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Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 18:56

Porque é que é assim tão ruim falar nisso? Se calhar por não dar jeito. Eu compreendo.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 19:06

Eu acho que existe alguma confusão no celebrar e no presidir. Vejamos o que quer dizer celebrar:

do Lat. celebrare

v. tr.,
realizar, festejar, comemorar com solenidade;
exaltar;
enaltecer, elogiar publicamente;
exaltar com ironia;
v. int.,
dizer missa.

Ora, todos nós festejamos, comemoramos,elogiamos.....etc...

Mas só o padre preside à Eucaristia. Desculpa Alessandro, não sei se a tua questão está aqui mas penso que aquilo que o Firefox diz está certo. Todos nós celebramos os mistérios eucarísticos. E o padre além de celebrar também preside e consagra os dons. Também não encontrei nos teus textos algo que respondesse ao que ele te pergunta. Mas penso que podemos centrar a questão entre o «celebrar» e o «presidir».

Ou então diz o que é para ti celebrar.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho



Editado 2 vezes. Última edição em 15/07/2007 19:07 por s7v7n.

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 12:34

Não vejo que uma orquestra possa funcionar bem sem um maestro.
De todo não funciona sem músicos.

*=?.0

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 13:27

POr acaso uma orquestra até pode funcionar sem maestro.No mínimo escolhe-se um músico para fazer a função do maestro.

Mas orquestra sem músicos, só com um maestro no seu púlpito, isso não existe.

católica praticante

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 13:44

s7v7n e Simone

Vamos lá a ver:

- Não sou nem nunca fui contra o ministério da ordem, nem contra a especificidade da acção do padre.

- Não defendo nem nunca defendi que qualquer um pode ir consagrando as hóstias, além do padre.


Posto isto, é preciso não esquecer que este assunto surgiu porque alguém disse que sem padres a Igreja morria. E com isso eu não concordo! Se a Igreja morresse por falta de padres, coitados de nós. Fraca comunidade seríamos, que não nos sabíamos adaptar às vicissitudes.

O caso da aldeia africana é disso um exemplo: reagiram a uma necessidade e não se deixaram cair no marasmo. Será um caso extraordinário, será, mas talvez não tão raro como isso.

Se eles benzessem o pão, poderia ser só símbolo, seria só pão, mas tenho a certeza que Deus não estaria menos presente para eles. Porque a necessidade era grande e não havia má intenção nem estariam a usurpar nenhuma competência alheia. Não havia a quem a usurpar...



s7v7n

Serei eu, por acaso, o segundo "sujeitinho interessante", tendo em conta de que as últimas intervenções a que respondeste foram do firefox e minhas?

Independentemente do interesse ou não, tu reparaste no último parágrafo do firefox?

Citação:
Ninguém aqui está - eu pelo menos não estou - ensinando que qualquer um pode ir consagrando o pão e o vinho na missa dentro da igreja católica, existe uma norma bem clara dentro da igreja e ela ordena algumas pessoas para esse fim.

As palavras dele podiam ser minhas, concordo plenamente.

Isto quase parece o tema da presença real de Cristo na Eucaristia. Tudo falava no mesmo, com entendimentos diferentes dos conceitos em presença.


Cassima

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 15:39

CP,

enganas-te. A Eucaristia pode ser celebrada pelo padre sozinho, sem qualquer participação da Assembleia.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 21:06

Citação:
Diogo Taveira
A Eucaristia pode ser celebrada pelo padre sozinho, sem qualquer participação da Assembleia.

Diogo, vou tentar ser o mais claro possível, para não complicar ainda mais:

1) é verdade que, do ponto de vista "legal", um padre até pode celebrar a missa sozinho.

2) entretanto, seria estranho se o fizesse repetidamente e sem razão que o justifique, somente por devocionalismo, sentimentalismo ou até egoísmo. Sim, pq todos sabemos que há escassez de padres e muitas comunidades nem têm missa.

