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Re: Roma admite revogar excomunhão a Arcebispo Lefevre
Escrito por: Pedro B (IP registado)
Data: 05 de August de 2004 10:14

Caro Avlis

Respondi na mensagem iniciando com a expressão "eu tenho duvidas", como resposta à tua pergunta "Quem tem duvidas"

Na realidade não tenho duvidas. Antes não concordo contigo.

1- Foste tu que que classificastes os Católicos ultra progressistas e ultra tradicionalistas de hereges. Logo ou são Católicos ou hereges as duas coisas juntas é que não pode ser.


2- Em relação às heresias. Não concordo contigo.

Não há efectivamente pessoas mais hereges que outras.

Quem não acredita mum dogma deve ser considerado herético.

Quem não acredita em 4 ou ou cinco deve ser considerado herético com as mesmíssimas consequencias.

Quem tira a vida a um inocente é um assassino

Quem tira a vida a 5 é um assassino

Quem rouba 100 euros é um ladrão

Quem rouba 10000 euros é um ladrão


Na heresia não há meio termos nem escalas ou se é ou não se é. Tal como após a nossa morte ou seremos condenados ou salvos. Não há escalas.

Recordo-me de uma entrevista da Drª Manuela Eanes que falando do seu marido referiu que tinha um defeito que era ser honesto demais. Como se fosse possível, também na honestidade ser-se honesto mais ou menos honesto ou honesto demais.

Pedro B

Re: Roma admite revogar excomunhão a Arcebispo Lefevre / Xeque-mate
Escrito por: José Avlis (IP registado)
Data: 06 de August de 2004 07:03


Estimado Pedro

Não concordas comigo, mas porquê? Ainda não entendi, pelo menos em concreto...

Eu também não concordo com algumas objecções tuas, porém respeito-as, como com toda a gente - inclusive as dos meus adversários -, embora me acusem, por vezes, do contrário, quase sempre injustamente...

Paciência, que nem Cristo conseguiu agradar a todos, nem nenhum dos seus discípulos, por mais santo que tenha sido...
Jesus tinha toda a razão (como sempre), quando advertiu: "O discípulo não é mais que o Mestre..."

Mas voltando, sucintamente, à vaca-fria:

- Como para a lei humana, um crime é mais gravoso que dois ou três, assim é para a Lei Divina.

- Aliás, como diz a cantiga, se um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muitos mais.

- Se um incêndio numa floresta assusta e prejudica muita gente, vinte incêndios assustam e prejudicam muito mais.

- Se um pecador público por um simples escândalo afecta bastantes almas, o mesmo pecador público por vários escândalos, e eventualmente mais graves, afecta muitas e muito mais.

- Se um herege, por uma só heresia, escandaliza muita gente, por várias heresias escandaliza muito mais; e, consequentemente, a pena divina para este (para além da excomunhão em si mesma) será necessariamente mais grave.

- E assim o ímpio, ou herético, será punido na eternidade em conformidade com o número de heresias ou impiedades cometidas, assim como em relação à gravidade de tais delitos ou crimes.

- Assim como no Céu/Paraíso seremos premiados, com mais ou menos glória, segundo as nossas virtudes e boas acções cometidas neste mundo, assim mesmo (proporcionalmente) será no Purgatório e no Inferno, em sofrimentos, com está escrito.

- Aliás, de outro modo, Deus não seria justo. Ou seria?

Concluindo e resumindo:

. Sabes tão bem como eu, e nunca disse o contrário - repito -, que se um "católico" (entre aspas) é herege, deixa automaticamente de ser católico, pois fica automaticamente excomungado, isto é, fora da Igreja.
E isto em relação a qualquer Dogma de Fé. Certo?

. Uma pessoa é, consequentemente, "mais herege do que outra", exactamente na medida em que a pessoa A peca por uma só heresia, e a pessoa B peca, por exemplo, por quatro ou cinco heresias... Fui claro?

. Ambas deixam de ser católicas por uma só excomunhão (no mínimo), mas uma é mais herética que outra, isto é, mais ímpia e escandalosa, porque cometeu mais heresias/iniquidades... Tens dúvidas ainda?

Isto é mais que óbvio e elementar (da catequese infantil), pelo que dou o assunto por encerrado, amigo Pedro.
Livra-te não só de qualquer heresia, mas também de qualquer pecado mortal, que por um só nos podemos condenar eternamente, embora o respectivo castigo seja sempre proporcional aos crimes/erros graves cometidos, quer em grau quer em quantidade..., e até no purgatório isso mesmo acontece, como deverás saber.

