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Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 23 de January de 2006 18:26

Anam

É uma questão bem difícil de responder. Gostava de ouvir o que os homens pensam a respeito deste tópico.

Conheço 2 senhores que têm as mulheres acamadas, mas não as deixam, senhores de 50 anos. Um disse, o casamento é para a vida.

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 24 de January de 2006 01:57

Todos gostamos de receber mas Jesus disse que era melhor dar que receber. Já agora a oração de S. Francisco:


Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz;
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
Onde houver erros, que eu leve a verdade;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei com que eu procure mais consolar,
que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado;
Pois é dando que se recebe;
É perdoando, que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna.


Quem ama verdadeiramente continua a amar mesmo na doença, por muito dificil que ela seja. Não ama como quem negoceia, amar se as condições forem vantajosas dificilmente o considero verdadeiro amor.

Ninguém disse que ser cristão era fácil. Afinal de contas Jesus mandou-nos amar como Ele nos amou. E como Ele disse ninguém tem maior amor do que Aquele que dá a vida por quem ama. Ele deu a vida por nós.

O verdadeiro amor dá a vida por aquele que ama. O modo como dá a vida pode assumir as mais variadas formas.

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Sandra Isabel (IP registado)
Data: 24 de January de 2006 11:10

Caro Camilo,

É exactamente assim que penso.... É dificil... mas se o amor for verdadeiro, "dar-se-a a vida pelo outro"...

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 24 de January de 2006 11:50

Será que é mesmo assim?
O cônjuge que está bem cuida do cônjuge doente.
Mas...e quem cuida do cônjuge que está bem?

Alguém se lembrará dele?

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 24 de January de 2006 12:28

Deve ter uma amante...

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 24 de January de 2006 15:03

Conheço o caso de um casal, em que o homem - com problemas cardíacos - insiste em levar uma vida completamente desregrada, à margem dos conselhos dos médicos, das recomendações da mulher, etc.
Volta e meia, está no hospital.
E, quando de lá sai, volta ao mesmo fandango!
E porquê? Porque ele considera a mulher como "garantida", i.e., faz o que quer com a saúde porque sabe que a mulher estará lá, quando ele estiver muito doentinho e tal...

Tal como é falta de amor deixar alguém apenas porque está gravemente doente, também o é considerar o outro como "estando no papo" para o que der e vier, e fazer tudo o que quer...não olhando a consequências futuras...


Até que a morte nos separe ... ... ...
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 24 de January de 2006 18:18

Minha mãe casou com quase 40 anos porque o seu irmão «padre» não a deixava casar quando estava vivo.
Ela e uma outra irmã cuidaram dele, até à sua morte.
Quando o irmão «padre» morreu, ambas se casaram.

O meu pai foi vítima de um ataque cerebral que o deixou paralítico durante 1,5 anos até à sua morte. Meus pais estavam casados há cerca de 3 anos. Eu tinha 2 anos quando meu pai ficou completamente inválido. Minha mãe estava grávida com cerca de 4 meses.

Mesmo depois da morte de meu pai, minha mãe limitou-se a viver com seus dois filhos, com as dificuldades inerentes.

A «ICAR» nunca ajudou minha mãe, pelo contrário, até nos prejudicou e muito, na pessoa dos «padres».

Quando minha mãe faleceu eu estava no quartel da "Trafaria" prestando serviço militar.
Era o Mês de Outubro de 1965.
Não tinha dinheiro. por isso, quando recebi a notícia do seu falecimento, pedi ajuda ao oficial de dia. Ele mandou passar uma guia para a viagem no caminho de ferro.
Viajei durante toda a noite. Quando lá cheguei já tinham sepultado minha mãe. Nem esperaram por mim.

Se eu fosse alguém importante deste mundo: «papa», «chefe de estado» etc. seria tudo muito diferente.

Quando estas altas figuras deste mundo adormecem na morte, vêm-me à mente estes acontecimentos e noto as diferenças que há entre as pessoas.

Penso que a culpa não é de YHWH, mas isso é um claro e evidente testemunho de que as credenciais apresentadas por essas figuras importantes aos olhos do mundo não têm qualquer valor aos olhos de Deus.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 00:14

fica explicado o seu anticlericalismo.
Ms lembro-lhe que o amor que Jesus recomendou que os seus discipulos tivessem entre si tambem se aplica a si, ou seja o senhor deve amar os membros da igreja, inclusive os padres. Padres que visivelmente detesta por razões antigas. Passado mais de 40 anos ainda não perdou.

Sabe o Pai-Nosso. Perdoais as nossas ofensas.

E que disse sobre o tema em questão?

A sua argumentação que consciente ou inconscientemente refuta a utilidade da Igreja (ou ICAR como preferem os anticlericais entre os quais se insere). Mas a sua argumentação que se baseia na presença de joio na seara é inconsistente.