3) não defendo que isso seja resolvido por decreto (!). Então, que se continue permitindo aos padres celebrarem sozinhos, pois há situações em que isso não é mal, como o caso especial de um missionário que fica sozinho e distante da igreja. Acho até sinal de caridade permitir a ele esse momento de "comunhão" - note, comunhão, que seria melhor expressada se existisse ali a Assembléia com ele. Somente gostaria que recomendassem que não o fizessem por capricho. Se não me engano, essa recomendação existe!

4) ao contrário dos que criticam o Vaticano II por ter sido pastoral, acho melhor não enjaular tudo em "dogmas", e não existe lei nenhuma que dê jeito na igreja se não existir amor nela.

Paz e Bem.

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 21:09

Claro que concordo com o que diz, em relação à celebração solitária.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 17 de July de 2007 00:55

Epá, não se pode dizer umas palavras novas e ficam logo todos pikadinhos. Sujeitinho interessante não tem nada de mal. Pior seria se fossem sujeitinho anormal ou coisa assim. Ou sujeitinho fedelho. Aí era ser bem mal educado. E Cassima, não foi para ti. E percebo perfeitamente o que dizes. Numa situação apocalíptica desse tipo, porque não dizer umas palavras dessas? Morrem os Homens mas Deus não. Acho que fariam muito bem nesses termos. Deus está sempre com o Homens. Não sei se aconteceria o mesmo que acontece na missa, mas era um gesto que demonstrava fé e vontade.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Simone (IP registado)
Data: 17 de July de 2007 20:03

Cassima,

ok.

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 18 de July de 2007 13:50

Ah s7v7n... Mas as palavras são extremamente importantes, faladas ou escritas... Assim como o uso que se faz delas... ;-)

Cassima

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 18 de May de 2008 15:39

Daqui a dias há mais um feriado ;-) e festa católica, o «Corpus Christi», festa popularmente conhecida por «Dia do Corpo de Deus»...

Valorizamos suficientemente o seu significado e o significado da Eucaristia e da presença de Cristo na Eucaristia?

Pareceu-me então oportuno chamar de novo à primeira página este tópico, que já está «às moscas» há quase um ano. Merece ser recordado ou relido, desde o seu início.

E podemos retomar, se necessário, o diálogo...

Alef

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 22 de May de 2008 17:04

Amigos, LSNSJC
Muitas pessoas aproveitam os fins de semana prolongados para fazer
seus passeios e nem se lembram do motivo do feriado.
Quando é dia santo também isto acontece.
Não que a pessoa não deva aproveitar os fins de semana, mas o melhor
é conjungar o motivo e o que dele deriva.
Hoje, por exemplo, é a Festa do Corpo de Deus. Muita gente nem sabe
o que isto significa. E nem procura saber.
A mensagem de hoje, indepentemente da religião de cada um, procura
mostrar-nos o que ela significa e como surgiu.

Para aquelas pessoas que querem saber mais sobre este tipo de
assunto, entre na pesquisa do Google e digite: MILAGRES EUCARÍSTICOS.
São fenômemos e acontecimentos que não sabemos explicar, o que não
quer dizer que não aconteceram.
Vale a pena conferir.

Fiquemos com a Santíssima Trindade e com Maria Santíssima, Aquela
que foi o tabernáculo do Deus humanado.
Aluizio da Mata, Brasil
*************


