. Depois já poderia ser no Domingo mas às 8 da manhã numa capela que ninguém sabia onde era.
Agora querem uma lista com os nomes completos das pessoas que querem a Missa, para saber quem são e se estão em plena comunhão. Como é normal com este clima de desconfiança as pessoas não se sentem confortáveis.
Sinceramente tenho muitas duvidas se não será melhor pedir a um dos movimentos Ecclesia Dei que possa se estabelecer em Lisboa (por exemplo o instutuo Cristo Rei que já está em Madrid, ou o IBP ou a Fraternidade S Pedro).
Outra via será aguardar pela regularização da FSSPX. Esta solução é mais complicada porque depende de muitas coisas. Será que vai mesmo haver entendimento?
Se houver que percentagem de Padres se irá rebelar? E nessa perpectiva o que acontecerá ao Padre da FSSPX que está em Portugal.
Cristina
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