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Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 13 de July de 2007 18:04
CP,
Obrigado amiga.
Um grande abraço.
Editado 1 vezes. Última edição em 13/07/2007 18:07 por firefox.
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Alessandro (IP registado)
Data: 13 de July de 2007 20:52
Contra-Catequese...
Citação:Artigo que saiu no Osservatore Romano, no 12, de 25 de Março de 2.006 , nas páginas 9 e 10, de autoria do Padre Manfred Hauke
«Há... pessoas que, aproximando-se dos erros já condenados [no Concílio de Trento, contra a Reforma protestante: DS, 1767], ensinam que no Novo Testamento se conhece somente um sacerdócio que compete a todos os batizados, e que o preceito dado por Jesus aos Apóstolos na última Ceia, de fazer isto aquilo que Ele tinha feito, se refere a toda a Igreja dos cristãos e que, somente em seguida, apareceu o sacerdócio hierárquico. Por isso, tais pessoas afirmam que apenas o povo goza de um verdadeiro poder sacerdotal, enquanto o presbítero age unicamente para desempenhar uma tarefa que lhe é confiada pela comunidade. Por conseguinte, elas julgam que o sacrifício eucarístico constitui uma verdadeira e própria «concelebração», e que é melhor que os sacerdotes «concelebrem» em conjunto com o povo presente, do que, na ausência deste último, ofereçam privadamente ;o Sacrifício.;: Contra estes erros, temos o dever de recordar que o presbítero faz as vezes do povo, porque representa a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, dado que Ele é Cabeça de todos os membros e que sê oferece; a si mesmo por eles: por isso, vai ao altar como ministro de Jesus Cristo, inferior a ele mas superior ao povo... A imolação incruenta, por intermédio da qual, ao pronunciar as palavras da consagração, Cristo se torna presente no altar em condição de vítima, é realizada somente pelo sacerdote, enquanto este representa a pessoa de Jesus Cristo, e não enquanto representa a pessoa dos fiéis» (DS, 3850 e 3852; é errônea a tradução italiana, contida no Denzinger-Hünermann, 3852 e no Enchiridion das Encíclicas, 6, n. 516, segundo a qual, a consagração se seria realizada «somente pelo sacerdote, enquanto representa a pessoa dos fiéis»
...
sobretudo nos tempos, mais recentes, foi um ecumenismo impróprio com os protestantes que chegou a alimentar mal-entendidos acerca da relação entre os sacerdotes e os fiéis leigos. Talvez não seja exagerado constatar que todas as «sombras», explicitamente ressaltadas pelo Papa João Paulo II, têm a sua raiz numa determinada «protestantização»: faltam o valor sacrifical da Santa Missa e a necessidade do sacerdócio ministerial e da sucessão apostólica, enquanto o acontecimento sacramental é reduzido «unicamente à eficácia do anúncio». Não parece um caso o fato de o Santo Padre, imediatamente após o citado elenco, falar de iniciativas ecumênicas errôneas (cf. Ecclesia de Eucharistia, 10)
...
«Colocando sobre o altar a vítima divina, o sacerdote apresenta a Deus Pai, como oblação, a glória da Santíssima Trindade, para o bem de toda a Igreja. Nesta oblação, em sentido restrito, os fiéis participam de duas maneiras: oferecem o sacrifício não apenas pelas mãos do sacerdote mas, de certa forma, também juntamente com ele; e com esta participação também a oferta feita pelo povo se refere ao culto litúrgico. Que os fiéis ofereçam o sacrifício por meio do sacerdote é claro, em virtude do fato de que o ministro do altar age na pessoa de Cristo como cabeça, que faz a oferta em nome de todos os membros: por isso, afirma-se justamente que toda a Igreja, por intermédio de Cristo, realiza a oblação da vítima. Quando, pois, se diz que o povo faz a oferta juntamente com o sacerdote, não se afirma que os membros da Igreja, de forma não diversa da do próprio sacerdote, realizam o rito litúrgico visível - o que pertence exclusivamente ao ministro de Deus para isto deputado - mas que une os seus votos de louvor, de impetração e de expiação, e a sua ação de graças à intenção do presbítero, aliás, do próprio Sumo Pontífice, a fim de que sejam apresentadas a Deus Pai na mesma oblação da vítima, também com o rito externo do sacerdote (cf. Enchiridoion das Encíclicas, 6nn. 516 s., em: AAS, 39 [1947], pp. 555 s.).
...
«O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente e não só em grau, são contudo ordenados um para o outro; com efeito cada um à sua própria maneira, ambos participam no único sacerdócio de Cristo. Com o poder sagrado que lhe è próprio, o sacerdote ministerial forma e orienta o povo sacerdotal, realiza o sacrifício eucarístico na pessoa de Cristo e oferece-o em nome de todo o povo; por sua vez, os fiéis, em virtude do seu sacerdócio real, concorrem para oferecer a Eucaristia e exercem o seu sacerdócio ao receber os sacramentos, na oração e na ação de graças, no testemunho de uma vida santa, na abnegação e na caridade concreta» (Lumen Gentium, 10).
...
O Sacrifício eucarístico não é, num sentido unívoco, uma «concelebracão» do sacerdote com o povo presente, por isso determinadas expressões, como «assembléia celebrante», devem ser utilizadas com prudência (cf. Redemptionis sacramentam, 42). Assim, não é lícito recorrer ao termo «ministro da Eucaristia», quando se trata do ministro extraordinário da Comunhão (cf ibid., nn. 154 e 156). É necessário evitar tanto a «clericalização» dos leigos como (por assim dizer) a «laicização» dos ministros sagrados (cf. ibid., n. 45).
Portanto, há diferença entre os sacerdócios do povo e do Padre, e Não são apenas de grau, mas de essência!
Apologeta - Apostolado Defesa Católica
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Simone (IP registado)
Data: 13 de July de 2007 21:09
Estou caindo de pára quedas aqui...
Cassima,
analisando o que vc postou sobre aquela comunidade que estava sem padre, fica claro que foi um caso extraordinário, excepcional, não um caso ordinário, comum.
Portanto, não sustenta a tese que somo sacerdotes com a mesma essência do padre. É tanto que eles comungaram, pelo que está escrito, até terem hóstias consagradas ainda.
Caso eles, quando ás hóstias acabaram, abençoassem o pão, isto seria uma simples benção e não uma transformação do pão em corpo e do vinho em sangue. Ou seja, seria uma "eucaristia protestanizada", onde há somente um símbolo e não corpo e sangue do Senhor.
Em casos onde existem falta de padres, os leigos podem ministrar alguns sacramentos, porém, creio eu (vou verificar melhor) que isto não ocorra com a eucaristia. Se assim fosse o sacramento da ordem deixaria de ser sacramento e passaria a mera formalidade.
Simone
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 13 de July de 2007 21:22
De novo a velha questão: Trento versus Novo Testamento. Isso acontece qdo se mudam os acentos, e todo cristão, católico ou não, é acusado de "protestantizado". Afinal, até o Vaticano II foi acusado de ser um concílio protestante.
Editado 1 vezes. Última edição em 13/07/2007 21:25 por firefox.
