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O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: História (IP registado)
Data: 27 de March de 2004 23:30


O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Uma leitura de gênero



Autor: Jacir de Freitas Faria, mestre em Ciências bíblicas, pelo PIB, de Roma. Padre, frade franciscano e professor de Exegese bíblica e Hermenêutica de textos antigos, no ISTA, em Belo Horizonte (MG). Autor do livro “As origens apócrifas do Cristianismo. Comentário aos evangelhos de Madalena e Tomé”, Paulinas.

Editora: Vozes



Resumo

Após uma apresentação da literatura apócrifa sobre Pedro e Madalena, o autor procura traçar o perfil de Pedro nos textos canônicos e apócrifos. Os evangelhos, atos e epístolas apócrifos que falam de Pedro e as mulheres, sua autoridade apostólica, seus ensinamentos e sua morte são apresentados e analisados. O mesmo procedimento é reservado para Maria Madalena. Da análise decorre um outro Pedro e uma outra Madalena. Pedro poder, fragilidade e carisma. Madalena, mulher apóstola, amada por Jesus, cheia de Deus, ternura e nunca prostituta. Ambos estão em conflito no cristianismo emergente. Resgatar estes dois personagens a partir dos apócrifos, significa dialogar com as origens do cristianismo e vencer barreira petrinas e madalênicas em nossos corpos em relação. É o que almeja o autor. No final do livro, o leitor poderá ainda encontrar os evangelhos apócrifos de Pedro, de Madalena e o Apocalipse de Pedro.

Lançamento

Dia: 19 de abril

Local: Auditório do Instituto Santo Tomás de Aquino (ISTA)

Rua Itutinga, 300. Bairro Minas Brasil. Belo Horizonte. Fone: 3419 2800

Hora: 20:00 h.








Frei Jacir de Freitas Faria - OFM
[www.bibliaeapocrifos.uaivip.com.br]

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: RODRIGO NETTO (IP registado)
Data: 02 de April de 2004 14:57

Ué, não estaria esses tais apórifos dando apenas uma idéia de conversão da pessoa antes e depois de conhecer a cristo???? Como yaohushua falou, aquele que não nascer de novo não herdará o reino do céu. Não seria apenas uma descrição de conversão???? Bem como eu não estou a par do que realmente foi lido, deixo essa para vcs refletirem em cima fiquem na paz

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: História (IP registado)
Data: 02 de April de 2004 15:52

Rodrigo Netto, podes ter razão, não ponho em dúvida a tua reflexão.
Tudo o que se escreve sobre Cristo, tanto pode ser verdade como pode ser mentira. Podemos estar tão longe da verdade assim como, a terra está do sol. Tudo o que os apóstolos escreveram, pode ser apenas fruto da interpretação do que eles entenderam.

A história da Maria Madalena foi muito mal contada pela igreja católica. Uma santa, tratada como uma prostituta convertida.

Um dia ainda te convido, para irmos a uma visita ao túmulo de Madalena, em França, hehehehe.

Ana Lisa

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 03 de April de 2004 06:31

Não deixa de ser curioso que os "mestres da suspeita" dos nossos dias, e particularmente os que se deixam seduzir por certos tipos de gnose, tratem os textos bíblicos com cepticismo e manifestem credulidade acrítica em relação aos apócrifos.

Ana Lisa, os textos bíblicos não permitem identificar Maria Madalena com a prostituta arrependida, nem existe uma versão "oficial" da Igreja Católica a corroborar a ideia de existe tal identificação... Verifica lá as tuas fontes...

Alef

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: História (IP registado)
Data: 06 de April de 2004 21:07

Alef,

Na realidade, os textos bíblicos não permitem identificar Madalena como prostituta, mas a história que a igreja foi contando, é esta: uma prostituta convertida. Digo-lhe mais, assisti uma conferência na igreja católica e o orador afirmou, que ela servia como prostituta, no quartel dos romanos.

Os evangelhos escolhidos e oficializados pelo imperador constantino, hoje não tem interesse nenhum para a humanidade. A sua interpretação está gasta e na realidade não funcionam. São estáticos, históricos e sem qualquer utilidade. Quase ninguém acredita neles. Os apócrifos, são novidade e as pessoas tentam encontrar outras revelações e talvés desmascarar certas incoerencias bíblicas. .

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 06 de April de 2004 21:14

Escreveste:
Os evangelhos escolhidos e oficializados pelo imperador constantino, hoje não tem interesse nenhum para a humanidade. A sua interpretação está gasta e na realidade não funcionam. São estáticos, históricos e sem qualquer utilidade. Quase ninguém acredita neles. Os apócrifos, são novidade e as pessoas tentam encontrar outras revelações e talvés desmascarar certas incoerencias bíblicas.

Cara Ana Lisa (creio que assinas também desta forma):

Esta tua afirmação é perfeitamente ridícula e absurda. Não merece outro comentário. Sugiro que leias um pouco mais e escrevas menos disparates.