Respeitosamente,

J. Avlis


Re: Roma admite revogar excomunhão a Arcebispo Lefevre
Escrito por: Pedro B (IP registado)
Data: 06 de August de 2004 10:00

Caro Avlis

Em relação à questão de ser possível ser católico e herege ao mesmo tempo. Confesso que não tinha reparado nas aspas que neste concreto fazem toda a diferença. Compreendo que o que identificas como "católicos ultras" afinal não são católicos. A falha foi minha e não há aqui discordancia.

Já em relação ao resto, e uma vez que deste o assunto por encerrado, não sou eu que o vou reabrir, até porque nada em a ver com o tópico que aliás foi aberto por mim. Penso que fui claro (como aliás também o foste). Claro que quanto à condenação e salvação de cada um, só Deus Nosso Senhor Jesus Cristo na sua eterna Misericordia é que sabe.


Pedro B

Re: Roma admite revogar excomunhão a Arcebispo Lefevre
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 09 de August de 2004 12:06

Avlis,
escreveste:(03/08/04 06:11)
"Logo, quem não estiver exactamente dentro destes parâmetros essenciais, não é verdadeiro Cristão, e muito menos Católico, tal como não o são, de facto, por exemplo:

• Os protestantes;
• Os ortodoxos;
• Os "católicos" ultra-tradicionalistas;
• Os "católicos" ultra-progressistas."

Discordo totalmente. É absurdo e totalmente incorrecto dizer que os protestantes e os ortodoxos não são cristãos.

Quanto aos ortodoxos dispenso-me mesmo de explicar.

Eventualmente alguns grupos que se tentam integrar nas denominações protestantes não o serão. Mas a imensa maioria daqueles a quem denominamos como protestantes são cristãos.

Os católicos "ultra" de que falas são igualmente cristãos. Alguns com desvios à mensagem cristã, e com elementos mitológicos na "sua doutrina" mas ainda assim essencialmente cristãos.

E mesmo a esmagadora maioria destes "ultras" são católicos. Nunca é possível falar por todos...

Outro dia falaremos dos "prémios" e dos "castigos". Adianto-te a minha posição: pura mitologia, caro Avlis...



João (JMA)

Re: Roma admite revogar excomunhão ao Arcebispo Lefèvre / P.E.D.
Escrito por: José Avlis (IP registado)
Data: 09 de August de 2004 22:33


João (JMA)


O que quis dizer com "quem não estiver exactamente dentro destes parâmetros essenciais, não é verdadeiro Cristão, e muito menos Católico"..., acho que percebeste perfeitamente (ou aonde exactamente quis chegar...), pois parece-me que és, felizmente, uma pessoa bastante culta, inteligente e honesta; não obstante, teres, por vezes, ideias/gostos/interpretações bastantes díspares e/ou obtusos, quando não opostos/paradoxais, infelizmente (como a maioria dos demais participantes...), na minha sincera opinião ('modéstia' ou 'arrogância' à parte)...

Mas eu, por especial deferência (ao menos para não continuar ser acusado injustamente de pedante/arrogante/demagogo, fanático/lunático/fundamentalista, etc., não tanto por ti – deduzo que estejas a melhorar, graças a Deus! –, mas sobretudo por outrem (cujos nomes omito agora por caridade cristã), explico-me melhor, ou vou tentar fazê-lo:


1. Sabes, perfeitamente, que um Cristão e Católico, para ser "verdadeiro Cristão" e "autêntico Católico", tem de:
– Ser baptizado pela Igreja Católica;
– Viver na Graça de Deus;
– Respeitar, e cumprir quando necessário, os Sacramentos da Santa Igreja;
– Respeitar e cumprir, tanto quanto possível, toda a Doutrina Católica;
– Acreditar e respeitar integralmente todos os Dogmas Católicos;
– Dar o bom exemplo, como Cristão e/ou Católico;
– Etc...

a) Quando/como é que... um "ultra-tradicionalista", o 'sedevacantista', por exemplo (que não o simplesmente tradicionalista 'lefevreano'...):
. Respeita, ou acredita em todos os Dogmas Católicos, a começar pelo da Infalibilidade de todos os Papas legitimamente eleitos?
. Respeita e/ou cumpre (minimamente) os Sacramentos da Santa Igreja?
. Respeita, acredita em toda a doutrina do Magistério da Igreja, inclusivamente na maioria (pelo menos) das doutrinas (mais ou dogmáticas e relevantes) pós-conciliares?
. Vive realmente (consciente e inequivocamente) na Graça de Deus?
. Dá o bom exemplo, como Católico?
. Etc...