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Alessandro (IP registado)
Data: 13 de July de 2007 21:28
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 14 de July de 2007 10:26
Acho piada a esta gente. Vem aqui trazer a confusão aos outros e depois quando se vêem à rasca inventam outros argumentos.
Disse o João que precisamos de mais sacerdotes. Ou seja, mais padres. Padres para celebrarem a missa com as pessoas. E depois vêem estes sujeitinhos interessantes espalhar a confusão que somos todos sacerdotes e umas grandes tangas, e no fim vêm dar uma grande desculpa com o catecismo. É preciso ter-se lata.
Firefox, essa pólvora já foi descoberta há muito tempo. Não ensinaste nada mesmo. Vocês os 2 só demonstraram que apenas lançaram a confusão para poder gozar mais um pouco com as pessoas. Não percebo sinceramente que catequese foi essa que tiveram. A catequese da confusão.
É preciso mesmo ter-se muita paciência para vos aturar realmente.
Parem com as confusões e respondam objectivamente às questões. Pensam que enganam quem?
"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 14 de July de 2007 11:14
Vá lá... são "sujeitinhos" mas "interessantes".
Já agora um dos "sujeitinhos" é o fox, e o outro é o Tilleul?
Realmente é necessária muita paciência para aturar fedelhos mal educados. Mas viva a democracia, viva a pluralidade.
Sujeitinhos, fedelhinhos, cinzentinhos, abecolazinhas, chatinhos ou zombizinhos, vamos todos dar as mãos, ser irmãos e cantar:
Amar como Jesus amou
Sonhar como Jesus sonhou
Pensar como Jesus pensou
Viver como Jesus viveu
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria muito mais feliz
Ass: uma sujeitinha nada interessante mas feliz, com muita paz no coração e amor para dar.
Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 14 de July de 2007 11:22
sempre à espera de algo para virem com os falsos moralismos. Como não conseguem de uma maneira vão por outra. O normal. O pior é que conseguem ser muito piores. Eu sei bem o que queres com esse tipo de discurso.
Acho piada também, e aproveito para mais uma vez denunciar o teu falso moralismo, então eu digo sujeitinho e tu chamas-me logo fedelho? Quem é que é aqui o mal educado? Essa vossa táctica já é muito bem conhecida neste fórum. Enfim. É sempre bom ver essas reacções. Volta sempre.
"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho
Editado 1 vezes. Última edição em 14/07/2007 11:28 por s7v7n.
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 14 de July de 2007 11:49
Será adequado baixarem o tom das críticas assim como pararem com ataques pessoais.
Discutam as ideias livremente, como têm feito, mas cumprindo os preceitos deste Fórum.
Recordo as magníficas palavras de Bento XVI:
Cheguei assim à razão positiva que me motivou para actualizar através deste Motu Proprio o de 1988. Trata-se de chegar a uma reconciliação interna no seio da Igreja. Olhando para o passado, para as divisões que no decurso dos séculos dilaceraram o Corpo de Cristo, tem-se continuamente a impressão de que, em momentos críticos quando a divisão estava a nascer, não fora feito o suficiente por parte dos responsáveis da Igreja para manter ou reconquistar a reconciliação e a unidade; fica-se com a impressão de que as omissões na Igreja tenham a sua parte de culpa no facto de tais divisões se terem podido consolidar. Esta sensação do passado impõe-nos hoje uma obrigação: realizar todos os esforços para que todos aqueles que nutrem verdadeiramente o desejo da unidade tenham possibilidades de permanecer nesta unidade ou de encontrá-la de novo. Vem-me à mente uma frase da segunda carta aos Coríntios, quando Paulo escreve: «Falámo-vos com toda a liberdade, ó Coríntios. O nosso coração abriu-se plenamente. Há nele muito lugar para vós, enquanto no vosso não há lugar para nós (…): pagai-nos na mesma moeda, abri também vós largamente o vosso coração» (2 Cor 6, 11-13). É certo que Paulo fala noutro contexto, mas o seu convite pode e deve tocar-nos também a nós, precisamente neste tema. Abramos generosamente o nosso coração e deixemos entrar tudo aquilo a que a própria fé dá espaço.
João (JMA)
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 01:26
João, abaixo a cabeça e acolho de bom grado a sua advertência sobre a conveniência de manter o tom menos agressivo para um debate.
Vou esquecer por agora o Seven, que não apresenta nenhum argumento, e responder ao texto colado pelo Alessandro. Já imaginava que o texto apareceria por aqui mais cedo ou mais tarde, está em vários sites e convinha que o Alessandro o recortasse da página do Pirelli e colasse cá. Trata-se de uma boa oportunidade para tratar de um assunto de interesse e exercitar o discernimento e a consciência crítica, tão costumeiramente relegados a segundo plano entre certos grupos católicos.
Sobre a Assembléia que celebra o Mistério Pascal
Apesar do respeito devido ao Padre Manfred Hauke, nenhum católico lhe deve obediência cega. Na verdade, nenhum cristão, mesmo católico, deve obediência cega a qualquer homem que seja, contra a sua consciência, ainda que esse homem fosse o papa. Estaria incorrendo em idolatria se o fizesse, já que se deve "obedecer antes a Deus do que aos homens". Logo, não é proibido discordar do Padre Manfred Hauke, especialmente se se considera que alguns dos seus argumentos parecem falhos. Antes, é direito e até dever de cada católico se instruir tendo especial atenção para com as Escrituras Sagradas que em primeiro lugar ocupam o posto de referência para a fé cristã.
Vendo o modo como os tradicionalistas festejam e absolutizam o artigo do Pe. Hauke, segundo a conveniência, atribuindo-lhe um valor muito acima dos documentos do Vaticano II, e considerando a leitura de alguns trechos de outros artigos dele, não me parece exagerado dizer agora, com base no que li e até prova em contrário, que o referido padre engrossa o quadro dos conservadores avessos ao espírito do Vaticano II. Contudo, ele citou algumas passagens dos documentos conciliares, e é o caso de apresentar as razões da discordância.
PS: Retirei os destaques que o Alessandro introduziu por respeito ao Pe. Hauke, por achar que os acentos contribuiram para desvirtuar o sentido do texto. Fico com o texto do autor, segundo apresentado na tradução, já que não tive acesso ao original.
Críticas ao entendimento de que corpo de Cristo não celebra, mas somente a cabeça
Citação:Há... pessoas que, aproximando-se dos erros já condenados [no Concílio de Trento, contra a Reforma protestante: DS, 1767], ensinam que no Novo Testamento se conhece somente um sacerdócio que compete a todos os batizados, e que o preceito dado por Jesus aos Apóstolos na última Ceia, de fazer isto aquilo que Ele tinha feito, se refere a toda a Igreja dos cristãos e que, somente em seguida, apareceu o sacerdócio hierárquico.
Em nenhum momento é apresentado pelo padre uma passagem do Novo Testamento para fundamentar a sua crítica contra o sacerdócio dos batizados. Parece que vamos ter que aguardar para sempre essa passagem que mostra a existência de um sacerdócio hierárquico cristão diferenciado que eleve um cristão acima do outro. "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual se deu a si mesmo em resgate por todos, para servir de testemunho a seu tempo" (1Ti 2:5-6)
Citação:Por isso, tais pessoas afirmam que apenas o povo goza de um verdadeiro poder sacerdotal, enquanto o presbítero age unicamente para desempenhar uma tarefa que lhe é confiada pela comunidade. Por conseguinte, elas julgam que o sacrifício eucarístico constitui uma verdadeira e própria «concelebração», e que é melhor que os sacerdotes «concelebrem» em conjunto com o povo presente, do que, na ausência deste último, ofereçam privadamente o Sacrifício. Contra estes erros...........