Alef

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 06 de April de 2004 21:19

Para se conhecer melhor Maria Madalena, recomendo o artigo do Frei Herculano Alves que vem na Revista Bíblica, nº 279, Março/Abril de 2002. Agora não me é possível, mas assim que tiver oportunidade, tentarei fazer uma exposição breve do artigo.

Em suma, o artigo afirma que Maria Madalena, a adúltera e Maria de Betânia (Lc 7, 37-38) são três mulheres distintas.

Luis

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: História (IP registado)
Data: 06 de April de 2004 21:45

Alef,


Vives num mundo democrático e não tens capacidade de aceitar as opiniões dos outros. Quando quiseres insultar e chamar nomes, faz com as tuas namoradas ou os teus amigos.

Todo o mundo sabe, o que aconteceu no concílio de niceia. O assassino do imperador constantino, monopolizou o discurso, decidiu que só eram válidos os 4 evangelhos, mandou montes de bispos para cadeia e matou outros tantos, porque não aceitaram essa discrminação dos evangelhos de Cristo. Apócrifos ou não tinham de ser respeitados e postos a luz do dia.

Disparates, é o que essa velharada de padres ensinam e ainda acham que é a verdade suprema. Achas que uma instituição que queimou pessoas vivas durante 17 séculos, tem alguma verdade ou respeita alguma verdade?

Deixa de sonhar e procura a verdade!

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 07 de April de 2004 00:06

Ana Lisa:

Eu disse: «Esta tua afirmação é perfeitamente ridícula e absurda. Não merece outro comentário. Sugiro que leias um pouco mais e escrevas menos disparates.»

Respondes acusando-me de insultos. Ao dizer o que disse não insultei, mas disse que afirmaste algo ridículo e absurdo. Eu falei sobre a tua mensagem, não sobre a tua pessoa. Eu sei distinguir as pessoas das suas ideias. E tu podes ser a melhor pessoa do mundo, mas não proferi nenhum juízo sobre ti, mas sim sobre o que afirmaste. E o que afirmaste é de facto ridículo e absurdo, porque não tem sentido (=absurdo) e provoca o riso (=ridículo). E referia-me em concreto ao texto que citei, pelo que a minha afirmação está perfeitamente contextualizada. Cabe-me agora dizer o porquê.

Vamos às afirmações que considero mais absurdas.

Em primeiro lugar, os evangelhos não foram escolhidos e oficializado pelo Imperador Constantino, como dizes. Basta que visites os tópicos deste fórum onde discuti longamente a questão do cânon bíblico.

Em segundo lugar, dizeres que «[os Evangelhos] hoje não tem interesse nenhum para a humanidade» é uma afirmação perfeitamente gratuita e falsa. E nem é preciso ser crente para ver que o que dizes é falso e absurdo. Qualquer estudo sobre os dois últimos milénios que pretendesse ser global e omitisse uma referência, por indirecta que seja aos quatro evangelhos (isto é, ao Cristianismo naquilo que ele tem de central, espelhado nos quatro evangelhos) seria coxo e falseado. Tu, que apareces com o “nickname” de História, devias saber isto e não dizer tantos disparates. Sim, porque isto é um absoluto disparate, independentemente de se ser crente ou não. Um erro histórico deste tamanho (que os evangelhos “não têm interesse nenhum para a humanidade”) mostra uma de duas coisas: uma enorme ignorância ou má-fé. Qualquer pessoa, mesmo ateia, tem que reconhecer a importância dos evangelhos, pelo menos como documento histórico fundamental para perceber uma grande parte de dois milénios de história. Haverá maior fonte de inspiração da arte, da literatura, de modos de vida, de costumes, etc., etc? Por favor, não brinquemos...

Em terceiro lugar, proferes outra barbaridade: «A sua interpretação está gasta e na realidade não funcionam. São estáticos, históricos e sem qualquer utilidade». Se assim fosse, como explicas que continuamente se escrevem novos livros e se fazem novas investigações sobre os evangelhos? Como explicas os inúmeros grandes comentários que continuam a editar-se? Como explicas que milhões de pessoas encontram nos Evangelhos inspiração para as suas vidas? E como acrescentas que “quase ninguém acredita neles”. Mas que significa este “quase ninguém”? E que queres dizer com “acredita”? Se com “acreditar” te referes à presumível falta de rigor histórico, como se explica que desprezes os mesmos por serem “históricos” e “estáticos”? Mas como podem ser “estáticos”, se continuam a ser instrumento de discernimento de milhões de pessoas todos os dias? E como podem ser “estáticos” se os cristãos os consideram “Palavra Viva”? E com que critério podes dizer que a interpretação de um texto que continua a suscitar novas leituras "está gasta"? E será esse "teu" critério livre de exame ou interpretação?