b) Quando/como é que... um "ultra-progressista/modernista" - como, por exemplo, o Pe. Mário da Lixa, o Pe. (ex-Frei) Leonardo Boff, o Pe. Carlos Alberto Ferreira, ex-pároco da Diocese de Setúbal (salesiano, que o Pe. João Luís conhece tão bem...), entre tantos outros, e sobretudo muitíssimos Leigos alegadamente 'cristãos' e falsamente 'católicos' (geralmente conhecidos como 'liberais' ou 'não-praticantes')! - tem um comportamento minimamente Católico, ou ao menos basicamente Cristão, a saber:
. Respeita, ou acredita em todos os Dogmas Católicos, a começar pelo da Infalibilidade de todos os Papas legitimamente eleitos, assim como os Dogmas do Inferno e Demónio, do Purgatório e dos Anjos, e os Dogmas Marianos?
. Respeita e/ou cumpre (minimamente) os Sacramentos da Santa Igreja?
. Respeita, ou acredita em toda a doutrina do Magistério da Igreja, inclusivamente na maioria (pelo menos) das doutrinas (mais ou dogmáticas) pós-conciliares?
. Vive realmente (consciente e inequivocamente) na graça de Deus?
. Dá o bom exemplo, como Católico?
. Etc...

c) Quando/como é que... um fiel Ortodoxo (da Igreja Ortodoxa), não apenas em excomunhão com a Igreja Católica, mas também "apóstata" e "cismático" (isto é, em franca oposição e cisão com a Doutrina Católica e a Igreja de Roma):
. É baptizado, legitimamente, pela Igreja Católica?
. Cumpre, ou respeita minimamente, a Doutrina Católica?
. Respeita e/ou cumpre (suficientemente) todos os Sacramentos da Santa Igreja?
. Acredita, ou respeita integralmente todos os Dogmas Católicos?
. Dá o bom exemplo, como Cristão?
. Etc...

d) Quando/como é que... um fiel Protestante (de qualquer seita/confissão protestante/evangélica) - e neste caso com ainda muito maior carga de rebeldias/heresias! -, não apenas em total excomunhão com a Igreja Católica, mas também como "apóstata" e "cismático" (isto é, em hostil cisão e oposição à Igreja de Roma e à maioria da sua Doutrina, inclusivamente toda a Sagrada Tradição e quase todos os Sacramentos e Dogmas), pode ser um verdadeiro ou ao menos um medíocre Cristão, se concretamente:
. Geralmente, não é baptizado na Igreja Católica, ou, se já foi (como ex-católico), rejeita e substitui tal Baptismo...
. Não cumpre, nem respeita minimamente a Doutrina Católica...
. Não acredita, nem respeita minimamente os Sacramentos da Santa Igreja...
. Não acredita, nem respeita integralmente todos os Dogmas Católicos...
. Manifesta, para cúmulo, um profundo ressentimento e censura à especial "veneração" (que eles insinuam falsamente de 'adoração') que nós Católicos prestamos justamente a Nossa Senhora, como Mãe de Deus, Mãe dos Homens e Mãe da Igreja...
. Não dá o bom exemplo, como Cristão (segundo o Evangelho)...
. Etc./etc...


2. Como é possível, nesta triste realidade religiosa, de tanta incoerência e de tanto antagonismo, o tão propalado ECUMENISMO?!
– Nem na teoria, e muito menos na prática, sobretudo na medida em que as demais igrejas/confissões consideradas "cristãs" – os Ortodoxos e mormente os Protestantes – fazem tudo para desunir e afastar, em vez de reconciliar e aproximar, com a agravante de eles estarem sempre à espera de que sejam os Católicos (dos quais eles próprios se automarginalizaram, injusta e rebeldemente...!) a fazer cedências e mais cedências, só a favor deles e em detrimento do Catolicismo!
– Haja Deus!...


3. "Prémios e Castigos de Deus, já neste mundo e sobretudo na Eternidade"...
– Qual "mitologia" qual carapuça?!...
– Bem, não me digas que também pertences, ainda que por simpatia/tendência, àquele imenso número de "católicos liberais/progressistas" (como por vezes, desgostosamente, intuo...), pois fujo já a sete pés!...
– Por agora é tudo, que o tempo de antena esgotou, infelizmente...