Começa a ficar mais claro. A preocupação do Pe. Hauke é que alguém vá celebrar a Missa e fazer a consagração sem um padre. "Contra esses erros......" Ora bolas, ninguém defendeu isso aqui, ninguém disse aqui que qq um pode sair consagrando pão e vinho na Missa! Então, que "erros" são esses? Não foi nesse sentido que se falou que toda a Assembléia celebra, celebrar e consagrar são coisas distintas!
Citação:Contra estes erros, temos o dever de recordar que o presbítero faz as vezes do povo, porque representa a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, dado que Ele é Cabeça de todos os membros e que sê oferece; a si mesmo por eles: por isso, vai ao altar como ministro de Jesus Cristo, inferior a ele mas superior ao povo...
Superior ao povo em que sentido? Onde está a passagem do Novo Testamento prometida para referendar isso? Aliás, parece ainda que ao tentar defender uma idéia estranha, o padre acaba se confundindo: diz que o presbítero "faz as vezes do povo" sem representar o povo, mas o que acontece então na coleta? Já que ninguém representa o povo, as orações não são apresentadas no altar? Concluiu-se então que é Cristo que as apresenta, é o mediador, não o presbítero, mas ele diz que o presbítero representa Cristo. Uma confusão enorme só para tentar justificar uma idéia duvidosa! E já que o padre recorreu à analogia do corpo místico:
1Co 12:12 Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo.
1Co 12:13 Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito.
1Co 12:14 Porque também o corpo não é um membro, mas muitos.
1Co 12:15 Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixará de ser do corpo.
1Co 12:16 E se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixará de ser do corpo.
1Co 12:17 Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?
1Co 12:18 Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.
1Co 12:19 E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?
1Co 12:20 Agora, porém, há muitos membros, mas um só corpo.
Agora, em que se baseia o Pe Hauke para dizer que a cabeça celebra mas o corpo não? Por acaso se mutila o Cristo na Missa? Ao contrário, encontramos na "Sacrossantum Concilium" :
48. É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na acção sagrada, consciente, activa e piedosamente, por meio duma boa compreensão dos ritos e orações; sejam instruídos pela palavra de Deus; alimentem-se à mesa do Corpo do Senhor; dêem graças a Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecer juntamente com o sacerdote, que não só pelas mãos dele, a hóstia imaculada; que, dia após dia, por Cristo mediador, progridam na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos.
Os grifos são meus. Vou esperar pelos esclarecimentos dos catequistas Alessandro e Pirelli. Se a Assembléia não celebra, ela faz o que na Missa?
Citação:A imolação incruenta, por intermédio da qual, ao pronunciar as palavras da consagração, Cristo se torna presente no altar em condição de vítima, é realizada somente pelo sacerdote, enquanto este representa a pessoa de Jesus Cristo, e não enquanto representa a pessoa dos fiéis
Ninguém aqui afirmou o contrário.
Citação:Colocando sobre o altar a vítima divina, o sacerdote apresenta a Deus Pai, como oblação, a glória da Santíssima Trindade, para o bem de toda a Igreja. Nesta oblação, em sentido restrito, os fiéis participam de duas maneiras: oferecem o sacrifício não apenas pelas mãos do sacerdote mas, de certa forma, também juntamente com ele; e com esta participação também a oferta feita pelo povo se refere ao culto litúrgico. Que os fiéis ofereçam o sacrifício por meio do sacerdote é claro, em virtude do fato de que o ministro do altar age na pessoa de Cristo como cabeça, que faz a oferta em nome de todos os membros: por isso, afirma-se justamente que toda a Igreja, por intermédio de Cristo, realiza a oblação da vítima. Quando, pois, se diz que o povo faz a oferta juntamente com o sacerdote, não se afirma que os membros da Igreja, de forma não diversa da do próprio sacerdote, realizam o rito litúrgico visível - o que pertence exclusivamente ao ministro de Deus para isto deputado - mas que une os seus votos de louvor, de impetração e de expiação, e a sua ação de graças à intenção do presbítero, aliás, do próprio Sumo Pontífice, a fim de que sejam apresentadas a Deus Pai na mesma oblação da vítima, também com o rito externo do sacerdote (cf. Enchiridoion das Encíclicas, 6nn. 516 s., em: AAS, 39 [1947], pp. 555 s.).
Olhe que curioso: é a mesma citação, só mudei os acentos! É fácil perceber a ginástica que tem que fazer o Pe Hauke, ou quem o copiou para cá, para passar a sua idéia estranha de que o corpo não celebra, só a cabeça. Chamo atenção especialmente para o segundo grifo: "Que os fiéis ofereçam o sacrifício por meio do sacerdote é claro, em virtude do fato de que o ministro do altar age na pessoa de Cristo como cabeça, que faz a oferta em nome de todos os membros".
Ora! Isso não contradiz diretamente o que o padre defendia antes, de que o presbítero não representa tb a Assembléia qdo se dirige ao Pai? A cabeça que vai ao altar sem um corpo? Ele está afirmando agora que "os fiéis oferecem o sacrifício por meio do sacerdote":
- Os fiéis oferecem o sacrifício mas não celebram?
- Os fiéis oferecem o sacrifício mas não são sacerdotes?
- Os fiéis são representados pelo sacerdote mas o presbítero não os representa?
Parece que esse Pe Hauke fez uma enorme confusão, ou fez a confusão quem o copiou para cá para tentar refutar o entendimento de que é toda a Assembléia que celebra a eucaristia. Já mostrei acima que "esses erros", citados pelo padre, não foram cometidos aqui. O evangelho de Jesus é simples e não são necessários títulos de doutorado para entendê-lo.
Repito ainda as citações anteriores, mudando os acentos do Alessandro (eles não são do padre!):
Citação:O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente e não só em grau, são contudo ordenados um para o outro; com efeito cada um à sua própria maneira, ambos participam no único sacerdócio de Cristo. Com o poder sagrado que lhe è próprio, o sacerdote ministerial forma e orienta o povo sacerdotal, realiza o sacrifício eucarístico na pessoa de Cristo e oferece-o em nome de todo o povo; por sua vez, os fiéis, em virtude do seu sacerdócio real, concorrem para oferecer a Eucaristia e exercem o seu sacerdócio ao receber os sacramentos, na oração e na ação de graças, no testemunho de uma vida santa, na abnegação e na caridade concreta» (Lumen Gentium, 10).
Veja como fica diferente, apenas mudando uns acentos.
Citação:O Sacrifício eucarístico não é, num sentido unívoco, uma «concelebracão» do sacerdote com o povo presente, por isso determinadas expressões, como «assembléia celebrante», devem ser utilizadas com prudência (cf. Redemptionis sacramentam, 42). Assim, não é lícito recorrer ao termo «ministro da Eucaristia», quando se trata do ministro extraordinário da Comunhão (cf ibid., nn. 154 e 156). É necessário evitar tanto a «clericalização» dos leigos como (por assim dizer) a «laicização» dos ministros sagrados (cf. ibid., n. 45).