FESTA DE CORPUS CHRISTI

HISTÓRICO DA FESTA NO BRASIL E NO MUNDO

O dia de Corpus Christi é a Festa do Corpo de Cristo, o Corpo de
Deus. É a celebração da primeira missa por Jesus Cristo, na última
ceia. A data, instituída pelo Papa Urbano IV, por intermédio da Bula
Transiturus, de 11 de agosto de 1264, sempre é comemorada na
primeira quinta-feira depois do domingo de Pentecostes (festa do
Espírito Santo, 50 dias após a Páscoa), quando os católicos
reverenciam a instituição da Eucaristia. Corpus Christi é uma festa
ao Corpo de Cristo.
É uma data adotada na Igreja Católica, para comemorar a presença
real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia, pela mudança da
substância do pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue (O
Catolicismo declara que a hóstia, torna-se literalmente em Carne e
Sangue do Senhor Jesus).
ORIGEM
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século
XII. A Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real
do "Cristo todo" no pão consagrado. Esta necessidade se aliava ao
desejo do homem medieval de "contemplar" as coisas. Surgiu nesta
época o costume de elevar a hóstia depois da consagração.
A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a
Bula `Transiturus' de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na
quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no
domingo depois de Pentecostes. O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago
Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na
Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana,
Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no
Ano Litúrgico.
Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint
Martin. Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das
agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos,
em 1209, começou a ter `visões', (que retratavam um disco lunar
dentro do qual havia uma parte escura. Isto foi interpretado como
sendo uma ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico
para agradecer o sacramento da Eucaristia). Com 38 anos, em 1230,
confidenciou esse segredo ao arcediago de Liège, que 31 anos depois,
por três anos, será o Papa Urbano IV (1261-1264), e tornará mundial
a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer.
A `Fête Dieu' começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230,
com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da
igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da
Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas
de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional
na Bélgica. A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264,
6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa
Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente
VIII.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu
em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de
Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270.
O ofício divino, seus hinos, a seqüência `Lauda Sion Salvatorem' são
de Santo Tomás de Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com
Santo Alberto Magno. Corpus Christi tomou seu caráter universal
definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV,
quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas
Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da
Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII
publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em
procissão pelas vias públicas.
O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da
Reforma de Lutero, dos que negavam a presença real de Cristo na
Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus
Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas
ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e
como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na
Eucaristia.
Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a
obrigação de se manifestar `o testemunho público de veneração para
com a Santíssima Eucaristia' e `onde for possível, haja procissão
pelas vias públicas', mas os bispos escolham a melhor maneira de
fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da
manifestação.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última
Ceia, quando Jesus disse :`Este é o meu corpo...isto é o meu
sangue... fazei isto em memória de mim'. Porque a Eucaristia foi
celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se
celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de
Pentecostes.
************