Em quarto lugar, proferes mais uma asneira histórica: «Os apócrifos são novidade e as pessoas tentam encontrar outras revelações e talvés desmascarar certas incoerencias bíblicas». É fácil ver uma contradição latente na tua argumentação. Se dizes que os evangelhos foram “escolhidos e oficializados” isso significa que havia outros, logo, os apócrifos não são “novidade”. Historicamente os apócrifos não são propriamente uma novidade, pois, durante o tempo em que ainda não havia um cânon definido, eles coexistiam com os que vieram a ser canonizados. E continuaram a existir; simplesmente não gozaram de carácter canónico; não lhes foi reconhecido o estatuto de Palavra de Deus. Note-se, por exemplo, que o “Pastor de Hermas” era lido por muitas comunidades cristãs e o Livro do Apocalipse, pelo contrário, levou tempo até ser aceite. E algo parecido aconteceu com o Evangelho de S. João.

Nesta afirmação anterior dizes ainda outra incorrecção (embora coloques um “talvez”): a de que os apócrifos ajudam a desmascarar certas incoerências bíblicas. O que acontece, é precisamente o contrário: os apócrifos foram rejeitados por estarem em desacordo com a fé dos cristãos. Por exemplo, alguns dos evangelhos apresentam uma imagem de Jesus Cristo que até passou para a cultura popular, mas que não corresponde à fé da Igreja. Apresentam um Jesus mágico, que fazia milagres desde pequenino, a seu bel-prazer... Por exemplo, fazia passarinhos de barro, soprava-lhes e eles transformavam-se em pássaros reais, ou então, que partia as jarras às moças que iam buscar água às fontes e depois consertava-as miraculosamente, só para se divertir... Ou que a roupa do Menino Jesus crescia com Ele, pelo que nunca precisava de comprar roupa de novo tamanho... Contudo, o grande problema em relação aos gnósticos (e talvez essas sejam as tuas fontes, pois referes-te a "outras revelações") tem a ver com as correntes gnósticas, que advogam que Jesus Cristo terá deixado conhecimentos especiais a um grupo de iniciados e que esses conhecimentos foram vetados pela Igreja. Só que a gnose está em completa contradição com o Evangelho. Se quiseres conversar sobre isto, terei muito gosto. Mas espero que estejas bem documentada, porque na mensagem que comento e noutras tens deixado uma enorme lista de inverdades históricas.

Portanto, cara Ana Lisa, creio ter mostrado como num texto teu tão pequenino abunda tanto erro. Não posso retirar nada do que afirmei, que as afirmações são ridículas e absurdas. Mas isto nada tem de ataque pessoal à tua pessoa. Apenas me referi ao que escreveste. Espero que saibas distinguir. Quando me acusas: «não tens capacidade de aceitar as opiniões dos outros», é preciso que te diga que há questões de que não basta ter uma qualquer opinião, porque são verificáveis historicamente. Aceito opiniões diferentes, mas isso não significa que as aceite sempre como verdadeiras ou legítimas. Há coisas que não são propriamente matéria de opinião, mas de verificação. Quando dizes que os Evangelhos não têm qualquer interesse para a humanidade, não posso aceitar que esta opinião seja defensável, porque constitui em primeiro lugar um erro histórico monstruoso. Aceito que não gostes dos evangelhos, ou que não te despertem interesse, mas dizeres que não têm nenhum interesse para a humanidade, isso não é aceitável, pelas razões a que já aludi. É uma questão de honestidade intelectual. Uma questão de facto, não de mera opinião.

Como dizia, o facto de aceitar uma opinião diferente não significa que ela seja igualmente verdadeira ou que não a possa contestar. E o que eu fiz foi contestar a tua opinião, que me parece indefensável.

Alguns sítios onde se tratou a questão do cânon neste fórum: [www.paroquias.org] e [www.paroquias.org].

Finalmente, queria dizer-te que a Igreja não procurou eliminar os apócrifos da forma que afirmas, tão romanceada e claramente redutora. Eles foram mantidos em bibliotecas e até estudados, como continuam a ser estudados hoje em muitas faculdades de Teologia, católica e protestantes. E num ou noutro aspecto, foram aceites algumas lendas ou tradições dos apócrifos, que, obviamente, não entraram nos documentos oficiais. Mas há casos curiosos. Por exemplo, tradicionalmente aceitam-se os nomes dos pais de Maria (mãe de Jesus) como sendo Joaquim e Ana, algo que só “sabemos” pelos apócrifos. O mesmo se diga em relação à festa da “apresentação de Nossa Senhora”.

Sobre Niceia, sugiro-te outras fontes. Podes começar por [www.newadvent.org]

E pareces continuar com um disparate quando falas de uma instituição que queimou pessoas vivas durante 17 séculos. Não sou revisionista, não justifico nem defendo a Inquisição, mas se é à Iquisição que te referes, sugiro-te que leias um pouco mais, porque mais uma vez cais em erros históricos demasiado grandes para serem levados a sério. Uma pequena ajuda: a Inquisição foi formalmente fundada no século XIII.