§. NOTA FINAL: Qual consideras, eventualmente, "mais grave" (obviamente perante Deus, ou pelo menos segundo a tua consciência):
Uma EXCOMUNHÃO resultante de uma HERESIA por grave infracção dogmática; ou uma EXCOMUNHÃO resultante, por exemplo, de um CRIME DE ABORTO provocado e premeditado – sem qualquer justificação mínima, como acontece, tragicamente, com a maioria esmagadora (estimativamente, cerca de 80%...!!) dos abortos perpetrados em todo o mundo, cuja totalidade (nunca é demais recordá-lo!), ronda os 70.000.000 (setenta milhões/ano)!!! – ?...


DEUS SUPER OMNIA !

Atenciosa/respeitosamente,

José Avlis


Re: Roma admite revogar excomunhão ao Arcebispo Lefèvre / P.E.D.
Escrito por: carlos (IP registado)
Data: 10 de August de 2004 00:17

meu caro José Avlis, igreja não leva ninguem a salvação, melhor seguir o que está escrito na palavra de Deus "biblia", o que está acontecendo é que infelizmente muitos acreditam mais na criatura e esquecem do criador e esquecem a palavra de Deus, o nosso corpo é templo do espirito santo, portanto preocupe mais em obedecer o que diz a palavra do que acreditar no que diz o homem. A igreja de Cristo é todo aquele que segue a sua palavra, e seus mandamentos. Nunca vi uma passagem na biblia que diz sobre alguma igreja edificada por mãos humanas, que seja a verdadeira igreja de Cristo se houver alguma passagem favor me dizer .


fique na paz do nosso Senhor Jesus Cristo

Re: Roma admite revogar excomunhão a Arcebispo Lefevre
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 10 de August de 2004 20:11

Avlis,

agradeço a "especial deferência", a qual espero passes a utilizar para com todos os elementos desta comunidade, particularmente com aqueles que mais adjectivas.

Continuas a confundir ser Cristão com o ser Católico.
Todos os Católicos são Cristãos, mas nem todos os Cristãos são Católicos.

Os Ortodoxos são Cristãos assim como a larga maioria daqueles que designamos por Protestantes.

Os ultra-tradicionalistas que referes são também Cristãos, mas alguns deles, por exemplo os sede-vacantistas não são Católicos;

O Pe. Mário da Lixa é católico; o Pe. Leonardo Boff é seguramente cristão, não sei se é católico (não tenho lido as suas intervenções mais recentes) - era-o seguramente quando escreveu o livro Jesus Cristo Libertador que mencionei -; o Pe. Carlos Alberto Ferreira não tenho o prazer de conhecer ou de ter lido os seus escritos.

Quanto ao ecumenismo lê os documentos do Concílio Segundo do Vaticano: é uma realidade da Igreja.

Já te referi noutro tópico que a doutrina dos Concílios não é opcional. Estás sempre preocupado com a obediência a Roma e não obedeces aos documentos a que Roma deve obediência?

Quanto aos Prémios e Castigos de Deus ficarão eventualmente para outro tópico. Mas que são mitologia é verdade. Sugiro-te a leitura de François Varillon, "Alegria de Crer e de Viver".

Se sou um católico liberal ou progressista depende dos conceitos que tiveres para rótulos tão genéricos. Nas páginas dos teus "amigos" lefebvreanos (o tal "santo" excomungado) chamam liberal e progressista a João XXIII. Em tal caso seria para mim uma honra ser igualmente considerado liberal e progressista.



João (JMA)

Re: Roma admite revogar excomunhão a Arcebispo Lefevre
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 10 de August de 2004 23:03

João (JMA),

Concordo inteiramente contigo! Sugiro que o Avlis leia o decreto Unitatis Redintegratio do II Concílio do Vaticano e, se possível, que aproveite a deixa, e leia os restantes decretos.

Luis

Re: Roma admite revogar excomunhão a Arcebispo Lefevre
Escrito por: Pedro B (IP registado)
Data: 11 de August de 2004 15:00

Caro João (JMA)

Percebi que te consideras um Católico Liberal e Progressista. (Não sei o que significa).

Já que te consideras talvez me possas explicar (pois ainda não percebi) o que distingue um Católico Progressista e Liberal dos outros Católicos dos que possas considerar Conservadores ou Tradicionalistas ou dos que não são uma coisa nem outra são simplesmente católicos.

É que eu também me considero Católico, e por outro lado considero-me uma pessoa progressista.