"HASSELT, Bélgica, ano 1317"
Em 1317, um Padre de Viversel que ajudava na cidade de Lummen, foi
solicitado a levar o Santo Viático (Sagrada Comunhão ministrada aos
doentes e idosos) a um homem da aldeia que estava enfermo. Levando
um Cibório com uma Hóstia Consagrada, o padre entrou na casa e
colocou o utensílio sagrado encima de uma mesa na Sala, enquanto foi
conversar com a família e o doente, no quarto.
Outro homem que estava em pecado mortal, provavelmente algum parente
da familia, passando pela Sala e vendo o Cibório ficou cheio de
curiosidade, removeu a tampa de cobertura e segurou na Hóstia
Consagrada. Imediatamente a Hóstia começou a sangrar. Assustado,
jogou-a dentro do Utencilio Sagrado e saiu apressado. Quando o padre
veio pegar o Cibório para ministrar a Comunhão ao enfermo, o
encontrou aberto! Surpreso, observou também que a Hóstia estava com
manchas de sangue. Então ficou indeciso sobre o que devia fazer...
Entretanto logo a seguir, decidiu procurar o senhor Bispo e levou o
fato ao seu conhecimento. O pastor percebeu que se tratava de uma
Manifestação Eucarística Sobrenatural e por essa razão, o aconselhou
a levar a Hóstia Milagrosa a um Sacrário na Igreja das freiras
Cisterciense em Herkenrode, aproximadamente 50 quilômetros de
distancia do local onde estavam.
O mencionado Convento que está perto de Liege, na Bélgica, foi
fundado no século XII e pertence às freiras Cistercienses. Por causa
da reputação venerável e repleta de santidade da comunidade
religiosa, o senhor Bispo escolheu aquele local, porque estava
convencido de que lá seria o lugar mais adequado para acolher a
Hóstia Milagrosa.
O sacerdote viajou para o Convento das Irmãs e assim que chegou,
descreveu o acontecido. A seguir, acompanhado das Irmãs e em
procissão entraram na Igreja e aproximaram-se do altar. Quando abriu
o Sacrário para colocar o Cibório com a Hóstia Milagrosa, teve uma
visão de CRISTO com a coroa de espinhos, que também foi visto pelas
pessoas presentes. NOSSO SENHOR parecia dar um sinal especial de que
a vontade DELE era permanecer ali. Por causa desta visão e da
presença da Hóstia Milagrosa, Herkenrode tornou-se um dos lugares
mais famosos de peregrinação na Bélgica.
A Sagrada Hóstia permaneceu na Igreja em Herkenrode até 1796, época
da Revolução francesa, quando as freiras foram expulsas do Convento.
Naquele tempo terrível a Hóstia foi confiada aos cuidados de
diferentes famílias. Conta-se que foi até acomodada numa caixa
metálica comum e embutida na parede da cozinha de uma casa.
Em 1804, a Hóstia foi removida do esconderijo e levada em solene
procissão para a Catedral de São Quintinus em Hasselt. O mencionado
Templo possui uma bela arquitetura gótica e foi construído no século
XIV. Em suas paredes contém pinturas impressionantes dos séculos XVI
e XVII que recordam os eventos da história do Milagre. Mas muito
mais importante que a construção e a beleza da Catedral de Hasselt,
é o Relicário com a Hóstia Sagrada do notável Milagre Eucarístico
ocorrido em 1317 que ela abriga, em esplêndida condição de
conservação, sem a utilização de qualquer ingrediente químico. O
Relicário foi colocado num Altar especial, que está permanentemente
aberto a veneração dos fieis.

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 23 de May de 2008 04:42

A 22 de Maio 2008, na Paróquia Sant'Ana do Bairro Abranches, em Curitiba-PR, a Procissão de Corpus Christi.


A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Corpus Christi, teve origem em 1230, em Liège, na Bégica. A Bem-aventurada Juliana de Mont Cornillon, monja agostiniana, em suas horas de prece e mística, foi agraciada com revelações divinas sobre a Eucaristia, inspirando a instituição da festa litúrgica.

Era uma fase histórica em que se punha em dúvida a presença real de Jesus no pão e no vinho consagrados. Com as revelações, Juliana comunicou o fato ao seu diretor espiritual, um Cônego da cidade de Louvaina; este, por sua vez, aconselhou-se com Dom Tiago Pantaleão, arcebispo de Liège e futuro Papa Urbano IV.

Nas revelações recebidas por Juliana, se pedia que a quinta-feira que sucede o Domingo da Santíssima Trindade fosse dedicada ao Corpus Christi. A primeira celebração ocorreu em Liège, em 1246. Juliana, porém, faleceu em 1258. Após a morte dela, Eva a reclusa, empenhou-se em ver a festa celebrada em outros lugares. Aos 11 de agosto de 1264, já estava composto o ofício (leituras bíblicas e orações) da solenidade do Corpus Christi, obra do teólogo Santo Tomás de Aquino. E aos 8 de outubro de 1264, o então Papa Urbano IV aprovou a festa Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”.

A primeira procissão de Corpus Christi foi realizada na cidade de Colônia, na Alemanha, em 1277. Em 1311, por ocasião do Concílio de Viena, o Papa Clemente V ordenou a celebração do Corpus Christi em toda a Igreja Universal; ele mesmo presidiu a primeira procissão de Viena, naquele ano. Em 1350, foi realizada a primeira procissão em Roma.