Se se entende por "sentido unívoco" a confusão entre celebração e consagração, fica compreensível as palavras do padre. Caso contrário, o padre tem muito para explicar! O temor do padre talvez se justifique por alguns abusos que desconheço, mas acrescento que muito maior cuidado se deveria ter antes de afirmar que o corpo de Cristo não celebra! Que absurdo!
Acrescento ainda, a título de esclarecimento, uma passagem da "Presbyterorum ordinis":
2. O Senhor Jesus, «a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, (Jo. 10,36), tornou participante todo o seu Corpo místico da unção do Espírito com que Ele mesmo tinha sido ungido (2): n'Ele, com efeito, todos os fiéis se tornam sacerdócio santo e real, oferecem vítimas a Deus por meio de Jesus Cristo, e anunciam as virtudes d'Aquele que os chamou das trevas para a sua luz admirável(3). Não há, portanto, nenhum membro que não tenha parte na missão de todo o corpo, mas cada um deve santificar Jesus no seu coração (4), e dar testemunho de Jesus com espírito de profecia(5).
O mesmo Senhor, porém, para que formassem um corpo, no qual «nem todos os membros têm a mesma função» (Rom. 12,4), constituiu, dentre os fiéis, alguns como ministros que, na sociedade dos crentes, possuíssem o sagrado poder da Ordem para oferecer o Sacrifício, perdoar os pecados (6) e exercer oficialmente o ofício sacerdotal em nome de Cristo a favor dos homens. E assim, enviando os Apóstolos assim como Ele tinha sido enviado pelo Pai (7), Cristo, através dos mesmos Apóstolos, tornou participantes da sua consagração e missão os sucessores deles, os Bispos (8), cujo cargo ministerial, em grau subordinado, foi confiado aos presbíteros (9), para que, constituídos na Ordem do presbiterado, fossem cooperadores (10) da Ordem do episcopado para o desempenho perfeito da missão apostólica confiada por Cristo.
Se estou errado, gostaria que mostrassem, nas Escrituras ou em algum documento patrístico ou conciliar, sem apelação para falácias de autoridade pq isso não ajuda na formação. A confusão que se fez não ajuda nada.
Paz e Vento
Editado 2 vezes. Última edição em 15/07/2007 01:37 por firefox.
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 01:27
Citação:Alessandro Firefox,
E a catequese?
Ela sempre continua.
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Alessandro (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 04:49
Firefox,
Citação:Firefox Em nenhum momento é apresentado pelo padre uma passagem do Novo Testamento para fundamentar a sua crítica contra o sacerdócio dos batizados.
...
Onde está a passagem do Novo Testamento prometida para referendar isso?
...
Se estou errado, gostaria que mostrassem, nas Escrituras...
Então agora sois adepto do "sola scriptura"? Padre Manfred Hauke citou em seu texto documentos conciliares, mas discordou de ti, então não vale, ao Pe. Manfred "sola scriptura"? Não leu o texto, ou lendo não o compreendeu, é um texto claro com os meus ou os teus acentos, que resaltam mas não mudam o que está escrito, e bem escrito. Se o texto apresentado e bem refêrenciado não te abriu os olhos (e que ginástica pra mante-los fechados), me pede que eu te prove que estás errado?? Já deste, mais de uma vez, aqui neste fórum, mostras de que não vais aceitar nenhum argumento que te contrarie, nem que o próprio Cristo venha traze-lo pessoalmente a ti! Virás com a resposta pronta:
Mostra-me ó Cristo onde está isto nas escrituras!
Vai fazer-lhe alguma piada, e falar-lhe mal, e dar-lhe algum apelido jocoso, e dizer que nada te provou porque não trouxe argumentos, e como Herodes vai pedir um milagre só pra ti, que te prove que estás errado.
Apologeta - Apostolado Defesa Católica
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 05:11
Citação:AlessandroFirefox,
Citação:Firefox Em nenhum momento é apresentado pelo padre uma passagem do Novo Testamento para fundamentar a sua crítica contra o sacerdócio dos batizados.
...
Onde está a passagem do Novo Testamento prometida para referendar isso?
...
Se estou errado, gostaria que mostrassem, nas Escrituras...
Então agora sois adepto do "sola scriptura"? Padre Manfred Hauke citou em seu texto documentos conciliares, mas discordou de ti, então não vale, ao Pe. Manfred "sola scriptura"?
Vc recortou e copiou para cá um texto da borracharia dos pneus, conversou fiado e pensou que isso resolveria tudo. Acontece que o assunto continua e vc não tem mais nada para dizer?
Ao contrário de vc, eu não tenho nada contra as Escrituras, não tenho medo delas, nem acho que a Biblia é algo somente para protestantes. Um católico deveria ter mais respeito e conhecimento da Bíblia. Vc está achando ruim eu citar as Escrituras? Que lástima!
Ademais, eu citei, além da Biblia: o catecismo e os textos do concílio! Por enquanto! Se necessário vou citar tb autores patrísticos. Seja honesto! Má fé e falta de argumentos não fazem uma boa combinação. Vc estava mutilando Cristo na Eucaristia, pediu uma aula de catequese e mostrei onde estava o seu erro, e agora tudo o que vc tem para responder é essa choramingação sem sentido?
Aguardo um argumento!
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 16:19
Pst, firefox, não te esqueças de citar também a bíblia e o catecismo e outros documentos da Igreja quando se falar sobre o Aborto. Fica sempre bem para complementar a catequese. ;)
"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 17:20
Seven,
Já está mais que sabido que os argumentos não são o seu forte.
Vc ia melhorar se abortasse a sua memória, está com idéias fixas ruins.
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Alessandro (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 17:30
Firefox,
Queres argumentos? aqui estão, sem destaques pra não te causar confusão:
Citação:
L'OSSERVATORE ROMANO
A apostolicidade da Eucaristia e a relação entre sacerdotes e fiéis leigos na Santa Missa
Padre MANFRED HAUKE
Professor de Dogmática e
Patrologia na Faculdade
Teológica de Lugano (Suíça)
Na sua Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, o Santo Padre João Paulo II afirma vigorosamente a apostolicidade da Eucaristia (cf. Ecclesia de Eucharistia, cap. II, nn. 26-33). A Eucaristia é apostólica num tríplice sentido: remonta ao fundamento apostólico constituído por Jesus Cristo, deve ser celebrada em conformidade com a fé dos Apóstolos e tem necessidade do serviço do sacerdote ministerial, que realiza o Sacrifício Eucarístico na pessoa de Jesus Cristo, cabeça e pastor da Igreja (cf. Ecclesia de Eucharistia, 27-29). Porém, a «necessidade do sacerdócio ministerial, que assenta na sucessão apostólica fica; às vezes obscurecida», como observa o Sumo Pontífice no elenco das «sombras» que ocultam a luz autêntica dá Eucaristia (Ecclesia de Eucharistia, 10). Por isso, a preocupação do Papa, em vista de salvaguardar o vínculo estreito entre Eucaristia e sacerdócio ministerial constitui como que um fio vermelho também nas normas reiteradas pela Instrução Redemptionis sacramentum.