Saudações

Pedro B

Re: Roma admite revogar excomunhão a Arcebispo Lefevre
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 11 de August de 2004 17:09

Pedro B,

Percebeste que eu me considerava liberal e progressista? Então percebeste mal. Disse e mantenho que se assim considerarem João XXIII, nesse caso também o serei com muito orgulho.

Quanto àquilo que significa ser liberal e progressista continuo a não entender exactamente, pelo que não serei grande ajuda.

Uns sentidos, dos muitos possíveis:
Aceitarei o adjectivo "progressista" se tal for utilizado para caracterizar aqueles que pensam que a Igreja deve estar sempre em reforma até que se atinja o reino de Deus.
Por oposição a "conservador" na medida em que me parece pacífico designar assim quem não quer mudanças.
E eu gosto de mudança. "Todo o Mundo é composto de mudança" escreveu inigualavelmente Camões.

Serei "tradicionalista" se isso quiser dizer que dou o maior valor à Sagrada Tradição;
Serei "anti-tradicionalista" se ser "tradicionalista" significar querer colocar ao nível da Sagrada Escritura e da Sagrada Tradição as tradições que os homens criaram - como é o caso de muitos ditos "tradicionalistas" que consideram "imutáveis" questões disciplinares ou litúrgicas;

Serei "liberal" se considerarmos como tal aqueles que acreditam que a mensagem do Evangelho vem libertar o homem, indicando-lhe o caminho a seguir e libertando-o dos caminhos errados que só conduzem a um afastamento de Deus;
Serei "anti-liberal" se considerarmos como liberal aquele que constrói uma religião livremente e à sua medida.

Isto para te explicar que as minhas opiniões não vêm com rótulos, mesmo porque assim que aceitasse um rótulo poderia ser tentado a seguir com a maré.

Lamento não poder ser mais preciso. Carecia de uma "viagem" à "Logos".



João (JMA)

Re: Roma admite revogar excomunhão a Arcebispo Lefevre
Escrito por: Pedro B (IP registado)
Data: 11 de August de 2004 17:26

João (JMA)

Com estas definições já somos dois progressistas, tradicionalistas, anti-tradicionalistas e liberais e anti-liberais.

Pedro B

Re: Roma admite revogar excomunhão a Arcebispo Lefevre
Escrito por: Pedro B (IP registado)
Data: 17 de August de 2004 10:27

O Superior Geral da Fraternidade S Pio X deu uma entrevista a uma revista da FSSPX onde "responde" à entrevista Dada pelo Cardeal Castrilon Hoyos no que se refere às conversações com Roma no sentido de encontrar um entendimento.

Da leitura da entrevista constata-se que existem ainda um caminho a percorrer mas o tom é positivo e dá esperanças para uma reconciliação.

Rezemos pela unidade dos Católicos e pelo regresso destes 450 Padres à plena comunhão com o Papa.

Para os interessados fica a versão (em francês)


Entrevista do Superior Geral da FSSPX à revista DICI (ligada à FSSPX)


DICI : Dans cet entretien à la revue «Latin Mass», le cardinal Castrillon Hoyos propose plus qu’une main tendue aux fidèles attachés à la Tradition, il affirme que le Saint Père garde les bras ouverts. Etes-vous insensible à cette offre généreuse ?

Mgr Fellay : Je suis très sensible à ce geste d’ouverture, et je ne doute pas de la générosité qui l’anime. Mais je suis obligé de constater, dans le même temps, que le cardinal atténue au maximum les difficultés réelles qui se posent de part et d’autre. Du côté des évêques diocésains, il ne veut voir qu’une «perplexité» et des «hésitations» à reconnaître le «droit de cité» de la messe tridentine, là où il y a une réelle opposition à la doctrine traditionnelle du Saint Sacrifice. Il suffit pour s’en convaincre de voir toutes les réactions épiscopales – plus que réservées - au récent document disciplinaire Redemptionis sacramentum. Apparemment personne n’est concerné par ce rappel à l’ordre ! Il n’y a ni abus, ni scandales liturgiques !

Et, chez les fidèles de la Tradition, le cardinal Castrillon Hoyos ne veut reconnaître qu’une «sensibilité» particulière et une «perception» propre, alors qu’il s’agit de fidélité à la doctrine de l’Eglise de toujours. Tous ces euphémismes montrent la diplomatie du cardinal, mais ils ne parviennent pas à masquer son embarras : comment régler la situation douloureuse de la Fraternité Saint Pie X sans soulever les questions doctrinales ? Franchement, s’il ne s’agissait que de dissiper la «perplexité» des évêques et de reconnaître la légitimité de la «sensibilité» traditionaliste, je crois que la crise aurait été résolue depuis longtemps. Mais ce qui est en jeu est d’une nature qui dépasse largement et la perplexité et la sensibilité.