Alef

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: rodrigo netto (IP registado)
Data: 07 de April de 2004 14:04

ola alef eu sei que apócrifos são livros de conteudo duvidoso, mas sei que muitos apócrifos podem ser canôns por que existe muita interpretações erradas feita na biblia e muito canon pode estar sendo considerado apócrifo. vc deveria respeitar mais a forma dos outros pensarem se ela falou o que falou é por que ela está conciente que a biblia de hoje não está coerente com a original, maria madalena foi uma prostituta sim até encontrar cristo e se converter, pois quem é que consegue se manter a mesma pessoa ao lado de cristo???? ela ficou ciente de que o que ela praticava era errado e se converteu, nasceu de novo se tornou outra pessoa. ou será que não acredita em conversão e que uma pessoa pode mudar de vida quando ela quer??? eu não entendi ainda a sua posição a respeito de maria madalena. poderia deixar mais claro???? pois eu creio que ela antes fora uma prostituta e se converteu para seguir cristo assim creio eu. ja vc não deixou bem claro se pra vc ela ja era uma pessoa santa ou ela tornou-se após se converter pode me esclarecer melhor o seu ponto de vista?? fique na paz e respeite mais a opnião alheia, ok até mais

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 07 de April de 2004 14:16

Rodrigo, eu falo de alhos e tu respondes-me com bugalhos. Fico com a impressão que tu não lês, preferes escrever. Eu limitei-me a dizer que os textos dos evangelhos não nos identificam Maria Madalena com a prostituta. A Ana Lisa (História) acusava a Igreja Católica de fazer tal identificação e eu respondi que isso não é assim, que não existe nenhum texto oficial que diga tal coisa. O facto de alguns terem identificado as duas pessoas como sendo uma só é questão de opção ou opinião pessoal, mas não é "posição oficial"...

As considerações que teces sobre a Madalena, nada têm que ver com o que eu disse.

O resto do que eu escrevi nada tem que ver com a Madalena, mas sim com as afirmações da Ana Lisa sobre os evangelhos e os apócrifos. Insurgi-me contra erros históricos, que não são matéria de opinião. Só isso.

Não posso aceitar que seja opinável que 2+2 seja 5. Não posso aceitar que se diga que os evangelhos não tenham nenhum interesse para a humanidade. É uma "tese" indefensável do ponto de vista histórico e não só.

Alef

O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 04 de January de 2006 13:46


Pode encontrar links da «Bíblia em Português para seu leitor de MP3» neste tema.
Também há lá links para copiar gratuitamente livros da bíblia noutras línguas, incluindo do A.T. em hebraico e o N.T. em grego (coiné).


Nós os que vivemos neste tempo, depois de cerca 2000 anos depois, achamos diferenças enormes entre certos livros apócrifos (ou pseudo-epígrafos) e os livros canónicos. Embora haja diferença, penso que ela não é tão grande como a que nos aparece a nós.
Há uma evolução doutrinária de homens durante cerca de 2000 anos, e estamos com pensamentos preconcebidos, ao ponto de pensarmos que possuirmos a verdade original e genuína, quando isso é completamente falso.
Eu não fico escandalizado se me disserem que Pedro se submetia a Maria Madalena, assim como se provarem que ela foi a esposa de Cristo.
Muita informação foi destruída ! Ora vejam o que acontece ao «dogma» do «Papa» que se diz sucessor de um «Pedro» que, por sua vez, se submetia a uma "Maria Madalena"!...........
Eu tenho a certeza de que o conceito acerca de "Maria Madalena" que tradicionalmente nos venderam é totalmente falso, contudo também é verdade, que há «mitos» que enalteceram "Maria Madalena" e que «Roma» não conseguiu apagar totalmente. No entanto, os indícios que ficaram não deixam de ser preciosos.

Neste caso, a dúvida metódica é o meu conselho, para não sermos "fundamentalistas" e "fanáticos".

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Onac (IP registado)
Data: 21 de March de 2006 15:41

Bom, eu sugiro que quando queiram saber alguma coisa sobre a Sagrada Escritura não citem "O Código da Vinci", dado que o próprio autor já admitiu em tribunal que o livro é ficção e não histórico...
A aula de jubilação do Prof. Carreira das Neves pode ser encontrada em www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=23941. Leiam com atenção.