A Mediator Dei e a tarefa específica do sacerdote
O fundamento doutrinal para os esclarecimentos disciplinares encontra-se na relação correta entre participação ativa dos fiéis, confirmada com particular atenção desde a renovação litúrgica de Pio X, e a tarefa especifica do presbítero ordenado. O movimento litúrgico, exigindo justamente um compromisso intenso da parte de todos os fiéis na celebração do Sacrifício eucarístico, por vezes tendia a minimizar a ação sacerdotal, que encontra o seu ápice nas palavras consacratórias, por meio das quais o pão e o vinho se transformam em corpo e sangue de Cristo, e que tornam presente o sacrifício do Calvário. A magna charta para separar o trigo do joio na teologia litúrgica foi a Carta Encíclica Mediator Dei do Papa Pio XII (1947), que é de surpreendente atualidade, bem visível nas citações feitas pela Carta Encíclica sobre a eucaristia, do Papa João Paulo II, e da Redemptionis sacramentam (cf. Ecclesia de Eucharistia, 7, 12 e 29; cf. também, Redemptionis sacramentam, 10, 31, 42, 134 e 146). «Há... pessoas que, aproximando-se dos erros já condenados [no Concílio de Trento, contra a Reforma protestante: DS, 1767], ensinam que no Novo Testamento se conhece somente um sacerdócio que compete a todos os batizados, e que o preceito dado por Jesus aos Apóstolos na última Ceia, de fazer isto aquilo que Ele tinha feito, se refere a toda a Igreja dos cristãos e que, somente em seguida, apareceu o sacerdócio hierárquico. Por isso, tais pessoas afirmam que apenas o povo goza de um verdadeiro poder sacerdotal, enquanto o presbítero age unicamente para desempenhar uma tarefa que lhe é confiada pela comunidade. Por conseguinte, elas julgam que o sacrifício eucarístico constitui uma verdadeira e própria «concelebração», e que é melhor que os sacerdotes «concelebrem» em conjunto com o povo presente, do que, na ausência deste último, ofereçam privadamente ;o Sacrifício.;: [Contra estes erros], temos o dever de recordar que o presbítero faz as vezes do povo, porque representa a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, dado que Ele é Cabeça de todos os membros e que sê oferece; a si mesmo por eles: por isso, vai ao altar como ministro de Jesus Cristo, inferior a ele mas superior ao povo... A imolação incruenta, por intermédio da qual, ao pronunciar as palavras da consagração, Cristo se torna presente no altar em condição de vítima, é realizada somente pelo sacerdote, enquanto este representa a pessoa de Jesus Cristo, e não enquanto representa a pessoa dos fiéis» (DS, 3850 e 3852; é errônea a tradução italiana, contida no Denzinger-Hünermann, 3852 e no Enchiridion das Encíclicas, 6, n. 516, segundo a qual, a consagração se seria realizada «somente pelo sacerdote, enquanto representa a pessoa dos fiéis»).
Parece significativo o vínculo observado pelo Papa Pio XII, entre uma visão «democrática» do sujeito litúrgico da Santa Missa e os princípios da Reforma. Com efeito, sobretudo nos tempos, mais recentes, foi um ecumenismo impróprio com os protestantes que chegou a alimentar mal-entendidos acerca da relação entre os sacerdotes e os fiéis leigos. Talvez não seja exagerado constatar que todas as «sombras», explicitamente ressaltadas pelo Papa João Paulo II, têm a sua raiz numa determinada «protestantização»: faltam o valor sacrifical da Santa Missa e a necessidade do sacerdócio ministerial e da sucessão apostólica, enquanto o acontecimento sacramental é reduzido «unicamente à eficácia do anúncio». Não parece um caso o fato de o Santo Padre, imediatamente após o citado elenco, falar de iniciativas ecumênicas errôneas (cf. Ecclesia de Eucharistia, 10)
O Papa Pio XII valoriza a contribuição do sacerdote falando da ação «na pessoa de Cristo, chefe da Igreja». A fórmula «agere in persona Christi» aparece inicialmente na teologia medieval que, por sua vez, se, inspira fio fundamento bíblico e patrístico. O apóstolo é enviado, por Jesus Cristo e age em nome daquele que o enviou (cf., por exemplo, 2 Cor 5, 20). Segundo S. Tomás, a ação in persona Christi compreende toda a ação sacerdotal e encontra o seu ápice nas palavras da consagração (cf. Summa Th. q. 82 a. 1, etc.; cf; também B.-D. Marlingéas, Clés pour une theologie du ministère. In persona Christi. In persona Ecclesiae, Paris 1978, pp. 89-142). Não se podem excluir a função de guia e a pregação do sacerdote da sua ação in persona Christi. Apesar disto, a teologia medieval (evocando os testemunhos patrísticos) ressalta justamente a importância das palavras proferidas pelo Senhor na última Ceia, como em seguida fez o próprio magistério da Igreja (cf..DS, 1321,. 1640 e 3556; cf. também Catecismo da Igreja Católica, 1353 e 1375; Ecclesia de Eucharistia, 2, 5 e 29). As palavras da instituição têm uma função consecratória mas, ao mesmo tempo, devem ser inseridas no contexto de toda a oração eucarística, cuja recitação compete exclusivamente ao sacerdote ordenado (cf. Ecclesia de Eucharistia, 28; cf. também Redemptionis sacramentum, 52 e 54).
A participação ativa dos fiéis leigos
O esclarecimento da Mediator Dei, refere-se inclusivamente ao papel dos fiéis leigos como portadores dó sacerdócio comum. «Colocando sobre o altar a vítima divina, o sacerdote apresenta a Deus Pai, como oblação, a glória da Santíssima Trindade, para o bem de toda a Igreja. Nesta oblação, em sentido restrito, os fiéis participam de duas maneiras: oferecem o sacrifício não apenas pelas mãos do sacerdote mas, de certa forma, também juntamente com ele; e com esta participação também a oferta feita pelo povo se refere ao culto litúrgico. Que os fiéis ofereçam o sacrifício por meio do sacerdote é claro, em virtude do fato de que o ministro do altar age na pessoa de Cristo como cabeça, que faz a oferta em nome de todos os membros: por isso, afirma-se justamente que toda a Igreja, por intermédio de Cristo, realiza a oblação da vítima. Quando, pois, se diz que o povo faz a oferta juntamente com o sacerdote, não se afirma que os membros da Igreja, de forma não diversa da do próprio sacerdote, realizam o rito litúrgico visível - o que pertence exclusivamente ao ministro de Deus para isto deputado - mas que une os seus votos de louvor, de impetração e de expiação, e a sua ação de graças à intenção do presbítero, aliás, do próprio Sumo Pontífice, a fim de que sejam apresentadas a Deus Pai na mesma oblação da vítima, também com o rito externo do sacerdote (cf. Enchiridoion das Encíclicas, 6nn. 516 s., em: AAS, 39 [1947], pp. 555 s.).