D. Ne craignez-vous pas de paraître figé dans une attitude constamment critique et négative ?

Mgr F. Au contraire, nous faisons, depuis le début des conversations avec le cardinal Castrillon Hoyos, des propositions positives. Mais il est nécessaire de s’assurer, avant tout, de la solidité des piliers qui porteront le pont entre Rome et nous. Ces piliers sont doctrinaux, on ne peut passer sous silence cette réalité, sous peine de voir - à plus ou moins court terme - tous les efforts de rapprochement voués à l’échec. La solution du cardinal est de proposer un accord pratique, en minimisant le plus possible les divergences de fond. Est-ce possible ? Peut-on conjurer la dureté de la crise qui secoue l’Eglise avec des expressions adoucies ? Je ne le pense pas.

D. C’est donc, à vos yeux, la doctrine et toute la doctrine, sinon rien ? Cette position du «tout ou rien» ne manque-t-elle pas de réalisme ?

Mgr F. Nous sommes fermes, mais pas fermés. La doctrine est fondamentale sans aucun doute, mais nous pensons bien qu’il y a des étapes préalables à observer. C’est pourquoi nous avons proposé aux autorités romaines, dès le début, deux préalables qui permettraient de créer un climat de confiance favorable à la résolution du problème d’Ecône : le retrait du décret d’excommunication frappant les évêques de la Fraternité et le droit reconnu à tout prêtre de célébrer la messe traditionnelle.

D. Comment voyez-vous ce retrait de l’excommunication ?

Mgr F. Ce qui a été fait pour les orthodoxes pourrait a fortiori s’appliquer à nous. Rome a levé l’excommunication qui les frappait sans qu’ils aient en rien changé leur attitude envers le Saint Siège. Ne pourrait-on prendre la même mesure à notre égard, nous qui ne nous sommes jamais séparés de Rome et avons toujours reconnu l’autorité du Souverain Pontife, telle que l’a définie le concile Vatican I ? En effet, les quatre évêques sacrés en 1988 ont prêté le serment de fidélité au Saint Siège, et depuis ils ont toujours professé leur attachement au Saint Siège et au Souverain Pontife. Ils ont pris toutes sortes de dispositions pour bien montrer qu’ils n’avaient pas l’intention de constituer une hiérarchie parallèle, — ce que j’ai encore rappelé lors de ma conférence de presse du 2 février dernier, à Rome.

Ce retrait du décret d’excommunication créerait un nouveau climat, indispensable pour aller plus avant. Il permettrait, entre autres, aux prêtres et aux fidèles persécutés de voir que leur attachement à la Tradition n’est pas coupable, mais qu’il a été motivé par tous ces scandales liturgiques graves que Redemptionis sacramentum relève très justement, sans toutefois en considérer la cause qui est sans doute la réforme liturgique elle-même.

D. Et vous demandez ce retrait unilatéralement, sans vous obliger à aucune contrepartie ?

Mgr F. Si le décret d’excommunication était retiré, les évêques de la Fraternité Saint Pie X pourraient se rendre à Rome, comme les évêques diocésains effectuent leur visite ad limina. Ils rendraient ainsi compte de leur travail apostolique, et le Saint Siège pourrait constater le développement de «l’expérience de la Tradition» que Mgr Lefebvre a toujours souhaité faire pour le bien de l’Eglise et des âmes. Il ne serait pas nécessaire de prendre davantage d’engagements. Simplement rendre compte — pour la Fraternité —, et se rendre compte — pour Rome — du développement de l’expérience de la Tradition.

D. N’avez-vous pas l’impression d’avoir été entendu au moins sur votre deuxième préalable, la reconnaissance du «droit de cité» de la messe tridentine ?

Mgr F. Je ne peux qu’approuver l’effort louable du cardinal Castrillon Hoyos pour réhabiliter la messe, mais là aussi je ne peux pas ne pas constater un certain embarras : un droit de cité concédé par le Saint Père, est-ce un droit ou une concession ? La différence n’est pas mince. Nous ne voulons pas de statut particulier, qui serait la marque d’un quelconque «particularisme liturgique». Nous demandons un droit qui n’a jamais été perdu : la liberté de la messe pour tous. Car, ce à quoi nous sommes attachés est le patrimoine commun de l’Eglise catholique romaine.