Para mais reflexão, deixo um outro artigo:
Biografia (im)possível de Jesus em debate na UCP
As possibilidades e impossibilidades da investigação histórica sobre a figura de Jesus estiveram no centro dos trabalhos da XXVII Semana de Estudos Teológicos da Universidade Católica Portuguesa.
A Faculdade de Teologia da UCP lembra que, nos nossos dias, a figura de Jesus emerge "em itinerários contrastantes, entre a releitura devocional e a demanda da verdadeira história".
Curandeiro, sábio, profeta, contador de histórias, rabino galileu, militante social, judeu marginal, camponês mediterrânico ou filósofo itinerante são várias das “hipóteses de leitura” que se lançam sobre Jesus, completando-se ou mesmo contradizendo-se e excluindo-se. Quer isto dizer que não o podemos conhecer?
O Pe. Tolentino Mendonça, poeta e exegeta, lançou o debate sobre as “certezas e enigmas” em volta de Jesus, dos evangelistas aos nossos dias. Este especialista lembrou que as imagens construídas de Jesus “se acumulam ao longo do tempo”, sem que nenhuma delas seja a palavra definitiva.
A vaga de estudos sobre o chamado “Jesus histórico”, que tende a recusar imagens criadas pelas confissões cristãs, serviu para que, 200 anos após o seu início, a diversidade de opiniões e posições ainda seja maior. “Facilmente se acaba na fabricação de um novo Jesus”, alerta o Pe. Tolentino Mendonça.
Apesar destes riscos, os contributos de áreas tão diversas como a linguística, a arqueologia e outras ciências sociais e histórica facilitam, hoje em dia, o acesso aos textos do Evangelho e à cultura judaica em que Jesus se inscreveu. “A figura de Jesus aparece sempre através da mediação da linguagem e da mediação da fé da comunidade que a professa”, lembra este especialista.
Qualquer investigador que se debruce sobre esta figura deve ter, por isso, a consciência de que “não opera em directo sobre Jesus”, só através de mediações. Caso contrário, corre-se o risco de desembocar em “invenções”.
Assim, a nova vaga de estudos tende a centrar-se mais na “plausibilidade de Jesus” nos seus vários contextos. A questão de Jesus, essa “permanece em aberto”, não porque seja impossível de resolver, como explica Tolentino Mendonça, mas porque esse carácter enigmático é já uma espécie de “marca genética” que já está presente no Novo Testamento, que já inclui a diversidade em volta da pessoa de Jesus.
“Não se pode dizer o que Jesus foi sem dizer o que Jesus é”, completa.

Imagens de Jesus
O Pe. Joaquim Carreira das Neves, exegeta, centrou a sua intervenção na obra de EP Sanders “A Verdadeira História de Jesus” ("The historical Figure of Jesus"), questão, que desde logo, desperta a atenção: há uma verdadeira história de Jesus? A verdadeira história de Jesus não está na Bíblia?
Retomando o que afirmara o Pe. Tolentino Mendonça, para quem não é possível fazer a história de Jesus sem o Novo Testamento, Joaquim Carreira das Neves destacou que “os critérios utilizados têm de ser diferentes dos utilizados com outras personagens da história”. Em crítica à obra de Sanders, em particular, o exegeta português assinala que não é possível abordar a figura histórica de Jesus ignorando “a sua auto-consciência de Filho de Deus”.
“O historiador não pode ignorar a audácia de Jesus, que enfrentou as instituições judaicas como mediações de Deus”, acrescentou.
Já o Pe. Peter Stilwell, director da Faculdade de Teologia, deixou uma certeza: “Se Jesus fosse apresentado na sua evidência, ficaríamos pela superfície”.

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Onac (IP registado)
Data: 21 de March de 2006 16:41

Já agora.

Gnostic and Other non-New Testament Writings
Texts that were later called “apocryphal gospels” were not considered divinely inspired, such as the “Protoevangelium of James.” Another is the “Infancy Gospel of Thomas.” This book contains stories of wonders supposedly worked by Jesus as a young boy. However, many of these stories are so fantastic and even unbecoming to Jesus—in one, a child dies after the boy Jesus rebukes him for accidentally bumping into him—that this “gospel” was rejected as an unfaithful account of Jesus’ early life.

These writings, most of them coming down to the present day in fragments, have been known and studied from early Christian times. Between 1945 and 1947, a library of seemingly Christian texts was uncovered in Egypt and came to the attention of scholars. Almost all of these texts were unknown until this discovery. Some of them are now known as the “Gnostic gospels.” (These writings should not be confused with the “Dead Sea Scrolls,” texts belonging to the Jewish sect of the Essenes, which were discovered around the same time.)

While these “gospels” may have similarities to Christian teaching, they also reflect the beliefs of Gnosticism, a religious movement that derives its name from “gnosis,” the Greek word for “knowledge.” Central to Gnosticism was belief in a saving knowledge that was not available to everyone but was only for an intellectual and spiritual elite. Gnosticism was originally thought to be a Christian heresy. Scholars now consider it a religious movement of its own, having a number of sources in the restless religious environment of the ancient world. Some of its branches absorbed elements of Christian belief that were treated very freely. As a result, early Church leaders opposed these “Christian” Gnostics.

Generally, the “Gnostic gospels” contain collections of sayings. They are very unlike the New Testament gospels in that they have little or no narrative about Jesus’ life or about his Passion, death, and Resurrection. While some of the sayings may be similar to those found in the New Testament and ancient in origin, most scholars agree that these “gospels” were, on the whole, written significantly later than the gospels of Matthew, Mark, Luke, and John and may even depend on one or more of them. Some of these writings may have been intended to challenge the authority of the New Testament writings.Despite the similarities, the way to view these texts is neither as “alternatives” nor as supplements to the Christian gospels.They are writings in which Christian persons and beliefs are filtered through the lens of a religious philosophy that, in many important ways, differs from the Christianity of the New Testament.