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Sandra Isabel (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 10:23

Anam,

Isto é tudo uma questão de doação... de doação ao outro... aos outros....
Como eu disse no outro dia, "renuncia-te a ti mesmo" em prol dos outros. Neste caso, em prol da pessoa que um dia dissemos que amariamos para o resto da vida - "Na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida".
Ou serà que a pessoa que amamos sò è valida enquanto nos dá tudo o que esperamos dela?
Ela não escolheu ficar doente... ela não disse agora vou ficar com uma doença para o resto da vida!
E se fosse ao contrário?
Se fosse eu em vez do outro?! Já paramos para pensar?!
Se calhar, quem ama de VERDADE, como JESUS nos pediu para amar, esquece-se das suas necessidades, esquece-se dos seus desejos, e vive para continuar a fazer feliz aquele que ama... Enquanto há vida há esperança, nem que essa esperança seja apenas alimentada pelo amor que nos une.
Perguntas também "quem cuidará do conjuge". O amor ajudará a superar essa falta de "cuidado", mas a familia, os filhos, os amigos verdadeiros, ajudaram a "cuidar" desse conjuge.

Desculpem a minha opinião mas acho que neste tema o egoismo e o sentimento fisico, estão evidentemente a ganhar. Será que ninguém, nem na doença de uma pessoa que se ama, se consegue deixar de pensar na satisfação pessoal, no EU.... EU.... EU. Uma relação a dois, deveria de ser eu doar-me ao outro, e o outro doar-se a mim.

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Sandra Isabel (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 10:32

E se por uma inficidade o outro deixou de poder doar-se a mim, poderei eu deixar de o amar?
O outro com certeza não deixou de me amar... infelizmente está doente.... mas Doença, não é sinónimo de fim de amor, de traição, de abandono....

Fico triste em ver como anda a nossa definição de AMOR!

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 11:23

É tudo muito bonito, Sandra, mas não te esqueças que sem me amar a mim, não posso amar o outro.
Sem que as minhas necessidades sejam atendidas, dificilmente poderei atender as do outro.
Por muito líricos que sejamos neste ponto...é um facto incontornável que o amor tem de se alimentar de algum lado...
E que uma pessoa não é de todo egoísta por também pensar em si, e nas suas necessidades.
Isso da abnegação é muito lindo, mas na teoria.
Falamos de pessoas, não de lirismos...

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 12:07

Caro Camilo:

Você disse:
«Ms lembro-lhe que o amor que Jesus recomendou que os seus discipulos tivessem entre si tambem se aplica a si, ou seja o senhor deve amar os membros da igreja, inclusive os padres. Padres que visivelmente detesta por razões antigas. Passado mais de 40 anos ainda não perdou. »

Isso é uma conclusão injusta e apressada. Pode ter a certeza que não é por minha causa que no julgamento final Deus vai pedir contas seja lá a quem for.
Serão julgados, sim as suas obras más, mas não serão condenadas as pessoas pelo mal que já me fizeram nem pelo mal que ainda poderão fazer-me.
Perdoar não é esquecer. Eu não quero que a vingança de Deus nem as dos homens recaia sobre os que me prejudicam. Eu sempre fui assim. Mas necessito de ter cautela com as pessoas (ou instituições) que não têm pejo de fazer mal aos outros.
Gato escaldado tem medo de água fria.

Quanto à «presença do joio na seara» peço-lhe para meditar nas palavras de Jesus.
Devemos conhecê-los pelas suas obras. O grão de trigo alimenta e está cheio nutrientes. O grão de joio é igual ao do trigo, mas está vasio e não tem nutrientes.

Mas, as coisas não melhoraram.
Há poucos anos, fui fazer um favor gratuitamente a casa de uma senhora, minha colega de trabalho, a sua casa relativamente a um problema que tinha no computador.
Como a conversa chegou à religião, eu disse-lhe que para mim Deus não tem nada a ver com o «papa» e que eu não queria nada com papas.
Eu não sabia que ela pertencia à «OPUS DEI».
Passado pouco tempo essa senhora foi promovida a Directora.
Teve um comportamento desonesto para comigo relativamente à minha carreira profissional. Porquê ?! Se as «opus dei» são isso, não quero nada com as "obras" desses "deuses" nem com os seus adoradores.
Tudo isso só me serve de aviso para separar o trigo do joio.
Pelos frutos os conhecereis, disse Jesus.
Além do mais Jesus avisou. Eu não invento nada. Depois de ser avisado e lixado só tenho um caminho é acautelar-me embora esteja sempre pronto a perdoar, por amor de Jesus, mesmo que essas pessoas e instituições não mostrem nunca sinais de arrependimento.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.