Ao supramencionado trecho do Papa Pio XII, com uma nota ao pé da página, refere-se a Lumem Gentium no seu texto mais emblemático, sobre a relação entre o sacerdócio e os fiéis na liturgia, especialmente durante a Missa: «O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente e não só em grau, são contudo ordenados um para o outro; com efeito cada um à sua própria maneira, ambos participam no único sacerdócio de Cristo. Com o poder sagrado que lhe è próprio, o sacerdote ministerial forma e orienta o povo sacerdotal, realiza o sacrifício eucarístico na pessoa de Cristo e oferece-o em nome de todo o povo; por sua vez, os fiéis, em virtude do seu sacerdócio real, concorrem para oferecer a Eucaristia e exercem o seu sacerdócio ao receber os sacramentos, na oração e na ação de graças, no testemunho de uma vida santa, na abnegação e na caridade concreta» (Lumen Gentium, 10). A Carta Encíclica sobre a Eucaristia, do Papa João Paulo II, faz referência aos mesmos textos que acabam de ser citados (cf. Ecclesia de Ëucharistia, 28-29; cf. também Redemptionis sacramentum, 36 e 42), confirmando com vigor que o ministério dos presbíteros, na realização do Sacrifício eucarístico na pessoa de Cristo, «é um dom que supera radicalmente o poder da assembléia» (Ecclesia de Eucharistia, 29)
A Instrução Redemptionis sacramentum fala de maneira ampla da importância e do significado correto da participação ativa (cf. nn. 36-47). Há que recordar as conseqüências disto para a linguagem litúrgica. O Sacrifício eucarístico não é, num sentido unívoco, uma «concelebracão» do sacerdote com o povo presente, por isso determinadas expressões, como «assembléia celebrante», devem ser utilizadas com prudência (cf. Redemptionis sacramentam, 42). Assim, não é lícito recorrer ao termo «ministro da Eucaristia», quando se trata do ministro extraordinário da Comunhão (cf ibid., nn. 154 e 156). É necessário evitar tanto a «clericalização» dos leigos como (por assim dizer) a «laicização» dos ministros sagrados (cf. ibid., n. 45).
O sacerdócio ministerial e a dimensão sacrificai da Eucaristia
A tarefa especifica do presbítero na consagração fundamenta-se inclusive, na índole preeminentemente sacrifical da Santa Missa: a celebração eucarística não é apenas um banquete, mas também e sobretudo (etiam et praecipue) a representação do sacrifício de Jesus Cristo (çf. ibid, n. 38). Esta afirmação manifesta-se já na descrição resumida do mistério eucarístico, há Carta Encíclica do Papa João Paulo II: enumerando todos os aspectos essenciais da Eucaristia, o Sumo Pontífice coloca, na linha de vanguarda a ostensão memorial do sacrifício da Cruz (cf. Ecclesia de Euçharistia, 11-13). Por outro lado, o banquete eucarístico pressupõe a «eficácia salvífica do sacrifício», que «se realiza plenamente na comunhão, ao recebermos o corpo e o sangue do Senhor» (ibid., ri..16). E à luz desta relação entre consagração e Comunhão que se explica a crítica a determinados abusos: não se pode tolerar que certos fiéis, na Santa Missa, tomem sozinhos a Comunhão ou que a passem uns aos outros (ct Redemptionis sacramentum, 94 e 104); aqui, esquece-se que a Comunhão não deve ser «tomada», mas sim recebida do sacerdote, «ícone» de Cristo, ou então, em caso de necessidade, também dos outros ministros previstos pelo direito litúrgico (cf. ibid., n. 88). É oportuno que o sacerdote, que realiza a consagração em nome de Cristo, distribua também o corpo de Cristo. A intervenção dos leigos como ministros extraordinários da Comunhão não constitui, assim, uma «promoção laical» típica, mas é uma medida de suplência em casos verdadeiramente necessários (cf. ibid., nn. 151-152, 155 e 157-160).
O nexo entre consagração e homilia
A justa relação entre o sacerdócio ministerial e o sacerdócio comum manifesta-se também na participação distinta no anúncio da palavra de Deus. Na celebração eucarística, a homilia faz parte integrante da liturgia, como afirma o Concílio Ecumênico Vaticano II (cf. Sacrosanctum concilium, 52). Por este motivo, a homilia é uma obrigação dos sacerdotes e dos diáconos. Por conseguinte, a pregação durante a Santa Missa por parte dos leigos, inclusive dos «assistentes pastorais», constitui um abuso (cf. Redemptionis sacramentum, 64-66). Há que ter em consideração também as regras sobre a pregação laical fora da Santa Missa, um fato que deve constituir uma exceção raríssima (cf. ibid., n. 161). Testemunhos laicais durante a Santa Missa podem ser apresentados exclusivamente em casos singulares, por um motivo grave que não crie qualquer hábito; neste caso, o seu lugar é após a oração, que se segue à Comunhão. Tais testemunhos não podem substituir-se à homilia do sacerdote ou do diácono (cf. ibid. n. 74). Não tem sentido privar o presbítero da sua representação especifica de Jesus Cristo na pregação e na orientação das comunidades, reduzindo-o à sua função cultual, talvez reduzida unicamente à recitação das palavras da consagração, como infelizmente tem acontecido em determinadas regiões eclesiásticas. Por este motivo, são mais do que oportunas as notas gerais sobre os ministérios extraordinários dos leigos (d. ibid., nn. 146-153). Dedique-se uma atenção particular às celebrações dominicais peculiares que de modo algum, devem substituir-se à Santa Missa. Isto vale de maneira especial também para os ritos ecumênicos (cf. ibid., nn. 162-167).
O direito dos fiéis leigos à liturgia autêntica
A Instrução Redemptionis sacramentam reitera a responsabilidade, especifica do sacerdócio ministerial, mas, ao mesmo tempo, volta-se contra a prepotência dos clérigos (e dos leigos) que consideram a liturgia como uma sua propriedade particular (cf. Ecclesia de Eucharistia, 52; cf. também Redemptionis sacramentum, 18). Já o Concílio Vaticano II insiste: «As ações litúrgicas não são atos particulares, mas celebrações da Igreja, que ,é «sacramento de unidade...» (Sacrosanctum conciliam, 26). Não é tolerável que «um ambíguo sentido de criatividade, e de adaptação» (Ecclesia de Eucharistia, 52) altere os textos da liturgia, tesouro precioso que é próprio da celebração eucarística, fonte e ápice de toda a vida da Igreja: (inclusive este ponto é frisado pelo Concílio Vaticano II: Sacrosancium concliium, 22 § 3; cf. também Redemptionis sacramentum, 31). Por isso, a Instrução formula alguns «direitos» que os fiéis têm em relação aos seus pastores, de dispor de uma liturgia católica autêntica, e não o produto arbitrário de um sujeito particular (de modo especial, respeite-se o uso inalterado do Missal. (cf. Redemptionis sacramentum, nn. 10-15 e 58-59).