O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 22 de March de 2006 18:39

Na verdade não há outro Pedro e outra Madalena muito diferente do que mostram os Evangelhos canónicos. O que acontece é que os apócrifos apresentam na verdade um Pedro e uma Madalena muito diferente do que nós aprendemos na tradição.
Nem Pedro foi nunca um (Papa) mandão, nem Madalena uma prostituta.
Não há uma única palavra na bíblia que nos obrigue a tal conclusão. O que diz a Bíblia é que a Madalena Jesus expulsou 7 demónios.

Pedro nunca foi «PAPA». Mesmo em Jerusalém era Tiago (irmão do Senhor) quem presidia ao corpo de presbíteros / anciãos.

Só muitos anos após a morte de Pedro é que aparece Pedro com o título de «PAPA» para dar força à chamada cátedra de Pedro que é ocupada por aqueles que se consideram seus sussessores.
Pelos "apócrifos" realçando o papel de Madalena na igreja (congregação) somos levados a concluir que Pedro tinha um lugar de subalternidade em relação a ela.
Mas isso até está de acordo com os ensinamentos de Jesus que diz que o 1º deve ser o último de todos.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Onac (IP registado)
Data: 23 de March de 2006 15:25

De Bispo de Roma a Papa do mundo : a afirmação do Papado na Igreja

Universalização da missão do Bispo de Roma
A Igreja, depois da experiência da ressurreição, ficou por Jerusalém, depois passou à Samaria e em seguida Antioquia. Alguns Apóstolos acabaram por fundar as suas Igrejas, particularmente São Paulo, e depois São Pedro, que esteve em algumas comunidades.
A partir do séc. II o Cristianismo vai tendo uma certa implantação e, como tudo o que é humano, começou a conhecer problemáticas. Perante essas situações, alguns Padres de Igreja, como Inácio de Antioquia, Ireneu e Tertuliano manifestam a sua admiração para com a comunidade de Roma e aconselhavam a consulta às comunidades fundadas pelos Apóstolos.
Já no fim do séc. II temos Igrejas de fundação apostólica com dignidade equiparável. Posteriormente, a comunidade de Roma ganha um lugar de relevo porque era a capital do Império e pela presença dos túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo. Vamos encontrar Bispos de Roma, nesta época, que tentaram introduzir algumas normas e orientações para outras comunidades, como Vítor (questão das datas da Celebração da Páscoa no Ocidente e no Oriente) e Estêvão (disputas com São Cipriano de Cartago). É Estêvão que assume o título de sucessor de Pedro como sinónimo de autoridade suprema, com direito de orientar outras comunidades eclesiais.
A aceitação não é imediata, mas a comunidade de Roma sempre foi tida em grande apreço. Os Concílios ecuménicos de Niceia, Éfeso e Calcedónia serviram para reforçar o papel do Bispo de Roma na defesa da Ortodoxia, o qual acabou por gozar de uma preeminência em relação aos outros Bispos, quer do Oriente, quer do Ocidente.
Com o Bispo Dâmaso, no séc. IV, e com São Leão Magno, no séc. V, a Igreja de Roma passa a ser considerada a sede da Igreja Católica.
É evidente que aqui temos de fazer uma pequena distinção: enquanto que na Igreja do Ocidente, se aceitou com agrado a orientação romana, na Igreja do Oriente, bastante fragmentada por meio das sedes metropolitanas e patriarcais, sempre houve alguma dificuldade em aceitar orientações de Roma.
Nos Concílios foi sempre visível que os Orientais entendiam que a Ortodoxia passava pelo exercício da sinodalidade, a Igreja do Ocidente entendia que a ratificação final do conteúdo da fé devia ter a chancela do Bispo de Roma.