Editado 1 vezes. Última edição em 25/01/2006 12:11 por Manuel Pires.

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 12:19

Quanto ao caso do romance eu tenho a dizer o seguinte:

1) Romance é ficção.

2) O que importa é a realidade!

3) Esta realidade foi sempre assim ?!

4) Modificou para melhor ou para pior ?

5) Porquê?!

6) Quais os interesses que estão por detrás dessa evolução ?

7) O que pensa Jesus realmente acerca do assunto e como é que Ele encara essa situação?!

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 12:53

posto isto acertei originalmente.

Não quer nada com a igreja catolica mas diz-se cristão. Em suma tem uma postura igual aos prostestantes, vai fazendo uma religião à sua medida e ao seu gosto individual.

E faz mal, sim. Porque este topico nada tinha a ver com o assunto que escreveu, apenas aproveitou para buscar factos com 70 e 40 anos causados por 2 padres para desacreditar uma igreja com milhões de fieis e centenas de milhares de padres

Ora este tipo de má-lingua é um acto mau mesmo que não tenha consciencia disso. Certamente também terá conhecido gente boa e actos bons mas só divulga os erros. Eu acho este tipo de memoria enciesada é um acto mau.
É um comportamento que imita Cam, filho de Noé. Não imita Abraão quando pediu a Deus para poupar sodoma se lá encontrasse 10 homens justos. O Senhor condena toda uma Igreja por causa de alguns episodios causados por meia duzia de pessoas. Repare na imensa diferença entre si e Abraão.


Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Sandra Isabel (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 12:55


Anam

"E que uma pessoa não é de todo egoísta por também pensar em si, e nas suas necessidades." Claro que não é ! Mas isso não é AMAR... porque se esperamos algo em troca, então podemos chamar-lhe tudo, amizade, respeito, troca, acordo... mas não é amar.

Para mim, e desculpa se insisto, o amor não é estar a espera de receber... mas sim dar... se eu der, automaticamente estarei a receber...
Eu sinto-me tão bem comigo mesma a dar, que o receber fica para 2º plano...
Para mim o AMOR é isto... não tem nada a ver com sexo ou materialismo. É claro que sexo numa releção entre duas pessoas que se amam faz falta... mas não é tudo...

"Sem que as minhas necessidades sejam atendidas, dificilmente poderei atender as do outro." Discordo... tantas vezes nós temos necessidades disto e daquilo, e não temos/recebemos... e continuamos sempre com a capacidade de dar... Se eu tenho necessidade de algo, com mais facilidade sei dar valor a essa falta e dá-la em abundância

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 13:15

Enfim, continuam a julgar no escuro ...

Mas, o que eu não quero é ser masoquista ...

Deus não quer isso de nós! Pensam que sim?! ...

O meu Deus não é sádico!

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 14:17

Sandra,

Uma coisa é estarmos a falar de alguém que está doente, mas que tem consciência - portanto sabe que AMA AQUELA PESSOA.

Eu refiro-me ao extremo de estar casada com alguém que apenas está vivo porque o coração bate...nada mais. Mas que estará assim por longos anos.

Pois, tu dizes que te sentes bem contigo mesma...mas isso também não é egoísmo? E se não te sentisses bem contigo mesma?
Achas, porventura, que o amor se alimenta do ar?
Achas que te escaparias à amargura de, pelo DEVER, estares casada com alguém que nem se dá conta que existes?
Estás casada com quem, afinal?
Isso é amor? Ou é DEVER?

É a esses casos extremos a que me refiro.


Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 17:08

Anam

Não podemos pensar assim; ter o marido doente e partir para outro casamento, saber esperar é uma virtude! Quem está dessa maneira não viverá muitos anos. E se viver, foi o que essa pessoa escolheu...por isso que trate dele até à morte... ía entrega-lo a quem? Num lar? Aos Pais? Ou deixava-o ao abandono? E quem queria mais essa mulher? Ao outro pode-lhe acontecer o mesmo!!!

Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Anam (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 17:35

Então...pelas vossas palavras, uma mulher / homem que tenha o cônjuge apenas vivo porque o coração bate...deve comer e calar?
Deve anular-se?

Eu nunca estive aqui a falar em deixar, ou consumar uma infidelidade. A minha questão é: é condenável uma mulher / homem sentir desejo, atracção por outra pessoa - e até chegar a amar essa outra pessoa, apesar de ter o cônjuge no estado em que está?

Lembremo-nos, de uma vez por todas, que NINGUÉM É PERFEITO.




Re: Até que a morte nos separe
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 25 de January de 2006 17:53

«NINGUÉM é perfeito»...

...mas quem quer ser NINGUÉM?
:-)


[De uma t-shirt do MSV: «Nobody's perfect, but who wants to be nobody?»]

Alef

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