D. Même si vous n’êtes pas fermés au dialogue avec Rome, il n’empêche que vous donnez l’impression de cultiver un certain attentisme : wait and see ! Attendons voir ! Ne pensez-vous pas qu’il est temps de se dégager de cette position marginale, et de s’engager maintenant, comme on vous y invite, pour être plus efficace dans la situation très grave où se trouve l’Eglise ?

Mgr F. La position de la Fraternité n’est pas wait and see, mais bien plutôt ora et labora, prier et travailler ! Sur le terrain, nos prêtres travaillent à la restauration du règne de Notre-Seigneur, au quotidien, auprès des familles, dans les écoles… Ces 450 prêtres sont plus qu’engagés, ils sont surchargés. Partout dans le monde, on les réclame. Il en faudrait trois fois plus ! Ce qui nous marginaliserait vraiment, ce serait une concession confinant la Tradition dans une réserve ou une enclave au sein de l’Eglise.

C’est bien notre souci d’efficacité au service de l’Eglise et des âmes qui nous oblige à réclamer une vraie liberté pour la Tradition. L’état présent de l’Eglise et du monde est trop grave pour que nous puissions faire croire à Rome qu’avec une simple «sensibilité» traditionnelle — et qui plus est, en liberté surveillée ! — nous pourrions réellement lutter contre «l’apostasie silencieuse», dénoncée par Jean-Paul II dans Ecclesia in Europa. Ce serait profondément malhonnête. Mais les autorités romaines peuvent, si elles veulent, rendre à la Tradition son «droit de cité», partout et pour tous.

Re: Roma admite revogar excomunhão a Arcebispo Lefevre
Escrito por: Pedro B (IP registado)
Data: 17 de January de 2005 09:44

No seguimento das diligencias do Cardeal Castrillon Hoyos de conseguir que a FSSPX volte à plena comunhão com Roma, foi tornada publicia recentemente a resposta da FSSPX.

Pela sua leitura podemos concluir que se está ainda longe de um entendimeno. Que as desconfianças ainda são muitas mas que as partes têm a preocupação de deixar algumas portas abertias à reconciliação com Roma.

Oremos por uma rápida e sincera reconciliação.

Para quem tiver interesse junto envio a resposta da FSSPX (em francês).

Pedro B



"S.Em. le cardinal Castrillon Hoyos


"Eminence Révérendissime,

Votre lettre du 30 décembre, lettre de vœux et de nouvelle proposition d’accord nous est bien parvenue. Nous avons beaucoup tardé à y donner réponse car elle nous laisse perplexes. Permettez-moi d’essayer d’y répondre avec le maximum de franchise, seul moyen d’aller de l’avant.

Nous sommes sensibles à vos efforts et à ceux du Saint Père pour nous venir en aide, et nous voyons que ce geste d’ouverture de votre part est certainement très généreux, par suite, nous craignons beaucoup que notre attitude et notre réponse ne soient pas comprises. Lorsque nous avons émis notre requête de deux préalables tout au début de nos discussions, et que nous avons plusieurs fois répété notre demande, nous indiquions tout simplement une démarche à suivre ontologique, nécessaire : avant de lancer le tablier d’un pont, il est indispensable de construire les piles de celui-ci. Sinon l’entreprise sera vouée à l’échec. Nous ne voyons pas comment nous pourrions arriver à une reconnaissance sans passer par un certain nombre d’étapes.

Parmi ces étapes, la première nous semble être le retrait du décret d’excommunication. L’excommunication frappant les orthodoxes a pu être levée sans que ceux-ci aient en rien changé leur attitude envers le Saint Siège, ne serait-il pas possible de faire une chose semblable à notre égard, à nous qui ne nous sommes jamais séparés et avons toujours reconnu l’autorité du Souverain Pontife, telle que l’a définie le concile Vatican I. Lors de notre sacre en 1988 nous avons prêté le serment de fidélité au Saint Siège ; nous avons toujours professé notre attachement au Saint Siège et au Souverain Pontife, nous avons pris toutes sortes de mesures pour bien montrer que nous n’avions pas l’intention de monter une hiérarchie parallèle : il ne devrait tout de même pas être si difficile de nous laver de l’accusation de schisme…

Et en ce qui concerne la peine pour la réception de l’épiscopat, le code de Droit canonique de 1983 prévoit que la peine maximale ne doit pas être appliquée dans le cas où un sujet a agi sous la nécessité subjective. Si le Saint Siège ne veut pas accorder qu’il y a état de nécessité objective, il devrait pour le moins admettre que nous percevons les choses ainsi.