Exigências do direito penal
Para a superação dos abusos relativos ao ministério extraordinário dos leigos (cf. Redemptionis sacramentum, cap. VII, nn. 146-168), recorde-se que a Instrução Ecclesiae de mysterio (1997), emanada por diversas Congregações pontifícias, «sobre algumas questões relativas à colaboração dos fiéis leigos no ministério dos sacerdotes». Se as diretrizes deste documento, recordado várias vezes pela Instrução Redemptionis sacramentum (cf. nn. 45, 64-66, 74, 146-147, 151, 154-155, 158, 161 e 168), tivessem sido seguidas em toda a parte, certamente não seria necessário lamentar mais uma vez os mesmos pontos candentes. Isto diz respeito sobretudo à homilia por parte dos assistentes pastorais na Santa Missa (cf. Redemptionis sacramentum, 64-66, 74 e 161), à intervenção indevida dos ministros extraordinários da Comunhão (cf. nn. 154-155 e 158) e à substituição dominical dá celebração eucarística com outros ritos (cf. nn. 162-167; cf. também Ecclesiae de mysterio, disposições práticas, art. 7). O sacerdócio ministerial não pode ser substituído (cf. Redemptionis sacramentum, 146). Portanto, é necessário reconhecer «que a prática hodierna da colaboração dos leigos nos encargos do ministério ordenado [ou seja, os assistentes pastorais]... deve ser considerada como uma medida de emergência, e que devemos preocupar-nos com o sinal sacramental da ordenação... Um pressuposto ulterior consiste na intensificação dos esforços de todos nós, em vista da pastoral vocacional. Até ao dia de hoje, não consegui convencer-me de que nós, na nossa Diocese, fazemos tudo o que é possível e necessário a este propósito» (D. Kurt Koch,; Bispo de Basileia, na Suíça, «Insieme responsabili per Ia nostra diocesi», Soletta 1998, pp. 12 s.).
Para favorecer ainda mais o devido esclarecimento, a Instrução Redemptionis sacramentum dedica-lhe um capítulo inteiro, intitulado De remediis (cf. cap. VIM, nn. 169-184). Parece que hoje se torna novamente necessário agir como a Igreja primitiva que, em última análise, intervinha também com sanções penais (cf., por exemplo, Mt 18, 15-18; 1 Cor 5, 1-13). A respeito do nosso tema, é suficiente recordar que faz parte dos delitos mais graves a «concelebração» do Sacrifício eucarístico com um ministro protestante, desprovido da sucessão apostólica (cf. Redemptionis sacramentum, 172), enquanto entre os delitos graves (que põem em dúvida a validade e a dignidade da Eucaristia: cf. n. 173) se encontram o uso de orações eucarísticas não aprovadas pela Santa Sé, a mudança das orações eucarísticas aprovadas (cf. n. 51), a recitação mesmo só parcial da oração eucarística por parte dos leigos e diáconos (cf. n. 52), a improvisação de leigos não autorizados a distribuir a Comunhão (cf. nn. 94 e 104), a celebração da Eucaristia sem os paramentos sacros previstos pelo direito litúrgico (cf. n. 126) e a utilização de vestes litúrgicas <ou semelhantes), próprias do diácono ou do presbítero, por parte dos leigos (cf. n. 153). Os Bispos (e outros ordenados) têm o dever de comunicar à Congregação para a Doutrina da Fé as devidas informações sobre os delitos mais graves; quanto aos delitos graves, devem ser comunicados à Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (cf. nn. 179-182). Inclusive os outros desvios enumerados pela Instrução não podem ser considerados «ligeiros», mas devem ser evitados e corrigidos (cf. n. 174). Cada um dos fiéis católicos tem o direito de denunciar, com a verdade e a caridade, os abusos ao Bispo diocesano ou então diretamente à Santa Sé (cf. n. 184).
Maria, «mulher eucarística» representação do sacerdócio comum
Para a correção dos abusos não é suficiente, embora seja necessário, o direito penal. É urgente, sobretudo, uma renovada descoberta de todo o tesouro a fé. Aqui, pode ajudar a Mãe de Deus que, «por ter entrado... intimamente na história da salvação, de certa forma resume- e esclarece as principais verdades da fé» (Lumen gentium, 65). O Papa João Paulo II reitera a importância de Maria, «mulher eucarística» (cf. Ecclesia de Eucharistia, 53-58; cf. também Redemptionis sacramentum, 185). É particularmente significativa a comparação evocada pelo Santo Padre, entre a Encarnação e a Eucaristia: «Existe, pois, uma profunda analogia entre o fiat pronunciado por Maria, em resposta às palavras do Anjo, e o amém que cada fiel pronuncia quando recebe, o corpo do Senhor» (Ecclesia de Eucharistia, 55). O «sim» de Maria e do fiel à Eucaristia tornam possível a presença do Verbo encarnado no mundo e na alma do próprio fiel. O fiat de Maria prolonga-se durante toda a sua vida ao lado de Jesus Cristo, alcançando o seu ápice no Calvário (cf. Ecclesia de Eucharistia, 56). A presença de Maria aos pés da cruz pode ser comparada, num certo sentido, com a participação dos fiéis no Sacrifício eucarístico. Dado que é Cristo, o Deus-homem, que redime o mundo no altar da Cruz, do mesmo modo, é por intermédio do sacerdote ordenado na pessoa de Cristo que se realiza o memorial eficaz do sacrifício no Gólgota. Para a redenção do mundo, por si só, é suficiente o sacrifício de Cristo; da mesma forma, o sacrifício eucarístico é válido e fecundo mesmo quando os fiéis leigos não podem participar (cf. Presbyterorum ordinis, 13; Ecclesia de Eucharistia, 31; Redemptionis sacramentum, 110).
Apesar disto, é importante a presença de Maria aos pés da Cruz, assim como a participação mais completa possível dos fiéis no Sacrifício eucarístico. Até mesmo no seu brasão pontifício, João Paulo II confirma a cooperação de Maria para a realização da salvação. Comentando a tarefa salvífica de Maria, em conformidade com a Lumen gentium (cf. n. 58), o Sumo Pontífice observa que se põe «em evidência o fato de que o consenso por Ela dado à Imolação de Jesus não constitui uma aceitação passiva, mas um autêntico ato de amor, mediante o qual oferece o seu Filho como "Vitima" de expiação pêlos pecados da humanidade inteira» (Alocução mariana de 2 de Abril 1997, n. 2; cf. também Paulo VI, Marialis çultus, 20). O sacrifício materno de Maria não se confunde com o ato sacrifical de Jesus Cristo, mas a Mãe de Deus une-se com o seu Coração Imaculado à entrega do Filho, tornando-se deste modo a Mãe de todos os fiéis na ordem da graça (cf. Lumen gentium, 6.1). Aquilo que teve lugar na realização da Redenção (objetiva), acontece de maneira análoga na chegada dos frutos da Cruz aos homens (Redenção subjetiva): unindo-se à ação sacramental do presbítero que age na pessoa de Cristo durante a Santa Missa, os fiéis «oferecem o sacrifício não apenas pelas mãos do sacerdote mas, de certa forma, também juntamente com ele» (Pio XII, Mediator Dei, em: AAS 39 [1947], pp. 555 s.). Com a sua participação, eles fazem com que a graça de Cristo, merecida na Cruz, possa ter a maior irradiação possível neste mundo. Assim, o mistério de Maria, «mulher eucarística», pode iluminar inclusive as controvérsias eclesiais contemporâneas e estabelecer o justo equilíbrio entre o «principio petrino», entendido como realização especial do sacerdócio ministerial, e o «princípio mariano», representação eminente do sacerdócio comum (cf. João Paulo II, Mulieris dignitatem, 27).
