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Re: Eutanásia
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 00:18

Então achas que a Igreja foi cruel em condenar a decisão do senhor italiano?

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Eutanásia
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 21 de July de 2007 15:49

Kirie Eleison

*=?.0

Re: Eutanásia
Escrito por: Alessandro (IP registado)
Data: 21 de July de 2007 23:09

Diogo,

Citação:
A eutanásia acontece quando há interrupção da vida da pessoa. No entanto, se essa interrupção for feita através da supressão de tratamentos, então não é eutanásia.
...
Mais uma vez, insisto: se das máquinas depender a vida do doente, e este sem elas não sobreviver, não é lógico prolongar o sofrimento, porque a vida É ARTIFICIAL.
...

...Neste caso, mesmo que tenha um bom coração, passo a se deficiente mental. A minha vida não é boa, por isso pode-se optar por não deixar aplicar o pm.

Há que se entender que certos raciocínios aplicados a um caso particular, parecem-nos bastante lógicos, mas sua válidade deve ser testada em todos os casos, e dai deduzir se são realmente válidos.

citei acima vários recortes de mensagens suas, são em si bastante preocupantes, pois SE fossem válidos eu poderia fácilmente deduzir algumas coisas como:

Um paciente que necessita de hemodiálise, um tratamento que até onde sei causa sofrimento, "pela sua lógica", pode deixar de ir ao tratamento, esperando a morte, e isto nao seria eutanásia, pois: "se essa interrupção for feita através da supressão de tratamentos, então não é eutanásia"; Aliás digo mais, ainda "pela sua lógica", não pode apenas deixar, mas ele DEVE deixar, pois: "se das máquinas depender a vida do doente, e este sem elas não sobreviver, não é lógico prolongar o sofrimento". Já é um tanto assustador, mas ainda piora um tanto, em um determinado trecho você acaba defendendo a exterminação dos deficiêntes mentais: "...passo a ser deficiente mental. A minha vida não é boa, por isso pode-se optar por não deixar aplicar o pm", ou seja, por que será deficiênte mental pode optar pela morte.




É um assunto delicado e complexo, e devemos ter extremo cuidado em externar ou apoiar qualquer raciocínio, sem o ter analisado com todo o cuidado, e em todas as suas repercussões. Mas acima de tudo devemos lembrar que somos apenas "portadores" do dom da vida, que não é nossa, foi apenas nos dada em guarda, e da qual não podemos dispor a nosso bel prazer, ainda que nos custe imensamente, e lembrar que Deus age, direta e diariamente sobre nós, e cabe apenas a ele determinar o principio e o fim.

Apologeta - Apostolado Defesa Católica

Re: Eutanásia
Escrito por: Gustavo Pinto (IP registado)
Data: 22 de July de 2007 00:53

Olá amigos,

Só agora vi esta mensagem do fórum e não tive ainda oportunidade de ler as mensagens, nem os links todos que propôem!

Contudo deixo aqui a minha opinião. Não é um assunto fácil como todos deverão concordar, pois a questão do decidir pela morte é sempre melindrosa e depende sempre da perspectiva em que nos colocamos. Digo isto porquê? Tenho uma familiar que é enfermeira na unidade de cuidados intermédios no IPO de Coimbra, que me dizia, em discussão sobre este tema, que há situações que não passam pela cabeça de muitas pessoas, de um sofrimento atroz e que os próprios profissionais de saúde só veriam a morte como solução, mostrando-se favorável à questão da legalização da eutanásia! Eu argumentava dizendo, com base na minha formação académica, que a "vida humana é inviolável"! E de facto penso que se nós não protegemos a vida de que serve proteger todos os outros direitos... E pergunto, será que nós não podemos fazer mais para garantir alguma estabilidade emocional a doentes em fase terminal? Sim, porque o problema coloca-se muito mais a nivel da dor emocional que da física! Acrescento: vivi muito recentemente uma situação de cancro na minha família e posso dizer que os ambientes familiares são uma pedra basilar em casos de doença desta natureza! Será que não podemos trabalhar mais com as famílias?

São umas primeiras questões que deixo, que não sei se foram já abordadas, mas que podem ajudar a pensar e a formar opinião!

Abraço

Re: Eutanásia
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 04 de September de 2007 22:37

107. A vida humana atravessa situações de grande fragilidade, quer ao entrar no mundo, quer quando sai do tempo para ir ancorar-se na eternidade. Na Palavra de Deus, encontramos numerosos apelos ao cuidado e respeito pela vida, sobretudo quando esta aparece ameaçada pela doença e pela velhice. Se faltam apelos diretos e explícitos para salvaguardar a vida humana nas suas origens, especialmente a vida ainda não nascida, ou então a vida próxima do seu termo, isso explica- se facilmente pelo fato de que a mera possibilidade de ofender, agredir ou mesmo negar a vida em tais condições estava fora do horizonte religioso e cultural do Povo de Deus. (Evangelium Vitae, n. 44).

Texto aqui

João (JMA)

Re: Eutanásia
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 19 de May de 2008 19:12

Morrer com dignidade

Uma mulher, vítima de uma doença incurável e fatal, que sofria dores insuportáveis, pediu ajuda activa para morrer. O seu pedido foi rejeitado.
A emoção da opinião pública foi considerável. O debate acerca da eutanásia foi relançado. Existe um direito de os doentes morrerem com dignidade? Pode permitir-se que a vida permaneça humana até ao seu termo?
Uma jornalista pediu-me uma entrevista sobre a recusa em ajudar esta mulher, que se dizia “comida” pelo sofrimento. Como muitos, sou sensível ao drama dessa mulher e da sua família.

Sabemos que a morte faz parte da vida, visto que a termina. Se a vida deve ser defendida e protegida, o mesmo se aplica à morte que faz parte dela. Sabemos que ninguém pode viver e morrer em nosso lugar. Como podemos não desejar dispor de meios para amar a vida até ao fim e morrer com dignidade?
Mas, de facto, a responsabilidade pelo fim da vida continua a ser pouco assumida colectivamente. Há muito que fazer para lutar contra o sofrimento e o encarniçamento terapêutico, e para não morrer na solidão... é uma questão de humanidade, de compaixão e de solidariedade.


Há o respeito pela lei que proíbe matar. É um princípio fundamental. Mas a lei não pode tudo.
Há o respeito pelos doentes, que podem encontrar-se em situações excepcionais. Situações excepcionais que não estão abrangidas no quadro da lei.
Por uma questão de humanidade e compaixão, essas situações não convidam a transgredir a lei? A lei devia contemplar essas excepções.

Jacques Gaillot, Diário de Bordo Maio de 2008

João (JMA)

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