O Corpus Christi é um dos quatro Dias Santos que a Igreja Católica preserva; os outros três são o Natal, o Ano Novo e Imaculada Conceição (finados e sexta-feira santa não são dias de preceito, embora no Brasil sejam dias de feriado). No dia de Corpus Christi, a Igreja celebra a presença de Cristo ressuscitado na Eucaristia; nas igrejas, ao lado de cada sacrário, a lamparina vermelha retroprojeta a promessa de Jesus: "Estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos."

Nas clausuras, as monjas têm como ponto de referência o Cristo Eucarístico. Corpus Christi é uma oportunidade para que todos os fiéis que não estão nas clausuras reverenciem o Cristo, pão vivo que desceu dos céus. Na Procissão, a Eucaristia é levada no Ostensório, sob o baldaquino; o presidente da celebração caminha pisando sobre tapetes ornados com os símbolos cristãos. É uma forma de a comunidade cristã apresentar a Jesus sacramentado as famílias, as fábricas, as lojas, as plantações..., para que Jesus toque e abençoe toda a natureza, pois ao mesmo tempo que Deus parece inacessível, Ele está muito próximo da humanidade.

O homem tem apenas uma única vida humana: nasce, vive, morre e ressuscita uma única vez. Deus possui uma vida divina e eterna. Em sua bondade infinita, Ele quer comunicá-la a seus filhos para aproximá-los de Si e prepará-los a partilharem a felicidade eterna, contemplando-o face a face, na futura visão da Glória. Tudo o que vive necessita de alimento. E Jesus é o alimento vivo que desceu do céu para se tornar o manancial dos homens.

Segundo Lc 22, 12, Jesus instituiu a Eucaristia numa sala ricamente ornada; daí a pomposidade da festa de Corpus Christi. O culto exterior também é devido a Jesus Cristo, como manifestação de sua grandeza e revelação da sua pequenez, pois em Is 45, 15 se lê: "Verdadeiramente um Deus se esconde em tua casa, o Deus de Israel, um Deus que salva."

Ostensório = Mostrancja (em Polonês)

Pe. Máikol

- - -

MISTÉRIOS LUMINOSOS (Quintas-feiras)


1o Mistério: Meditemos: Jesus está sendo batizado no rio Jordão por João Batista. E é apresentado pelo Pai: “Tu és meu Filho amado, em quem pus a minha complacência.”

2o Mistério: Meditemos: Jesus está participando das bodas de casamento em Caná da Galiléia. Maria, sua Mãe, aconselha: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. E Cristo realiza o seu primeiro milagre, transformando água em vinho.

3o Mistério: Meditemos: o Divino Mestre anuncia o Reino de Deus e convida à conversão: “Convertei-vos e crede no Evangelho!”

4o Mistério: Meditemos sobre Jesus subindo o monte de Tabor em companhia de seus discípulos: Pedro, Tiago e João. Deus Pai O apresenta: “Este é o meu Filho predileto. Ouvi-O!”

5o Mistério: Meditemos sobre o que acontece no Cenáculo: a instituição da Eucaristia, mistério inefável do amor de Jesus e de sua presença permanente entre nós, o que prolonga na terra a sua Encarnação.

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 24 de May de 2008 10:24

"A FESTA E A FOME DO CORPO DE DEUS"

Quantos saberão e, se sabem, se terão lembrado de que na passada quinta-feira foi feriado nacional por causa de uma festa, que, em Portugal, dá pelo nome paradoxal de Festa do Corpo de Deus? Houve um tempo em que as ruas se enchiam de procissões por causa dela. Hoje, será apenas, para a quase totalidade dos portugueses, um feriado ou oportunidade para umas miniférias.

Festa do Corpo de Deus! Como foi e é possível o cristianismo menosprezar o corpo, se tem uma festa do Corpo de Deus? Deus mesmo em Cristo assumiu a corporeidade humana. É isso que confessa o Evangelho segundo São João: a Palavra (o Logos) fez-se carne, no sentido bíblico do termo grego sarx: ser humano corpóreo e frágil. Deus manifestou-se na visibilidade de um corpo humano.