Processos de eleição
Os diversos processos de eleição estão intimamente ligados aos modelos de Papado que tivemos desde os sécs. III-IV até aos séc. XXI.
No primeiro milénio, a eleição papal resultou, basicamente, da intervenção do clero e do povo, como acontecia noutras sedes para a eleição do Bispo. Normalmente acontecia num ambiente quase litúrgico, em que se analisavam os candidatos.
Não é possível ignorar que houve sempre a intervenção de famílias influentes, de Imperadores e outros poderes políticos. Assim, quando chegamos ao fim do primeiro milénio, a eleição papal estava bastante comprometida quanto à liberdade, uma vez que começaram a entrar nela forças espúrias que pouco tinham a ver com preocupações eclesiais.
Nicolau II, em 1059, entendeu reservar a eleição papal a um grupo de clérigos chamados os “principais”, que nós hoje chamamos Cardeais. É a partir deste momento que esse Colégio eleitor autonomizou a eleição, reservando lugares próprios para o efeito. O III Concílio de Latrão, em 1179, determinou que a eleição papal deveria resultar de uma maioria de dois terços dos votos.
Aconteceu, contudo, que o Colégio de eleitores se deu a algumas leviandades, deixando Roma e reunindo noutras cidades onde se demoravam. O povo, num gesto de protesto, começa a clausurar esse grupo, para fazer com que se apressassem na eleição.
Em 1274, uma vez que o Conclave anterior tinha demorado quase três anos, Gregório X deixou normas muito precisas sobre os locais em que o Papa deveria ser eleito e determinou que era o Colégio Cardinalício quem se autoclausurava, entrando em Conclave de forma solene. Apesar de alguma legislação ter sido introduzida pelos sucessivos Papas, a eleição papal praticamente veio até aos nossos dias na forma deixada por Gregório X.
Pode-se dizer que quando os Cardeais se deixaram influenciar pelo poder político, tivemos um papado distante do povo e quando foram afastadas essas forças, o papado passou a estar mais preocupado com a vertente pastoral. Hoje podemos dizer que o Conclave foi outra vez devolvido ao povo, apesar de os Cardeais estarem fechados no Vaticano: aqueles que estão reunidos na Capela Sixtina não podem prescindir, de forma alguma, tudo aquilo que aconteceu nos dias em que o povo prestou homenagem ao Papa defunto, João Paulo II.

Papa
Hoje quando falamos do Papa estamos a referir-nos ao título mais popular, o que traduz mais o afecto. De facto, o nome “Papa” vem do grego, e significa pai.
O título de Papa, nos primeiros séculos da Igreja, era atribuído praticamente a todos os grandes Bispos. Os fiéis exprimiam facilmente o seu carinho para com o seu Bispo ou, nos grandes mosteiros, em relação ao Abade.
Do plural chegou-se depois ao singular. O primeiro documento em que encontramos referência a um Bispo de Roma que assume para si esse título é do ano 302, de Marcelino II, no monumento fúnebre que mandou erigir para um dos seus diáconos.
No séc. V, aos poucos, as pessoas começam a chamar Papa apenas ao Bispo de Roma. No Oriente, a partir do séc. VI, acaba-se por fazer o mesmo, embora ainda encontremos um ou outro Bispo que chama para si esse mesmo título.
Gregório VII, no séc. XI, através do “Dictatus Papae”, afirma na proposição XI que o título de Papa deve ser usado única e exclusivamente para o Bispo de Roma.

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 31 de March de 2006 21:58

Devo esclarecer que no tempo de Pedro ser «bispo» e «presbítero» era a mesma coisa.
Nessa altura não havia «BISPOS» diocesanos, mas «presbíteros» (bispos) congregacionais. Numa só congregação havia vários "bispos" (presbíteros) e um presidia ao conselho do presbitério. Uma congregação era composta por um pequeno número de pessoas que geralmente se reunia em grupo em casa de um dos membros. A sua dimensão era muito inferior em número a uma paróquia dos nossos dias.

Quanto a «Pedro» ter sido um dos «presbíteros» de Roma é polémico.
Paulo na carta aos romanos mandou saudações a muitos irmãos conhecidos, mas não mencionou Pedro. Estaria amuado com ele? O mais provável é que Pedro não residia lá.
Depois, mais tarde, quando Paulo esteve preso em Roma pela 1ª vez, escreveu muitas cartas e em nenhuma mencionou o nome de Pedro, o que é muito esquisito, se ele lá estivesse.

Já quanto a "Lino", colaborador de Paulo, e apontado como sucessor «papal» de Pedro, aí já há algumas pistas.

Na 1ª carta atribuída a Pedro refere a igreja de Babilónia, donde escreveu essa carta.
Há quem afirme essa igreja se situava numa povoação que tinha mesmo o nome de Babilónia, outros pensam que era o nome que os cristãos davam a ROMA.

Acho muito esquisito que Pedro se referisse aos eleitos que estariam em ROMA como "a comunidade" dos eleitos que está em Babilónia .

Mesmo que Pedro fosse um dos «presbíteros» de uma das congregações de Roma, devemos ter em conta que havia mais «presbíteros» e podia não ser ele a presidir.

Quando estava em Jerusalém o «presbítero» (bispo) que presidia era Tiago (irmão do Senhor), que nem sequer foi um dos 12 e não Pedro. Em Gálatas 2,9 é Tiago que é mencionado em 1º lugar. Cefas (Pedro) vem a seguir e por último João, em 3º lugar.

Portanto houve uma grande evolução entre o tempo apostólico e a primeira diocese de Roma e seu «BISPO DIOCESANO», que não devemos ignorar.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.




Editado 4 vezes. Última edição em 31/03/2006 22:02 por Manuel Pires.

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 31 de March de 2006 22:22

tanto erro junto, Manuel Pires.
É o problema de ser autodidacta.

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 05 de April de 2006 10:38

Mas não foi mencionado nem rebatido um só suposto "ERRO"....
Curioso ! ...



Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: O OUTRO PEDRO E A OUTRA MADALENA SEGUNDO OS APÓCRIFOS
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 05 de April de 2006 13:45

Para começar:

Tito 1,5
5*Deixei-te em Creta, para acabares de organizar o que ainda falta e para colocares presbíteros em cada cidade, de acordo com as minhas instruções

NOTA « ....... Para colocares presbíteros em cada cidade: as primeiras comunidades cristãs tinham adoptado o modelo de organização das sinagogas, sendo dirigidas por um colégio de anciãos (presbíteroi) (Act 11,30; 14,23; 15,2-6; 20,17; 21,18; 1 Tm 4,6-16 nota). Quanto à designação desta função, parece não existir ainda uma distinção clara entre as ordens de ministério, pois as mesmas pessoas são designadas de bispos (epískopoi) (v.7; Act 20,17.28 nota; Fl 1,1-2 nota; 1 Tm 3,1.2-6 notas). Só mais tarde, o ministério eclesial se estabeleceu...
(Se "Klikar " acima em Tito 1,5 poderá confirmar que a transcrição desse verso está certa.; Depois se clicar no asterisco (na Bíblia) à direita do algarismo 5 obterá a NOTA e verifique que é a mesma da Bíblia dos Capuchinhos. Faça o mesmo nas restantes referências biblicas. Aprenda, se não sabe. ... ...)

Agora consulte Tito 1,7 e compare esta passagem com Tito 1,5 e verá que «presbítero e Bispo (grego episcopoi)» se refere às mesmas pessoas.

Consulte também Actos 20,17.28. Consulte também o texto grego e veja que a palavra «anciãos» corresponde a «presbiteros» no verso 17:
« 17*De Mileto, Paulo mandou chamar os anciãos da igreja de Éfeso. »

e a palavra «administradores» se refere ao grego «episcopos», isto é «bispos»

«Tomai cuidado convosco e com todo o rebanho, de que o Espírito Santo vos constituiu administradores para apascentardes a Igreja de Deus, adquirida por Ele com o seu próprio sangue.»

a propria NOTA não esconde isso.
«.... Em confronto com Cristo, o autor evita dar esse título aos anciãos, preferindo chamar-lhes vigilantes ou administradores (grego epískopoi). ....»

Consulte també a seguinte NOTA de 1 Timóteo 3,1-2
«3, 1. Competindo a Timóteo prover de responsáveis a incipiente estrutura da Igreja, apontam-se aqui os requisitos a que devia obedecer a sua escolha. O termo grego epískopos não tinha, então, a significação atribuída hoje a bispo, que terá a partir do séc. II. Na origem, significava "inspector" e designava uma função. No NT, "bispo" é nome dado a dirigentes das comunidades, mas é difícil saber em que se distinguia do presbítero (Act 11,30; 14,23; 20,17.28 nota; 21,18; Fl 1,1-2 nota; Tt 1,5.6.7 notas).»

====
Agora consulte Filemon 1,2 e verá que a «IGREJA» ou congregação se reúne em casa de Arquipo.
Consulte também NOTA. que diz « ... .... .... 2. Igreja que se reúne em tua casa. À falta de edifícios próprios, as comunidades reuniam-se nas casas particulares (Cl 4,15-16)».

Como vê, nos tempos Apostólicos era tudo bem diferente do que há nos nossos dias, embora haja já uma tradição de quase 2000 anos. As coisas mudaram bem depressa e fazem mais lembrar que a hierarquia eclesiastica se parece mais com a dos «Doutores da Lei e dos Fariseus, que com as recomendações de Jesus.

Não devemos seguir o seu exemplo.

Os verdadeiros discípulos de Jesus so têm para si um Pai (=Padre), aquele que está no Céu.

Quanto a «Pedro» ter estado ou não em Roma, o que é «polémico» deixo isso ao cuidado dos peritos.
Mesmo que tenha estado em Roma é preciso provar que presidia ao corpo dos «presbíteros» de uma congregação. E quantas congregações havia em Romas?! Quando Paulo esteve em Roma havia «competição» entre os que se congregavam com Paulo e outros que se congregavam noutra congregação. Paulo não gostava dessa disputa, mas conformou-se para que Cristo fosse anunciado.

Se quiserem mais explicações, (dentro dos meus parcos limites) estou aberto ao diálogo.
Eu na verdade, não passo de um «auto-didacta» que procura a verdade. Vós deveis também exigir a verdade dos vossos mestres; mas diz o ditado. «quem quer VAI. Quem não quer MANDA». Jesus manda vigiar os seus discípulos e não os aconselha a confiar na vigilância dos seus MESTRES, incluindo na vigilância do PORTEIRO.

«Tomai cuidado, vigiai, pois não sabeis quando chegará esse momento. 34É como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, delegou a autoridade nos seus servos, atribuiu a cada um a sua tarefa e ordenou ao porteiro que vigiasse.
35*Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar o galo, se de manhãzinha; 36não seja que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir. 37O que vos digo a vós, digo a todos: vigiai








Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.




Editado 8 vezes. Última edição em 05/04/2006 14:07 por Manuel Pires.

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