Apologeta - Apostolado Defesa Católica
Editado 1 vezes. Última edição em 15/07/2007 17:31 por Alessandro.
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 17:42
Ah!? Mas esse é o mesmo texto. Vc não vai responder? Vai apenas se repetir?
Onde está a resposta para a questão que te coloquei? Como vc justifica a mutilação que vc faz no Cristo para afirmar essa doidice de que só a cabeça de Cristo celebra mas o corpo não?
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 18:00
A propósito... o texto completo complica mais, não esclarece, pois achei bastante curioso isso:
A Instrução Redemptionis sacramentam reitera a responsabilidade, especifica do sacerdócio ministerial, mas, ao mesmo tempo, volta-se contra a prepotência dos clérigos (e dos leigos) que consideram a liturgia como uma sua propriedade particular (cf. Ecclesia de Eucharistia, 52; cf. também Redemptionis sacramentum, 18). Já o Concílio Vaticano II insiste: «As ações litúrgicas não são atos particulares, mas celebrações da Igreja, que ,é «sacramento de unidade...» (Sacrosanctum conciliam, 26).
Quando o B16 age por decreto pessoal, sem consultar nenhum bispo, e quer obrigar todos os bispos a uma norma litúrgica por Motu Proprio, não está agindo como se a liturgia fosse "sua propriedade particular"?
«As ações litúrgicas não são atos particulares, mas celebrações da Igreja, que ,é «sacramento de unidade...» (Sacrosanctum conciliam, 26).
Ao não respeitar a colegialidade dos bispos e agir por decreto unilateral, o B16 coloca a sua própria opinião pessoal antes da unidade.
Mas... A igreja católica é sempre essa caixinha de surpresas, e se ouve ao fundo o corinho: "...santa e pecadora".
Fogo e Vento.
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: Alessandro (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 18:17
Firefox,
Sim, é o mesmo texto, com os mesmos argumentos, com as citações que você pediu, e que agora você tenta desclassificar fugindo do assunto. Mostra onde está o erro! Lembra bem, em resumo o texto afirma que:
O sacerdócio comum (do povo) e o sacerdócio ministerial diferenciam-se por essência e não só por grau: não se trata somente de uma maior ou menor intensidade de participação no único sacerdócio de Cristo, mas de participações essencialmente diversas.
Como pode, também, ser observado neste documento da congregação para o clero:
Citação:O PRESBÍTERO, PASTOR E GUIA DA COMUNIDADE PAROQUIAL
No seio deste povo sacerdotal o Senhor instituiu portanto um sacerdócio ministerial, a que são chamados alguns fiéis para que sirvam a todos os outros com caridade pastoral e por meio da sagrada potestade. O sacerdócio comum e o sacerdócio ministerial diferenciam-se por essência e não só por grau: [16] não se trata somente de uma maior ou menor intensidade de participação no único sacerdócio de Cristo, mas de participações essencialmente diversas. O sacerdócio comum fundamenta-se no caráter batismal, que é o selo espiritual da pertença a Cristo que "capacita e compromete os cristãos a servirem a Deus em uma participação viva na sagrada Liturgia da Igreja e a exercerem o seu sacerdócio batismal pelo testemunho de uma vida santa e de uma caridade eficaz".[17]
O sacerdócio ministerial, ao invés, fundamenta-se no caráter impresso pelo sacramento da Ordem, que configura a Cristo sacerdote, de modo a poder agir na pessoa de Cristo Cabeça com a sagrada potestade, para oferecer o Sacrifício e para perdoar os pecados.[18] Aos batizados, que receberam depois o dom do sacerdócio ministerial, foi conferida sacramentalmente uma missão nova e específica: a de personificar no seio do povo de Deus o tríplice múnus – profético, cultual e régio – do próprio Cristo como Cabeça e Pastor da Igreja.[19] Portanto, no exercício das suas funções específicas, agem in persona Christi Capitis e, do mesmo modo, conseqüentemente, in nomine Ecclesiae.[20]
7. O nosso Sacerdócio sacramental, portanto, é sacerdócio "hierárquico" e, simultaneamente, "ministerial". Ele constitui um particular "ministerium", ou seja, "serviço" em relação à comunidade dos crentes. Não se origina, porém, desta comunidade, como se fosse ela a "chamar", ou a "delegar". Ele é, na verdade, dom para esta comunidade e provém do mesmo Cristo, da plenitude do seu Sacerdócio (...) Cônscios desta realidade, compreendemos de que modo o nosso sacerdócio é "hierárquico", ou seja, está conexo com o poder de formar e de reger o povo sacerdotal e precisamente por isso "ministerial". Nós desempenhamos este múnus, mediante o qual o mesmo Cristo "serve" incessantemente o Pai na obra da nossa salvação. Toda a nossa existência sacerdotal é e deve ser profundamente imbuída por este serviço, se quisermos realizar de maneira adequada o Sacrifício eucarístico in persona Christi".[21]
Nos últimos decênios, a Igreja teve experiência de problemas de "identidade sacerdotal", derivados, por vezes, de uma visão teológica menos clara entre os dois modos de participação no sacerdócio de Cristo. Em alguns ambientes, veio-se a romper aquele equilíbrio eclesiológico profundo, tão próprio do Magistério autêntico e perene.
Dão-se hoje todas as condições para superar tanto o perigo da "clericalização" dos leigos,[22] como o da "secularização" dos ministros sagrados.
Mantendo-te no assunto diga: Está errado? onde?
Apologeta - Apostolado Defesa Católica
Re: A Presença de Cristo na Eucaristia
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 18:33
Citação:Alessandro Firefox,
Sim, é o mesmo texto, com os mesmos argumentos, com as citações que você pediu, e que agora você tenta desclassificar fugindo do assunto. Mostra onde está o erro! Lembra bem, em resumo o texto afirma que:
O sacerdócio comum (do povo) e o sacerdócio ministerial diferenciam-se por essência e não só por grau: não se trata somente de uma maior ou menor intensidade de participação no único sacerdócio de Cristo, mas de participações essencialmente diversas.
Continuo aguardando a sua explicação para justificar a mutilação que vc faz no Cristo. Já te mostrei esse erro, então, como vc me pergunta onde está o erro?
Citação:AlessandroCitação:O PRESBÍTERO, PASTOR E GUIA DA COMUNIDADE PAROQUIAL
No seio deste povo sacerdotal o Senhor instituiu ............ Dão-se hoje todas as condições para superar tanto o perigo da "clericalização" dos leigos,[22] como o da "secularização" dos ministros sagrados.
Mantendo-te no assunto diga: Está errado? onde?
Estou mantendo o assunto, tenho insistido nele! Em tudo isso que vc citou, não há nada falando sobre o corpo de Cristo não celebrar, nada que justifique a mutilação que vc faz no corpo místico de Cristo. Ainda espero a sua justificação para isso da Assembléia dos Fiéis, composta também de leigos, o corpo místico de Cristo, não celebrar na Missa. Vc defendia a idéia estranha de que somente a "cabeça de Cristo" celebrava. Apontei esse erro para vc por diversas vezes, então, como ainda vem aqui perguntar: "onde está o erro?".
Continuo aguardando um argumento.
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