Dois banquetes marcaram o Ocidente: o Banquete, de Platão, e a Última Ceia de Jesus com os discípulos (quem se atreve a dizer, com fundamento real, que nela não participaram discípulas?). Ambos à volta do amor. Não é um banquete sempre expressão e vivência da convivialidade, da festa e do amor? Aí está a razão por que não tem sentido celebrar a missa sozinho. Faz sentido celebrar um banquete sozinho ou de costas para o povo e numa língua que ninguém entende, como foi recentemente permitido pelo Papa Bento XVI?

Na véspera da Paixão, antes de ser entregue à morte na cruz, Jesus, na ceia de despedida, tomou o pão e pronunciou a bênção, dizendo: "Isto é o meu corpo - a minha vida - entregue por vós." Tomou o cálice com vinho e disse: "Este é o cálice da nova aliança." E acrescentou: "Fazei isto em memória de mim."

A missa é o banquete do testemunho do amor até à morte: "Não há maior amor do que dar a vida pelos amigos." O que se celebra na eucaristia é o Deus do amor. Jesus não morreu para pagar um resgate (a quem?, ao diabo?) ou para aplacar a ira de Deus. Se Deus é amor, não está irado com a Humanidade. Face a um deus que exigisse a morte do Filho só haveria uma atitude humanamente digna: tornar-se ateu. Mas Jesus não morreu porque Deus quis o seu sacrifício. Pelo contrário, morreu para testemunhar a verdade incrível de que Deus é amor.

Na eucaristia, os cristãos comemoram, celebram em comum o memorial de Jesus, presente e vivo na dinâmica da celebração. É ele que convida e, segundo a mentalidade oriental, quem convida oferece, antes de mais, a sua presença.

Ao longo dos séculos, houve debates intermináveis, inclusivamente com mortes pelo meio, sobre o modo dessa presença de Cristo na eucaristia. Que se dava uma transubstanciação do pão e do vinho, que havia consubstanciação, que a linguagem mais adequada agora seria transfinalização, transvalorização.

Mas, afinal, que quer dizer "presença real"? Já se pensou que duas pessoas que verdadeiramente se amam, mesmo distantes fisicamente, estão realmente presentes? Pelo contrário, a presença física, sem amor, pode tornar-se um inferno. De qualquer modo, neste domínio, é bom ter presente a advertência do filósofo Hegel para o perigo de coisificar a presença de Cristo na eucaristia, quando escreveu: segundo a representação católica, "a hóstia - essa coisa exterior, sensível, não espiritual - é, mediante a consagração, o Deus presente, Deus como coisa."

Claro que há o aviso de São Paulo aos Coríntios: "Todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor." Mas é preciso advertir que Paulo está a referir-se àqueles que comiam lautamente e deixavam outros à fome. "Desprezais a Igreja de Deus e quereis envergonhar aqueles que nada têm?"

E afinal não é o que continua a acontecer? Quando pensamos na vergonha da catástrofe alimentar com milhões de homens e mulheres e jovens e crianças a morrer à fome - também em Portugal há fome -, e nas responsabilidades de milhões de cristãos, que celebram a eucaristia, é inevitável lembrar as palavras de São Paulo aos Coríntios.

Mas quem nunca sonhou com um banquete à volta da mesa comum e a participação de todos, independentemente da raça, língua, sexo, cor, e Deus presente e a vida eterna?

In Diario de Noticias, 24 de Maio de 2008
Padre Anselmo Borges

Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 24 de May de 2008 16:45

Tilleul

Eu vi fotos vindas do Brasil no Dia do Corpo de Deus onde fazem grandes procissões e com tapetes de flores pelas ruas onde passa a procissão. Portanto no Brasil ainda vivem bem este dia.

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