Une telle mesure serait reconnue comme une ouverture réelle de la part de Rome et elle créerait un nouveau climat, nécessaire pour aller plus avant.

En même temps, la Fraternité se soumettrait à ce que nous pourrions appeler analogiquement une visite ad limina, le Saint Siège pourrait nous observer et examiner notre développement sans qu’il y ait pour l’instant davantage d’engagement des deux côtés.

En ce qui concerne les formules que vous nous demandez de signer, elles supposent un certain nombre de conditions que nous ne pouvons accepter et qui nous laissent fort mal à l’aise.

Les propositions supposent que nous soyons coupables et que cette culpabilité nous a séparés de l’Eglise. Pour réparer, et pour s’assurer de notre orthodoxie, on nous demande une sorte de profession de foi limitée (le concile Vatican II et le Novus Ordo).

La plupart de nos prêtres et fidèles ont dû faire face directement à l’hérésie, souvent au scandale liturgique grave, provenant de leurs propres pasteurs, tant des prêtres en charge que d’évêques. Toute l’histoire de notre mouvement est marquée par une suite tragique de faits de ce genre, jusqu’à ce jour où continuent de nous joindre religieux, séminaristes et prêtres qui ont dû faire la même expérience. Vous ne pouvez pas demander d’amende honorable ou de contrition parce que, seuls, délaissés des pasteurs et trahis par eux, nous avons réagi pour conserver la foi de notre baptême ou pour ne pas déshonorer la divine Majesté. Il est impossible d’analyser les sacres de 1988 sans considérer le tragique contexte dans lequel ils se sont déroulés. Sinon, les choses deviennent incompréhensibles et la justice ne peut plus y trouver son compte.



De plus, il est souvent mentionné que notre statut serait une concession, et que l’on nous accorderait une situation due à notre « charisme propre ».

Faut-il rappeler que ce à quoi nous sommes attachés est le patrimoine commun de l’Eglise catholique romaine ? Nous ne demandons ni ne voulons de statut particulier dans le sens qu’il serait la marque d’un particularisme, mais nous voulons une place « normale » dans l’Eglise. Tant que la messe tridentine sera considérée comme une concession particulière, nous restons des marginalisés, dans une situation précaire et suspecte. C’est aussi dans cette perspective que nous réclamons un droit qui n’a jamais été perdu : celui de la messe pour tous. C’est déjà léser ce droit que de le réduire à un indult (qui plus est provisoire selon certaines voix romaines).

Dans la situation actuelle où tout ce qui est de saveur traditionnelle devient immédiatement suspect, nous avons besoin d’un protecteur et défenseur de nos intérêts auprès de la Curie. Il s’agit bien davantage de représenter la Tradition à Rome que d’établir un délégué du Saint Siège aux affaires traditionnelles, comme c’est le cas pour Ecclesia Dei aujourd’hui. Pour que cet organisme ait quelque crédibilité et corresponde à son but, il est important qu’il soit composé de membres provenant de la Tradition catholique.

Accomplir une « reconnaissance » sans avoir d’abord réglé dans leur principe ces questions, c’est vouer « l’accord pratique » que l’on nous propose à l’échec, car demain nous espérons bien agir avec la même fidélité qu’aujourd’hui à la Tradition catholique.

Voulant conserver la franchise avec laquelle nous traitons de ces questions, (ce qui n’est pas une question d’arrogance ou de manque de charité), nous serions condamnés demain comme nous l’avons été hier.

Au baptême s’établit un contrat entre l’âme chrétienne et l’Eglise : « que demandez-vous de l’Eglise ? » « - la foi ». C’est ce que nous réclamons de Rome : que Rome nous confirme dans la foi, la foi de toujours, la foi immuable. Nous avons le droit strict de réclamer cela des autorités romaines et nous ne pensons pas pouvoir progresser réellement vers une « reconnaissance » tant que Rome n’aura pas montré sa volonté concrète de dissiper le nuage qui a envahi le temple de Dieu, obscurci la foi et paralysé la vie surnaturelle de l’Eglise sous le couvert d’un Concile et de ses réformes subséquentes.

En espérant que cette lettre apporte sa contribution au dépassement de l’immobilité actuelle, nous Vous assurons, Eminence, de nos prières quotidiennes pour l’accomplissement de Votre lourde charge en cette heure grave de la sainte Eglise."


+Bernard Fellay

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